Você está na página 1de 28

Administração

de Materiais
Material Teórico
Gestão de Estoques

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Brena Bezerra Silva

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Gestão de Estoques

• Estoques;
• Previsão de Demanda e Gestão de Estoques;
• Controle de Estoques.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar as características da Gestão de Estoques e os métodos e
ferramentas quantitativas para controle de estoques.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Gestão de Estoques

Contextualização
Os estoques são acúmulos de materiais, necessários a quase todos os tipos de
indústrias; porém, investir em compras de materiais é um investimento em bens,
sem retorno imediato para a Empresa.

Dessa forma, como Engenheiros de Produção, devemos gerenciar adequadamente


até que ponto pode investir em estoques, sem que haja prejuízo monetário para a
Empresa, ao mesmo tempo em que atendemos as necessidades da Empresa.

Nessa Unidade, iremos estudar os estoques e as ferramentas existentes para o


gerenciamento dos estoques.

Vamos à leitura?

A seguir iremos estudar sobre o que são estoque.

Bons estudos!

8
Estoques
Manter um estoque significa guardar itens para atender de forma mais rápida os
clientes, sejam eles internos ou externos, atuando como um regulador de fluxo entre
o suprimento e a demanda (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010; MARTINS;
ALT, 2009).

Devido à sua função de regulador entre os diversos estágios de produção, uma


Empresa não pode trabalhar sem estoques (DIAS, 2009).

São os estoques que permitem que, se algum estágio da produção “falhar”, o


próximo estágio possa continuar normalmente, ao ser utilizado o material estocado
necessário para a sequência.

Esse princípio da “falha” pode ser aplicado, também, às oscilações de oferta


e demanda, devido ao fato de os estoques atuarem como um pulmão (buffer)
entre um estágio e outro da produção, funcionando como uma garantia contra a
incerteza (SLACK et al., 2016; GASNIER, 2005).

Os estoques também podem ser estratégicos ou especulativos, conforme


Gasnier (2005).

Um estoque estratégico deve ser feito quando existe algum risco de desabas-
tecimento de um item considerado essencial para a operação da Empresa ou para
seu faturamento, assumindo um papel de reserva contingencial para diminuir os
impactos da falta de oferta.

Já o estoque especulativo é uma modalidade na qual a Empresa compra um


item quando seus preços estão em baixa e o vende quando o preço apresenta uma
recuperação em seu Mercado.

A manutenção de um estoque pode representar um valor grande do dinheiro


vinculado ao Capital de giro de uma Empresa; portanto, é importante que este
tenha o menor tamanho possível e que este tamanho definido não afete o nível de
serviço desejado pela Empresa (SLACK et al., 2016; FERNANDES; GODINHO
FILHO, 2010).

Em outras palavras, podemos definir que o estoque de uma Empresa deve ser
grande o suficiente para atender às suas necessidades e deve custar o mínimo
possível aos cofres dessa Organização.

De acordo com Francischini e Gurgel (2015), ter um estoque, automaticamente,


significa que a Empresa esteja consumindo os seguintes recursos: recursos finan-
ceiros (valor de compra e pagamento de seguro de mercadorias, por exemplo);
espaço no chão de fábrica; movimentos desnecessários por parte dos trabalhado-
res; mão de obra para controle, recebimento e expedição de mercadorias; perdas
e danos causados pela não utilização do item estocado no prazo estipulado pelo
fabricante ou por acidentes com as mercadorias em questão.

9
9
UNIDADE Gestão de Estoques

Os estoques devem ser pensados apenas para atender às necessidades da Em-


presa. Caso contrário, são considerados desperdício. Teóricos adeptos à TEORIA
do Just-in-time enfatizam que uma Empresa não deve pensar no estoque como um
mal necessário, e sim como um efeito encobridor de práticas ineficientes do produ-
tor ou do fornecedor, e que as causas de tais efeitos devem ser combatidas a fim de
que eles não ocorram mais. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015)

Traçando um paralelo com a análise realizada no parágrafo anterior, chegaremos


à conclusão dada por Slack et al. (2016) que afirma que “o estoque deve acumular-
-se apenas quando suas vantagens superarem suas desvantagens”. Logo, então,
para que esta condição imposta seja válida, é necessária a adoção de estratégias de
redução de custos dos estoques.

Quanto aos tipos de estoques existentes, Fernandes e Godinho Filho (2010)


alegam que existem três grandes grupos: estoque de insumos; estoques que
estão sendo processados e estoques de itens finais.

