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Tributário na DPE/GO
Código Tributário e Constituição Federal
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1 Em regra, basta a lei ordinária, no entanto em alguns casos a CF exige lei sobre grandes fortunas; c) impostos residuais e d) contribuições sociais
complementar, quais sejam: a) empréstimos compulsórios; b) imposto residuais.
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2 Fique ligadíssimo!! Se a questão pedir expressamente a resposta de presidencial –, não se lhe aplicando a regra da anterioridade anual (art. 150,
acordo com a CF, tal princípio se aplica apenas aos IMPOSTOS!! III, “b”, CF). Alteração promovida pela EC 33/2001 (SABBAG, 2016).
5 Conforme o disposto no art. 155, § 4º, IV, “c”, da CF, acima reproduzido, o
3 A capacidade contributiva pode ser aplicada concretamente por quatro
meios: a) imunidades; b) isenções; c) a progressão conforme a base de intitulado “ICMS - Combustível” será uma ressalva à anterioridade anual, no
cálculo (ex.: IR) e d) através da seletividade da coisa ou do serviço. tocante à redução e restabelecimento de sua alíquota, à semelhança da
4 Conforme o disposto no art. 149, § 2º, II, c/c art. 177, § 4º, I, “b”, parte CIDE-Combustível. Alteração também promovida pela EC 33/2001 (SABBAG,
final, ambos da CF, o Poder Executivo Federal poderá reduzir e restabelecer 2016).
as alíquotas do tributo por meio de ato próprio – no caso, o decreto
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Disposições Especiais
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o
estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto
nos artigos 21, 26 e 65; Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º,
observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às
autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com
Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no
base em lei posterior à data inicial do exercício
que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços
financeiro a que corresponda;
vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas
decorrentes.
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território
nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de
Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º
tributos interestaduais ou intermunicipais;
NÃO se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo
tratamento tributário é estabelecido pelo poder
IV - cobrar imposto sobre: concedente, no que se refere aos tributos de sua
competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; único.
b) templos de qualquer culto; Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista
o interesse comum, a União pode instituir isenção de
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos tributos federais, estaduais e municipais para os
políticos, inclusive suas fundações, das entidades serviços públicos que conceder, observado o disposto
sindicais dos trabalhadores, das instituições de no § 1º do artigo 9º.
educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
observados os requisitos fixados na Seção II deste
Capítulo;
6Percebe-se que esses artigos trazem a mesma ideia dos artigos 150, 151 e
152 da CF/88.
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Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é Art. 17. Os impostos componentes do sistema tributário
subordinado à observância dos seguintes requisitos nacional são EXCLUSIVAMENTE os que constam deste
pelas entidades nele referidas: Título, com as competências e limitações nele previstas.
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IV - rede de iluminação pública, com ou sem Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre
posteamento para distribuição domiciliar; a transmissão de bens imóveis (ITCMD) e de direitos a
eles relativos tem como fato gerador:
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância
MÁXIMA de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou
do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por
§ 2º A lei municipal PODE CONSIDERAR URBANAS as acessão física, como definidos na lei civil;
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes
de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
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III - a cessão de direitos relativos às transmissões Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites
referidas nos incisos I e II. fixados em resolução do Senado Federal, que
distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, baixa, as transmissões que atendam à política nacional
ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam de habitação.
os herdeiros ou legatários.
Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre
imposto NÃO incide sobre a transmissão dos bens ou o provento decorrente da mesma transmissão.
direitos referidos no artigo anterior:
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do
I - quando efetuada para sua incorporação ao imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos
patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de
nela subscrito; sucessão aberta no estrangeiro.
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de Art. 42. Contribuinte do ITCMD é qualquer das partes
uma pessoa jurídica por outra ou com outra. na operação tributada, como dispuser a lei.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação
de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com pública não pode ser remunerado mediante taxa.
a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica
Aprovada em 11/03/2015, DJe 20/03/2015. Importante.
alienante.
