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Código Tributário – DPE/GO

Tributário na DPE/GO
Código Tributário e Constituição Federal

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Norma legal que altera o


CÓDIGO TRIBUTÁRIO prazo de recolhimento
de obrigação tributária
não se sujeita ao
IMPORTANTE
princípio da
Neste material veremos os artigos relacionados aos
anterioridade.
pontos de Tributário do edital da DPE/GO,
acompanhados de jurisprudência (julgados e
Obs.: o conteúdo do
súmulas) e doutrina. Após a leitura completa,
enunciado 50 da Súmula
responda o máximo de questões anteriores que
Vinculante é altamente
puder. O objetivo é fazer você gabaritar Tributário na
criticável, uma vez que
DPE/GO.
fere a segurança jurídica
dos sujeitos passivos
CONCEITOS INICIAIS IMPORTANTES PARA A PROVA
tributários. Basta
O tributo terá finalidade
imaginar que a
arrecadatória, como fonte de receita
FISCALIDADE população se prepara
derivada. Exemplo: Imposto de
para pagar um tributo
Renda.
que vence no dia 10 e,
Nesses casos a principal finalidade do
subitamente, o governo
tributo será a de estimular algum
altera a data de
comportamento social ou
vencimento para o dia 3.
econômico. Vale destacar que
Certamente isso
embora o escopo não seja
EXTRAFISCAL prejudicará incontáveis
arrecadatório, tributos com
IDADE pessoas.
finalidade extrafiscal também
arrecadam. Exemplo: Imposto
Aplica-se o princípio da
Territorial Rural progressivo para
desestimular propriedades anterioridade tributária,
improdutivas. geral e nonagesimal, nas
hipóteses de redução ou
Ocorre nos casos em que há a
de supressão de
transferência da capacidade
benefícios ou de
tributária ativa à pessoa distinta da
PARAFISCALI incentivos fiscais, haja
que possui a competência para a sua
DADE vista que tais situações
criação. Exemplos: contribuições
configuram majoração
sindicais e anuidades dos conselhos
indireta de tributos. STF.
de classe.
Plenário. RE 564225 AgR-
EDv-AgR, Rel. Min.
PRINCÍPIOS IMPORTANTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO Alexandre de Moraes,
Apenas é possível a julgado em 20/11/2019.
criação, a extinção Conjugado com o
LEGALIDADE (paralelismo das formas) princípio da
ou o aumento de anterioridade anual, a
tributos através de lei1. anterioridade
Preconiza que apenas é nonagesimal diz que
possível a cobrança de além de respeitar o
tributo se a lei que o ínterim entre um
instituiu ou o majorou ANTERIORIDADE
exercício financeiro e
for publicada no NONAGESIMAL
ANTERIORIDADE ANUAL outro, deve-se também
exercício financeiro (ano observar um prazo de 90
(OU DE EXERCÍCIO)
civil) anterior ao da sua dias entre a publicação
cobrança. da lei que institui ou
majora um tributo e a
Segundo o enunciado 50 sua cobrança. Obs.: no
da Súmula Vinculante: que tange às medidas

1 Em regra, basta a lei ordinária, no entanto em alguns casos a CF exige lei sobre grandes fortunas; c) impostos residuais e d) contribuições sociais
complementar, quais sejam: a) empréstimos compulsórios; b) imposto residuais.

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provisórias, só produzirá princípio também às


efeitos no exercício multas tributárias.
seguinte se houver sido Não deve haver
convertida em lei até o tratamento distinto
último dia daquele em PRINCÍPIO DA ISONOMIA entre contribuintes que
que foi indicada . se encontrem na mesma
Diz que sempre que situação (art. 150, II, CF)
possível os impostos
serão fixados conforme a EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
capacidade contributiva IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
(a CF fala expressamente IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
em capacidade IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
econômica) do IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
contribuinte, além de CIDE COMBUSTÍVEIS
terem caráter pessoal (§
ICMS COMBUSTÍVEIS (MONOFÁSICO)
1º do art. 145 da CF).
ALTERAÇÃO DO PRAZO PARA PAGAMENTO
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA BASE DE CÁLCULO DO
TRIBUTO
Obs. 1: Destaque para o
CRIAÇÃO DE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
fato de a CF falar apenas
em IMPOSTOS2. Ainda
assim, é possível afirmar EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL
CAPACIDADE que é possível também a IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
CONTRIBUTIVA sua aplicação aos demais IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
tributos, conforme IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
jurisprudência. Deve-se IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
destacar a existência de IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA
dois aspectos dentro do EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS PARA CALAMIDADE
princípio da capacidade PÚBLICA OU GUERRA EXTERNA
contributiva: a) objetivo, CIDE-COMBUSTÍVEL4
que observa apenas os ICMS-COMBUSTÍVEL5
valores percebidos
(sinais de riqueza, como EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
ter uma casa ou um NONAGESIMAL
carro) e b) subjetivo, que IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
verifica as peculiaridades IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
de cada contribuinte (por IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
exemplo, pessoa com IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA
deficiência física ou com IMPOSTO DE RENDA
idade avançada).3
ATUALIZAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IPTU E IPVA
Deve haver (DECRETO)
proporcionalidade na
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS PARA CALAMIDADE
fixação dos tributos, a ser
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO PÚBLICA OU GUERRA EXTERNA
aferida em cada caso
AO CONFISCO OU
concreto, mas
RAZOABILIDADE DA
analisando-se a carga
CARGA TRIBUTÁRIA
tributária total. Vale
destacar que o STF já
admitiu a aplicação de tal

2 Fique ligadíssimo!! Se a questão pedir expressamente a resposta de presidencial –, não se lhe aplicando a regra da anterioridade anual (art. 150,
acordo com a CF, tal princípio se aplica apenas aos IMPOSTOS!! III, “b”, CF). Alteração promovida pela EC 33/2001 (SABBAG, 2016).
5 Conforme o disposto no art. 155, § 4º, IV, “c”, da CF, acima reproduzido, o
3 A capacidade contributiva pode ser aplicada concretamente por quatro
meios: a) imunidades; b) isenções; c) a progressão conforme a base de intitulado “ICMS - Combustível” será uma ressalva à anterioridade anual, no
cálculo (ex.: IR) e d) através da seletividade da coisa ou do serviço. tocante à redução e restabelecimento de sua alíquota, à semelhança da
4 Conforme o disposto no art. 149, § 2º, II, c/c art. 177, § 4º, I, “b”, parte CIDE-Combustível. Alteração também promovida pela EC 33/2001 (SABBAG,
final, ambos da CF, o Poder Executivo Federal poderá reduzir e restabelecer 2016).
as alíquotas do tributo por meio de ato próprio – no caso, o decreto

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DISPOSIÇÃO PRELIMINAR TEORIAS QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA A PROVA


É necessário saber que existem posições distintas a
Art. 1º Esta Lei (Código Tributário) regula, com respeito do tema e por isso é preciso ter atenção ao
fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de comando da questão ao responder uma pergunta
dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e acerca do assunto. O número de espécies de tributos
estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, existentes no ordenamento jurídico pátrio difere se
alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de questionarmos de acordo com o que (quem?).
direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da Por exemplo, para o STF e a doutrina majoritária,
respectiva legislação complementar, supletiva ou existem 5 espécies de tributos (impostos, taxas,
regulamentar. contribuições de melhoria, contribuições especiais e
empréstimos compulsórios), por tal razão é dado à tal
NATUREZA JURÍDICA DO CTN a chamada TEORIA DE PENTAPARTIDA.

Originariamente Pós CF/88 Por outro lado, o Código Tributário Nacional


Recepcionada como Lei menciona apenas três espécies (impostos, taxas e
Lei Ordinária contribuições de melhoria – art. 5º do CTN), é a
Complementar chamada TEORIA TRIPARTIDA.

De acordo com o art. 4º do CTN, o fato gerador é o


LIVRO PRIMEIRO
que define a natureza do tributo, sendo irrelevantes
para esse fim a destinação ou a sua denominação do
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL mesmo. No entanto, é necessário destacar que não
são todos os tributos que seguem a lógica do art. 4º,
TÍTULO I já que as contribuições especiais e os empréstimos
compulsórios são tributos finalísticos.
Disposições Gerais
TÍTULO II
Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo
disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de Competência Tributária
dezembro de 1965, em leis complementares, em
resoluções do Senado Federal e, nos limites das CAPÍTULO I
respectivas competências, em leis federais, nas
Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.
Art. 6º A atribuição constitucional de competência
tributária compreende a COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
IMPORTANTE
PLENA, ressalvadas as limitações contidas na
Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não e observado o disposto nesta Lei.
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída,
vinculada. no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de
direito público pertencerá à competência legislativa
IMPORTANTE daquela a que tenham sido atribuídos.

