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PROJETO TALENTO CIDADÃO:

Esportes, Atividades Educacionais, Meio Ambiente e Saúde

IDENTIFICAÇÃO DA PROPONENTE
UNESP - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT
Campus de Presidente Prudente – SP

1. ENDEREÇO
Rua Roberto Simonsen, 305 – caixa postal 467
CEP: 19.060-900 – Presidente Prudente, SP
Telefone: (18) 3229-5300

2. COORDENAÇÃO DO PROJETO
Coordenadora Geral:
Professora Doutora Giovana Rampazzo Teixeira
Docente do Departamento de Educação Física
(018) 3229-5718 / (18) 99743-9050
giovana@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/2315704053720238
1. Atividades Esportivas:
Modalidade de Atletismo
Professora Doutora Giovana Rampazzo Teixeira
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5718
giovana@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/2315704053720238

Professor Inaldo Justino de Sena


Associação Paulista de Atletismo - APA
(18) 98123-5263
inaldosena2011@hotmail.com

Modalidade de Basquetebol
Professora Doutora Giovana Rampazzo Teixeira
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5718
giovana@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/2315704053720238

Modalidade de Futsal
Professora Doutora Camila Buonani Silva
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5727
camilabuonani@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/4886508734236745

Modalidade de Handebol
Professora Doutora Camila Buonani Silva
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5727
camilabuonani@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/4886508734236745

Modalidade de Tênis
Professor Doutor Luis Alberto Gobbo
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5910
luisgobbo@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/6550959666011238

Modalidade de Voleibol
Professor Doutor Luiz Rogério Romero
Docente do Departamento de Educação Física
(18) 3229-5725
romero@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/5234660343892450
2. Atividades Educacionais

Atividades Ludo pedagógicas e Inclusão educacional para Crianças em situação


de risco e vulnerabilidade social.

Professor Doutor Antonio Thomaz Junior


Departamento: Geografia
(18) 98137-5000
thomaz@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/1283115540482082

Professor Doutor Irineu Aliprando Tuim Viotto Filho


Departamento: Educação Física
(18) 997489761
tuimviotto@gmail.com http://lattes.cnpq.br/9832146666836332

Inclusão Literária - Bebeteca escolar


Professora Doutora Renata Junqueira de Souza
Docente do Departamento de Educação
Coordenadora do CELLIJ (Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil)
Tel. (18) 3229.5836
recellij@gmail.com

Colaboradora:
Marisa Oliveira Vicente
Pedagoga no CELLIJ
Tel. (18) 3229.5836 e (18) 99609.0425
marisa@fct.unesp.br

Brincando e aprendendo com Arte Indígena


Professora Doutor Neide Barrocá Faccio
Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente
(18) 99703-3146
faccio@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/7557408900241806

Ensino de Física
Professora Doutora Agda Eunice de Souza
Departamento de Física
(18) 3229-573 - Celular:(18) 99715-9618
agda@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/6770941534966452

Colaboradores:
Professora Doutora Ana Maria Osório Araya Balan
Departamento de Física
(18) 3229-5753
amoa@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/1543738193935256

Professor Doutor Angel Fidel Volche Peña


Departamento de Física
(18) 3229-5740
angel@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/0746570277957079
Professor Doutor Moacir Pereira de Souza Filho
Departamento de Física
(18) 3229-5756
moacir@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/9240823312105954

Professor Doutor Silvio Rainho Teixeira


Departamento de Física
(18) 3229-5741
rainho@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/9256541983393135

Ensino da Matemática
Professor Doutor Suetônio Almeida Meira
Departamento de Matemática e Computação
(018) 3229-5632
smeira@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/1247314539789937

Ensino de Química

Professor Doutor Gustavo Bizzaria Gibin


Departamento de Química e Bioquímica
(018) 3229-5762
gustavogibin@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/4695253173194100

Professor Doutor Sergio Antonio Marques de Lima


Docente do Departamento de Química e Bioquímica
(018) 3229-5752
samlima@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/7156542219017457

Colaboradores:
Professora Doutora Ana Maria Pires
Docente do Departamento de Química e Bioquímica
(018) 3229-5748
anapires@fct.unesp.br

Ensino de Informática
Professor Doutor Rogério Eduardo Garcia
Departamento de Matemática e Computação
(018) 3229-5606
rogerio@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/8031012573259361
3. Meio-ambiente

Sustentabilidade no Bairro Brasil Novo: Permaculturando


Professor Doutor Fernando Sérgio Okimoto
Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente
(018) 3229-5702
okimotofs@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/6072352360545981

Oficina de Sabão
Professor Doutor Sergio Antonio Marques de Lima
Departamento de Química e Bioquímica
(18) 3229-5772
samlima@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/7156542219017457

4. Saúde e bem estar da família


Prevenção ao uso abusivo de álcool e Drogas
Enfermeira
Judith Aparecida Fernandes de Souza Teixeira
Seção Técnica de Saúde
(18) 3229-5338 cel (18) 99734-6482
judith@fct.unesp.br

Assistente Social
Maria Regina Kemp F Vila Real -
Seção Técnica de Saúde
(18) 3229-5339 cel (18) 99795-5009
kemp@fct.unesp.br

Professora Doutora Sumaia Inaty Smaira


Depto de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina
UNESP - Campus de Botucatu - SP
(14) 3880-1244 cel (14)99775-7937
smaira@fmb.unesp.br http://lattes.cnpq.br/9423859833835064

Dra Maria Odete Simão


Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina
UNESP - Campus de Botucatu - SP
(014) 3880-1911 cel (14) 99798-6021
modete@fmb.unesp.br http://lattes.cnpq.br/5261770741828792

Professora Doutora Ana Flora Dalberto Vasconcelos


Departamento de Química e Bioquímica
(18) 3229-5745
anaflora@fct.unesp.br http://lattes.cnpq.br/1772357406127426
5. Parceiros:

Professor Inaldo Justino de Sena


Associação Paulista de Atletismo - APA
(18) 98123-5263
inaldosena2011@hotmail.com

Professor André Domingos


Projeto Velozes em Ação Presidente Prudente
(18) 98114-5975
veloz-andre@hotmail.com

6. Apoio:
Centro Local de Apoio à Extensão – CLAE
Representante Conselho Consultivo:
Professor Doutor Aldo Eloizo Job

Apoio Administrativo:
Ademir dos Santos Cardoso - ademir@fct.unesp.br
Jussara Arantes Antonio - jussara@fct.unesp.br
Mara Lucia Ascenço Dedubiani- mara@fct.unesp.br

(018) 3229-5770 - 3229-5771

Paróquia Nossa Senhora Desatadora dos Nós e São José de Anchieta.


Padre Ivair Gentil Zancheta
(018) 99601-2554
pe.ivair@uol.com.br
1. Introdução: Projeto Talento Cidadão

A situação de risco e vulnerabilidade está estritamente ligada à gravidade do quadro


de pobreza e miséria, no Brasil, que constitui permanente preocupação e obriga a
refletir sobre suas influências sociais, na qual as políticas públicas ainda se ressentem
de uma ação mais expressiva. O Estado deve assegurar direitos e propiciar condições
para a efetiva participação das crianças e dos adolescentes na área social, contudo
estas ações estão cada vez mais vinculadas ao desempenho da economia. A proteção
integral à criança e ao adolescente, garantida pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA (Brasil, 1990) em seu art. 4º, que tem a família, além da
comunidade, da sociedade e do Poder Público, como uma das responsáveis pela
proteção da sua prole, se vê, no entanto, no rumo inverso, uma vez que, alijada das
mínimas condições socioeconômicas, sofre o processo da exclusão social. A injustiça
social dificulta o convívio saudável da família, favorecendo o desequilíbrio das
relações e a desagregação familiar.
Apesar da incidência de trabalho infantil estar diminuindo, um grande número de
crianças continua trabalhando e por um período longo de horas. O Departamento de
Estatística da Organização Internacional do Trabalho estimou em 2000 que,
mundialmente, existiam em torno de 211 milhões de crianças entre cinco e 14 anos
trabalhando. No Brasil, dados da PNAD de 2003 mostram que ainda existem mais de
dois milhões e setecentas mil crianças e jovens de cinco a 15 anos trabalhando ou
7,5% do total nessa faixa etária, apesar de ter havido um declínio acentuado,
principalmente, a partir da metade da década de 90. Em 1992, por exemplo, havia
quase cinco milhões e meio de crianças trabalhando, correspondendo a 14,6% da
população entre cinco e 15 anos.
A socialização é o processo pelo qual as crianças e os adolescentes adquirem
comportamento, habilidades, motivações e valores característicos e apropriados para
a cultura e envolvimento em comunidade (Newcombe, 1999). Historicamente, as
crianças e os adolescentes têm suscitado a implementação de diferentes estratégias
políticas. Atualmente, as ações direcionadas a esta população têm sido subsidiadas
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)24. O ECA24 entende as crianças e
os adolescentes como sujeitos de direito, sendo-lhes garantida a sua proteção integral.
De acordo com o ECA, em seu artigo 4º, é dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade,
e à convivência familiar e comunitária.
Fatores negativos, causados pelo trabalho infantil, resultam na baixa escolaridade e o
pior desempenho escolar, têm o efeito de limitar as oportunidades de emprego a
postos que exigem qualificação e que dão melhor remuneração, mantendo o jovem
dentro de um ciclo repetitivo de pobreza já experimentado pelos pais. Outra
consequência do trabalho realizado na infância é a de piorar o estado de saúde da
pessoa, tanto na fase inicial da vida, quanto na fase adulta. Os efeitos maléficos do
trabalho infantil sobre a saúde foram constatados em alguns estudos, apesar de a
literatura abrangendo esse tópico ser bastante escassa pela falta de dados.
O Projeto Talento Cidadão tem como principal objetivo proporcionar às crianças e aos
adolescentes, em situação de vulnerabilidade social – mais especificamente crianças
submetidas ao trabalho infantil - socialização e novas concepções promovidas pela
construção de trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo
ao esporte. Atualmente em nossos ambientes sociais contamos com apenas as redes
tradicionais de socialização (família e escola) como espaços de socialização
fundamentais no processo de desenvolvimento da criança e do adolescente.
A intenção do referido projeto é oferecer instrumentos e ações que amenizem uma
infinidade de situações vividas negativamente e minimizem as consequências das
desigualdades sociais, da pobreza e da exclusão social; da falta de vínculos afetivos
na família e nos demais espaços de socialização; da passagem abrupta da infância à
vida adulta; da falta de acesso à educação, trabalho, saúde, lazer, alimentação e
cultura; da falta de recursos materiais mínimos para sobrevivência; da inserção
precoce no mundo do trabalho; da falta de perspectivas de entrada no mercado formal
de trabalho; da entrada em trabalhos desqualificados; da exploração do trabalho
infantil; da falta de perspectivas profissionais e projetos para o futuro; do alto índice
de reprovação e/ou evasão escolar; da oferta de integração ao consumo de drogas e
de bens, ao uso de armas, ao tráfico de drogas.
Com base no contexto social apresentado o projeto Talento Cidadão atuará em 4 eixos,
Formação no esporte, educação, meio ambiente, Saúde e bem-estar dos familiares
(Figura1). O projeto inicial conta com 18 profissionais coordenadores de atividades e
mais colaboradores totalizando 26 professores doutores da Unesp, enfermeira,
assistente social e servidores técnicos administrativos que darão suporte para as
atividades. Contaremos com a inserção de 35 alunos nas ações sociais com formação
mais extensionista.
Breve descrição das atividades do Projeto Talento Cidadão
1° Eixo – Esporte
Ofereceremos seis modalidades esportivas: atletismo, basquetebol, futsal, handebol,
tênis e voleibol, com formação do básico ao avançado, separados por faixa etária.

2° Eixo – Educação
Disponibilizaremos a todas as crianças e aos adolescentes, formação extraclasse nas
atividades de química, física, matemática, atividades ludo pedagógicas e informática
no próprio bairro onde os participantes residem para facilitar o traslado e a segurança.

3° Eixo – Meio ambiente


Atuaremos com formação de sustentabilidade para os participantes do projeto,
familiares e ação nos bairros para melhorar a qualidade de vida de todos que residem
no ambiente.

4° Eixo – Saúde e bem-estar


Mapearemos a situação de vulnerabilidade, uso de drogas e álcool, realizar ações de
formação para crianças, adolescentes e familiares e contribuir para redução de uso
abusivo de drogas lícitas e ilícitas.

Figura 1. Fluxograma dos eixos e atividades do projeto Talento Cidadão.


O projeto é experimental, contudo, há grande potencial para ampliação com inserção
de outras linhas de ações conforme a necessidade de cada contexto social.

2. Justificativa Projeto Talento Cidadão


Políticas que têm sido largamente analisadas e elogiadas pela eficiência em atingir o
objetivo de reduzir o trabalho infantil e aumentar a frequência escolar são as que
premiam as famílias pobres que colocam os filhos na escola e não os colocam no
trabalho ou os retiram dele. O programa Bolsa Escola e Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil (PETI) no Brasil, Progresa ou Oportunidad no México, Red de
Protección Social na Nicarágua, Food for Education em Bangladesh, Mid-day Meal
Schemes na Índia, School Construction e Back to School na Indonésia, são alguns
exemplos de programas discutidos e analisados na literatura empírica.
Dados indicam que 10% das crianças e jovens na cidade de Presidente Prudente
vivam em situação de risco e vulnerabilidade, dados demográficos citam que 19,69%
dos adolescentes até 15 anos estão fora da escola. Sabe-se hoje que não existe uma
única política para eliminar o trabalho infantil e a sua persistência por dois séculos é
uma evidência clara de que não há uma solução fácil. Entretanto, hoje temos um maior
e melhor entendimento das causas e consequências do trabalho infantil, o que nos
permite avaliar e sugerir políticas para reduzi-lo ou erradicá-lo com maior segurança.
Não há dúvidas de que o trabalho que envolve risco às crianças deve ser banido,
assim como os investimentos na qualidade e disponibilidade de escolas devem ser
incentivados, associando-os aos programas de transferência de renda às famílias
pobres.
O esporte é um dos elementos que atingem maciçamente a população, principalmente
crianças e adolescentes, influenciando o cotidiano dos indivíduos. Contudo, podemos
considerar o esporte como ferramenta de inclusão social gerando ações de cunho
social e educativo visando o resgate da cidadania, lazer e busca da saúde. Neste
contexto, o Projeto Talento Cidadão atuará como complementação do período escolar
e proporcionará às crianças e aos adolescentes, aprendizado de atividades esportivas
diferenciadas, como o atletismo, o basquetebol, o futsal, o handebol, tênis e o voleibol,
entre outras atividades esportivas.
Visando à formação cidadã fomentaremos com este projeto a inserção destes alunos
em atividades de formação extracurricular, como por exemplo, reforço escolar em
disciplinas de língua portuguesa, matemática, física, química, além de atividades com
temas relacionados à saúde (DST’s, comportamento sexual, doenças transmissíveis,
etc.) e formação profissional, como computação e desenho. Proporcionaremos
formação complementar para as famílias dos alunos inscritas no projeto, bem como
trabalharemos ações de meio ambiente. Todas estas atividades serão ministradas por
alunos de graduação da Faculdade de Ciências e Tecnologia Unesp de Presidente
Prudente, sob supervisão de professores doutores dos 12 departamentos da
FCT/UNESP. E todas as atividades, inclusive, e principalmente as esportivas, incluirão
pessoas portadoras de necessidades especiais.

3. Objetivo Geral Projeto Talento Cidadão

O Projeto Talento Cidadão tem como objetivo geral proporcionar às crianças, aos
adolescentes e aos familiares, em situação de vulnerabilidade, ampliação na
socialização e novas concepções promovidas pela construção de trajetória própria
que envolve responsabilidades por meio de incentivo ao esporte, somados com
atividades educacionais complementares, saúde e meio ambiente.

