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MACROECONOMIA I
45°
Y
YE
Função Poupança
Poupança das Famílias (S)- será a parcela do rendimento disponível das
famílias que não é usada para o consumo num determinado período, ou
seja, parte do rendimento que as famílias reservam para o futuro.
Admite-se que tal como o consumo, a poupança das famílias (S) será
determinada pelo rendimento disponível dum determinado período que
as famílias auferem. Uma vez conhecida a função consumo, a função
poupança será dada por:
(1) S = Yd - C
( 2 ) Yd = Y
(3) S = Y - C
(4) S = Y - C - cYd ⇒ S = - C + (1 - c )Y
Onde: -C - Poupança autónoma; s =(1- c) - propensão marginal a poupar
Representação Gráfica da Função Poupança
Y=A
.C C = C + cYd
E
C S = - C + (1 - c )Yd
45°
YE Y
-C
Relações entre o Consumo e a Poupança
A representação gráfica das funções de consumo e poupança
permite concluir:
A poupança autónoma é simétrica ao consumo autónomo;
A poupança é nula quando o nível de consumo é igual ao nível de
rendimento do período em análise. Para valores em que o
consumo excede o rendimento, a poupança é negativa, e para
valores em que o consumo é inferior ao rendimento a poupança é
positiva;
Variações do rendimento causam variações endógenas da
poupança e do consumo (movimento ao longo das curvas);
Variações de factores exógenos que afectam a poupança e o
consumo causam deslocamentos das respectivas curvas.
Função de Investimento
A procura por Investimento (I)- compreende os planos de investimento das
empresas em meios de produção (equipamentos, maquinaria e
infraestruturas) e variação de stocks.
O Investimento (I) – admite-se que o investimento privado realizado pelas
empresas, num determinado período de tempo, não depende do nível de
produto e rendimento do período. Neste caso, as despesas de
investimento, vão depender de muitos outros factores que por
simplificação do modelo, são considerados exógenos.
A função de investimento é constituída apenas por uma componente
autónoma.
I=I
Representação Gráfica da Função de Investimento
I
.
I I =I
Y
A Condição de Equilíbrio do Modelo
O modelo estará em equilíbrio, quando os planos das famílias e das
empresas quanto a aquisição de bens e serviços finais(Procura Agregada =
AD) coincidirem com os planos de produção e oferta de bens e serviços
das empresas (Oferta Agregada =Y).
Teremos equilíbrio nas seguintes condições:
AD (Procura Agregada) = Y (Oferta Agregada)
S (Poupança) = I (Investimento)
AD=Y
(Procura Agregada = Oferta Agregada)
Procura Agregada = Oferta Agregada
.
Graficamente
.
S=I (Poupança =Investimento )
Outra condição de equilíbrio equivalente pode ser derivada da condição
básica, Y=AD. Sabe-se que nesta economia simples, sem governo e nem
sector externo, o processamento do produto nacional gera um fluxo de
remunerações pagas a factores de produção, em que os detentores são
as famílias, e que por sua vez este rendimento é dividido em despesas de
consumo (C) e a parte não consumida em poupança (S).
Logo, deriva-se a identidade Rendimento = Produto = Despesas.
Portanto, usando esta identidade teremos o seguinte:
.
.
Resumo do Gráfico
Em equilíbrio a poupança planeada é igual ao investimento planeado,
I=S, pois, acima do nível de equilíbrio YE, a poupança excede o
investimento, enquanto que, abaixo de YE, o investimento excede a
poupança.
S>I, as firmas estariam a acumular existências, porque estariam a
produzir acima daquilo que é procurado, com isso reduziriam a sua
produção até que a produção planeada = despesa planeada;
S<I, as firmas veriam as suas existências a esgotarem, porque estariam
a produzir abaixo daquilo que é procurado, com isso aumentariam a
sua produção até que a produção planeada = despesa planeada.
Portanto, aos níveis mais altos ou mais baixos do rendimento
relativamente a demanda agregada, as divergências entre a S
planeada e o I planeado, faz com que as firmas mudem os seus planos
de produção, reduzindo ou aumentando a produção, conforme. Esta
variação será até onde a variação de existências involuntárias são
nulas, ou seja, onde S=I.
O Efeito Multiplicador
O conceito do multiplicador (α) - refere-se ao facto de que o aumento em
1 u.m. de uma das componentes das despesas agregadas para além de
aumentar o nível de rendimento no mesmo montante, gera aumentos
induzidos na procura agregada (A) na medida em que as despesas de
consumo aumentam quando o rendimento aumenta. E através da
propensão marginal a consumir (c), uma variação em uma das
componentes das despesas agregadas será dada por:
O Efeito Multiplicador: Uma Variação do Investimento (ΔI)
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Uma economia de 3 sectores
(famílias, empresas e o governo)
As variáveis introduzidas pelo governo
1- Despesas Públicas em bens e serviços (G)- constituem uma
componente da procura agregada (AD), representam a procura de bens
e serviços finais que o governo efectua no sistema económico com o
intuito de fornecer bens públicos, ou de estimular a actividade económica
rumo ao pleno emprego. Neste modelo, as despesas públicas são
consideradas exógenas, ou seja, são determinadas por decisões do Estado
com base nas suas intenções politicas.
