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O fenômeno tributário(Cont.)
5)a)Fato lícito- Rejeição social b) Atividade financeira do estado
Mudando de assunto... Alguns doutrinadores dizem que a taxa é sinalagmática, mas o
professor discorda. Mesmo quem diz serem as taxas sinalagmáticas, não defendem que as
taxas são contratuais. Às vezes a taxa é só uma relação de poder, mas no estado de direito a
taxa é uma relação de poder e uma relação jurídica.
Voltando. O tributo decorre de um fato lícito, é uma conseqüência desvantajosa para um
comportamento nada irregular. O tributo é uma norma tendente à rejeição social.As pessoas
só cumprem a norma tributária por medo da sanção, por isso muitos sonegam. Em suma, o
cumprimento da norma tributária geralmente se dá sob ameaça de sanção. A
fundamentação do tributo é igual à fundamentação da multa, porém na multa, a pessoa paga
por ter cometido um erro, algo ilícito. No tributo não há uma contrapartida direta. A
justificativa do tributo deve-se à atividade financeira do estado.
5.1)Existem teorias que buscam explicar o porquê da necessidade do fenômeno tributário.
a) Teoria do consumo: Foi adotada inicialmente por Adam Smith e mais tarde
difundidade. Alega que a iniciativa privada produz riqueza e o estado consome a riqueza
para realizar os seus fins públicos. O Estado seria um mau necessário, é mau porque a
pessoa abre mão de parte da sua riqueza, mas é necessário porque essa riqueza faz com que
o estado financie suas atividades. Essa é a teoria base do tributo justo, é a teoria que
restringe menos a propriedade. Diz que o estado deve tributar o mínimo para financiat as
suas atividades
b)Teoria da circulação: Possui a mesma premissa base da teoria do consumo: O estado
não produz a sua própria riqueza, adquire ela a partir da iniciativa privada.Diz que o estado
é um importante agente de redistribuição de riqueza.O tributo seria um mecanismo de
justiça social. Quem tem mais deve pagar mais para distribuir a riqueza para os pobres. O
estado tributaria a população, financiaria as atividades e, além dessas funções, redistribuiria
a riqueza à população.Critica1: O estado não é um bom agente de redistribuição de
riqueza.O tributo como meio de produzir justiça e redistribuir riqueza é uma idéia meio
falha. Critica 2: O sistema capitalista é meritocrático, o sistema capitalista não pode punir,
não pode descontar em quem ganha mais.
c)Teoria da produção:O tributo possui papel secundário, pois o estado seria um agente
econômico ativo. Ao contrário das duas teorias anteriormente citadas, o próprio estado gea
a sua riqueza, não precisando de tributos. O estado utiliza receitas originárias para
enriquecer.Critica: essa teoria não é aplicável ao estado capitalista atual, pois o estado
capitalista não é protagonista da sua atividade econômica.
d)Teoria da utilidade relativa:Possui certa semelhança com a teoria da circulação, só que
um pouco mais “sem vergonha”. Diz que a riqueza privada só é útil para o titular privado
até certo ponto limite. A partir de certo ponto, a riqueza não tem maior utilidade para a
pessoa, e o estado passa a utilizar mais a riqueza da pessoa do que ela mesma. Ex: Você
ganha 7.000 de salário, se você ganhar até uns 15.000 você ainda é o maior utilizador da
sua riqueza, mas se você passar a ganhar mais de 15.000 de renda, quem mais usaria seu
dinheiro seria o estado.
e)Teoria do sistema de preços:Vê o estado como uma mega-empresa que prestaria
serviços à sociedade e, em troca, cobraria pelos serviços. O tributo seria a remuneração
fornecida pela sociedade aos serviços prestados pelo estado. Critica: Não existe
contrapartida direta pelo tributo, não existe relação do pagamento do tributo com os
serviçoes prestados pelo estado.Critica 2: O
tributo não paga apenas
serviços, mas também...?(Perguntar ao prof.)
b)Teoria do cooperativismo:É a teoria do clubão:a sociedade seria um clube e em troca
dos serviços prestados pelo clube deve-se pagar.Vê o tributo como uma retribuição pelo
fornecimento do estado de 1 estrutura social de convivência, de um ambiente público. A
teoria não é errada, pois o estado fornece infra-estrutura, segurança, iluminação... tudo isso
serve até mesmo para garantir também a atividade econômica. Mas a falha dessa teoria é
que ela não abarcaria os modelos sociais atuais mais complexos, pois é uma teoria muito
simplista. Não explica a essência do fenômeno tributário.
