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A Imaginetika
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RESUMO
(1)
José Vasconcelos-Raposo é Professor Associado em Psicologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro. Goreti Costa é licenciada em Educação Física e Desporto e Isabel Mourão Carvalhal é Professora
Auxiliar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A correspondência relativa a este artigo deverá ser
endereçada para o primeiro autor e para o seguinte endereço: UTAD- Extensão de Miranda do Douro. R. D. Díniz.
Miranda do Douro, 5210 - Portugal. jraposo@utad.pt
ABSTRACT
The purpose of the present study was to compare levels of mental and
kinetic practice among young athletes involved in collective and
individual sports. The independent variables were: level of school
attendance, years of sports practice. Having been subjected to a program
of mental training was used as thee inclusion criteria in the sampling
procedure.
The sample consisted of 366 individuals (152 females and 214 males).
The average age was 20.29 years. These subjects were divided into
groups according to the independent variables of this study. For the
school levei there were 205 individuais in lhe group “UT” (50 famels
and 155 males) and 161 subjects in lhe group “12A” (102 remates and
59 males). When organized according to lhe type of sport, 117athletes
practiced a collective sport (44 remates and 73 males) and lhe individual
sports group consisted of 143 subjects (31 remates and 112 males).
The results showed that there were statistical significant differences
between lhe sexes for mental imagery. There were also significant
differences between lhe groups according to lhe years of practice.
These results tend to confirm some of lhe previous research published
in this scientific area, however lhe arguments that we use to explain
some lhe values obtained differ from lhe known literature.
Key-words: Mental imagetics; Kinetic imagetics; visualization; beguns
Consciente ou inconscientemente todos cognitivas, neurociências e psicologia do
sonhamos acordados e conseguimos imaginar desporto, para mencionar apenas algumas. A
coisas, recordações. A imagética é a habilidade humana para elaborar imagens
habilidade de nos vermos a nós próprios a mentais tem desempenhado um papel
desempenhar tarefas, evocando pensamentos importante no desenvolvimento de vários corpos
e imagens, com um fim. Esta habilidade teóricos que visaram explicar o funcionamento
consiste em recuperar a informação da mente, quer em tempos remotos como
armazenada na memória (através de todo o presentemente.
tipo de experiências) e remodelá-Ia através O interesse académico sobre a “imagem
dos processos cognitivos. mental” tem sofrido algumas oscilações. Numa
A imagética é, cada vez mais, uma das primeira fase, foi tema central na psicologia,
componentes mais importantes na preparação mas como desenvolvimento e popularização
do comportamentalismo tendeu a ser afastada
psicológica dos atletas e treinadores para a
das discussões académicas, para re-emergir
competição (O’Halloran & Gauvin, 1994). A
nas últimas décadas.
visualização, como área de estudo, tem
merecido a atenção dos cientistas de várias Apesar de existir na literatura material
disciplinas. Mais recentemente esse interesse suficiente para argumentar que a imagética é
foi retomado em diferentes domínios do saber, importante para a melhoria do rendimento
entre os quais a filosofia da ciência, ciências desportivo, continuamos sem ter explicações
nos seus planos para se prepararem para as 1999), preparação dos doentes que se
competições. Para Perry e Morris (1995), a submeterão a intervenções cirúrgicas (Tusek,
popularidade desta técnica poderá estar Church, & Fazio, 1997), marketing (Bone &
associada ao facto de todos nós, num momento Ellen, 1992), assim como em outras áreas (ver
ou outro, sonharmos acordados com as coisas Feltz & Landers, 1983; Richardson, 1967;
que gostaríamos que acontecessem, ou até Corbin, 1967; Weinberg, 1982; Feltz, Landers
mesmo com experiências positivas ocorridas & Becker, 1988; Gordon, Weinberg & Jackson,
no decurso da nossa vida. 1994).
