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DIREITO TRIBUTÁRIO

Impostos de Exportação e Imposto de Renda


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IMPOSTOS DE EXPORTAÇÃOE IMPOSTO DE RENDA

2. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE)

O Imposto de Exportação (IE) é muito parecido com o Imposto de Importação (II), apre-
senta apenas singelas diferenças que devem ser levadas em consideração. O Imposto de
Exportação tem previsão no art. 153, inciso II, § 1º da Constitutição Federal (CF) e art. 23 do
Código Tributário Nacional (CTN).

2.1. Competência

Quem tem competência para instituir, criar, o Imposto de Exportação é somente a União.

2.2. Legalidade

a) Se a União quisercriar o Imposto de Exportação, assim como extinguí-lo, o meio será


por via de Lei Ordinária (LO), cabe a edição de Medida Provisória (MP).
b) Base de Cálculo – muita atenção ao art. 26 do CTN: já não é mais permitido mexer na
Base de Cálculo do Imposto de Exportação por Decreto, apenasnas alíquotas.
No art. 26 do CTN, a expressão “Base de Cálculo” deve ser riscada porque esse artigo foi
recepcionado apenas parcialmente pela CF. A Base de Cálculo deve ser feita por meio de LO.
c) As alíquotas do II, IE,IPI e IOF podem ser alteradas por um ato do Poder Executivo,
por meio de um Decreto, Instrução Normativa, Resolução da Câmara do Comércio Exterior,
o Decreto é o mais usual (art. 153, § 1º da CF), porque tem cunho extra fiscal regulatório
de mercado.

2.3. Princípios da Anterioridade

Com relação aos Princípios da Anterioridade anual e nonagesimal, o Imposto de Exporta-


ção émais uma exceção: não é necessário esperar 01/01, tampouco 90 dias, ele PODE (não
deve) ser cobrado de imediato (art. 150, § 1º da CF ) – se quiser esperar 01/01, pode, se
quiser esperar os 90 dias, também pode, se quiser esperar 100 anos, idem, mas se o Imposto
de Exportação for majorado hoje e se pretender cobrar na data de hoje, também é possível.
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2.4. Função

A função do Imposto de Exportação é uma função meramente fiscal, meramente arreca-


datória ou extra fiscal regulatória de mercado.
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O maior objetivo não é arrecadar dinheiro, o maior objetivo é o extrafiscal, controlar o
mercado, estimular ou desestimular o consumo de produtos.
O II, IE, IPI e IOF podem ter somente as alíquotas alteradas por um ato do Poder Execu-
tivo porque têm cunho extrafiscal regulatório de mercado.

*Impostos em espécies
2 II 153 I e § 1 º CF 2.3 Princípios da Anterioridade
23 CTN
2.1 Competência Só União Anual Nonagesimal
2.2 Legalidade
a) Criar/Extinguir - LO /MP 150 § 1º CF
Pode imediato
b) Cálculo 26 CTNLO
BC
recepção parcial
c) Alíquotas - P.Executivo
2.4. Função Extra Fiscal
Decreto/I.N/Resolução $
153 § 1º CF

2.5. Fato Gerador (FG)

Qual é o FG do Imposto de Exportação?


A situação que gera tem previsão no art. 23 do CTN.
O pagamento de Imposto de Exportação ocorre na saída da mercadoria do território
nacional, com o desembaraço aduaneiro, para verificar se estão cumpridos todos os protoco-
los, toda a legislação, se está tudo de acordo com as informações prestadas.
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2.5 FG 23 CTN
Saída
IE
+
Desembaraço Aduaneiro

2.6. Alíquotas

As alíquotas são percentuais e podem ser alteradas por ato do Poder Executivo (Decreto,
Portaria, Regulamento).

2.7. Base de Cálculo

As alíquotas podem ser específicas, quando a base de cálculo será a unidade de medida
adotada (tonelada, litro, quilo, grama), ou ad valorem, calculada pelo valor, cuja base de
cálculo será o preço normal que a mercadoria atingiria no mercado em situações de livre
concorrência.

2.8. Contribuinte

O contribuinte será o exportador ou quem a lei a ele equiparar (art. 27, do CTN).

2.9. Lançamento

Como regra, o lançamento do Imposto de Exportação é feito por homologação – primei-


ramente paga, e a seguir presta informações acerca do que foi pago (art. 150, CTN), salvo
se houver um ato ilícito (dolo, fraude, simulação ou conluio), quando o lançamento é feito de
ofício (art. 149, do CTN).
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2.6 Alíquotas 2.7 Base de Cálculo


P. Executivo

A Específica Unidade medida tonelada

B Ad valorem Preço

2.8 Contribuinte Exportador / lei – 27 CTN


Regra: Homologação – 152 CTN
2.9 Lançamento
Salvo – ilícito – ofício 149 CTN

3. IMPOSTO DE RENDA

O Imposto de Renda (IR) e de Proventos de Qualquer Natureza tem previsão no art. 153,
inciso III, § 2º da CF, assim como a partir do art. 43 do CTN.

