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planejamento tributário
Entendendo os impostos incidentes no

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1 - Introdução:

Sabemos que no Brasil o nível de tributação sobre as empresas é bastante elevado, o


que acaba impedindo que muitas das empresas que iniciam seus negócios não
consigam permanecer ativa por muito tempo, vindo a falência. Os tributos (impostos,
taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas,
senão a maior, onde com a globalização da economia, tornou-se questão de
sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário.

Por isso a necessidade de um planejamento tributário já é fato para as grandes


empresas e até mesmo para as de pequeno e médio porte, o que leva os profissionais
da área estudar de forma mais detalhada visando simplificar e facilitar o cumprimento
das obrigações das empresas, minimizando os custos tributários, sem comprometer o
resultado da arrecadação.

2 – Definição do planejamento tributário:

Para que o contribuinte possa efetuar um planejamento tributário eficaz, é preciso que
ele não contradiga os princípios tributários constitucionais aplicáveis a tal
planejamento. Esses princípios encontram-se elencados na Constituição Federal de
1988 (CF/1988) e têm a função de conter a ação desenfreada do Estado na esfera
tributária.

“Hugo de Brito Machado, em Curso de Direito Tributário, já esclarecia o seguinte: Tais


princípios existem para proteger o cidadão contra os abusos do Poder. Em face do
elemento teleológico, portanto, o intérprete, que tem consciência dessa finalidade,
busca nesses princípios a efetiva proteção do contribuinte.”

Desse modo, vemos que tais princípios são instrumentos de defesa dos contribuintes e
que devem obedecer a um padrão estabelecido pela própria Constituição, a fim de que
um tributo não venha ser refutado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob pena de
ser considerado inconstitucional. 

Se a intenção do contribuinte é diminuir os seus encargos tributários, isso deverá ser


feito de forma legal, o que chamamos de elisão fiscal ou economia legal (planejamento
tributário). De outro modo, se feito de forma ilegal, teremos a sonegação (ou evasão)
fiscal. Portanto, é preciso reconhecer os ilícitos tributários, a fim de que o
planejamento, feito de forma transparente e profissional, possa reduzir encargos
tributários de forma lícita, sem risco para o contribuinte.

Pois ainda que o Planejamento Tributário esteja cada vez mais em evidência
na atualidade, e aparentar ser um termo “novo” para os profissionais da área, este é
um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. Muitos
empresários questionam o valor de seus impostos, mas não tem um planejamento

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correto para o porte de sua empresa. A maior dificuldade do planejamento


tributário é identificar uma solução para a maioria das empresas que sentem
as dificuldades financeiras em lidar com a alta carga tributária, o que faz com que elas
tenham um custo elevado, chegando a inviabilizar certos negócios, pois pode não
gerar bons resultados econômicos.

3- Definição de Sujeito Ativo e Sujeito Passivo

3.1 - O sujeito ativo é aquele que tem a titularidade do crédito tributário, tendo o
direito de cobrá-lo e de arrecadá-lo. É também chamado de capacidade tributária ativa.
Quem detém tal capacidade é o Estado, por intermédio da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos municípios. O direito de cobrar um tributo é indelegável, não
podendo ser transferido. Contudo, pode ser editada uma lei delegando-o.

3.2 - O sujeito passivo é o devedor do tributo, o detentor da chamada capacidade


tributária passiva. De regra, abrange qualquer pessoa, física ou jurídica, que pratica o
fato definido na lei como gerador do tributo. Dessa forma, quem tem o dever de pagar
o tributo não se livra da obrigação de pagá-lo, mesmo que venha ser transmitindo para
outro essa incumbência. Contribuinte, ou sujeito passivo direto, é aquele que tem
relação pessoal e direta com o fato gerador. Um exemplo comum é a pessoa que
aufere renda e consequentemente é contribuinte do IR. Pode ocorrer, porém, que
outra pessoa (a responsável), vinculada indiretamente ao fato gerador, por imposição
de lei, esteja desde logo obrigada a responder pelo tributo e/ou pela penalidade
pecuniária. É o caso da fonte pagadora, a quem se atribui a responsabilidade pelo
recolhimento do IR. Segundo o artigo 45, parágrafo único, do CTN, o sujeito passivo
da obrigação tributária, nesse exemplo, é o empregador (CHIMENTI, 2008).

4 - O que são tributos:

Conforme consta no artigo 3º do CTN- Lei 5172/66;


“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

O que diferencia o imposto de outro tipo de tributo é que ele só será cobrado a partir
da ocorrência de um fato gerador, que dá causa àquela cobrança.

Um tributo é caracterizado pelos seguintes elementos: fato gerador, contribuinte


ou responsável e a base de cálculo. Para que venha a existir uma obrigação tributária,
é preciso que exista um vínculo jurídico entre um credor (Sujeito Ativo) e um devedor

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(Sujeito Passivo), pelo qual o Estado, com base na legislação tributária, possa exigir
uma prestação tributária positiva ou negativa.

4.1 - Tipos de tributos:

- IMPOSTOS (Conceito art. 16 Lei 5172/66 (CTN)

- TAXAS (Conceito art. 77 Lei 5172/66 (CTN))

- CONTRIBUIÇOES DE MELHORIA (Art. 81 Lei 5172/66 (CTN))

- CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (ART. 149 CF/88)

- EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (Art. 148 da CF/88)


5 - Impostos:

Lei 5.172/66 Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte, veja alguns exemplos no âmbito Federal, Estadual e Municipal:

a) Impostos Federais (art. 153 CF/88):

• Imposto sobre Importação (II). Se você traz mercadoria de fora do


país;

• IOF, que incide sobre empréstimos, financiamentos e outras operações


financeiras, e também sobre ações;

• IPI, cobrado das indústrias;

• IRPF, que incide sobre a renda do cidadão;

• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). Incide sobre o lucro das


empresas;

• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). É cobrado


sobre petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).


Cobrado das empresas;

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• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Cobrança feita em


cima do valor líquido da renda, antes da declaração do IR.

b) Impostos Estaduais (art. 155 CF/88):

• ICMS - que incide sobre a circulação de mercadoria, serviço transporte


interestadual e intermunicipal e comunicação;

• IPVA - Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores

• ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de


Quaisquer Bens ou Direitos.

c) Impostos Municipais (art. 156 CF/88):

• Imposto Sobre Serviços (ISS). Cobrado dos prestadores de serviços;

• Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos (ITBI). Incide sobre a


compra e venda de imóveis.

• Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

d) Taxas:

Lei 5.172/66 Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição,
existindo dois tipos de taxas que são:

d.1 - Taxa de fiscalização:


Decorre do exercício do poder de polícia pelo ente estatal, como taxas de
localização de estabelecimento, taxas de publicidade e taxa de licença para
construção de imóveis cobradas pelo Município.

d.2 - Taxa de serviço:


São as que tem como fato gerador a utilização de determinados serviços públicos,
como taxa de iluminação pública e taxa de coleta de lixo

e) Contribuição especial:

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Lei 5172/66 Art.149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos artigos 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo

f) Contribuição de melhoria:

Lei 5172/66 Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

5 - Classificação do Impostos:

5.1 - Diretos São aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é


suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para
terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são
considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR,
IPVA etc.

5.2 - Indiretos São aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação


tributária é transferida para terceiros ficando sujeito passivo obrigado a recolher o
respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos indiretos são
aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são
repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. Exemplo:
IPI, ICMS, ISS.

6 – Objetivos dos tributos:

As diferenças entre os objetivos do tributo são:

Fiscal, quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o


Estado.

Extrafiscal, quando seu objetivo principal é a interferência no domínio econômico,


buscando um efeito diverso da simples arrecadação de recursos financeiros.

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Parafiscal, quando o seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de


atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as
desenvolve através de entidades específicas.

7 - Obrigação Tributária:

Lei 5172/66 Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

7.1 - Obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente, no caso seria o recolhimento do imposto.

7.2 - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as


prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária, que seria
emissão de documentos fiscais entregas de declarações.

8 – Conhecendo os alguns modelos de planejamento tributário:

Os tipos de planejamento tributário mais comuns são: operacional, estratégico e


tático.

Para saber quando adotar como estratégia cada um deles e executar com eficiência, é
necessário conhecer profundamente todos os setores da empresa, de modo que se
defina os objetivos e as formas em que serão utilizadas para atingir os resultados
esperados.

8.1 - Operacional:

O planejamento tributário operacional normalmente é elaborado para períodos


curto prazo (entre 3 e 6 meses). Nele são demonstrados todos os meios que serão
articulados, para que se consiga atingir os objetivos estabelecidos. Esses planos de
ação precisam ser desenvolvidos dentro do período projetado.