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é IMPORTANTE


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la: Art. 7º A competência tributária é INDELEGÁVEL, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
I - a denominação e demais características formais tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
adotadas pela lei; administrativas em matéria tributária, conferida por
uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições


de melhoria.

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§ 1º A atribuição compreende as garantias e os d) papel destinado exclusivamente à impressão de


privilégios processuais que competem à pessoa jurídica jornais, periódicos e livros.
de direito público que a conferir.
§ 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, lei, às entidades nele referidas, da condição de
por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na
que a tenha conferido. fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em
lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações
§ 3º Não constitui delegação de competência o tributárias por terceiros.
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo
ou da função de arrecadar tributos. § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se,
exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e
defere a pessoa jurídica de direito público diversa inerentes aos SEUS OBJETIVOS.
daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja
CAPÍTULO II uniforme em todo o TERRITÓRIO NACIONAL, ou que
importe distinção ou preferência em favor de
Limitações da Competência Tributária determinado Estado ou Município.

SEÇÃO I Art. 11. É VEDADO aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios estabelecer diferença tributária entre bens
de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou
Disposições Gerais
do seu destino.
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal
SEÇÃO II
e aos Municípios:6

Disposições Especiais
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o
estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto
nos artigos 21, 26 e 65; Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º,
observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às
autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com
Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no
base em lei posterior à data inicial do exercício
que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços
financeiro a que corresponda;
vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas
decorrentes.
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território
nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de
Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º
tributos interestaduais ou intermunicipais;
NÃO se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo
tratamento tributário é estabelecido pelo poder
IV - cobrar imposto sobre: concedente, no que se refere aos tributos de sua
competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; único.

b) templos de qualquer culto; Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista
o interesse comum, a União pode instituir isenção de
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos tributos federais, estaduais e municipais para os
políticos, inclusive suas fundações, das entidades serviços públicos que conceder, observado o disposto
sindicais dos trabalhadores, das instituições de no § 1º do artigo 9º.
educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
observados os requisitos fixados na Seção II deste
Capítulo;

6Percebe-se que esses artigos trazem a mesma ideia dos artigos 150, 151 e
152 da CF/88.

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Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é Art. 17. Os impostos componentes do sistema tributário
subordinado à observância dos seguintes requisitos nacional são EXCLUSIVAMENTE os que constam deste
pelas entidades nele referidas: Título, com as competências e limitações nele previstas.

I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio Art. 18. Compete:


ou de suas rendas, a qualquer título;
I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem
manutenção dos seus objetivos institucionais; divididos em Municípios, cumulativamente, os
atribuídos a estes;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas
em livros revestidos de formalidades capazes de II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em
assegurar sua exatidão. Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos
atribuídos aos Estados e aos Municípios.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo,
ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode CAPÍTULO III
suspender a aplicação do benefício.
Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do
artigo 9º são exclusivamente, os diretamente SEÇÃO I
relacionados com os objetivos institucionais das
entidades de que trata este artigo, previstos nos Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
respectivos estatutos ou atos constitutivos.
Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a
Art. 15. SOMENTE A UNIÃO, nos seguintes casos propriedade territorial rural (ITR) tem como fato
excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
imóvel por natureza, como definido na lei civil,
I - guerra externa, ou sua iminência; localização FORA da zona urbana do Município.

II - calamidade pública que exija auxílio federal JURISPRUDÊNCIA


impossível de atender com os recursos orçamentários
disponíveis; STF: É constitucional a progressividade das alíquotas do
ITR previstas na Lei nº 9.393/96 e que leva em
III - conjuntura que exija a absorção temporária de consideração, de maneira conjugada, o grau de
poder aquisitivo. utilização (GU) e a área do imóvel. Essa progressividade
é compatível com o art. 153, § 4º, I, da CF/88, seja na
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o PRAZO sua redação atual, seja na redação originária, ou seja,
do empréstimo e as condições de seu resgate, antes da EC 42/2003. Mesmo no período anterior à EC
observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. 42/2003, era possível a instituição da progressividade
em relação às alíquotas do ITR. STF. 1ª Turma.RE
TÍTULO III 1038357 AgR/ SP, Rel. Min Dias Tóffoli, julgado em
6/2/2018 (Info 890).
Impostos
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
CAPÍTULO I
Art. 31. Contribuinte do imposto é o PROPRIETÁRIO do
Disposições Gerais imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor
a qualquer título.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem POR
FATO GERADOR uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

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SEÇÃO II mesmo que localizados fora das zonas definidas nos


termos do parágrafo anterior.
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor VENAL
DO IMÓVEL.
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios,
sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) JURISPRUDÊNCIA
tem como FATO GERADOR A PROPRIEDADE, o domínio
útil ou a posse de bem IMÓVEL por natureza ou por “Os Municípios não podem alterar ou majorar, por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na decreto, a base de cálculo do IPTU, sob pena de violação
zona URBANA do Município. ao art. 150, I da CF/88. A simples atualização do valor
monetário da base de cálculo poderá ser feita por
SÚMULAS decreto do Prefeito. Assim, os Municípios podem
atualizar, anualmente, o valor dos imóveis, com base
Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade nos índices oficiais de correção monetária, visto que a
ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e atualização não constitui aumento de tributo (art. 97, §
de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir 1º do CTN) e, portanto, não se submete à reserva legal
indébito desses tributos. STJ. 1ª Seção. Aprovada em imposta pelo art. 150, I da CF/88. Conclusão: é
09/05/2018, DJe 14/05/2018 (Info 624). inconstitucional a majoração, sem edição de lei em
sentido formal, do valor venal de imóveis para efeito de
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel cobrança do IPTU acima dos índices oficiais de correção
situado em área considerada pela lei local como monetária. STF. Plenário. RE 648245/MG, Rel. Min.
urbanizável ou de expansão urbana não está Gilmar Mendes, julgado em 1/8/2013 (repercussão
condicionada à existência dos melhoramentos geral) (Info 713)”.7
elencados no art. 32, § 1º, do CTN. STJ. 1ª Seção.
Aprovada em 12/12/2018, DJe 17/12/2018. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo,
não se considera o VALOR DOS BENS MÓVEIS
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como MANTIDOS, em caráter permanente ou temporário, no
zona urbana a definida em lei municipal; observado o imóvel, para efeito de sua utilização, exploração,
requisito mínimo da existência de melhoramentos aformoseamento ou comodidade.
indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes,
construídos ou mantidos pelo Poder Público: Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do
imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas a qualquer título.
pluviais;
SEÇÃO III
II - abastecimento de água;
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de
III - sistema de esgotos sanitários; Direitos a eles Relativos

IV - rede de iluminação pública, com ou sem Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre
posteamento para distribuição domiciliar; a transmissão de bens imóveis (ITCMD) e de direitos a
eles relativos tem como fato gerador:
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância
MÁXIMA de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou
do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por
§ 2º A lei municipal PODE CONSIDERAR URBANAS as acessão física, como definidos na lei civil;
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes
de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;

7CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Impossibilidade de majoração da base <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e8aa


de cálculo por meio de decreto. Buscador Dizer o Direito, Manaus. c0123120
Disponível em: 0e7ef318b9db75c72695>. Acesso em: 22/10/2020

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III - a cessão de direitos relativos às transmissões Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites
referidas nos incisos I e II. fixados em resolução do Senado Federal, que
distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, baixa, as transmissões que atendam à política nacional
ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam de habitação.
os herdeiros ou legatários.
Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre
imposto NÃO incide sobre a transmissão dos bens ou o provento decorrente da mesma transmissão.
direitos referidos no artigo anterior:
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do
I - quando efetuada para sua incorporação ao imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos
patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de
nela subscrito; sucessão aberta no estrangeiro.

II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de Art. 42. Contribuinte do ITCMD é qualquer das partes
uma pessoa jurídica por outra ou com outra. na operação tributada, como dispuser a lei.

