2.3. IRS - Incidência Real - Categoria A

FISCALIDADE I
Licenciatura Gestão de Empresas/Contabilidade e Auditoria/ Contabilidade e Gestão Pública
2021/2022
PAULA SANTOS
Imposto sobre o rendimento

das pessoas singulares (IRS)
1
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS)
Incidência Real
FISCALIDADE I - 2021/2022 3
Incidência Real
Base do imposto - art.º 1º
O IRS incide sobre os rendimentos das seguintes categorias, depois de efetuadas as

respetivas deduções* e abatimentos:
G
A B E F H
Incrementos
Trabalho dependente Empresariais e profissionais Capitais Prediais Pensões
Patrimoniais
Rendimentos
Art.º 2º Art.º 3º e 4º Art.º 5º a 7º Art.º 8º Art.º 9º e 10º Art.º 11º
brutos
* Deduções específicas existentes em todas as categorias à exceção da Categoria E (Categoria G, apenas nas
mais-valias)
2
Incidência Real
Base do imposto - art.º 1º
Sujeição dos rendimentos:
• Mesmo quando provenientes de atos ilícitos;
• Quer em dinheiro quer em espécie;
• Seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que sejam
auferidos.
Incidência Real
3
Incidência Real
Rendimentos do trabalho dependente - art.º 2º
(+) RB – rendimento bruto – art.º2.º do CIRS
(-) DE – dedução específica – art.º 25.º a art.º 27.º do CIRS
(=) RL – rendimento líquido
Incidência Real
Entidade Existência de Rendimentos

patronal um vínculo de trabalho
laboral dependente
Pessoa
física
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Incidência Real
Incluem-se na categoria A os rendimentos pagos ou colocados à disposição,

provenientes do trabalho prestado:
a) Ao abrigo de contrato de trabalho, ou outro a ele legalmente equiparado;
b) Ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outro de idêntica natureza, quando exercido

sob a autoridade e a direção da pessoa ou entidade a quem é prestado;
c) No exercício de função, serviço ou cargo público;
d) Atribuídos a título de pré-reforma, pré-aposentação ou relativos a situação de reserva (…)
Incidência Real
• Remunerações compreendem, independentemente da sua designação: ordenados,

salários, vencimentos, gratificações, percentagens, comissões, senhas de presença,
emolumentos, participações em coimas ou multas e outras remunerações acessórias
(art.º 2ºn.º 2 do CIRS).
• As remunerações auferidas pelos trabalhadores podem ser divididas em duas categorias:
remunerações principais (art.º 2º, nº2 do CIRS);
remunerações acessórias (art.º 2º, nº3 do CIRS).
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Incidência Real
 Caso particular das bolsas de investigação
Incidência Real
 Caso particular dos subsídios/bolsas de estágio/ formação e estágios profissionais
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Incidência Real
 Caso particular dos subsídios/bolsas de estágio/ formação e estágios profissionais
Incidência Real
São ainda rendimentos do trabalho dependente (n.º 3):
a) Remunerações dos membros dos órgãos estatutários (c/ exceção dos ROC’s)
Embora fora da relação jurídica de trabalho subordinado as remunerações auferidas por

estas pessoas são consideradas remunerações de trabalho dependente.
Exemplo: Remunerações auferidas pelo sócio gerente de uma sociedade.
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Incidência Real
Rendimentos do trabalho dependente
Remunerações acessórias - art.º 2º, n.º 3, al. b)
Remunerações acessórias
Todos os direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remuneração principal que sejam
auferidos devido à prestação de trabalho ou em conexão com estas e constituam para o
respetivo beneficiário uma vantagem económica (art.º 2º, n.º 3, al. b) do CIRS).
São ainda rendimentos do trabalho dependente:

1. Os abonos de família e respetivas prestações complementares - na parte em que
excedam os limites legais estabelecidos.
2. O subsídio de refeição, na parte em que exceder:
• O limite legal estabelecido para os servidores do Estado: 4,77 € (limite para 2021).
• Em 60% o limite legal estabelecido, quando atribuído em vales de refeição:
4,77 € x 1,6 = 7,63 € (limite para 2021).
Incidência Real
3. As importâncias despendidas, obrigatória ou facultativamente pela entidade patronal

com:
• Seguros e operações do ramo “Vida”
• Contribuições para regimes complementares de Segurança Social;
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Incidência Real
4. O Subsídio de residência ou equivalente ou a utilização de casa de habitação

fornecida pela entidade patronal
• No caso dos subsídios em dinheiro, destinados a subsidiar despesas de residência, todo o

subsídio é sujeito a tributação e na sua plenitude.
• Quanto à utilização de casa de habitação fornecida pela entidade patronal – rendimento em
espécie - art. 24º n.º 2
valor pago
Rendimento Valor do
pelo
sujeito Uso
beneficiário
Incidência Real
5. Benefícios resultantes de empréstimos sem juro ou a taxa de juro inferior à de

referência para o tipo de operação, concedidos ou suportados pela entidade patronal
• Exclui-se, no entanto, a redução de juros na aquisição de habitação própria

permanente de valor não superior a 180 426,40 € e cuja taxa não seja inferior a 70%
da taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento
pelo Banco Central Europeu, ou de outra taxa legalmente fixada como equivalente.
Rendimento sujeito - art. 24º n.º 3 do CIRS
9
Incidência Real
6. As Viagens e estadas de turismo e similares não conexas com as funções

exercidas pelo trabalhador ao serviço da mesma.
7. Os Ganhos resultantes de acordos de opções sobre ações, ou outros valores

mobiliários.
Incidência Real
9. A utilização, pelo trabalhador ou membro de órgão social, de viatura automóvel que

gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo escrito entre o
trabalhador ou membro do órgão social e a entidade patronal sobre a imputação
àquele da referida viatura.
Valor sujeito a IRS (art.º 24º n.º 5 do CIRS)
0,75% valor de mercado*, reportado a 1 de janeiro do ano em causa x n.º de meses

de utilização no ano
* Valor de mercado = diferença entre o valor de aquisição e o produto desse valor pelo coeficiente de desvalorização (Portaria n.º
383/2003, de 14/5) – n.º 7 do artigo 24º
10
Incidência Real
Tabela da Portaria n.º 383/2003, de 14/5 para cálculo do valor de mercado
Incidência Real
Exemplo:
Considere uma viatura cujo valor de mercado a 1 de janeiro de 2021 é de 25 000 €,
utilizada durante 12 meses por um trabalhador. Existe acordo escrito sobre a imputação da
viatura entre o trabalhador e a entidade patronal. Qual o valor a tributar em 2021?
Resolução:
valor de mercado, reportado a 1 de janeiro de 2021= 25 000 €
n.º de meses de utilização no ano = 12 meses
Valor a tributar em 2021 = 0,75% x 25 000 € x 12 meses de utilização = 2 250 €
11
Incidência Real
10. Aquisição, pelo trabalhador ou membro de órgão social (ou membro do agregado
familiar ou pessoa por ele indicada), por preço inferior ao valor de mercado, de
qualquer viatura automóvel que gere encargos para a entidade patronal.
valor sujeito a IRS (art. 24º n.º 6)
valor de mercado* - (∑dos rendimentos anuais tributados como rendimentos

da atribuição do uso +importância paga pela aquisição)
* Valor de mercado = diferença entre o valor de aquisição e o produto desse valor pelo coeficiente de desvalorização (Portaria n.º
383/2003, de 14/5) – n.º 7 do artigo 24º
Incidência Real
Exemplo:
A sociedade X, Lda. em janeiro 2021 vendeu uma viatura a João (trabalhador da
empresa) por 10 000 €. A viatura foi adquirida por X, Lda. em estado novo em
janeiro de 2019 por 40 000 €. Admita que nos anos de 2019 e 2020 a viatura estava
afeta a João e pela utilização da mesma foram tributados, em cada um daqueles
anos, os valores de 2 000 € e 1 800€.
Qual o valor a tributar, em 2021, pela aquisição?
Resolução:
Valor de mercado = 40 000 € - 40 000 €x0,35 = 26 000 €
Valor a tributar = Valor de mercado – (∑dos valores tributado -Valor pago)
= 26 000 €-(3800 € +10 000 €)
= 12 200 €
12
Incidência Real
c) Os abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha que movimentar
numerário, na parte em que exceder (art. 2º n.º 3 al. c) do CIRS):
Incidência Real