Para o método operacional, as responsabilidades de cada pessoa envolvida são muito


importantes para alcançar bons resultados, bem como as atividades, tarefas e recursos
que serão utilizados, criando condições para o alcance dos objetivos.

Dessa forma, precisa conter todos os meios necessários para sua implementação, a
metodologia que será utilizada, os objetivos esperados e os responsáveis pela
realização.

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8.2 - Estratégico:

O planejamento estratégico visa definir os propósitos pensando nos benefícios a longo


prazo para a empresa. Sua finalidade é ter projeção do futuro do negócio, e contribui
para a definição da visão, missão, e valores da organização.

Este tipo de planejamento normalmente é elaborado para o período de alguns anos


por isso não é muito detalhado e precisa de revisões constantes para que não se torne
obsoleto. Precisamos considerar fatores internos e externos da empresa para sua
elaboração, pensando na melhor alocação dos recursos de forma que resultem em
benefícios para o negócio.

Durante o planejamento estratégico é decidido pelos empresários o tipo de regime


tributário que será mais adequado para o enquadramento de sua empresa. Para isso é
necessário ainda levar em consideração algumas questões como a localização,
estrutura de capital e segmento que atua.

Então, deve-se considerar durante a realização do planejamento estratégico questões


fundamentais sobre a visão (quem é e o que faz), a missão (em que lugar se encontra
e onde quer chegar) e os valores (o que valoriza) da empresa, e assim conseguir
adotar métodos estratégicos para implementar as mudanças traçadas.

8.3 - Tático:

o planejamento tático visa, em médio prazo, colocar em prática o planejamento


estratégico idealizado pelo alto escalão, (em torno de 1 a 3 anos).

Neste modelo, as ações consistem em dividir em departamentos as demandas geradas


pelas decisões do nível estratégico. Assim, a função de quem planeja é conceber a
ideia do negócio em sua amplitude e organizá-la por meio de uma sequência
executável de atividades. Ou seja, o planejamento tributário ainda não dá início às
atividades, de fato, mas já define como a execução será feita (como por exemplo, qual
metodologia será adotada) e quem ficará responsável por ela.

Portanto, o nível tático é gerencial, e seus agentes, na prática, são responsáveis por
equilibrar os desejos da equipe estratégica e, auxiliar a equipe operacional. A
vantagem de fazer um bom planejamento é evitar perdas de informações entre o
planejamento estratégico e o operacional — ou, em outras palavras, entre a teoria e a
prática

9 - Os principais Regimes Tributários e seus enquadramentos

A escolha do regime tributário e seu enquadramento é que irão definir a incidência e a


base de cálculo dos impostos. No Brasil temos três tipos de regimes tributários mais

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utilizados pelas empresas, as quais serão definidas de acordo com as atividades


desenvolvidas pelo contribuinte que são:

• Simples Nacional

• Lucro Presumido

• Lucro Real
Ressalta-se que cada regime tributário possui uma legislação própria que define todos
os procedimentos a serem seguidos pela empresa a fim de definir um enquadramento
mais adequado para o estabelecimento, como veremos a seguir:

10 - SIMPLES NACIONAL

De acordo com Lei Complementar 123/2006, o Sistema Integrado de Pagamento de


Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES)
é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido aplicável às
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, onde será considerado ME ou EPP:

• ME, a qual aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
3º, inciso I);

• EPP, a qual aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00


(trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e
oitocentos mil reais).

A opção pelo Simples Nacional deverá ser formalizada por meio do Portal do Simples
Nacional na internet, e será irretratável para todo o ano-calendário. Art. 6º da
Resolução CGSN 140/2018.

Esta opção deverá ser formalizada até o último dia útil do mês de janeiro e produzirá
efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, onde o recolhimento
mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);

• Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS);

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• Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal);

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações


de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

10.1 - Base de cálculo e alíquotas

Consideram-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas


operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os
descontos concedidos incondicionalmente.

A receita bruta também abrange:

• o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos


bens ou serviços ou destacado no documento fiscal;

• as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;

• os royalties, aluguéis e as demais receitas decorrentes de cessão de


direito de uso ou gozo; e

• d) as verbas de patrocínio.

• a venda de bens do Ativo Imobilizado, como tais considerados os


ativos tangíveis:

• que sejam disponibilizados para uso na produção ou no fornecimento


de bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento,
ou para fins administrativos;

• cuja desincorporação ocorra a partir do 13º mês contado da


respectiva entrada;

• os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos


em decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações;

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• a remessa de mercadoria a título de bonificação, doação ou brinde,


desde que seja incondicional e não haja contraprestação por parte
do destinatário;

• a remessa de amostra grátis;

• os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão


contratual, desde que não corresponda à parte executada do
contrato;

• os valores repassados ao profissional-parceiro pelo salão-parceiro de


que trata a Lei nº 12.592/2012 , desde que o referido profissional
esteja devidamente inscrito no CNPJ; e

• os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda


fixa ou variável.

O valor devido mensalmente será obtido mediante a aplicação da alíquota efetiva


sobre o percentual de repartição de cada tributo constante dos Anexos I a V da Lei
complementar 123/2006.

Todos os Estados e Municípios participam obrigatoriamente do Simples Nacional,


o imposto devido pelas empresas optantes por esse regime é determinado pela
aplicação das tabelas dos anexos da LC n° 123/06. Para efeito da determinação da
alíquota, será utilizada a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do
período de apuração.

10.2 - Exemplo de cálculo para identificar as alíquotas de cada tributo no


Simples Nacional:

Resolução 140/2018 Art. 21. Para fins do disposto nesta, considera-se: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput).
I - alíquota nominal a constante dos Anexos I a V desta Resolução;
II - alíquota efetiva o resultado de: (RBT12 × Aliq - PD) / RBT12, em que:
a) RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
b) Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Resolução; e
c) PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Resolução; e
III - percentual efetivo de cada tributo o calculado mediante multiplicação da alíquota
efetiva pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V desta Resolução

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Considerando essa receita bruta acumulada nos últimos 12 meses, para uma atividade
industrial teremos como base o Anexo II na 4º faixa, da Resolução 140/2018,
conforme consta não quadro abaixo:

Continuando neste exemplo considerando que no mês de Dezembro obteve uma


Receita Bruta de R$ 76.350,00, o valor a ser pago no DAS é de:

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Resultado do percentual de repartição e valor de cada tributo.

Vale lembrar que a partir de Janeiro de 2018 foi adotado o sublimite para fins de ICMS
e ISS, onde as empresas que ultrapassar o sublimite de R$ 1.800.000,00 (um milhão e
oitocentos mil reais) ou R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais),
conforme consta no artigo 9º da Resolução CGSN 140/2018, ficará impedida de
recolher o ICMS e o ISS no DAS.

Este permanecerá nas regras do Simples Nacional somente para o recolhimento dos
tributos Federais, que em cada ano-calendário, as receitas no mercado interno tem o
limite de até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) e,
adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou serviços para o
exterior, inclusive quando realizada por meio de empresa comercial exportadora ou de
sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de
2006, desde que as receitas de exportação também não excedam R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais).

Para efeito da exclusão decorrente dos sublimites será observada as seguintes regras:

Caso a receita bruta acumulada pela empresa no ano-calendário ultrapasse os


sublimites, o estabelecimento localizado na unidade da federação cujo sublimite for
ultrapassado estará impedido de recolher o ICMS e o ISS pelo Simples Nacional, onde
os efeitos do impedimento ocorrerão:

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• a partir do mês subsequente àquele em que o excesso da receita bruta


acumulada no ano for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites ou

• a partir do ano-calendário subsequente àquele em que o excesso da receita


bruta acumulada não for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites

Para os casos de início de atividade os efeitos da exclusão será:

• de forma retroativos ao início de atividade se o excesso verificado em relação à


receita bruta acumulada for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites;

• ou a partir do ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à


receita bruta acumulada não for superior a 20% (vinte por cento) dos
sublimites

11 - LUCRO PRESUMIDO

Neste tipo de regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com base na
receita bruta de venda de mercadorias, produtos e/ou da prestação de serviços,
apurada em cada trimestre, mediante a aplicação das alíquotas variáveis em função da
atividade geradora da receita. Podem optar pelo lucro presumido as pessoas
jurídicas atenda os seguintes requisitos:

• As que não estejam obrigadas à apuração do lucro real, e cuja


receita bruta total no ano-calendário imediatamente anterio r tenha
sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00,
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano -calendário
anterior, quando inferior a 12 meses .

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No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes


sobre o faturamento, dentre eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados
mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente.