Os estoques de insumos podem ser divididos em quatro grupos: matérias-


-primas, componentes comprados, materiais de consumo (matérias que a
produção consome, mas que não fazem parte da composição do produto final) e
material auxiliar (por exemplo, ferramentas).

Os estoques que estão sendo processados estão relacionados aos produtos


ainda em fase de produção ou com estoques em processo.

Já os estoques de itens finais podem ser tanto de produtos acabados, como


também de peças de reposição.

Previsão de Demanda e Gestão de Estoques


Para garantir que os estoques consumam somente o necessário dos recursos
financeiros e de espaço da Empresa, é necessário o estudo da quantidade de volume
de produtos que serão estocados. Esse estudo é feito por métodos de previsão.

A seguir, serão apresentados os métodos de previsão.

Previsões de estoque e a dependência da demanda


Uma previsão visa a antever o quanto é necessário comprar para o atendimento
da demanda. As previsões para estoques são pautadas na previsão do consumo
de um material, sendo que ela o ponto de partida para todo o planejamento de
estoques (DIAS, 2010).

A demanda assume um papel de variável não controlável (FERNANDES; GODINHO


FILHO, 2010), podendo variar em relação ao planejado; porém o planejado deve ser
considerado sempre como o cenário mais provável (DIAS, 2010).

10
Antes de definir a demanda de matérias-primas, é necessário estabelecer a de-
manda para os produtos acabados. Existem grupos classificatórios para as técnicas
de previsão de consumo. Tais técnicas são definidas por Dias (2009) como:
• Projeção: considera que o cenário atual irá repetir o passado, seja em número
de vendas, seja em evolução desse número dentro do horizonte de planeja-
mento atual, ou os dois. São usadas técnicas exclusivamente quantitativas;
• Explicação: busca explicar as vendas do passado usando leis que as relacionam
com outras variáveis de evolução previsível ou conhecida;
• Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes
nas vendas e no mercado estabelecem o nível de evolução das vendas futuras.

Os itens demandados podem ser dependentes ou independentes, conforme


classificação de Fernandes e Godinho Filho (2010).

Os itens de demanda dependente são itens cuja demanda depende da demanda


de outro produto.

Já os itens de demanda independente possuem demanda desassociada da de-


manda de qualquer outro produto.

Um exemplo claro de demanda dependente são as matérias-primas emprega-


das para a fabricação de qualquer tipo de produto. Sem a demanda por produtos
finais, não existe a demanda por matéria prima. Já um exemplo de demanda in-
dependente são os próprios produtos finais.

Previsão de demanda
Conforme descrito, as demandas de itens para estoque estão ligadas às demandas
de produção de itens finais. Logo, então, deve-se realizar um processo de projeção
de demanda. A previsão de demanda é importante para o planejamento de ações
antecipadas (TUBINO, 2017).

Uma previsão de demanda estruturada possui cinco passos, que estão detalhados
na Figura 1.

Objetivo · Definir as razões pela qual o modelo se justifica.


do Modelo

Coletar · Coletar dados históricos e relevantes e com base


e Analisar Dados neles identificar técncias de previsões apropriadas.

Selecionar a Técnica · Eleger as técnicas de previsão adequadas.


de Previsão

Obter · Aplicar as técnicas de previsão para obter as projeções futuras


Previsões da demanda, obtendo, assim, as previsões.

Monitorar · Acompanhar o modelo para verificar dados referentes à


o Modelo extensão do erro (diferença entre a demanda real e a prevista)

Figura 1 – Etapas para uma previsão

11
11
UNIDADE Gestão de Estoques

Realizando-se de forma atenta todos os passos na sequência da Figura 1, além


de se realizar uma previsão de demanda consistente, obtêm-se dados relevantes
para ajuste de modelos de previsão futuros. Existem diversos modelos de previsão
de demanda.

Alguns deles serão apresentados a seguir:


• Último período: método mais simples existente, ele apenas usa como previsão
para o próximo período o valor real do período anterior (DIAS, 2009);
• Média móvel: a previsão para o próximo período é calculada pela média dos
valores de consumo em n períodos anteriores (DIAS, 2009). Sua fórmula de
cálculo é expressa matematicamente como:

C1 + C2 + C3 + Cn
P=
n

Onde:

P = Previsão de consumo

C = Consumo nos períodos anteriores

n = número de períodos considerados.


• Média móvel ponderada: variação da média móvel. Aqui, os valores dos
períodos mais próximos recebem um peso maior que os valores anteriores
(DIAS, 2010).