d) As ajudas de custo e as importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em
serviço da entidade patronal, na parte em que excedam os limites legais ou quando não sejam
observados os pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado, e as verbas para
despesas de deslocação, viagens ou representação de que não tenham sido prestadas contas
até ao termo do exercício. (art. 2º n.º 3 al. d))
• condições de atribuição - DL n.º 106/98, de 24/04

• limites para 2018 - Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, com as alterações introduzidas pelo
DL 137/2010 de 28/12 e pelo artigo 42.º da Lei do OE para 2013 (Lei n.º 66-B/2012, de
31/12) e são os seguintes:
13
Incidência Real
Limites ajudas de custo e compensação (…)

• 50,20 €(Portugal)
• 89,35 € (estrangeiro)
As ajudas de custo, em Portugal, são abonadas da seguinte forma:

• 25% se a deslocação abranger o período entre as 13 às 14 horas
• 25% se a deslocação abranger o período entre as 20 e as 21 horas
• 50% se a deslocação implicar alojamento (ou chegada depois 22.00)
 Transporte em automóvel próprio: € 0,36/km
Incidência Real
Rendimentos do trabalho dependente - art.º 2º nº3
e) As indemnizações que resultem da constituição, extinção ou modificação

da relação jurídica que origine remunerações de trabalho ou de
incumprimento das condições contratuais
EXCEÇÕES
Cessação do vínculo gerador do rendimento – art.º 2º, n.º 4
Mudança do local de trabalho - artigo 2.º-A, n.º 1, al. f)
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Incidência Real
Cessação do vínculo gerador do rendimento – art.º 2º, n.º 4
Importâncias recebidas e emergentes da cessação, por qualquer forma dos

contratos subjacentes às situações previstas nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do art.
2º, ou da cessação das funções de gestor público, administrador ou gerente de
pessoa coletiva, bem como de representante de estabelecimento estável de
entidade não residente.
Estas importâncias ficam sujeitas a tributação:
Incidência Real
Pela totalidade, na parte que corresponda ao exercício de funções de gestor público, administrador ou
gerente de pessoa coletiva, bem como de representante de estabelecimento estável de entidade não
residente (art.º 2º, n.º 4, al. a do CIRS)
Nos demais casos, o valor a tributar é : (art.º 2º, n.º 4, al. b do CIRS)
VT = VA – N * Σ Rrcr 12 últimos meses

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Em que:
VT: valor tributável
VA: valor atribuído pela entidade patronal
N: número de anos ou fração de antiguidade ou serviço
Rrcr: Remunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas a Imposto
A exclusão não se aplica às importâncias relativas aos direitos vencidos durante os contratos ( ex. remunerações por trabalho
prestado, férias, subsídio de férias e de Natal) - nº 6
15
Incidência Real
Não haverá, no entanto, a exclusão prevista na parte final da al. b) do n.º 4, sendo a indemnização
tributada pela totalidade, sempre que:
• Constituição de nova relação profissional com a ex-entidade (parte final do art.º 2º, n.º 4, al. b) do CIRS)
• Constituição de nova relação empresarial com a ex-entidade (art.º 2º, n.º 5 do CIRS)
• Usufruição do beneficio nos 5 anos anteriores (art.º 2º, n.º 7 do CIRS)
Incidência Real
Exemplo:
José recebeu em 2021, 34 915,85 € de indemnização pela cessação do contrato individual
de trabalho. Exerceu funções na empresa Beta, Lda durante 10 anos e 7 meses. As
remunerações efetivas nos últimos 12 meses foram de 13 168,20 €. Qual a parte sujeita a
imposto?
Resolução:
Valor excluído de tributação = (13 168,20 €/12)X11 anos*