O lucro presumido é definido como uma presunção por parte do fisco, do que seria o
lucro de uma empresa caso não existisse a contabilidade. É evidente que algumas
empresas possuem uma escrituração contábil completa, com os rigores das normas e
princípios fundamentais da contabilidade, e mesmo assim acabam por optar pela
tributação baseada no lucro presumido.
Isso ocorre na maioria das vezes por falta de conhecimento dos empresários ou até
mesmo dos próprios contadores, os quais desconhecem ou possuem pouca informação
sobre as demais formas de tributação. E assim se faz necessário o planejamento
tributário, o qual deverá exercer conscientemente a redução da carga tributária
visando a melhor opção para a empresa, seja através do lucro real ou presumido.

11.1 - Forma de apuração:

No regime do lucro presumido, a apuração do imposto será feita trimestralmente, por


períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário (Lei nº 9.430/1996, art. 26; RIR/2018, art. 588; Instrução
Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 31).

11.2 - Data para opção:

A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada por ocasião do
pagamento da 1ª quota ou quota única do imposto devido no 1º trimestre do ano-
calendário, vencível no último dia útil de abril (Lei nº 9.430/1996, art. 26, § 1º;
RIR/2018, art. 587, § 4º e art. 919; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 214,
§ 2º).

Será considerada formalizada a opção mediante a indicação, no campo 04 do Darf, do


código de receita próprio do imposto apurado no regime do lucro presumido (2089).
8/45.

A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do 2º trimestre manifestará a opção pelo
lucro presumido com o pagamento da 1ª quota ou quota única do imposto devido no
trimestre do início de atividade (Lei nº 9.430/1996, art. 26, § 2º; RIR/2018, art. 588;
Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 214, § 3º).
A pessoa jurídica que efetuar o recolhimento do IRPJ com base no lucro presumido e
que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer na obrigação de apurar o imposto
pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo Lucro Real
trimestral a partir do trimestre da ocorrência do fato.

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(Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 214, § 3º-A; Instrução Normativa RFB
nº 1.881/2019, art. 1º).

11.3 – Da exclusão por opção:

A opção pelo lucro presumido condiciona que a empresa a permaneça nesse regime
durante todo o ano-calendário.
Contudo, em qualquer ano-calendário subsequente, a empresa terá total liberdade
para se submeter a outro regime de tributação, observadas as condições pertinentes
ao regime escolhido, como por exemplo:

• poderá submeter-se à tributação com base no lucro real, se mantiver


escrituração contábil e fiscal nas condições exigidas nesse regime, ou

• poderá optar pelo Simples Nacional, caso venha a se enquadrar nas condições e
nos limites previstos para o ingresso nesse regime.
(RIR/2018, art. 587, § 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 214, § 1º).

11.4 - Da exclusão de ofício:

Desde 1º.01.2014, a empresa submetida ao regime do lucro presumido cuja receita


bruta, no decorrer do ano-calendário, ultrapassar o limite de R$ 78.000.000,00 ou o
limite proporcional equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 6.500.000,00 pelo
número de meses de atividade, caso se trate do ano de início de atividades, ficará
impedida de optar por esse regime de tributação no ano-calendário subsequente.

Por exemplo, a empresa que optar pelo lucro presumido em 2019, mas, nesse ano, a
sua receita bruta superar o montante de R$ 78.000.000,00, está impedida de optar
pelo lucro presumido em 2020, devendo submeter-se à tributação com base no lucro
real ou arbitrado (salvo se houver aderido ao Refis). (RIR/2018, art. 257, I; Instrução
Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 214, caput).

11.5 - Impossibilidade de alteração da opção durante o ano-calendário:

Desde o ano-calendário de 1999, a opção pela tributação com base no lucro presumido
passou a ser definitiva em relação a todo o ano-calendário, ou seja, depois de iniciado
o pagamento do imposto com base no lucro presumido, não será mais admitida a
mudança para o regime do lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário
(RIR/2018, art. 587, § 1º).

11.6 - Mudança do lucro real para o lucro presumido:

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Se, no ano-calendário anterior ao da opção pelo lucro presumido, a empresa houver


sido tributada pelo lucro real, ela deverá adicionar à base de cálculo do imposto do
primeiro trimestre os saldos dos valores cuja tributação foi diferida no regime do lucro
real, controlados na Parte B do e-Lalur, observando-se que o mesmo se aplica inclusive
aos valores controlados por meio de subcontas referentes:

• às diferenças na adoção inicial dos arts. 1º, 2º, 4º a 71 da Lei nº 12.973/2014,


de que tratam os arts. 294 a 296 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017; e

• à avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo de que tratam os


arts. 97 a 101 da IN mencionada.

(Lei nº 9.430/1996, art. 54; Lei nº 12.973/2014, art. 6º; RIR/2018, art. 593; Instrução
Normativa RFB nº
1.700/2017, art. 219)

11.7 - Mudança do lucro presumido para o lucro real:

Em regra geral, a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido que, em período de
apuração imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo lucro real deverá incluir
na base de cálculo do imposto apurado pelo lucro presumido os ganhos decorrentes de
avaliação com base no valor justo, que façam parte do valor contábil, e na proporção
deste, relativos aos ativos constantes em seu patrimônio.

Porém, a tributação dos ganhos ou das perdas somente poderá ser diferida para os
períodos de apuração em que a pessoa jurídica for tributada pelo lucro real, desde que
sejam evidenciadas em subcontas vinculadas ao ativo ou passivo, conforme o caso, e
sejam observados os procedimentos e requisitos previstos:

• em relação aos ganhos, nos arts. 97 a 99 da Instrução Normativa RFB nº


1.700/2017;

• em relação às perdas verificadas se observados os procedimentos e requisitos


previstos nos arts. 102 e 104 da referida IN.

E o mesmo se aplica na hipótese de avaliação com base no valor justo de passivos


relacionados a ativos ainda não totalmente realizados na data de transição para o lucro
real, observando-se que:

• a tributação dos ganhos poderá ser diferida para os períodos de apuração em


que a pessoa jurídica for tributada pelo lucro real, desde que observados os
procedimentos e requisitos previstos nos artigos. 97, 100 e 101 da referida IN;

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• as perdas somente poderão ser computadas na determinação do lucro real dos


períodos de apuração posteriores se observados os procedimentos e requisitos
previstos nos artigos. 102 e 103 da referida IN.

(Lei nº 12.973/2014, art. 16; RIR/2018, art. 396 e 594; Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017, arts. 119 e 220).

12 – Base de cálculo e Alíquotas:

O lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de


mercadorias, produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre,
onde as alíquotas serão aplicadas conforme a atividade geradora, podendo estas
alíquotas variar de acordo com cada atividade entre 1,6%, 8%, 16% e 32%.

(Lei nº 9.430/1996, art. 25; Lei nº 12.973/2014, art. 6º; RIR/2018, art. 592; Instrução
Normativa RFB nº 1.234/2012, art. 2º, § 7º, II; Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017, arts. 33, § 1º e 215, caput e § 1º; Instrução Normativa RFB nº
1.881/2019, art. 1º).

No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta


de cada atividade o respectivo percentual.

(Lei nº 9.249/1995, art. 15, § 2º; RIR/2018, art. 592, § 2º; Instrução Normativa RFB
nº 1.700/2017, art. 215, § 2º).

E para apuração do imposto trimestral será calculado mediante a aplicação das


seguintes alíquotas:

• De uma alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro presumido apurado no


trimestre;

• De uma alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido


trimestral que exceder a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento
de atividades no trimestre, sobre o limite equivalente ao resultado da
multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
(RIR/2018, arts. 623 e 624).

Exemplo de cálculo:

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Supondo que, no 1º trimestre de 2020, período de 01/01 a 31/03/2020, uma empresa,


optante pela tributação com base no lucro presumido, apresente os dados a seguir:
Receita de vendas de mercadorias R$800.000,00
Receita de prestação de serviços R$50.000,00
Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa R$6.000,00
IRRF sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda
fixa R$1.100,00
Ganho de capital na alienação de bens do Ativo não
Circulante R$16.000,00

Nesse nosso exemplo, os percentuais aplicáveis sobre as receitas são de 8% sobre a


receita de venda de mercadorias e de 32% sobre a receita de prestação de serviços,
temos:

i) determinação da base de cálculo do imposto:

II) imposto devido no trimestre:


Imposto normal: 15% de R$
102.000,00 R$15.300,00
Adicional: 10% de R$ 42.000,00 (102.000,00-60.000,00) R$4.200,00
Total R$19.500,00
IRRF sobre receitas computadas na base de cálculo
trimestral -R$1.100,00

Imposto líquido a pagar Total R$20.600,00

13 - Deduções permitidas:

Do imposto devido em cada trimestre será deduzido:

• O Imposto de Renda Retido na Fonte sobre as receitas computadas na


determinação da base de cálculo do imposto trimestral, que compreende:
- O Imposto Retido na Fonte sobre importâncias pagas ou creditadas por
pessoas jurídicas a título de:

- remuneração de serviços profissionais prestados;


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- assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,


administração de contas a pagar e a receber (Lei nº 10.833/2003, art. 29);

- comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela intermediação de


negócios;

- remuneração da prestação de serviços de limpeza e conservação de imóveis,


segurança e vigilância e locação de mão de obra;

- juros e indenizações por lucros cessantes em decorrência de sentença judicial;


- multas ou quaisquer vantagens, inclusive a título de indenização, em virtude
de rescisão de contrato;

- rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;

- juros remuneratórios do capital próprio;

• o Imposto Retido na Fonte sobre importâncias recebidas de entidades da


administração pública federal, pelo fornecimento de bens ou serviços;

• O imposto pago pela própria empresa, incidente sobre:

- ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda variável;

- remuneração de serviços de propaganda e publicidade recebida de pessoas


jurídicas;

- comissões e corretagens recebidas de pessoas jurídicas relativas a vendas de


passagens, excursões ou viagens, administração de cartões de crédito e
prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeições-
convênio.