Súmula vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no
Art. 38. A base de cálculo do ITCMD é o valor venal dos
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
bens ou direitos transmitidos.
base de cálculo própria de determinado imposto, desde
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Pagamento de
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de
PRINCIPAL tributo ou Prevista em Lei
penalidade (DAR) seu implemento;
OBRIGAÇÕES
TRIBUTÁRIAS
Catáter isntrumental Prevista na
ACESSÓRIA
- fazer/não fazer legislação tributária II - sendo resolutória a condição, desde o momento da
prática do ato ou da celebração do negócio.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua Art. 118. A definição legal do FATO GERADOR é
inobservância, converte-se em obrigação principal interpretada abstraindo-se:
relativamente à penalidade pecuniária.
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
CAPÍTULO II pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
Fato Gerador
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
FATO LANÇAMENTO
CAPÍTULO III
GERADOR TRIBUTÁRIO
O fato gerador Constitui o crédito
Sujeito Ativo
constitui a obrigação tributário e declara o fato
tributária. gerador.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica
de direito público, titular da competência para exigir o
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a seu cumprimento.
situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
NÃO CONFUNDIR
Competência em sentido Capacidade tributária
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer
estrito ativa
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a
A instituição/criação de A fiscalização,
prática ou a abstenção de ato que não configure
tributos, recebe arrecadação e execução
obrigação principal.
doutrinariamente a de normas do direito
alcunha de competência tributário correspondem
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera- em sentido estrito a capacidade tributária
se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: (stricto sensu) e não ativa e, diferentemente
poderá ser delegada a do anterior, podem ser
I - tratando-se de SITUAÇÃO DE FATO, desde o momento sujeito diverso daqueles delegados a outra pessoa
em que o se verifiquem as circunstâncias materiais que a própria jurídica de direito
Constituição Federal público, nos moldes
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SEÇÃO I SEÇÃO II
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a Art. 124. São SOLIDARIAMENTE obrigadas:
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. I - as pessoas que tenham interesse comum na situação
que constitua o fato gerador da obrigação principal;
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal
diz-se: II - as pessoas expressamente designadas por lei.
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subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se
demais pelo saldo; então a regra do parágrafo anterior.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
como domicílio tributário do contribuinte ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
responsável o lugar da situação dos bens ou da montante do quinhão do legado ou da meação;
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação. III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o
domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
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Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
resultar de fusão, transformação ou incorporação de comércio, indústria ou atividade;
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos
até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir
privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar
da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
SINTENTIZANDO outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Fusão é a operação pela qual se
unem duas ou mais sociedades Em resumo, PJ ou PF que adquirir outra empresa,
para formar sociedade nova. A responde
empresa resultado da fusão Integralmente Subsidiariamente
(nova) será contribuinte dos Se o alienante (quem Responderá
FUSÃO
seus próximos fatos geradores, vendeu) cessar a subsidiariamente com o
mas responderá pelos débitos exploração do comércio, alienante, se este
deixados pelas fusionadas indústria ou atividade. prosseguir na exploração
(antigas) até o momento ou iniciar dentro de 6
anterior da operação. MESES a contar da data
Transformação é a operação da alienação, nova
pela qual a empresa passa, atividade no mesmo ou
independentemente de em outro ramo de
dissolução e liquidação, de um comércio, indústria ou
TRANSFORMAÇÃO tipo societário para outro. Com profissão.
a modificação social também
ocorrerá sucessão para que a § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na
nova forma responda pelos hipótese de alienação judicial: (EXCEÇÃO)
débitos deixados pela anterior.
Incorporação é a operação pela
I – em processo de falência;
qual uma ou mais sociedades
são absorvidas por outra, que
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo
lhes sucede em todos os
de recuperação judicial.
INCORPORAÇÃO direitos e obrigações (art. 227
da Lei das SA’s). A empresa que
absorve outras arcará com os § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando
débitos deixados pelas o adquirente for: (EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO)
absorvidas.
Tabela feita com base na seguinte obra: Novais, I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial,
Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. – ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em
3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; recuperação judicial;
São Paulo: MÉTODO, 2018.
