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FISCALIDADE I

Licenciatura Gestão de Empresas/Contabilidade e Auditoria/ Contabilidade e Gestão Pública

2021/2022

PAULA SANTOS

Imposto sobre o rendimento


das pessoas singulares (IRS)

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Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS)

Incidência Pessoal

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Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS)

Pessoal Os sujeitos
(art.º 13º ao art.º 21º passivos de IRS
do CIRS)
Incidência
Real Os rendimentos
(art.º 1º ao art.º 12ºA Tributáveis em
do CIRS) IRS
to incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, ainda que obtidos fora do
território nacional (art.º 15.º n.º 1)
• PRINCÍPIO DA RESIDÊNCIA
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Incidência Pessoal

QUEM está sujeito?

A Incidência Pessoal pretende identificar os sujeitos passivos (SP) de um dado


imposto.

No caso do IRS verifica-se uma sujeição:


• Por titularidade (art.º 13º a 20º CIRS)
• Por substituição tributária (art.º 21º CIRS)
e sobre a totalidade dos seus rendimentos, ainda que obtidos fora do território nacional (art.º 15.º n.º 1)
• PRINCÍPIO DA RESIDÊNCIA
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Incidência Pessoal

Pessoas singulares
(nº1 do art.º 13º)

Residentes em território Não residentes em Território


Português português
(nº 1, art.º 15º do CIRS) (nº 2, art.º 15º do CIRS)

to incideO sobre a sobre


IRS incide totalidade dos seus rendimentos,
a Universalidade ainda
O IRS apenas quesobre
incide obtidos
os fora do
território nacional (art.º 15.º n.º
dos seus Rendimentos 1) rendimentos obtidos em PT
• PRINCÍPIO
Princípio da Residência DA RESIDÊNCIA
Princípio da fonte
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Incidência Pessoal – Art.º 13º
Agregado familiar

Regime regra
Tributação separada
Princípio obrigatório da tributação Com opção pela tributação
conjunta do agregado familiar conjunta, quer para casados, quer
para unidos de facto (n.º 2 e 3 do
artigo 13º).

Até 2014 2015

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Incidência Pessoal

Agregado familiar O imposto é


apurado
Art.º 13º do CIRS individualmente
nº 2 em relação a cada
cônjuge ou unido
de facto.

A obrigação do
imposto é calculada
Por opção em função do
(n.º 3) conjunto dos
rendimentos das
pessoas que
compõem o AF

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Incidência Pessoal
TRIBUTAÇÃO DE CASADOS OU UNIDOS DE FACTO

Tributação separada

• O imposto é apurado individualmente em relação a cada cônjuge ou unido de


facto. (art.º 13.º n.º 2 do CIRS)

• Cada um dos cônjuges ou dos unidos de facto, caso não esteja de tal dispensado,
apresenta uma declaração da qual constam os rendimentos de que é titular e
50% dos rendimentos dos dependentes que integram o agregado.
(art.º 59º, n.º 1 do CIRS)

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Incidência Pessoal
TRIBUTAÇÃO DE CASADOS OU UNIDOS DE FACTO

Tributação conjunta

• O imposto é devido pela soma dos rendimentos das pessoas que constituem o
agregado familiar. (art.º 13.º n.º 3 do CIRS)

• Os cônjuges ou os unidos de facto apresentam uma declaração da qual consta a


totalidade dos rendimentos obtidos por todos os membros que integram o
agregado familiar. (art.º 59º, n.º 2, al a) do CIRS).

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Incidência Pessoal
TRIBUTAÇÃO DE CASADOS OU UNIDOS DE FACTO

Tributação conjunta

• Ambos os cônjuges ou unidos de facto devem exercer a opção na declaração


de rendimentos;
• A opção é válida apenas para o ano em questão;
• Sendo exercida a opção pela tributação conjunta, a responsabilidade dos
sujeitos passivos pelo pagamento do imposto é solidária. (art.º 102.º -C)

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Incidência Pessoal
TRIBUTAÇÃO DE CASADOS OU UNIDOS DE FACTO

Nota importante:

• A tributação separada no âmbito do casamento e na união de facto não provoca


alterações na descrição do agregado familiar;

• Os dependentes, de sujeitos passivos casados ou unidos de facto, tributados


separadamente, não passam a fazer parte de mais do que um agregado familiar,
mas podem integrar mais do que uma declaração de rendimentos.