Parágrafo único. O imposto não incide sobre a SEÇÃO II


transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos
adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em Impostos Extraordinários
decorrência da sua desincorporação do patrimônio da
pessoa jurídica a que foram conferidos. Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a
União pode instituir, temporariamente, impostos
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica extraordinários compreendidos ou não entre os
quando a pessoa jurídica adquirente tenha como referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no
atividade preponderante a venda ou locação de prazo máximo de 5 anos, contados da celebração da
propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos paz.
à sua aquisição.
TÍTULO IV
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade
preponderante referida neste artigo quando MAIS DE Taxas
50% (CINQUENTA POR CENTO) da receita operacional
da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados,
anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à aquisição, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
decorrer de transações mencionadas neste artigo. suas respectivas atribuições, TÊM COMO FATO
GERADOR O EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas POLÍCIA, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos público ESPECÍFICO e DIVISÍVEL, prestado ao
antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no contribuinte ou posto à sua disposição.
parágrafo anterior levando em conta os 3 (três)
primeiros anos seguintes à data da aquisição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou
fato gerador idênticos aos que correspondam a
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, IMPOSTO nem ser calculada em função do capital das
tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente empresas.
à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito
nessa data. JURISPRUDÊNCIA

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação
de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com pública não pode ser remunerado mediante taxa.
a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica
Aprovada em 11/03/2015, DJe 20/03/2015. Importante.
alienante.
Súmula vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no
Art. 38. A base de cálculo do ITCMD é o valor venal dos
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
bens ou direitos transmitidos.
base de cálculo própria de determinado imposto, desde

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que não haja integral identidade entre uma base e TÍTULO V


outra. Aprovada em 03/02/2010, DJe 17/02/2010.
Contribuição de Melhoria
IMPORTANTE
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União,
Art. 78. Considera-se PODER DE POLÍCIA atividade da pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
administração pública que, LIMITANDO OU no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
DISCIPLINANDO DIREITO, interesse ou liberdade, regula para FAZER FACE AO CUSTO DE OBRAS PÚBLICAS DE
a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de QUE DECORRA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA, tendo como
interesse público concernente à segurança, à higiene, à limite total a despesa realizada e como limite individual
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do o ACRÉSCIMO de valor que da obra resultar para cada
mercado, ao exercício de atividades econômicas imóvel beneficiado.
dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à IMPOSTO DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. LIMITE TOTAL LIMITE INDIVIDUAL
O acréscimo do valor
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do A despesa realizada. resultante da obra para
poder de polícia quando desempenhado pelo órgão cada imóvel beneficiado.
competente nos limites da lei aplicável, com
observância do PROCESSO LEGAL e, tratando-se de Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria
atividade que a lei tenha como discricionária, SEM observará os seguintes requisitos mínimos:
ABUSO OU DESVIO DE PODER.
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77
consideram-se:
a) memorial descritivo do projeto;

I - utilizados pelo contribuinte:


b) orçamento do custo da obra;

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer


c) determinação da parcela do custo da obra a ser
título;
financiada pela contribuição;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização


d) delimitação da zona beneficiada;
compulsória, sejam postos à sua disposição mediante
atividade administrativa em efetivo funcionamento;
e) determinação do fator de absorção do benefício da
valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas
II - específicos, quando possam ser destacados em
diferenciadas, nela contidas;
unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de
necessidades públicas;
II - fixação de prazo NÃO INFERIOR A 30 (TRINTA) DIAS,
para impugnação pelos interessados, de qualquer dos
III- divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
elementos referidos no inciso anterior;
separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
III - regulamentação do processo administrativo de
instrução e julgamento da impugnação a que se refere
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas,
o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação
consideram-se compreendidas no âmbito das
judicial.
atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição
Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será
determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a
do Distrito Federal e dos Municípios e a LEGISLAÇÃO
que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis.
COM ELAS COMPATÍVEL, COMPETEM A CADA UMA
(...)
DESSAS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO.

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Obrigação Tributária necessárias a que produza os efeitos que normalmente


lhe são próprios;
CAPÍTULO I
II - tratando-se de SITUAÇÃO JURÍDICA, desde o
Disposições Gerais momento em que esteja definitivamente constituída,
nos termos de direito aplicável.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
crédito dela decorrente. obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou (situação jurídica) e salvo disposição de lei em contrário,
da fiscalização dos tributos. os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados:

Pagamento de
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de
PRINCIPAL tributo ou Prevista em Lei
penalidade (DAR) seu implemento;
OBRIGAÇÕES
TRIBUTÁRIAS
Catáter isntrumental Prevista na
ACESSÓRIA
- fazer/não fazer legislação tributária II - sendo resolutória a condição, desde o momento da
prática do ato ou da celebração do negócio.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua Art. 118. A definição legal do FATO GERADOR é
inobservância, converte-se em obrigação principal interpretada abstraindo-se:
relativamente à penalidade pecuniária.
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
CAPÍTULO II pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
Fato Gerador
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

FATO LANÇAMENTO
CAPÍTULO III
GERADOR TRIBUTÁRIO
O fato gerador Constitui o crédito
Sujeito Ativo
constitui a obrigação tributário e declara o fato
tributária. gerador.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica
de direito público, titular da competência para exigir o
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a seu cumprimento.
situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
NÃO CONFUNDIR
Competência em sentido Capacidade tributária
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer
estrito ativa
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a
A instituição/criação de A fiscalização,
prática ou a abstenção de ato que não configure
tributos, recebe arrecadação e execução
obrigação principal.
doutrinariamente a de normas do direito
alcunha de competência tributário correspondem
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera- em sentido estrito a capacidade tributária
se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: (stricto sensu) e não ativa e, diferentemente
poderá ser delegada a do anterior, podem ser
I - tratando-se de SITUAÇÃO DE FATO, desde o momento sujeito diverso daqueles delegados a outra pessoa
em que o se verifiquem as circunstâncias materiais que a própria jurídica de direito
Constituição Federal público, nos moldes

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tenha determinado autorizativos do art. 7º constitua o respectivo disposição expressa de


como competente para do CTN. fato gerador lei (art. 121, parágrafo
essa atribuição único, II, do CTN).
(competência Ex: proprietário do Ex: a empresa que figura
indelegável). imóvel para fins de IPTU como responsável
Ex: A CF/88 estabelece Ex: a atribuição de tributário pelo
que a competência para competência para União recolhimento
instituição do Imposto instituir o ITR não antecipado do IR sobre
Territorial Rural será impedirá a delegação da os rendimentos
exercida apenas pela capacidade tributária recebidos pelos seus
União (art. 154, VI, da ativa quanto aos funcionários,
CF). atributos de fiscalizar, verdadeiros
executar e arrecadar contribuintes (art. 45,
para os Municípios que parágrafo único, do
assim optarem (art. 153, CTN).
§ 4º, III, da CF). Tabela feita com base na seguinte obra: Novais,
Tabela feita com base na seguinte obra: Novais, Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. –
Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. – 3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense;
3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
São Paulo: MÉTODO, 2018.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa PESSOA obrigada às prestações que constituam o seu
jurídica de direito público, que se constituir pelo objeto.
desmembramento territorial de outra, subroga-se nos
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as
entre em vigor a sua própria. convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à
CAPÍTULO IV Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias
Sujeito Passivo correspondentes.

SEÇÃO I SEÇÃO II

Disposições Gerais Solidariedade

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a Art. 124. São SOLIDARIAMENTE obrigadas:
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. I - as pessoas que tenham interesse comum na situação
que constitua o fato gerador da obrigação principal;
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal
diz-se: II - as pessoas expressamente designadas por lei.

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta IMPORTANTE


com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo
II - responsável, quando, sem revestir a condição de não comporta benefício de ordem.
contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei. Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os
seguintes os EFEITOS DA SOLIDARIEDADE:
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL
Contribuinte Responsável tributário I - o pagamento efetuado por um dos obrigados
Sujeito que tenha Quando, sem revestir a aproveita aos demais;
relação pessoal e direta condição de
com a situação que contribuinte, sua II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os
obrigação decorra de obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

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subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se
demais pelo saldo; então a regra do parágrafo anterior.

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um CAPÍTULO V


dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
Responsabilidade Tributária
SEÇÃO III
SEÇÃO I
Capacidade Tributária
Disposição Geral
IMPORTANTE
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei
Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
I - da capacidade civil das pessoas naturais; gerador da respectiva obrigação, EXCLUINDO a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
importem privação ou limitação do exercício de referida obrigação.
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da
administração direta de seus bens ou negócios; SEÇÃO II

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, Responsabilidade dos Sucessores


bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional. Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos
créditos tributários definitivamente constituídos ou em
SEÇÃO IV curso de constituição à data dos atos nela referidos, e
aos constituídos posteriormente aos mesmos atos,
Domicílio Tributário desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até
a referida data.
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou
responsável, de domicílio tributário, na forma da Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos
legislação aplicável, considera-se como tal: cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou
a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a
taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens,
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual,
ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa
ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do
habitual de sua atividade;
título a prova de sua quitação.
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta
firmas individuais, O LUGAR DA SUA SEDE, ou, em
pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação,
o de cada estabelecimento;
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público,
qualquer de suas repartições no território da entidade I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos
tributante. aos bens adquiridos ou remidos;

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
como domicílio tributário do contribuinte ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
responsável o lugar da situação dos bens ou da montante do quinhão do legado ou da meação;
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação. III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o
domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a

