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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ
FÍSICA II – CCE1540
UNIDADE IV – ÓPTICA
A temperatura é uma grandeza física escalar, medida em kelvim (K), de acordo com o
Sistema Internacional de Unidades, que mede o valor do grau de agitação térmica, ou a
energia cinética, translacional, rotacional e vibracional dos átomos e moléculas que constituem
um corpo. Quanto maior for a agitação das moléculas, maior será o valor da sua temperatura.
Cabe ressaltar, que o estado físico da matéria está diretamente relacionado com o valor da
temperatura da matéria. Na escala macroscópica, a agitação térmica afeta a velocidade, bem
como as distâncias entre os átomos e moléculas de um corpo; desse modo, os efeitos
percebidos são as mudanças de estado físico, conforme apresentado na Figura 01.
Celsius[1] (ºC) ou Fahrenheit[2] (ºF). Essas escalas são, geralmente, construídas com base nas
mudanças de características que algumas substâncias apresentam a certas temperaturas,
como os pontos de fusão e ebulição.
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A escala Celsius cuja unidade é ºC, também conhecida como a escala centrífuga, é uma escala
termométrica do sistema métrico usada na maioria dos países do mundo. Teve origem a partir do modelo
proposto pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744).
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Fahrenheit é uma escala de temperatura proposta por Daniel Gabriel Fahrenheit em 1724. Sua unidade é o
grau Fahrenheit (°F). Nesta escala, o ponto de fusão da água é de 32 F e o ponto de ebulição é de 212 F. Uma
diferença de 1,8 F é igual a uma diferença de 1 C. Daniel Gabriel Fahrenheit foi um físico, engenheiro e
soprador de vidro alemão-polonês, mais conhecido por ter inventado o termômetro de mercúrio (1714), e
pelo desenvolvimento de uma escala de temperatura em sua homenagem.
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zero absoluto. Esse valor de temperatura corresponde ao estado de menor agitação térmica
possível, no qual todos os átomos e até mesmo as partículas subatômicas devem encontrar-se
estáticas, em completo repouso. Apesar de existir teoricamente, algumas imposições, como a
terceira lei da termodinâmica, indicam que essa temperatura é simplesmente inalcançável.
A Lei Zero da Termodinâmica foi desenvolvida pelo físico inglês Ralph H. Fowler (1889-
[3]
1944), um físico inglês e foi postulada no século XX. Entretanto, mesmo tendo formulado a lei
com base no conhecimento que envolve as trocas de calor entre os corpos, existiu a
[4] [5]
necessidade de estruturar a apresentação dessa lei, pois a Primeira e a Segunda Lei da
Termodinâmica, já faziam parte dos conceitos de termodinâmica.
Para resolver a questão, foi pensado o termo lei zero, usado pela física até os dias
atuais. Fowler começou o processo de busca por respostas para a questão da sensação de frio
ou calor, fenômeno que ainda gera debate e estudo no meio científico, especialmente por
envolver a temperatura.
Diante do exposto, imagine que existem dois corpos, com as mesmas dimensões, a
mesma massa e confeccionados com o mesmo material, mas com temperaturas diferentes: um
com a temperatura mais alta (corpo quente) e outro com a temperatura mais (corpo frio). O que
poderia ocorrer quando esses dois corpos estiverem em contato entre si?
Enunciado de Clausius: O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura
menor, para um outro corpo de temperatura mais alta. Tendo como consequência que o sentido
natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja
inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.
Enunciado de Kelvin-Planck: É impossível a construção de uma máquina que, operando em um
ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho. Este enunciado
implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por
menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.
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Observem:
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A medida de temperatura só deve ser feita ou seu valor aquisitado quando se alcança o
equilíbrio térmico. Devido a essa condição, faz-se necessário esperar certo tempo para seja
aferida corretamente a temperatura do corpo humano, por exemplo. O instrumento utilizado
para medir a temperatura não somente do corpo humano, bem como do meio ambiente é o
termômetro[6]. Esse dispositivo é configurado tomando por base alguma propriedade física,
como a altura de uma coluna de líquido, como o mercúrio ou, ainda, como a resistência elétrica
de uma junção de lâminas metálicas. Esta última é usada em praticamente todos os
termômetros eletrônicos.
Existem vários tipos de termômetros associados às mais diversas atividades ou
necessidades, conforme mostrado na Tabela 01 (ver Tabela 01 no ANEXO 01). Entretanto,
para a maioria das pessoas, quando se fala nesse aparelho é comum a associação ao
termômetro clínico, utilizado para determinar se uma pessoa está com febre. Esse talvez seja o
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[] Substantivo masculino Instrumento que serve para medir a temperatura. ... Termômetro registrador,
aparelho que marca numa folha de papel as variações termométricas. O primeiro termômetro foi inventado
por Galileu em 1602. O termômetro era composto de uma parte de vidro arredondada, chamada de bulbo, e
um fino “pescoço”, também de vidro, que servia para ser imerso em um recipiente que contivesse água e
corante.
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mais comum, que está presente na vida da população em geral e também nos ramos
profissionais, principalmente da saúde.