Esse método é expresso matematicamente pela fórmula a seguir:

P=
( C1 ∗ PS1) + ( C2 ∗ PS2 ) + ( Cn ∗ PSn)
PS1 + PS2 + n

Onde:

P = Previsão de consumo

C = Consumo nos períodos anteriores

OS = Peso atribuído ao período

n = número de períodos considerados

Controle de Estoques
O controle de estoques define-se como um fluxo de informações que permite
a comparação entre os resultados reais e os planejados para a atividade de Gestão
(FRANCISCHINI; GURGEL, 2015).

12
Recomenda-se que essas atividades de controle sejam feitas de maneira formal
e documentada.

Para que o controle seja implantado, é essencial que sejam determinados, pri-
meiramente, os índices que serão monitorados.

Deve existir previamente uma expectativa para o resultado desses índices es-
colhidos e o fluxo de informações na Empresa deve ser claro (FRANCISCHINI;
GURGEL, 2015).

Este fluxo de informações pode estar expresso em documentos impressos


ou eletrônicos.

Franscischini e Gurgel (2015) destacam alguns destes documentos:


• Requisição de compras: documento gerado pelo estoque para o Departamento
de Compras para solicitar a aquisição de um item para a reposição do estoque;
• Requisição de fabricação: documento gerado pelo estoque para a produção
para a fabricação de um item para a reposição de estoque;
• Pedido de cotação: útil para obter informações sobre prazos de entrega e
preços de aquisição; uma solicitação é feita do Departamento de Compras
para os fornecedores;
• Pedido de compra: documento gerado pelo Departamento de Compras para
o fornecedor, autorizando a compra de um item;
• Nota fiscal: documento legal que formaliza a operação de compra e venda;
• Requisição de material: formalização do pedido de retirada de uma determinada
quantidade de um item para o consumo feito pelo usuário.

O controle realizado por meio dessa documentação auxilia na elaboração de


diversos indicadores de Gestão de estoque, devido ao seu caráter padronizador
das operações das quais um estoque participa. Esses indicadores serão mais bem
detalhados ao longo deste Material.

Níveis de Suprimentos
Os níveis de suprimentos, também chamados de nível de serviço ou ainda
nível de atendimento, é um indicador para medir o quão eficaz foi o estoque para
atender as solicitações dos usuários (MARTINS; ALT, 2009).

De acordo com o nível de serviço, é proporcional a eficiência do Sistema.


A relação matemática para o nível de serviço é explicada pela fórmula a
seguir, de acordo com Martins e Alt (2009) e Paoleschi (2014):

Número de requisições atendidas


Nível de serviço (%) = ∗100
Número de requisições efetuadas

13
13
UNIDADE Gestão de Estoques

Controle de Estoques
A Gestão de Estoques é composta pelo conjunto de ações necessárias para o
administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados
perante o seu local de utilização e devidamente controlados. (MARTINS; ALT, 2009)

Os objetivos de administrar estoques estão diretamente relacionados à caracterís-


tica de ser uma parte do capital de investimento da Empresa “parado”, aguardando
utilização. Espera-se que o gerenciamento de estoques seja capaz de otimizar os in-
vestimentos, aumentando o uso eficiente dos meios internos e minimizando a quan-
tidade de capital investido. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015)

O gerenciamento de estoques adquire grande importância em dois pontos de


vista: o operacional e o financeiro.

No nível operacional, a importância e a justificativa da existência dos estoques


estão relacionadas ao seu papel de regulador entre o ritmo da produção e os lead
times de suprimentos, além de funcionar como uma garantia perante algum aumento
brusco de demanda (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015; MOREIRA, 2012).

Já no nível financeiro, devido ao fato de a taxa de retorno do investimento ser


medida pela divisão entre os valores do lucro bruto pelo capital investido, ter um
nível alto de estoques, compromete essa taxa, justamente pelo fato de o dinheiro
gasto em estoque ser considerado parte desse capital (MOREIRA, 2012).

A administração de estoques deve conciliar, da melhor maneira possível, os objetivos


dos Departamentos de Vendas, Compras, Produção e Financeiro, de maneira a não
prejudicar as operações da Empresa (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015).

A Figura 2 mostra esse relacionamento.

COMPRAS PRODUÇÃO

ADMINISTRAÇÃO
DOS ESTOQUES

FINANCEIRO VENDAS

Figura 2 – Relacionamentos da Gestão de Estoques

14
Esses departamentos podem ter relação conflituosa entre disponibilidade de
estoques e capital disponível para esta atividade, conforme Dias (2010).