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Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
resultar de fusão, transformação ou incorporação de comércio, indústria ou atividade;
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos
até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir
privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar
da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
SINTENTIZANDO outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Fusão é a operação pela qual se
unem duas ou mais sociedades Em resumo, PJ ou PF que adquirir outra empresa,
para formar sociedade nova. A responde
empresa resultado da fusão Integralmente Subsidiariamente
(nova) será contribuinte dos Se o alienante (quem Responderá
FUSÃO
seus próximos fatos geradores, vendeu) cessar a subsidiariamente com o
mas responderá pelos débitos exploração do comércio, alienante, se este
deixados pelas fusionadas indústria ou atividade. prosseguir na exploração
(antigas) até o momento ou iniciar dentro de 6
anterior da operação. MESES a contar da data
Transformação é a operação da alienação, nova
pela qual a empresa passa, atividade no mesmo ou
independentemente de em outro ramo de
dissolução e liquidação, de um comércio, indústria ou
TRANSFORMAÇÃO tipo societário para outro. Com profissão.
a modificação social também
ocorrerá sucessão para que a § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na
nova forma responda pelos hipótese de alienação judicial: (EXCEÇÃO)
débitos deixados pela anterior.
Incorporação é a operação pela
I – em processo de falência;
qual uma ou mais sociedades
são absorvidas por outra, que
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo
lhes sucede em todos os
de recuperação judicial.
INCORPORAÇÃO direitos e obrigações (art. 227
da Lei das SA’s). A empresa que
absorve outras arcará com os § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando
débitos deixados pelas o adquirente for: (EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO)
absorvidas.
Tabela feita com base na seguinte obra: Novais, I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial,
Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. – ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em
3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; recuperação judicial;
São Paulo: MÉTODO, 2018.
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
privado, quando a exploração da respectiva atividade
seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou III – identificado como agente do falido ou do devedor
seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a
firma individual. sucessão tributária.

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado § 3o Em processo da falência, o produto da alienação
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou permanecerá em conta de depósito à disposição do
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a juízo de falência pelo PRAZO DE 1 (UM) ANO, contado
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome da data de alienação, somente podendo ser utilizado
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo para o pagamento de créditos EXTRACONCURSAIS ou de
ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do créditos que preferem ao tributário.
ato:

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O QUE SÃO CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS? VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de


Segundo o escólio de André Santa Cruz (2020, p. ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados
1.303), trata-se de interessante novidade trazida pela por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
Lei de Recuperação Judicial e Falência a figura dos
chamados créditos extraconcursais (art. 84, Nova Lei VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de
de Falências), que devem ser pagos antes de pessoas.
qualquer outro crédito concursal, por maior que seja
a sua preferência na ordem de classificação. Ramos, Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em
André. Luiz Santa Cruz Direito empresarial: volume matéria de penalidades, às de caráter moratório.
único / André Luiz Santa Cruz Ramos. – 10. ed. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020. Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de
SÚMULAS atos praticados COM EXCESSO DE PODERES OU
INFRAÇÃO DE LEI, contrato social ou estatutos:
Súmula 554-STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a
responsabilidade da sucessora abrange não apenas os I - as pessoas referidas no artigo anterior;
tributos devidos pela sucedida, mas também as multas
moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores II - os mandatários, prepostos e empregados;
ocorridos até a data da sucessão.
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
Súmula 430-STJ: O inadimplemento da obrigação
jurídicas de direito privado.
tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente.
SEÇÃO IV
Súmula 435-STJ: Presume-se dissolvida irregularmente
a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio Responsabilidade por Infrações
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes,
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a
o sócio-gerente. responsabilidade por infrações da legislação tributária
INDEPENDE da intenção do agente ou do responsável e
SEÇÃO III da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Responsabilidade de Terceiros Art. 137. A responsabilidade é PESSOAL ao agente:

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício
respondem SOLIDARIAMENTE com este nos atos em regular de administração, mandato, função, cargo ou
que intervierem ou pelas omissões de que forem emprego, ou no cumprimento de ordem expressa
responsáveis: emitida por quem de direito;

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos II - quanto às infrações em cuja definição o dolo
menores; específico do agente seja elementar;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por III - quanto às infrações que decorram direta e
seus tutelados ou curatelados; exclusivamente de dolo específico:

III - os administradores de bens de terceiros, pelos a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas
tributos devidos por estes; por quem respondem;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra
seus mandantes, preponentes ou empregadores;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
massa falida ou pelo concordatário; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado, contra estas.

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Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do somente se modifica ou extingue, ou tem sua
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos
depósito da importância arbitrada pela autoridade nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas,
administrativa, quando o montante do tributo dependa sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei,
de apuração. a sua efetivação ou as respectivas garantias.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a CAPÍTULO II


denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, Constituição de Crédito Tributário
relacionados com a infração.
SEÇÃO I
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
Pela leitura do mencionado dispositivo (art. 138), que Lançamento
estabelece o instituto conhecido como “denúncia
espontânea”, a doutrina lembra que tal aplicação
IMPORTANTE
ocorrerá quando o sujeito passivo confessa a
realização de infrações que ocasionaram em falta de
Art. 142. Compete PRIVATIVAMENTE à autoridade
recolhimento do tributo, beneficiando-se com a
administrativa constituir o crédito tributário pelo
retirada das penalidades. Apesar da terminologia
lançamento, assim entendido o procedimento
adota pelo Código Tributário Nacional ser da
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
denúncia espontânea, a doutrina entende que o
gerador da obrigação correspondente, determinar a
correto seria confissão espontânea, vez que o próprio
matéria tributável, calcular o montante do tributo
sujeito passivo admite a realização de atividade
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
ilícita, pretendendo retornar à legalidade. Ressalte-se
propor a aplicação da penalidade cabível.
que o benefício apenas retirará a incidência da
multa/penalidade tributária, devendo o beneficiado
recolher aos cofres públicos o valor do tributo, Parágrafo único. A atividade administrativa de
atualizado monetariamente, e com o acréscimo dos lançamento é VINCULADA E OBRIGATÓRIA, sob pena de
juros. Tabela feita com base na seguinte obra: Novais, responsabilidade funcional.
Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. –
3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; DOSES DOUTRINÁRIAS
São Paulo: MÉTODO, 2018. Para a doutrina, “o crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza desta
(art. 139 do CTN), ou seja, corresponderá ao
TÍTULO III pagamento do tributo ou penalidade pecuniária (art.
113, § 1º, do CTN). Em termos mais simples, a palavra
Crédito Tributário crédito tributário equivale às prestações devidas às
fazendas públicas quando determinado sujeito
CAPÍTULO I passivo realiza fatos geradores de tributos ou comete
penalidades tributárias. A partir do momento em que
Disposições Gerais se realiza a prática dos fatos geradores, nascerá a
obrigação tributária que vincula o contribuinte ou o
responsável a uma relação jurídica dessa natureza
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação
perante o ente político credor”. 8
principal e tem a mesma natureza desta.

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito DISTINÇÃO ENTRE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ACESSÓRIA
ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua Segundo Novais (2018, p. 278), a
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe obrigação principal corresponde ao
deu origem. pagamento do tributo ou penalidade
OBRIGAÇÃO
pecuniária e tem como fato gerador
PRINCIPAL
situação definida na lei como
necessária e suficiente à sua

8 Novais, Rafael. Direito tributário facilitado/Rafael Novais. – 3. ed. rev.,


atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p. 341.

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IMPORTANTE
ocorrência (arts. 113, § 1º, e 114 do
CTN).
Já as obrigações acessórias são Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao
prestações, positivas ou negativas, no sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos, tendo como I - impugnação do sujeito passivo;
fato gerador a prática de ato ou
abstenção de fato prevista na II - recurso de ofício;
legislação tributária (arts. 113, § 2º, e
115 do CTN). Ressalte-se que o
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos
inadimplemento da obrigação
casos previstos no artigo 149.
OBRIGAÇÃO acessória ensejará a aplicação da
ACESSÓRIA obrigação principal relacionada à
penalidade (art. 113, § 3º, do CTN) Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em
(NOVAIS, 2018, p. 278). consequência de decisão administrativa ou judicial, nos
critérios jurídicos adotados pela autoridade
Exemplos: escrituração das operações administrativa no exercício do lançamento somente
de circulação de mercadoria (notas pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito
fiscais) sujeitas ao ICMS, e apuração passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente
do respectivo saldo devedor (ou à sua introdução.
credor) nos livros fiscais.
SEÇÃO II
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o
valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, Modalidades de Lançamento
no lançamento far-se-á sua conversão em moeda
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador Art. 147. O lançamento é efetuado com base na
da obrigação. declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
IMPORTANTE autoridade administrativa informações sobre matéria
de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência
do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio
vigente, ainda que posteriormente modificada ou declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só
revogada. é admissível mediante comprovação do erro em que se
funde, e ANTES de notificado o lançamento.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que,
posteriormente à ocorrência do fato gerador da A doutrina majoritária aponta uma dupla natureza
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração jurídica ao procedimento de lançamento: a) constitutivo
ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de do crédito tributário e b) declaratório da obrigação
investigação das autoridades administrativas, ou tributária (2018, Novais, p. 342). As modalidades de
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, lançamento são as seguintes:
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros. a) Lançamento de Ofício = Apenas participação do fisco.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos b) Lançamento por Declaração = Participação conjunta
lançados por períodos certos de tempo, desde que a do fisco e contribuinte.
respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato
gerador se considera ocorrido. c) Lançamento por Homologação/autolançamento =
Maior participação do próprio contribuinte.
SÚMULA
SÚMULA
Enunciado de Súmula nº 113 do STF: “O imposto de
transmissão ‘causa mortis’ é devido pela alíquota Enunciado de Súmula Vinculante 24 – Não se tipifica
vigente ao tempo da abertura da sucessão”. crime material contra a ordem tributária, previsto no
art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do
LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO.