Outra escala comum, usada em alguns países, é a Escala de Fahrenheit. Essa escala
foi criada com base em uma mistura composta por água, gelo e sal, em algumas proporções,
sendo que a esse estado atribuiu-se a temperatura de 0 ºF. Ao estado em que havia iguais
proporções de água e gelo, atribuiu-se a temperatura de 32 ºF. O terceiro ponto adotado por
Daniel Fahrenheit foi o ponto de 96 ºF, correspondente à temperatura do corpo humano. Desse
modo e até hoje, a Escala Fahrenheit utiliza os pontos fixos de 32ºF e de 212ºF, este
correspondente à temperatura de fervura da água.
Observando a Equação 01, nela se apresenta a relação que nos permite converter as
diferentes escalas de temperatura, Celsius, Kelvin e Fahrenheit em umas nas outras:
Onde:
TC – temperatura em celsius
TF – temperatura em fahrenheit
TK – temperatura em kelvin
EXERCÍCIO 03: (ITA) O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da
América. A diferença entre a máxima temperatura do verão e a mínima do inverno anterior foi
de 60ºC. Qual o valor dessa diferença na escala Fahrenheit?
a) 33ºF
b) 60ºF
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c) 92ºF
d) 108ºF
e) 140ºF
EXERCÍCIO 04: (Unesp 2003) Uma panela com água é aquecida de 25°C para 80°C. A
variação de temperatura sofrida pela panela com água, nas escalas Kelvin e Fahrenheit, foi de:
a) 32 K e 105°F.
b) 55 K e 99°F.
c) 57 K e 105°F.
d) 99 K e 105°F.
e) 105 K e 32°F.
I – A escala Celsius atribui 0° para o ponto de fusão do gelo e 100º para o ponto de ebulição da
água;
II – O limite inferior para a escala Kelvin corresponde a -273°C;
III – 1°C equivale a 1°F.
Estão corretas:
a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) I, II e III
d) II e III apenas
e) I apenas
EXERCÍCIO 06: Existe uma temperatura que tem o mesmo valor na escala Celsius e na escala
Fahrenheit. Qual é essa temperatura?
matéria (sólido, líquido e gasoso) dilatam com o aumento da temperatura e contraem com a
diminuição da mesma.
Na maior parte dos casos, principalmente nos sólidos, essa variação de tamanho por
conta do aumento da temperatura não é notado. Mas, para se ter uma ideia, todas as
construções são planejadas para suportar a dilatação térmica dos materiais. Se você já passou
por um viaduto, deve de ter notado que a pista é composta por juntas de expansão, que são
pequenas fendas formadas por um encaixe de metal. Isso é preciso, pois no verão, quando o
concreto esquenta muito, ele se dilata. Se não existissem essas fendas, o concreto, ao se
dilatar, iria causar rachaduras no viaduto.
Outro exemplo de dilatação térmica, que ocorre no nosso dia-a-dia, são os potes de
conserva com tampas de metal. Se houver dificuldade em abri-los, basta aquecer as tampas
sob água quente que ficará mais fácil abri-las, já que o metal se dilata facilmente com o
aumento da temperatura.
De uma maneira geral, os corpos, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, aumentam
suas dimensões quando aumentam sua temperatura.
ΔL = L0.α.Δθ Eq. 02
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Onde:
ΔL: Variação do comprimento (m ou cm)
L0: Comprimento inicial (m ou cm)
α: Coeficiente de dilatação linear (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)
ΔA = A0.β.Δθ Eq. 03
Onde,
ΔA: Variação da área (m2 ou cm2)
A0: Área inicial (m2 ou cm2)
β: Coeficiente de dilatação superficial (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)
Importa destacar que o coeficiente de dilatação superficial (β) é igual a duas vezes o
valor do coeficiente de dilatação linear (α), ou seja:
β=2.α
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ΔV = V0.γ.Δθ Eq. 04
Onde,
ΔV: Variação do volume (m3 ou cm3)
V0: Volume inicial (m3 ou cm3)
γ: Coeficiente de dilatação volumétrica (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)
Repare que o coeficiente de dilatação volumétrico (γ) é três vezes maior que coeficiente
de dilatação linear (α), ou seja:
γ=3.α
A dilatação sofrida por um corpo depende do material que o compõe. Desta forma, no
cálculo da dilatação é levado em consideração a substância de que o material é feito, através
do coeficiente de dilatação linear (α).
A Tabela 02 indica os diferentes valores que podem assumir o coeficiente de dilatação linear
para algumas substâncias:
Alumínio 22.10-6
Zinco 26.10-6
Chumbo 27.10-6
Fonte: O Autor
EXERCÍCIO 07: Um fio de aço apresenta comprimento igual a 20 m quando sua temperatura é
de 40 ºC. Qual será seu comprimento quando sua temperatura for igual a 100 ºC? Considere
do coeficiente de dilatação linear do aço igual a 11.10-6ºC-1.
EXERCÍCIO 08: Uma chapa quadrada de alumínio, possui lados iguais a 3 m quando sua
temperatura é igual a 80 ºC. Qual será a variação da sua área, se a chapa for submetida a uma
temperatura de 100 ºC? Considere o coeficiente de dilatação linear do alumínio 22.10-6ºC-1.
EXERCÍCIO 09: Um frasco de vidro de 250 ml contém 240 ml de álcool a uma temperatura de
40 ºC. A que temperatura o álcool começará a transbordar do frasco? Considere o coeficiente
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Fonte: O Autor
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