= 12 070,85 €
Valor a tributar= 34 915,85 € - 12 070,85 €
= 22 845 €
* quando o período de trabalho não completar um ano, conta o ano inteiro
16
Incidência Real
Mudança do local de trabalho - artigo 2.º-A, n.º 1, al. f)
Não se consideram rendimentos do trabalho dependente as importâncias suportadas

pelas entidades patronais com encargos, indemnizações ou compensações, pagos no ano
da deslocação, em dinheiro ou em espécie, devidos pela mudança do local de trabalho
• distância superior a 100 km do local de trabalho anterior
• na parte que não exceda 10% da remuneração anual, com o limite de € 4.200 por
ano
Esta exclusão só pode ocorrer uma vez em cada período de três anos
(artigo 2º A ,n.º 5 do CIRS).
Incidência Real
Exemplo:
José recebeu em 2021, 10 000 € a título de compensação dado que a empresa
onde trabalhava encerrou os seus escritórios em Leiria e passou a exercer funções
em Braga. Nesse mesmo ano auferiu um a remuneração anual que ascendeu a
60 000 €. Esta indeminização é tributada? Qual a parte sujeita a imposto?
Resolução:
Valor excluído de tributação = 60 000 €X10% = 6 000 € com o limite de 4 200 €
Valor a tributar= 10 000 € - 4 200 €

=5 800€
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Incidência Real
f) A quota-parte acrescida dos descontos para a segurança social que constituam encargos do
beneficiário, devido a título de participação em campanhas de pesca aos pescadores que
limitem a sua atuação à prestação de trabalho
g) As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de trabalho, quando não

atribuídas pela entidade patronal. Aqui se incluem as chamadas ‘gorjetas’.
• Estas gratificações ficam sujeitas a tributação autónoma à taxa especial de 10%, conforme
dispõe o art.º 72º n.º 7 do CIRS
Atenuantes da
tributação
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Incidência Real
Atenuantes da tributação
Atenuantes da tributação:
1. Exclusões tributárias
Por não excederem os limites legais
Por delimitação negativa da incidência (art.º 2º- A e art.º 12º do CIRS)
Exclusão de tributação (art.º 12º- A do CIRS – regime fiscal aplicável a ex-residentes)
Exclusão de tributação (art.º 56º- A do CIRS – Sujeitos passivos com deficiência)
2. Isenção (art.º 2º- B do CIRS – IRS jovem)
3. Factos geradores não tipificados
4. Benefícios fiscais
Incidência Real
Atenuantes da tributação - art.º 2 A do CIRS
1. Não são considerados rendimentos de trabalho dependente:
a) As prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes obrigatórios de segurança

social, mesmo que de natureza privada, que visem assegurar exclusivamente benefícios em
caso de reforma, invalidez ou sobrevivência .
b) Os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidade social e de lazer

mantidas pela entidade patronal, desde que observados os critérios estabelecidos no artigo
43.º do Código do IRC e os ‘vales infância’ emitidos e atribuídos nas condições previstas no
Decreto -Lei n.º 26/99, de 28 de janeiro.
19
Incidência Real
c) Prestações relacionadas exclusivamente com ações de formação profissional dos

trabalhadores, quer estas sejam ministradas pela entidade patronal, quer por organismos de
direito público ou entidade reconhecida como tendo competência nos domínios da formação e
reabilitação profissionais pelos ministérios competentes
d) Importâncias suportadas pelas entidades patronais com a aquisição de passes sociais a favor
dos seus trabalhadores desde que a atribuição dos mesmos tenha carácter geral.
e) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença em

benefício dos seus trabalhadores ou respetivos familiares desde que a atribuição dos mesmos
tenha caráter geral.
f) Indeminizações por mudança de local de trabalho (…)

Incidência Real
3. Não constitui rendimento do trabalho dependente a percentagem dos rendimentos brutos da

categoria A dos sujeitos passivos que se encontrem em funções de carater público no estrangeiro,
fixada por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas dos negócios estrangeiros
e das finanças, determinada para cada país de exercício de funções e adequada a ter em conta a
relação de paridade de poder de compra entre Portugal e esse país
Apenas aplicável aos sujeitos passivos que não aufiram de abono isento ou não sujeito a IRS que corresponda, também,
àquela finalidade (art.º 2-A, n.º 4 do CIRS).
20
Incidência Real
Atenuantes da tributação - art.º 12 do CIRS
O IRS não incide sobre:

• Rendimentos provenientes do exercício da atividade de profissionais de
espetáculos ou desportistas quando esses rendimentos sejam tributados em sede
de IRC (n.º3)
• Bolsas e prémios atribuídos a praticantes de alto rendimento desportivo (n.º 5)
• Compensações e subsídios a bombeiros voluntários, pagos pelas instituições

dentro do respetivo enquadramento legal (n.º 7)
Incidência Real
Exclusão de tributação dos rendimentos da categoria A e B obtidos por

estudantes considerados dependentes
(art.º 12º n.º 9 e 10)
Sujeitos passivos considerados dependentes
Frequentem estabelecimento de ensino integrado

no sistema integrado de educação ou equiparado
21
Incidência Real
Exclusão de tributação dos rendimentos da categoria A e B obtidos por

estudantes considerados dependentes
(art.º 12º n.º 9 e 10)
Exclusão de Tributação de rendimentos da categoria A e B
Limite – 5 x IAS (2 194,05 €)
Submissão no PF até 15 de fevereiro do ano seguinte de

documento comprovativo de estabelecimento de ensino
autorizado
Incidência Real
Não sujeição relativa a pessoas com deficiência - Artigo 56.º-A CIRS
Grau de invalidez igual ou superior a 60%

Anos Limite da parte não
% não sujeição
sujeita
A partir de 2017 15% € 2.500
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Incidência Real
Isenção parcial (art.º 2.º-B)
Jovens entre os 18-26 anos
Não seja considerado dependente
Concluir um nível de estudos igual ou superior ao nível

4 do QNQ
Rendimento coletável (incluindo rendimentos isentos)

igual ou inferior a € 25 075
Incidência Real
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Incidência Real
Isenção parcial nos 3

primeiros anos
1º 30% do rendimento bruto anual auferido com o limite de 7,5 x IAS ( 3 291,08 €)
ano
Após a
conclusão
do ciclo 2º
20% do rendimento bruto anual auferido com o limite de 5x IAS (2 194,05 €)
de ano
estudos
3º
ano
10% do rendimento bruto anual auferido com o limite de 2,5 x IAS ( 1 097,03 €)
Incidência Real
Esta isenção:
• Implica o englobamento dos rendimentos isentos para efeitos de determinação

da taxa (isenção com progressividade)
• só pode ser utilizada uma vez pelo mesmo sujeito passivo.
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Incidência Real
Exemplo:
Pedro reúne todas as condições para a aplicação do art.º 2 B – IRS jovem e em
2020 auferiu rendimentos de trabalho dependente de 1000 € mês.
• Declaração modelo 3 do ano 2020, o Pedro deve optar pela aplicação deste novo regime.
• 0 Rendimento bruto anual para determinação da taxa será de 14 000 €
• O Rendimento coletável = 6 604,92 €(14 000 – 3 291,08* – 4104**)
*Isenção de 30% do RB = 30% X 14 000 € = 4 200 € com o limite de 3 291,08 €

**Dedução especifica € 4 104 (art.º 25º do CIRS)
Incidência Real
Rendimento para efeitos de determinação de taxa = € 9 896 (14 000 - 4 104)

7 112 € X14,5% = 1031,24
9 896 + Coleta = € 1 67 1,56 Taxa= 16,89%
(1) (9 896 € - 7 112 €) x 23% = 640,3 (2) (2/1)
COLETA DE IMPOSTO = Rendimento coletável X TAXA

= 6 604, 92 € X16,89%
= 1 115,57€
25
Incidência Real
Retenção na fonte
art.º 99-F nº 4 e nº5
Taxa a que corresponde ao