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§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou
seu exame serão retificados de ofício pela autoridade formalidade especial.
administrativa a que competir a revisão daquela.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou iniciada enquanto NÃO EXTINTO o direito da Fazenda
tome em consideração, o valor ou o preço de bens, Pública.
direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele Art. 150. O lançamento por HOMOLOGAÇÃO, que
valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento SEM
prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito PRÉVIO exame da autoridade administrativa, opera-se
passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, pelo ato em que a referida autoridade, tomando
ressalvada, em caso de contestação, avaliação conhecimento da atividade assim exercida pelo
contraditória, administrativa ou judicial. obrigado, expressamente a homologa.

IMPORTANTE § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos


deste artigo EXTINGUE O CRÉDITO, sob condição
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer
I - quando a lei assim o determine; atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito
passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de parcial do crédito.
direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão,
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora porém, considerados na apuração do saldo porventura
tenha prestado declaração nos termos do inciso devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou
anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da sua graduação.
legislação tributária, a pedido de esclarecimento
formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a IMPORTANTE
prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo
daquela autoridade; § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de
5 anos, a contar da OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
quanto a qualquer elemento definido na legislação pronunciado, CONSIDERA-SE HOMOLOGADO O
tributária como sendo de declaração obrigatória; LANÇAMENTO e definitivamente extinto o crédito, salvo
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por simulação.
parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da
atividade a que se refere o artigo seguinte; CAPÍTULO III

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito Suspensão do Crédito Tributário


passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê
lugar à aplicação de penalidade pecuniária; SEÇÃO I

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou Disposições Gerais


terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou
simulação; IMPORTANTE

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito
não provado por ocasião do lançamento anterior; tributário:

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, I - moratória;


ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o
II - o depósito do seu montante integral;

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III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis I - o prazo de duração do favor;
reguladoras do processo tributário administrativo;
II - as condições da concessão do favor em caráter
IV - a concessão de medida liminar EM MANDADO DE individual;
SEGURANÇA.
III - sendo caso:
V – a concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação judicial; a) os tributos a que se aplica;

VI – o parcelamento. b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro


do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a
MACETE PARA AS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO fixação de uns e de outros à autoridade administrativa,
DE pósito integral do montante para cada caso de concessão em caráter individual;
MO ratória
clamações e recursos no processo c) as garantias que devem ser fornecidas pelo
RE
administrativo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
inar em Mandado de Segurança ou nas demais
LIM
ações judiciais e tutela antecipada Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a
PAR celamento moratória somente abrange os créditos definitivamente
constituídos à data da lei ou do despacho que a
Parágrafo único. O disposto neste artigo NÃO dispensa conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado
o cumprimento das obrigações assessórios àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja passivo.
suspenso, ou dela consequentes.
IMPORTANTE
SEÇÃO II
Parágrafo único. A moratória NÃO aproveita aos casos
Moratória de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do
terceiro em benefício daquele.
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
Art. 155. A concessão da moratória EM CARÁTER
I - em caráter GERAL: INDIVIDUAL não gera direito adquirido e será revogado
de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não
satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não
a) pela pessoa jurídica de direito público competente
cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
para instituir o tributo a que se refira;
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de
juros de mora:
b) pela União, quanto a tributos de competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de
simultaneamente concedida quanto aos tributos de
dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em
competência federal e às obrigações de direito privado;
benefício daquele;

II - em caráter INDIVIDUAL, por despacho da autoridade


II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
administrativa, desde que autorizada por lei nas
condições do inciso anterior.
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o
tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode
revogação não se computa para efeito da prescrição do
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à
direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste
determinada região do território da pessoa jurídica de
artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o
direito público que a expedir, ou a determinada classe
referido direito.
ou categoria de sujeitos passivos.

Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral


ou autorize sua concessão em caráter individual
especificará, sem prejuízo de outros requisitos:

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DISTINÇÃO II - a compensação;
PRAZO DECADENCIAL PRAZO PRESCRICIONAL
O prazo para que a O prazo para que a III - a transação;
Fazenda realize o Fazenda cobre em juízo
lançamento tem seu crédito, demandando IV - remissão;
natureza DECADENCIAL. o sujeito passivo
tributário, tem natureza V - a prescrição e a decadência;
PRESCRICIONAL.
VI - a conversão de depósito em renda;
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e
condição estabelecidas em lei específica. VII - o pagamento antecipado e a homologação do
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o §§ 1º e 4º;
parcelamento do crédito tributário NÃO exclui a
incidência de juros e multas.
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do
disposto no § 2º do artigo 164;
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória.
IX - a decisão administrativa irreformável, assim
entendida a definitiva na órbita administrativa, que não
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de mais possa ser objeto de ação anulatória;
parcelamento dos créditos tributários do devedor em
RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
X - a decisão judicial passada em julgado.

§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o §


XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma
3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de
e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº
parcelamento do ente da Federação ao devedor em
104, de 2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016)
recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o
prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da
federal específica.
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior
verificação da irregularidade da sua constituição,
SÚMULAS
observado o disposto nos artigos 144 e 149.

Súmula vinculante 28-STF: É inconstitucional a exigência


SEÇÃO II
de depósito prévio como requisito de admissibilidade de
ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade
Pagamento
de crédito tributário.

Súmula 112-STJ: O depósito somente suspende a IMPORTANTE


exigibilidade do crédito tributário se for integral e em
dinheiro. Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o
pagamento integral do crédito tributário.
CAPÍTULO IV
Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em
Extinção do Crédito Tributário presunção de pagamento:

SEÇÃO I I - quando parcial, das prestações em que se


decomponha;
Modalidades de Extinção
II - quando total, de outros créditos referentes ao
mesmo ou a outros tributos.
IMPORTANTE
Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a
Art. 156. EXTINGUEM o crédito tributário:
respeito, o pagamento é efetuado na repartição
competente do DOMICÍLIO DO SUJEITO PASSIVO.
I - o pagamento;

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Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao
tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de
30 DIAS depois da data em que se considera o sujeito penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade
passivo notificado do lançamento. administrativa competente para receber o pagamento
DETERMINARÁ A RESPECTIVA IMPUTAÇÃO, obedecidas
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
desconto pela antecipação do pagamento, nas
condições que estabeleça. I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria,
e em segundo lugar aos decorrentes de
Art. 161. O crédito não integralmente pago no responsabilidade tributária;
vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for
o motivo determinante da falta, sem prejuízo da II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois
imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de às taxas e por fim aos impostos;
quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em
lei tributária. III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de IV - na ordem decrescente dos montantes.
mora são calculados à taxa de 1% AO MÊS.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo casos:
legal para pagamento do crédito.
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
Art. 162. O pagamento é efetuado: pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória;
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel exigências administrativas sem fundamento legal;
selado, ou por processo mecânico.
III - de exigência, por + de uma pessoa jurídica de direito
§ 1º A legislação tributária pode determinar as público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato
GARANTIAS EXIGIDAS para o pagamento por cheque ou gerador.
vale postal, desde que não o torne impossível ou mais
oneroso que o pagamento em moeda corrente. § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que
o consignante se propõe pagar.
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera
extinto com o resgate deste pelo sacado. IMPORTANTE

§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se § 2º Julgada PROCEDENTE A CONSIGNAÇÃO, o


extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o pagamento se reputa efetuado e a importância
disposto no artigo 150. consignada é convertida em renda; JULGADA
IMPROCEDENTE a consignação no todo ou em parte,
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem
pagamento por esta modalidade, não dão direito a prejuízo das penalidades cabíveis.
restituição, salvo nos casos expressamente previstos na
legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja SEÇÃO III
imputável à autoridade administrativa.
Pagamento Indevido
§ 5º O pagamento em papel selado ou por processo
mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. Art. 165. O sujeito passivo tem direito,
independentemente de prévio protesto, à RESTITUIÇÃO
IMPORTANTE TOTAL OU PARCIAL DO TRIBUTO, seja qual for a
modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a

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I - cobrança ou pagamento espontâneo de TRIBUTO IMPORTANTE


INDEVIDO OU MAIOR que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou Art. 169. Prescreve em 2 ANOS a ação anulatória da
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente decisão administrativa que denegar a restituição.
ocorrido;
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido
II - ERRO NA EDIFICAÇÃO do sujeito passivo, na pelo INÍCIO DA AÇÃO JUDICIAL, recomeçando o seu
determinação da alíquota aplicável, no cálculo do curso, por metade, a partir da data da intimação
montante do débito ou na elaboração ou conferência de validamente feita ao representante judicial da Fazenda
qualquer documento relativo ao pagamento; Pública interessada.