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
privado, quando a exploração da respectiva atividade
seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou III – identificado como agente do falido ou do devedor
seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a
firma individual. sucessão tributária.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado § 3o Em processo da falência, o produto da alienação
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou permanecerá em conta de depósito à disposição do
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a juízo de falência pelo PRAZO DE 1 (UM) ANO, contado
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome da data de alienação, somente podendo ser utilizado
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo para o pagamento de créditos EXTRACONCURSAIS ou de
ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do créditos que preferem ao tributário.
ato:
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Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício
respondem SOLIDARIAMENTE com este nos atos em regular de administração, mandato, função, cargo ou
que intervierem ou pelas omissões de que forem emprego, ou no cumprimento de ordem expressa
responsáveis: emitida por quem de direito;
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos II - quanto às infrações em cuja definição o dolo
menores; específico do agente seja elementar;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por III - quanto às infrações que decorram direta e
seus tutelados ou curatelados; exclusivamente de dolo específico:
III - os administradores de bens de terceiros, pelos a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas
tributos devidos por estes; por quem respondem;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra
seus mandantes, preponentes ou empregadores;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
massa falida ou pelo concordatário; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado, contra estas.
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Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do somente se modifica ou extingue, ou tem sua
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos
depósito da importância arbitrada pela autoridade nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas,
administrativa, quando o montante do tributo dependa sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei,
de apuração. a sua efetivação ou as respectivas garantias.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito DISTINÇÃO ENTRE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ACESSÓRIA
ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua Segundo Novais (2018, p. 278), a
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe obrigação principal corresponde ao
deu origem. pagamento do tributo ou penalidade
OBRIGAÇÃO
pecuniária e tem como fato gerador
PRINCIPAL
situação definida na lei como
necessária e suficiente à sua
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IMPORTANTE
ocorrência (arts. 113, § 1º, e 114 do
CTN).
Já as obrigações acessórias são Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao
prestações, positivas ou negativas, no sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos, tendo como I - impugnação do sujeito passivo;
fato gerador a prática de ato ou
abstenção de fato prevista na II - recurso de ofício;
legislação tributária (arts. 113, § 2º, e
115 do CTN). Ressalte-se que o
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos
inadimplemento da obrigação
casos previstos no artigo 149.
OBRIGAÇÃO acessória ensejará a aplicação da
ACESSÓRIA obrigação principal relacionada à
penalidade (art. 113, § 3º, do CTN) Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em
(NOVAIS, 2018, p. 278). consequência de decisão administrativa ou judicial, nos
critérios jurídicos adotados pela autoridade
Exemplos: escrituração das operações administrativa no exercício do lançamento somente
de circulação de mercadoria (notas pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito
fiscais) sujeitas ao ICMS, e apuração passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente
do respectivo saldo devedor (ou à sua introdução.
credor) nos livros fiscais.
SEÇÃO II
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o
valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, Modalidades de Lançamento
no lançamento far-se-á sua conversão em moeda
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador Art. 147. O lançamento é efetuado com base na
da obrigação. declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
IMPORTANTE autoridade administrativa informações sobre matéria
de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência
do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio
vigente, ainda que posteriormente modificada ou declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só
revogada. é admissível mediante comprovação do erro em que se
funde, e ANTES de notificado o lançamento.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que,
posteriormente à ocorrência do fato gerador da A doutrina majoritária aponta uma dupla natureza
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração jurídica ao procedimento de lançamento: a) constitutivo
ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de do crédito tributário e b) declaratório da obrigação
investigação das autoridades administrativas, ou tributária (2018, Novais, p. 342). As modalidades de
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, lançamento são as seguintes:
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros. a) Lançamento de Ofício = Apenas participação do fisco.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos b) Lançamento por Declaração = Participação conjunta
lançados por períodos certos de tempo, desde que a do fisco e contribuinte.
respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato
gerador se considera ocorrido. c) Lançamento por Homologação/autolançamento =
Maior participação do próprio contribuinte.
