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PETICIONÁRIO.:
DELITO:
I - DOS FATOS
II - DOS FUNDAMENTOS
Antes aos fatos apresentados é nítida a falta contundente de provas nos autos
contra o acusado impossibilitando assim a efetiva responsabilidade do agente
quanto ao crime ora imputado. Para condenação do acusado exige prova robusta da
autoria do fato delituoso que lhe é imputado. Remanescendo dúvida, e ante ao
princípio da presunção de inocência impõe-se a absolvição, com fundamento no art.
386, VI, VI do CPP. Este é o entendimento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
ao julgar o seguinte caso:
Conforme consta nos fatos o réu fora acusado de ter praticado a suposta atividade
criminosa do artigo 157,§ 2º A do Código Penal. Essa causa de aumento de pena
imposta ao réu é de natureza objetiva, que decorre da capacidade da arma ser apta
a criar uma situação de perigo real à integridade física da vítima, o que não ocorre
no caso com o simulacro de arma de fogo, pois embora seja instrumento idôneo
para a prática da grave ameaça exigida pelo roubo, não se presta para qualificá-lo,
pois não possui potencialidade para ofender a integridade física da vítima. Desde
modo, não há o que se falar em causa de aumento de pena nesse caso, tendo em
vista que trata-se de um simulacro de arma de fogo. Vale ressaltar que a súmula
174 autorizava a aplicação do aumento de pena quando o uso de simulacro de arma
de fogo porém foi cancelada pela 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça em
24-10-2001. Que dizia: “No crime de roubo, a intimidação feita com arma de
brinquedo autoriza o aumento da pena.” Não há portanto fundamentação legal que
justifique a aplicação do aumento de pena. Este é o entendimento do renomado
doutrinador Guilherme de Souza Nucci:
Local de data
Assinatura do advogado
N° da OAB (...)
MÉVIO, foi acusado de roubo por denúncia do Promotor de Justiça da Comarca de
Lavras/MG, por ter no dia 1 de julho de 20016, subtraído da vítima Waldemar a
quantia de 250,00, sendo que no ato teria empregado um simulacro de arma de
fogo. No dia seguinte, a Polícia Civil em investigação descobriu que o autor do crime
em questão seria Mévio, tendo intimado o mesmo a comparecer à Delegacia, onde
em seu depoimento confessou a prática do delito, dizendo que não possui arma de
fogo e que a arma utilizada seria de brinquedo. Mévio foi denunciado como incurso
nas sanções do art. 157 § 2º A do CP, sendo a denúncia recebida pelo MM. Juiz de
Direito, apresentada Resposta a Acusação pela defensoria pública, arrolando uma
testemunha de defesa. Fora realizada AIJ, sendo que fora ouvida a vítima, que
confirmou o fato e afirmou que não viu o rosto do autor do crime porque estava
encoberto e, por isso, não tinha condições de reconhecê-lo. Fora ouvido o policial
civil que participou das investigações, tendo afirmado que seria Mévio o autor do
crime e que ele confessou a prática do delito na fase de inquérito policial. A
testemunha de defesa nada disse sobre o fato, confirmou apenas que o acusado
tinha problemas com drogas e, por isso, era sempre internado. O réu foi interrogado
em juízo e afirmou não ter praticado o crime. O Promotor de Justiça requereu a
condenação, alegando que a materialidade estava provada e que a confissão do
acusado na fase extrajudicial, pelos informes que continha, mostrava ser ele o autor
do crime, pugnando pela condenação. Intimado o acusado para os fins do artigo
403, §3º, do CPP, seus pais resolveram contratar um advogado para defendê-lo.
QUESTÃO: Como Advogado, apresente a peça adequada, com todos os
argumentos e pedidos cabíveis na defesa do acusado.