A história da investigação nesta área A utilização da visualização por atletas é
peca por não apresentar uma descrição algo que está suficientemente documentado
detalhada sobre a natureza da prática mental, (Vasconcelos-Raposo, 1994; Jowdy, Murphy,
os seus mecanismos e processos. No entanto, & Durtschi, 1989; Hall, Rodgers & Barr, 1990).
os resultados dos estudos parecem apontar De acordo com Wiggins (1984), já no final do
claramente para o facto de a prática mental século 19, William Anderson, um professor de
contribuir para a melhoria do rendimento Educação Física, realizou estudos na área da
desportivo, assim como para o desempenho psicologia do desporto e defendeu a prática da
de qualquer outra tarefa, especialmente as de visualização. Em 1916,Washburn argumentou
carácter motor. que quando os indivíduos visualizam podem
observar os seus movimentos, e que estes se
A evidência empírica sugere que há diferenciaram dos movimentos reais pela sua
diferenças entre os atletas em função do reduzida magnitude. O seu argumento
rendimento destes. Clark (1960), argumentou assentou no princípio que quando os indivíduo
que a prática mental talvez fosse mais benéfica visualizam ocorre o mesmo tipo de actividade
para atletas com um nível de habilidade muscular, só que neste processo as
reduzido. Em oposição a esta tese, Start sensações são mais modestas. Jacobson,
(1962) verificou que foram os atletas com (1930), validou este argumento e esclareceu
melhor nível de prestação que mais ganharam que quando os indivíduos testados foram mais
com a aplicação da técnica da visualização. experientes nos movimentos imaginados as
Perry e Morris (1995), porém, realçaram que suas sensações e os movimentos observados
foram os indivíduos que melhor construíram foram mais acentuados. Mais recentemente,
imagens mentais e que melhor as controlaram Richardson (1967a; 1967b), com base na
que mais benefícios retiraram do seu uso. análise que fez a vinte e cinco estudos, concluiu
Estes autores ainda nos alertaram para o facto que a prática da visualização contribuiu para a
de a prática mental poder ser benéfica para melhoria das prestações. Feltz e Landers
aqueles atletas que assumem a responsa- (1983), com base numa meta-análise de 60
bilidade das suas acções, nomeadamente no artigos publicados, chegaram à mesma
que se refere ao controlo da sua preparação conclusão.
psicológica.
Janssen e Sheikh (1994) argumentaram
As vantagens da utilização da visualiza- que a literatura científica existente sugere que
ção foram demonstradas empiricamente em a imagética ou visualização é uma método
vários domínios: na aquisição de habilidades eficaz e eficiente no processo de melhoria de
motoras, prestação de mergulho, rendimento rendimento desportivo dos atletas. Os mesmos
em atletismo (Ungerleider & Golding, 1991), autores também referem que esta técnica,
dança (Vaccaro, 1997), programas de controlo quando utilizada inadequadamente pode ter
da agressividade em jovens (Lennings, 1996), efeitos contrários aos desejados. Daí que seja
melhoria do rendimento escolar (Cullinan, recomendável a sua aplicação sob a orientação
anos (grp 2) e 11 e mais anos de prática realização, numa folha que está ao seu lado.
(grp3). Integraram o primeiro grupo 67 em Ao valor 1 corresponde o muito fácil e ao 7
desportos individuais e 62 em colectivos. No muito difícil de representar. Os valores das
segundo grupo 62 nas individuais e 45 nos escalas oscilam entre o 9 e os 63 pontos. Os
colectivos e no grupo três a distribuição foi itens da escala cinética são todos os impares
de 14 para as individuais e 10 para as e os pares são os da escala mental.
colectivas. O teste de “pearson Chi-square”
Os participantes foram reunidos num
(367.37: p= 0.000) demonstrou que estes
ginásio para o propósito da realização do teste
grupos estavam devidamente divididos. A
onde os ruídos ambientais que pudessem
divisão relativamente ao sexo feminino
interferir na concentração necessária à
evidenciou: grp1 = 47, grp2 = 23 e grp3= 5.
administração do questionário e realização
Para os indivíduos do sexo masculino a divisão
das tarefas inerentes ao mesmo foram
foi: grp1= 82; grp2= 84 e grp3= 19.
minimizadas A apresentação dos itens foi
feita sob o controlo do experimentador que os
Procedimentos e instrumento
apresentou de acordo com a ordem em que
Para os efeitos do presente estudo estes se apresentam no teste. Não se
recorremos ao único instrumento para a língua verificaram dificuldades durante esta fase da
portuguesa, que conhecemos, traduzido e recolha de dados.
validado do original de Hall e Pongrac (1983)
As dificuldades sentidas ao longo do
com a designação de Imagery Movement
processo deste estudo prendeu-se com a falta
Questionnaire, que em português recebeu
de sensibilidade para a investigação científica
a designação de “Questionário sobre Imagética
por parte de alguns educadores, que por falta
do Movimento” (Vasconcelos-Raposo & Costa,
de formação científica não reconhecem a
1997).
importância das actividades físicas no
Este questionário consiste em 18 desenvolvimento das crianças.
