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UNIFEI

Instituto de Matemática e Computação


MAT013 Probabilidade e Estatística
Profs. Nancy Chachapoyas e José Vidarte
Notas de Aula: Semana 4/11

Cálculo da probabilidade do erro tipo II


Para calcular β é preciso admitir outros valores para H0 , já que seu valor original é considerado
falso. Lembrando que
β = P (Aceitar H0 |H0 é falso ).

Observação 1 Note que para calcular α, o valor de µ está bem especificado, o que não é o caso
para o erro tipo II. Neste caso, β será calculado em função do valor escolhido de µ dentro da
região definida pela hipótese H1 .

Observação 2 Para calcular β precisamos da região crítica na sua forma não padronizada.

Exemplo 3 Seguindo o exemplo 15 das notas da semana anterior. Como aceitamos H0 , podemos
estar cometendo o erro tipo II. Temos que

β = P (Aceitar H0 |H0 é falso ) = P (Aceitar H0 |H1 é verdadeiro )


= P (X̄ ∈ RA|µ > 20)

Calcule

1. β22 : A probabilidade do erro tipo II, quando µ = 22.

Solução: Graficamente, temos

µ = 20 21.64 22 x

1
β22 = P ( Erro tipo II ) = P (Aceitar H0 |H0 é falso )
= P (X̄ ∈ RA|µ = 22) = P (X̄ < 21, 64|µ = 22)
21, 64 − 22
= P (Z < 4 ) = P (Z < −0, 36) = 0, 5 − P (0 < Z < 0, 36)

16
= 0, 5 − 0, 1406 = 0, 3594.

2. β21 . Exercício!

3. β20,5 . Exercício!

Exemplo 4 Um grande lote de computadores com defeitos, de certo modelo, foi recibido pelo
departamento de conserto da empresa fabricante. O engenheiro de computadores dessa empresa,
estimou em tempo médio de 100 min para o conserto de cada aparelho. Suponha que σ = 15
min. O gerente dessa empresa, pretendendo verificar essa estimativa do engenheiro selecionou
uma mostra de 20 computadores, obtendo um tempo médio para conserto de 90 min. Testar a
afirmação do engenheiro com α = 10%, contra a alternativa de que o tempo médio de conserto de
cada computador não é de 100 min.

Solução: Considere X = tempo de concerto de um computador.


Observe que vamos realizar um teste bicaudal, usando a forma padronizada, fica como exercício
fazer a forma não padronizada (O resultado de aceitação ou rejeição da Hipótese H0 é o mesmo).

1. Estabelecemos as hipóteses H0 e H1 .

H0 : µ = 100
H : µ 6= 100
1

2. Fixamos α = 0, 10

3. Usamos o teste estatístico

X̄ − µ
Z=
√σ
n

X̄ − µ
Sabemos que ∼ N (0, 1) tem um modelo aproximadamente normal. Calculamos RC
√σ
n
e R.A com ajuda da tabela 1.
1−α
Podemos encontrar zα , usando a tabela 1, tal que: P (0 < Z < zα ) = = 0, 45 então
2
zα = 1, 64.

2
−1.64 0 1.64

Temos a região crítica e de aceitação na forma padronizada:


RC = {Z|Z < −1, 64 ou Z > 1, 64}
RA = {Z| − 1, 64 ≤ Z ≤ 1, 64}
90 − 100 −10
4. Temos por dado que Zc = = = 2, 9814.
√15 3, 3541
20

5. Conclusão: Como Z ∈ RC, então Rejeitamos H0 . Com um nível de significância α = 0, 05


aceitamos que µ = 20.

Observação 5 Neste exemplo podemos ver que a RC e RA na forma não padronizada é:


RC = {X̄|X̄ < 94, 4993 ou X̄ > 105, 5007}
RA = {X̄|94, 4993 ≤ X̄ ≤ 105, 5007}.

Exercício 6 O nível de colesterol no sangue é uma variável com distribuição normal, de média
µ desconhecida e desvio padreão σ = 60 mg/100 ml.

1. Qual deve ser o tamanho da amostra, escolhida na população acima, para que o intervalo de
confiança para µ tenha um comprimento de 30 unidades? Use γ = 99%.

2. Teste a hipótese de que µ = 260, contra a alternativa de que µ > 260 com base numa amostra
de 50 pacientes, em que se observou uma média amostras X = 268. Utilize um nível de 5%.

3. Para o teste especificado em (2), calcule a probabilidade β para o erro do tipo II, se o valor
real de µ for igual a 290.

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