III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão SEÇÃO IV


condenatória.
Demais Modalidades de Extinção
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por
sua natureza, transferência do respectivo encargo Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que
financeiro somente será feita a quem prove haver estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à
assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo autoridade administrativa, autorizar a compensação de
transferido a terceiro, estar por este expressamente créditos tributários com créditos líquidos e certos,
autorizado a recebê-la. vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a
Fazenda pública.
Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar
à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito
das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo,
infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa a apuração do seu montante, não podendo, porém,
da restituição. cominar redução maior que a correspondente ao juro
de 1% ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da
Parágrafo único. A restituição vence juros não compensação e a do vencimento.
capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão
definitiva que a determinar. Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação
IMPORTANTE judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em
julgado da respectiva decisão judicial.
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se
com o decurso do prazo de 5 anos, contados: Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que
estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da DATA tributária celebrar TRANSAÇÃO que, mediante
DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO; concessões mútuas, importe em determinação de litígio
e consequente extinção de crédito tributário.
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em
que se TORNAR DEFINITIVA A DECISÃO Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente
ADMINISTRATIVA ou passar em julgado a DECISÃO para autorizar a transação em cada caso.
JUDICIAL que tenha reformado, anulado, revogado ou
rescindido a decisão condenatória. Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade
administrativa a conceder, por despacho
SÚMULA fundamentado, REMISSÃO TOTAL OU PARCIAL do
crédito tributário, atendendo:
Súmula 625-STJ: O pedido administrativo de
compensação ou de restituição NÃO INTERROMPE o I - à situação econômica do sujeito passivo;
prazo prescricional para a ação de repetição de indébito
tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo,
execução de título judicial contra a Fazenda Pública. quanto a matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

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IV - a considerações de equidade, em relação com as CAPÍTULO V


características pessoais ou materiais do caso;
Exclusão de Crédito Tributário
V - a condições peculiares a determinada região do
território da entidade tributante. SEÇÃO I

Parágrafo único. O despacho referido neste ARTIGO Disposições Gerais


NÃO GERA DIREITO ADQUIRIDO, aplicando-se, quando
cabível, o disposto no artigo 155. Art. 175. Excluem o crédito tributário:

IMPORTANTE
I - a isenção;

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública CONSTITUIR o II - a anistia.


crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados:
Parágrafo único. A EXCLUSÃO do crédito tributário não
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
o lançamento poderia ter sido efetuado; dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que
houver anulado, por VÍCIO FORMAL, o lançamento SEÇÃO II
anteriormente efetuado.
Isenção
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo
extingue-se definitivamente com o decurso do prazo
Art. 176. A ISENÇÃO, ainda quando prevista em
nele previsto (05 anos), contado da data em que tenha
contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os
notificação, ao sujeito passivo, de QUALQUER MEDIDA
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua
PREPARATÓRIA INDISPENSÁVEL AO LANÇAMENTO.
duração.
IMPORTANTE
IMPORTANTE
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a
prescreve em 5 anos, contados da data da sua
determinada região do território da entidade tributante,
constituição definitiva.
em função de condições a ela peculiares.

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:


Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção
não é extensiva:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em
execução fiscal;
I - às taxas e às contribuições de melhoria;

II - pelo protesto judicial;


II - aos tributos instituídos posteriormente à sua
concessão.
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o
devedor;
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo
e em função de determinadas condições, pode ser
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo,
que importe em reconhecimento do débito pelo observado o disposto no inciso III do art. 104.
devedor.
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
autoridade administrativa, em requerimento com o qual
o interessado faça prova do preenchimento das
condições e do cumprimento dos requisitos previstos
em lei ou contrato para sua concessão.

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§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo d) sob condição do pagamento de tributo no prazo
de tempo, o despacho referido neste artigo será fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja
renovado antes da expiração de cada período, cessando atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro
dia do período para o qual o interessado deixar de Art. 182. A ANISTIA, quando não concedida em caráter
promover a continuidade do reconhecimento da geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
isenção. autoridade administrativa, em requerimento com a qual
o interessado faça prova do preenchimento das
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito condições e do cumprimento dos requisitos previstos
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no em lei para sua concessão.
artigo 155.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não
IMPORTANTE gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155.
SEÇÃO III
RESUMO DAS HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO
Anistia TRIBUTÁRIO
“A isenção é instituto de conceituação
Art. 180. A ANISTIA abrange exclusivamente as infrações polêmica: sua natureza jurídica oscila
cometidas anteriormente à vigência da lei que a entre os parâmetros de não incidência e
concede, NÃO se aplicando: incidência da norma. Para a doutrina
tradicional e a jurisprudência do STF
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou (portanto, a posição mais segura para as
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, nossas provas), a isenção é uma mera
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo ISENÇÃO dispensa legal de pagamento de tributo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; devido, verificando-se em uma situação
na qual há legítima incidência, porquanto
se deu um fato gerador, e o legislador, por
II - salvo disposição em contrário, às infrações
expressa disposição legal, optou por
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
dispensar o pagamento do imposto”.
naturais ou jurídicas.
(EDUARDO SABBAG, p. 1.057).
“A anistia impedirá a constituição do
Art. 181. A ANISTIA pode ser concedida: crédito tributário em relação à infração
tributária, não se aplicando aos casos de
I - em caráter GERAL; crime, contravenções, dolo, fraude,
simulação e conluio (art. 180 do CTN)
II - LIMITADAMENTE: (NOVAIS, 2018, p. 429).
• É necessária uma lei específica e
a) às infrações da legislação relativa a determinado em sentido estrito para que seja dada
tributo; isenção ou anistia;
• São vedadas as chamadas
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até ANISTIA isenções heterônomas (de um ente
determinado montante, conjugadas ou não com político quanto a tributo de
penalidades de outra natureza; competência de outro)9
• As empresas públicas e
c) a determinada região do território da entidade sociedades de economia mista
tributante, em função de condições a ela peculiares; exploradoras de atividade econômica
não podem gozar de privilégios fiscais
não estendidos ao setor privado (o art.
173 da CF não faz distinção entre as
prestadoras de serviços públicos e as

9 Vale destacar que a União não pode isentar tributos de outros entes Oeste do Brasil. Nesse caso, trata-se de uma isenção heterônoma, pois ICMS
federativos, mas a República Federativa do Brasil, QUE É REPRESENTADA é de competência dos estados; no entanto, no caso concreto, o Brasil,
PELA UNIÃO em suas relações internacionais, pode. É muito comum em representado pela União, na figura do Presidente, está tratando de
concurso público que o examinador tente confundir com situações como: o RELAÇÕES INTERNACIONAIS, sendo permitida a ocorrência desse tipo de
Presidente da República, na condição de Chefe de Estado, assina tratado que isenção.
isenta companhias estrangeiras de ICMS caso se instalem na região Centro-

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exploradoras de atividade econômica, entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia


mas a jurisprudência pátria o faz); autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.
• Sempre que houver algum
benefício fiscal como anistia ou Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a
isenção, é necessário o demonstrativo prestar à autoridade administrativa todas as
regionalizado do efeito, sobre as informações de que disponham com relação aos bens,
receitas e despesas, decorrente de negócios ou atividades de terceiros:
isenções, anistias, remissões, subsídios
e benefícios de natureza financeira, I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
tributária e creditícia (art. 165, § 6º da ofício;
CF).”
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e
(...) demais instituições financeiras;

Administração Tributária III - as empresas de administração de bens;

CAPÍTULO I IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

Fiscalização V - os inventariantes;

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto VI - os síndicos, comissários e liquidatários;


nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou
especificamente em função da natureza do tributo de VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei
que se tratar, a competência e os poderes das designe, em razão de seu cargo, ofício, função,
autoridades administrativas em matéria de fiscalização ministério, atividade ou profissão.
da sua aplicação.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo abrange a prestação de informações quanto a fatos
aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado
CONTRIBUINTES OU NÃO, inclusive às que gozem de a observar segredo em razão de cargo, ofício, função,
imunidade tributária ou de isenção de caráter PESSOAL. ministério, atividade ou profissão.