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Incidência Pessoal

Constituição do agregado familiar – art.º 13º n.º 4 CIRS


Os cônjuges, não separados judicialmente de pessoas e bens, ou os unidos de facto, e os respetivos
dependentes;

Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos de separação judicial de pessoas e bens ou
de declaração de nulidade, anulação ou dissolução do casamento, e os dependentes a seu cargo;

O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo

O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo;

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Incidência Pessoal

Consideram-se Dependentes (artigo 13.º, n.º 5):


Os filhos, adoptados e enteados, menores não emancipados e menores sob tutela.

Os filhos, adoptados e enteados maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiverem sob tutela,
relativamente aos quais se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
1) não ter mais de 25 anos;
2) não ter auferido anualmente rendimentos superiores à retribuição mínima mensal garantida;

Poderão, contudo, optar pela tributação separada, constituindo-se como sujeitos passivos autónomos, cabendo-lhe,
igualmente, obrigações declarativas próprias.
Os filhos, adoptados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de
subsistência.
Também neste caso, podem estas pessoas optar pela sua tributação como sujeitos passivos autónomos.
Os afilhados civis.

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Incidência Pessoal

• Cada individuo integra apenas um agregado familiar – art.º 13º, n.º 7 do CIRS.

• A situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos relevante para efeitos de


tributação é aquela que se verificar no último dia do ano a que o imposto
respeite. (art.º 13º, nº8),

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Incidência Pessoal

Dependente em guarda conjunta – art.º 13º, n.º 9 do CIRS


Residência
Dependente em Integram o Agregado determinada no
guarda conjunta do SP âmbito da regulação
das responsabilidades
parentais
Quando não tiver
sido determinada ou
não seja possível Identidade de
apurar a residência domicilio fiscal no
habitual
ultimo dia do ano

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Incidência Pessoal

Dependente em guarda conjunta com residência alternada


Continuam a
integrar um
único AF • Comunicação a existência
de residência alternada no
PF até 15 de fevereiro -
art.º 22 n.º 9 do CIRS

Os dependentes em guarda conjunta podem ser incluídos nas declarações de


ambos os sujeitos passivos para efeitos de imputação de rendimentos e de
deduções. (art.º 13º, n.º 10 do CIRS)

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Incidência Pessoal

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Incidência Pessoal
União de facto – art.º 14º
Lei n.º 7/2001, de 11 de Maio - medidas de proteção das uniões de facto.

Requisitos legais:
 viver em união de facto, em condições análogos às dos cônjuges, há pelo menos 2 anos
 não se enquadrar em nenhuma das exceções previstas.

Regra: Tributação separada


Opção por tributação conjunta
Igualdade de tratamento
mesmas regras quanto
ao agregado familiar,
deduções,
responsabilidade
.

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Incidência Pessoal
União de facto – art.º 14º

período mínimo de 2 anos


• Identidade de domicílio fiscal
período de tributação
Art.º 14-º
n.º2

Presume a existência de união de facto

• Não é requisito necessário, são admitidos outros meios de prova


Ofício circulado
20183 de 03/03/2016

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Incidência Pessoal

Falecimento de um dos cônjuges (art.º 63º n.º1)


Se, durante o ano a que o imposto respeite, tiver falecido um dos cônjuges:
• o cônjuge sobrevivo, não separado de facto, deve proceder ao cumprimento das
obrigações declarativas de cada um deles:

• podendo optar pela tributação conjunta

• salvo se voltar a casar no mesmo ano, caso em que apenas pode optar pela
tributação conjunta com o novo cônjuge.