4. Objetivos Específicos Projeto Talento Cidadão

1° Eixo – Esporte
• Proporcionar às crianças e aos adolescentes a prática de modalidades esportivas:
atletismo, basquetebol, futsal, handebol, tênis e voleibol;
• Democratizar o acesso à prática do esporte como instrumento educacional,
visando o desenvolvimento educacional integral dos praticantes para formação da
cidadania e qualidade de vida;
• Desenvolver a sociabilidade e a autodisciplina, conjuntamente com a recreação e
o lazer, além do desenvolvimento psicomotor, de habilidades artísticas, controle
emocional, desenvolvimento físico e mental, cooperação e autoconfiança por meio
do esporte;
• Oferecer condições para que as crianças e os adolescentes vinculados ao projeto
se desloquem para os locais de atividade, tenham uniformes adequados para a
prática esportiva e recebam alimentos nutritivos durante o período de permanência
no projeto.

2° Eixo – Educacional
• Oferecer para crianças e adolescentes atividades de aprendizagem e
desenvolvimento de crianças, para a socialização de conhecimentos oriundos das
diferentes áreas da ciência, das artes, da literatura, e da cultura corporal por meio de
atividades ludo pedagógicas coletivas;
• Proporcionar à criança e ao adolescente, a oportunidade de adquirir
conhecimentos, desenvolver habilidades e autoconhecimento por meio da educação
e cidadania, bem como produzir mecanismos para o conhecimento e preservação do
patrimônio e da memória cultural por meio de atividades de Arte indígena
• Acompanhar a frequência e as notas das crianças e dos adolescentes na
escola para possível intervenção complementar e formação por meio de atividades
extracurriculares de reforço escolar, proporcionando às crianças e aos adolescentes
atividades educacionais como: física, matemática e química;
• Oferecer às crianças e aos adolescentes, formação suplementar e
conhecimentos em informática;
• Organizar um espaço destinado a ser a Bebeteca e desta forma, contribuir na
formação de leitores mirins que sabem escolher suas leituras e apreciam desfrutá-las.
Promover momentos de leitura individual e coletiva de imagens, poesia, narrativa
ficcional e diversos textos literários de autores nacionais e internacionais,
oportunizando apreciação cultural e literária, com ampliação do repertório dos
pequenos;

3° Eixo – Meio Ambiente


• Oferecer para os familiares dos participantes do projeto cursos para
aproveitamento de óleo e elaboração de sabão e velas e contribuir para melhoria do
meio ambiente;
• Promover a produção e o consumo sustentáveis do espaço e do território nos
bairros atendido pelo projeto, através da formação e da capacitação técnica, na área
e através de oficinas orientadas para as famílias nas escalas das unidades
habitacionais, das quadras, das superquadras, dos setores, do bairro propriamente e
das interfaces com os bairros vizinhos.

4° Eixo – Saúde e Bem-Estar das Famílias


• Atender com prioridade as crianças e os adolescentes em situação de
vulnerabilidade, por meio de indicação conjunta de mobilizações por meio do
Ministério Público do Trabalho e Assistência Social Municipal.
• Promover palestras de cunho social para as famílias, com temas de relevância
na área da saúde e do meio ambiente.
• Identificar, conscientizar e diminuir o uso problemático de embriaguez com
bebidas alcoólicas e suas consequências negativas entre jovens.
• Identificar e conscientizar jovens adolescentes e familiares quanto ao uso de
drogas ilícitas

5. Público Alvo Projeto Talento Cidadão

a. Perfil Geográfico

O projeto será desenvolvido nos bairros denominados Brasil Novo, Residencial


Cremonezi e Conjunto Habitacional João Domingos Netto, na cidade de Presidente
Prudente, estado de São Paulo – Brasil, utilizando espaços públicos e municipais,
incluindo salas da Igreja.

b. Perfil da população atendida:


Nº de Atendidos Nº de Atendidos
População Alvo
(diretamente) (indiretamente)
Atletismo
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 70 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 70 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Basquetebol
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 40 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Futsal
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 40 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Handebol
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 40 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Tênis de Campo
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 40 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Voleibol
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 70 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 70 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Ensino de Física
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Ensino de Física e Química
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Ensino de Informática
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas
Ensino de Matemática
Crianças entre 7 e 9 anos 30 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 35 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas

Atividade Ludo pedagógica


Crianças entre 7 e 9 anos 20 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 20 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 35 por turma 80 (família/gestores)
Total 100 alunos 200 pessoas

Bebeteca
Berçário 1 Integral (0 a 1 ano) 06 por turma 16(família/gestores)
Berçário 1 Parcial Manhã (0 a 1 ano) 06 por turma 16(família /gestores)
Berçário 1 Parcial Tarde (0 a 1 ano) 06 por turma 16(família/gestores)
Berçário 2 Integral (1 a 2 anos) 09 por turma 22 (família/ gestores)
Berçário 2 Parcial Manhã (1 a 2 09 por turma 22 (família /gestores)
anos)
Berçário 2 Parcial Tarde (1 a 2 anos) 09 por turma 22 (família /gestores)
Maternal 1 Integral (2 a 3 anos) 12 por turma 28(família /gestores)
Maternal 1 Parcial Tarde (2 a 3 anos) 15 por turma 34(família /gestores)
Total 72 alunos 176 pessoas
Arte Indígena
Crianças entre 7 e 9 anos 20 por turma 60 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 20 por turma 60 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 20 por turma 60 (família/gestores)
Total 60 alunos 180 pessoas

Meio Ambiente Permaculturando


Atividades nas escolas 100 por turma 300 (família/gestores)
Atividades por localidade 20 por rua 400 (família/gestores)
Total 500 pessoas
Meio Ambiente Oficina de Sabão
2 Turmas por mês-março a junho 10 por turma 80 pessoas (2 vezes por mês)
2 Turmas por mês-agosto a novembro 10 por turma 80 pessoas (2 vezes por mês)
Total 160 pessoas

Saúde e bem-estar da família


Crianças entre 7 e 9 anos 50 por turma 100 (família/gestores)
Pré-adolescentes entre 10 e 13 anos 50 por turma 100 (família/gestores)
Adolescentes entre 14 e 16 anos 50 por turma 100 (família/gestores)
Total 150 alunos 300 pessoas

Total Geral 1.382 2.824

c. Critérios para seleção das pessoas atendidas


Os critérios de seleção elegíveis para essa população serão:
1. Ser estudante de escolas públicas
2. Estar classificados como vulnerabilidade, trabalho infantil e situação social
desfavorável;
3. Morador de Presidente Prudente, preferencialmente, dos bairros Brasil Novo,
Residencial Cremonezi e Conjunto Habitacional João Domingos Netto ou de
bairros adjacentes.
4. Estar dentre a faixa etária estipulada no projeto;
5. Não faltar às atividades de seleção e durante o desenvolvimento do projeto;
6. Ter notas e frequência escolar satisfatória;

6. Metas Projeto Talento Cidadão

Atendimento de 1.422 crianças e adolescentes com duração de 1 ano para iniciação


ao esporte, atividades educacionais e formação para familiares.

7. Metodologia Projeto Talento Cidadão

O presente projeto seguirá os preceitos metodológicos segundo Ferreira e Ewerton


(2007) e documentos do ministério do (1992) e resolução n°5 / Conselho Nacional do
esporte (2005).
As intervenções de esportes serão ministradas por monitores do curso de graduação
em Educação Física com conhecimentos específicos em cada esporte,
supervisionados pelos professores/coordenadores do projeto. As ações de promoção
da saúde serão orientadas pelos colaboradores multiprofissionais do Grupo Gestor –
Saúde e Prevenção e meio ambiente. As atividades serão desenvolvidas por meio de
jogos pré-desportivos, exercícios específicos e jogo formal, visando o aprendizado e
aperfeiçoamento das modalidades. Tais atividades pretendem contribuir para o
aprendizado dos jovens participantes e também na formação acadêmica dos alunos
de graduação que desenvolverão as atividades. As atividades também poderão ser
desenvolvidas na própria comunidade assistida e na UNESP. Os instrumentos e
metodologia seguirão os pressupostos dos questionários disponibilizados
previamente pelo grupo de gestores.
Os encontros serão realizados em três momentos durante a semana para cada
atividade. O projeto contará com a utilização das dependências esportivas no bairro
Brasil Novo, no Centro de Iniciação ao Esporte do Residencial Cremonezi e da pista
de atletismo e espaço físico da FCT – UNESP - Presidente Prudente.
Ainda serão utilizadas as salas da Paróquia Nossa Senhora Desatadora dos Nós e
São José de Anchieta para as aulas de ensino e formação dos alunos, cursos e
palestras para as famílias nos Eixos 3 e 4.
Realizaremos ações de meio ambiente nas escolas, quadras, ruas dos bairros atendidos.
A divulgação será realizada diretamente nos bairros - escolas, creches, paróquias, mídia
social, rádio e televisão. Será realizada uma seleção de participantes por ordem de
prioridade, caso tenhamos maior número de interessados do que vagas para atividade. A
seleção levará em conta a condição de vulnerabilidade das crianças e as demais farão
parte da lista de espera para novas turmas da atividade.
Este projeto será realizado a partir da metodologia do projeto “O Esporte como instrumento
de inclusão social” realizado no ano de 2000 pelos docentes do Departamento de
Educação Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP.
Para mais detalhes das metodologias de cada ação social verificar os projetos anexos.
8. Avaliação de Resultados Projeto Talento Cidadão

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo a primeira (A1) mais ou
menos na metade da execução do projeto e outra (A2) ao final do período.

Indicadores de
Objetivo Específico Meios de Verificação
Resultados
Eixo 1 - Desenvolver, por meio da 1. Monitoramento da 1. Testes/medidas
prática esportiva (futsal e composição corporal e periódicas
handebol) aspectos físicos, componentes motores; 2. Questionários/entrevista
motores e cognitivos em crianças 2. Reduzir a evasão dos hábitos de vida
e adolescentes; escolar, melhorar o 3. Relatórios periódicos de
Eixo 2 - Formação escolar das conhecimento teórico e evolução dos participantes.
crianças e dos adolescentes prático dos participantes
4. Acompanhamento das
Eixo 3 – Sustentabilidade e do projeto e proporcionar
crianças e dos adolescentes
formação de familiares formação integral
nas escolas.
Eixo 4 - Estimular a adoção de 3. Proporcionar melhor
hábitos de vida saudáveis redução ambiente para todos,
de uso abusivo de drogas e álcool cursos de aprimoramento
e aumento da renda
familiar com menor
agressão do meio
ambiente
4. Monitoramento de
hábitos de vida.

9. Avaliação de Impacto Projeto Talento Cidadão

Meios de
Objetivo Específico Indicadores de Impacto
Verificação
1. Estimular hábitos de vida 1. Relatórios com resultados 1. Avaliações
saudáveis. Desenvolver aspectos longitudinais de avaliações periódicas de execução
físicos, motores e cognitivos em realizadas nos participantes; do projeto
crianças e adolescentes. 2. Avaliações por
2. Desenvolver a sociabilidade e esporte
a autodisciplina 3. Avaliação por
3. Proporcionar à criança e ao atividade de ensino
adolescente, a oportunidade de 4. Avalição de saúde
adquirir conhecimentos, desenvolver 5. Avaliação do meio
habilidades e autoconhecimento por ambiente
meio da educação e cidadania;
4. Prática de iniciação ao esporte
e desenvolvimento e progressão
em todas as modalidades;
5. Formação para redução de uso
de drogas e álcool
10. Orçamento (projeção de gastos) Projeto Talento Cidadão
Investimento (Descrição) Quantidade/justificativa Custo R$
Bolsas para os monitores das 12 bolsas para monitores das 54.000,00
atividades esportivas: atividades esportivas no valor
Atletismo, Basquetebol, Handebol unitário de 450,00 por mês/monitor,
Futsal, Tênis, Voleibol 10 meses por ano
Bolsas para os monitores das 12 bolsas para monitores das 54.000,00
atividades de ensino: atividades educacionais no valor
Ludo pedagógicas, Matemática, unitário de 450,00 por mês/monitor,
Física, Química e Física, Informática, 10 meses por ano
Bebeteca
Bolsas para os monitores das 12 bolsas para monitores para 54.000,00
atividades de formação e curso e palestras, cursos e assistência
atividades culturais, saúde, assistência social, no valor unitário de 450,00
social; por mês/monitor, 10 meses por ano
Meio-ambiente 04 bolsas para monitores para 18.000,00
palestras e cursos no valor unitário
de 450,00 por mês/monitor, 10
meses por ano
180.000,00

Materiais diversos e serviços de


Quantidade/justificativa Custo R$
terceiros
Transporte Urbano 6/semana/monitor/10meses 44.000,00
1.500 camisetas/short para os
Uniforme 168.000,00
participantes
Lanches para as crianças durante as
Lanches atividades na Unesp e competições, 33.000,00
cursos etc.
Ônibus Crianças para Unesp 24.000,00
Ambientes onde serão ministrados os
Limpeza 10.000,00
cursos de formação
Fly, rádio, televisão, carro de som,
Divulgação do projeto 7.000,00
cartazes, faixas, outdoor
Impressão de questionários, material
5.000,00
Papelaria de escritório
Viagens Para exposição do projeto 15.000,00
Bolas, raquetes, redes, pintura de quadra,
cones, materiais ludo pedagógicos, cursos,
90.000,00
Material de consumo cadernos, canetas, pranchetas,
competições...
396.000,00

Material permanente
Registrar as intervenções,
Câmera digital competições, cursos para foto 3.400,00
documentação, relatório
Projetor multimídia Palestras e cursos 4.000,00
Para ser usado nas atividades
Notebooks 13.600,00
educacionais
Para atividades relacionadas aos
Caixa de som e microfones 3.000,00
cursos e palestras
24.000,00

TOTAL GERAL 600.000,00


Modalidade Atletismo Projeto Talento Cidadão

Título: Atletismo como instrumento de inclusão social


Coordenadores:
Professora Doutora Giovana Rampazzo Teixeira
Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5718 / (18) 99743-9050
giovana@fct.unesp.br

Professor Inaldo Justino de Sena


Associação Paulista de Atletismo - APA
(18) 98123-5263
inaldosena2011@hotmail.com

1. Introdução Atletismo

A modalidade Atletismo está inserida no projeto denominado Projeto Talento


Cidadão e tem como principal desígnio proporcionar às crianças e aos adolescentes,
em situação de vulnerabilidade social – mais especificamente crianças submetidas ao
trabalho infantil - socialização e novas concepções promovidas pela construção de
trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo ao esporte.
Atualmente em nossos ambientes sociais contamos apenas com as redes tradicionais
de socialização (família e escola) como espaços de socialização fundamentais no
processo de desenvolvimento da criança e do adolescente. A intenção do referido
projeto será oferecer instrumentos e ações que amenizem uma infinidade de situações
vividas negativamente e minimizem as consequências das desigualdades sociais, da
pobreza e da exclusão social; da falta de vínculos afetivos na família e nos demais
espaços de socialização; da passagem abrupta da infância à vida adulta; da falta de
acesso à educação, trabalho, saúde, lazer, alimentação e cultura; da falta de recursos
materiais mínimos para sobrevivência; da inserção precoce no mundo do trabalho; da
falta de perspectivas de entrada no mercado formal de trabalho; da entrada em
trabalhos desqualificados; da exploração do trabalho infantil; da falta de perspectivas
profissionais e projetos para o futuro; do alto índice de reprovação e/ou evasão escolar;
da oferta de integração ao consumo de drogas e de bens, ao uso de armas, ao tráfico
de drogas.
O esporte é um dos elementos que atingem maciçamente a população, principalmente
crianças e adolescentes, influenciando o cotidiano dos indivíduos. Contudo, podemos
considerar o esporte como ferramenta de inclusão social gerando ações de cunho social
e educativo visando o resgate da cidadania, lazer e busca da saúde. O campus da FCT
da UNESP, em Presidente Prudente, está situado em uma região estrategicamente de
fácil acesso, próximo ao local de alta frequência, para fins recreacionais, por parte da
população, intitulado Parque do povo. Está entre duas grandes vias de ligação da região
central da cidade com bairros.
A pista de atletismo de Presidente Prudente lotada dentro do Departamento de
Educação Física da FCT/UNESP é celeiro de muitas conquistas em notoriedade
mundial como jogos olímpicos, campeonatos mundiais e pan-americanos. Desde
1996 foram 12 medalhas olímpicas e 4 paraolímpicas conquistadas por atletas
oriundos de Presidente Prudente. Aproveitando o legado social deixado pelos jogos
olímpicos no Rio de Janeiro em 2014, o presente projeto visa desenvolver um Centro
de Formação Olímpica impulsionado por grandes nomes do atletismo brasileiro, e
desta forma direcionar adolescentes nos diferentes esportes como meio de formação
e preparação para a vida.
A formação esportiva brasileira sempre esteve limitada aos clubes e espaços de
instituições privadas, com pouco acesso à população geral, contudo a Universidade é
um modelo novo para a formação esportiva. Nessa prerrogativa salienta-se que a
UNESP, com histórico de muitos atletas, vem preencher uma lacuna na formação de
esportes e propõe fazer a integração entre a excelência do ensino das modalidades
no atletismo com inclusão social, revelar novos talentos e inserir hábitos saudáveis na
vida dessas crianças.
A prática esportiva de atletismo para criança e adolescente é importante para o
desenvolvimento dos movimentos rudimentares e fundamentais (GALLAHUE &
OZUMUN, 2005), em que a oportunidade para prática, encorajamento e objetivo da
tarefa é determinante para uma futura proficiência motora, a qual, por sua vez,
depende da estimulação motora para que o estágio de generalização do treinamento
esportivo consiga dar suporte à demanda dos próximos estágios de formação atlética
conforme o avanço da idade (BOMPA, 2002).
O projeto concederá, por meio do esporte, às crianças e jovens oportunidade de
inserção em ambiente social, aprendizagem e formação. Aquelas crianças que não se
adequarem a esta modalidade, terão a oportunidade de vivenciar outros esportes
inseridos dentro do projeto Talento Cidadão, que contemplam modalidades como
futsal, futebol, natação e voleibol e ainda vivenciar um ambiente universitário.