SÚMULA
SÚMULA
Enunciado de Súmula nº 113 do STF: “O imposto de
transmissão ‘causa mortis’ é devido pela alíquota Enunciado de Súmula Vinculante 24 – Não se tipifica
vigente ao tempo da abertura da sucessão”. crime material contra a ordem tributária, previsto no
art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do
LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO.
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§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou
seu exame serão retificados de ofício pela autoridade formalidade especial.
administrativa a que competir a revisão daquela.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou iniciada enquanto NÃO EXTINTO o direito da Fazenda
tome em consideração, o valor ou o preço de bens, Pública.
direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele Art. 150. O lançamento por HOMOLOGAÇÃO, que
valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento SEM
prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito PRÉVIO exame da autoridade administrativa, opera-se
passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, pelo ato em que a referida autoridade, tomando
ressalvada, em caso de contestação, avaliação conhecimento da atividade assim exercida pelo
contraditória, administrativa ou judicial. obrigado, expressamente a homologa.
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito
não provado por ocasião do lançamento anterior; tributário:
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III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis I - o prazo de duração do favor;
reguladoras do processo tributário administrativo;
II - as condições da concessão do favor em caráter
IV - a concessão de medida liminar EM MANDADO DE individual;
SEGURANÇA.
III - sendo caso:
V – a concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação judicial; a) os tributos a que se aplica;
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DISTINÇÃO II - a compensação;
PRAZO DECADENCIAL PRAZO PRESCRICIONAL
O prazo para que a O prazo para que a III - a transação;
Fazenda realize o Fazenda cobre em juízo
lançamento tem seu crédito, demandando IV - remissão;
natureza DECADENCIAL. o sujeito passivo
tributário, tem natureza V - a prescrição e a decadência;
PRESCRICIONAL.
VI - a conversão de depósito em renda;
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e
condição estabelecidas em lei específica. VII - o pagamento antecipado e a homologação do
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o §§ 1º e 4º;
parcelamento do crédito tributário NÃO exclui a
incidência de juros e multas.
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do
disposto no § 2º do artigo 164;
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória.
IX - a decisão administrativa irreformável, assim
entendida a definitiva na órbita administrativa, que não
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de mais possa ser objeto de ação anulatória;
parcelamento dos créditos tributários do devedor em
RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
X - a decisão judicial passada em julgado.
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Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao
tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de
30 DIAS depois da data em que se considera o sujeito penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade
passivo notificado do lançamento. administrativa competente para receber o pagamento
DETERMINARÁ A RESPECTIVA IMPUTAÇÃO, obedecidas
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
desconto pela antecipação do pagamento, nas
condições que estabeleça. I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria,
e em segundo lugar aos decorrentes de
Art. 161. O crédito não integralmente pago no responsabilidade tributária;
vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for
o motivo determinante da falta, sem prejuízo da II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois
imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de às taxas e por fim aos impostos;
quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em
lei tributária. III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de IV - na ordem decrescente dos montantes.
mora são calculados à taxa de 1% AO MÊS.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo casos:
legal para pagamento do crédito.
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
Art. 162. O pagamento é efetuado: pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória;
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel exigências administrativas sem fundamento legal;
selado, ou por processo mecânico.
III - de exigência, por + de uma pessoa jurídica de direito
§ 1º A legislação tributária pode determinar as público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato
GARANTIAS EXIGIDAS para o pagamento por cheque ou gerador.
vale postal, desde que não o torne impossível ou mais
oneroso que o pagamento em moeda corrente. § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que
o consignante se propõe pagar.
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera
extinto com o resgate deste pelo sacado. IMPORTANTE
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I - a isenção;
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§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo d) sob condição do pagamento de tributo no prazo
de tempo, o despacho referido neste artigo será fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja
renovado antes da expiração de cada período, cessando atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro
dia do período para o qual o interessado deixar de Art. 182. A ANISTIA, quando não concedida em caráter
promover a continuidade do reconhecimento da geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
isenção. autoridade administrativa, em requerimento com a qual
o interessado faça prova do preenchimento das
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito condições e do cumprimento dos requisitos previstos
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no em lei para sua concessão.
artigo 155.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não
IMPORTANTE gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155.
