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Experimento 3

Filtros Ativos

Disciplina ESTA004 – Circuitos Elétricos II

Doscente Prof° Dr. Ricardo Caneloi

Herbert Alexandrino – RA 11106911


Renato Koiti Yoshimura – RA 11043615
Rodrigo Reichert Gomes – RA 11005816
Saulo de Figueiredo – RA 11045814

Noturno 02.2019

Santo André, 30 de Julho de 2019


Índice

Sumário
1. OBJETIVO................................................................................................................................... 2
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
2.1. Filtro Butterworth passa-baixas ................................................................................................... 3
2.2. Filtro Butterworth passa-altas ...................................................................................................... 4
2.3. Filtros Ativos ................................................................................................................................ 5
3. EXPERIMENTO .......................................................................................................................... 9
3.1. Ferramentas e Materiais .............................................................................................................. 9
3.2. Metodologia ................................................................................................................................. 9
3.2.1. Filtro passa-baixas ............................................................................................................... 9
3.2.2. Filtro passa-altas ................................................................................................................ 13
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 17
4.1. Questionário .............................................................................................................................. 17
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 21
1. OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo apresentar os resultados do estudo relacionado ao


comportamento dos filtros ativos passa-baixas de 1ª ordem e filtros ativos passa-altas de 1ª
ordem, através de valores reais de componentes disponibilizados em laboratório, montando
os circuitos e utilizando o amplificador operacional LM 358 e ferramentas como gerador de
sinais, multímetros e osciloscópio, verificando a resposta dos circuitos em função da variação
da frequência e comparando com os valores calculados como o ganho, identificando a
frequência de corte no sinal de saída do filtro e traçar as curvas de resposta em frequência.

2
2. INTRODUÇÃO

2.1. Filtro Butterworth passa-baixas

A resposta aproximada do filtro de Butterworth PB é dada por:

(1)

Onde:

Fazendo-se 𝜔 >> 𝜔𝑐 na equação (1), pode-se utilizar a seguinte expressão


aproximada:

(2)

que, em decibéis, fica :

(3)

Da equação (3) conclui-se que a taxa de atenuação (TA), em decibéis, do filtro


Butterworth, em relação ao ganho máximo, é dada por:

(4)

Exemplo:

3
Figura 1: Resposta do filtro Butterworth PB de ordem 2, 4, 6 e 8

2.2. Filtro Butterworth passa-altas

A resposta aproximada do filtro Butterworth é dada por:

(5)

Sendo:

Exemplo:

Figura 2: Resposta do filtro Butterworth PA de ordem 2, 4, 6 e 8


4
2.3. Filtros Ativos

Seja o circuito mostrado esquematicamente na Figura 3. Considerando–se o


amplificador operacional (Amp Op) ideal (𝐴𝑉𝑜𝑙 = ∞) e aplicando-se a LKC aos nós A e B,
chega-se a:

(6)

Figura 3: Circuito genérico com Amp Op ideal com realimentação múltipla

No caso de um filtro ativo passa-baixas de 1ª ordem, o circuito com Amp-Op reduz-se


àquele mostrado esquematicamente na Figura 4.

Figura 4: Filtro passa-baixas de 1ª ordem

5
O Circuito da Figura 4 é um caso particular a Figura 3, com:

Substituindo as admitâncias anteriores na equação (6), chega-se:

Cujo módulo é dado por:

(7)

e a defasagem é:

(8)

Na equação (7), quando a frequência é nula (𝜔 = 0), tem-se o ganho máximo, ou seja:

Quando a frequência aumenta, o ganho tende a zero e a fase tende a 90°.


A frequência de corte pode ser obtida como a frequência na qual:

6
Os resultados anteriores confirmam o filtro como um Butterworth passa-baixas de 1ª
ordem.
No caso de um filtro ativo passa-altas de 1° ordem, o circuito da Figura 3 passa a ser
aquele mostrado esquematicamente na Figura 5.

Figura 5: Filtro passa-altas de 1ª ordem

O circuito da Figura 5 é um caso particular da Figura 3, com:

Substituindo-se as admitâncias anteriores na equação (6), chega-se a:

Cujo módulo é dado por:

(9)
7
A defasagem é dada por:

(10)

Na equação (9), quando a frequência aumenta muito (𝜔 → ∞), tem-se o ganho máximo,
ou seja:

Quando a frequência é nula o ganho tende a zero e a fase a -90°. A frequência de corte
pode ser determinada como a frequência na qual:

Os resultados anteriores confirmam o filtro como um Butterworth passa-altas de 1°


ordem.

