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O fenômeno tributário

1. Estado, necessidades públicas e financiamento


1.1 Atividade financeira do estado
1.2 Receitas originárias e derivadas
2. Perfil histórico
3. conteúdo mínimo do fenômeno tributário
4. Aspectos do fenômeno tributário
5. Fundamentação do tributo
5.1. Natureza do fenômeno financeiro-tributário
5.2.Tributo “justo”
6. Perspectivas atuais: Conceito de tributo
6.1. Conceitos doutrinários
6.2. Conceito jurídico-positivo
6.3. Nomenclatura
6.4. Destinação
6.5. Figuras afins
7. Classificação das espécies tributárias
7.1. Função
7.2. Materialidade.
7.3. Exações finalisticas/ restituíveis
7.4. Conceitos financeiros
7.5. Destinação
7.6. Restituibilidade

1)Sempre que existir estado existirá tributo.


Estado, poder, governo e tributo são irmãos.
Há uma constância na idéia de tributo, mas o tributo possui diversas formas de se
apresentar na sociedade.
Os homens possuem necessidades públicas ( Educação, saúde, moradia, segurança), que
são necessidades satisfeitas de modo conjunto, coletivo. O ente central que atua para
satisfazer as necessidades públicas é o Estado, que adota ações e medidas para garantir as
necessidades públicas.
Para satisfazer as necessidades públicas, o Estado precisa de meios( 1- Meios Humanos 2-
Meios materiais 3- Meios mediatos). Logo, os meios possuem como finalidade atender
necessidades públicas. Os meio mediato é o dinheiro e serve para comprar os outros meios.
Cada estado obtém esses meios de acordo com a sua forma política: se o estado for
absolutista, obtém através da força; se o estado for democrático, há uma compra desses
meios).
1.1) atividade financeira do estado é a atividade financeira do estado de OBTER, GERIR
e DISPENDER recursos públicos.
O estado não deve guardar dinheiro, apenas se for para a própria finalidade de satisfazeras
necessidades.
A obtenção dos recursos públicos compreende as receitas públicas: capital que o estado
consegue com o objetivo de usá-lo para satisfazer as necessidades públicas.
1.2)Divisão das receitas públicas pelo modo de obtenção delas: 1) Receitas
originárias: São as que o estado obtém atuando como agente econômico. São as que o
estado obtém pela sua própria atuação. Podem ser obtidas pelo exercício de: 1)atividade
econômica 2) exploração do patrimônio(Ex. de atividade econômica: o elevador Lacerda
cobra não pelo uso do patrimônio, mas sim pelo transporte fornecido à população.Ex.de
exploração do patrimônio: a Petrobrás é uma empresa com capital privado que paga ao
estado pelo uso do patrimônio petrolífero que pertence ao estado)
No geral, predomina nas sociedades as receitas originárias.
2) Receitas derivadas: São fundadas no poder de império do estado. Apenas o estado
obtém receita derivada, pois apenas o estado pode exercer o poder de império. O estado
obtém receita originária se valendo do seu poder de estado. As receitas derivadas possuem
classificação: 1) Expropriatórias 2) Confiscatórias 3) Punitivas 4) Contributivas 5)
Parasitárias.
1) As receitas expropriatórias e confiscatórias possuem diferença apenas de grau, pois a
essência é a mesma. Nas expropriatórias, o estado pega o bem e transfere ao domínio
público, valendo-se do seu poder de império. O estado se apossa de determinado bem.
Geralmente tem ligação com algum crime.
2) O estado faz o mesmo que nas receitas expropriatórias, porém faz isso com relação à
totalidade do patrimônio. Porém, é vedado o tributo com efeito de confisco.
3)Se baseiam no cometimento de um ilícito. É uma conseqüência imposta a uma pessoa,
pois ela fez algo de errado. Compreendem as multas ou penalidades.
(Obs: Em um estado capitalista, as receitas originárias são poucas, as expropriatórias e
confiscatórias são vedadas e as punitivas aplicadas. O principal modo de financeamento do
estado é a receita contributiva.)
4) Diferente das punitivas, se baseiam em um fato lícito: o tributo. Ex: paga-se IPTU por
obter um imóvel, e obter um imóvel não é estar contrário à lei. O tributo é a receita
derivada contributiva.
5) São valores cobrados de quem não faz parte do Estado(de quem não é cidadão do estado)
por meio de uma relação de dominação. Ex: expólio de guerra. A receira parasitária é
contributiva. As receitas contributivas são tributos que mudaram de parasitário( autoritário)
para contributiva( legal).