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Incidência Pessoal

Constituição ou dissolução de agregado Familiar - Art.º 63º, nº 2 do CIRS

Cada um deve englobar:


- Rendimentos próprios
Dissolver um AF
- A sua parte nos rendimentos comuns
(al. a))
- Rendimentos dos dependentes a seu
cargo
Estado civil relevante:
Se durante o ano
31 de dezembro
Se optarem pela tributação conjunta
englobar todos os rendimentos
Constituir um AF
- próprios de cada um dos cônjuges
(al. b))
- Comuns
- dependentes

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Incidência Pessoal

Separação de Facto– art.º 63º, n.º 3 do CIRS

No caso da separação de facto cada um dos cônjuges engloba os seus rendimentos:

• próprios,

• a sua parte nos rendimentos comuns e

• os rendimentos dos dependentes a seu cargo

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Incidência Pessoal

Pessoas ligadas por laços de parentesco que não fazem parte do agregado
familiar mas relevam para efeitos fiscais:

ascendentes (art.º 78º, 78º-A e 84º)

colaterais até ao 3º grau do sujeito passivo (art.º 84º)

• irmãos – 2º grau

• tios e sobrinhos – 3º grau

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Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS)

Residência

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Incidência Pessoal
Residência
São residentes em território português as pessoas que no ano a que respeitam os rendimentos:
(art.º 16.º n.º1 do CIRS)

a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em qualquer período
de 12 meses com início ou fim no ano em causa.

Critério da permanência
b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham, num qualquer dia do período referido
na alínea anterior, de habitação em condições que façam supor intenção atual de a manter e
ocupar como residência habitual.

Critério da Residência

• Dia de presença: qualquer dia completo ou parcial, que inclua dormida (art.º 16.º n.º2 do CIRS)
• A residência é aferida em relação a cada sujeito passivo do agregado familiar (art.º 16.º n.º5 do CIRS)

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Incidência Pessoal
Residência

São residentes em território português as pessoas que no ano a que respeitam os rendimentos:
( art.º 16.º n.º1 do CIRS)

c) Em 31 de Dezembro sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde que aqueles


(tripulantes) se encontrem ao serviço de entidades com residência, sede ou direcção efectiva
em território português
d) Desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de carácter público ao serviço do Estado
português.

CRITÉRIO DA ENTIDADE PAGADORA


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Incidência Pessoal
Norma anti
Residência abuso

São ainda havidas como residentes em território português as pessoas de


nacionalidade portuguesa que deslocalizem a sua residência fiscal, para país,
território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável (Portaria
n.º 150/2004, de 13/02, alterada pela Portaria n.º 292/2011, de 08/11)
( art.º 16.º n.º1 do CIRS)

 no ano em que se efetuar a mudança e nos 4 anos seguintes (se aí se


mantiver).

 Exceto se provar que a mudança se deve a razões atendíveis,


designadamente exercício de atividade temporária por conta de entidade
patronal domiciliada no território português.

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Incidência Pessoal
Residência

Residência fiscal parcial


Foi alterado o conceito de residente fiscal em território português, de modo a
haver uma conexão direta entre o período de efetiva residência em território
português e o estatuto de residente fiscal neste mesmo território

Reforma do IRS 2015.

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Incidência Pessoal
Residência

As pessoas que preenchem uma das condições previstas nas alíneas a) ou b) do n.º
1 do artigo 16.º do CIRS tornam-se residentes desde o primeiro dia de permanência
em território português. ( art.º 16.º n.º3 do CIRS).

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Incidência Pessoal
Residência

A perda da condição de residente ocorre a partir do último dia de permanência


em território português ( art.º 16.º n.º4 do CIRS).

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Incidência Pessoal
Residência

Residência fiscal parcial – obrigações declarativas

• Sempre que, no mesmo ano, o sujeito passivo tenha, em Portugal, dois estatutos
de residência, deve proceder à entrega de uma declaração de rendimentos
relativa a cada um deles, sem prejuízo da possibilidade de dispensa, nos termos
gerais (art.º 57º, n.6 do CIRS).

• Estabelece-se que sempre que o sujeito passivo altere o seu estatuto de


residência (de residente em Portugal para não residente, ou vice-versa), deve
comunicar à AT, no prazo de 60 dias, tal alteração (artigo 19.º da LGT).