8
3. EXPERIMENTO

3.1. Ferramentas e Materiais

Nesse experimento foram utilizados os seguintes materiais:


• 1 resistor 10kΩ, ¼W, 5%
• 1 resistor 100kΩ, ¼W, 5%
• 1 capacitor cerâmico 10nF, 50V
• 1 capacitor cerâmico 1nF, 50V
• 1 circuito integrado LM 358
• 1 fonte DC regulável com dois canais
• 1 gerador de sinais com cabo BCN-jacaré
• 1 osciloscópio com 2 pontas de prova
• 1 multímetro digital portátil com pontas de prova
• 1 matriz de contatos (protoboard)
• 4 cabos banana-banana
• Fios diversos para ligação

3.2. Metodologia

Inicialmente foi realizada a medição dos componentes através do multímetro digital,


sendo encontrado os valores apresentados na tabela 1 abaixo:

Componente Nominal Valor medido


Resistor 10kΩ 9,75 kΩ
Resistor 100kΩ 97,5 kΩ
Capacitor 10nF 10,21 nF
Capacitor 1nF 1,21 nF
Tabela 1: Medição dos componentes

3.2.1. Filtro passa-baixas

A partir dos componentes foi realizado a montagem do circuito mostrado na figura 6. O


amplificador operacional foi alimentado com uma fonte simétrica com valor 𝑉𝐶𝐶 = ±10𝑉. Na
entrada do circuito (𝑉𝑖 ) foi aplicado um sinal senoidal com tensão 𝑉𝑃𝑃 = 500𝑚𝑉 através do
gerador de sinais, o que permitiu variar a frequência do sinal de entrada. Tanto a tensão de
entrada (𝑉𝑖 ) quanto a tensão o de seída (𝑉𝑜 ) foram medidas através de um osciloscópio para
permitir a medição destas tensões bem como o ângulo de defasagem entre elas.
9
Figura 6: Filtro passa-baixas de 1ª ordem

A primeira medição foi realizada com valor de frequência de entrada em 100Hz para
determinar o ganho máximo do filtro, obtendo os seguintes valores:
𝑉𝑖 = 507𝑚𝑉

𝑉𝑜 = 4,993𝑉

Assim, o ganho máximo para o circuito da figura 6 foi:


𝑉𝑜 4,993𝑉
𝐻max = = = 9,848
𝑉𝑖 0,507𝑉

Figura 7: Medição do filtro passa-baixas com frequência de 100Hz

10
Também foi calculada a frequência de corte do circuito da figura 6 de acordo com os
componentes medidos, como segue:

1 1 𝑟𝑎𝑑
𝜔𝑐 = = = 8.476,37
𝐶 ∗ 𝑅2 1,21𝑛𝐹 ∗ 97,5𝑘Ω 𝑠

𝜔𝑐 8476,37
𝑓𝑐 = = = 1.349,05 𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋

Na sequência, foram realizadas medições de tensão de entrada (𝑉𝑖 ), tensão de saída


(𝑉𝑜 ) e de ângulo de defasagem entre tensões de entrada e saída para diversos valores de
frequência com esses valores variando desde 0,1𝑓𝑐 até 10𝑓𝑐 . Os valores obtidos são
apresentados na tabela 2 abaixo:

𝑉𝑖 𝑃𝑃 = 507𝑚𝑉 Ganho Defasagem [graus]