2) Perfil histórico:
O que sustenta o estado é o tributo, pois ele é a principal fonte de sustento do estado
capitalista, mas nem sempre foi assim. Nem sempre o tributo foi a principal fonte de
sustento do estado. Modelos históricos (linha do tempo):
a) Período dominical: o estado gerava a própria riqueza. Inicialmente prevalecia as
receitas originárias, quando não fossem suficientes, cobrava-se o tributo.
b)Periodo fiscal: Depois, o estado passou a ter um papel mais reduzido, abrindo espaço
para a riqueza privada. O estado passa a privilegiar as receitas derivadas, principalmente o
tributo, com o surgimento dos estados modernos.
Linha do tempo:
a) Antiguidade: São as civilizações orientais. Predominam as receitas originárias, mesmo
assim havia o tributo. Exs: mesopotâmia-> cobrava tributo para a pessoa ter acesso ao
zigurat. Egito-> cobrava tributo pela produção de acordo com a cheia do rio. Também
haviam os tributos de dominação, expólio de guerra.
b)Clássico: Permanece o perfil da antiguidade: receitas originárias + tributo de dominação(
expólio de guerra sobre o povo vencido). Exs: Roma + Grécia. No fim de Roma, os tributos
estavam ficando + complexos. Sempre existiu tributo, mas ele adquiriu maior relevância no
meio pro fim de Roma. O tributo na antiguidade clássica era o estigma da servidão= algo
que é pago por quem não é livre. O tributo era vinculado a quem era inferior. Era algo do
dominante sobre o dominado. Era vinculado ao estigma da servidão.
c) Id. Média: Pagamentos: In natura( tália), In serviço ( trabalho nas terras do senhor), de
circulação( precursores dos impostos aduaneiros de hoje). O estado era fraco, logo o tributo
era fraco. Houve uma involução da estrutura do estado.
d) Id. Moderna: Estava no período dos estados absolutistas, que eram organizados, mas
não eram estados de direito. Os estados absolutos evoluem para os estados constitucionais,
que são os embriões dos estados de direito. Nessa época, a tributação passa a não ser apenas
uma relação de poder, ex: Magna Carta= Nenhuma taxação sem representação( não haveria
taxação sem a prévia anuência dos senhores de terra, sem a representação deles), impõe
certos limites ao poder do rei. Evolui o perfil jurídico do tributo, vem a era contemporânea:
e) Era contemporânea: Os estados absolutos constitucionais evoluem para => teorias
mercantilistas e liberais. Estado mercantilista: comércio exterior e atuação na economia.
Protege o mercado interno, aumenta a despesa pública para realizar atividades econômicas.
O estado financia o mercantilismo. Há também tributos protecionistas, para proteger a
economia. Consolidam-se as formas de tributo. Depois surge a teoria liberal do estado
mínimo, estado que só fornece as necessidades mínimas. Há um ramo do liberalismo
chamado fisiocracia, os fisiocratas queriam a cobrança de tributos na produção agrícola. O
modelo econômico do estado tem impacto na forma tributária. Liberalismo-> Adam Smith-
> tentativa de sistematizar o tributo. Os estados contemporâneos são estados de direito,
logo o fenômeno tributário passa a ter aspecto jurídico. Há uma autocontenção do estado
pelas normas jurídicas. O gestor da coisa pública é gestor da coisa pública, e não senhor da
coisa pública. Tributação tem haver com o poder de império. Se o poder de império for
absoluto, o tributo será absoluto (Id. Moderna). No estado de direito, o que era mera relação
de poder passa a ser relação jurídica. Passa-se a falar em direito tributário, pois o tributo
passa a ser previsto legalmente, passa a ser uma relação jurídica de direito tributário, e não
uma mera relação de poder. Direito tributário só nasce no estado de direito. Modelos do
estado de direito: a) Socialista: no comunismo não haveria tributo, pois não há privado,
toda riqueza é do estado. b) Capitalista: o tributo é a fonte de sustento do estado. Nessa
estado a propriedade é privado, e o estado tem certas propriedades para exercer as suas
funções. Só sobra para sustentar o estado as receitas contributivas. O estado capitalista de
direito é financiado pelo tributo, e o tributo é domesticado pelo regime jurídico do direito
tributário. O tributo é fonte de atrito entre o particular e o público, pois o público invade o
particular. O estado precisa de instrumentos para fazer valer a cobrança dos tributos.
