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Curso de Liderança e Gestão de Equipas

1. O Grupo

Financiado pelo Fundo Social Europeu

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1. O Grupo

Índice

1.1. Conceito de grupo.............................................................03


1.2. Fases de desenvolvimento do grupo................................10
1.3. Fenómenos de grupo........................................................12
1.4. Eficácia dos grupos...........................................................15
1.5. Grupos e equipas de trabalho...........................................16
Bibliografia................................................................................20

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1.1. Conceito de grupo

O grupo é um conjunto de pessoas, com objectivos e características co-


muns e com interacção entre si.
Para se entender um grupo como tal, para além do que anteriormente foi
definido há que ter em linha de conta que um grupo tem de apresentar uma
estrutura, perdurar no tempo, apresentar certa coesão e obedecer a um
conjunto de normas.

Assim, torna-se óbvio que um conjunto de pessoas não constitui necessa-


riamente um grupo, a título de exemplo, um conjunto de pessoas que se
encontre num determinado momento para a realização de um objectivo co-
mum, por exemplo assistir a uma conferência, não é um grupo na medida
em que essas pessoas se encontram numa situação pontual que apesar
de à partida ter um mesmo objectivo, não se prolonga no tempo.

Outra ideia a ter em consideração prende-se com o facto de o grupo ser


mais do que a soma de cada indivíduo. Isto é, o grupo é uma consciência
colectiva que não é igual à soma das consciências individuais, pois cada
indivíduo exerce e sofre influências nos e dos outros, influenciando-se re-
ciprocamente.

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1. O Grupo

A duração das equipas depende da concretização ou não de determina-


dos objectivos comuns, do tipo de objectivos, da constituição da própria
equipa, do tipo de papéis atribuídos aos seus “actores” e da sua relativa
adequação. Normalmente poderemos encontrar até cerca de nove papéis
diferentes na constituição das equipas.

Entende-se por Papel, uma função assumida por todos os membros do


grupo, que surge do processo de interacção. Um elemento desse grupo
pode desenvolver vários papeis dentro desse grupo.

Existem no grupo, de uma forma geral, 3 tipos de Papéis principais:

1 - Papéis de Tarefa
Estão relacionados com a definição e resolução de problemas
de tarefa (Orientação, coordenação, solicitação).

2 –Papéis de Construção e Manutenção do Grupo


Aspectos relativos à área sócio – emocional do grupo e da sua
coesão.

3- Papéis Individuais
Estão relacionados com a manutenção dos padrões individuais
de comportamento e que podem contraditórios ao funcionamen-
to do grupo.

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Individualmente, cada elemento do grupo pode desempenhar um ou mais


dos seguintes papéis:

1.1.1. Motivador

Cria o espírito de equipa; influencia e entusiasma as pessoas para traba-


lharem eficazmente em conjunto: assim, maximiza o empenho dos outros
participantes da equipa.

Valores para a Equipa


Possui a capacidade de persuadir outras pessoas de forma a
maximizar a sua contribuição dentro da equipa. Estimula o ta-
lento das pessoas e raramente demonstra ter preconceitos. A
consulta e a participação são os factores que os motivadores
proporcionam à equipa.

1.1.2. Âncora

Planeia, organiza e administra procedimentos para fornecer fidelidade e


confiança tanto dentro como fora da equipa.

Valores para a Equipa


Possui boas capacidades organizativas, está preparado para
trabalhar arduamente e, normalmente, resolve os problemas de
uma forma sistemática. Um membro Âncora é de confiança e

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tem sensibilidade para o que é alcançável, exequível e impor-


tante. Tende a não se concentrar na procura do seu interesse
próprio. Geralmente está preparado para fazer o que tem de ser
feito de uma forma diferente.

1.1.3. Especialista

Fornece conhecimentos técnicos e perícia especializada de forma a criar e


transmitir soluções que funcionem.

Valores para a equipa


Qualidade, padrões elevados, perícia técnica e trabalho árduo
resumem o especialista. Como tal, são focalizados e comprome-
tem-se em tornar-se peritos técnico - especializados, provavel-
mente numa área específica de conhecimentos ou capacidade.

1.1.4. Suporte/Apoio

Fornece suporte, cuidados e ajuda quer para os membros da equipa, quer


para os clientes.