SEÇÃO III
RESUMO DAS HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO
Anistia TRIBUTÁRIO
“A isenção é instituto de conceituação
Art. 180. A ANISTIA abrange exclusivamente as infrações polêmica: sua natureza jurídica oscila
cometidas anteriormente à vigência da lei que a entre os parâmetros de não incidência e
concede, NÃO se aplicando: incidência da norma. Para a doutrina
tradicional e a jurisprudência do STF
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou (portanto, a posição mais segura para as
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, nossas provas), a isenção é uma mera
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo ISENÇÃO dispensa legal de pagamento de tributo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; devido, verificando-se em uma situação
na qual há legítima incidência, porquanto
se deu um fato gerador, e o legislador, por
II - salvo disposição em contrário, às infrações
expressa disposição legal, optou por
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
dispensar o pagamento do imposto”.
naturais ou jurídicas.
(EDUARDO SABBAG, p. 1.057).
“A anistia impedirá a constituição do
Art. 181. A ANISTIA pode ser concedida: crédito tributário em relação à infração
tributária, não se aplicando aos casos de
I - em caráter GERAL; crime, contravenções, dolo, fraude,
simulação e conluio (art. 180 do CTN)
II - LIMITADAMENTE: (NOVAIS, 2018, p. 429).
• É necessária uma lei específica e
a) às infrações da legislação relativa a determinado em sentido estrito para que seja dada
tributo; isenção ou anistia;
• São vedadas as chamadas
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até ANISTIA isenções heterônomas (de um ente
determinado montante, conjugadas ou não com político quanto a tributo de
penalidades de outra natureza; competência de outro)9
• As empresas públicas e
c) a determinada região do território da entidade sociedades de economia mista
tributante, em função de condições a ela peculiares; exploradoras de atividade econômica
não podem gozar de privilégios fiscais
não estendidos ao setor privado (o art.
173 da CF não faz distinção entre as
prestadoras de serviços públicos e as
9 Vale destacar que a União não pode isentar tributos de outros entes Oeste do Brasil. Nesse caso, trata-se de uma isenção heterônoma, pois ICMS
federativos, mas a República Federativa do Brasil, QUE É REPRESENTADA é de competência dos estados; no entanto, no caso concreto, o Brasil,
PELA UNIÃO em suas relações internacionais, pode. É muito comum em representado pela União, na figura do Presidente, está tratando de
concurso público que o examinador tente confundir com situações como: o RELAÇÕES INTERNACIONAIS, sendo permitida a ocorrência desse tipo de
Presidente da República, na condição de Chefe de Estado, assina tratado que isenção.
isenta companhias estrangeiras de ICMS caso se instalem na região Centro-
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Fiscalização V - os inventariantes;
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação
aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou criminal, é VEDADA a divulgação, por parte da Fazenda
limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, Pública ou de seus servidores, de informação obtida em
arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira
fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
da obrigação destes de exibi-los. estado de seus negócios ou atividades.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos
comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos casos previstos no art. 199, os seguintes:
neles efetuados serão conservados até que ocorra a
prescrição dos créditos tributários decorrentes das
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da
operações a que se refiram.
justiça;
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feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
recibo, que formalize a transferência e assegure a responsáveis, bem como, sempre que possível, o
preservação do sigilo. domicílio ou a residência de um e de outros;
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
a: mora acrescidos;
I – representações fiscais para fins penais; III - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; fundado;
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, V - sendo caso, o número do processo administrativo de
do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão que se originar o crédito.
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos
respectivos e permuta de informações, na forma Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos
estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
convênio.
IMPORTANTE
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos
poderá permutar informações com Estados previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo,
estrangeiros no interesse da arrecadação e da SÃO CAUSAS DE NULIDADE da inscrição e do processo
fiscalização de tributos. de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira instância, mediante
Art. 200. As autoridades administrativas federais substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito
poderão requisitar o auxílio da força pública federal, passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa,
estadual ou municipal, e reciprocamente, quando que somente poderá versar sobre a parte modificada.
vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas
funções, ou quando necessário à efetivação dê medida Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da
prevista na legislação tributária, ainda que não se presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova
configure fato definido em lei como crime ou pré-constituída.
contravenção.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo
CAPÍTULO II é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a
cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
Dívida Ativa
CAPÍTULO III
IMPORTANTE
Certidões Negativas
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente
de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de
repartição administrativa competente, depois de determinado tributo, quando exigível, seja feita por
esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
por decisão final proferida em processo regular. interessado, que contenha todas as informações
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
Parágrafo único. A fluência de juros de mora NÃO exclui, fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o
para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. período a que se refere o pedido.
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, Parágrafo único. A certidão negativa será sempre
autenticado pela autoridade competente, indicará expedida nos termos em que tenha sido requerida e
obrigatoriamente: será fornecida dentro de 10 dias da data da entrada do
requerimento na repartição.
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I - impostos;
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou os Municípios;
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
II - regular as limitações constitucionais ao poder de
postos a sua disposição;
tributar;
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III - o recolhimento será UNIFICADO e centralizado e a PARA CUSTEIO DE REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA
distribuição da parcela de recursos pertencentes aos SOCIAL, cobradas dos servidores ativos, dos
respectivos entes federados será imediata, vedada aposentados e dos pensionistas, que poderão ter
qualquer retenção ou condicionamento; alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão pensões. (Redação dada pela Emenda
ser compartilhadas pelos entes federados, adotado Constitucional nº 103, de 2019)
cadastro nacional único de contribuintes.
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir
critérios especiais de tributação, com o objetivo de sobre o VALOR DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA e
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo de PENSÕES que supere o salário-mínimo. (Incluído
da competência de a União, por lei, estabelecer normas pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
de igual objetivo.
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada
impostos estaduais e, se o Território não for dividido em a instituição de CONTRIBUIÇÃO EXTRAORDINÁRIA, no
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos
ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios: § 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-
B deverá ser instituída SIMULTANEAMENTE com outras
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes medidas para equacionamento do deficit e vigorará por
de calamidade pública, de guerra externa ou sua período determinado, contado da data de sua
iminência; instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
II - no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, observado o disposto § 2º As contribuições sociais e de intervenção no
no art. 150, III, "b". domínio econômico (CIDE) de que trata o caput deste
artigo:
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (UNIÃO)
DESPESAS INVESTIMENTO PÚBLICO I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de
EXTRAORDINÁRIAS exportação;
Decorrentes de calamidade De caráter urgente e de
pública, de guerra externa relevante interesse II - incidirão também sobre a importação de produtos
ou sua iminência. nacional. estrangeiros ou serviços;
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes III - poderão ter alíquotas:
de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição. a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação,
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir o valor aduaneiro;
contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais b) específica, tendo por base a unidade de medida
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas adotada.
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146,
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § § 3º A pessoa natural destinatária das operações de
6º, relativamente às contribuições a que alude o importação PODERÁ SER EQUIPARADA A PESSOA
dispositivo. JURÍDICA, na forma da lei.
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Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão III - não incidirá sobre produtos industrializados
instituir CONTRIBUIÇÃO, na forma das respectivas leis, destinados ao exterior.
para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens
de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição lei.
a que se refere o caput, na FATURA DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA. § 4º O imposto previsto no inciso VI (ITR) do caput:
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que
ou nacionalizados; (imposto de exportação) assim optarem, na forma da lei, desde que não implique
redução do imposto ou qualquer outra forma de
III - renda e proventos de qualquer natureza; (imposto renúncia fiscal.
de renda)
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo
IV - produtos industrializados; (imposto de produtos financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
industrializados – IPI) exclusivamente à incidência do imposto de que trata o
inciso V do "caput" deste artigo (IOF), devido na
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas operação de origem; a alíquota MÍNIMA será de 1%,
a títulos ou valores mobiliários; (Imposto sobre assegurada a transferência do montante da arrecadação
Operações Financeiras - IOF) nos seguintes termos:
VI - propriedade territorial rural; (Imposto sobre a I - TRINTA POR CENTO para o Estado, o Distrito Federal
propriedade territorial rural - ITR) ou o Território, conforme a origem;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. II - SETENTA POR CENTO para o Município de origem.