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Incidência Pessoal
Residência nas regiões autónomas

Regime regra (art.º 17º, n.ºs 1 e 2 do CIRS)

• Seja considerado residente em território português, nos termos do art.º 16º CIRS;

• Tenha permanecido na Região Autónoma por mais de 183 dias no ano a que
respeitam os rendimentos (critério da permanência);

• Tenha residência habitual numa Região Autónoma;

• Nela esteja registado para efeitos fiscais;

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Incidência Pessoal
Residência nas regiões autónomas

Regime supletivo (art.º 17º, n.ºs 1 e 2 do CIRS)

Quando não for possível determinar a permanência, são considerados residentes no


território de uma Região Autónoma os que ali tenham o seu principal centro de interesses,
considerando-se como tal o local onde se obtenha a maior parte da sua base tributável:
• Cat. A – no local onde é prestada a atividade;
• Cat. B – no local do estabelecimento ou do exercício habitual da profissão;
• Cat. E – no local do estabelecimento a que se deve imputar o pagamento;
• Cat. F e G (rendimentos provenientes de imóveis) no local onde se situam os imóveis;
• Cat. H – no local onde são pagas ou colocadas à disposição.

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Incidência Pessoal

Regime fiscal para residentes não habituais em IRS


“O regime de residentes não habituais surgiu (…) em 2009. Na
altura o regime foi vendido como forma de atrair cérebros
altamente qualificados para Portugal, em troca de uma taxa
reduzida de 20% de IRS. Contudo, ele trazia em paralelo um
generoso enquadramento para reformados estrangeiros (…): os
reformados que cá obtenham este estatuto não pagam IRS em
Portugal sobre as pensões que recebem no seu país, e, por causa
“As novas regras (…) pretendem serenar o
de uma regra ‘adormecida’ que consta da generalidade das crescendo de críticas internas e externas
que se têm ouvido a estes benefícios
convenções fiscais, deixavam igualmente de pagar imposto no país
fiscais e, ao mesmo tempo, não afugentar
de origem.”
estrangeiros endinheirados.
(…) passa por sujeitar a uma taxa de 10%
de IRS os rendimentos de pensões de
quem, no futuro, venha a aderir a este
Excertos de notícia publicada no Jornal Expresso de 2010-01-27
regime.

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Incidência Pessoal
Regime fiscal para residentes não habituais em IRS
(artigos 16º , 22º, 72º e 81º do CIRS)

Criado pelo Decreto-lei


n.º249/2009, de23-09, que
aprovou o Código Fiscal do
Investimento.

Desde que:
Adquire o direito de ser Período de 10 anos
Residente Não Residente tributado consecutivos
em PT em (art.º 16º, nº 8 do CIRS)
em PT qualquer dos RESIDENTE NÃO HABITUAL
cinco anos (art.º 16º, nº 8 do CIRS)
anteriores.

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Incidência Pessoal
Regime fiscal para residentes não habituais em IRS

Trata-se, pois, de um direito que o SP adquire que não é obrigatório.

Solicitar a inscrição até 31 de março do ano seguinte até ao ano em que se torne
residente

((art.º 16º, nº 10 do CIRS)

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Incidência Pessoal
Regime fiscal para residentes não habituais em IRS
Regras de tributação aplicáveis – Rendimentos de Fonte Portuguesa
• Não englobamento, para efeitos da sua tributação dos rendimentos líquidos das categorias A e B
auferidos em TN em atividades de elevado valor acrescentado, com carácter científico, artístico
ou técnico (Portaria n.º 12/2010, de 7/1, alterada pela portaria 230/2019 de 23 de julho)
(art.º22, nº 3, al. b) do CIRS )

• Tais rendimentos serão sujeitos a tributação através de uma taxa especial de 20% (rendimentos
sujeitos a RF também à mesma taxa de 20%).
R(art.º 72º, n.º 10 do CIRS; do art.º 101-º, nº1, al d) do CIRS ).

• Englobamento dos rendimentos das restantes categorias e rendimentos da categoria A e B que


não constem da lista de atividades de elevado valor acrescentado.