2. Justificativa Atletismo

O esporte é facilitador para inserção de ações sociais e mudanças de hábitos da


população, principalmente crianças e adolescentes, influenciando o cotidiano dos
participantes. Contudo, podemos considerar o atletismo como ferramenta de inclusão
social gerando ações de cunho social e educativo visando a aquisição de benefícios
físico, atividade de lazer e ganho de saúde mental e social. Neste contexto, a
modalidade de Atletismo atuará como complementação do período escolar e
proporcionará às crianças e aos adolescentes em situação de risco, aprendizado de
atividades esportivas diferenciadas que não se aprende no ambiente escolar público.
A prática do esporte se destaca como forma de ocupação e desenvolvimento de
crianças e adolescentes. Se ela irá ou não se destacar na sua modalidade, apenas o
tempo e as consequências vão poder dizer e caso isto aconteça, estes serão
direcionados à coordenação da Associação Prudentina de Atletismo(APA) para que
suas potencialidades sejam exploradas pelo Programa de Atividades Esportivas para
Crianças e Adolescentes, em busca de novos talentos. Entretanto, se os treinos não
servirem para que eles alcancem grandes performances, as atividades do Atletismo
Solidário se mantêm, tornando-os, da mesma forma, mais saudáveis física e
mentalmente, e menos suscetíveis ao mundo das drogas, entre outros problemas
sociais.
3. Objetivo Geral Atletismo

A prática de atletismo tem como objetivo proporcionar às crianças e aos adolescentes,


em situação de vulnerabilidade social, mais especificamente crianças submetidas ao
trabalho infantil, socialização e novas concepções promovidas pela construção de
trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo ao esporte.
Realizar 02 (dois) festivais por semestre para que as crianças sejam inseridas em
programas de atletismo em busca de novos talentos.

4. Objetivos Específicos Atletismo

1. Democratizar o acesso à prática do atletismo como instrumento educacional,


visando o desenvolvimento educacional integral dos praticantes para formação da
cidadania e qualidade de vida;
2. Desenvolver a sociabilidade e autodisciplina, conjuntamente com a recreação e o
lazer, além do desenvolvimento psicomotor, de habilidades artísticas, controle
emocional, desenvolvimento físico e mental, cooperação e autoconfiança por meio do
esporte;
3. Proporcionar a criança e ao adolescente, a oportunidade de adquirir conhecimentos,
desenvolver habilidades e autoconhecimento por meio da educação e cidadania;
4. Prática de iniciação ao esporte e desenvolvimento e progressão em todas as
modalidades do atletismo;

5. Metas Atletismo

O projeto enquadra-se como esporte social e participativo e contará um grupo


aproximado de 100 crianças e adolescentes, de 7 até 16 anos de idade, residentes
nos bairros Brasil Novo, Residencial Cremonezi e Conjunto Habitacional João
Domingos Netto. Serão orientados por dois monitores da UNESP, responsáveis por
ensinar e transmitir conhecimentos necessários para incluir os participantes no meio
esportivo.
Realizaremos dois festivais para todas as crianças que fazem parte do projeto e
aquelas que não possuem ainda iniciação ao esporte atividades que terão público
esperado de 300 crianças.

6. Metodologia Atletismo

O presente projeto seguirá os preceitos metodológicos segundo Ferreira e Ewerton


(2007) e documentos do ministério do (1992) e resolução n°5 / Conselho Nacional do
esporte (2005).
As intervenções serão ministradas por monitores do curso de graduação em
Educação Física com conhecimentos específicos da área atletismo e recreação,
supervisionados pelos professores coordenadores do projeto e professores de
atletismo. Cada aluno de graduação disponibilizará doze horas semanais para a
realização do projeto, sendo oito horas de intervenção e quatro horas de estudo e
elaboração das atividades.
As ações de promoção da saúde serão orientadas pelos colaboradores
multiprofissionais do Grupo Gestor Municipal – Saúde e Prevenção nas Escolas –
Presidente Prudente (GGM). Os instrumentos e metodologia seguirão os
pressupostos dos cadernos disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Os encontros serão realizados em três momentos durante a semana para atividade
de atletismo. O projeto contará com a utilização das dependências esportivas, pista
de atletismo e espaço físico da FCT – UNESP, Presidente Prudente, que possuem
padrões de segurança necessários para o desenvolvimento das modalidades de
atletismo.
As atividades serão desenvolvidas por meio de jogos pré-desportivos, exercícios
específicos e jogo formal, visando o aprendizado e aperfeiçoamento das modalidades
de atletismo. Tais atividades pretendem contribuir para o aprendizado dos jovens
participantes e também na formação acadêmica dos alunos de graduação que
desenvolverão as atividades. As atividades também poderão ser desenvolvidas na
própria comunidade assistida em acordo com as instituições parceiras.
A divulgação será realizada diretamente nos bairros - escolas, creches, paróquias,
mídia social, rádio e televisão. Será realizada uma seleção de participantes por ordem
de prioridade, caso tenhamos maior números de interessados do que vagas para
atividade. A seleção levará em conta a condição de vulnerabilidade das crianças e as
demais farão parte da lista de espera para novas turmas da atividade.
Este projeto será realizado a partir da metodologia do projeto “O Esporte como
instrumento de inclusão social” realizado no ano de 2000 pelos docentes do
Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP.
Serão realizados 2 festivais por semestre na Pista de Atletismo da FCT-Unesp, com
em torno de 500 crianças e adolescentes convidados da região. As provas que vão
compor o festival se dividem entre pista e campo, são elas:
- Provas de pista: 60m, 75m, 150m, 250m, 600m; Revezamentos 4x60m e 4x 75m.
- Provas de campo: Salto em distância, Salto em altura e Arremesso de peso/pelota

7. Avaliação de Resultados Atletismo

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo a primeira (A1) mais ou
menos na metade da execução do projeto e outra (A2) ao final do período.

Objetivo Específico Indicadores de Resultados Meios de Verificação


✔ Desenvolver, por meio • Monitoramento da 1. Testes/medidas
da prática esportiva (atletismo) composição corporal e periódicas
aspectos físicos, motores e componentes motores; 2. Questionários/entrevist
cognitivos em crianças e • Monitoramento de a dos hábitos de vida
adolescentes; hábitos de vida. 3. Relatórios periódicos de
✔ Estimular a adoção de evolução dos
hábitos de vida saudáveis. participantes.

8. Avaliação de Impacto: Atletismo

Objetivo Específico Indicadores de Impacto Meios de Verificação


1. Estimular a adoção de hábitos 1) Relatórios com resultados 1) Avaliações periódicas
de vida saudáveis. Desenvolver longitudinais de avaliações
aspectos físicos, motores e realizadas nos participantes;
cognitivos em crianças e
adolescentes.
2. Desenvolver a sociabilidade e
autodisciplina
3. Proporcionar à criança e ao
adolescente, a oportunidade de
adquirir conhecimentos, desenvolver
habilidades e autoconhecimento por
meio da educação e cidadania;
4. Prática de iniciação ao esporte
e desenvolvimento e progressão
em todas as modalidades do
atletismo;
Modalidade Basquetebol Projeto Talento Cidadão

Título: Basquetebol para todos

Coordenadora:

Professora Doutora Giovana Rampazzo Teixeira


Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5718 / (18) 99743-9050
giovana@fct.unesp.br

1. Introdução Basquetebol

O esporte para a sociedade é de grande importância e pode ser demonstrada de


diversas formas. A prática do esporte, neste caso o basquete, tem reflexos
significativos principalmente na educação de jovens, podendo contribuir para a
superação de problemas sociais apresentados pelo país. O basquete é um esporte
praticado por mais de 300 milhões de pessoas em todo mundo segundo a
Confederação Brasileira de basquete. Porém no Brasil o esporte passa por
dificuldades. A seleção masculina não conseguiu se classificar para as duas últimas
Olimpíadas e pode ficar de fora da terceira olimpíada seguida após conseguir apenas
o quarto lugar no pré-olímpico realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos. Pela
primeira vez na história, a mais importante liga de basquete do mundo, a NBA, conta
hoje com a participação de cinco brasileiros. Ainda assim, o espaço destinado à
modalidade na mídia brasileira é pequeno em relação aos outros esportes. O domínio
do futebol é evidente e os especialistas afirmam que enquanto os times,
especialmente a seleção brasileira não conseguir bons resultados, a situação não
mudará. O objetivo desde trabalho é destacar a importância que o basquete tem como
ferramenta de desenvolvimento e inclusão social de jovens.

2. Justificativa Basquetebol

Esporte não é apenas competição, somente entrar para tentar ganhar a qualquer
custo, ele vai muito além das disputas acirradas dentro de ginásios e estádios. Cada
vez mais cresce a importância do Esporte como ferramenta de inclusão social. Mesmo
que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para
obtenção de valores sociais. E aliado a educação, realmente funciona como
ferramenta de inclusão, como acontece nas universidades americanas e Espanha
(nos últimos anos), obtendo sucesso na formação de estudantes e atletas.

3. Objetivo Geral Basquetebol

A prática de basquetebol tem como objetivo proporcionar às crianças e aos


adolescentes, em situação de vulnerabilidade social – mais especificamente crianças
submetidas ao trabalho infantil - socialização e novas concepções promovidas pela
construção de trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo
ao esporte.
4. Objetivos Específicos Basquetebol

1. Promover o acesso à prática do basquetebol como instrumento educacional,


visando o desenvolvimento educacional integral dos praticantes para formação da
cidadania e qualidade de vida;
2. Desenvolver a sociabilidade e autodisciplina, conjuntamente com a recreação e o
lazer, além do desenvolvimento psicomotor, de habilidades artísticas, controle
emocional, desenvolvimento físico e mental, cooperação e autoconfiança por meio do
esporte;
3. Proporcionar à criança e ao adolescente, a oportunidade de adquirir conhecimentos
iniciais no basquetebol, desenvolver habilidades e autoconhecimento por meio da
educação e cidadania;
4. Incentivar a participação das crianças e dos adolescentes em jogos e competições
por faixa etária.

5. Metas Basquetebol

Atendimento de 100 crianças e adolescentes entre idade de 7 – 16 anos, duração de


1 ano nas atividades de iniciação ao basquetebol e atividades avançadas de técnica
e jogo;
Incentivar aos participantes a participação de competições municipais e regionais em
times escolares ou formados pelo projeto.

6. Metodologia Basquetebol

O presente projeto seguirá os preceitos metodológicos segundo Ferreira e Ewerton


(2007) e documentos do ministério do (1992) e resolução n°5 / Conselho Nacional do
esporte (2005).
As aulas serão ministradas por monitores do curso de graduação em Educação Física
com conhecimentos específicos da área basquetebol, supervisionados pelos
professores coordenadores do projeto e professores de basquetebol. Cada aluno de
graduação disponibilizará doze horas semanais para a realização do projeto, sendo
oito horas de intervenção e quatro horas de estudo e elaboração das atividades.
Os encontros serão realizados em três momentos durante a semana para atividade
de basquetebol. O projeto contará com a utilização das dependências esportivas,
quadras dos bairros atendidos e quando necessário para competições o espaço físico
da FCT – UNESP, Presidente Prudente, que possuem padrões de segurança
necessários para o desenvolvimento das modalidades de basquetebol.
A prática das atividades de basquetebol serão desenvolvidas por meio de jogos pré
desportivos, exercícios específicos e jogo formal, visando o aprendizado e
aperfeiçoamento das modalidades de basquetebol. Tais atividades pretendem
contribuir para o aprendizado dos jovens participantes e também na formação
acadêmica dos alunos de graduação que desenvolverão as atividades. As atividades
também poderão ser desenvolvidas na própria comunidade assistida em acordo com
as instituições parceiras.
7. Avaliação de Resultados Basquetebol

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo a primeira (A1) mais ou
menos na metade da execução do projeto e outra (A2) ao final do período.

Indicadores de
Objetivo Específico Meios de Verificação
Resultados
1. Desenvolver, por meio da 1. Monitoramento da 1. Testes/medidas periódicas
prática esportiva (basquetebol) composição corporal e
aspectos físicos, motores e componentes motores; 2. Questionários/entrevista dos
cognitivos em crianças e hábitos de vida
adolescentes; 2. Monitoramento de
2. Estimular a adoção de hábitos de vida. 3. Relatórios periódicos de
hábitos de vida saudáveis. evolução dos participantes.

