Você está na página 1de 4

DIREITO PENAL

Apelação e
embargos
infrigentes

www.oabdebolso.com
Conteúdo disponibilizado pelo @oabdebolso
Conteúdo disponibilizado pelo @oabdebolso
Conteúdo disponibilizado pelo @oabdebolso
Conteúdo disponibilizado pelo @oabdebolso
Legendas:
1) Trata-se de meio ordinário de impugnação de sentenças de condenação ou absolvição e, ainda, de
decisões definitivas ou com força de definitivas, que possibilita nova apreciação da causa pelo órgão
jurisdicional de segundo grau, devolvendo-lhe a análise das questões fáticas e jurídicas relacionadas ao
alegado defeito da decisão. Ressalte-se que o prazo para a interposição da apelação é de 5 dias (art. 593,
caput, do CPP), contados da intimação acerca do teor da sentença, quando se tratrar de procedimento
ordinário. Em contrapartida, no rito sumaríssimo, a apelação deve ser interposta no prazo de 10 dias e por
petição (vedada a interposição por termo nos autos), além do que deve vir acompanhada das razões de
inconformismo, já que não há previsão de prazo destacado para que se arrazoe o recurso. Além disso, se
recebida, o apelante será intimado para oferecimento das razões, que deverão ser apresentadas no prazo de
8 dias. Em se tratando de processo relativo à contravenção penal a tramitar pelo juízo comum, o prazo para
apresentação de razões será de 3 dias (art. 600, caput, do CPP). Por outro lado, Se houver assistente, terá 3
dias para manifestar-se, depois do Ministério Público (art. 600, § 1º, do CPP). Já no caso de ação penal
privada, o Ministério Público apresentará seu arrazoado em 3 dias, sempre após o querelante (art. 600, § 2º,
do CPP).

2) O recorrido terá 10 dias para apresentar resposta ao recurso - contrarrazões (art. 82, § 2º, da Lei 9.099/95).
Nos processos de apuração de infração de menor potencialidade ofensiva que tramitem pelo Juizado
Especial Criminal, é cabível a apelação nas seguintes hipóteses: contra a decisão que homologa ou deixa de
homologar a transação penal (art. 76, § 5º, da Lei   9.099/95); contra a decisão que rejeita a denúncia ou a
queixa (art. 82, caput, da Lei 9.099/95); contra a sentença definitiva de condenação ou absolvição (art. 82,
caput, da Lei 9.099/95).

3) As contrarrazões serão oferecidas em 08 dias quando se tratar de procedimento ordinário, exceto quando
for uma contravenção, pois nesse caso, o prazo será de 3 dias em processo relativo à contravenção penal no
juízo comum - art. 600, caput, do CPP. De igual forma será também de 03 dias para o MP em ação privada e,
em qualquer hipótese, para o assistente (art. 600, §§1º e 2º, do CPP).

4) O Juízo de admissibilidade ou de prelibação ocorre quando o juízo a quo verifica, após a interposição do
recurso, se este deve ser ou não ser recebido e processado. Faz-se a análise da presença ou ausência dos
pressupostos objetivos e subjetivos, assim positiva, o recurso será conhecido. Se essa análise for negativa,
não será conhecido o recurso.

5) Trata-se, porém, de faculdade do tribunal, que pode ou não optar pela realização de diligência, sem que
haja espaço para interpretar essa prerrogativa do órgão julgador como direito das partes à renovação da
instrução. A análise do dispositivo em questão (art. 616 do CPP) não deixa dúvida de que a lei prevê a
faculdade de o órgão julgador de segunda instância, ao qual for dirigido recurso de apelação, determinar ou
não a realização de novas diligências instrutórias, diante da análise da suficiência do conjunto probatório
existente nos autos.

6)  A circunstância de serem colegiados os órgãos jurisdicionais de segunda instância dá ensejo à


possibilidade de decisões plurânimes, ou seja, tomadas por maioria de votos, que, quando forem
desfavoráveis ao réu, expõem-se aos embargos. 
www.oabdebolso.com
Legendas:
Os embargos infringentes e de nulidade só podem ser opostos contra decisão tomada em julgamento de
recurso em sentido estrito ou de apelação, descabendo sua utilização para desafiar acórdão proferido em
julgamento de habeas corpus, de mandado de segurança ou de revisão criminal.

7) A matéria a ser discutida em sede de embargos estará restrita ao limite da divergência existente na
decisão embargada. Dessa forma, se o voto vencido divergir dos vencedores tão somente em relação a parte
da matéria, os embargos permitirão ao acusado postular em seu benefício a reversão do julgado somente no
tocante a essa questão. É inadmissível a oposição de embargos fundada apenas na discrepância da
fundamentação dos votos de decisão unânime.

8) Será colhida a manifestação do órgão do Ministério Público de segunda instância, para, então, os autos
irem conclusos ao relator, que apresentará relatório e o passará ao revisor, seguindo-se o julgamento, do
qual participarão o novo relator e o revisor, bem como os integrantes do órgão fracionário que haviam
tomado parte no julgamento anterior, os quais poderão manter ou modificar seus votos, sem prejuízo da
possibilidade de, acordo com o regimento do tribunal, outros desembargadores participarem do
julgamento. Ressalte-se que da nova decisão, ainda que não unânime, não cabem novos embargos
infringentes.

www.oabdebolso.com

Você também pode gostar