Se olharmos a perspectiva referente às vendas, é interessante a manutenção


de estoques altos para o pronto atendimento dos clientes. Já na perspectiva do
financeiro, os níveis de estoque devem ser baixos para minimizar o capital investido;
porém, cada área tem seu conjunto de preocupações, relatadas a seguir, conforme
Dias (2010):
• Compras: preocupam-se com descontos nas quantidades compradas,
buscando a economia de recursos;
• Produção: deseja eliminar o risco de falta de materiais e fabricar em gran-
des quantidades;
• Financeiro: no nível de aquisição de materiais, o financeiro se preocupa com
o capital investido, os juros a serem pagos, o risco de perdas e obsolescência
e o aumento do custo de armazenagem. Já no nível de produtos acabados, as
preocupações em capital investido e custos de armazenagem continuam;
• Vendas: preocupam-se com nível de produtos acabados, com a rápida entrega de
mercadorias, com a boa imagem da Empresa e a melhora nos índices de vendas.

Níveis de estoque
O estoque mínimo, também conhecido como estoque de segurança, é a quan-
tidade determinada para a cobertura de atrasos eventuais no suprimento, variações
de demanda, visando a garantir o funcionamento pleno do Sistema Produtivo, sem
o risco de faltas (PALOESCHI, 2014; DIAS, 2009; FERNANDES; GODINHO
FILHO, 2010).

É o estoque mínimo que garante a segurança do Sistema Produtivo contra


as variações impostas; porém, seu custo é permanente e deve ser calculado de
maneira que não onere o orçamento da Organização (PALOESCHI, 2014).

De acordo com Dias (2009), o estoque mínimo pode ser determinado por
meio de uma fixação de uma determinada projeção mínima (projeção estimada
de consumo) ou por cálculos com base estatística. Em Dias (2009) e Martins e Alt
(2010) podem ser encontrados diversos métodos diferentes para chegar a um valor
de estoque mínimo.

Já o estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo com o lote de com-


pra no momento do seu recebimento (PALOESCHI, 2014). O estoque máximo
em condições normais varia entre os limites dos níveis máximos e mínimos e é
influenciado pela capacidade de armazenagem que a Empresa tem a sua disposição
(DIAS, 2009).

15
15
UNIDADE Gestão de Estoques

Curva Dente de Serra


Ferramenta tradicional para a visualização dos movimentos de entrada e saída
de estoque de um determinado item, a Curva Dente de Serra é um gráfico no qual
temos representado no eixo horizontal o Tempo (T) para o consumo (geralmente
em meses), e no eixo vertical tem-se representadas as quantidades em unidades do
item em questão (DIAS, 2010).

A Figura 3 apresenta um exemplo do Gráfico Dente de Serra.

Quantidade
140

120

100
Reposição
Co

Co
n

n
80
su

su
mo

mo
60

40

20

Tempo
J F M A M J J A S O N D (T)

Figura 3 – Curva Dente de Serra

Percebe-se que o tempo nessa curva está estabelecido em meses e o consumo


se comporta de forma uniforme, até chegar ao nível zero, para depois ser reposto
até seu nível atual; porém, o consumo não costuma se comportar dessa maneira,
tendo oscilações de consumo que podem ocasionar faltas (rupturas), conforme
apresentado na Figura 4.

Quantidade
140

120

100

80

60

40

20

0
Tempo
-20
J F M A M J J A S O N D (T)

-40

-60

-80
J J A S

Figura 4 – Curva Dente de Serra com ponto de ruptura

16
O ponto de ruptura é sinalizado quando existe necessidade de um item e ele se
encontra zerado. O estoque deixa de atender as necessidades, como no exemplo
da Figura 3, em que existiu a necessidade de 80 unidades e elas não estavam
disponíveis.

O gerenciamento e o controle de estoque não devem permitir que uma situação


dessa aconteça, encontrando uma solução otimizada para a situação.

A determinação de um estoque de segurança colabora diretamente para que as


chances de ocorrer tal situação sejam mínimas.

Modelo de Reposição Contínua


O Modelo de Reposição Contínua, também conhecido como Sistema de
Estoque Mínimo, Sistema do Ponto de Reposição, é um Sistema de Reposição
de Estoque que prevê que sempre teremos uma emissão de ordem de reposição
quando o estoque chega a um determinado nível, chamado de Ponto de Pedido
(FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).

A Figura 5 ilustra a lógica de funcionamento desse Sistema de Reposição.