(RIR/2018, art. 599; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 221; Instrução
Normativa RFB nº 1.881/2019, art. 1º).

14 - Possibilidade de Compensações:

Com o valor do imposto devido em cada trimestre poderão ser compensados os


valores adiante indicados devendo essas compensações serem informadas na
Declaração de Débitos e Créditos Tributários, que são:

• Federais (DCTF):

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• pagamentos indevidos ou a maior que o devido a título de Imposto de Renda;

• saldo negativo do Imposto de Renda apurado em períodos anteriores, ainda


não compensados,

• outras compensações efetuadas.

(Lei nº 9.532/1997, art. 1º; Instrução Normativa SRF nº 16/2001, art. 2º, § 5º;
Instrução Normativa SRF nº 213/2002, art.14; Instrução Normativa RFB nº
1.717/2017, arts. 2º e 23).

15 - Vedação da dedução de incentivos fiscais:

• É proibida a dedução de quaisquer incentivos fiscais no imposto devido com


base no lucro presumido (ressalvada a hipótese mencionada na nota 2 no final
do subitem 7.2.1).

16 - Prazo para recolhimento do imposto:

O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única, até o último
dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de sua apuração ou, por
opção da empresa, em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, observando que:

• as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao
de encerramento do período de apuração;

• nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor


inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única;

• o valor de cada quota (excluída a 1ª, se paga no prazo) será acrescido de juros
equivalentes à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir
do 1º dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês
do pagamento. (RIR/2018, art. 919; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017,
art. 55)

17 - LUCRO REAL

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O Lucro Real é definido pelo lucro líquido do período, apurado com observância das
normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas pelo Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, caput. Estão
obrigadas a optar pela tributação com base no Lucro Real as pessoas jurídicas que
estiverem enquadradas nas seguintes condições:

• cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite


de R$ 78.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00
multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12
meses, relativamente aos fatos geradores ocorridos a contar de
1º.01.2014;

• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de


investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;

• que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior;

• que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios


fiscais relativos a isenção ou redução do imposto;

• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);

• que optarem pelo pagamento mensal do imposto por estimativa; e

• que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,


financeiros e do agronegócio.

A apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das rotinas


contábeis e tributárias, para a completa escrituração das atividades e posterior
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apuração do lucro real, que é a base para cálculo dos tributos como IRPJ e a CSLL das
empresas que não podem ou não querem optar pelo lucro presumido.

Para que o resultado seja apurado corretamente, o contador deve adotar uma série de
procedimentos corriqueiros no ambiente profissional, como a rigorosa observância aos
princípios contábeis, constituição de provisões necessárias, completa escrituração fiscal
e contábil, preparação das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial,
Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, Balancetes) e livros (Livro de
Apuração do Lucro Real - LALUR, Entrada e Saída e Livro Registro de Inventário).

A apuração do IRPJ e da CSL devidos com base no lucro real, pelas


referidas pessoas jurídicas, poderá ter periodicidade trimestral ou an ual,
nessa última hipótese com a opção pelo pagamento mensal por estimativa
ou com base em balanço/balancete de suspensão ou redução.
18.1 - Lucro real trimestral ou pagamento mensal por estimativa:

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (por opção ou por estarem
legalmente obrigadas a esse regime tributário) podem adotar uma das seguintes
formas de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição
Social sobre o Lucro (CSL):

• pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral definitivo; ou

• pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31 de


dezembro).

Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa (balanço anual), tendo em
vista vantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e
também pelo fato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o
pagamento da estimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou
balancetes levantados especificamente para esse fim.

Vale lembrar que a adoção de uma das formas citadas (lucro real trimestral ou
pagamento por estimativa, com apuração anual) é irretratável para todo o ano-
calendário.
(RIR/2018, arts. 218, 219 e 229; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 54)

18.2 - Lucro real trimestral:

O lucro real trimestral é definitivo. A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado
líquido de cada trimestre (encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro do ano-calendário), determinado por meio de
levantamento de balanço com observância das normas estabelecidas pela legislação
comercial e fiscal.

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Esse resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração do Lucro


Real (Lalur) por todas as adições, exclusões e compensações determinadas ou
autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.

Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestre deve
ser determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente, ajustado
pelas adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela legislação
vigente.

O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre, deverão ser:

• pagos em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do


encerramento do período de apuração; ou

• por opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e
sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao do
encerramento do período de apuração a que corresponder, observando-se que:

- nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto ou a


contribuição de valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única, até o
último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração;

- as quotas serão acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada


mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do
pagamento e de 1% no mês do pagamento;

- a primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá
acréscimos.

Vale ressaltar ainda que a adoção do pagamento trimestral do imposto, a que se refere
este subitem, é irretratável para todo o ano-calendário, o que significa que a pessoa
jurídica fica impedida de optar pelo lucro presumido ainda que não esteja obrigada ao
lucro real.

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e na extinção da pessoa jurídica pelo


encerramento da liquidação, a apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSL devidos
será efetuada na data do evento, observada a legislação de regência. Da mesma forma
deverá proceder a pessoa jurídica incorporadora, salvo nos casos em que as pessoas
jurídicas, incorporadora e incorporada, estiverem sob o mesmo controle societário
desde o ano-calendário anterior ao do evento. E, na extinção da pessoa jurídica pelo

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encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo, do imposto e da


contribuição devidos será efetuada na data desse evento.
(Lei nº 9.959/2000, art. 5º, RIR/2018, arts. 217 e 919; Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017, art. 54 e 55)

18.3 - Estimativa mensal obrigatoriedade:

No regime de tributação pelo lucro real, alternativamente à apuração trimestral, a


pessoa jurídica pode optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa, ficando:

• obrigada à apuração do lucro real anualmente, em 31 de dezembro, ou por


ocasião de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, para fins
de determinação do imposto efetivamente devido no período e ajuste de
diferenças - pagamento do saldo positivo apurado ou restituição de saldo
negativo apurado;

• e com a opção de apurar o lucro real no decorrer do ano, mediante


levantamento de balanços ou balancetes periódicos, com base nos quais poderá
reduzir ou suspender os pagamentos mensais do imposto.

Vale lembrar que a pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido
em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar balanço específico para
esse fim, observada a legislação comercial.

(Lei nº 12.973/2014, art. 5º; Lei nº 9.249/1995, art. 21; RIR/2018, art. 219; Instrução
Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 31, § 4º, 47 e 239).

18.4 – Das alíquotas:

Sobre a receita bruta mensal auferida será aplicada as alíquotas de 1,6%,


8%, 16% ou 32%, de acordo com as atividades praticadas pelo
estabelecimento. (RIR/2018 , art. 220).

18.5 - Base de cálculo do IRPJ por estimativa mensal:

No regime de pagamentos por estimativa, a base de cálculo do Imposto de Renda


mensal é o somatório dos seguintes valores:

• resultado da aplicação dos percentuais das alíquotas informadas no item 16.4,


sobre a receita bruta mensal, proveniente das vendas de mercadorias ou

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produtos, da prestação de serviços e de outras atividades compreendidas no


objeto da empresa;

• ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês (por


inteiro), não compreendidos na receita bruta proveniente das atividades
referidas do item anterior.

(Lei nº 9.430/1996, art. 2º, caput; Lei nº 12.973/2014, art. 6º; RIR/2018, arts. 220 e
222; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 33)

18.6 - Cálculo IRPJ mensal alíquotas:

O imposto mensal será calculado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo com as
seguintes alíquotas:

• de 15% sobre a totalidade da base de cálculo apurada;

• de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder ao limite de R$


20.000,00.

(RIR/2018, art. 225; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 29, caput e § 1º).