3) Conteúdo mínimo do fenômeno tributário-> art 3: o tributo deve ser sempre em função
de algo lícito. Não há unanimidade quanto ao conteúdo mínimo. 4 subtópicos do conteúdo
mínimo: a) tributo decorrente de 1 fato lícito b) compulsoriedade c) Ausência de
contrapartida direta d) função como instrumento de financiamento público.
a)Fato lícito: receitas derivadas contributivas. Algo lícito com conseqüências desvantajosas.
a.1) Superposição de efeitos: a tributação se superpõe aos efeitos das atividades dos
particulares. a.2) Rejeição social: o cumprimento voluntário da norma só se dá mediante o
medo da sanção. Obediência é diferente de aceitação: a pessoa obedece por medo da
sanção, já a pessoa aceita porque acha a norma certa. O tributo tem obediência, mas não
aceitação.
b) compulsoriedade: é a obrigatoriedade do pagamento do tributo. Prestação pecuniária
compulsória, obrigatória. È o oposto de facultatividade, pois o tributo não é voluntário, mas
involuntário. Ninguém vende algo com o objetivo de pagar tributo. A compulsoriedade
perpassa também por uma relação de poder, uma relação d eimpério do estado. A tributação
sempre será uma relação de poder( Otto Mayer). “ o tributo não é uma relação jurídica, mas
de poder, até por que o estado não é de direito”-> mas o tributo dentro do estado de direito
é uma relação jurídica. No estado de direito, a relação de poder é domesticada pelo próprio
estado de direito, pois o poder não é absoluto, mas sim filtrado pelas relações jurídicas. No
estado de direito, a relação de poder é condicionada.
c) Não é uma relação nem contratual, nem negocial. Não existe sinalagmática, que é uma
relação de prestações contrapostas, troca de obrigações por vontade dos agentes, ex: pagar
condomínio para ter o serviço. A taxa não é sinalagmática, só as taxas judiciárias. Relação
sinalagmática= relação contratual.
d)Financiamento público= financiamento da atividade pública. È o dinheiro que o estado
gasta no exercício das suas atividades, dos meios que o estado precisa para o atendimento
das suas necessidades.
O tributo deve ter caráter pecuniário? Quem defende que sim, alega que o tributo é receita e
que receita deve ser em dinheiro. Outros dizem que tributo é riqueza, e que riqueza não
necessariamente deve ser expressa em dinheiro. Hoje, as sociedades usam o tributo
majoritariamente em caráter pecuniário. No direito positivo brasileiro, o tributo tem que ter
caráter pecuniário. È difícil pensar em tributo sem ser pecuniário. O conceito positivo no
Brasil exige que o tributo tenha caráter de prestação pecuniária.Apesar disso, há o art. 156
ctm-> Meios alternativos de se pagar o tributo.
4) a) político b) econômico c) social d) jurídico
a)a.1) fiscal: como o estado usará o tributo arrecadado. a.2) extrafiscal: para direcionar
comportamentos. Ex: pagar iptv para o imóvel que não cumpre a sua função social. O
tributo induziria o comportamento da pessoa a cumprir a sua função social.
b) Impacto do tributo na economia. O tributo é um elemento da economia. Alguns dizem
que o tributo distorce o preço.
c) Cobrar dos ricos para ajudar os pobres? Outra questão é o custo fiscal do trabalho
formal, pois ninguém assina carteira para não pagar tributos, e isso é ruim para o
contratado.
d) Disciplina jurídica: direito tributário.

O fenômeno tributário(Cont.)
5)a)Fato lícito- Rejeição social b) Atividade financeira do estado
Mudando de assunto... Alguns doutrinadores dizem que a taxa é sinalagmática, mas o
professor discorda. Mesmo quem diz serem as taxas sinalagmáticas, não defendem que as
taxas são contratuais. Às vezes a taxa é só uma relação de poder, mas no estado de direito a
taxa é uma relação de poder e uma relação jurídica.
Voltando. O tributo decorre de um fato lícito, é uma conseqüência desvantajosa para um
comportamento nada irregular. O tributo é uma norma tendente à rejeição social.As pessoas
só cumprem a norma tributária por medo da sanção, por isso muitos sonegam. Em suma, o
cumprimento da norma tributária geralmente se dá sob ameaça de sanção. A
fundamentação do tributo é igual à fundamentação da multa, porém na multa, a pessoa paga
por ter cometido um erro, algo ilícito. No tributo não há uma contrapartida direta. A
justificativa do tributo deve-se à atividade financeira do estado.