Valor para a Equipa


Os atributos que os membros suporte/apoio trazem à equipa
são o encorajamento e a capacidade de reduzir a tensão, tal

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como a vontade de ajudar os seus participantes a resolver os


problemas interpessoais. Criam dentro da equipa um desejo de
cooperação e colocarão tanto a equipa como os seus resultados
antes de qualquer outra coisa. Estão preparados para escutar
as outras pessoas e são geralmente vistos como bons elemen-
tos de uma equipa.

1.1.5. Pioneiro

É orientado para os resultados, pró-activo e exigente face à incerteza e/ou


oposição.

Valor para a Equipa


Auto–motivado, energético, tem uma necessidade interior de
alcançar os seus objectivos. Por este motivo, poderá ser um
desafiador assertivo, podendo levar as outras pessoas a tomar
decisões de pressão e geram acções concretas. Os pioneiros
desafiam sempre o status quo e estão preparados para tomar
decisões impopulares e agir de forma positiva, especialmente
em situações negativas.

1.1.6. Analista

Pesquisa, analisa e aperfeiçoa produtos e procedimentos. Geralmente, as-


segura a manutenção da qualidade e de padrões elevados através de um
acompanhamento e controlo rigorosos.

Valor para a Equipa


Os analistas são pessoas indagadoras, focalizadas e sérias,
gostam de fazer avaliação de pensamentos, ideias, sugestões
e informação. Gostam de reflectir profundamente e têm grande
perspicácia na tomada de decisão. Os analistas são famosos
por considerarem todos os factores e por isso, pode ser-lhes
confiado o fornecimento de conselhos detalhados e concretos.

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Estas pessoas destacam-se frequentemente em áreas que en-


volvem planeamento estratégico.

1.1.7. Networker

Desenvolve um vasto leque de contactos e recursos. É persuasivo e tem a


capacidade de comunicar com o intuito de estabelecer relacionamentos.

Valor para a Equipa


O principal trunfo do Networker para a equipa é o de promover
e procurar contactos externos, bem como organizar recursos.
Por este motivo, serão bons comunicadores quer dentro, quer
fora da equipa. Aceitam ideias, gostam de as valorizar e procu-
rar entusiasticamente oportunidades para a sua utilização ou
implementação.

1.1.8. Inovador

Está disposto a enfrentar novos desafios e desenvolve soluções imagina-


tivas para problemas difíceis. Tem a capacidade de criar ideias novas e
inovadoras.

Valor para a Equipa


Os inovadores são valiosos no iniciar de novos projectos ou

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quando dão apoio a uma equipa que não está a conseguir atingir
os seus objectivos. Têm a capacidade de apresentar ideias ino-
vadoras e criativas para novos produtos e serviços, bem como
ideias que reduzam os custos e melhorem o desempenho. No
entanto, os seus pensamentos e ideias podem ser de longo al-
cance, podendo, contudo, faltar-lhes restrições ou limites.

1.1.9. Finalizador

Presta atenção aos detalhes, garante que os procedimentos e os sistemas


são implementados e as tarefas finalizadas. Transforma os planos e as
ideias em soluções práticas.

Valor para a Equipa


Trabalho árduo, atenção ao detalhe e cumprimento de promes-
sas efectuadas são factores que definem o Finalizador. São
bons ouvintes, possuem um elevado nível de concentração e o
desejo de fornecer informação sem qualquer erro. Aspirando a
elevados padrões, raramente iniciam uma tarefa que não consi-
gam concluir. Os finalizadores são particularmente bons quando
rabalham com procedimentos bem definidos, mas é provável
que queiram completar uma tarefa antes de iniciar a próxima.
Costumam ser bem sucedidos no cumprimento de prazos pre-
definidos.

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1.2. Fases de desenvolvimento do grupo

Os grupos não apresentam sempre a mesma dinâmica, sendo que a con-


fiança, o à vontade, a identificação com os outros elementos, a consoli-
dação dos objectivos comuns e normas entre outros factores são fulcrais
para o amadurecimento do grupo.

Existem 4 níveis de existência grupal:

1º Grupo nominal
Corresponde à primeira fase da constituição do grupo, altura em
que o grupo é dominado por uma grande ansiedade colectiva,
provocada pelo desconhecimento da situação, e onde são ac-
cionados os mecanismos individuais de defesa e de percepção
do outro.

2º Grupo fusional
Nesta fase quebram-se algumas defesas, embora exista ainda
inibição de respostas originais. Aqui é importante o clima vivido
com preferência pelo de consenso. Existe ainda um menor em-
penhamento individual.

