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REQUISITOS NECESSÁRIOS
Os requisitos necessários para se usar o Teste do Sinal são:
1) As variáveis aleatórias bivariadas (Xi,Yi), i=1,2,...,n’ são mutuamente independentes.
2) A escala de mensuração é, ao menos, ordinal dentro de cada par, ou seja, cada par
pode ser determinado como “mais” (+), “menos” (-) ou “empate” (0).
3) Os pares (Xi,Yi) são internamente consistentes, no sentido de que se
P{Xi < Yi} > P{Xi > Yi} (ou seja, P(+) > P(-)) para um par (Xi,Yi), então isto acontece para
todos os pares. O mesmo é verdade para P(+) < P(-) e P(+) = P(-).
1
Sob H0, T ~ Binomial(n,0,5), onde n = número de (+) mais número de (-) = tamanho da
amostra menos o número de empates = n’ – nº de (0).
Veremos, então, como será exatamente o Teste do Sinal para cada um dos tipos de
hipótese alternativa, com um nível de significância α.
TESTE BILATERAL
As hipóteses têm três significados que, em geral, se equivalem:
H0: P{Xi < Yi} = P{Xi > Yi} = 0,5 (Teste Binomial com p* = 0,5) ×
H1: P{Xi < Yi} < P{Xi > Yi} ou P{Xi < Yi} > P{Xi > Yi}
ou
H0: E(Xi) = E(Yi) × H1: E(Xi) ≠ E(Yi)
ou
H0: A mediana de X é igual à de Y × H1: A mediana de X e Y são diferentes.
Formato do teste.
Rejeita-se H0 para valores de t tais que t ≤ c ou t ≥ n - c.
Como encontrar c?
Para amostras pequenas (n ≤ 20)
Neste caso, rejeita-se H0 se, e somente se, t≤c ou t≥n-c, pois a Binomial com
α
probabilidade de sucesso igual a 0,5 é simétrica. Assim, c será tal que P{T ≤ c} = α1 ≈
2
Para amostras suficientemente grandes (n > 20)
Para n suficientemente grande, utiliza-se a aproximação normal:
n n
c− c−
α 2 = 2c − n → c = 1 n − z
= P{T ≤ c} ≈ PZ ≤ 2 → −z
α = α n .
2 n 1 − n n 2 1 −
2 2
4 4
1
Logo, rejeita-se H0 se t ≤ c ou se t ≥ n – c, onde c = n − z α n e z α é o
2 1− 1−
2 2
1 − α quantil da normal padrão.
2
Como encontrar o p-valor?
Seja T~Binomial(n,0,5), sob H0, e seja t o valor observado de T.
No teste bilateral, o p-valor, para n ≤ 20, é a menor das seguintes probabilidades:
2P{T ≤ t} ou
p − valor =
2P{T ≥ t}
Se n > 20, o p-valor é a menor das seguintes probabilidades:
2t − n + 1
2P{T ≤ t} ≈ 2P Z ≤ ou
n
p − valor =
2P{T ≥ t} ≈ 2P Z ≥ 2t − n − 1
n
2
TESTE UNILATERAL INFERIOR
As hipóteses têm três significados que, em geral, se equivalem:
H0: P{Xi < Yi} ≥ P{Xi > Yi} ×
H1: P{Xi < Yi} < P{Xi > Yi}
ou
H0: E(Xi) ≤ E(Yi) para todo i × H1: E(Xi) > E(Yi) para todo i
ou
H0: A mediana de X tende a ser menor do que a de Y × H1: A mediana de X tende a
ser maior do que a de Y
Formato do teste.
Rejeita-se H0 para valores de t tais que t ≤ c. Valores pequenos de T indicam que os
“-“ são mais prováveis que os “+”.
Como encontrar c?
Para amostras pequenas (n ≤ 20)
Neste caso, rejeita-se H0 se, e somente se, t ≤ c. Assim, c será tal que
P{T ≤ c} = α 1 ≈ α
Para amostras suficientemente grandes (n > 20)
Para n suficientemente grande, utiliza-se a aproximação normal:
n n
c− c−
α = P{T ≤ c} ≈ P Z ≤ 2 → −z
1−α =
2
(
2 = 2c − n → c = 1 n − z
1−α n . )
n n n
4 4
1
( )
Logo, rejeita-se H0 se t ≤ c, onde c = n − z1 − α n e z1 − α é o (1 − α ) quantil da
2
normal padrão.
Como encontrar o p-valor?
Seja T~Binomial(n,0,5), sob H0, e seja t o valor observado de T.
No teste unilateral inferior, o p-valor, para n ≤ 20, é dado por p − valor = P{T ≤ t} .
2t − n + 1
Se n > 20, o p-valor é dado por p − valor = P{T ≤ t} ≈ P Z ≤ .
n
Formato do teste.
3
Rejeita-se H0 para valores de t tais que t ≥ n - c. Valores grandes de T indicam que
os “+“ são mais prováveis que os “-”.
Como encontrar c?
Para amostras pequenas (n ≤ 20)
Neste caso, rejeita-se H0 se, e somente se, t ≥ n-c. Assim, c será tal que
P{T ≤ c} = α 1 ≈ α .
Para amostras suficientemente grandes (n > 20)
Para n suficientemente grande, utiliza-se a aproximação normal:
n n
c− c−
α = P{T ≤ c} ≈ PZ ≤
2 → −z
1−α =
2
(
2 = 2c − n → c = 1 n − z
1−α n . )
n n n
4 4
1
( )
Logo, rejeita-se H0 se t ≥ n - c, onde c = n − z1 − α n e z1 − α é o (1 − α ) quantil da
2
normal padrão.
Como encontrar o p-valor?