FREQUENCIA [HZ] 𝑉𝑜 𝑃𝑃 [V] 𝑉𝑜 𝑃𝑃 /𝑉𝑖 𝑃𝑃 20𝑙𝑜𝑔(𝑉𝑜 𝑃𝑃 /𝑉𝑖 𝑃𝑃 ) [dB]  𝑉𝑜 𝑃𝑃 − 𝑉𝑖 𝑃𝑃
135 4,985 9,832 19,853 174,4
270 4,915 9,694 19,730 168,2
405 4,797 9,462 19,519 163,7
540 4,643 9,158 19,236 158,2
675 4,472 8,821 18,910 153,4
810 4,284 8,450 18,537 148,9
945 4,096 8,079 18,147 145,0
1080 3,901 7,694 17,723 142,0
1215 3,726 7,349 17,325 138,0
1350 3,545 6,992 16,892 135,1
1485 3,374 6,655 16,463 132,7
1620 3,214 6,339 16,041 130,3
1755 3,060 6,036 15,614 128,1
1890 2,920 5,759 15,207 126,3
2225 2,624 5,176 14,279 121,6
2500 2,407 4,748 13,529 119,1
2600 2,328 4,592 13,240 118,1
2700 2,266 4,469 13,005 117,1
4050 1,614 3,183 10,058 109,1
5400 1,235 2,436 7,733 104,7
6750 1,000 1,972 5,900 101,4
8100 0,840 1,657 4,385 100,3
9450 0,724 1,428 3,095 99,1
10800 0,636 1,254 1,969 97,9
12150 0,567 1,118 0,972 97,1
13500 0,512 1,010 0,085 96,2
Tabela 2 – Valores medidos da resposta de frequência do filtro passa-baixas

11
Com os valores da tabela 2 é possível traçar as curvas de ganho de defasagem em
relação à frequência. Essas curvas são apresentadas nas figuras 8 e 9 abaixo. No gráfico da
figura 8, a frequência de corte e seu respectivo ganho está evidenciada pelas linhas laranjas.

Figura 8: Gráfico do ganho em função da frequência – filtro passa-baixas

Figura 9: Gráfico da defasagem em função da frequência – filtro passa-baixas

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3.2.2. Filtro passa-altas

A partir dos componentes foi realizado a montagem do circuito indicado na figura 10. O
amplificador operacional foi alimentado com uma fonte simétrica com valor 𝑉𝐶𝐶 = ±10𝑉. Na
entrada do circuito (𝑉𝑖 ) foi aplicado um sinal senoidal com tensão 𝑉𝑃𝑃 = 500𝑚𝑉 através do
gerador de sinais, o que permitiu variar a frequência do sinal de entrada. Tanto a tensão de
entrada (𝑉𝑖 ) quanto a tensão o de seída (𝑉𝑜 ) foram medidas através de um osciloscópio para
permitir a medição destas tensões bem como o ângulo de defasagem entre elas.

Figura 10: Filtro passa-altas de 1ª ordem

A primeira medição foi realizada com valor de frequência de entrada em 20kHz para
determinar o ganho máximo do filtro, obtendo os seguintes valores:

𝑉𝑖 = 501𝑚𝑉

𝑉𝑜 = 4,995𝑉

Assim, o ganho máximo para o circuito da figura 10 foi:


𝑉𝑜 4,995𝑉
𝐻max = = = 9,970
𝑉𝑖 0,501𝑉
Também foi calculada a frequência de corte do circuito da figura 10 de acordo com os
componentes medidos, como segue:

1 1 𝑟𝑎𝑑
𝜔𝑐 = = = 10.045,46
𝐶 ∗ 𝑅1 10,21𝑛𝐹 ∗ 9,75𝑘Ω 𝑠

𝜔𝑐 10.045,46
𝑓𝑐 = = = 1.598,78 𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋
13
Na sequência, foram realizadas medições de tensão de entrada (𝑉𝑖 ), tensão de saída
(𝑉𝑜 ) e de ângulo de defasagem entre tensões de entrada e saída para diversos valores de
frequência com esses valores variando desde 0,1𝑓𝑐 até 10𝑓𝑐 . Os valores obtidos são
apresentados na tabela 3 abaixo:

𝑉𝑖 𝑃𝑃 = 500𝑚𝑉 Ganho Defasagem [graus]