5.1)Existem teorias que buscam explicar o porquê da necessidade do fenômeno tributário.
a) Teoria do consumo: Foi adotada inicialmente por Adam Smith e mais tarde
difundidade. Alega que a iniciativa privada produz riqueza e o estado consome a riqueza
para realizar os seus fins públicos. O Estado seria um mau necessário, é mau porque a
pessoa abre mão de parte da sua riqueza, mas é necessário porque essa riqueza faz com que
o estado financie suas atividades. Essa é a teoria base do tributo justo, é a teoria que
restringe menos a propriedade. Diz que o estado deve tributar o mínimo para financiat as
suas atividades
b)Teoria da circulação: Possui a mesma premissa base da teoria do consumo: O estado
não produz a sua própria riqueza, adquire ela a partir da iniciativa privada.Diz que o estado
é um importante agente de redistribuição de riqueza.O tributo seria um mecanismo de
justiça social. Quem tem mais deve pagar mais para distribuir a riqueza para os pobres. O
estado tributaria a população, financiaria as atividades e, além dessas funções, redistribuiria
a riqueza à população.Critica1: O estado não é um bom agente de redistribuição de
riqueza.O tributo como meio de produzir justiça e redistribuir riqueza é uma idéia meio
falha. Critica 2: O sistema capitalista é meritocrático, o sistema capitalista não pode punir,
não pode descontar em quem ganha mais.
c)Teoria da produção:O tributo possui papel secundário, pois o estado seria um agente
econômico ativo. Ao contrário das duas teorias anteriormente citadas, o próprio estado gea
a sua riqueza, não precisando de tributos. O estado utiliza receitas originárias para
enriquecer.Critica: essa teoria não é aplicável ao estado capitalista atual, pois o estado
capitalista não é protagonista da sua atividade econômica.
d)Teoria da utilidade relativa:Possui certa semelhança com a teoria da circulação, só que
um pouco mais “sem vergonha”. Diz que a riqueza privada só é útil para o titular privado
até certo ponto limite. A partir de certo ponto, a riqueza não tem maior utilidade para a
pessoa, e o estado passa a utilizar mais a riqueza da pessoa do que ela mesma. Ex: Você
ganha 7.000 de salário, se você ganhar até uns 15.000 você ainda é o maior utilizador da
sua riqueza, mas se você passar a ganhar mais de 15.000 de renda, quem mais usaria seu
dinheiro seria o estado.
e)Teoria do sistema de preços:Vê o estado como uma mega-empresa que prestaria
serviços à sociedade e, em troca, cobraria pelos serviços. O tributo seria a remuneração
fornecida pela sociedade aos serviços prestados pelo estado. Critica: Não existe
contrapartida direta pelo tributo, não existe relação do pagamento do tributo com os
serviçoes prestados pelo estado.Critica 2: O
tributo não paga apenas
serviços, mas também...?(Perguntar ao prof.)
b)Teoria do cooperativismo:É a teoria do clubão:a sociedade seria um clube e em troca
dos serviços prestados pelo clube deve-se pagar.Vê o tributo como uma retribuição pelo
fornecimento do estado de 1 estrutura social de convivência, de um ambiente público. A
teoria não é errada, pois o estado fornece infra-estrutura, segurança, iluminação... tudo isso
serve até mesmo para garantir também a atividade econômica. Mas a falha dessa teoria é
que ela não abarcaria os modelos sociais atuais mais complexos, pois é uma teoria muito
simplista. Não explica a essência do fenômeno tributário.
b)Teoria da repartição do custo público:É uma evolução da teoria do coorporativismo. O
estado é custeado pela sociedade. O custeio da atividade estatal deve ser repartido entre os
membros da sociedade. O custo deve se repartido, o tributo deve ser arrecadado do modo
que menos causar transtorno à sociedade. O tributo deve ser de acordo com a conveniência
social e com a capacidade contributiva de cada, independentemente do uso que cada um faz
do serviço público. O estado deve cobrar mais de quem tem mais dinheiro, porém não para
tirar dos ricos e dar para os pobres, o estado deve tirar na medida do que cada um pode
contribuir. Diferentemente da teoria da circulação, o estado não exige que o tributo faça
redistribuição de renda. Caracteristicas da teoria: 1)Conveniência social(A tributação é de
acordo com a capacidade produtiva de cada um), 2) redistribuição de renda ( PODE – e não
deve – redistribuir renda), 3) caráter coativo(Não depende da voluntariedade da pessoa)
5.2)O que seria o tributo justo? Justiça distributiva ( fiscal). São idéias baseadas na
capacidade contributiva, se baseia na distribuição do custo do estadode acordo com a renda
de cada um. Tratar igual os iguais e desigual os desiguais na medida da sua
desigualdade.Defende que o estado se financie com esse modelo.O tributo justo seria: 1)
Justiça distributiva(fiscal) 2)Causa da tributação= Fator de legitimação da tributação ( É
o que torna o tributo aceitável). O fator de legitimação é dividido em a) Preço da liberdade
ou b) Restrição mínima da liberdade.