3.1. Competência

Quem tem competência para instituir e cobrar o Imposto de Renda é somente a União.
O Imposto de Renda é um imposto federal, a competência não pode ser delegada, apenas
a União cobra Imposto de Renda.
Apesar do Imposto de Renda ser da União, lembrando que competência é indelegável
(art. 7º do CTN) e que só legisla quem tem competência, é importante observar:
Os arts. 157, inciso I e 158 inciso I da CF estabelecem que do Imposto de Renda retido na
fonte do servidor estadual, distrital e municipal, 100% do que for arrecadado será repassado
para o respectivo estado, Distrito Federal (DF) e Município.
Do imposto retido na fonte do servidor estadual, distrital ou municipal, a União nada
recebe, 100% serão repartidos pelos respectivos estado, DF e Município.
Se o servidor for servidor federal, o que for retido vai para a União, assim como em rela-
ção ao empregado público, comissionado.

Pode acontecer de ser descontado o Imposto de Renda do servidor estadual, distrital ou


municipal de maneira indevida?
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Sim, não deveria acontecer, mas pode acontecer. Se for descontado o Imposto de Renda
de maneira indevida, o servidor estadual, distrital ou municipal deve entrar com uma Ação
de Repetição de Indébito, requerendo o valor do Imposto de Renda pago indevidamente
(Súmula n. 447 do STJ).

Por exemplo, o servidor do estado do Acre, se tiver o Imposto de Renda retido de maneira
indevida, vai entrar com uma Ação de Repetição de Indébito para pedir a restituição contra a
União ou contra o estado do Acre?
Contra o próprio estado do Acre; porque, se 100% do Imposto de Renda, retido na fonte
do servidor estadual, distrital ou municipal, foram repassados para o respectivo estado, DF
ou Município, se tiver lugar a restituição, esse dinheiro sairá do próprio estado, do próprio DF
e do próprio Município.
15m
Não seria justo mandar 100% do IR do servidor do estado do Acre para o Acre e, se tiver
lugar a restituição, esta ser cobrada da União.
Esse processo tramitará na Justiça Estadual.

153 III e § 2º CF
3 IR
43 CTN

3.1 Competência Só União Indelegável – 7º CTN

157 I e 158 I CF
100%
IR retido na fonte E/DF/M
Servidor E/DF/M

Indevida Servidor Repetição Réu E/DF/M


E/DF/M J.Estadual
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3.2. Legalidade

Se a União quiser criar, extinguir, mexer na alíquota, mexer na base de cálculo, isentar o
pagamento do Imposto de Renda, majorar ou reduzir o Imposto de Renda, terá de fazê-lo por
meio de uma LO, cabendo uma Medida Provisória (MP) (art. 62, § 2º da CF).
Dentro deste tópico, é importante observar o art. 6ª, inciscos XIV e XXI da Lei n. 7.713/1985.
Essa lei, nos artigos referidos, traz as causas de isenção de Imposto de Renda de pes-
soas físicas, situações nas quais pessoas físicas estarão isentas de Imposto de Renda.
O inciso XIV versa sobre os aposentados nos proventos de aposentadoria e o inciso XXI
versa sobre os pensionistas nos proventos de pensão.
Os aposentados e pensionistas que sejam portadores de alguma das doenças listadas no
rol do inciso XIV ou do inciso XXI estarão isentos do Imposto de Renda.
Os requisitos são cumulativos: ser aposentado com algumas das doenças ou ser pensio-
nista com alguma das doenças.
Essas isenções são interpretadas, literalmente, no art. 111 do CTN.
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No passado, para ter direito a essa isenção era necessário um laudo médico oficial, uma
perícia do INSS.
Com a Súmula n. 598 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), essa isenção, hoje, pode ser
reconhecida com base em laudo médico particular, e não só por meio de perícia do INSS.
A Súmula n. 627 do STJ estabelece que, mesmo que o aposentado esteja em período
de remissão de uma doença, aparentemente curado da doença, ele continua com direito à
manutenção do benefício da isenção do Imposto de Renda.

3.2 Legalidade
Criar/Extinguir/Alíquota/B.Cálculo/Isenção/ ↑↓ → LO MP 62 § 2º CF

6º XIV e XXI Lei n. 7.713/1988


Aposentados Pensão
↓ Pode laudo
S.598 STJ
111 CTN médico particular
Doenças
Isenção Isentos
S.627 STJ Remissão( Curado)
Literal IR
Manutenção Isenção

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Maria Christina D’ Oliveira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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