Qmax

d
Quantidade

Q
PP

Qmin

t Tempo

Figura 5 – Representação do Sistema de Revisão Contínua

Vemos na imagem que o estoque é limitado a uma Quantidade Máxima (Qmax)


e a demanda (d) vai sendo consumida ao longo do tempo, até chegar ao Ponto de
Pedido (PP).

Chegando a PP, é feito um pedido de certa Quantidade Q e esta mercadoria é


disponibilizada depois de decorrido um tempo de lead time (t).

O Qmin representa o estoque de segurança estabelecido para tal produto. O valor


de PP deve contemplar o lead time e o estoque de segurança. Tubino (2008) define
a fórmula para cálculo do ponto de pedido como PP = d * t + Qmin.

17
17
UNIDADE Gestão de Estoques

Modelo de Reposição Periódica


O modelo de reposição periódica prevê a emissão de uma Ordem de
Reposição de Estoque em intervalos de tempo constante (por exemplo, a cada 30
dias), na qual a quantidade de pedido deve ser igual ao estoque máximo, subtraído
da quantidade em mãos do item (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).

A Figura 6 explica o funcionamento desse modelo:

Chegada de Q1

Chegada de Q2
Pedido de Q1

Pedido de Q2
250 T T T

Alvo
200
Nível de Estoque

Q2
150 Q1
Q2
Q1
100

50

L L
0
0 15 18 30 33 45 Dias

Figura 6 – Modelo de Reposição Periódica

No Sistema de Reposição Periódica, o período de reposição (T) é de 15 dias e


tem-se um leadtime (L) de 3 dias.

Nota-se que os pedidos obedecem a ordem de serem do tamanho exato da


diferença entre a quantidade máxima e a quantidade consumida no período.

Curva ABC
A curva ABC, chamada também de Classificação ABC ou Regra de Pareto,
é um Sistema de Classificação de itens presentes em um estoque de acordo com a
sua importância estratégica para a Empresa, categorizando cada item dentro de três
recortes: o de alta importância (Classe A), o de média importância (Classe B) e o
de baixa importância (Classe C) (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).

18
Essa classificação é feita por meio de critérios de desempenho. Fernandes e
Godinho Filho (2010) apontam que tais critérios são: volume de vendas, faturamento,
lucro e participação de Mercado, referentes a um dado período.

Slack et al. (2016) apontam que, geralmente, 80% das vendas de uma operação
correspondem por 20% de todos os itens estocados. Os mesmos autores descrevem
as classificações da curva ABC como:
• Itens Classe A: representam 20% de itens de alto valor, que representam
80% do valor total do estoque;
• Itens Classe B: itens de valor médio, geralmente, são 30% dos itens que
representam 10% do valor total dos itens estocados;
• Itens Classe C: itens de baixo valor, compostos pela quantidade de 50% dos
itens, que representam apenas 10% do valor dos estoques.

Gurgel e Francischini (2015) sugerem alguns passos para realizar uma análise
utilizando a Curva ABC. Primeiramente, deve ser feita uma análise do cenário
dos estoques, coletando dados referentes a custos unitários e quantidades para o
cálculo dos custos totais. Depois de obtidas essas informações, deve ser gerada
uma Tabela para ordenar os dados de forma crescente.

A Tabela 1 apresenta um modelo de organização dos dados para a construção


da Curva ABC.

Tabela 1 – Dados ordenados para Classificação ABC


Item Qtd. em estoque (1) Custo unitário em R$/un. (2) Custo total (1) * (2) em R$ Ordem
A 5 2000,00 10000,00 3º
B 10 70,00 700,00 10º
C 1 800,00 800,00 9º
D 100 50,00 5000,00 5º
E 5000 1,50 7500,00 4º
F 800 100,00 80000,00 1º
G 40 4,00 160,00 11º
H 50 20,00 1000,00 8º
I 4 30,00 120,00 12º
J 240 150,00 36000,00 2º
K 300 7,50 2250,00 6º
L 2000 0,60 1200,00 7º
Total 144730,00
Fonte: Gurgel e Francischini, 2015

19
19
UNIDADE Gestão de Estoques

Depois de ordenados os dados, devem ser calculados o custo total e os percentuais


do custo total acumulado. A Tabela 2 exibe esses cálculos depois de realizados.

Tabela 2 – Ordenação dos dados para construção da Curva ABC


Ordem Item Custo total acumulado (R$) Percentuais (%)
1º F 80000,00 55,3
2º J 116000,00 80,1
3º A 126000,00 87,1
4º E 133500,00 92,2
5º D 138500,00 95,7
6º K 140750,00 97,3
7º L 141950,00 98,1
8º H 142950,00 98,8
9º C 143750,00 99,3
10º B 144450,00 99,8
11º G 144610,00 99,9
12º I 144730,00 100,00
Fonte: adaptado de Gurgel e Francischini (2015)

Após a ordenação e a definição dos percentuais, deve-se traçar a Curva ABC.