FREQUENCIA [HZ] 𝑉𝑜 𝑃𝑃 [V] 𝑉𝑜 𝑃𝑃 /𝑉𝑖 𝑃𝑃 20𝑙𝑜𝑔(𝑉𝑜 𝑃𝑃 /𝑉𝑖 𝑃𝑃 ) [dB]  𝑉𝑜 𝑃𝑃 − 𝑉𝑖 𝑃𝑃
160 0,505 1,004 0,034 -96,3
320 0,980 1,948 5,793 -101,3
480 1,457 2,897 9,238 -107,2
640 1,884 3,746 11,470 -111,6
800 2,264 4,501 13,066 -116,4
960 2,602 5,173 14,275 -121,5
1120 2,897 5,759 15,208 -124,7
1280 3,157 6,276 15,954 -129,2
1440 3,374 6,708 16,532 -132,2
1600 3,565 7,087 17,010 -135,2
1760 3,729 7,414 17,400 -137,9
1920 3,869 7,692 17,721 -140,8
2080 3,977 7,907 17,960 -142,7
2200 4,058 8,068 18,135 -144,3
2360 4,171 8,292 18,373 -147,2
2600 4,269 8,487 18,575 -148,7
2900 4,392 8,732 18,822 -151,3
3200 4,487 8,920 19,008 -153,8
4800 4,759 9,461 19,519 -162,8
6400 4,877 9,696 19,732 -167,6
8000 4,930 9,801 19,826 -171,1
9600 4,952 9,845 19,864 -173,7
11200 4,972 9,885 19,899 -175,4
12800 4,980 9,901 19,913 -176,9
14400 4,987 9,915 19,925 -178,1
16000 4,993 9,926 19,936 -179,3
Tabela 3 – Valores medidos da resposta de frequência do filtro passa-altas

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Figura 11: Medição do filtro passa-altas com frequência de 20kHz

Com os valores da tabela 3 é possível traçar as curvas de ganho de defasagem em


relação à frequência. Essas curvas são apresentadas nas figuras 12 e 13 abaixo. No gráfico
da figura 12, a frequência de corte e seu respectivo ganho está evidenciada pelas linhas
laranjas.

Figura 12: Gráfico do ganho em função da frequência – filtro passa-altas

15
Figura 13: Gráfico da defasagem em função da frequência – filtro passa-altas

16
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Questionário

1. A partir do circuito esquematizado na figura 3 com amp-op ideal, deduza a equação (6),
explicitando as etapas de cálculo.

Considerando que 𝑌1 , 𝑌2 , 𝑌3 , 𝑌4 e 𝑌5 são admitâncias, podemos aplicar a LKC no nó A do


circuito da figura 3 e, assim, obtendo:
𝑌5
𝑌3 𝑉𝐴 + 𝑌5 𝑉𝑜 = 0 ⇒ 𝑉𝐴 = − 𝑉
𝑌3 𝑜
Agora, vamos aplicar a LKC ao nó B do circuito da figura 3 e substituindo a igualdade
acima, obtemos:
𝑌1 (𝑉𝐴 − 𝑉𝑖 ) + 𝑌2 (𝑉𝐴 ) + 𝑌3 (𝑉𝐴 ) + 𝑌4 (𝑉𝐴 − 𝑉𝑜 ) = 0 ⇒
𝑌1 𝑉𝐴 + 𝑌2 𝑉𝐴 + 𝑌3 𝑉𝐴 + 𝑌4 𝑉𝐴 − 𝑌4 𝑉𝑜 = 𝑌1 𝑉𝑖 ⇒
(𝑌1 + 𝑌2 + 𝑌3 + 𝑌4 )𝑉𝐴 − 𝑌4 𝑉𝑜 = 𝑌1 𝑉𝑖 ⇒
𝑌5
(𝑌1 + 𝑌2 + 𝑌3 + 𝑌4 ) (− 𝑉 ) − 𝑌4 𝑉𝑜 = 𝑌1 𝑉𝑖 ⇒
𝑌3 𝑜
𝑌5 (𝑌1 + 𝑌2 + 𝑌3 + 𝑌4 ) + 𝑌3 𝑌4
𝑉𝑜 = −𝑌1 𝑉𝑖 ⇒
𝑌3
𝑉𝑜 −𝑌1 𝑌3
= = 𝐻(𝑗𝜔)
𝑉𝑖 𝑌5 (𝑌1 + 𝑌2 + 𝑌3 + 𝑌4 ) + 𝑌3 𝑌4

Chegando assim na equação (6).

2. A partir do circuito esquematizado na figura 4, e utilizando a equação (6), deduza as


expressões (7) e (8). Compare os resultados teóricos de ganho (módulo e fase) para 𝜔 →
0; 𝜔 = 𝜔𝑐 e 𝜔 → ∞ com os resultados obtidos experimentalmente em 3.2.1.