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação
aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou criminal, é VEDADA a divulgação, por parte da Fazenda
limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, Pública ou de seus servidores, de informação obtida em
arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira
fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
da obrigação destes de exibi-los. estado de seus negócios ou atividades.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos
comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos casos previstos no art. 199, os seguintes:
neles efetuados serão conservados até que ocorra a
prescrição dos créditos tributários decorrentes das
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da
operações a que se refiram.
justiça;

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou


II – solicitações de autoridade administrativa no
presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os
interesse da Administração Pública, desde que seja
termos necessários para que se documente o início do
comprovada a instauração regular de processo
procedimento, na forma da legislação aplicável, que
administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com
fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere
a informação, por prática de infração administrativa.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo
serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da
fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se
Administração Pública, será realizado mediante
processo regularmente instaurado, e a entrega será

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feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
recibo, que formalize a transferência e assegure a responsáveis, bem como, sempre que possível, o
preservação do sigilo. domicílio ou a residência de um e de outros;

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
a: mora acrescidos;

I – representações fiscais para fins penais; III - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; fundado;

III – parcelamento ou moratória IV - a data em que foi inscrita;

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, V - sendo caso, o número do processo administrativo de
do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão que se originar o crédito.
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos
respectivos e permuta de informações, na forma Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos
estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
convênio.
IMPORTANTE
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos
poderá permutar informações com Estados previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo,
estrangeiros no interesse da arrecadação e da SÃO CAUSAS DE NULIDADE da inscrição e do processo
fiscalização de tributos. de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira instância, mediante
Art. 200. As autoridades administrativas federais substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito
poderão requisitar o auxílio da força pública federal, passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa,
estadual ou municipal, e reciprocamente, quando que somente poderá versar sobre a parte modificada.
vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas
funções, ou quando necessário à efetivação dê medida Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da
prevista na legislação tributária, ainda que não se presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova
configure fato definido em lei como crime ou pré-constituída.
contravenção.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo
CAPÍTULO II é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a
cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
Dívida Ativa
CAPÍTULO III
IMPORTANTE
Certidões Negativas
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente
de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de
repartição administrativa competente, depois de determinado tributo, quando exigível, seja feita por
esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
por decisão final proferida em processo regular. interessado, que contenha todas as informações
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
Parágrafo único. A fluência de juros de mora NÃO exclui, fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o
para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. período a que se refere o pedido.

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, Parágrafo único. A certidão negativa será sempre
autenticado pela autoridade competente, indicará expedida nos termos em que tenha sido requerida e
obrigatoriamente: será fornecida dentro de 10 dias da data da entrada do
requerimento na repartição.

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Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo


anterior a certidão de que conste a existência de
créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja
exigibilidade esteja suspensa.

Art. 207. Independentemente de disposição legal


permissiva, será dispensada a prova de quitação de
tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de
prática de ato indispensável para evitar a caducidade de
direito, respondendo, porém, todos os participantes no
ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e
penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja
responsabilidade seja pessoal ao infrator.

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou


fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública,
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a
expedir, pelo crédito tributário e juros de mora
acrescidos.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a


responsabilidade criminal e funcional que no caso
couber.

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Súmula vinculante 50-STF: Norma legal que altera o


CONSTITUIÇÃO FEDERAL prazo de recolhimento da obrigação tributária não se
TÍTULO VI sujeita ao princípio da anterioridade.
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL IMPORTANTE
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
Art. 146. Cabe à lei complementar:

I - impostos;
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou os Municípios;
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
II - regular as limitações constitucionais ao poder de
postos a sua disposição;
tributar;

IMPORTANTE SABER: o art. 78 do Código Tributário traz


III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação
o conceito de poder de polícia: Considera-se poder de
tributária, especialmente sobre:
polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, a) definição de tributos e de suas ESPÉCIES, bem como,
em razão de interesse público concernente à segurança, em relação aos impostos discriminados nesta
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases
produção e do mercado, ao exercício de atividades de cálculo e contribuintes;
econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. decadência tributários;
(Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras praticado pelas sociedades cooperativas.
públicas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido
TEORIAS para as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no
TEORIA ADOTADA: Para o STF e a doutrina majoritária, caso do imposto previsto no art. 155, II, das
existem 5 espécies de tributos (impostos, taxas, contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da
contribuições de melhoria, contribuições especiais e contribuição a que se refere o art. 239.
empréstimos compulsórios), por tal razão é dado à tal
teoria de pentapartida. Por outro lado, o Código SE LIGA: Essa lei já existe: trata-se da Lei complementar
Tributário Nacional menciona apenas três espécies nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
(impostos, taxas e contribuições de melhoria), como
vimos acima, tratando-se da chamada teoria tripartida. Parágrafo único. A lei complementar de que trata o
inciso III, d, também poderá instituir um regime único de
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos
pessoal e serão graduados segundo a capacidade Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (O
econômica do contribuinte, facultado à administração SIMPLES NACIONAL), observado que:
tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos I - será opcional para o contribuinte;
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do II - poderão ser estabelecidas condições de
contribuinte (PRINCÍPIO DA CAPACIDADE enquadramento diferenciadas por Estado;
CONTRIBUTIVA)

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III - o recolhimento será UNIFICADO e centralizado e a PARA CUSTEIO DE REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA
distribuição da parcela de recursos pertencentes aos SOCIAL, cobradas dos servidores ativos, dos
respectivos entes federados será imediata, vedada aposentados e dos pensionistas, que poderão ter
qualquer retenção ou condicionamento; alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão pensões. (Redação dada pela Emenda
ser compartilhadas pelos entes federados, adotado Constitucional nº 103, de 2019)
cadastro nacional único de contribuintes.
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir
critérios especiais de tributação, com o objetivo de sobre o VALOR DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA e
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo de PENSÕES que supere o salário-mínimo. (Incluído
da competência de a União, por lei, estabelecer normas pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
de igual objetivo.
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada
impostos estaduais e, se o Território não for dividido em a instituição de CONTRIBUIÇÃO EXTRAORDINÁRIA, no
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos
ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios: § 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-
B deverá ser instituída SIMULTANEAMENTE com outras
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes medidas para equacionamento do deficit e vigorará por
de calamidade pública, de guerra externa ou sua período determinado, contado da data de sua
iminência; instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
II - no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, observado o disposto § 2º As contribuições sociais e de intervenção no
no art. 150, III, "b". domínio econômico (CIDE) de que trata o caput deste
artigo:
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (UNIÃO)
DESPESAS INVESTIMENTO PÚBLICO I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de
EXTRAORDINÁRIAS exportação;
Decorrentes de calamidade De caráter urgente e de
pública, de guerra externa relevante interesse II - incidirão também sobre a importação de produtos
ou sua iminência. nacional. estrangeiros ou serviços;

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes III - poderão ter alíquotas:
de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição. a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação,
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir o valor aduaneiro;
contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais b) específica, tendo por base a unidade de medida
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas adotada.
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146,
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § § 3º A pessoa natural destinatária das operações de
6º, relativamente às contribuições a que alude o importação PODERÁ SER EQUIPARADA A PESSOA
dispositivo. JURÍDICA, na forma da lei.

NOVIDADE § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições


incidirão uma única vez.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão, por meio de lei, CONTRIBUIÇÕES

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Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão III - não incidirá sobre produtos industrializados
instituir CONTRIBUIÇÃO, na forma das respectivas leis, destinados ao exterior.
para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens
de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição lei.
a que se refere o caput, na FATURA DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA. § 4º O imposto previsto no inciso VI (ITR) do caput:

SEÇÃO III I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de


DOS IMPOSTOS DA UNIÃO forma a desestimular a manutenção de propriedades
IMPRODUTIVAS;
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
II - não incidirá sobre PEQUENAS GLEBAS RURAIS,
I - importação de produtos estrangeiros; (Imposto de definidas em lei, quando as explore o proprietário que
importação) não possua outro imóvel;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que
ou nacionalizados; (imposto de exportação) assim optarem, na forma da lei, desde que não implique
redução do imposto ou qualquer outra forma de
III - renda e proventos de qualquer natureza; (imposto renúncia fiscal.
de renda)
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo
IV - produtos industrializados; (imposto de produtos financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
industrializados – IPI) exclusivamente à incidência do imposto de que trata o
inciso V do "caput" deste artigo (IOF), devido na
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas operação de origem; a alíquota MÍNIMA será de 1%,
a títulos ou valores mobiliários; (Imposto sobre assegurada a transferência do montante da arrecadação
Operações Financeiras - IOF) nos seguintes termos:

VI - propriedade territorial rural; (Imposto sobre a I - TRINTA POR CENTO para o Estado, o Distrito Federal
propriedade territorial rural - ITR) ou o Território, conforme a origem;

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. II - SETENTA POR CENTO para o Município de origem.
(Imposto sobre grandes fortunas – IGF)
Art. 154. A União poderá instituir:
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as I - mediante lei complementar, impostos NÃO
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e PREVISTOS NO ARTIGO ANTERIOR, desde que sejam
V. não-cumulativos e não tenham FATO GERADOR OU
BASE DE CÁLCULO PRÓPRIOS DOS DISCRIMINADOS
§ 2º O imposto previsto no inciso III (imposto de renda) NESTA CONSTITUIÇÃO;