18.7 - Dedução de incentivos fiscais:

A pessoa jurídica poderá, observados os limites e prazos previstos na legislação de


regência, deduzir os valores dos benefícios fiscais de dedução do imposto mensal de
15%, excluído o adicional, relativos a:

• Programa de Alimentação do Trabalhador;

• Doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente;

• Fundo Nacional do Idoso;

• Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e Programa


Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência
(Pronas/PCD);

• Doações e patrocínios culturais;

• Investimentos em atividades audiovisuais;

• Incentivos fiscais para as atividades de caráter desportivo – Desporto;

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• Programa Empresa Cidadão

(RIR/2018, arts. 226, 578, 641 a 647, 648, 649, 652, 658, 675
18.8 - Compensação de IR retido na fonte ou pago sobre receitas
computadas na base de cálculo do imposto mensal:

Pode ser deduzido do imposto mensal o valor do Imposto de Renda pago ou retido na
fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto mensal, que
compreende:

• o imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados por outras


pessoas jurídicas, a título de:

• remuneração de serviços profissionais;

• comissões e corretagens ou qualquer outra remuneração pela intermediação de


negócios;

• serviços de limpeza e conservação de imóveis, segurança, vigilância e locação


de mão de obra;

• multas ou quaisquer outras vantagens, inclusive indenização, em virtude de


rescisão de contratos;

• serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e


riscos, administração

• de contas a pagar e a receber (Lei nº 10.833/2003);

• o imposto retido na fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos


federais pelo fornecimento de bens ou serviços;

• o imposto pago pela agência de propaganda, incidente sobre serviços de


propaganda e publicidade.

Vale lembrar que do imposto mensal calculado por estimativa, não poderão ser
deduzidos o imposto retido na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras de
renda fixa nem o imposto pago separadamente sobre ganhos líquidos de operações
financeiras de renda variável, pois os rendimentos e ganhos líquidos submetidos a
essas formas de tributação não integram a base de cálculo do imposto mensal.

(RIR/2018, arts. 226, 714, a 723 e 740; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art.
44)

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18.9 - Prazo para pagamento do IRPJ mensal:

O imposto devido em cada mês deverá ser pago até o último dia útil do mês
subsequente ao mês de apuração.

Vale lembra que se o pagamento for efetuado com atraso, deverá ser acrescido de
multa e juros de mora.

(RIR/2018, art. 921; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, art. 56)

19 – PIS / COFINS

O PIS e a COFINS incidem sob os regimes cumulativos, não cumulativos, de


substituição tributária, monofásicos, alíquotas zero, por volume, sobre importação,
entre outros.

19.1 - Regime de Incidência Cumulativa

Para as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência cumulativa da


Cofins e da contribuição para o PIS -Pasep, a base de cálculo das
contribuições é o faturamento mensal, que compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/1977 , isto é:

• o produto da venda de bens nas operações de conta própria;


• o preço da prestação de serviços em geral;
• o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
• as receitas da atividade ou objeto principal da pesso a jurídica não
compreendidas nas letras "a" a "c".

Para fins da determinação da base de cálculo das contribuiçõ es, excluem-se


da receita bruta:

• as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos ;


• as reversões de provisões e recuperações de crédi tos baixados como
perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado
positivo da avaliação de investimento pelo valor do patri mônio
líquido e os lucros e dividendos derivados de participações
societárias, que tenham sido computados como rec eita bruta;
• as receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante,
classificado como investimento, imobilizado ou intangível; e
• a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida s eja ativo
intangível representativo de direito de exp loração, no caso de
contratos de concessão de serviços púb licos.
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(Lei nº 9.718/1998 , arts. 2º e 3º ; Lei nº 12.973/2014 , art. 52 )

No regime cumulativo, a alíquota para o PIS/PASEP é de 0,65% e da COFINS é de 3%.

As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do
imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido ou arbitrado
estão sujeitas à incidência cumulativa.

As pessoas jurídicas, ainda que sujeitas á incidência não cumulativa, submetem à


incidência cumulativa as receitas elencadas conforme consta no artigo 10, da Lei
10.833/2003.

19.2 - Regime de Incidência não Cumulativa

Os regimes de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP, foi instituído em


dezembro de 2002 e da COFINS instituído em fevereiro de 2004. A legislação que rege
sobre a tributação da Contribuição para o PIS/PASEP não cumulativa é a Lei
10.637/2002, e o da COFINS a Lei 10.833/2003.

Neste regime é permitido o desconto de créditos apurados com base em custos,


despesas e encargos da pessoa jurídica.

A base de cálculo das Contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, com incidência não-


cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das
receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil

No regime não cumulativo, a alíquota para o PIS/PASEP é de 1,65% para COFINS é de


7,6%.

As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do
imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Real estão sujeitas à
incidência não cumulativa, com algumas exceções como por exemplo:

• as instituições financeiras,
• as cooperativas de crédito,
• as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos
imobiliários e financeiros,
• as operadoras de planos de assistência à saúde,
• as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores de que trata a Lei 7.102/1983,
• e as sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção
agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo).

19.3 - Regimes Diferenciados

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A característica comum é alguma diferenciação em relação à apuração da base de


cálculo e/ou alíquota. A maioria dos regimes diferenciados se refere à incidência
especial em relação ao tipo de receita e não a pessoas jurídicas, devendo a pessoa
jurídica calcular ainda a Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS no regime de
incidência não cumulativa ou cumulativa, conforme o caso, sobre as demais receitas.

20 – ICMS

20.1 - Da incidência do ICMS:

• a operação relativa à circulação de mercadorias, inclusive sobre o


fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em
qualquer estabelecimento;

• a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal,


por qualquer via (rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial etc.);

• a prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio,


inclusive geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão,
repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza;

• o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não


compreendidos na competência tributária dos municípios, ou,
compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que,
por indicação expressa de lei complementar, se sujeitam à incidência
do imposto de competência estadual;

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• a entrada de mercadoria ou bem, importado do exterior por pessoa


física ou jurídica, qualquer que seja a sua finalidade, e em relação
ao bem destinado a consumo ou Ativo Imobilizado do importador;

• o serviço prestado no exterior ou cuja prestação tenha iniciado no


exterior;

• a entrada, no território paulista, de petróleo, inclusive lubrificantes e


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica,
quando não destinados a comercialização ou industrialização,
decorrente de operações interestaduais;

• a venda do bem ao arrendatário, na operação de arrendamento


mercantil.
(RICMS-SP/2000 , art. 1º )

20.2 - Do Fato gerador do ICMS:

Ocorre o fato gerador do imposto nos seguintes momentos:

• na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de


contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular
(transferência);

• no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por


qualquer estabelecimento, incluídos os serviços que lhe são
inerentes;

• no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços, não


compreendidos na competência tributária dos municípios, ou,
compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que,
por indicação expressa de lei complementar, se sujeitam à incidência
do ICMS;

• no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importado do


exterior;

• na aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de


mercadoria ou bem importado do exterior e apreendido ou
abandonado;

• na entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria


oriunda de outro Estado destinada a uso ou consumo ou ao Ativo
Imobilizado (diferencial de alíquotas;

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• na entrada, no território paulista, de lubrificantes e combustíveis


líquidos e gasosos derivados de petróleo e de energia elétrica
oriundos de outro Estado, quando não destinados a comercialização
ou industrialização;

• na transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a


represente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do
transmitente;

• na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em


armazém-geral ou em depósito fechado;

• no início da prestação de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via;

• no ato final do transporte iniciado no exterior;

• na prestação onerosa de serviços de comunicação feita por qualquer


meio, inclusive na geração, emissão, recepção, transmissão,
retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer
natureza;

• no recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado ou iniciado no


exterior;

• na utilização, por contribuinte localizado neste Estado, de serviço


cuja prestação tenha se iniciado em outra Unidade da Federação com
destino ao Estado de SP e não esteja vinculada a operação ou
prestação subsequente alcançada pela incidência do imposto;

• por ocasião da venda do bem arrendado, na operação de


arrendamento mercantil;

• na entrada em estabelecimento de pessoa jurídica optante pelo


Simples Nacional de mercadoria oriunda de outro Estado ou do
Distrito Federal (diferencial de alíquotas);

• na saída de mercadoria ou bem de estabelecimento localizado em


outra Unidade da Federação com destino a consumidor final não
contribuinte localizado no Estado de SP; e
• no início da prestação de serviço de transporte iniciada em outra
Unidade da Federação com destino ao Estado de SP, não vinculada a
operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do

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imposto e cujo tomador não seja contribuinte localizado neste


Estado.
(RICMS-SP/2000 , art. 2º )

20.3 - Conceito de contribuinte do ICMS:

Qualquer pessoa, natural ou jurídica, que, de modo habitual, ou em volume


que caracterize intuito comercial, realize ope rações de circulação de
mercadorias ou preste serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e serviço de comunicação em caráter oneroso .