Substituindo as admitâncias abaixo na equação (6) obtemos a equação de ganho


equivalente do circuito da figura 4:

1 1
𝑌1 = ; 𝑌2 = =0 ;
𝑅1 ∞

1 1
𝑌3 = =∞ ; 𝑌4 = 𝑒 𝑌5 = 𝑗𝜔𝐶
0 𝑅2

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Fazendo 𝑌3 → ∞, a equação (6) se resume a:
−𝑌1
𝐻(𝑗𝜔) =
𝑌5 + 𝑌4
1

𝑅1
𝐻(𝑗𝜔) =
1
𝑗𝜔𝐶 + 𝑅
2
𝑅
− 𝑅2
1
𝐻(𝑗𝜔) =
𝑗𝜔𝑅2 𝐶 + 1

Assim, podemos definir o módulo e o ângulo de 𝐻(𝑗𝜔), como segue:

𝑅2
𝑅1
|𝐻(𝑗𝜔)| =
√1 + (𝜔𝑅2 𝐶)2

𝜃𝐻(𝑗𝜔) = 180° − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝜔𝑅2 𝐶)

Assim, chegamos às equações (7) e (8).

Fazendo as aproximações 𝜔 → 0; 𝜔 = 𝜔𝑐 e 𝜔 → ∞, obtemos os seguintes resultados


mostrados na tabela 4:

|𝐻(𝑗𝜔)| 𝜃𝐻(𝑗𝜔) [graus]


𝜔→0 10 180
𝜔 = 𝜔𝑐 7,07 135
𝜔→∞ 0 90
Tabela 4: Valores de ganho e ângulo calculados – passa-baixas

Podemos notar pela comparação dos valores calculados na tabela 4 e nos valores
medidos na tabela 2 que os valores estão coerentes com o esperado.

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3. A partir do circuito esquematizado na figura 5, e utilizando a equação (6), deduza as
expressões (9) e (10). Compare os resultados teóricos de ganho (módulo e fase) para
𝜔 → 0; 𝜔 = 𝜔𝑐 e 𝜔 → ∞ com os resultados obtidos experimentalmente em 3.2.1.

Substituindo as admitâncias abaixo na equação (6) obtemos a equação de ganho


equivalente do circuito da figura 5:

1 1
𝑌1 = ; 𝑌2 = =0 ;
𝑅1 ∞

1 1
𝑌3 = 𝑗𝜔𝐶 ; 𝑌4 = =0 𝑒 𝑌5 =
∞ 𝑅2

Fazendo 𝑌2 → 0 e 𝑌4 → 0, a equação (6) se resume a:


−𝑌1 𝑌3
𝐻(𝑗𝜔) =
𝑌5 (𝑌1 + 𝑌3 )
𝑗𝜔𝐶

𝑅1
𝐻(𝑗𝜔) =
1 1
( + 𝑗𝜔𝐶)
𝑅2 𝑅1
𝑅2

𝑅1
𝐻(𝑗𝜔) =
𝑗
1−
𝜔𝑅1 𝐶

Assim, podemos definir o módulo e o ângulo de 𝐻(𝑗𝜔) como segue:

𝑅2
𝑅1
|𝐻(𝑗𝜔)| =
1
√1 + ( )2
𝜔𝑅1 𝐶

1
𝜃𝐻(𝑗𝜔) = 180° − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (− )
𝜔𝑅1 𝐶

Assim, chegamos às equações (9) e (10).

19
Fazendo as aproximações 𝜔 → 0; 𝜔 = 𝜔𝑐 e 𝜔 → ∞, obtemos os seguintes resultados
mostrados na tabela 4.
|𝐻(𝑗𝜔)| 𝜃𝐻(𝑗𝜔) [graus]
𝜔→0 0 -90
𝜔 = 𝜔𝑐 7,07 -135
𝜔→∞ 10 -180
Tabela 5: Valores de ganho e ângulo calculados – passa-altas

Podemos notar pela comparação dos valores calculados na tabela 5 e nos valores
medidos na tabela 3 que os valores estão coerentes com o esperado.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pertence Jr., A., “Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos”, 6a ed., Bookman, 2003.

Tobey, G. E., Graeme, J. G. & Huelsman, L. P., “Operational Amplifiers – Design and
Applications”, McGraw-Hill/Kogakusha, 1971.

“Datasheet LM158-LM258-LM358-LM158A-LM258A-LM358A”, STMicroelectronics,


july 2005, rev. 3, www.st.com.

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