3º Grupo conflitual
Existe uma maior abertura para a defesa de ideias e concep-
ções individuais e, por conseguinte surgem os chefes de frac-

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ções, originando os grupos conflituais. Há uma tensão assumi-


da no grupo.

4º Grupo maduro
Depois dos indivíduos que compõem o grupo terem baixado de-
fesas e terem defendido pontos de vista diferentes, chega ao
momento da aceitação das diferenças, com a co-responsabili-
zação nas decisões. Continua a tendência para a competição
do grupo, sem prejuízo do espírito de cooperação.
Nesta fase do grupo é fundamental serem definidos e distribuí-
dos os papéis de cada elemento. Com a maturidade do grupo,
o sentimento de pertença e a implicação pessoal no mesmo
aumenta.

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1.3. Fenómenos de grupo


Coesão social
Festinger(1950) define a coesão grupal como “resultante de todas as for-
ças que actuam sobre os membros para que permaneçam no grupo.”

Este fenómeno implica um outro que é o da atracção interpessoal , respon-


sável por uma boa relação e pela criação da identidade.

Os elementos de grupo são coesos porque:

Existe uma interdependência entre si, pois trabalham em função


de um objectivo comum, atingido pela contribuição do trabalho
desenvolvido por todos;

Existe semelhança entre os elementos do grupo;

Existe a oportunidade de todos participarem nas decisões, o


que contribui para a co-responsabilização.

A coesão do grupo permite:

Que os membros permaneçam juntos;


Que os membros do grupo confiem e sejam leais;
Que os seus membros sejam seguros;
Que os seus membros se deixem influenciar pelo grupo;
Que aumente significativamente a satisfação dos seus mem-
bros, à medida que o trabalho se desenvolve;
Que a interacção entre os seus membros se intensifique.

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Ressalve-se que nem sempre o grupo coeso é o mais eficaz, pois para a
resolução de situações novas, este grupo pode apresentar algumas dificul-
dades, mais facilmente ultrapassadas pelos grupos que apresentem mais
discordância entre os seus elementos.

Pressão social
Os valores sociais e as experiências sócio-culturais contribuem para a se-
lecção de estímulos e para as percepções obtidas.

Interdependência
Produz-se à medida que um agrupamento de indivíduos elabora novos
modos de proceder, novas normas e valores adaptados aos fins e às ca-
pacidades dos membros do grupo. A interdependência significa repartição
do trabalho entre os membros do grupo e também aprendizagem da de-
pendência quando há disso uma necessidade objectiva

Atracção/rejeição
A atracção é um fenómeno que explora a identificação entre os elementos
do grupo e que permite que este funcione em concordância.

Nem sempre todos os elementos do grupo se identificam com os seus pa-


res, podendo inclusivamente desenvolver atitudes de rejeição em relação
àqueles elementos que têm ideias e características opostas às suas.

Resistência à mudança
O ser humano apresenta naturalmente alguma resistência à mudança.
Esta resistência também se pode verificar nalguns elementos do grupo,
quando se pretende estabelecer normas novas, adoptar procedimentos
novos ou até mesmo a inclusão de elementos novos no grupo.

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Cooperação/competição
No grupo existem forças de cooperação, implementadas pelos elementos
que impulsionam no sentido de se atingir o objectivo comum do grupo.

Por vezes, alguns elementos do grupo entram em competição com a in-


tenção de sobressair no grupo. Esta situação não é necessariamente ne-
gativa, pois poderá ser importante para a resolução de problemas novos
difíceis de serem resolvidos com a atitude de concordância de um grupo
coeso.

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1.4. Eficácia dos grupos


A eficácia do grupo mede-se quando os objectivos são atingidos no tempo
pré-definido.

A eficiência do grupo mede-se através da produtividade do grupo. Quando


um grupo é eficiente, os elementos sentem-se bem e geram bem os seus
recursos para a consecução dos objectivos.

São diversas as variáveis que influenciam a eficácia de um grupo:

Variáveis estruturais
Tamanho do grupo;
Características dos membros;
Canais de comunicação existentes;
Papéis desempenhados.

Variáveis ambientais
Local de trabalho do grupo;
Relação do grupo com outros grupos da comunidade;
Situação do grupo no seio da organização.

Variáveis de tarefa
Natureza da tarefa;
Grau de dificuldade da tarefa;
Tempo disponível para a realização da tarefa.

Outras variáveis
O estilo de liderança;
As relações de amizade entre as pessoas;
A motivação;
A coesão;
A produtividade do grupo;
O grau de satisfação dos membros do grupo.