a) A causa do tributo é a lei, a pessoa paga tributos, porque a lei diz que tem que
pagar.Cidadania fiscal-> Tributo cidadão. A liberdade é vista em sentido amplo: seria o
direito de propriedade, direito de segurança, direito de ir e vir, direito a serviços como luz,
telefone... O preço da liberdade é o preço que se paga ao estado para ele garantir as suas
liberdade. Essa teoria se baseia numa bondade do cidadão a qual ele não possui, a teoria usa
uma desculpa para passar a mão do dinheiro do cidadão,pois diz que todos devem agir
solidariamente para com o estado, para que o estado possa melhorar os serviçoes públicos
através do dinheiro arrecadado dos cidadãos (mas sabemos que, na prática, nem sempre
enxergamos retorno e melhorias com o aumento da carga tributária). É uma teoria muito
mais simpática à carga tributária do que a teoria da restrição mínima da liberdade.É o
oposto do que Adam Smith quis dizer, pois nessa teoria o cidadão paga o preço da
liberdade, já na teoria “b” o cidadão paga o preço mínimo da liberdade.
b)Vê o tributo como um sacrifício que suportamos do estado. O tributo é visto como um
fardo, pois infelizmente não podemos abrir mão do estado. È uma teoria do estado liberal,
que deve arrecadar o mínimo necessário, alegam que os particulares funcionam melhores
sozinhos, sem intervenção do estado.
6)Fiscalização seletiva = a) Informatização b)Massificação c) Simplificação.
a)A fiscalização tributária é concentrada em meios eletrônicos, justificados pela
necessidade de fiscalização tributária. Critica: Extorsão, perseguição, invasão de liberdade,
invasão de sigilo.
b)Há um grande volume de contribuintes.
c) Como o número de contribuintes é enorme, a lei deve ser cada vez mais simplificada,
mas o objetivo não é necessariamente simplificar a vida do cidadão, mas sim simplificar a
vida do estado.
Em suma: fiscalização seletiva: a) Cruzamento eletrônico de dados b)Pela imposição ao
contribuinte de deveres sociais formais( a pessoa deve cumprir toda a formalização do
tributo) c)Imposição de sanções mais graves: em alguns casos, não contribuir com o tributo
pode ser considerado crime. Na verdade, o estado é bem esperto. Na relação de pagamento
dos tributos, ele fica passivo, oculto, não faz cobranças anteriores, porém realiza uma
fiscalização a posteriore e faz posteriores ameaças se houver inadimplemento da obrigação
tributária. Se a pessoa não cumpriu o tributo, é sancionada.
6.2)a)a.1)Tarefa compulsória de parte da pro. privada para o estado a.2) prestações
exigidas do cidadão sem dever de contraprestação a.3)Preço da liberdade ( Adam Smith).
Pelas características expostas do tributo, podemos conceituá-lo como obrigações
pecuniárias exigidas do cidadão pelo Estado para obter receita sem dever de
contraprestação.
b)Art. 3, CTN: Tributo é uma prestação pecuniária. Prestação é o objeto de uma relação
jurídica, e relação jurídica é o vínculo, liame entre 2 polos subjetivos. O vínculo pode ser
uma faculdade, uma proibição, uma obrigação ou um dever. No caso do tributo, o liame é 1
dever, tendo como objeto uma prestação, que é a obrigação. O tributo é objeto de uma
relação jurídica em que o sujeito passivo exerce prestação ao passivo, que tem o direito de
exigi-la. O tributo é uma prestação pecuniária, prestação de dar quantia em dinheiro. O
objeto da obrigação tributária é a prestação, que é o tributo. Já o objeto da prestação, do
tributo, é o dinheiro. Tributo é a conduta humana exigida da obrigação tributária. No
Brasil, só é tributo prestação pecuniária, prestação de dar quantia em dinheiro. È uma
prestação compulsória, pois não é facultativa não é uma prestação alternativa.