b)Teoria da repartição do custo público:É uma evolução da teoria do coorporativismo. O
estado é custeado pela sociedade. O custeio da atividade estatal deve ser repartido entre os
membros da sociedade. O custo deve se repartido, o tributo deve ser arrecadado do modo
que menos causar transtorno à sociedade. O tributo deve ser de acordo com a conveniência
social e com a capacidade contributiva de cada, independentemente do uso que cada um faz
do serviço público. O estado deve cobrar mais de quem tem mais dinheiro, porém não para
tirar dos ricos e dar para os pobres, o estado deve tirar na medida do que cada um pode
contribuir. Diferentemente da teoria da circulação, o estado não exige que o tributo faça
redistribuição de renda. Caracteristicas da teoria: 1)Conveniência social(A tributação é de
acordo com a capacidade produtiva de cada um), 2) redistribuição de renda ( PODE – e não
deve – redistribuir renda), 3) caráter coativo(Não depende da voluntariedade da pessoa)
5.2)O que seria o tributo justo? Justiça distributiva ( fiscal). São idéias baseadas na
capacidade contributiva, se baseia na distribuição do custo do estadode acordo com a renda
de cada um. Tratar igual os iguais e desigual os desiguais na medida da sua
desigualdade.Defende que o estado se financie com esse modelo.O tributo justo seria: 1)
Justiça distributiva(fiscal) 2)Causa da tributação= Fator de legitimação da tributação ( É
o que torna o tributo aceitável). O fator de legitimação é dividido em a) Preço da liberdade
ou b) Restrição mínima da liberdade.
a) A causa do tributo é a lei, a pessoa paga tributos, porque a lei diz que tem que
pagar.Cidadania fiscal-> Tributo cidadão. A liberdade é vista em sentido amplo: seria o
direito de propriedade, direito de segurança, direito de ir e vir, direito a serviços como luz,
telefone... O preço da liberdade é o preço que se paga ao estado para ele garantir as suas
liberdade. Essa teoria se baseia numa bondade do cidadão a qual ele não possui, a teoria usa
uma desculpa para passar a mão do dinheiro do cidadão,pois diz que todos devem agir
solidariamente para com o estado, para que o estado possa melhorar os serviçoes públicos
através do dinheiro arrecadado dos cidadãos (mas sabemos que, na prática, nem sempre
enxergamos retorno e melhorias com o aumento da carga tributária). É uma teoria muito
mais simpática à carga tributária do que a teoria da restrição mínima da liberdade.É o
oposto do que Adam Smith quis dizer, pois nessa teoria o cidadão paga o preço da
liberdade, já na teoria “b” o cidadão paga o preço mínimo da liberdade.
b)Vê o tributo como um sacrifício que suportamos do estado. O tributo é visto como um
fardo, pois infelizmente não podemos abrir mão do estado. È uma teoria do estado liberal,
que deve arrecadar o mínimo necessário, alegam que os particulares funcionam melhores
sozinhos, sem intervenção do estado.
6)Fiscalização seletiva = a) Informatização b)Massificação c) Simplificação.
a)A fiscalização tributária é concentrada em meios eletrônicos, justificados pela
necessidade de fiscalização tributária. Critica: Extorsão, perseguição, invasão de liberdade,
invasão de sigilo.
b)Há um grande volume de contribuintes.
c) Como o número de contribuintes é enorme, a lei deve ser cada vez mais simplificada,
mas o objetivo não é necessariamente simplificar a vida do cidadão, mas sim simplificar a
vida do estado.
Em suma: fiscalização seletiva: a) Cruzamento eletrônico de dados b)Pela imposição ao
contribuinte de deveres sociais formais( a pessoa deve cumprir toda a formalização do
tributo) c)Imposição de sanções mais graves: em alguns casos, não contribuir com o tributo
pode ser considerado crime. Na verdade, o estado é bem esperto. Na relação de pagamento
dos tributos, ele fica passivo, oculto, não faz cobranças anteriores, porém realiza uma
fiscalização a posteriore e faz posteriores ameaças se houver inadimplemento da obrigação
tributária. Se a pessoa não cumpriu o tributo, é sancionada.
6.2)a)a.1)Tarefa compulsória de parte da pro. privada para o estado a.2) prestações
exigidas do cidadão sem dever de contraprestação a.3)Preço da liberdade ( Adam Smith).
Pelas características expostas do tributo, podemos conceituá-lo como obrigações
pecuniárias exigidas do cidadão pelo Estado para obter receita sem dever de
contraprestação.
b)Art. 3, CTN: Tributo é uma prestação pecuniária. Prestação é o objeto de uma relação
jurídica, e relação jurídica é o vínculo, liame entre 2 polos subjetivos. O vínculo pode ser
uma faculdade, uma proibição, uma obrigação ou um dever. No caso do tributo, o liame é 1
dever, tendo como objeto uma prestação, que é a obrigação. O tributo é objeto de uma
relação jurídica em que o sujeito passivo exerce prestação ao passivo, que tem o direito de
exigi-la. O tributo é uma prestação pecuniária, prestação de dar quantia em dinheiro. O
objeto da obrigação tributária é a prestação, que é o tributo. Já o objeto da prestação, do
tributo, é o dinheiro. Tributo é a conduta humana exigida da obrigação tributária. No
Brasil, só é tributo prestação pecuniária, prestação de dar quantia em dinheiro. È uma
prestação compulsória, pois não é facultativa não é uma prestação alternativa.