questões que têm por objectivo mensurar duas
variáveis do foro psicológico tidas como de Procedimentos estatísticos
primordial importância para o rendimento
As técnicas estatísticas utilizadas foram:
desportivo: visualização cinética e mental. A
t-Test, para compararmos dois grupos e a
aplicação deste instrumento requer alguns
Anova-uma via sempre que comparamos três
cuidados, nomeadamente no que se refere à
grupos. Para comparar os praticantes em
familiarização do experimentador com o
função do sexo, tipo de modalidade e nível de
instrumento e com a prática da visualização.
escolaridade, recorremos à estatística
Para cada um dos itens é solicitado ao sujeito
multivariada (GLM: General Linear Model).
que realize uma tarefa e que seguidamente a
Para os cálculos de GLM foram introduzidos
procure reproduzir cinética e visualmente. Por
como factores fixos as variáveis sexo,
outras palavras, há sempre uma posição inicial,
modalidade e escolaridade, como covariáveis
uma acção motora e uma tarefa mental. A
a idade e anos de prática. As variáveis
falta de experiência tende a traduzir-se em
dependentes deste estudo foram: visualização
tempos inadequados para a imagética quer
kinética, mental e a de Eu- atleta.
cinética quer mental. Após a tarefa cada
indivíduo avalia, numa escala de 1 a 7, a Sempre que o número de indivíduos que
facilidade / dificuldade que teve em no integravam cada um dos grupo se apresentou
desempenho da tarefas de representação desigual e quando esses grupos tinham menos
anotando-as, imediatamente após a sua de 12 indivíduos recorremos à estatística
apresentaram melhores índices de rendimento sistema motor Schmidt & Wrisberg, 2000). A
desportivo. evocação mental pode envolver apenas
aspectos de ordem cognitiva-simbólica, de
Quando Isaac e Marks compararam
tomada de decisão, de previsão de estratégias
praticantes de desportos colectivos com os de
e acções possíveis de acontecer estimando
individuais, constataram que os últimos
os resultados prováveis para a situação real.
obtinham valores mais altos que os primeiros.
Mas a imagética pode ser considerada de uma
No presente estudo não encontrámos
forma mais abrangente do que uma simples
diferenças estatisticamente significativas,
perspectiva de aprendizagem cognitiva-simbó-
porém as médias obtidas pelos praticantes de
lica, como demonstraram os resultados obtidos
modalidades individuais apresentaram valores
na investigação realizada por Jacobson (1930,
mais altos que os de desportos colectivos.
Assim, se por um lado os valores do nosso in Schmidt & Wirsberg, 2000). Sempre que
estudo não validaram estaticamente os de representamos mentalmente essa traduz-se
Isaac e Marks, também foi verdade que a em impulsos que podem ser mensurados na
direcção dos resultados do presente estudo forma de actividade eléctrica nos músculos,
sugerem que, efectivamente, poderá existir que embora mínima, é suficiente para produzir
essa tendência diferenciadora. Em parte, feedback.
poderemos aceitar o argumento que ambos os
Tendo em conta estas duas perspectivas:
estudos recorreram a instrumentos diferentes.
(i)- teoria de aprendizagem simbólica e
Se tomarmos com referência comparativa (ii)- teoria psico-neuro-muscular, como
os valores médios obtidos no estudo realizado propostas por Zaichwosky e Fuchs (1988) a
por Munroe, Hall, Simms e Weinberg (1998) imagética mental pode ser benéfica quer para
constatamos que os praticantes de níveis iniciais de aprendizagem, quer para
modalidades individuais não obtêm valores níveis mais avançados.
mais altos que os de desportos colectivos. À
Inicialmente a teoria de aprendizagem
partida parece não existir coerência entre os
simbólica defendeu que a prática mental reforça
resultados publicados nos diferentes estudos.
as componentes cognitivas da tarefa. Estas
No entanto, as diferenças apontaram para a
foram consideradas importantes para as
necessidade de um maior rigor no desenho
primeiras fases de aprendizagem. Por esta
dos estudos, assim como para a descrição
razão foram tidas como mais eficazes para os
das metodologias seguidas, de forma a que
atletas que se encontram em fase de iniciação.
seja possível duplicá-Ias.