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1.5. Grupos e equipas de trabalho

Grupos homogéneos e heterogéneos

Dependendo da sua constituição, os grupos podem ser homogéneos ou


heterogéneos. São homogéneos quando os seus elementos têm caracte-
rísticas comuns quer ao nível pessoal (etário, género, raça, entre outros),
social, cultural ou moral.

Já quando os elementos de um grupo apresentam uma diversidade de


características trata-se de um grupo heterogéneo.

Embora cada caso seja um caso, existe a convicção de ser mais


fácil de trabalhar num grupo homogéneo, no entanto, quando
se trate de tarefas que carecem de um grande impulsionamento
criativo, os grupos heterogéneos são os que melhor respondem
a essa necessidade.

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De forma sintética podemos caracterizar os grupos homogéneos da se-


guinte forma:

Maior identificação com a autoridade;


Integração mais rápida;
Tarefas de grupo facilitadas;
Menor resolução criativa;
Menor vigilância nas manipulações;
Orientados para a medianização dos desempenhos.

Já em relação aos grupos heterogéneos temos as seguintes característi-


cas:

Integração lenta e em profundidade;


Mais lenta a identificação com a autoridade e com a tarefa;
Mais momentos de tensão e conflito;
Maior complementaridade e riqueza de ideias;
Mais resistência às pressões à conformidade;
Maior vigilância das manipulações;
Maior capacidade de resoluções criativas;
Orientados para maior nível de desempenhos.

Para finalizar há que enumerar algumas vantagens e desvantagens do


grupo.

Relativamente às vantagens, os grupos tendem a tomar decisões de


maior risco, pois os seus elementos contam com a difusão da responsa-
bilidade. Se a decisão se traduzir num fracasso, nenhum elemento sente
individualmente a responsabilidade. Já se se tratar de um sucesso, o mé-
rito é assumido por todos em conjunto.

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1. O Grupo

O grupo conta com maior rapidez e eficácia na concretização de ob-


jectivos. Através do grupo, cada indivíduo atinge muito mais rapidamente
o seu objectivo, porque o esforço de muitos e a diversidade de papéis
assumidos contribuem para uma maior produtividade, reduzindo significa-
tivamente o tempo da sua realização.

As decisões são enriquecidas quando tomadas em grupo. A diferença de


cada indivíduo traz para a discussão pontos de vista variados que permi-
tem a progressão e validade das decisões.

Uma outra vantagem dos grupos é sem dúvida a divisão das tarefas, com
a mais-valia de cada indivíduo contribuir com as suas qualidades, habilida-
des, capacidades e aptidões.

Pertencer a um grupo, permite a criação de laços de amizade. O grupo


é tanto mais coeso e produtivo, quanto maior for a amizade e a confiança
entre os seus membros.

Quando integrado num grupo, o sujeito conhece o seu pensamento e as-


sume-o como seu. O facto de saber que mais alguém comunga das suas
ideias e valores dá-lhe segurança e coragem para as manifestar.

Finalmente, uma última vantagem a ser enumerada diz respeito ao poder


e influência face ao exterior. À medida que o grupo for apresentando
ideias inovadoras e mostrando a força por elas exercidas, a sua influên-
cia aumenta significativamente. Nalgumas organizações o grupo intervém
como factor de combate à resistência e à mudança. Dada a força e influ-
ência do grupo, é possível alterar atitudes e valores no seio das organiza-
ções.

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Apesar das grandes vantagens que o grupo apresenta, há que considerar


as desvantagens:

O pensamento de grupo impõe-se de tal forma que, por vezes, se rejeita


toda a informação divergente, oriunda de grupos concorrentes. Nestas si-
tuações o grupo torna-se ineficaz na consecução dos objectivos.

Outra desvantagem é o risco de se transformar o eu em nós. O grupo


pode condicionar a acção dos indivíduos que o compõem. À medida que
o grupo se desenvolve corre-se o risco da aniquilação dos sujeitos em
detrimento do funcionamento do grupo e obrigando-os à sujeição do eu ao
nós.

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Bibliografia

Antunes, Celso, Manual de técnicas de dinâmicas de grupo, Rio


de Janeiro, Vozes, 1988.

Fachada, Maria Odete, Psicologia das Relações Interpessoais


Vol II, 6ª ed.,Lisboa, Rumo, 2003.

Jesus, A.V. Análise e solução de problemas grupais, S. Paulo,


Ed. Loyola, 1995.

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