No eixo horizontal, constam os itens do estoque já ordenados, e no eixo vertical,


os percentuais de custos totais acumulados.

Na Figura 7, temos a Curva ABC construída para o exemplo.

%
100
95,7

90
80,1
80
70

60

50
40
30
20 A B C
10

0
F J A E D K L H C B G I Itens

Figura 7 – Curva ABC

20
Após a curva montada, deve ser feita a análise dos resultados. No modelo
apresentado, vemos que os itens F e J representam 80,1% dos valores totais dos
estoques e 16,7% do número de itens; logo, eles podem ser classificados como
itens classe A.

Já os itens A, E e D representam 15,6% dos valores acumulados e 25% dos itens


dos estoques, podendo ser classificados como itens classe B. O restante dos itens é
considerado classe C, pois representa 4,3% dos valores acumulados e 58,3% dos
itens totais.

Essa classificação ajuda diretamente na tomada de decisão em situações de re-


dução de custos. Por exemplo, se for realizada uma redução de custos de 20% do
valor dos itens classe A (dois itens), temos 20% * 80,1% = 16% de redução dos
valores totais.

Já, se for feita uma redução de custos de 50% nos itens classe C (sete itens),
teremos 50% * 4,3% = 2,2%, ou seja, ao se trabalhar na redução de dois itens,
os resultados serão mais significativos do que se trabalhar na redução de custos de
sete outros itens.

Giro de Estoque
O giro de estoque mede quantas vezes o estoque se renovou num determi-
nado período de tempo, sendo uma relação entre o consumo anual e o estoque
médio do produto (DIAS, 2010; ALT; MARTINS, 2010).

A fórmula básica de cálculo para o giro de estoques é dada por:

Consumo médio
Giro =
Estoque médio

O ideal para as Empresas é que o estoque gire constantemente para evitar


perdas de materiais e investimentos desnecessários (PAOLESCHI, 2014).

Esse indicador pode ser usado como benchmarking entre as Empresas, lembran-
do de que o giro pode ser calculado de forma segmentada (matérias-primas, com-
ponentes comprados, produtos acabados) ou de forma global (incluindo insumos,
estoques em processo) (DIAS, 2010; FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).

Cobertura
A cobertura ou antigiro é um indicador que tem por objetivo mostrar a quan-
to tempo de consumo equivale o estoque real ou o estoque médio, sendo que o
período pode ser determinado em dias, meses, anos etc. (DIAS, 2010).

21
21
UNIDADE Gestão de Estoques

Seu cálculo é dado por:

Estoque médio
Cobertura =
Consumo

Um exemplo de cálculo de cobertura de estoque é apresentado por Dias


(2010): se existe um estoque de 3000 unidades e um consumo em uma taxa de
2000 unidades mensais, por quanto tempo essas 3000 unidades irão cobrir as
necessidades de estoque?

3000
Cobertura = = 1,5 mês
2000

Custos de estoque
Qualquer espécie de armazenamento de materiais gera determinados custos
que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, seguros,
obsolescência, salários e seguros entre outros (DIAS, 2010).

Todos esses custos podem ser agregados em quatro tipos, conforme Francischini
e Gurgel (2015): custos de aquisição, custos de armazenagem, custo de pedido
e custo de falta.

Os custos de aquisição estão relacionados aos valores pagos pela Empresa


para a compra dos materiais de estoque. Apesar de ser um custo relativamente
independente da alçada do Gestor de Estoques (depende mais das negociações feitas
na área de compras), ele impacta diretamente no valor do material em estoque.
Para calcular os custos de aquisição basta multiplicar as quantidades adquiridas pelo
valor unitário do item.

Os custos de armazenagem são os custos relacionados à armazenagem física


dos materiais. É de responsabilidade do Gestor de Estoques manter esse custo o
mais baixo possível. Os cálculos dos custos de armazenagem são feitos de forma
individual e podem ser feitos por meio da fórmula: Custo de Armazenagem (CA)
= Estoque médio (EM) * Preço médio unitário (PMU) * Tempo em estoque (T)
* Custo de armazenagem unitário (CAm). Cada um dos itens da fórmula precisa
ser calculado.

O EM pode ser calculado pela divisão dos itens presentes no estoque pelo tempo.