8. Avaliação de Impacto Basquetebol

Objetivo Específico Indicadores de Impacto Meios de Verificação

1. Atendimento dos alunos 1. Relatórios com 1. Avaliação mensal por


matriculados resultados longitudinais meio de tabulação de
2. Melhoria no desempenho do de avaliações realizadas frequência;
aluno nas atividades de nos participantes; 2. Avaliação dos
basquetebol 2. Verificar o participantes por meio de
3. Melhorias no desempenho relacionamento aluno e indicadores: atuação em
escolar professor ampliar a equipe, autocontrole,
responsabilidade, respeito as regras,
estimular a utilização do cooperação e solidariedade,
diálogo para resolução de noção de higiene,
conflitos participação das atividades
3. Aumentar a frequência propostas, relacionamento
dos alunos nas aulas, com os colegas.
resgatar aqueles que 3. Analisar a assiduidade
deixaram de frequentar as nas aulas escolares,
aulas; Responsabilidade e
desenvolvimento escolar,
Participação e cumprimento
de horários
Modalidade de Futsal Talento Cidadão

Título: Futuros campeões no Futsal

Coordenador:
Profa. Dra. Camila Buonani Silva
Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5727
camilabuonani@fct.unesp.br

1. Introdução Futsal

Diante das alterações que ocorrem na infância e adolescência e da influência do


esporte sobre o crescimento, desenvolvimento e saúde de jovens, a prática esportiva
é fundamental, uma vez que pode influenciar positivamente indicadores de
crescimento e saúde, além de estimular a prática esportiva no presente e no futuro.
A prática de atividade física bem como de hábitos de vida saudáveis promovem o
desenvolvimento da aptidão física, que é definida como a capacidade de manter um
estado geral de prontidão motora, bem estar físico, psíquico, social e desempenho
esportivo (BÖHME, 2003).
De acordo com Guedes (2007), a infância e a adolescência são períodos em que
ocorrem profundas alterações no organismo e são extremamente importantes para os
aspectos de conduta e de solicitação motora. O autor ressalta, ainda, que nessa fase
da vida o jovem encontra-se especialmente sensível à influência de fatores ambientais
e comportamentais tanto de natureza positiva como negativa.
A aptidão física relacionada à saúde reflete a “capacidade de desempenhar de modo
satisfatório trabalho muscular, compreendendo a capacidade cardiorrespiratória, a
força e a resistência muscular, a flexibilidade e a composição corporal” (BOHME,
2003). Logo, cada um desses componentes pode interferir de maneira incisiva no
estado geral de saúde de um indivíduo. Bohme (2003) salienta que o desenvolvimento
da aptidão física ocorre por meio da realização de atividades físicas, seja essa
realizada de maneira não estruturada e/ou sistematizada como brincadeiras e jogos
infantis ou na forma de exercícios físicos, como a prática de modalidades esportivas.
Além disso, os componentes da aptidão física são importantes marcadores do estado
de saúde do indivíduo (ACSM, 2006).
Está muito bem documentado que a prática de exercícios físicos durante a infância e
adolescência é benéfica, visto que promove estímulo ao crescimento e
desenvolvimento, com benefícios para o crescimento das estruturas físicas e aspecto
motor (GALLAHUE & OZMUN, 2005). Tem impacto também no campo socioafetivo,
autoestima (ALMEIDA et al., 2009), desenvolvimento da socialização e capacidade de
trabalhar em equipe (BRODERICK et al., 2006; AZEVEDO et al., 2007).
Vale salientar, ainda, que o desenvolvimento de hábitos, comportamentos e atitudes
de um estilo de vida saudável e ativo devem ser estimulados desde cedo no ser
humano (DUMITH et al., 2008). O período entre o nascimento até o final da
adolescência representa o período ideal para a promoção de hábitos saudáveis e a
prática regular de exercícios físicos, devendo manter-se ao longo do percurso da vida
(BERGMANN et al., 2005).
Na infância, a prática esportiva é importante para os movimentos rudimentares e
fundamentais (GALLAHUE & OZUMUN, 2005), em que a oportunidade para prática,
encorajamento e objetivo da tarefa é determinante para uma futura proficiência motora,
a qual, por sua vez, depende da estimulação motora para que o estágio de
generalização do treinamento esportivo consiga dar suporte à demanda dos próximos
estágios de formação atlética conforme o avanço da idade (BOMPA, 2012).
A composição corporal também sofre influência da prática esportiva. Sabe-se que,
independente da idade, indivíduos fisicamente ativos apresentam maiores valores de
massa corporal magra, melhor qualidade óssea e menores valores de gordura
corporal total e central (ARA et al., 2006), e consequente, têm menor chance de
desenvolver doenças como a obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia, rsistência
à insulina e Diabetes Mellitus (COLPANI et al., 2013; BUONANI et al., 2013;
CHRISTOFARO et al., 2013).
A densidade mineral óssea, componente da composição corporal, sofre importantes
alterações na infância e adolescência. Estima-se que a densidade mineral óssea
atinge cerca de 90% do seu pico no final da segunda década de vida, e que um quarto
do osso adulto é acumulado durante os dois anos de pico de velocidade de
crescimento (ELIAKIM & BEYTH, 2003). Os fatores que exercem influência no
desenvolvimento ósseo, têm caráter endógeno e exógeno. A genética, etnia, aumento
dos hormônios anabólicos associados à puberdade e marcadores de remodelação
óssea, são os principais fatores endógenos que influenciam o crescimento e
desenvolvimento ósseo (ELIAKIM & BEYTH, 2003; STAFFORD, 2005).
Nesse contexto, o esporte tem papel de proporcionar o aprimoramento integral das
habilidades motoras e capacidades físicas, além de ser benéfico para a saúde,
contribuindo para uma boa qualidade de vida. Rocha et al. (2010) verificaram que
meninos com mais de seis meses de prática de futsal também tiveram idade motora
global maior do que a idade cronológica.
Diante das alterações que ocorrem na infância e adolescência e da influência do
esporte sobre o crescimento, desenvolvimento e saúde de jovens, a prática de futsal
pode influenciar positivamente indicadores de saúde, além de estimular a prática
esportiva no presente e no futuro.

2. Objetivo Geral Futsal

Promover a prática de Futsal segura e adequada ao estímulo do crescimento e


desenvolvimento, promovendo a saúde e formação integral de crianças e
adolescentes em idade escolar.

3. Objetivos Específicos Futsal

1. Aprimoramento das habilidades motoras e contribuição para o desenvolvimento de


escolares;
2. Inserir discussões e reflexões sobre temáticas relacionadas à saúde da criança e
do adolescente;
3. Produzir recursos didático-metodológicos que possam auxiliar os professores nos
procedimentos de ensino e aprendizagem de crianças e adolescentes em idade
escolar;
4. Propiciar aos escolares participantes a interação com o ambiente universitário, seus
diversos cursos e possibilidades de carreira a partir da formação superior;
5. Propiciar aos alunos de licenciatura em Educação Física a aproximação com a
escola pública e fortalecer sua formação enquanto professor neste contexto;
6. Avaliar o efeito da prática de futsal em indicadores da aptidão física relacionada à
saúde.

4. Metodologia Futsal

Será oferecida atividade de Futsal, ações de promoção da saúde e medidas


antropométricas e estimativa da composição corporal para o acompanhamento do
crescimento dos jovens participantes.

A avaliação da aptidão física relacionada à saúde será efetuada por meio da bateria
de teste da American Alliance for Health, Physica Education, Recreation and Dance
(AAHPERD, 1988), a partir da qual serão avaliadas a flexibilidade, força/resistência
abdominal e capacidade cardiorrespiratória. Para a análise quanto ao atendimento
dos aspectos relacionados à saúde, serão utilizados os critérios sugeridos pelo
Physical Best (1988).

As atividades serão realizadas duas vezes por semana, com duração de sessenta
minutos por sessão, em horário estipulado entre coordenador do projeto, pais e
escolas participantes. Cada turma será composta por até 20 alunos orientados pelos
bolsistas responsáveis pelas atividades, incluindo atividades teórico-práticas. Os
alunos de graduação (bolsistas) terão oito horas na semana dedicadas ao trabalho
com as crianças e os adolescentes das escolas e quatro horas semanais para
planejamento supervisionado e aprofundamento teórico em grupo de estudos,
pesquisa e supervisão.
Modalidade de Handebol Projeto Talento Cidadão

Título: Talentos Futuros no Handebol

Coordenadores:
Profa. Dra. Camila Buonani Silva
Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5727
camilabuonani@fct.unesp.br

Introdução Handebol

Handebol como prática social para formação da cidadania: uma experiência na


comunidade destinado a atender crianças e adolescentes, de ambos os sexos, na
faixa etária de 7 á 16 anos. Sabe-se então, que este esporte, o handebol, pode
assumir um importante papel educacional frente a realidade social em que vivemos,
principalmente quando levamos em conta o seu caráter pedagógico em detrimento do
caráter de espetáculo.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física (1998) é apontada uma
proposta que vai de encontro com essa temática em questão, onde diz, “... procurar
democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de
uma visão biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos”. Na infância, a prática esportiva é importante para os
movimentos rudimentares e fundamentais (GALLAHUE & OZUMUN, 2005), em que a
oportunidade para prática, encorajamento e objetivo da tarefa é determinante para uma
futura proficiência motora, a qual, por sua vez, depende da estimulação motora para que o
estágio de generalização do treinamento esportivo consiga dar suporte à demanda dos
próximos estágios de formação atlética conforme o avanço da idade (BOMPA, 2012).
Nesse contexto, o handebol tem papel de proporcionar o aprimoramento integral das
habilidades motoras e capacidades físicas, além de ser benéfico para a saúde,
contribuindo para uma boa qualidade de vida. Krebs et al. (2010) investigaram o papel
da prática de handebol em escolares e encontraram papel positivo desse esporte para
o desempenho motor.
A meta do devido projeto é de alcançarmos uma prática desportiva por meio da
cooperação e da formação de atletas. Deutsch citado por Brotto (2001) obteve em uma
de suas pesquisas a seguinte indicação, que a cooperação, leva à maior coordenação
dos esforços, maior diversidade na quantidade de contribuição dos membros, maior
atenção aos companheiros, maior produtividade por unidade de tempo, melhor qualidade
dos resultados, maior amizade, e a avaliação mais favorável do grupo e de seus
resultados ao sentimento mais intenso de apreciação pelos companheiros.
Levando em consideração o exposto acima, podemos perceber a importância na
elaboração de práticas pedagógicas voltada para o desenvolvimento físico-afetivo-
motor de crianças e adolescentes transcendendo assim no processo de formação de
cidadãos críticos e participativos; no entanto o esporte se apresenta como um dos
principais veículos para o desenvolvimento dessas ações, pois a prática desportiva
proporciona melhorias significativas nas relações interpessoais dos indivíduos,
podendo assim contribuir para a aquisição de hábitos e valores sociais importantes
para a formação do cidadão.
2. Justificativa Handebol
A implantação do handebol como prática social justifica-se pelo fato de possibilitar à criança
e ao adolescente a preservação de suas características, necessidades e interesses, onde
cada um terá a oportunidade de através das experiências vivenciadas com a atividade
esportiva, construírem seu próprio conhecimento Deste modo pretende-se, baseado nos
princípios do esporte educacional, dar condições favoráveis para que a criança e o
adolescente em formação, passe adequadamente por um desenvolvimento humano de
suas capacidades físicas, cognitivas, espirituais, morais, estéticas, sociais e políticas,
evitando restringir a prática do esporte apenas como uma possibilidade de formação
somente de atletas, mas sim, de possibilitá-los uma formação geral, sendo como principal
desafio a construção de pontes que possam encurtar a distância, romper barreiras e
aproximar as pessoas umas das outras, Brotto (2001).

3. Objetivo Geral Handebol


Promover a prática de handebol e através desse processo preparar a criança no convívio
com jogos e aprendizados para que se torne o adulto integrado com o mundo e,
principalmente, consigo mesmo, enriquecido em sua história de vida pelas experiências e
desafios enfrentados em sua formação de infância e adolescência. Também analisar os
efeitos da prática esportiva na composição corporal e aptidão física relacionada à saúde.

4. Objetivos Específicos Handebol


✔ Atender a comunidade local no oferecimento de práticas handebol de modo
seguro e que possam contribuir para o crescimento e desenvolvimento de crianças e
adolescentes de escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio;
✔ Aprimoramento das habilidades motoras e contribuição para o desenvolvimento
de escolares;
✔ Propiciar aos escolares participantes a interação com o ambiente universitário,
seus diversos cursos e possibilidades de carreira a partir da formação superior;
✔ Propiciar aos alunos de licenciatura em Educação Física a aproximação com a
escola pública e fortalecer sua formação enquanto professor neste contexto.

5. Metas Handebol
O projeto trará formação de handebol para 100 crianças e adolescentes de 7 até 16
anos de idade, residentes nos bairros Brasil Novo, Residencial Cremonezi e Conjunto
Habitacional João Domingos Netto.
É pertinente afirmarmos também que o projeto contribuirá para a sociabilidade dos alunos,
ampliando seus laços de amizades por meio de uma prática desportiva orientada de
handebol. Essa sociabilidade será necessária para aprenderem a respeitar as regras de
convivência que regem o andamento das atividades e das relações de convívio.

6. Metodologia Handebol
Serão convidados crianças e adolescentes, com idade entre 07 a 16 anos, de ambos os
sexos da cidade de Presidente Prudente – SP. Serão oferecidas atividades handebol,
ações de promoção da saúde e medidas antropométricas e estimativa da composição
corporal para o acompanhamento do crescimento dos jovens participantes.
O convite para participar do estudo será feito por meios de divulgação em rádio,
televisão e jornais locais. A Secretária de Educação de Presidente Prudente será
contactada, com o intuito de fornecer autorização e indicar as escolas das redes
particular e pública da cidade que poderão ser incluídas no projeto.
As atividades serão realizadas três vezes por semana, com duração de sessenta minutos
por sessão, em horário estipulado entre coordenador do projeto, pais e escolas
participantes. Cada turma será composta por até 20 alunos orientados pelos bolsistas
responsáveis pelas atividades, incluindo atividades teórico-práticas. Os alunos de
graduação (bolsistas) terão oito horas, por semana, dedicadas ao trabalho com as crianças
e os adolescentes das escolas e quatro horas semanais para planejamento supervisionado
e aprofundamento teórico em grupo de estudos, pesquisa e supervisão.
Para o aprofundamento sobre o cenário de crescimento e desenvolvimento relacionado
à prática esportiva entre crianças e adolescentes de escolas, descreve-se a seguir
procedimentos de pesquisa vinculada ao trabalho de extensão.

7. Avaliação de Resultados Handebol


O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo a primeira (A1) mais ou
menos na metade da execução do projeto e outra (A2) ao final do período.
Indicadores de Meios de
Objetivo Específico
Resultados Verificação
1. Atender a comunidade local no 1.Monitoramento da 1. Testes/medidas
oferecimento de práticas handebol de composição corporal e periódicas
modo seguro e que possam contribuir para componentes motores; 2. Questionários/entrev
o crescimento e desenvolvimento de 2. Monitoramento de ista dos hábitos de vida
crianças e adolescentes de escolas
hábitos de vida. 3. Relatórios periódicos
públicas de Ensino Fundamental e Médio;
2. Aprimoramento das habilidades de evolução dos
motoras e contribuição para o participantes.
desenvolvimento de escolares;
3. Propiciar aos escolares participantes a
interação com o ambiente universitário,
seus diversos cursos e possibilidades de
carreira a partir da formação superior;
4. Estimular a adoção de hábitos de vida
saudáveis.

9. Avaliação de Impacto: Handebol

Indicadores de Meios de
Objetivo Específico
Impacto Verificação
1. Estimular as crianças e os adolescentes a 1. Relatórios com 1. Avaliações
desenvolver aspectos físicos, motores e resultados longitudinais periódicas
cognitivos em crianças e adolescentes. de avaliações realizadas
2. Desenvolver a sociabilidade e autodisciplina nos participantes;
3. Proporcionar à criança e ao adolescente, a
oportunidade de adquirir conhecimentos,
desenvolver habilidades e autoconhecimento
por meio da educação e cidadania;
4. Prática de iniciação ao esporte e
desenvolvimento e progressão em todas as
modalidades do esporte;
Modalidade: Tênis Projeto Talento Cidadão

Título: Tênis de campo como instrumento de inclusão social


Coordenador:
Professor Doutor Luis Alberto Gobbo
Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5910
luisgobbo@fct.unesp.br

1. Introdução Tênis
O Projeto “Tênis de Campo” está inserido dentro de um projeto maior intitulado
“Talento Cidadão” tem como principal desígnio proporcionar às crianças e aos
adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, mais especificamente crianças
submetidas ao trabalho infantil, socialização e novas concepções promovidas pela
construção de trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo
ao esporte.
O esporte tênis de campo é uma modalidade olímpica, que pode ser jogado de forma
simples (2 jogadores) ou em duplas (4 jogadores), e no Brasil, se popularizou em
meados dos anos 1990, especialmente com a chegada do jogador Gustavo Kuerten
às primeiras posições do ranking mundial. É uma modalidade que pode ser jogada
competitivamente ou como forma de lazer, por crianças, adolescentes, adultos e
pessoas idosas. Os principais benefícios do tênis de campo são:
• Melhora da capacidade aeróbia, força, resistência muscular, coordenação e
flexibilidade;
• Redução da gordura corporal;
• Melhorar da saúde cardiovascular;
• Aumento do tempo de reação;
• Aprimoramento do controle motor fino através da utilização de acessos
específicos;
• Para pessoas idosas, trabalha a manutenção do equilíbrio dinâmico e da saúde
óssea.
Além dos benefícios supracitados, o envolvimento de crianças e adolescentes em
treino de tênis pode desenvolver características além das questões físicas, como por
exemplo, disciplina, aprendizagem de lidar com erros e obstáculos, aprender a jogar
dentro de uma ética esportiva, responsabilidade, controle do estresse físico, mental e
emocional, solucionar problemas, trabalhar em equipe, sociabilização através de
interação e comunicação, etc.