Obs: NO regime anterior à C.F. de 88, a contribuição social salário educação era paga ou
em dinheiro ou a empresa podia manter creche aos filhos dos funcionários.Devido a isso, o
salário educação não era tributo, pois podia ser satisfeito sem ser em prestação pecuniária.
Hooje, o salário educação é tributo, pois só pode ser cumprido em dinheiro.(Dúvida-
não seria um meio alternativo???perguntar ao prof.)
O tributo é uma prestação pecuniária compulsória, em moeda ou valor que nela se possa
exprimir(O CTN ressalta o necessário caráter pecuniário do tributo), não é sanção de ato
ilícito e é instituído em lei, pois a lei exige que o tributo se expresse pela obrigação de
pagar em dinheiro, apesar de existirem meios alternativos do pagamento tributário. A
satisfação da obrigação não é necessariamente em dinheiro, o modo de satisfação do tributo
pode ser alternativo. O tributo decorre de um fato lícito, não ilícito. Tributo # Multas->O
tributo é uma receita derivada contributiva, a multa é uma receita derivada punitiva.É
instituído em lei, pois vivemos em um estado de direito, art. 5 II C.F, art. 50, I, C.F; a
característica “instituído em lei” é criticada pela doutrina, pois é óbvio que o tributo tem qe
ser instituído em lei, até devido ao próprio conceito de estado de direito, pois o fato do
Brasil ser 1 estado de direito já implicaria que o tributo devesse ser instituído em lei. O
tributo deve ser cobrado por atividade administrativa plenamente vinculada: atividade não
deve ser discricionária, a lei não deve dar nenhuma margem de escolha, nenhuma
discricionariedade ao agente administrativo tributário; critica: nenhuma lei independe de
interpretação, a atividade não é plenamente vinculada, pois sempre existe uma margem de
opção em cada caso concreto, a margem de discricionariedade é inevitável, na verdade o
que se quis dizer com “plenamente vinculada” é que o agente fiscal deve ter a sua vontade
contida, não deve dar mais poder ao gestor administrativo, pois na prática só podemos
restringir a discricionariedade, não eliminá-la, isso seria impossível.
O tributo é um dever compulsório de entregar determinada quantia ao estado devia a prática
de um ato lícito instituído em lei como o fato que gera a obrigação de pagar o tributo.
6.3)Art. 4,I CTN: Indica 2 elementos auxiliares no conceito de tributo: Não adianta
mudar o nome, o fato de algo ser tributo depende do seu enquadramento no conceito, não
do nome, não é o nome que define o que é ou não tributo. II: A destinação não é relevante
para dizer se algo é ou não tributo, apesar disso, a destinação não é irrelevante. Para saber
se algo é tributo, pouco importa o destino do dinheiro arrecadado com o tributo, porém
paga identificar a espécie do tributo, a destinação é, as vezes, relevante.
6.5) a)Pedágio b) Multas c) Receitas patrimoniais d)Parcela de solo criado e)Prestações
in natura/ em serviços f) Preços públicos( ou taxa?)
a) Pedágio: Cobrado pelo uso de rodovias
b) São prestações pecuniárias compulsórias devidas ao Estado devido a prática de um ato
ilícito. A distinção entre o tributo e a multa é o lícito e o ilícito. Ex de multa: Juros->às
vezes é a conseqüência de um ato ilícito
c) São receitas originárias que não possuem natureza tributária. Decorrem do patrimônio do
estado. Ex: Foro de marinha, royalties-> art. 20, parágrafo 1, CF. Não se submetem ao
CTN.
d)Muitas vezes a edificação avança sobre a área pública, com isso o particular deve pagar
ao município para usar aquela área pública. È como se fosse um aluguel da área pública,
não é tributo. È uma receita patrimonial: o município aluga parte do solo para o uso do
particular.
e)Ex: mesários. Não é tributo no Brasil.
f)São taxas pelos serviços públicos do estado. È uma receita originária derivada do
exercício da atividade econômica do Estado
7) Nem todos os tributos são iguais. Existe o gênero tributo e a espécie tributo.
7.1)Divisão de acordo com um determinado critério. O critério depende do modo como a
CF define o tributo. O critério deve ser de acordo com o ordenamento constitucional. A
classificação é de acordo com: a) Regime jurídico aplicável. b) competência tributária( b.1-
aferição b.2- controle dos limites da competência)