G=G
.
2- Despesas de Transferências (Tr) – constituem uma componente directa
do rendimento disponível das famílias (Yd) e uma componente indirecta
da procura agregada (A). Representam as transferências de subsídios que
o governo efectua para as famílias. Neste modelo, as despesas de
transferências (Tr) são consideradas exógenas, ou seja, são determinadas
por motivos de ordem politica.
Tr = Tr
T = T + tY
A Procura Agregada numa economia de 3 sectores
(famílias, empresas e o governo)
Nesta economia, a Procura Agregada (AD), compreende a procura das
famílias por bens e serviços de consumo (C), a procura das empresas de
bens e serviços de investimento (I) e as despesas publicas em bens e
serviços (G)
A Função Consumo (C), a Poupança (S) e o Investimento (I)
.
Graficamente
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Os Multiplicadores no modelo de 3 sectores
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Os Multiplicadores no modelo de 3 sectores
Multiplicador dos Impostos Autónomos: mostra-nos que um aumento de
1u.m. nas receitas autônomas do governo levará a uma redução no
rendimento nacional igual a :
Instrumentos de Política Orçamental
Keynes defendia que o nível de produto de equilíbrio na economia
é determinado pelo nível de procura agregada (AD), e somente
em condições especiais é que a economia se equilibra no nível de
produto de pleno emprego, sendo, regra geral, o equilíbrio
acontecer em níveis abaixo do pleno emprego.
Esta constatação é justificada pelo facto de não se
desencadearem mecanismos automáticos que façam tender a
economia espontaneamente ao nível de pleno emprego. O
sistema de mercado falha em garantir o equilíbrio de pleno
emprego da economia, justificando-se assim, a intervenção do
Estado na economia para garantir o alcance do equilíbrio de pleno
emprego.
O Estado tem a sua disposição diversos instrumentos de política
orçamental para afectar o nível da economia através dos seus
efeitos sobre o nível de procura agregada.
Instrumentos de Politica Orçamental:
Aumento das Despesas Públicas em Bens e
Serviços (G)
As despesas públicas em bens e serviços (G) constituem uma das
componentes das despesas autónomas (Ā). Para estimular a
actividade económica, em caso de insuficiência da procura
agregada (AD), o governo pode aumentar as suas despesas em
bens e serviços.
Deste modo, uma variação positiva das despesas públicas em
bens e serviços, vai gerar um aumento do produto em:
Graficamente
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Instrumentos de Politica Orçamental:
Aumento das Despesas em Transferências (Tr)
As Despesas Públicas em Transferências (Tr) para as famílias afectam
directamenta o rendimento disponível (Yd) das famílias e indirectamente a
procura autónoma (Ā) de bens e serviços de consumo.
Para estimular a actividade económica, em caso de insuficiência da
procura agregada (AD), o governo pode aumentar as despesas de
transferência (Tr). O efeito é semelhante ao de um aumento das despesas
públicas em bens e serviços (G), no entanto, o aumento das despesas
públicas em transferências para as famílias, gera um aumento menor do
nível de produto do que o do aumento de das despesas publicas em bens
e serviços, pelo facto, de as transferências influenciarem indirectamente a
procura autónoma (Ā).
Uma variação positiva das despesas em transferências, gera um aumento
do produto em:
Graficamente
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Instrumentos de Politica Orçamental:
Redução dos Impostos Autónomos
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Graficamente
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Instrumentos de Politica Orçamental:
Redução da taxa marginal de imposto(t)
Se o governo pretender estimular a actividade económica, para
reduzir a insuficiência da procura agregada (AD), pode, reduzir a
taxa marginal de impostos (t). Uma redução da taxa marginal de
impostos vai aumentar o rendimento disponível (Yd) das famílias e
consequentemente as despesas de consumo (C), e aumento da
produção e o rendimento.
Deste modo, uma variação negativa da taxa marginal impostos,
vai gerar um aumento do produto em:
Graficamente
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Uma economia de 4 sectores (famílias, empresas,
governo e o sector externo):
As variáveis introduzidas pelo sector externo
As Exportações (X) - o nível de exportações é uma variável exógena no
modelo, e que tem efeitos positivos sobre o nível de rendimento da
economia, uma vez que os empresários para atender a procura externa
fazem uso dos factores de produção. Um aumento das exportações gera
um aumento do nível de emprego e do rendimento nacional;
O rendimento disponível das famílias (Yd)é igual ao rendimento total (Y) depois
de pagos os impostos colectados pelo governo (T) e recebidas as despesas de
transferências (Tr).
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Graficamente
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Os Multiplicadores no modelo de 4 sectores
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Os multiplicadores no modelo de 4 sectores
Multiplicador dos Impostos Autônomos: mostra-nos que um
aumento de 1u.m. nas receitas autônomas do governo levará a
uma redução no rendimento nacional igual a:
Considerações Finais