2. Justificativa Tênis

O projeto concederá, por meio da prática de tênis, às crianças e jovens a oportunidade


de inserção em ambiente social, aprendizagem e formação. Aquelas crianças que não
se adequarem a esta modalidade terão a oportunidade de vivenciar outros esportes
inseridos dentro do projeto Talento Cidadão, que contemplam modalidades como
atletismo, futsal, futebol, natação e voleibol e ainda vivenciar um ambiente
universitário.
3. Objetivo Geral Tênis
A prática de tênis tem como objetivo proporcionar às crianças e aos adolescentes em
situação de vulnerabilidade social – mais especificamente crianças submetidas ao
trabalho infantil, socialização e novas concepções promovidas pela construção de
trajetória própria que envolve responsabilidades por meio de incentivo ao esporte.

4. Objetivos Específicos Tênis

✔ Democratizar o acesso à prática do tênis como instrumento educacional,


visando o desenvolvimento educacional integral dos praticantes para formação da
cidadania e qualidade de vida;
✔ Desenvolver a sociabilidade e autodisciplina, conjuntamente com a recreação
e o lazer, além do desenvolvimento psicomotor, de habilidades artísticas, controle
emocional, desenvolvimento físico e mental, cooperação e autoconfiança por meio do
esporte;
✔ Proporcionar à criança e ao adolescente, a oportunidade de adquirir
conhecimentos, desenvolver habilidades e autoconhecimento por meio da educação
e cidadania;
✔ Prática de iniciação ao esporte e desenvolvimento e progressão no tênis
individual e em duplas.

5. Metas Tenis

Atendimento de 120 crianças e adolescentes com duração de 1 ano para iniciação ao


esporte.

6. Metodologia: Tenis
As intervenções serão ministradas por monitores do curso de graduação em
Educação Física com conhecimentos específicos da área e recreação,
supervisionados pelos professores coordenadores do projeto. Cada aluno de
graduação disponibilizará doze horas semanais para a realização do projeto, sendo
oito horas de intervenção e quatro horas de estudo e elaboração das atividades.
Os encontros serão realizados em três momentos durante a semana para atividade
de tênis. Para tanto, será necessário quadra poliesportiva com pintura específica para
a prática do esporte.
As atividades serão desenvolvidas por meio de jogos pré-desportivos, exercícios
específicos e jogo formal, visando o aprendizado e aperfeiçoamento da modalidade.
Tais atividades pretendem contribuir para o aprendizado dos jovens participantes e
também na formação acadêmica dos alunos de graduação que desenvolverão as
atividades.
A metodologia utilizada para o aprendizado de tênis será específico para os grupos
etários:
1. Infantil: atividades lúdicas e com foco em movimentos rudimentares e
fundamentais;
2. Pré-adolescência: atividades lúdicas e início da especialização;
3. Adolescentes: atividades especializadas e competitivas.

7. Avaliação de Resultados: Tenis

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo A1 mais ou menos na


metade da execução do projeto, e outra A2 ao final do período.
Indicadores de
Objetivo Específico Meios de Verificação
Resultados
1. Desenvolver, por meio da 1. Monitoramento da 1. Testes/medidas periódicas
prática do tênis de campo composição corporal e 2. Questionários/entrevista dos
aspectos físicos, motores e componentes motores; hábitos de vida
cognitivos em crianças e 2. Monitoramento de 3. Relatórios periódicos de
adolescentes; hábitos de vida. evolução dos participantes.
2. Estimular a adoção de
hábitos de vida saudáveis.

8. Avaliação de Impacto: Tênis

Objetivo Específico Indicadores de Impacto Meios de Verificação


1. Estimular a adoção de hábitos 1. Relatórios com resultados 1. Avaliações periódicas
de vida saudáveis. Desenvolver longitudinais de avaliações
aspectos físicos, motores e realizadas nos participantes;
cognitivos em crianças e
adolescentes.
2. Desenvolver a sociabilidade e
autodisciplina
3. Proporcionar à criança e ao
adolescente, a oportunidade de
adquirir conhecimentos,
desenvolver habilidades e
autoconhecimento por meio da
prática de tênis;
4. Prática de iniciação ao esporte
e desenvolvimento e progressão
na prática do tênis;
Modalidade Voleibol Projeto Talento Cidadão
Título: Prática Esportiva do Voleibol e Promoção da Saúde entre
crianças e adolescentes em idade escolar

Coordenador:
Professor Doutor Luiz Rogério Romero
Docente do Departamento de Educação Física
Tel. (18) 3229-5725

1. Introdução Voleibol
Dentre as modalidades coletivas existentes, o voleibol tem ocupado posição de
destaque entre as preferências de esportes coletivos no Brasil. Tal fato pode ser
justificado pelos resultados obtidos no cenário mundial.
A partir desse contexto, destaca-se o voleibol como atividade recreativa e desportiva
de grande interesse popular e que pode ser situado como relevante instrumento de
formação social. Destaca-se ainda a possibilidade de oferecimento de vivências
motoras significativas e desenvolvimento cognitivo de seus praticantes.
Neste sentido Weineck 200 afirma:
“(...) com as condições psicofísicas extremamente favoráveis para a
aquisição de habilidades motoras – a ampliação do repertório motor e a
melhora das habilidades coordenativas que estão no centro de formação
esportiva, na fase escolar - devem ser utilizadas na aprendizagem da
técnica esportiva básica primeiramente a coordenação grosseira,
refinando-a posteriormente”.
Considerando tais contribuições e vivenciando a realidade em que nossos jovens se
encontram, a participação em práticas esportivas do voleibol deve ser incentivada.
Muitos autores trazem o aprendizado esportivo dividido em fases, de acordo com as
possibilidades de crescimento e desenvolvimento humano.
Segundo Oliveira (2004), a primeira fase deve permitir uma vivência motora através
da brincadeira. É o primeiro contato e a diversão deve configurar o âmbito do
aprendizado. Já a segunda propicia o trabalho com as modalidades coletivas de forma
mais específica. A terceira fase tem como foco as individualidades esportivas,
priorizando suas características físicas e preferências.
Para a UNESCO (2013), as crianças devem se movimentar por meio de estímulos
internos e externos, para que sua capacidade de aprendizagem seja efetiva no seu
processo de evolução. Quanto maior o leque de movimentos e de habilidades que a
criança tiver oportunidade de vivenciar, maior será a variedade de experiências a que
poderá recorrer para aperfeiçoar as habilidades específicas de cada modalidade
esportiva, bem como para facilitar a aprendizagem de novas habilidades. Neste caso,
no voleibol propriamente dito.
Quando as crianças aprendem algo novo, elas passam por três fases de
aprendizagem:
1. Interiorização: refletir sobre o que fazer. Antes de aprender alguma coisa, as
crianças necessitam saber claramente o que estão tentando ou buscando aprender.
2. Aprendizagem: experimentando vários modos de executar a tarefa. Foi visto que
habilidades são construídas sobre aquilo que já se sabe e sobre o que se consegue
fazer ou realizar.
3. Explorando as aprendizagens aprendidas: executar o que foi aprendido. Nessa fase,
o controle dos movimentos torna-se automatizado, e os alunos aprendem
prioritariamente a escolher o que fazer, quando fazer, mas ainda não como fazer.
Respeitar as fases de crescimento, desenvolvimento e maturação, bem como a
experiência prévia dos alunos, torna-se ferramenta fundamental para minimizar
equívocos quanto às cargas de treinamento e, consequentemente, conduzir esse
processo rumo à especialização precoce (UNESCO, 2013).
No Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, a iniciação e a especialização
esportiva são desenvolvidas em grande parte nos clubes esportivos particulares e em
centros esportivos administrados por secretarias municipais. Estas entidades esportivas
desempenham um importante papel na iniciação e na continuidade da prática esportiva
nas categorias menores subsequentes, visando um treinamento a longo prazo. No
entanto, existe a necessidade de identificar os critérios adotados nas entidades que
promovem o esporte para menores, no que se refere as idades de iniciação e
treinamento específico, e a participação em competições regulares (ARENA E BÖHME,
2000). O voleibol tem como enfoque o desenvolvimento e aperfeiçoamento motor como
a flexibilidade, velocidade e resistência aeróbia, além de força para execução dos
fundamentos existentes na modalidade.
A prática do voleibol pode oferecer modificações fisiológicas como a hipertrofia do
músculo cardíaco e de outras fibras, tendo como consequência um aumento na força
de contração. Ressalta-se que prática do voleibol oferece contribuição relevante para
atingir seu potencial genético de crescimento físico.

2. Justificativa Voleibol

Desta maneira, pretendemos com o presente projeto contribuir no processo de


crescimento e desenvolvimento humano no âmbito social, cognitivo e motor. De modo
específico, contribuir na prevenção do uso de álcool, drogas e de envolvimento em
práticas de violência. Pretende-se enfatizar respeito à diversidade e de vivências de
lazer e promoção da saúde.
Em relação ao desenvolvimento motor, oportunizar ações promotoras de
condicionamento físico e incentivo à prática de atividades físicas regulares e de
formação esportiva em Voleibol. Também proporcionar o contato com os universitários
e espaço físico da universidade, aprendizado esportivo, respeito de normas e regras
para a formação cidadã.

3. Objetivo Geral Voleibol


Promover atividades físicas relacionadas ao voleibol e outras modalidades/formas
inovadoras de movimento corporal, ressaltando o aperfeiçoamento esportivo,
participação da comunidade e a promoção da saúde coletiva e individual, enfatizando os
principais problemas de morbimortalidade entre crianças e adolescentes do contexto local.

4. Objetivos Específicos: Voleibol

➢ Promoção de atividade física para escolares de Presidente Prudente.


➢ Ações de promoção da saúde coletiva e individual, enfatizando os principais
problemas de morbimortalidade entre crianças e adolescentes do contexto local;
➢ Organização de ações intersetoriais, e multiprofissionais e com a participação
da comunidade local no planejamento de promoção da saúde coletiva e
individual.

5. Metas: Voleibol
O projeto pretende atender 620 crianças e adolescentes com idade entre 7 e 18 anos
para o aperfeiçoamento esportivo, contribuição ao crescimento e desenvolvimento,
promoção da saúde e planejamento comunitário.

6. Metodologia: Voleibol
As intervenções serão ministradas por alunos de graduação em Educação Física com
conhecimentos específicos da área do voleibol e supervisionados pelo professor
coordenador do projeto.
Os encontros serão realizados em dois momentos durante a semana. Cada aluno de
graduação disponibilizará doze horas semanais para o projeto, sendo oito horas de
intervenção e quatro horas de estudo e elaboração das atividades.
O projeto contará com a utilização das dependências esportivas e espaço físico da
FCT – UNESP, Presidente Prudente, que possuem padrões de segurança necessários
para o desenvolvimento do voleibol.
As atividades serão desenvolvidas para o aperfeiçoamento do voleibol tradicional
como também para algumas variações da modalidade, como Biribol, Vôlei de Praia e
recreação.
Tais atividades pretendem contribuir para o aprendizado dos adolescentes envolvidos
e também na formação acadêmica dos universitários participantes.
As atividades também poderão ser desenvolvidas na própria comunidade assistida
em acordo com as instituições parceiras.
Nossas atividades serão planejadas da seguinte maneira:
1. Utilização de brincadeiras de caráter recreativo e adaptações que contribuam para
o aprendizado do voleibol;
2. Fundamentos do voleibol como recepção, defesa, ataque, bloqueio, etc. Durante
essas atividades buscaremos incluir preparação física;
3. Exercícios baseados em situações de jogo;
4. Rodízios e estratégias de jogo voleibol e similares.

7. Avaliação de Resultados: Voleibol

O projeto utilizará de método qualitativo de pesquisa-ação para a avaliação das


contribuições.
A cada intervenção será relatado a evolução dos alunos no âmbito esportivo, como
também haverá relatos sobre o desempenho dos mesmos na escola.
Acompanhamento do desenvolvimento escolar pelo contato com familiares,
professores e os próprios adolescentes.
Indicadores de
Objetivo Específico Meios de Verificação
Resultados
1. Promoção de atividade física 1. Número de alunos 1. Relatórios circunstanciados
para escolares de Presidente participantes; de atividades e
Prudente. 2. Aplicação de desenvolvimento;
2. Ações de promoção da saúde questionários sobre 2. Teste de aferição dos
coletiva e individual, enfatizando os conhecimentos e atitudes conhecimentos; Entrevista
principais problemas de de promoção da saúde; com gestores e pais;
morbimortalidade entre crianças e 3. Número de 3. Produto do Planejamento
adolescentes do contexto local. participantes de pessoas Situacional Estratégico (PES)
3. Organização de ações da comunidade; Número intersetorial e multidisciplinar.
intersetoriais, e multiprofissionais e de equipamentos sociais
com a participação da comunidade participantes.
local no planejamento de
promoção da saúde coletiva e
individual.

8. Avaliação de Impacto Voleibol


Esta modalidade de avaliação refere-se à permanência ou sustentabilidade no tempo
das transformações decorrentes das ações implementadas, ou seja, à sua efetividade.
O impacto é medido pela melhoria ocorrida na qualidade de vida e bem-estar dos
beneficiados direta ou indiretamente, a médio e longo prazos, como resultado da
melhoria das condições de vida.
Para cada objetivo específico, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos
do impacto social previsto para o projeto, assim como os meios de verificação.

Objetivo Específico Indicadores de Impacto Meios de Verificação


1. Promoção de atividade física 1. Aumento do número de 1. Registro de número de
para escolares de Presidente crianças e adolescentes participantes; Questionário
Prudente. fisicamente ativos no sobre prática habitual de
2. Ações de promoção da saúde projeto/comunidade; atividades físicas.
coletiva e individual, enfatizando 2. Ampliação de 2. Questionários
os principais problemas de conhecimentos sobre amplamente utilizados em
morbimortalidade entre crianças promoção da saúde e pesquisas nacionais em
e adolescentes do contexto local; prevenção do uso de álcool, saúde do escolar; Encontros
3. Organização de ações drogas e prática sexual de periódicos segundo
intersetoriais, e risco; Qualificação de atitudes metodologia “Educação
multiprofissionais e com a frente a promoção da saúde; entre pares”, disponibilizado
participação da comunidade 3. Planejamento coletivo, pelo Ministério da
local no planejamento de intersetorial e multidisciplinar Saúde/Brasil;
promoção da saúde coletiva e de promoção da saúde. 3. Elaboração de
individual. Planejamento Estratégico
Situacional.
Atividades Ludo pedagógicas Projeto Talento Cidadão

Título: Atividades Ludo pedagógicas e Inclusão educacional para


crianças em situação de risco e vulnerabilidade social.