Já o PMU é calculado pela seguinte equação, onde PU é o Preço Unitário de


aquisição do estoque e Q é a Quantidade de itens adquiridos:

PU * Q
PMU =
Q

Já o cálculo de CAU envolve diversos fatores, conforme relacionados no Quadro 1.

22
Quadro 1 – Fatores para cálculo do CAm
Fatores Descrição Cálculos
Juros médios recebidos em aplicações Juros no tempo T
Juros financeiras ou rentabilidade mínima J=
exigida pela empresa Valor Médio no Estoque no tempo T

Aluguel pago pela área de Custo de Aluguel do Estoque no tempo T


Aluguel armazenagem
CAI =
Valor Médio do Estoque no tempo T
Prêmios de seguros pagos pela empresa. Seguros pagos no tempo T
Seguros O custo de seguro varia com o valor do SEG = Valor Médio do Estoque no tempo T
estoque segurado
Perdas e Valor de materiais danificados, Valor da perdas no tempo T
obsoletos e desaparecidos do estoque PD =
Danos Valor Médio do Estoque no tempo T
em determinado intervalo de tempo T
Impostos pagos no tempo T
Impostos Imposto predial, alfandegário e outros IMP =
Valor Médio do Estoque no tempo T
Custos com transporte, manuseio, Custos de Movimentação no tempo T
Movimentação embalagem, manutenção de MOV = Valor Médio do Estoque no tempo T
equipamentos, etc.
Salários, encargos e benefícios Custos de Mão-de-obra no tempo T
Mão-de-obra adicionais pagos ao pessoal operacional MDO = Valor Médio do Estoque no tempo T
da área de estocagem
Despesas com luz, telefone, material Despesas Gerais no tempo T
de escritório, serviços de terceiros,
Despesas EPIs, veículos e outras despesas
DES = Valor Médio do Estoque no tempo T
administrativas
Total Custo unitário de armazenagem CAMU = J + CAI + SEG + PD + IMP + MOV + MOD + DES
Fonte: Francischini e Gurgel, 2015.

O custo de armazenagem aumenta conforme a quantidade de itens do estoque


médio aumenta. Por essa razão, é importante manter em estoque apenas as quan-
tidades necessárias para manter o nível de serviço desejado.

Lote Econômico de compra e produção


O Lote Econômico é uma abordagem que busca encontrar o melhor equilíbrio
entre as vantagens e as desvantagens de se manter um relativo item em estoque
(SLACK et al., 2016).

O importante nessa abordagem é minimizar os custos de aquisições, visando


aos aspectos referentes à utilidade de se manter o item em estoque e, se essa
manutenção se provar relevante, qual a quantidade a se comprar desse item
(FRANCISCHINI; GURGEL, 2015; DIAS, 2010).

O Lote Econômico de Compra (LEC) representa a quantidade de itens que


pode ser comprada em cada pedido feito pela Empresa, que representa o menor
custo total de estoque e que estará disponível assim que a mercadoria chegar ao
recebimento (FRANCHISCINI; GURGEL, 2010).

Geralmente, são calculados para períodos anuais. Sua fórmula é calculada pela
equação a seguir, onde temos que C é o Custo do pedido; D é a taxa de Demanda,

23
23
UNIDADE Gestão de Estoques

que é dada pela divisão entre a quantidade em estoque e o período de tempo pelo
qual se deseja elaborar o lote:

2C ∗ D
LEC =
CAm

Já o Lote Econômico de Produção (LEP) assume premissas semelhantes as


do LEC; porém, aqui, ao invés de se comprar os itens, eles são fabricados pela
própria Organização e isso faz com que sua disponibilização em estoque siga uma
velocidade de produção dada pela Fábrica. (FRANCHISCINI; GURGEL, 2010).

A lógica de funcionamento dessa abordagem pode ser mais bem compreendida


na Figura 8.

Quantidade
em estoque

Formação Consumo
de estoque de estoque
(p – d) (d)

Qmáx

Tempo
Tp Tc

Figura 8 – Funcionamento do LEP

Na Figura 8, podemos ver que a formação do estoque máximo (Qmax) é dada


por uma relação entre o que é produzido em um período de tempo (p) e o que
é demandado (d) nesse período de consumo (Tc), sendo que essa produção deve
acontecer até o alcance de Qmax por um tempo de produção (Tp).

Após alcançar Qmax, não se produz mais p e passa a existir apenas atividades de
consumo durante um tempo (Tc) até o início do próximo ciclo de produção.