Comunicação montante global dos
à entidade rendimentos, incluindo os
empregadora isentos, mas aplicada apenas
à parte sujeita
Incidência Real
Exemplo:
O António acabou de concluir a sua licenciatura no ISCAC e foi contratado
por uma empresa, agora que acabou de completar 23 anos. O salário bruto
auferido como rendimento de trabalho dependente é de 1.000 euros/mês.
Retenção na fonte:
A entidade patronal aplicará mensalmente a retenção na fonte à taxa que
estiver prevista na tabela para um rendimento de 1.000 euros, mas efetuará
a retenção apenas sobre 700 euros.
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Incidência Real
Não são tributáveis - não previstos na norma de incidência:
Subsídio de desemprego;
Subsídio de doença, apenas na parte que é atribuída pela Segurança Social;
Subsídio de maternidade;
Indemnização por incapacidade temporária ou permanente em resultado de

acidente de trabalho (não encontra previsão na norma de incidência).
Incidência Real
Outras isenções - EBF
• Missões diplomáticas, consulares e organizações estrangeiras ou internacionais – art.

37.º EBF
• Isenção de pessoal em missões de salvaguarda de paz – art. 38.º do EBF
• Acordos e relações de cooperação – art. 39.º do EBF
• Remunerações de tripulantes de navios – Zonas Francas - art. 33.º, n.º 8 e 9 do EBF.
• Trabalhadores deslocados no estrangeiro – art. 39.º-A do EBF
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Determinação do
rendimento líquido
Incidência Real
Deduções especificas
Como é determinado o rendimento líquido?
Ao rendimento auferido pelo sujeito passivo vamos deduzir as seguintes

importâncias - Deduções específicas - artigos 25º a 27º do CIRS
Por cada sujeito passivo!!!
28
Incidência Real
Valores a deduzir ao RB:

 Art.º 25º n.º1
a) € 4 104 ou montante das contribuições obrigatórias para a S. Social, se superior – n.º 2.
b) Indemnizações pagas pelo trabalhador à entidade patronal por rescisão do contrato s/ aviso prévio
c) Quotizações sindicais até ao limite de 1% do RB, majoradas em 50%.
 Art.º 25º n.º3
A dedução do n.º 1, a) pode ser elevada até 75% de 12x IAS* (2021: € 4.275), desde que a diferença
resulte de quotizações para ordens profissionais;
 Art.º 27.º - Deduções nas profissões de desgaste rápido
* Até o IAS atingir ou for superior a 475 euros, considera-se este último valor (IAS 2021 – 438,81 €).
Incidência Real
Profissões de Desgaste Rápido (art. 27º):
• praticantes desportivos,
• mineiros Dedução limitada
• Pescadores à concorrência
do rendimento
Dedução calculada nos termos do art. 25º é acrescida de prémios de seguros de

• doença,
• acidentes pessoais, que garantam pensões de reforma, de invalidez ou de sobrevivência
• de seguros de vida
Limitação da dedução:
• cinco vezes o valor do IAS (2021 – 438,81x5= € 2.194,05)
• Garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice, neste último caso desde que o
benefício seja garantido após os 55 anos de idade, desde que os mesmos não garantam o pagamento e este se não
verifique, nomeadamente, por resgate ou adiantamento, de qualquer capital em dívida durante os primeiros cinco
anos, com o limite de cinco vezes o valor do IAS.
29
Incidência Real
Exemplo:
Maria trabalhadora dependente, recebeu em 2020, remunerações no valor de 25 000 €. Nesse ano,
teve ainda:
- Quotizações sindicais - 300 €
- Quotizações para SS – 2 750 €
Qual o valor da dedução especifica?
RESOLUÇÃO:
- Art.º 25º n.º 1 al. a) - € 4.104
- Art.º 25º n.º 1 al. c)- Quotizações sindicais:
- Limite – 1% x € 25.000 = € 250
- Majoração - € 375 (€ 250 x 1,5)
Dedução especifica - € 4.104+ € 375 = € 4.479
Incidência Real
Deduções de perdas
Na categoria A não há lugar a quaisquer deduções de perdas
Impossibilidade de haver rendimentos negativos
As deduções especificas são apenas até à concorrência do RB.

“aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se, até à sua concorrência, e por cada
titular que os tenha auferido, os seguintes montantes…”.
(art.º 25º nº1)
RENDIMENTO BRUTO – DEDUÇÕES ESPECÍFICAS = RENDIMENTO LÍQUIDO
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Retenções na fonte
Incidência Real
• Art.º 98º a 100º e 119º do CIRS
• Despacho anual de aprovação das tabelas de retenção sobre rendimentos das

categorias A e H
Tabelas de retenção na fonte 2021 - Despacho n.º 11886-A/2020 de 3 de dezembro de 2021
31
Incidência Real
Caracterização Jurídica do Dever de Retenção
 Sujeito Passivo: a pessoa ou entidade sobre o qual recaia a obrigação;
 Objeto imediato: retenção do imposto devido e a sua entrega nos cofres do Estado;
 Facto constitutivo: em regra, o pagamento ou a colocação de rendimentos à disposição do titular;
 O dever de retenção é um dever vinculado: sujeito ao princípio da legalidade e em regra

imodificável ou suscetível de ser afastado por vontade dos intervenientes:
Incidência Real
Modalidades de Retenção na fonte
 Quanto aos efeitos

- Liberatórias
- Por conta do imposto devido a final
 Quando ao objeto
- Retenção sobre rendimentos da categoria A e H
- Retenção sobre rendimentos de outras categorias
 Quanto aos contribuintes

- Titulares residentes
- Titulares não residentes
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Incidência Real
Procedimentos gerais de retenção: Categoria A
Âmbito e aplicação das tabelas de retenção:
 “Mensualização” da remuneração (art. 99º C, nº1)
 Retenção autónoma sobre subsídios de férias e de Natal (art. 99º C, nº5)
 Retenção autónoma sobre o trabalho suplementar (art. 99º C, nº5)
 Retenção autónoma sobre as remunerações relativas a anos anteriores (art. 99º C,

nº5)
Incidência Real

 Procedimento a utilizar em caso de falta de comunicação da situação pessoal e familiar –
Aplicação da tabela não casado, sem dependentes para Cat. A (art.º 99º-B, nº3).
 Arredondamento do montante resultante da aplicação da taxa de retenção – unidade de

euros inferior (art.º 99º-E, nº1).
 Correções às retenções efetuadas – primeira retenção a que deva proceder-se após a

deteção do erro, sem ultrapassar o último período de retenção anual (art.º 98º , nº4).
33
Incidência Real
• Nos termos do artigo 99.º, n.º 1, al. a) não há lugar a retenção sobre:
 rendimentos em espécie
 gratificações não atribuídas pela entidade patronal (artigo 2.º, n.º 3, al. g)).
Incidência Real
Natureza das retenções na fonte

• As retenções na fonte de IRS sobre rendimentos do trabalho dependente efetuadas a residentes
em território nacional têm sempre a natureza de imposto por conta devido a final.
• No caso de sujeitos passivos não residentes, as retenções na fonte têm natureza definitiva – taxa
liberatória de 25% (art. 71.º, n.º 4, a))
Entrega ao Estado
• As importâncias retidas, em qualquer dos casos, deverão ser entregues (pela entidade
responsável pela retenção, ou seja, o substituto tributário) até ao dia 20 do mês seguinte àquele
em que foram deduzidas (art. 98º n.º 3).
• Sendo, no entanto, necessárias guias de pagamento separadas: uma para as retenções na fonte
relativas a SP residentes e outra para as retenções na fonte relativas a SP não residentes.
34
Incidência Real
Obrigação de comunicação das retenções efetuadas:

• as entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente estão obrigadas
a comunicar mensalmente à AT, por transmissão eletrónica de dados, as
importâncias pagas ou colocadas à disposição e respetivas retenções de imposto,
de contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas
legais de saúde, bem como de quotizações sindicais.
• A Declaração Mensal de Remunerações deve ser apresentada até ao dia 10 do

mês seguinte ao do pagamento ou colocação à disposição dos rendimentos do
trabalho dependente, exclusivamente por transmissão eletrónica de dados ( art.º
119º nº1 al. c) do CIRS)
35

2.3. IRS - Incidência Real - Categoria A

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2.3. IRS - Incidência Real - Categoria A

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FISCALIDADE I

Licenciatura Gestão de Empresas/Contabilidade e Auditoria/ Contabilidade e Gestão Pública