I - será informado pelos critérios da generalidade, da II - na iminência ou no caso de guerra externa,


universalidade e da progressividade, na forma da lei; IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS, compreendidos ou não
em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua
§ 3º O imposto previsto no inciso IV (IPI)
criação.
I - será seletivo, em função da essencialidade do
SEÇÃO IV
produto;
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO
FEDERAL
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal
anteriores;
instituir impostos sobre:

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I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer I - será NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for
bens ou direitos (ITCMD) devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante
IMPORTANTE cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
Segundo Ricardo Alexandre (2017, p. 688), o art. 155, pelo Distrito Federal;
I, da CF/1988, os Estados e o Distrito Federal podem
instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em
doação de quaisquer bens ou direitos. Trata-se de contrário da legislação:
tributo de natureza eminentemente arrecadatória
(fiscal). O Código Tributário Nacional disciplina o a) NÃO implicará crédito para compensação com o
imposto nos arts. 35 a 42 e deve ser interpretado à montante devido nas operações ou prestações
luz da atual Constituição, visto que a redação do CTN seguintes;
trata de um único imposto de transmissão, de
Competência estadual, incidente exclusivamente b) acarretará a anulação do crédito relativo às
sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a operações anteriores;
eles relativos. Com a Constituição Federal de 1988,
previu-se a instituição de dois impostos de III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das
transmissão, um estadual (ITCMD) e outro municipal mercadorias e dos serviços;
(ITBI), sujeitando à incidência do primeiro as
transmissões a título gratuito (causa mortis e doação)
IV - resolução do SENADO FEDERAL, de iniciativa do
e do segundo as transmissões a título oneroso”.
Presidente da República ou de UM TERÇO DOS
SENADORES, aprovada pela MAIORIA ABSOLUTA DE
II - operações relativas à CIRCULAÇÃO DE SEUS MEMBROS, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
MERCADORIAS e sobre prestações de serviços de operações e prestações, interestaduais e de exportação;
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações
V - é facultado ao SENADO FEDERAL:
se iniciem no exterior; (ICMS)
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações
III - propriedade de veículos automotores (IPVA)
internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e
aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
§ 1º O imposto previsto no inciso I (ITCMD):
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, resolver conflito específico que envolva interesse de
compete ao Estado da SITUAÇÃO DO BEM, ou ao Distrito Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria
Federal; absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do
compete ao Estado onde se processar o inventário ou Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII,
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à
Federal; circulação de mercadorias e nas prestações de serviços,
não poderão ser inferiores às previstas para as
III - terá competência para sua instituição regulada por operações interestaduais;
lei complementar:
VII - nas operações e prestações que destinem bens e
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; serviços a consumidor final, contribuinte ou não do
imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização
domiciliado ou teve o seu inventário processado no do destinatário o imposto correspondente à diferença
exterior; entre a alíquota interna do Estado destinatário e a
alíquota interestadual;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado
Federal; VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
§ 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao interestadual de que trata o inciso VII será
seguinte: atribuída:

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a) ao destinatário, quando este for contribuinte do d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do
imposto; estabelecimento responsável, o local das operações
relativas à circulação de mercadorias e das prestações
b) ao remetente, quando o destinatário não for de serviços;
contribuinte do imposto;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações
IX - incidirá também: para o exterior, serviços e outros produtos além dos
mencionados no inciso X, "a"
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não f) prever casos de manutenção de crédito,
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja relativamente à remessa para outro Estado e
a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado exportação para o exterior, de serviços e de
no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver mercadorias;
situado o domicílio ou o estabelecimento do
destinatário da mercadoria, bem ou serviço; g) regular a forma como, mediante deliberação dos
Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
forem fornecidas com serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios; h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais
o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a
X - não incidirá: sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o
disposto no inciso X, b ;
a) sobre operações que destinem mercadorias para o
exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do
no exterior, assegurada a manutenção e o imposto a integre, também na importação do exterior
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas de bem, mercadoria ou serviço.
operações e prestações anteriores;
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II
b) sobre operações que destinem a outros Estados do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e imposto poderá incidir sobre operações relativas a
gasosos dele derivados, e energia elétrica; energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais do
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § País.
5º;
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h , observar-se-á o
d) nas prestações de serviço de comunicação nas seguinte:
modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita; I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis
derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o ocorrer o consumo;
montante do imposto sobre produtos industrializados,
quando a operação, realizada entre contribuintes e II - nas operações interestaduais, entre contribuintes,
relativa a produto destinado à industrialização ou à com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
comercialização, configure fato gerador dos dois combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo,
impostos; o imposto será repartido entre os Estados de origem e
de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade
XII - cabe à lei complementar: que ocorre nas operações com as demais
mercadorias;
a) definir seus contribuintes;
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus
b) dispor sobre substituição tributária; derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos
no inciso I deste parágrafo, destinadas a não
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; contribuinte, o imposto caberá ao Estado de
origem;

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IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização
deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos e o uso do imóvel.
do § 2º, XII, g , observando-se o seguinte:
§ 2º O imposto previsto no inciso II (ITBI)
a) serão uniformes em todo o território nacional,
podendo ser diferenciadas por produto; I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
b) poderão ser específicas, por unidade de medida realização de capital, nem sobre a transmissão de bens
adotada, ou ad valorem , incidindo sobre o valor da ou direitos decorrente de FUSÃO, INCORPORAÇÃO,
operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar CISÃO ou EXTINÇÃO de pessoa jurídica, salvo se, nesses
alcançaria em uma venda em condições de livre casos, a atividade preponderante do adquirente for a
concorrência; compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil;
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, b . II - compete ao Município da situação do bem.

§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III


4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do do caput deste artigo (ISSQN), cabe à lei
imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos complementar:
Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º,
XII, g . I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

§ 6º O imposto previsto no inciso III: II - excluir da sua incidência exportações de serviços


para o EXTERIOR.
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado
Federal; III - regular a forma e as condições como isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo revogados.
e utilização.
SEÇÃO VI
SEÇÃO V DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos
sobre: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre
renda e proventos de qualquer natureza, incidente na
I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU) fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato e mantiverem;
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de II - VINTE POR CENTO do produto da arrecadação do
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; imposto que a União instituir no exercício da
(ITBI) competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos Art. 158. Pertencem aos Municípios:
no art. 155, II, definidos em lei complementar.
(ISSQN) I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre
RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR),
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a
refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
inciso I (IPTU) poderá: fundações que instituírem e mantiverem;

I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – 50% do produto da arrecadação do imposto da


União sobre a propriedade territorial rural (ITR),
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a

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totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que
153, § 4º, III; será entregue no primeiro decêndio do mês de
dezembro de cada ano;
III – 50% do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será
licenciados em seus territórios (IPVA) entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada
ano;
IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas à circulação de II - do produto da arrecadação do imposto sobre
mercadorias e sobre prestações de serviços de produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
transporte interestadual e intermunicipal e de ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das
comunicação (ICMS) respectivas exportações de produtos
industrializados.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes
aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão III - do produto da arrecadação da contribuição de
creditadas conforme os seguintes critérios. intervenção no domínio econômico prevista no art. 177,
§ 4º, 29% para os Estados e o Distrito Federal,
NOVIDADE distribuídos na forma da lei, observada a destinação a
que se refere o inciso II, c , do referido parágrafo.
I - 65%, no mínimo, na proporção do valor adicionado
nas operações relativas à circulação de mercadorias e § 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de
nas prestações de serviços, realizadas em seus acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela
territórios; (Redação dada pela Emenda da arrecadação do imposto de renda e proventos de
Constitucional nº 108, de 2020) qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos
arts. 157, I, e 158, I.
II - até 35%, de acordo com o que dispuser lei estadual,
observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no
mínimo, 10 (DEZ) PONTOS PERCENTUAIS com base em § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada
indicadores de melhoria nos resultados de parcela superior a vinte por cento do montante a que se
aprendizagem e de aumento da equidade, considerado refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser
o nível socioeconômico dos educandos. (Redação distribuído entre os demais participantes, mantido, em
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.

Art. 159. A União entregará: § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios


vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos
termos do inciso II, observados os critérios
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda
estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados, 49%, na seguinte forma:
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III
que cabe a cada Estado, 25% serão destinados aos seus
a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do
Municípios, na forma da lei a que se refere o
Distrito Federal;
mencionado inciso.

b) 22,5% ao Fundo de Participação dos


Municípios;

c) 3%, para aplicação em programas de financiamento


ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras
de caráter regional, de acordo com os planos regionais
de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido
do Nordeste a metade dos recursos destinados à
Região, na forma que a lei estabelecer;

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