Coordenadores:

Professor Doutor Antonio Thomaz Junior


Departamento: Geografia
(18) 98137-5000
thomaz@fct.unesp.br

Professor Doutor Irineu Aliprando Tuim Viotto Filho


Departamento: Educação Física
(18) 997489761
tuimviotto@gmail.com

Parcerias:
Grupos e Instituições Colaboradoras ou parceiras:
4. Laboratório de Atividades Ludo Pedagógicas e Recreativas (LAR) Departamento de
Educação Física - UNESP - Presidente Prudente
5. GEIPEEthc (Grupo de Estudos, Intervenção e Pesquisa em Educação Escolar e
Teoria histórico-cultural) - UNESP - Presidente Prudente.
6. CEGET: Centro de Estudos de Geografia e Trabalho - Depto de Geografia - UNESP
- Presidente Prudente -
7. CLAE Centro Local de Apoio a Extensão - Núcleo Morumbi da UNESP-Presidente
Prudente.
8. Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT -
UNESP - Presidente Prudente
9. Programa de Pós-graduação em Educação - UNESP - Presidente Prudente
10. Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prudente
11. Diretoria Regional de Ensino de Presidente Prudente

1. Introdução Atividades Ludo pedagógicas

Compreendemos atividade ludo-pedagógica como uma ação de natureza educativa,


pensada e planejada pelo professor, com a finalidade de proporcionar condições
lúdicas e diferenciadas de aprendizagem e desenvolvimento em direção à
humanização da Criança.
A atividade ludo-pedagógica estrutura-se a partir dos conhecimentos e práticas
advindos das diferentes ciências, das letras e literatura, das artes plásticas, da
expressão corporal, dos jogos e esportes e outras atividades que tomam a criança
como sujeito ativo e que interage com o mundo adulto na busca do seu
desenvolvimento.
Portanto, para a realização das atividades ludo-pedagógicas, junto ao Projeto Talento
Cidadão, serão selecionados conteúdos clássicos oriundos das diversas áreas do
conhecimento para a efetivação de um plano de trabalho prático-teórico e que faça
cada criança aprender e se desenvolver numa direção humanizadora.

2. Justificativa Atividades Ludo pedagógicas

Este projeto de extensão, intervenção e pesquisa tem apoio da UNESP-Presidente


Prudente e dos respectivos Grupos de Pesquisa: CETAS (Centro de Estudos do
Trabalho, Ambiente e Saúde) e GEIPEEthc (Grupo de Estudos, Intervenção e
Pesquisa em Educação Escolar e teoria histórico-cultural), com a finalidade de
socializar conhecimentos oriundos das diferentes áreas da ciências, das artes, da
literatura, da cultura corporal e dos esportes para crianças de 06 a 11 anos de idade
que residem nos bairros Brasil Novo, Residencial Cremonezi e Conjunto Habitacional
João Domingos Netto, na cidade de Presidente Prudente, estado de São Paulo –
Brasil.
As atividades ludo pedagógicas oferecidas junto ao Projeto Talento Cidadão tem a
educação multilateral como foco e visa enfrentar uma realidade social que exclui a
maioria das crianças das classes populares das possibilidades humanização, as quais,
dada a sua situação de vulnerabilidade, pobreza e exclusão em que se encontram,
podem tornar-se objeto de exploração, seja no âmbito do trabalho, como também em
outros âmbitos e formas de relação social, situações essas que acarretam grandes
dificuldades ao seu processo de formação e humanização, fatos que justificam a
importância da implementação de atividades com essas características
Diante do cenário explicitado acima e considerando a defesa por uma educação
pública humanizadora, com vistas à superação dos processos de exclusão e
exploração das crianças é que configura-se a necessidade de implementação de
atividades ludo pedagógicas, cuja proposta metodológica é oferecer, semanalmente,
o acesso e apropriação de conteúdos, a partir de atividades lúdicas, contemplando as
áreas: Letras e Literatura, Artes plásticas, Expressão corporal, Esportes, Ciências da
natureza, matemática e humanidades, com vistas a garantir o desenvolvimento
multilateral das crianças participantes.
Temos claro que somente através de processos educativos diferenciados é que
poderemos contribuir efetivamente para reverter o perverso processo de
desumanização no qual se encontram milhares de crianças de nossa cidade e região,
as quais, se atendidas adequadamente, poderão construir novas formas de
enfrentamento dessa realidade, empoderando-se, principalmente a partir de relações
sociais humanizadoras e do conhecimento para avançar no seu processo de formação
e desenvolvimento humano e as atividades aqui propostas, a serem realizadas junto
ao Projeto Talento Cidadão, poderá contribuir para esse movimento de humanização.

3. Objetivo Geral Atividades Ludo pedagógicas

Socializar conhecimentos oriundos das diferentes áreas das ciências, das artes, da
literatura, da cultura corporal e dos esportes, por meio de atividades ludo pedagógicas
coletivas e metodologias especiais de ensino visando processos diferenciados de
aprendizagem, desenvolvimento e humanização.

4. Metodologia Atividades Ludo pedagógicas


As intervenções de atividades ludo-pedagógicas serão ministradas por alunos do
curso de Graduação em Educação Física, Pedagogia, Geografia, Arquitetura, dentre
outros cursos de graduação.
As atividades acontecerão semanalmente, em diferentes bairros da cidade de
Presidente Prudente, dentre eles: Brasil Novo, Residencial Cremonezi e Conjunto
Habitacional João Domingos Netto. Esclarecemos que a forma de realização será
idêntica em cada bairro.
Para isso, será necessária a disponibilização de um amplo espaço físico, com salas
separadas, para efetivação das oficinas temáticas.
Serão oferecidas oficinas temáticas, que ocorrerão de forma simultânea no espaço
oferecido em cada bairro e acontecerão duas vezes no mesmo dia. Serão realizadas
06 oficinas temáticas por dia em dois horários diferentes, sendo que cada oficina
ofertará 25 vagas perfazendo um total de 150 crianças atendidas por período, num
total de 300 crianças por bairro semanalmente. As oficinas serão ministradas por dois
monitores, alunos de graduação da UNESP, num total de 12 monitores.
OFICINAS

01 Letras, literatura e humanidades

02 Dança, expressão corporal e teatro

03 Artes plásticas, desenho e arquitetura

04 Ciências da natureza e matemática

05 Jogos e Esportes

06 Música, canto e instrumento

Esclarecemos que as atividades funcionarão em conformidade com o ano letivo das


escolas públicas de Presidente Prudente/SP
Os espaços de intervenção serão devidamente organizados de acordo com a
especificidade de cada área, contando com materiais pedagógicos e estrutura
adequada para a realização de atividades prático-teóricas específicas, sendo
necessário 5 salas (ou espaços diferentes) para as oficinas de 01 a 05 e, ainda um
espaço livre e/ou quadra de esportes para as atividades relacionadas a oficina 6.
Os sujeitos interessados em participar, farão as inscrições (na primeira semana de
início do projeto) na oficina de seu interesse e, serão elaborados alguns critérios de
permanecia, para garantir a participação efetiva e, possibilidade de participação de
toda comunidade.
Ao chegarem para inscrição cada sujeito será entrevistado/avaliado individualmente,
com objetivo de identificar as suas capacidades e dificuldades, sejam de
comportamento no grupo, ou manifestas na realização de atividades intelectuais, de
expressão oral e corporal, de desenvolvimento da atenção, memória, imaginação,
concentração, criatividade, dentre outras habilidades e capacidades humanas.
Os pais e/ou responsáveis pelas crianças serão co-participantes do trabalho, os quais
serão entrevistados com a finalidade de coletar dados relativos à situação familiar e
ao processo histórico de desenvolvimento dos seus filhos. Além disso, os pais serão
convidados a participar de reuniões mensais com a finalidade de acompanhar o
processo de aprendizagem e desenvolvimento dos seus filhos nas atividades do
Projeto Talento Cidadão.
A partir dessas ações poderemos coletar dados para o acompanhamento das crianças
durante a sua permanência nas atividades, com o objetivo de identificarmos
dificuldades e avanços no seu processo de desenvolvimento.
Pretendemos ao final de cada bimestre realizar avaliação acerca dos avanços
qualitativos dos sujeitos participantes, tendo como objetivo acompanhar o seu
processo de desenvolvimento e as implicações do trabalho na transformação de suas
vidas na sociedade.
Inclusão Literária Projeto Talento Cidadão

Título: Bebeteca escolar

Coordenadora:
Professora Doutora Renata Junqueira de Souza
Docente do Departamento de Educação
Coordenadora do CELLIJ (Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil)
Tel. (18) 3229.5836
recellij@gmail.com

Colaboradora:
Marisa Oliveira Vicente
Pedagoga no CELLIJ
Tel. (18) 3229.5836 e (18) 99609.0425
marisa@fct.unesp.br

1. Introdução Inclusão Literária


A oportunidade de que os bebês e as crianças pequenas tornem-se leitores e desfrutem
da literatura como um elemento cultural que proporciona prazer e que lhes possibilita
se posicionarem socialmente como sujeitos que compreendem melhor o mundo em que
vivem, é uma ação social e educativa de grande importância.
O contato com os livros impressos, a exploração da audição e da fala a partir das
leituras em voz alta de narrativas infantis, o estímulo ao diálogo após as leituras; são
aprendizados necessários para que as crianças tornem-se leitores proficientes.
Quando as crianças gostam que se leia para elas, vão crescer apreciando livros e
terão desejo de aprender a lê-los.

2. Justificativa Inclusão Literária


A luta pela ampliação do número de Bebetecas escolares na cidade de Presidente se
justifica pelo entendimento de que os espaços também contribuem para a formação
de leitores. Pretende-se unir as práticas de leitura que utilizam as estratégias como
suporte das atividades a um espaço projetado e pensado para a criança pequena e
suas necessidades físicas e cognitivas.
Compreendemos que a instituição educacional sozinha não pode transformar a
sociedade, mas que pode contribuir para sua mudança, conforme garante o direito de um
ensino de qualidade e crítico a todos, o mediador docente deve atuar de maneira
consciente, comprometida e competente. Para isso, no entanto, são necessários estudos
teóricos e vivências de ações educativas promissoras. Nesse sentido, também se
enquadram as atividades extensivas e, sobretudo de pesquisas, como esta, realizadas
pelos integrantes do Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil “Maria Betty
Coelho Silva” (CELLIJ) da Unesp, de Presidente Prudente/SP.
A partir dos momentos de contação e leitura em voz alta, que acontecem no CELLIJ
e nas escolas atendidas são realizadas análises dessas práticas, decorrendo estudos
que relacionam o espaço como mediador, o lugar do livro na infância e os modos de
ler pelos bebês e pelas crianças. Dessa maneira, o presente projeto pode instigar a
apreciação estética por parte dos alunos e dos professores, bem como a promoção
de uma sensibilização ao conhecimento da língua portuguesa em toda sua riqueza de
possibilidades, além da pesquisa relacionada à mediação de leitura desde a mais
tenra idade.
Ademais, nunca é muito cedo para se começar a ler e a faixa etária do nascimento
até os três anos de idade é decisiva para formar bons leitores. Uma vez que, quando
promovida a partir do primeiro mês de vida, a leitura pode tornar-se uma ótima
ferramenta para alavancar o crescimento integral das crianças. Além disso, distintos
estudos sobre o tema apontam que ler e comentar o lido desde os primeiros meses
de vida trazem como benefícios: o reforço do vínculo afetivo entre adulto e bebê; o
favorecimento da capacidade de observação, atenção e concentração; o estímulo a
imaginação e a criatividade; o desenvolvimento do gosto por aprender, da curiosidade,
do pensamento reflexivo; o estabelecimento de uma relação constante entre a criança
e o mundo que a rodeia; e a socialização.
No entanto, para favorecer a leitura, há que se permitir que a literatura se converta em
algo cotidiano na vida dos pequenos de até três anos. Porém, como fazer isso? Além
de realizar atividades de leitura compartilhada e recitar / cantar para os pequenos
diariamente, é possível aproveitar espaços sociais que ofereçam momentos de leitura
literária efetiva e com o apoio das estratégias de leitura, como é o caso das Bebetecas.
Bebeteca consiste em um local favorável para bebês e crianças de até seis anos
estabelecerem contato com os livros. Pode ser pequeno, mas precisa de livros
adequados, almofadas e tatames pelo chão, estantes compatíveis com o tamanho das
crianças, objetivando fazer com que os pequenos sintam-se à vontade e que os
adultos mediadores, como responsáveis ou professores, possam realizar a mediação
de leitura da melhor maneira possível. A Bebeteca é, então, uma espécie de biblioteca
destinada a bebês e crianças pertencentes à primeira infância que, com acervo
variado e com várias possibilidades de leitura lúdica.
Compreendemos, assim, que as atividades de leitura desenvolvidas neste projeto,
constituir-se-ão em experiências ricas que ampliarão o conhecimento prévio e as
vivências, interferindo em situações futuras de leituras desses pequenos alunos. O
projeto também objetiva que os livros façam parte da rotina de vida deles. Afinal, os
bebês se divertem ao segurar os livros e tentar folheá-los como se fosse, de fato,
brinquedos.
Diante dos estudos que temos realizado, estamos propondo ações de formação dos
graduandos (bolsistas) e de professores da Educação Infantil e das crianças no que
concerne à leitura e ao uso de bibliotecas. Assim, o presente projeto visa proporcionar
aos pequenos alunos matriculados nas creches o acesso à leitura de qualidade,
oferecendo atividades para compreender o que “leem” e apresentar-lhes a Bebeteca
/ biblioteca como espaço de leitura e apropriação de sentido.
Este projeto surgiu do desdobramento de outro desenvolvido nos anos 2016 e 2017:
“Do colo à roda de histórias: leitura na primeira infância”. As ações daquele projeto
deram origem à Bebeteca Colunas do Saber, a primeira de Presidente Prudente, na
Creche Anita Ferreira Braga de Oliveira e também assessoraram a criação da
Bebeteca da Escola Municipal Dr. Aziz Felippe.
Atualmente a equipe da Creche Anita Ferreira Braga de Oliveira já mantém as ações
relacionadas à Bebeteca sem necessidade de acompanhamento contínuo.
O CELLIJ foi convidado, em 2017, a assessorar a criação de outra Bebeteca na Escola
Municipal Sylvia Marlene Pereira Faustino, cuja equipe anseia pela oportunidade.
Desta maneira as ações do projeto se darão também neste novo espaço, além dos
espaços mantidos: Escola Municipal Dr. Aziz Felippe, sala de contação de histórias do
CELLIJ e BIP (Biblioteca Infantil de Prudente – no prédio do CELLIJ). Outras crianças
e outros professores terão acesso aos atendimentos e parte do público já atingido se
mantém.
Os resultados das ações do projeto desenvolvido anteriormente têm sido avaliados como
extremamente positivos e, por essa razão, em 2018 ampliaremos o trabalho
assessorando essa nova escola (E. M. Sylvia Marlene Pereira Faustino) que se localiza
no Conjunto Habitacional João Domingos Netto, tem cerca de 1 ano de funcionamento e
está buscando na Universidade uma parceria para a formação de crianças leitoras.

3. Objetivo Geral Inclusão Literária


O presente projeto tem como objetivo organizar situações pedagógicas que
possibilitem a interação de crianças de até 3 anos com o universo literário,
favorecendo a proximidade dos bebês e das crianças pequenas com o objeto livro e
com a literatura como um produto cultural, formando o gosto pela leitura literária.