Imposto sobre o rendimento

O IRS incide sobre os rendimentos das seguintes categorias, depois de efetuadas as

Sujeição dos rendimentos:

• Mesmo quando provenientes de atos ilícitos;

• Quer em dinheiro quer em espécie;

(+) RB – rendimento bruto – art.º2.º do CIRS

(-) DE – dedução específica – art.º 25.º a art.º 27.º do CIRS

(=) RL – rendimento líquido

Entidade Existência de Rendimentos

Incluem-se na categoria A os rendimentos pagos ou colocados à disposição,

a) Ao abrigo de contrato de trabalho, ou outro a ele legalmente equiparado;

b) Ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outro de idêntica natureza, quando exercido

c) No exercício de função, serviço ou cargo público;

d) Atribuídos a título de pré-reforma, pré-aposentação ou relativos a situação de reserva (…)

• Remunerações compreendem, independentemente da sua designação: ordenados,

• As remunerações auferidas pelos trabalhadores podem ser divididas em duas categorias:

remunerações principais (art.º 2º, nº2 do CIRS);

remunerações acessórias (art.º 2º, nº3 do CIRS).

 Caso particular das bolsas de investigação

 Caso particular dos subsídios/bolsas de estágio/ formação e estágios profissionais

 Caso particular dos subsídios/bolsas de estágio/ formação e estágios profissionais

São ainda rendimentos do trabalho dependente (n.º 3):

Embora fora da relação jurídica de trabalho subordinado as remunerações auferidas por

Exemplo: Remunerações auferidas pelo sócio gerente de uma sociedade.

São ainda rendimentos do trabalho dependente:

3. As importâncias despendidas, obrigatória ou facultativamente pela entidade patronal

• Seguros e operações do ramo “Vida”

• Contribuições para regimes complementares de Segurança Social;

4. O Subsídio de residência ou equivalente ou a utilização de casa de habitação

• No caso dos subsídios em dinheiro, destinados a subsidiar despesas de residência, todo o

5. Benefícios resultantes de empréstimos sem juro ou a taxa de juro inferior à de

• Exclui-se, no entanto, a redução de juros na aquisição de habitação própria

Rendimento sujeito - art. 24º n.º 3 do CIRS

6. As Viagens e estadas de turismo e similares não conexas com as funções

7. Os Ganhos resultantes de acordos de opções sobre ações, ou outros valores

9. A utilização, pelo trabalhador ou membro de órgão social, de viatura automóvel que

Valor sujeito a IRS (art.º 24º n.º 5 do CIRS)

0,75% valor de mercado*, reportado a 1 de janeiro do ano em causa x n.º de meses

Tabela da Portaria n.º 383/2003, de 14/5 para cálculo do valor de mercado

Valor a tributar em 2021 = 0,75% x 25 000 € x 12 meses de utilização = 2 250 €

valor sujeito a IRS (art. 24º n.º 6)

valor de mercado* - (∑dos rendimentos anuais tributados como rendimentos

São ainda rendimentos do trabalho dependente:

• condições de atribuição - DL n.º 106/98, de 24/04

Limites ajudas de custo e compensação (…)

As ajudas de custo, em Portugal, são abonadas da seguinte forma:

 Transporte em automóvel próprio: € 0,36/km

e) As indemnizações que resultem da constituição, extinção ou modificação

Mudança do local de trabalho - artigo 2.º-A, n.º 1, al. f)

Cessação do vínculo gerador do rendimento – art.º 2º, n.º 4

Importâncias recebidas e emergentes da cessação, por qualquer forma dos

VT = VA – N * Σ Rrcr 12 últimos meses

• Usufruição do beneficio nos 5 anos anteriores (art.º 2º, n.º 7 do CIRS)

Valor excluído de tributação = (13 168,20 €/12)X11 anos*

Mudança do local de trabalho - artigo 2.º-A, n.º 1, al. f)

Não se consideram rendimentos do trabalho dependente as importâncias suportadas

• distância superior a 100 km do local de trabalho anterior

Valor a tributar= 10 000 € - 4 200 €

São ainda rendimentos do trabalho dependente:

g) As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de trabalho, quando não

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS)