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v Ciências da Natureza

Importância do ar para os seres vivos – Informação adicional

Poluição atmosférica – causas naturais e causas humanas

A estratosfera encontra-se entre os 15 e os 50 km acima da superfície da Terra. É nesta


camada da atmosfera que a energia solar quebra algumas moléculas de oxigénio (O2). Os
átomos de oxigénio (O) combinam-se com moléculas intactas de oxigénio (O2) e originam ozono
(O3). A camada de ozono originada absorve os raios ultravioletas do Sol, evitando que estes
atinjam a Terra. Se estes raios atingissem a Terra, a vida não seria possível, porque os seres
vivos não toleram doses elevadas de radiação ultravioleta.

Os principais fatores que determinam o nível de poluição são: a quantidade de poluentes no ar,
o espaço no qual os poluentes estão dispersos e os mecanismos que removem os poluentes do
ar.

Vulcões, fogos e tempestades de areia lançam fumos e outros poluentes naturais na atmosfera,
por onde podem ficar durante milhões de anos. As árvores e outras plantas emitem, para a
atmosfera, compostos orgânicos voláteis. Contudo, a biosfera possui mecanismos que
removem, assimilam e reciclam os poluentes naturais. Quando os poluentes se dispersam na
.
atmosfera, ocorre a sua limpeza, pois o radical hidroxilo (HO ) combina-se com muitos deles
tornando-os inofensivos ou precipitando-os na Terra, onde os microrganismos do solo
convertem alguns dos compostos em produtos inofensivos. A química de toda esta limpeza é
complexa e está a ser investigada.

Com a descoberta do fogo, os humanos começaram a acrescentar a estes outros poluentes


naturais. Durante séculos, a poluição provocada pelos humanos foi destruída pelos processos
naturais e não teve naturalmente efeitos prejudiciais. Com a Revolução Industrial começou a
utilizar-se o carvão para aquecimento e obtenção de energia, e a poluição do ar passou a ser
significativa. Esta poluição tornou-se conhecida como "nevoeiro industrial", mistura de nevoeiro
e fumo (smog), uma irritante mistura de compostos sulfurosos e vapor de água.

As substâncias estranhas que provocam a poluição atmosférica, na forma sólida, líquida e


gasosa, concentram-se em suspensão na atmosfera. Não fazem parte da composição habitual
do ar, onde por vezes se encontram em quantidades anormais. As suas fontes possíveis são os
procedimentos industriais e as combustões, tanto domésticas como industriais, principalmente
de combustíveis sólidos (carvão) e líquidos (gasolina, petróleo, etc.), que produzem fumos,
poeiras e óxido de enxofre, e também os veículos motorizados, cuja densidade nas regiões
fortemente urbanizadas determinam uma poluição atmosférica elevada.

Das substâncias mais poluentes da atmosfera são de destacar os óxidos de enxofre, o óxido de
carbono, os óxidos de azoto, os hidrocarbonetos gasosos libertados depois da combustão
incompleta dos hidrocarbonetos líquidos, o chumbo, os fluoretos, etc.

O dióxido de enxofre é dos poluentes mais vulgares na atmosfera das grandes cidades e zonas
industriais. O principal perigo representado pelo dióxido de enxofre resulta das reações
químicas que em certas condições ambientais (humidade) dão origem ao ácido sulfúrico, que
está na base dos nevoeiros industriais (smog) e das chuvas ácidas. Os óxidos de azoto, embora
com uma presença menos significativa, também dão origem a estes fenómenos (nevoeiros
industriais e chuvas ácidas).

poluição atmosférica. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-04-09].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$poluicao-atmosferica> [adaptação].

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