(Lei Complementar 87/96 artigo 4º)

20.4 - Quem deve inscrever-se no cadastro de contribuintes:

A princípio a inscrição estadual deve ser realizada por empresa que tenha
como atividade a comercialização ou prestação de serviços sujeita ao ICMS.
No entanto, algumas empresas ficam obrigadas a fazer o cadastro, por
terem que praticar saídas de mercadorias para utilização na prestação de
serviços. Essa determinação fica a critério do fisco de cada Estado.

Em São Paulo, por exemplo, as empresas de construção civil que adquirem


materiais para aplicar em obra, estão obrigadas a inscrição.

( RICMS-SP/2000 , art. 19 )

20.5 - Base de cálculo do ICMS:

Como regra geral a base de cálculo do ICMS é o valor da operação, onde sobre esta
base deve ser incluso os seguintes valores:

• os seguros, os juros e as demais importâncias pagas, recebidas ou


debitadas, os descontos concedidos sob condição, bem como o valor
de mercadorias dadas em bonificação;

• o frete, se cobrado em separado, relativo a transporte


intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, realizado pelo
próprio remetente ou por sua conta e ordem;

• o montante do IPI, salvo quando a operação, realizada entre


contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos;

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• o valor do IPI incidente na operação de que tiver decorrido a entrada


da mercadoria no estabelecimento, quando esta, recebida para fins
de comercialização ou industrialização, for posteriormente destinada
a consumo ou ao Ativo Imobilizado do estabelecimento;

• a importância cobrada a título de montagem e instalação, nas


operações com máquina, aparelho, equipamento, conjunto industrial
e outro produto, de qualquer natureza, quando o estabelecimento
remetente ou outro do mesmo titular tenha assumido
contratualmente a obrigação de entregá-lo montado para uso.

( RICMS-SP/2000 , art. 37 e § 1º)

Vale lembra que sobre a base de cálculo do ICMS é permitido a dedução dos descontos
incondicionais.

Esse tributo será calculado mediante aplicação da alíquota sobre a base de


cálculo, de acordo com as regras e os princípios estabelecidos na legislação
estadual e regulamentados pelo Dec reto nº 45.490/2000.

20.6 – Das alíquotas internas no estado de SP:

As Alíquotas internas no estado de São Paulo variam de acordo com o tipo de produto
e são de 7%, 12%, 18, 20% e 25% e 30%.

(Decreto nº 45.490/2000 , arts. 52 a 56-C)

20.7 - Alíquotas interestaduais:

É do Senado Federal a competência para estabelecer as alíquotas aplicáveis


a operações e prestações, interestaduais e de exportação. Também é
detentor da faculdade para fixar as alíquotas máximas a serem aplicadas
nas operações internas mediante resolução e cuja alteração está sujeita
aos princípios da legalidade, da irretroatividade e da anterioridade, com
exceção, quanto à anterioridade, dos casos prev istos na própria
Constituição.

As alíquotas a adiante indicadas são aplicáveis nas operações/prestações


interestaduais:
a) operações/prestações realizadas por contribuintes das Regiões Norte,
Nordeste, Centro-Oeste ou do Estado do Espírito Santo: será aplicada a
alíquota de 12%, qualquer que seja a região onde se localiza o
destinatário;

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b) operações/prestações realizadas p or contribuintes das Regiões


Sudeste e Sul:

b.1) será aplicada a alíquota de 12% quando o destinatário também


estiver localizado nas Regiões Sudeste ou Sul, exceto no Estado do
Espírito Santo;

b.2) será aplicada a alíquota de 7% quando o destinatário estiver


localizado nas Regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste ou no Estado
do Espírito Santo.

As regiões mencionadas nas letras "a" e "b" são compostas, para fins do
ICMS, pelas seguintes Unidades da Federação:

- Região Norte: Estados do Acre, Amap á, Amazonas, Pará, Rondônia,


Roraima e Tocantins;

- Região Nordeste: Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo,


Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe;

- Região Centro-Oeste: Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Gross o do Sul


e o Distrito Federal;

- Região Sudeste: Estados de Minas Gerai s, Rio de Janeiro e São Paulo;

- Região Sul: Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os contribuintes optantes pelo Simples Nacional deverão observar a


legislação específica para a aplicação de alíquota em suas
operações/prestações.
(Constituição Federal/1988 , art. 155 , § 2º, IV e VII; Resolução do Senado
Federal nº 22/1989).

A alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias


importados do exterior é de 4%, seguindo o disposto na Resolução SF
13/2012.

20.08 - Créditos do ICMS:

O ICMS é não cumulativo, portanto, compensa -se o que for devido em cada
operação ou prestação com o imposto anteriormente cobrado por esta ou
por outra Unidade da Federação, relativame nte à mercadoria entrada ou à
prestação de serviço recebida, acompanhada de documento fiscal hábil,
emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisc o.

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Será assegurado ao contribuinte, salvo disposição em contrário, o direito


de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, rel ativamente à
mercadoria entrada, real ou simbolicamente, em seu estabelecimento, ou a
serviço a ele prestado, em razão de operaç ões ou prestações regulares e
tributadas.

Será admitido ainda crédito do ICMS relacionados aos insumos agregados ao


produto acabado como:

• mercadorias adquiridas para revenda

• matéria prima,

• produto intermediário,

• material de embalagem,

• ativo utilizado no processo produtivo/comercial desses produtos.

( RICMS-SP/2000 , art. 59 e 61 e Decisão Normativa CAT 1/2001)

Vale lembrar que é vedado crédito de material que se destine a uso ou


consumo, este somente será admitido partir de 1º.01.2033.

(Lei Complementar nº 171/2019 )

20.9 - Benefícios fiscais:

Benefício, em termos tributários, é a dispensa, total ou parcial, do


pagamento do tributo.

Assim, uma imunidade tributária para livros é dada pela Magna Carta,
dispensando o pagamento de impostos sobre to das as operações com estes
produtos. E qual o objetivo? Baratear o seu custo, propiciando, assim, mais
fácil acesso aos meios de cultura. É, portanto, um favor q ue beneficia a
toda a cadeia, desde a produção até o consumidor final. É fato que ocorre
antes da previsão de ocorrência do fat o gerador.

Como benefício temos a isenção. É instituída por lei, que, no caso de ICMS,
por exemplo, deve ter como fundamento um acordo entre os Estados,
celebrado por meio de convênio, conforme disposto na Lei Complementar
nº 24/1975 . Trata-se de benefício instituído por lei ordinária e c onsiste em

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dispensa legal de pagamento do imposto. A lei que dispõe sobre a isenção


traz as situações às quais se aplica, as condições para fruição do favor
fiscal, bem como o tempo de sua duração. P ode ser revogada ou
modificada a qualquer tempo, por lei, conforme arts. 176 e 178 do CTN ,
Lei n° 5.172/1966 .

Diferente da imunidade, na isenção ocorre o fato gerador, por exemplo, do


ICMS, na saída de determinado produto. Porém, por disposição legal, o
contribuinte não precisa pagar o imposto. Desonera o produto e reduz o
seu preço. É uma modalidade de exclusão do crédito tributário, conforme
art. 175, I, do CTN .

Temos também a redução de base de cálculo, entendida como sendo uma


isenção parcial instituída por meio d e convênios celebrados entre os
Estados, em atendimento à Lei Complementar n° 24/1975.

O dispositivo que concede o benefício é que dispõe sobre as condições e


prazo de aplicação.
(Lei nº 5.172/1966 , arts. 175 , 176 e 178 e Lei Complementar
nº 24/1975).

20.10 - Os Benefícios no São Paulo são:

Em regra, estes benefícios estão ligados ao tipo de produto produzido/comercializado


ou a atividade praticada pelo estabelecimento.
• Isenção do ICMS (Anexo I do Decreto 45.490/2000)

• Redução da base de cálculo (Anexo II do Decreto 45.490/2000)

• Crédito outorgado de ICMS (Anexo III do Decreto 45.490/2000)

• Diferimento do ICMS (art. 329 ao 450 do Decreto 45.490/2000)

• Suspensão do ICMS (Decreto 45.490/2000)

• Não incidência do ICMS art. 7º do Decreto 45.490/2000

20.11 - Prazo de recolhimento do ICMS no estado de São Paulo:

A data de recolhimento do ICMS será definida de acordo com o CPR


atribuído ao contribuinte pela Secretaria da Fazenda.

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Os contribuintes do ICMS serão enquadrados nos CPR de acordo com o


código de Classificação Nacional de Atividades Econômica s (CNAE) em que
estiver enquadrado, o seu regime de tributação do imposto e o seu porte
econômico.

O recolhimento do ICMS e de forma men sal devendo ser utilizado a guia de


recolhimento GARE ICMS ou DARE-SP, art.7º-A da Portaria CAT 125/2011).

(RICMS-SP/2000 , art. 114 e Anexo IV , art. 3º , caput)

20.12 - Recolhimento fora do prazo:

O ICMS poderá ser recolhido independentemente de autorização fiscal, com


os acréscimos legais, dentro do prazo de 60 dias, contados da data
correspondente ao prazo para recolhimento es tabelecido pela legislação.

O recolhimento do ICMS em atraso sujeita o contribu inte aos acréscimos


legais a seguir relacionados.

O valor do imposto, quando não recolhido no prazo fixado, fica sujeito à multa
moratória, calculada sobre o valor do imposto ou da parcela, observados os seguintes
percentuais:

• 2% até o 30º dia contado da data em que deveria ter sido feito o
recolhimento;

• 5% do 31º ao 60º dia contado da data em que deveria ter sido


feito o recolhimento;

• 10% a partir do 60º dia contado da data em que deveria ter sido
feito o recolhimento; e

• 20% a partir da data em que tiver sido inscrito na Dívi da Ativa.


O montante do imposto sujeita-se a juros de mora que incidem a partir do
dia seguinte ao do respectivo vencimento.

A taxa de juros de mora é equivalente:

• por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e


de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente;
e
• a 1% para fração de mês, assim entendido qualquer período de
tempo inferior a um mês.

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( RICMS-SP/2000, art. 87, art. 96 §1º, 3º e 5º, art. 119; art. 528 e
art. 565 , I, "a" e §§ 1º e 2º)

21 – IPI

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21.1 - Da incidência do IPI:

O imposto incide sobre produtos industrializados, nacio nais e estrangeiros,


obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI ( Lei nº 4.502, de 30 de
novembro de 1964, art. 1º , e Decreto-Lei nº 34, de 18 de novembro de
1966, art. 1º).
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos co m
alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições
contidas nas respectivas notas complementares, exclu ídos aqueles a que
corresponde a notação "NT".

(RIPI art. 2º e §único)

21.2 - Do Fato gerador:

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é devido sejam quais


forem as finalidades a que se destine o produto ou o título jurídico a que
se faça a importação ou de que decorra a saída do estabelecimento.

Momento da ocorrência do fato gerador do IPI:

• no desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

• na saída de produto de estabelecimento industrial ou equiparado a


industrial (importadores, comerciantes de bens de produção que
tenham optado pela equiparação

Considera-se ocorrido o fato gerador dentre outras hipóteses:

• na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro,


quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos
diretamente a terceiros;

• na saída do estabelecimento industrial diretamente para


estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, por ordem do
encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por
encomenda;

• na saída de bens de produção dos associados para as suas


cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial;

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• d) no 4º dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos


produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o
estabelecimento do contribuinte.

( RIPI/2010 , art. 35 e 36 )

21.3 - Contribuinte do IPI:

São considerados contribuintes do IPI:

• o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço


aduaneiro de produto de procedência estrangeira;
• o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que
industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos
geradores decorrentes de atos que praticar;
• o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos
produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores
decorrentes de atos que praticar;
• os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas
que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à
impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade.
• É ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a industrial,
mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou
posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas
pela Secretaria da Receita Federal.

(RIPI art. 24)

21.4 - Base de cálculo do IPI:

Constitui valor tributável para formação da base de cálculo do imposto:

• Para os produtos de procedência estrangeira, o valor que servir ou que serviria


de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de
importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais
efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
• O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento
equiparado a industrial; e
• dos produtos nacionais o valor total da operação de que decorrer a saída do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Deve compor essa base de cálculo o valor das operações indicadas


anteriormente que compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete

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e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao


comprador ou destinatário

Vale lembrar que por meio da publicação da Resolução SF 1/2017, os descontos


incondicionais serão deduzidos da base de cálculo do IPI.

O IPI será calculado mediante a aplicação das alíquotas constantes


da TIPI , sobre o valor tributável dos produtos, previsto no Regulament o do
IPI ( RIPI ), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

21.5 - Das alíquotas:

As alíquotas do IPI são as constantes na TIPI (Decreto 8.950/2016).

As alíquotas do IPI atend em o princípio da seletividade, em função da


essencialidade do produto. Desta forma, as alíquotas devem ser menores
quando o produto for classificado pela legislação como essenc ial ao
consumo e maiores quando revestir a qualidade de não essencial ou
supérfluo. ( Constituição Federal de1988 - CF/1988 , art. 153 , caput, IV, §
3º, I)

A legislação permite que as alíquotas do IPI sejam reduzida s em até 0% ou


majoradas até 30 unidades percentuais, quando se tornar necessário atingir
os objetivos da política econômica governamental, mantida a seletividade
em função da essencialidade do produto ou, ainda, para corrigir distorções .

( RIPI/2010 , art. 69 )

21.6 - Créditos de IPI:

O IPI tem como princípio fundamental o da não cumulatividade, mediante o


qual é permitida a compensação do valor devido em cada operação com o
montante do tributo cobrado em operações anteriores.

A não cumulatividade do IPI é efetivada pelo sistema de crédito atribuído


ao contribuinte, do imposto correspondente a produtos entrados em seu
estabelecimento para ser abatido do que for devido pelos produtos dele
saídos, no mesmo período de apuração.

( RIPI/2010 , art. 225 , caput)

21.7 - Créditos básicos

Os contribuintes do IPI (industriais ou a eles equiparados) poderão se


creditar do imposto:
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• relativo a MP, PI e ME, adquiridos para emprego na


industrialização de produtos tributados, incluindo -se entre as MP e
os PI, aqueles que embora não se integrando ao novo produto,

sejam consumidos no processo de industrialização, salvo se
compreendidos entre os bens do Ativo Imobilizado;

• relativo a MP, PI e ME, quando remetidos a terceiros para


industrialização sob encomenda, sem transitar pelo

estabelecimento do adquirente;

• relativo a MP, PI e ME recebidos de terceiros para industrialização


• de produtos por encomenda, quando esti ver destacado ou indicado
na nota fiscal;
• destacado em nota fiscal relat iva a produtos industrializados por
encomenda, recebidos do estabelecimento que os industrializou,

em operação que proporcione direito a crédito;

• pago no desembaraço aduaneiro;


• mencionado na nota fiscal que acompanhar produtos de


procedência estrangeira, diretamente da repartição que os liberou

para estabelecimento, mesmo que exclusivamente var ejista, do
próprio importador;

• • relativo a bens de produção recebidos por comerciantes


equiparados a industrial (veja "nota 1" adiante);

• relativo a produtos recebidos por estabelecimentos equiparados a



industrial que, na saída destes, estejam sujei tos ao IPI, nos
demais casos não compreendidos nas letras "e" a "g";

• pago na aquisição de produtos beneficiados com imunidade ou



isenção ou com suspensão do tributo, quando descumprida a
condição, em operação que proporcione direito a crédito; e

• destacado nas notas fiscais r elativas a entregas ou transferências


simbólicas do produto, permitidas pelo Regulamento do IPI
• ( RIPI ).
( RIPI/2010 , arts. 226 e 610 )

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21.8 - Crédito de IPI vendedor atacadista:

Os estabelecimentos industriais e os a eles eq uiparados poderão se


apropriar do imposto relativo a MP, PI e ME, adquiridos de comerciante
atacadista não contribuinte do IPI.

O valor do imposto a ser creditado será calculado pelo adquirente mediante


aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto na Tabela de
Incidência do IPI ( TIPI ) sobre 50% do seu valor, constante da respectiva
nota fiscal de aquisição.

Exemplo:

Valor total nota fiscal de aquisição de fornecedor atacadista R$


10.000,00

Alíquota do IPI: 5%

10.000,00 x 5% = 500,00 de direito a crédito

Este valor será lançado diretamente no Livro registro de Apuração


do IPI, no campo crédito do imposto como “outros créditos”.

Saliente-se que o direito ao crédito está condicionad o a que os produtos


adquiridos estejam dentro do campo de incidência do IPI, não se aplicando
aos produtos com notação "NT" (não tributados) na TIPI.

( RIPI/2010 , art. 227 ; TIPI - Decreto nº 8.950/2016 ; Parecer Normativo


CST nº 125/1971 )

Será admitido ainda crédito de IPI em relação aos insumos empregados na


industrialização de produtos isentos, tributados à alíquota de 0%, NT ou
imunes.

A legislação prevê, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779/1999 , a


possibilidade de utilização do saldo credor do IPI, acumulado em cada
trimestre-calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados em
industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota de 0%,
que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de
outros produtos, na forma de restituição, ressarcimento ou compensação ,
mediante ao procedimento previsto na Instrução Normativa 1.717/2017.