Esta posição alicerça-se proposta de Fitts e
As explicações que frequentemente Posner (1967) que defende que o estádio
encontrámos na literatura da psicologia do inicial de aprendizagem é essencialmente de
desporto apresentam várias limitações que natureza cognitiva. Ainda de acordo com estes
resultam do facto de os psicólogos manifes- autores a imagética facilita a evocação das
tarem o que Malina (Comunicação pessoal) componentes cognitivas para criar uma
classificou de biofobia. Assim, sugerimos que representação mental (forte) da tarefa antes
as explicações para as diferenças obtidas de o indivíduo as a executar.
neste estudo têm de ser complementadas
Os proponentes da perspectiva psico-
com os princípios propostos pelas teorias da
-neuro-muscular demonstraram que existe uma
aprendizagem motora.
ligação entre a mente e o movimento durante
A imagética mental, uma das formas de o período em que o indivíduo se submete à
treino mental é um procedimento de evocação prática da imagética. Esta proposta foi
que pode produzir efeitos em vários locais do confirmada, pela primeira vez, por Jacbson
(1930), quando registou a actividade eléctrica zagem, tal como preconizam as teorias de
dos músculos envolvidos na acção que os Adams (1971) e de Schmidt (1975). O valor do
sujeitos estavam a “visualizar”. Apesar dessa feedback (correcção ou reforço) depende da
actividade ser mínima e de não se registar um capacidade de processamento de informação
movimento corporal perceptível a olho nu, a do sujeito, variando de acordo com a fase de
mensuração dos impulsos permitiu confirmar aprendizagem e com a idade do indivíduo. Em
que existe um plano de acção que é enviado do parte este argumento poderá, de alguma forma
sistema nervoso central para os músculos. pode explicar porque há uma tendência para
que os indivíduos mudarem de uma modalidade
Os benefícios da imagética foram
de imagética para a outra.
explicados mais recentemente por Mackay
(1981, in Schmidt & Wrisberg, 2000). De acordo Os resultados superiores obtidos pelos
com este autor, as unidades musculares atletas que praticam desportos individuais,
envolvidas são instruídas para a acção durante quando comparados com os que praticam
a prática de imagética mental. A extensão desportos colectivos podem ser interpretados
dos benefícios deste treino mental depende da tendo em conta os resultados obtidos por
quantidade de prática anterior ou da experiência Feltz e landers (1983). Os autores verificaram
que o atleta tenha tido relativamente à que, quando não foi tomado em consideração
realização da tarefa em causa. De acordo com o nível de prestação, o treino mental foi mais
esta perspectiva existe algo mais do que uma eficaz para as tarefas com um maior número
simples aprendizagem cognitiva dos elementos de componentes simbólico-cognitivas de
da tarefa, justificando desta forma porque razão prestação. Este facto, pode de alguma forma
os atletas de alto nível beneficiam consideravel- explicar o porquê de resultados mais positivos
mente mais da imagética mental do que os nos atletas de desportos individuais. Nos
iniciados. desportos individuais a incerteza quer a nível
espacial, quer temporal, quer de ocorrência
Durante a imagética mental os programas das acções é menor do que nos desportos
motores são enviados para os músculos, e, colectivos, dado que um maior número de
embora as contracções musculares sejam jogadores torna mais imprevisível o número de
dificilmente visíveis, elas existem. São micro- acções motoras possíveis de serem
-contracções suficientes para que os executadas. Desta forma, o aspecto simbólico-
corpúsculos de Golgi, órgãos muito sensíveis -cognitivo assume um papel preponderante no
a pequenas forças, enviem feedback da acção processo de concentração, da execução da
executada. estratégia e táctica relacionada com a
O feedback interno é considerado um seuência das tarefas a desempenhar a nível
elemento fundamental no controlo dos das tomadas de decisão e de antecipação de
movimentos, tal como proposto nas teorias de estratégias e acções possíveis de acontecer
Adams (1971) e de Schmidt 1975). O conteúdo quando se estimam os resultados prováveis
informativo do feedback intrínseco permite para a situação real.
comparar o valor visado com a resposta Apesar de não se terem registado
produzida. Quando se verifica uma discrepância diferenças significativas entre rapazes e
entre os dois, regista-se um erro que o sistema raparigas, estas apresentaram melhores
vai tentar corrigir (função de correcção). Mas resultados. Estes dados podem ser
se o objectivo foi cumprido a informação de interpretados com base nas propostas da
retorno (feedback) confirma a acção como teoria de esquema de Schmidt (1975). De
adequada (função de reforço). A informação acordo com esta teoria as condições de prática
sobre o erro é fundamental para a aprendi- variada levam ao fortalecimento de esquemas
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