O cálculo para se encontrar o valor do LEC se dá pela fórmula:

2Cf ∗ D
LEP =
 d
CAm  1 − 
 p

24
São necessários alguns cuidados antes do cálculo do LEP. Aqui, D continua se
referindo à demanda total durante o período de tempo, e d refere-se à demanda
durante o período Tc (ou seja, a demanda durante o período de consumo), podendo
as demandas ter períodos de consumo diferentes. Já os períodos de formação de
estoque (Tp) e de consumo do estoque máximo (Tc) devem ter a mesma unidade
de tempo. No exemplo a seguir, contido em Franscischini e Gurgel (2015), será
explicado como chegar ao valor LEP.

Exemplo

Calcular o valor de LEP para um item de demanda anual de 2600 unidades,


que possui um custo de fabricação de R$230,00, velocidade de produção de 200
produtos por semana e um custo anual unitário de armazenamento de R$12,00.

Resolução

Temos uma Demanda anual (D) e uma velocidade de produção de 200 produtos/
semana. Isso indica que temos um período de consumo em semanas; logo, a
demanda de período (d) deve ser traduzida em semanas (fazemos isso dividindo a
demanda anual por 52, que é o número de semanas que há no ano). Agora, basta
a aplicação da fórmula para se chegar ao valor do LEP:

2 ∗ 230, 00 ∗ 2600
LEP = = 364, 5 ≅ 365 unidades
  2600  
 
 52  
12, 00  1 − 
 200 
 
 

Mostramos alguns métodos de Gestão de Estoques.

Espero que tenha feito uma boa leitura.

A seguir, referências complementares para melhores esclarecimentos sobre as


práticas na Gestão de Estoques.

25
25
UNIDADE Gestão de Estoques

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Análise da Gestão de Estoques por interveniência do Gráfico Dente de Serra em uma Empresa de batata frita
GONÇALVES, Wellington et al. Análise da Gestão de Estoques por interveniência
do Gráfico Dente de Serra em uma Empresa de batata frita. Brazilian Journal of
Production Engineering, v. 1, n. 1, 2015.
How consumer demand affects order quantity in practice: an empirical study on inventory management decisions
in fashion retailing
CHAN, Hau-Ling;CHOI, Tsan-Ming; HO, Yee-Man. How consumer demand affects
order quantity in practice: an empirical study on inventory management decisions in
fashion retailing, International Journal of Inventory Research, v. 3, n. 2, 2016.

 Leitura
Gestão de Estoques a partir da lista de materiais (bill of materials): o caso de um hospital universitário
OLIVEIRA, Caetano Oliveira de. Gestão de Estoques a partir da lista de materiais (bill
of materials): o caso de um hospital universitário. (Trabalho de Conclusão de Curso em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Escola de
Engenharia. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2017.
https://goo.gl/nZDqfy
A importância de práticas adequadas de Gestão de Estoques de materiais críticos para a produção: um estudo de
caso em uma Siderúrgica
VASCONCELOS, Indira Winnie. A importância de práticas adequadas de Gestão de
Estoques de materiais críticos para a produção: um estudo de caso em uma Siderúrgica.
2016. 88 f. (Monografia – Graduação em Engenharia de Produção) – Instituto de Ciências
Exatas e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, João Monlevade. 2016.
https://goo.gl/pXjxp1

26
Referências
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística.
4.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

FERNANDES, F. C. F.; GODINHO FILHO, M. Planejamento e Controle de


Produção: dos Fundamentos ao essencial. São Paulo: Atlas, 2010.

LIMA, R.  Sistema de Revisão Periódica de Estoques. 2013. Disponível em:


<http://aprendendogestao.com.br/sistema-de-revisao-periodica-de-estoques/>.
Acesso em: 13 jun. 2018.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de


Materiais e Recursos Patrimoniais. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

MOREIRA, D. A. Administração das Operações e Produções. 2.ed. 2009. São


Paulo: Cengage Learning, 2009.

OLIVEIRA, U. M. B.; CARVALHO, F. L. S. Comparação das técnicas de previsão


de demanda para controle de estoques de embalagem para computadores.
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: A
GESTÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E AS PARCERIAS GLOBAIS
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS SISTEMAS PRODUTIVOS.
Salvador, BA, Brasil, 8 a 11 de outubro de 2013.

SLACK, N. et al. Administração da Produção. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2016

TUBINO, D. F. Planejamento e Controle de Produção: teoria e prática. 3.ed.


São Paulo: Atlas, 2017.

27
27

Você também pode gostar