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Incidência Pessoal
Regime fiscal para residentes não habituais em IRS

Regras de tributação aplicáveis – Rendimentos obtidos no estrangeiro


São residentes em Portugal - sujeitos a imposto sobre a totalidade dos rendimentos obtidos.

Rendimentos obtidos no estrangeiro das categorias A, B, E, F e G


• Eliminação da dupla tributação - método da isenção desde que, se verifique as condições previstas no
art.º 81º, n.º 4 e 5 (existência de CDT ou tributação no Estado Fonte)

Pensões e outros rendimentos da categoria H


• sujeitos a tributação à taxa de 10% (art.º 72º, nº 12 do CIRS)
• Não são englobados (apenas por opção)
• Eliminação da dupla tributação – método do crédito de imposto

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Incidência Pessoal
Regime fiscal de ex-residentes – Art.º 12- A
Disposição PROGRAMA
transitória REGRESSAR

São excluídos de tributação 50 % dos rendimentos do trabalho dependente e dos


rendimentos empresariais e profissionais dos sujeitos passivos que, tornando-se
fiscalmente residentes nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 16º em 2019 ou 2020:
a) Não tenham sido considerados residentes em território português em qualquer
dos três anos anteriores;
b) Tenham sido residentes em território português antes de 31 de dezembro de
2015
c) Tenham a sua situação tributaria regularizada.
2 - Não podem beneficiar do disposto no presente artigo os sujeitos passivos que
tenham solicitado a sua inscrição como residente não habitual.

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Incidência Pessoal
Regime fiscal de ex-residentes – Art.º 12- A

Lei n.º 71/2018, de 31 de


dezembro
Art.º 259º nº 2

• Aplica-se aos rendimentos auferidos no 1º ano e nos 4 seguintes.

• As taxas de retenção na fonte previstas para estes rendimentos (categorias A e B)


são aplicadas aos rendimentos sujeitos a tributação, isto é, a metade dos
rendimentos pagos ou colocados à disposição dos trabalhadores.

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Incidência Pessoal

Regime opcional - residentes noutro estado membro da EU/EEE – art. 17.º-A

Confere aos sujeitos passivos residentes noutro Estado membro da UE ou do EEE e


que sejam titulares de rendimentos obtidos em território português, que
representem, pelo menos, 90% da totalidade dos seus rendimentos relativos ao
ano em causa, incluindo os obtidos fora deste território, a possibilidade de optarem
pela respetiva tributação de acordo com as regras aplicáveis aos sujeitos passivos
residentes em território português com uma série de adaptações.

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Incidência Pessoal

Contitularidade de rendimentos – art. 19.º


Situações de rendimentos pertencentes, em comum, a várias pessoas.

Alguns casos especiais de contitularidade:


• herança indivisa
• condóminos de um edifício em regime de propriedade horizontal
comproprietários das partes comuns - deverão tais rendimentos ser-lhes
imputados na proporção do valor relativo das respetivas frações autónomas
(percentagem ou permilagem)
• contas conjuntas

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Incidência Pessoal

Imputação especial– art. 20.º do CIRS


• Art.º 6º do CIRC - sociedades transparentes
• Art.º 66º do CIRC -imputação de lucros de entidade residentes em paraísos fiscais

Objetivos da transparência fiscal


• Suprimir a dupla tributação económica dos lucros distribuídos
• Neutralidade do sistema de tributação
• Prevenção da evasão fiscal

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Incidência Pessoal

Tributação de não residentes

Art.º 18.º - Rendimentos obtidos em território português

• Elementos de conexão territorial que permitem identificar os rendimentos que se


consideram obtidos em território português

• Critério da localização da fonte dos rendimentos

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Incidência Pessoal

Art.º 21.º - Substituição tributária

“Quando através da substituição tributária, este Código exigir o pagamento total


ou parcial de IRS a pessoa diversa em relação à qual se verificam os respetivos
pressupostos, considera-se a substituta, para todos os efeitos legais, como devedor
principal do imposto, ressalvando o disposto no art.º 103º”

Ver art.º 28º da LGT.

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