4. Objetivos Específicos Inclusão Literária


✔ Orga
nizar em conjunto com os profissionais da E.M. Sylvia Marlene Pereira Faustino, o
espaço destinado a ser a Bebeteca (atualmente uma sala multiuso com alguns livros).
✔ Incentivar o gosto de frequentar a bebeteca nos bebês, nas crianças de até três
anos e nos professores e demais profissionais das escolas participantes e no CELLIJ
(Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil/FCT – UNESP);
✔ Promover momentos de leitura individual e coletiva de imagens, poesia,
narrativa ficcional e diversos textos literários de autores nacionais e internacionais,
oportunizando apreciação cultural e literária, com ampliação do repertório dos
pequenos;
✔ Desenvolver leituras diferenciadas e significativas com as crianças.
✔ Organizar espaços interativos e lúdicos para o contato físico dos bebês e das
crianças com o mundo das palavras e das ilustrações;
✔ Incentivar uma relação divertida entre os pequenos e os livros, convertendo os
livros em objetos cotidianos e companheiros;
✔ Ler e contar histórias utilizando as estratégias de compreensão leitora de Solé
(1998) e Souza e Girotto (2010), proporcionando aos envolvidos a possibilidade de
pensar, criar e expressar-se nas mais diversas linguagens a partir do texto literário;
✔ Contribuir na formação de leitores mirins que sabem escolher suas leituras e
apreciam desfrutá-las.
✔ Incentivar os professores das escolas participantes a se aproximarem ainda
mais dos livros e da literatura, promoverem momentos de leitura e contação de
histórias para as crianças e buscarem momentos de formação para conhecerem
melhor as estratégias de compreensão leitora.

5. Metas Inclusão Literária

Atendimento de 72 crianças com orientações periódicas aos pais e professores no


ano letivo de 2018 com possibilidade de prolongamento do tempo de duração do
Projeto.

6. Metodologia Inclusão Literária


Para preparação dos bolsistas que realizarão as atividades, acontecerão, no espaço
do CELLIJ e da Biblioteca Infantil Prudente, reuniões semanais de estudo e
preparação das atividades, bem como dos materiais a serem utilizados nas práticas
como cenário e decoração, entre outros.
Esta proposta tem uma abordagem de pesquisa-ação que, neste caso, é a opção
metodológica adequada para incentivar a ação dos alunos na promoção de espaços
mediadores da leitura; executar junto aos mediadores atividades de formação
interventiva, promoção do espaço e incentivo à leitura por meio do uso de diversas
linguagens ampliando o repertório cultural das crianças, seus professores e familiares.
A exemplo de atividades propostas temos:
1. Deixar as crianças controlarem o suporte livro.
2. Relacionar as narrativas às experiências dos pequenos.
3. Ler várias vezes as histórias favoritas das crianças.
4. Nomear os objetos e animais das ilustrações.
5. Descrever e comentar as cenas ilustradas.
6. Considerar os escritos no momento de partilha com os pequenos, diferenciando-os
das imagens.
7. Desenvolver momentos de leitura individual e coletiva de imagens, poesia, narrativa
ficcional e diversos textos literários.
8. Ler com os bebês no colo, ao lado e na frente de maneira a favorecer a autonomia
em relação ao mediador.
9. Realizar atividades de leitura e contação de histórias embasadas nas estratégias
de Solé (1998) e Souza e Girotto (2010) com momentos antes, durante e depois da
leitura e com estratégias específicas como inferências e visualização.

7. Avaliação de Resultados: Inclusão Literária

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo a primeira (A1) mais ou
menos na metade da execução do projeto e outra (A2) ao final do período.

Objetivo Específico Indicadores de Resultados Meios de Verificação


1. Todos os mencionados 1. Acompanhamento e registro 1. Registros escritos em
no campo específico para semanal da organização do diários de
os objetivos. espaço da Bebeteca e das acompanhamento.
atividades desenvolvidas; 2. Registros fotográficos.
2. Acompanhamento e registro 3. Registros filmados.
das reações dos bebês e 4. Relatórios semestrais de
crianças durante o tempo de desenvolvimento das ações.
frequência à bebeteca e
participação nas atividades.
3. Acompanhamento e registro
do posicionamento dos
professores e demais
profissionais da escola diante
das ações do projeto.

8. Avaliação de Impacto: Inclusão Literária


Objetivo Específico Indicadores de Impacto Meios de Verificação
Todos os mencionados no Relatórios semestrais de Avaliações periódicas do
campo específico para os desenvolvimento das ações do projeto pelos participantes
objetivos. projeto. (FCT, pais, professores
/outros profissionais e
crianças em suas
expressões possíveis
para a idade)
Cidadania Talento Cidadão

Título: Brincando e aprendendo com arte indígena

Coordenação:
Professora Livre Docente Neide Barrocá Faccio
Docente do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente (FCT/Unesp)
Tel. (18) 3229-5388 / (18) 99973 3146
nfaccio@terra.com.br

Professor Doutor Luís Antonio Barone


Docente do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente (FCT/Unesp)
Tel. (18) 3229-5388 / (18) 99796 4541
labarone@uol.com.br

1. Introdução Brincando e aprendendo com arte indígena

O Projeto “Brincando e aprendendo com arte indígena” tem por objetivo proporcionar
às crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social –sobretudo
aquelas submetidas ao trabalho infantil - socialização e conhecimento de técnicas e
costumes de outra cultura, a fim de trabalhar com questões de identidade e cidadania.
A arte e o conhecimento de outras culturas e seus valores constituem-se em elemento
de interesse para crianças e adolescentes, podendo influenciar o cotidiano dos
indivíduos, sendo ferramenta de inclusão social através de ações de cunho social e
educativo, visando o resgate da cidadania, do lazer e busca da saúde psicológica.
Neste contexto, o Projeto “Brincando e aprendendo com arte indígena” atuará como
complementação do período escolar regular e proporcionará às crianças e aos
adolescentes em situação de risco, aprendizado de atividades lúdicas diferenciadas,
que não se aprendem no ambiente escolar público.

2. Justificativa Brincando e aprendendo com arte indígena

Conhecer o outro é um modo de melhor se conhecer. Conhecer a cultura indígena e a


sua forma de fazer arte servirá como facilitador para inserção de ações sociais e
mudanças de hábitos de crianças e adolescentes, influenciando o cotidiano desses
participantes, tendo em vista o fato de que “presos a uma única cultura, somos não
apenas cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa” (LAPLANTINE,
1980, p. 21).
Atualmente, em nossa sociedade, contamos apenas com as redes tradicionais de
socialização - como família e escola - como espaços fundamentais no processo de
desenvolvimento da criança e do adolescente. A intenção do referido projeto é oferecer
instrumentos e ações que amenizem uma infinidade de situações vividas
negativamente e minimizem as consequências das desigualdades sociais, da
pobreza e da exclusão social. Objetiva-se trabalhar questões transversais, como a
falta de vínculos afetivos na família e nos demais espaços de socialização; os
problemas decorrentes da passagem abrupta da infância à vida adulta; a deficiência
de acesso à educação, trabalho, saúde, lazer, alimentação e cultura; as dificuldades
decorrentes da falta de recursos materiais mínimos para sobrevivência; a inserção
precoce no mundo do trabalho, associada à falta de perspectiva de entrada no
mercado formal de trabalho e à exploração do trabalho infantil; a falta de projetos
para o futuro; o alto índice de reprovação e/ou evasão escolar; da oferta e adição ao
consumo de drogas, ao tráfico de drogas e ao uso de armas.

3. Objetivo Geral Brincando e aprendendo com arte indígena

O objetivo geral do Projeto é o de contribuir para a formação da noção de cidadania


e de identidade, bem como produzir mecanismos para o conhecimento e preservação
do patrimônio e da memória cultural.

4. Objetivos Específicos Brincando e aprendendo com arte indígena

• Democratizar o acesso à prática de atividades lúdicas como instrumento


educacional, visando o desenvolvimento integral dos participantes, contribuindo
para a formação cidadã e melhoria da qualidade de vida;
• Desenvolver a sociabilidade, a autoestima e autodisciplina, conjuntamente com
a recreação e o lazer, além do desenvolvimento psicomotor, de habilidades
artísticas, do controle emocional. Também visa-se o desenvolvimento físico e mental,
cooperação e autoconfiança por meio de jogos;
• Proporcionar à criança e ao adolescente a oportunidade de adquirir
conhecimentos, desenvolver habilidades e autoconhecimento por meio da
educação e cidadania;
• Realização de palestras e oficinas.

5. Metas Brincando e aprendendo com arte indígena

Atendimento, com duração de um ano, de 60 crianças e adolescentes em situação de


vulnerabilidade social, moradores dos bairros abrangidos pelo Projeto Talento
Cidadão.

6. Metodologia Brincando e aprendendo com arte indígena

A metodologia do Projeto “Brincando e aprendendo com arte indígena” é pautada


por três elementos fundamentais da relação universidade-sociedade. O primeiro
diz respeito à indissociabilidade entre ensino, extensão e pesquisa, pois nossos
estudos devem estar contextualizados, discutindo problemas de fundo da nossa
sociedade. Em segundo lugar, o fato de que, ao sairmos para agir na sociedade,
essa relação já se constitui um problema a ser estudado, tendo em vista a dificuldade
de levar conhecimentos altamente técnicos e/ou profundamente filosóficos a uma
população muitas vezes carente de itens básicos. Essa relação, problemática,
torna-se imediatamente um problema de investigação das ciências sociais.
Por fim, a busca de soluções adequadas a determinadas particularidades
sociais/culturais/territoriais nos leva, inevitavelmente, a um diálogo crítico com a
teoria vigente, a partir de uma realidade empírica particular - o que nada mais é do
que o ponto de partida de qualquer esforço de pesquisa científica. Nesse sentido,
a equipe do Museu de Arqueologia Regional e do Laboratório de Arqueologia
Guarani e Estudos da Paisagem (FCT/UNESP) buscará desenvolver as ações
deste projeto utilizando como referencial metodológico a pesquisa participativa
(THIOLLENT, 1998) e outras abordagens participativas
As intervenções serão ministradas por monitores, responsáveis por grupos de 10
crianças/adolescentes, discentes dos cursos de graduação em Arquitetura,
Pedagogia, Engenharia Ambiental e Geografia, com conhecimentos específicos das
áreas de Etnologia, Artes e Educação, supervisionados pelos professores
coordenadores do projeto. Cada aluno de graduação disponibilizará doze horas
semanais para a realização do projeto, sendo oito horas de intervenção e quatro horas
de estudo e elaboração das atividades.
Os encontros serão realizados uma vez por semana para cada uma das três turmas
de 20 alunos, divididos por faixa etária. O projeto contará com a utilização das
dependências do Museu de Arqueologia Regional e do Laboratório de Arqueologia
Guarani e Estudos da Paisagem da FCT, localizados no Núcleo Morumbi da UNESP
de Presidente Prudente, bem como, espaços destinados a este nos bairros
abrangidos pelo Projeto Talento Cidadão.
As atividades serão desenvolvidas por meio de oficinas, roda de conversas e exibição
e debate de vídeos, visando o aprendizado de costumes e técnicas relacionadas à
cultura indígena. Tais atividades pretendem contribuir para o aprendizado dos jovens
participantes e, também, na formação acadêmica dos alunos de graduação envolvidos
no projeto. As atividades também poderão ser desenvolvidas na própria comunidade
assistida, em locais previamente definidos e em comum acordo com as instituições
parceiras.

7. Avaliação de Resultados Brincando e aprendendo com arte indígena


O método de avaliação será realizado ao longo do desenvolvimento das atividades,
buscando sempre integrar aqueles que sentirem dificuldades no alcance dos objetivos.

Objetivo Específico Indicadores de Meios de Verificação


Resultados
1. Desenvolver, por meio de 1. Monitoramento dos 1. Observação informal por
atividades lúdicas, a resultados obtidos a partir da parte dos monitores.
socialização da criança e do realização de conversas 2. Questionários/entrevista
adolescente. informais e de oficinas. dos hábitos de vida.
2. Estimular a adoção de 2. Monitoramento de hábitos 3. Relatórios diários do
atitudes saudáveis no de vida. desempenho dos
convívio social. participantes.

8. Avaliação de Impacto Brincando e aprendendo com arte indígena


Objetivo Específico Indicadores de Meios de Verificação
Impacto
1. Estimular a adoção de 1. Relatórios com
comportamento de respeito às resultados de 1. Avaliações periódicas.
outras culturas e à sua própria avaliações realizadas
cultura. junto aos participantes.
2. Desenvolver atitudes de
valorização dos conhecimentos
tradicionais.
3. Desenvolver a sociabilidade e
autoestima.
4. Proporcionar à criança e ao
adolescente, a oportunidade de
adquirir conhecimentos, desenvolver
habilidades e autoconhecimento por
meio da educação e cidadania.
5. Mostrar para a criança e
adolescente que a educação é uma
das formas para uma vida saudável.
Ensino de Física Projeto Talento Cidadão

Título: Brincando com a Física: Reinventando o Show

Coordenadora:
Professora Doutora Agda Eunice de Souza
Departamento de Física
(18) 3229-573 - Celular:(18) 99715-9618

Colaboradores:
Professora Doutora Ana Maria Osório Araya Balan
Departamento de Física
(18) 3229-5753

Professor Doutor Angel Fidel Volche Peña


Departamento de Física
(18) 3229-5740

Professor Doutor Moacir Pereira de Souza Filho


Departamento de Física
(18) 3229-5756

Professor Doutor Silvio Rainho Teixeira


Departamento de Física
(18) 3229-5741

1. Introdução Brincando com a Física

Projetos que envolvem a apresentação de experimentos científicos na forma de show


interativo têm sido desenvolvidos com grande sucesso por instituições de ensino
superior, como a USP e a Unesp. Em geral, os chamados “Show da Física” são
caracterizados por uma série de demonstrações abordando diversos assuntos
interessantes sobre a Física. Tais demonstrações são apresentadas, de maneira
divertida e envolvente, por monitores treinados e supervisionados diretamente por um
professor da graduação, que atua como coordenador. Em geral, os monitores são
alunos do curso de graduação em Física e têm um papel fundamental no
desenvolvimento do projeto, uma vez que, eles são encarregados de apresentar as
atrações do Show de forma excitante, emocionante e curiosa.
Os estudantes dos Ensinos Fundamental (EF) e Médio (EM) participam ativamente
das apresentações, manuseando experimentos e interagindo com colegas e com os
apresentadores do show. Assim, é necessário que haja um roteiro com uma sequência
estrutural pré-determinada de apresentação, que deve ser adaptado às características
e habilidades de cada integrante que compõe o grupo, porém, flexível e com
oportunidades súbitas de inserção de novos experimentos interativos. Esta interação
constante entre universitários e alunos do Ensino Básico, além do estímulo,
curiosidade e desafio, é essencial para que o show seja bem-sucedido.
O curso de graduação em Licenciatura em Física da UNESP de Presidente Prudente
possui atividades como esta descrita acima, desde o ano de 2013, quando o projeto
“Brincando com a Física”, financiado pelo Núcleo de Ensino da FCT/Unesp, teve início.
Este projeto foi elaborado para ser desenvolvido na forma de um show, envolvendo a
apresentação e manipulação de experimentos de Física, provenientes do Centro de
Ciências da FCT/Unesp, em parceria direta com o público espectador.
Desde sua fase inicial, este projeto passou por alteração até sua estrutura atual, que
consiste em uma peça teatral que explora um rol de experimentos diversos,
confeccionados exclusivamente para a peça. Atualmente, este projeto é desenvolvido
em escolas da região de Presidente Prudente, porém sem financiamento interno ou
externo à Unesp.