21.9 - Benefícios do IPI:

A legislação do IPI prevê os seguintes benefícios:


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• Suspensão do IPI (art. 40 ao 49; art. 136 ao 139 do Decreto 7.212/2010)

• Isenção do IPI (art. 50 ao 68; art. 81 ao 120 do Decreto 7.212/2010)

• Redução do IPI (art. 69 ao 79; art. 140 ao 160 do Decreto 7.212/2010)

• Imunidade do IPI (art. 18 do Decreto 7.212/2010)

21.10 - Prazo de recolhimento do IPI:

O período de apuração do Imposto sobre Produtos Industriali zados (IPI)


incidente nas saídas de produtos do estabelecimento industrial ou a ele
equiparado é mensal, exceto quanto ao impost o devido no desembaraço
aduaneiro de produtos importados, devendo ser recolhido por meio do
DARF, com os códigos de acordo com atividade, nos seguintes prazos:

• antes da saída do produto da repartição que processar o despacho,


nos casos de importação;

• até o décimo dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos


geradores, nos casos dos produtos classificados no Código
2402.20.00 da TIPI;

• até o vigésimo quinto dia do mês subsequente ao de ocorrência dos


fatos geradores, no caso dos demais produto s;

• no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do


exterior a título de bagagem, despachados com isenção do imposto
ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação
aduaneira.

Vale lembrar que se o dia do vencimento de que tratam os incisos não for
dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o
anteceder.
(RIPI Art. 262)
21.11 - Recolhimento fora do prazo:

O recolhimento do imposto após os prazos previstos na legislação será


efetuado com os acréscimos moratórios onde:

Multa:

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A multa de mora deve ser calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, até
o limite de 20%, que incidirá sobre o imposto devido.

Destacamos que a multa deverá ser calculada a partir do 1º dia útil


subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o efetivo
pagamento.
(Lei nº 9.430/1996 , art. 61 , caput, §§ 1º e 2º; RIPI/2010 , art. 553 ,
caput, § 1º)

Juros:

O valor do débito do IPI deve ser acrescido de juros equivalentes à taxa


referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para
títulos federais, acumulada mensalmente, calculada a par tir do 1º dia do
mês subsequente ao do vencimento do prazo para o pagamento até o
último dia do mês anterior ao do recolhimento e de 1% no mês de
recolhimento.

(Lei nº 9.430/1996 , art. 5º , § 3º e art. 61 , § 3º; RIPI/2010 , art. 554 ,


caput)

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22 - ISS:

22.1 – Fato gerador e Incidência:

O Imposto sobre Serviços (ISS) tem como fato gerador a prestação de


serviços constantes da Lista de Serviços pre vista Anexa a Lei Complementar
116/2003, inda que não constitua atividade preponderante do prestador .

A incidência do imposto independe:


a) da denominação dada ao serviço prestado;
b) da existência de estabelecimento fixo;
c) do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares o u
administrativas, relativas à atividade, sem prejuízo das cominaç ões
cabíveis;
d) do resultado financeiro obtido;
e) do pagamento pelos serviços prestados.

22.4 - Contribuinte:

O prestador do serviço é definido pela legislação do ISS como contribuinte


desse imposto.
(Lei Complementar 116/2003 Art. 5º)

22.5 - Base de cálculo:

A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, assim considerada a receita


bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetua dos os
descontos ou abatimentos concedido s independentemente de qualquer
condição.
(Lei Complementar 116/2003 Art. 7º)

22.6 - Alíquota:

A alíquota mínima do Imposto sobre Servi ços de Qualquer Natureza é de


2% (dois por cento) a alíquota máxima será de 5%, a qual pode variar de
acordo com o município do prestador.

(Lei Complementar 116/2003 Art. 8º e 8º-A)

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22.4 - Benefícios:

Os benefícios fiscais no âmbito do ISS serão determinados de acordo com a legislação


interna de cada Município, como exemplo a legislação do ISS no Município de São
Paulo Capital, prevê hipóteses de Isenção e imunidade tributária, no Decreto
53.151/2012.

22.5 - Prazo de recolhimento:

O prazo de recolhimento do ISS é de forma mensal, conforme prazo definido pela


legislação interna de cada Município, na legislação interna do Município de São Paulo o
sujeito passivo deverá recolher, na f orma definida pela Secretaria Municipal
de Finanças, até o dia 10 de cada mês, o imposto correspondente aos
serviços prestados, tomados ou intermedia dos de terceiros, relativos ao
mês anterior.

22.6 - Recolhimento em atraso:

Os acréscimos devem ser observados a legislação interna de cada Município.

Na legislação interna do Município de São Paulo o recolhimento do ISS após


o prazo de vencimento, efetuados antes do início da ação fiscal, sujeita o
contribuinte ou responsável tributário ao pagamento do imp osto acrescido
de multa, juros e correção monetária, conforme veremos a seguir.

Multa:

A falta de recolhimento ou o recolhimento a menor do ISS, pelo prestador


do serviço ou responsável, nos prazos previstos na legislação, desde que
não iniciado o procedimento fiscal, implicará a incidência de multa
moratória, calculada à razão de 0,33% por dia de atraso sobre o valor do
imposto, até o limite de 20%butário ao pagamento do imposto acrescido de
multa, juros e correção monetária.

Juros:
Os juros moratórios serão calculados à razão de 1% ao mês sobre o
montante do débito corrigido monetariamente, calculados a partir do mês
imediato ao vencimento, observando-se que qualquer fração do mês é
contada como mês completo.

A atualização monetária e os juros de mora incidirão sobre o valor integral


do débito, neste compreendida a multa.

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Vale lembrar que quando a data de vencimento recair em sábado, domingo


ou feriado, o contribuinte pode considerar o próximo dia útil como data de
vencimento normal.

(RISS/São Paulo - Decreto nº 53.151/2012 , art. 132, caput; Lei


nº 10.734/1989 , art. 1º , § 3º; Lei nº 13.275/2002 )

23 - Exemplo prático:

Após conhecer as responsabilidades do contribuinte suas obrigações principais e


acessórias, com todos os principais dados em mãos, mais os principais tipos de
planejamento tributário a curto, médio e longo prazo para o negócio, é hora de cruzar
as informações com os tipos de regimentos tributários.

Assim, você poderá fazer projeções e avaliar em qual das categorias o seu negócio se
enquadra. Com isso, saberá exatamente quais são os impostos que incidem sobre o
seu negócio. Também poderá se programar para fazer os pagamentos, evitar atrasos,
não prejudicar o seu fluxo de caixa e gerar economia.

Teremos como exemplo uma empresa no segmento de confecção têxtil com CNAE
1412-6/01, com as seguintes informações:

✓ Faturamento acumulado nos últimos 12 meses de R$ 886,92,00

Faturamento Acumulado
Janeiro 70.501,00 70.501,00
Fevereiro 71.207,00 141.708,00
Março 72.800,00 214.508,00
Abril 74.501,00 289.009,00
Maio 74.904,00 363.913,00
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Junho 75.650,00 439.563,00


Julho 76.106,00 515.669,00
Agosto 77.201,00 592.870,00
Setembro 69.800,00 662.670,00
Outubro 73.250,00 735.920,00
Novembro 74.650,00 810.570,00
Dezembro 76.350,00 886.920,00

886.920,00

✓ Alíquota de ICMS 18% para a NCM 6105.10.00


(vale lembrar que para fins do ICMS este segmento tem possibilidade de redução da
base de cálculo do ICMS de forma que a carga tributária corresponda a 12%, art. 52
do Anexo II do RICMS/SP, e ainda possibilidade de opção pelo crédito outorgado de
12% sobre as saídas dos produtos contemplados com redução da base de cálculo do
ICMS, art. 41 do Anexo III do RICMS/SP.

✓ Alíquota de IPI 0% para a NCM 6105.10.00

✓ Não possui prestação de serviços sujeita ao ISS

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24 - CONCLUSÃO 

Mediante ao correto levantamento de todas as informações que vimos seguindo ainda


os passos adiante indicados que são também imprescindíveis, o contribuinte estará
pronto para obter bons resultados em seu planejamento, com:

• Levantamento de Dados

• Previsão de Faturamento (ou seja, a receita bruta)

• Previsão de despesas operacionais

• Margem de Lucro

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• Valor da despesa com empregados

• Simulação de cenários

Na elaboração dessa análise deve-se considerar alguns pontos importantes como:

• impactos nas receitas

• impactos na lucratividade

Assim conclui-se que um bom planejamento tributário é saúde para o bolso, pois
representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços e ainda
facilita a geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão
possibilitar novos investimentos.

Anotações

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