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BENJAMIN, Walter. Pequena História da fotografia.

In: Obras escolhidas: Magia e Técnica, Arte


e Política. São Paulo: Brasiliense, 1996.

91) Invenção da fotografia, fixar imagens da câmera escura conhecida desde Leonardo.

Apogeu d fotografia deu-se no primeiro decênio após a invenção (dec. 1850) (pré-industrial)

92) Semelhante às artes de feira “cartas de visita” ganham notoriedade

Reações violentas dos puritanos - Conceito filisteu de arte – antitécnico

93) Clichês de Daguerre eram manipulados para uma fosca exposição – muito caras

Hill imagem da igreja – mas imagens humanas são mais importantes

94) Técnica mais exata atribui um valor mágico ausente nas pinturas

Natureza que fala à câmera (inconsciente) não é a mesma do olhar (consciente)

Foto revela um inconsciente ótico justamente por seu caráter técnico (luz, movimento)

95) diferença entre técnica e magia é variável histórica

não se estabelecera contato entre fotografia e atualidade

96) Ex do cemitério – Tempo de exposição – Técnica define o sentido e a aura

Nessas primeiras imagens tudo era organizado para durar – roupas eternas como pele

97) Homens de negócio se instalaram – Gosto em decadência

Surgem os álbuns - feios

98) Surgem acessórios como escoros

Fotografados transmitiam segurança e plenitude – efeito de luz e sobre

99) tempo de exposição transmite grandeza aos clichês

Círculo de vapor

Bom gosto na foto é erro de interpretação – Fotógrafo como técnico e fotografado como
burguês a se endeusar

Pós 1880 ótica permite total controle de luzes – expulsa a aura da fotografia com as luzes
expulsa a aura da realidade com a decadência da burguesia imperialista.

Entrou na moda o tom crepuscular do Jungendstil

Rigidez nas poses era paradoxal frente a impotência dos homens frente a técnica [Heidegger]

100) Decisivo na fotografia é a relação fotógrafo-técnica


101) O que é uma aura? Figura singular composta por elementos espaciais e temporais [aura
como Ser – Essência]

Homem tenta “aproximar” [apreender] essa relação através da reprodução – possuir o objeto

Distinguir reprodução [representação] de imagem [bild] [apresentação] [envio]

Reprodução destrói a aura e captura o objeto

102) Imagens se tornam vazias – Surrealismo prepara uma saudável alienação do homem com
mundo

Para fotógrafo renunciar ao homem é impensável

103) Tornar exatos os processos de captar fisionomias pode ser necessário – Necessidade de
ver e ser visto – Álbum como um mapa.

104) “Fotografia como arte” ou “arte como fotografia”? – Reprodução se torna mais
importante

Fotógrafo é como caçador que volta com massa comercial para casa

Não é fracasso dos contemporâneos – É que a concepção da arte se modificou com a mudança
na técnica

Não podemos mais velas como criações individuais – Criações coletivas possantes

Reproduções asseguram ao homem forte grau de domínio sobre as obras

Tensão moderna entre arte e fotografia

Fotógrafos iniciaram com arte mas logo abandonaram – Substituição da pintura

105) Perigo da fotografia é a comercialização

Transcendendo à política e à ciência a foto torna-se “criadora” quando articula-se à moda.

106) Mais a serviço do valor de venda que do conhecimento

Contrapartida é o desmascaramento ou a construção

Construir algo além desse realismo comercial – Mérito aos surrealistas

107) Nem Wiertz (gaba) nem Baudelaire (critica) compreendiam eram as injunções implícitas
na autenticidade da fotografia em seus tempos. [meio termo benjaminiano?]

[Remeter ao Barthes imagem moda- p, 66 – Conflito entre técnica e homem]

[Remeter a Oehler – p. 217 – Repúdio à fotografia]

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