Seja T~Binomial(n,0,5), sob H0, e seja t o valor observado de T.
No teste unilateral superior, o p-valor, para n ≤ 20, é dado por p − valor = P{T ≥ t} .
2t − n − 1
Se n > 20, o p-valor é dado por p − valor = P{T ≥ t} ≈ P Z ≥ .
n
EXEMPLOS
EXEMPLO 1:
Um item A é fabricado segundo um certo processo. O item B tem a mesma função de
A, mas é fabricado usando-se um novo processo. O fabricante deseja determinar se o
consumidor prefere B a A; assim, ele seleciona uma amostra aleatória de 10 consumidores e
entrega para cada consumidor os dois itens, A e B, para avaliação durante um determinado
período de tempo. Ao fim do período da pesquisa, 8 consumidores preferiram B, 1 preferiu
A e 1 declarou não ter preferência.
Queremos testar
H0: P{Preferir B a A} ≤ P{Preferir A a B} ×
H1: P{Preferir B a A} > P{Preferir A a B}
Este teste é Unilateral Superior.
Por que esta escolha de hipóteses? Porque é a que resulta em pior erro do tipo I:
dizer que é mais provável o consumidor preferir B, quando na verdade o mais provável é que
ele prefira A e, assim, não se precisaria instalar todo um novo processo.
Vamos marcar por “+” preferir B a A e por “-“, preferir A a B. Os “empates” (não ter
preferência) marcaremos com “0”. Então, na amostra, observou-se:
8 “+”
1 “-“ e
1 “0”
Logo, t = 8. Sob H0, T~Binomial(n,0,5), onde n = 8 + 1 = 9.
4
Neste caso, rejeita-se H0 se, e somente se, t ≥ n-c, com c tal que
0,05 ≈ P{T ≤ c}. Para diversos valores de c, a distribuição acumulada da Binomial(9,0,5) é
dada por:
c Dist.Acum.
0 0,0020
1 0,0195
2 0,0898
3 0,2539
4 0,5000
5 0,7461
6 0,9102
7 0,9805
8 0,9980
9 1,0000
Assim, c = 1, com α1 = 0,0195. Então o teste fica: rejeita-se H0 se, e somente se,
t ≥ 8. Como t = 8, rejeita-se H0, optando-se pela hipótese de que a chance do consumidor
preferir B parece maior que a de preferir A.
EXEMPLO 2:
No que foi provavelmente o primeiro artigo publicado de um teste não paramétrico,
Arbuthnott(1710) examinou os registros de nascimentos disponíveis de Londres de 82 anos
e, para cada ano, comparou o n° de homens e mulheres nascidos. Se, para cada ano,
denotarmos os eventos “mais homens do que mulheres” por “+” e o evento inverso por “-”,
Arbuthnott obteve 82 sinais “+” e nenhum sinal “-” ou empate. Teste a hipótese de que
homens e mulheres são equiprováveis ao nascer.
H0: P{Nascer mais homens do que mulheres} = P{Nascer mais mulheres do que homens}
H1: P{Nascer mais homens do que mulheres} ≠ P{Nascer mais mulheres do que homens}
n = 82
t = 82
α = 0,05
Teste Bilateral:
Neste caso, rejeita-se H0 se, e somente se, t≤c ou t≥n-c. Como n > 20, utiliza-se a
1 α
aproximação normal e c será tal que c = n − z α n , onde z α é o 1 − quantil da
2 1− 1− 2
2 2
normal padrão.
(1
)
Para α = 0,05, z0,975 = 1,96 e c = 82 − 1,96 82 ≈ 32 e n – c = 82 – 32 = 50. Então, o
2
teste de nível aproximado 5% rejeita H0 se, e somente se, t ≤ 32 ou t ≥ 50. Como t = 82,
rejeita-se a hipótese de que homens e mulheres são equiprováveis ao nascer.
O p-valor para este teste será:
2t − n − 1 2 × 82 − 82 − 1
p − valor = 2P{T ≥ t} ≈ 2P Z ≥ = 2PZ ≥ = 2P{Z ≥ 8,95} ≈ 0 , que é
n 82
bem pequeno, indicando rejeição de H0.
5
EXEMPLO 3 – PARA AULA:
Como parte da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde realizada pelo Department of
Health and Human Services, obteve-se as alturas informadas e medidas para 12 homens
com idades entre 12 e 16 anos. A seguir estão listados os resultados amostrais. Há
evidência suficiente para apoiar a afirmativa de que há uma diferença entre as alturas
auto-informadas e as alturas medidas de homens entre 12 e 16 anos de idade? Use o nível
de significância de 5%.
Altura informada 68 71 63 70 71 60 65 64 54 63 66 72
Altura medida 67,9 69,9 64,9 68,3 70,3 60,6 64,5 67 55,6 74,2 65 70,8
6
Intervalo de horário N° de partos Intervalo de horário N° de partos
Meia-noite às 3h 16 Meio-dia às 15h 10
3h às 6h 17 15h às 18h 11
6h às 9h 12 18h às 21h 12
9h ao meio-dia 9 21h à meia-noite 15
O estatístico estava correto?
6) Em um laboratório, insetos de certo tipo foram libertados no meio de um círculo
desenhado em uma mesa plana. Um aroma, com a intenção de atrair este tipo de
inseto, foi colocado em um extremo da mesa. Cada inseto foi libertado
individualmente e observado até atravessar o limite do círculo. Nesse instante,
registra-se se o inseto cruzou a metade em direção ao aroma ou a metade na direção
contrária. Na conclusão do experimento, 33 insetos foram na direção do aroma, 16
na direção contrária e 12 não cruzaram o limite do círculo em um tempo razoável. O
aroma realmente atrai estes insetos?