(Imposto sobre grandes fortunas – IGF)
Art. 154. A União poderá instituir:
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as I - mediante lei complementar, impostos NÃO
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e PREVISTOS NO ARTIGO ANTERIOR, desde que sejam
V. não-cumulativos e não tenham FATO GERADOR OU
BASE DE CÁLCULO PRÓPRIOS DOS DISCRIMINADOS
§ 2º O imposto previsto no inciso III (imposto de renda) NESTA CONSTITUIÇÃO;
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I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer I - será NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for
bens ou direitos (ITCMD) devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante
IMPORTANTE cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
Segundo Ricardo Alexandre (2017, p. 688), o art. 155, pelo Distrito Federal;
I, da CF/1988, os Estados e o Distrito Federal podem
instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em
doação de quaisquer bens ou direitos. Trata-se de contrário da legislação:
tributo de natureza eminentemente arrecadatória
(fiscal). O Código Tributário Nacional disciplina o a) NÃO implicará crédito para compensação com o
imposto nos arts. 35 a 42 e deve ser interpretado à montante devido nas operações ou prestações
luz da atual Constituição, visto que a redação do CTN seguintes;
trata de um único imposto de transmissão, de
Competência estadual, incidente exclusivamente b) acarretará a anulação do crédito relativo às
sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a operações anteriores;
eles relativos. Com a Constituição Federal de 1988,
previu-se a instituição de dois impostos de III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das
transmissão, um estadual (ITCMD) e outro municipal mercadorias e dos serviços;
(ITBI), sujeitando à incidência do primeiro as
transmissões a título gratuito (causa mortis e doação)
IV - resolução do SENADO FEDERAL, de iniciativa do
e do segundo as transmissões a título oneroso”.
Presidente da República ou de UM TERÇO DOS
SENADORES, aprovada pela MAIORIA ABSOLUTA DE
II - operações relativas à CIRCULAÇÃO DE SEUS MEMBROS, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
MERCADORIAS e sobre prestações de serviços de operações e prestações, interestaduais e de exportação;
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações
V - é facultado ao SENADO FEDERAL:
se iniciem no exterior; (ICMS)
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações
III - propriedade de veículos automotores (IPVA)
internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e
aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
§ 1º O imposto previsto no inciso I (ITCMD):
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, resolver conflito específico que envolva interesse de
compete ao Estado da SITUAÇÃO DO BEM, ou ao Distrito Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria
Federal; absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do
compete ao Estado onde se processar o inventário ou Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII,
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à
Federal; circulação de mercadorias e nas prestações de serviços,
não poderão ser inferiores às previstas para as
III - terá competência para sua instituição regulada por operações interestaduais;
lei complementar:
VII - nas operações e prestações que destinem bens e
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; serviços a consumidor final, contribuinte ou não do
imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização
domiciliado ou teve o seu inventário processado no do destinatário o imposto correspondente à diferença
exterior; entre a alíquota interna do Estado destinatário e a
alíquota interestadual;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado
Federal; VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
§ 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao interestadual de que trata o inciso VII será
seguinte: atribuída:
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a) ao destinatário, quando este for contribuinte do d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do
imposto; estabelecimento responsável, o local das operações
relativas à circulação de mercadorias e das prestações
b) ao remetente, quando o destinatário não for de serviços;
contribuinte do imposto;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações
IX - incidirá também: para o exterior, serviços e outros produtos além dos
mencionados no inciso X, "a"
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não f) prever casos de manutenção de crédito,
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja relativamente à remessa para outro Estado e
a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado exportação para o exterior, de serviços e de
no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver mercadorias;
situado o domicílio ou o estabelecimento do
destinatário da mercadoria, bem ou serviço; g) regular a forma como, mediante deliberação dos
Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
forem fornecidas com serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios; h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais
o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a
X - não incidirá: sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o
disposto no inciso X, b ;
a) sobre operações que destinem mercadorias para o
exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do
no exterior, assegurada a manutenção e o imposto a integre, também na importação do exterior
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas de bem, mercadoria ou serviço.
operações e prestações anteriores;
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II
b) sobre operações que destinem a outros Estados do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e imposto poderá incidir sobre operações relativas a
gasosos dele derivados, e energia elétrica; energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais do
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § País.
5º;
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h , observar-se-á o
d) nas prestações de serviço de comunicação nas seguinte:
modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita; I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis
derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o ocorrer o consumo;
montante do imposto sobre produtos industrializados,
quando a operação, realizada entre contribuintes e II - nas operações interestaduais, entre contribuintes,
relativa a produto destinado à industrialização ou à com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
comercialização, configure fato gerador dos dois combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo,
impostos; o imposto será repartido entre os Estados de origem e
de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade
XII - cabe à lei complementar: que ocorre nas operações com as demais
mercadorias;
a) definir seus contribuintes;
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus
b) dispor sobre substituição tributária; derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos
no inciso I deste parágrafo, destinadas a não
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; contribuinte, o imposto caberá ao Estado de
origem;
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IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização
deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos e o uso do imóvel.
do § 2º, XII, g , observando-se o seguinte:
§ 2º O imposto previsto no inciso II (ITBI)
a) serão uniformes em todo o território nacional,
podendo ser diferenciadas por produto; I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
b) poderão ser específicas, por unidade de medida realização de capital, nem sobre a transmissão de bens
adotada, ou ad valorem , incidindo sobre o valor da ou direitos decorrente de FUSÃO, INCORPORAÇÃO,
operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar CISÃO ou EXTINÇÃO de pessoa jurídica, salvo se, nesses
alcançaria em uma venda em condições de livre casos, a atividade preponderante do adquirente for a
concorrência; compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil;
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, b . II - compete ao Município da situação do bem.
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos Art. 158. Pertencem aos Municípios:
no art. 155, II, definidos em lei complementar.
(ISSQN) I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre
RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR),
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a
refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
inciso I (IPTU) poderá: fundações que instituírem e mantiverem;
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totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que
153, § 4º, III; será entregue no primeiro decêndio do mês de
dezembro de cada ano;
III – 50% do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será
licenciados em seus territórios (IPVA) entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada
ano;
IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas à circulação de II - do produto da arrecadação do imposto sobre
mercadorias e sobre prestações de serviços de produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
transporte interestadual e intermunicipal e de ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das
comunicação (ICMS) respectivas exportações de produtos
industrializados.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes
aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão III - do produto da arrecadação da contribuição de
creditadas conforme os seguintes critérios. intervenção no domínio econômico prevista no art. 177,
§ 4º, 29% para os Estados e o Distrito Federal,
NOVIDADE distribuídos na forma da lei, observada a destinação a
que se refere o inciso II, c , do referido parágrafo.
I - 65%, no mínimo, na proporção do valor adicionado
nas operações relativas à circulação de mercadorias e § 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de
nas prestações de serviços, realizadas em seus acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela
territórios; (Redação dada pela Emenda da arrecadação do imposto de renda e proventos de
Constitucional nº 108, de 2020) qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos
arts. 157, I, e 158, I.
II - até 35%, de acordo com o que dispuser lei estadual,
observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no
mínimo, 10 (DEZ) PONTOS PERCENTUAIS com base em § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada
indicadores de melhoria nos resultados de parcela superior a vinte por cento do montante a que se
aprendizagem e de aumento da equidade, considerado refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser
o nível socioeconômico dos educandos. (Redação distribuído entre os demais participantes, mantido, em
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
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