Obs: NO regime anterior à C.F. de 88, a contribuição social salário educação era paga ou
em dinheiro ou a empresa podia manter creche aos filhos dos funcionários.Devido a isso, o
salário educação não era tributo, pois podia ser satisfeito sem ser em prestação pecuniária.
Hooje, o salário educação é tributo, pois só pode ser cumprido em dinheiro.(Dúvida-
não seria um meio alternativo???perguntar ao prof.)
O tributo é uma prestação pecuniária compulsória, em moeda ou valor que nela se possa
exprimir(O CTN ressalta o necessário caráter pecuniário do tributo), não é sanção de ato
ilícito e é instituído em lei, pois a lei exige que o tributo se expresse pela obrigação de
pagar em dinheiro, apesar de existirem meios alternativos do pagamento tributário. A
satisfação da obrigação não é necessariamente em dinheiro, o modo de satisfação do tributo
pode ser alternativo. O tributo decorre de um fato lícito, não ilícito. Tributo # Multas->O
tributo é uma receita derivada contributiva, a multa é uma receita derivada punitiva.É
instituído em lei, pois vivemos em um estado de direito, art. 5 II C.F, art. 50, I, C.F; a
característica “instituído em lei” é criticada pela doutrina, pois é óbvio que o tributo tem qe
ser instituído em lei, até devido ao próprio conceito de estado de direito, pois o fato do
Brasil ser 1 estado de direito já implicaria que o tributo devesse ser instituído em lei. O
tributo deve ser cobrado por atividade administrativa plenamente vinculada: atividade não
deve ser discricionária, a lei não deve dar nenhuma margem de escolha, nenhuma
discricionariedade ao agente administrativo tributário; critica: nenhuma lei independe de
interpretação, a atividade não é plenamente vinculada, pois sempre existe uma margem de
opção em cada caso concreto, a margem de discricionariedade é inevitável, na verdade o
que se quis dizer com “plenamente vinculada” é que o agente fiscal deve ter a sua vontade
contida, não deve dar mais poder ao gestor administrativo, pois na prática só podemos
restringir a discricionariedade, não eliminá-la, isso seria impossível.
O tributo é um dever compulsório de entregar determinada quantia ao estado devia a prática
de um ato lícito instituído em lei como o fato que gera a obrigação de pagar o tributo.
6.3)Art. 4,I CTN: Indica 2 elementos auxiliares no conceito de tributo: Não adianta
mudar o nome, o fato de algo ser tributo depende do seu enquadramento no conceito, não
do nome, não é o nome que define o que é ou não tributo. II: A destinação não é relevante
para dizer se algo é ou não tributo, apesar disso, a destinação não é irrelevante. Para saber
se algo é tributo, pouco importa o destino do dinheiro arrecadado com o tributo, porém
paga identificar a espécie do tributo, a destinação é, as vezes, relevante.
6.5) a)Pedágio b) Multas c) Receitas patrimoniais d)Parcela de solo criado e)Prestações
in natura/ em serviços f) Preços públicos( ou taxa?)
a) Pedágio: Cobrado pelo uso de rodovias
b) São prestações pecuniárias compulsórias devidas ao Estado devido a prática de um ato
ilícito. A distinção entre o tributo e a multa é o lícito e o ilícito. Ex de multa: Juros->às
vezes é a conseqüência de um ato ilícito
c) São receitas originárias que não possuem natureza tributária. Decorrem do patrimônio do
estado. Ex: Foro de marinha, royalties-> art. 20, parágrafo 1, CF. Não se submetem ao
CTN.
d)Muitas vezes a edificação avança sobre a área pública, com isso o particular deve pagar
ao município para usar aquela área pública. È como se fosse um aluguel da área pública,
não é tributo. È uma receita patrimonial: o município aluga parte do solo para o uso do
particular.
e)Ex: mesários. Não é tributo no Brasil.
f)São taxas pelos serviços públicos do estado. È uma receita originária derivada do
exercício da atividade econômica do Estado
7) Nem todos os tributos são iguais. Existe o gênero tributo e a espécie tributo.
7.1)Divisão de acordo com um determinado critério. O critério depende do modo como a
CF define o tributo. O critério deve ser de acordo com o ordenamento constitucional. A
classificação é de acordo com: a) Regime jurídico aplicável. b) competência tributária( b.1-
aferição b.2- controle dos limites da competência)

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