2. Justificativa Brincando com a Física

O projeto Brincando com a Física: Reinventando o Show consiste em uma nova


versão do projeto “Brincando com a Física”, financiado pelo Núcleo de Ensino da
FCT/Unesp, iniciado em 2013. Aquele projeto contava, inicialmente, com a
demonstração de conceitos físicos envolvidos em experimentos específicos,
pertencentes ao Centro de Ciências da FCT/Unesp. Em seguida, o mesmo projeto
passou a apresentar os conceitos de novos experimentos, diferentes daqueles
pertencentes ao Centro de Ciências, confeccionados especificamente para
pertencerem à peça teatral que consistia o projeto. As apresentações eram realizadas
na forma de um roteiro lúdico e interativo que envolviam experimentos como:
lançamento oblíquo de foguete a ar, plataforma giratória, pêndulo de Newton, canhão
de vórtices, máquina de pressão, ilusões de óptica, gerador de Van der Graf e
equilíbrio humano.
No decorrer do desenvolvimento do projeto Brincando com a Física: Reinventando
o Show, foram acrescentados novos experimentos e algumas alterações na peça
teatral foram necessárias. Existem estudos e relatos que mostram a eficiência do
ensino de Física na forma de teatros. Além de desenvolver o potencial artístico dos
estudantes, as peças teatrais permitem conhecer conceitos físicos de forma não
obrigatória, além de se familiarizarem com a vida e contribuições de vários cientistas.
Neste sentido, procurou-se desenvolver a peça teatral Brincando com a Física:
Reinventando o Show de forma a manter uma interação contínua e envolvente com
público. Dessa forma, este público não se comporta apenas como espectador, pois
participa constantemente dos quadros apresentados pelos “atores”, ora
individualmente, selecionados de forma aleatória, ora coletivamente. Também faz
parte da peça teatral, uma trilha sonora sincronizada com cada quadro e experimento
e uma série de imagens e vídeos que auxiliam na explicação dos conceitos físicos
envolvidos em cada um dos experimentos apresentados pela equipe. Foram incluídos
nesta apresentação teatral, experimentos sobre lançamento oblíquo, Inércia e
Momento Angular, pêndulo, empuxo, índice de refração, resistores LDR, propagação
de som em tubos abertos e cama de pregos (pressão).
A popularidade do Projeto Brincando com a Física: Reinventando o Show pode ser
acompanhada mediante os seguidores da página de relacionamento
https://www.facebook.com/bfisica criada para divulgação do projeto “Brincando com a
Física”. Além da página de relacionamento, também foi criada uma página na web que
mostra o histórico do projeto, equipe envolvida, e, fotos e vídeos de apresentações
realizadas. Nesta página, há um link para contato e agendamento das apresentações.
A página pode ser acessada pelo endereço bfisica.wix.com/unesp.
Nesta proposta, o Brincando com a Física: Reinventando o Show fará parte do
projeto Talento Cidadão, proposto pela Universidade Estadual Paulista, FCT/Unesp,
para ser desenvolvido nos bairros Brasil Novo, Residencial Cremonezi e Conjunto
Habitacional João Domingos Netto ou de bairros adjacentes, no município de
Presidente Prudente e estará sob coordenação da Profª Drª Agda Eunice de Souza
Albas contando com a colaboração direta dos Professores: Drª Ana Maria Ozório
Araya Balan, Dr Angel Fidel Vilche Peña, Dr. Moacir Pereira de Souza Filho e Dr. Silvio
Rainho Teixeira.

3. Objetivo Geral Brincando com a Física

O projeto Brincando com a Física: Reinventando o Show tem como objetivo geral,
despertar a curiosidade dos estudantes de EF e EM quanto aos conceitos de Física
envolvidos em experimentos e/ou situações reais do cotidiano de forma não clássica,
ou seja, abordar conteúdos dentro de situações diferenciadas, apresentadas na forma
de uma peça teatral, complementando o que é estudado em sala de aula pelos
estudantes.

4. Objetivos Específicos Brincando com a Física

✔ Proporcionar aos estudantes de EF e EM um aprendizado efetivo acerca de


conceitos físicos usando ambientes não formais de ensino;
✔ Despertar o interesse pela Física;
✔ Relacionar os conceitos abordados em cada experimento com situações do
cotidiano do aluno/comunidade em cada contexto social das apresentações;
✔ Disseminar conhecimento e cultura científica;
✔ Proporcionar aos graduandos participantes uma formação acadêmica
diferenciada, voltada para o contexto social e cultural.

5. Metas Brincando com a Física

Estima-se atender uma média de 1000 pessoas, entre crianças e jovens pertencentes
às escolas e, também, adultos, moradores do local onde o projeto Brincando com a
Física: Reinventando o Show será desenvolvido.

6. Metodologia Brincando com a Física

O projeto Brincando com a Física: Reinventando o Show faz parte do projeto


Talento Cidadão que envolve atividades esportivas e educacionais, meio ambiente,
saúde e bem estar da família. A metodologia e os locais de desenvolvimento, bem
como, a forma de divulgação dos projetos, como o Brincando com a Física:
Reinventando o Show, acompanhará as atividades descritas pelo projeto Talento
Cidadão. Estima-se que haja, pelo menos, uma apresentação semanal do Brincando
com a Física: Reinventando o Show junto à comunidade local (prioritariamente
estudantes da rede de ensino).

7. Avaliação de Resultados: Brincando com a Física


A avaliação dos resultados do desenvolvimento do Brincando com a Física:
Reinventando o Show, será realizada de acordo com a proposta para o projeto
Talento Cidadão. Entretanto, durante as apresentações e desenvolvimento do
Brincando com a Física: Reinventando o Show, serão aplicadas entrevistas e
questionários, com os espectadores, sobre o aprendizado dos conceitos físicos
abordados. Os dados coletados deverão ser relacionados e divulgados na forma de
um relatório.

8. Avaliação de Impacto: Brincando com a Física

A avaliação de impacto seguirá a proposta do projeto Talento Cidadão. Durante as


apresentações do Brincando com a Física: Reinventando o Show, serão aplicadas
entrevistas acerca da adequação, visibilidade e satisfação da comunidade participante
local.
Ensino da Matemática Projeto Talento Cidadão

Título: Ensino da Matemática - Apoio aos estudantes da rede oficial


de ensino por meio do Laboratório de Ensino de Ciências Exatas –
LENCE

Coordenador:

Professor Doutor Suetônio Almeida Meira


Departamento de Matemática e Computação
(018) 3229-5632
smeira@fct.unesp.br

1. Introdução Ensino da Matemática

Considerando que a extensão universitária possui uma maior interface com situações
colocadas pela realidade cultural, econômica, social e política da sociedade,
vislumbramos incentivar e apoiar os Departamentos de Ensino, por meio de
professores e alunos a desenvolverem ações e atividades de extensão universitária
integrada ao ensino e à pesquisa; articular, integrar, subsidiar, divulgar, promover e
coordenar atividades relativas ao acesso da comunidade externa, instituições e
órgãos públicos, aos recursos humanos e físicos necessários à realização de ações e
atividades de extensão universitária.
Dentro deste contexto, é que julgamos estar preparados a motivar os alunos na busca
por estratégias para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem.

2. Objetivo Ensino da Matemática

O objetivo principal do projeto é desmistificar o ensino da Matemática, através de


grupos de estudos formados junto à escola pública de ensino fundamental e médio do
Estado de São Paulo, monitorados por alunos do curso de Licenciatura em
Matemática da FCT/UNESP. Esta ação almeja oferecer aos alunos do ensino
fundamental e médio, muitas vezes carentes, uma chance de sanar dúvidas
conceituais trazidas dos anos anteriores e mesmo da seriação em que se encontra o
aluno, em relação à disciplina de Matemática, que é na maioria das vezes responsável
direta pela evasão escolar. Seguindo uma bibliografia básica desejamos despertar
nestes alunos o interesse em estudar matemática.
Como objetivo secundário levar estes alunos a participarem de olimpíadas na área de
matemática.
Paralelamente, o projeto proporciona aos alunos do curso de Licenciatura em
Matemática da FCT/UNESP, na qualidade de monitores e plantonistas, uma
experiência didática bastante interessante, dando-lhes a oportunidade de entrar em
contato com a rotina, os problemas e as qualidades da escola pública, uma vez que
os mesmos serão num futuro breve, os professores desta escola. Desta forma
esperamos contribuir para a formação acadêmica do aluno, além de propiciar mais
oportunidades aos alunos da escola pública.
3. Metodologia Ensino da Matemática

O projeto se desenvolve por meio de encontros dos monitores com grupo de alunos
da rede pública de ensino do Estado de São Paulo nas dependências da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, junto ao Centro Local de Apoio à Extensão
- CLAE - Núcleo Morumbi - Campus de Presidente Prudente. O docente coordenador,
doutor em Matemática, é responsável pela orientação, no que se refere ao
aprofundamento de estudos em Matemática. O trabalho é realizado utilizando o
material de acesso livre do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) – OBMEP, do
livro Círculos Matemáticos – A Experiência Russa, Formulação e resolução de
problemas de matemática, “Puzzles de Matemática” e do material de apoio
disponibilizado por cada Olimpíada que o aluno participarem; e, de atividades em
grupo, individuais, práticas, passeios educativos e visitas aos laboratórios de
informática da FCT/UNESP onde são desenvolvidas as utilizações de softwares
computacionais da área de matemática. E também, realização de palestras
motivadoras, de ex-alunos da escola que hoje trabalham na área da Matemática.
Utilizamos, também, o TelEduc que é um portal da UNESP mantido sem custos para
os usuários, aonde os alunos podem acessar e tirar dúvidas com os monitores que
ficam online.

4. Resultados Ensino da Matemática

Esperamos com este projeto despertar o interesse do aluno de escola pública para o
estudo de Matemática, motivar o aluno a estudar de forma autônoma, participar e obter
medalhas nas Olimpíadas de Matemática, descobrindo assim novos talentos Fazer
com que professor escola pública fiquem motivados com o desempenho dos alunos
em sala de aula. Incentivar para que mais alunos de rede pública ingressem no ensino
superior em universidades públicas. Já para os alunos de graduação que participam
do projeto é esperado que os mesmos adquiram traquejo, conhecimento e uma melhor
formação para que num futuro bem próximo possam atuar como professores
respeitados e qualificados dentro da escola pública.
Ensino de Química Projeto Talento Cidadão

Título: Um convite à Física e à Química.

Coordenadores:
Professor Doutor Gustavo Bizarria Gibin
Departamento: Química e Bioquímica
(18) 3229-5762
gustavogibin@fct.unesp.br

Professor Doutor Moacir Pereira de Souza Filho


Departamento: Física
(18) 3229-5756
moacir@fct.unesp.br

Professora Doutora Ana Maria Osorio Araya


Departamento: Física
(18) 3229-5753
amoa@fct.unesp.br

Grupos de pesquisa e instituições parceiras ou colaboradoras:


1. Grupo de Pesquisa em Metodologias para o Ensino de Ciências – UNESP -
Presidente Prudente.
2. Núcleo de Ensino de Física – UNESP - Presidente Prudente.
3. CLAE: Centro Local de Apoio a Extensão - Núcleo Morumbi da UNESP - Presidente
Prudente.
4. Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT - UNESP -
Presidente Prudente.
5. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia -
FCT - UNESP - Presidente Prudente.
6. Prefeitura Municipal de Presidente Prudente.

1. Justificativa Um convite à Física e à Química

Esse projeto envolve a pesquisa, ensino e extensão e tem apoio da UNESP/FCT –


Presidente Prudente. O projeto é voltado para crianças e jovens de 13 a 17 anos de
idade (provenientes do 2º Ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio) que se
encontram em situação de risco e vulnerabilidade social e que estão matriculadas em
escolas públicas de Presidente Prudente e região.
O projeto tem apoio dos grupos de pesquisa: Grupo de Pesquisa em Metodologias
para o Ensino de Ciências e Núcleo de Ensino de Física, da UNESP - Presidente
Prudente. Os grupos possuem experiência em ensinar Ciências (Física e Química) por
meio de abordagens diferenciadas, com preocupação de tornar os conteúdos
atraentes para os alunos e promover a aprendizagem.
Outro ponto de destaque do projeto é promover a cidadania por meio da aprendizagem
de conceitos científicos. Além disso, é objetivo do projeto incluir jovens de classes
populares, em situações de vulnerabilidade. Pretende-se também discutir com os
estudantes sobre possibilidades de avanço nos estudos, apresentando cursos técnicos
e superiores na região de Presidente Prudente, com especial atenção para a UNESP
Campus Presidente Prudente.

2. Objetivo Geral Um convite à Física e à Química

Oferecer atividades de ensino de Ciências (Física e Química) para crianças e jovens


de Escolas Públicas de Presidente Prudente e região. O projeto visa desenvolver a
cidadania dos estudantes por meio da aprendizagem de diversos conteúdos científicos
relevantes, como a nanotecnologia, a história da Ciência, entre outros. Além disso, os
temas serão trabalhados por meio de abordagens de ensino diferenciadas, que irão
envolver o uso de modelos, de simuladores, dentre outros. Deseja-se também divulgar
a UNESP para os estudantes, apresentando a universidade e seus cursos, para atraí-
los para os cursos da área científica, como a Física ou a Química.

3. Metodologia Um convite à Física e à Química

O projeto poderá ser desenvolvido no espaço da UNESP e em espaços de entidades


parceiras, como a Prefeitura Municipal de Presidente Prudente. Serão oferecidos
cursos sobre temas que dificilmente são abordados no currículo oficial de Ensino
Fundamental e Médio.
Os temas a serem desenvolvidos inicialmente no projeto são:
1. Nanotecnologia;
2. História da Ciência;
3. Tópicos de Física Moderna e Contemporânea;
4. Ensino de conceitos científicos por meio de simulações;
5. Uso de modelos para ensino de temas científicos.
6. Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para ensinar conteúdos
de Física e Química.
Esses temas já são abordados nos Grupos de Pesquisa da UNESP e podem ser
desenvolvidos por 6 bolsistas de graduação. É importante salientar que outros temas
podem ser adicionados ao longo do tempo. É importante que um bolsista de pós-
graduação atue na coordenação das atividades realizadas no projeto.
É possível que alguns estudantes do Ensino Médio tenham bolsas de estudo para
realizar projetos de pesquisa ligados aos temas abordados. Assim, semanalmente os
alunos irão realizar atividades de pesquisa e serão orientados pelo bolsista de pós-
graduação.
É previsto que os temas sejam trabalhados semanalmente com os estudantes, no
período da tarde e número de alunos para cada turma é de 30 estudantes.
As atividades desenvolvidas terão um forte caráter construtivista, no qual entende-se
que os estudantes constituem no principal foco do processo de ensino-aprendizagem.
Nessa perspectiva, os estudantes devem construir o seu próprio conhecimento, com
a mediação dos professores. Portanto, as abordagens de ensino preveem a
participação ativa dos estudantes, por meio da realização de pesquisas, de
experimentos, de simulações, da construção de modelos, ou seja, de atividades
dinâmicas, que possuem o potencial de promover aprendizagens duradouras. Além
disso, podem ser desenvolvidas diversas habilidades e competências dos estudantes,
como o trabalho em grupo, criatividade, responsabilidades, respeitar a opinião dos
colegas, enfim, diversos atributos importantes para desenvolver a cidadania.
Ensino da Informática Projeto Talento Cidadão

Título: Informática para Jovens e Adultos:


uma introdução para inserção no mercado de trabalho

Coordenador:
Professor Doutor Rogério Eduardo Garcia
Departamento de Matemática e Computação
(018) 3229-5606
rogerio@fct.unesp.br

1. Introdução Informática para Jovens e Adultos

Primeiro é preciso destacar o alto número de desempregados, assim como a oferta


de vagas sem preenchimento por falta de profissionais capacitados. Este projeto
pretende oferecer capacitação a jovens e adultos para atuar na área de Informática.
Visa-se, assim, à inserção no mercado de trabalho. Esta proposta tem como base um
projeto similar ofertado à comunidade desde 2007, embora com um foco específico
para alunos do ensino médio. O projeto inicial teve o intuito de atender os alunos
interessados em programação de computadores, sendo em sua maioria desprovidos
de recursos financeiros para frequentar cursos particulares. Também inicialmente, o
projeto teve como público-alvo, estudantes do ensino médio (na faixa etária entre 14
e 18 anos) provenientes de escolas públicas. Os resultados iniciais foram positivos,
sendo que jovens que participaram do projeto ingressaram na universidade na área,
com destaque de uma jovem que finaliza este ano seu Mestrado. Desse modo, com a
proposta ora apresentada, amplia-se o atendimento a uma classe socioeconômica
que carece de capacitação para ingresso no mercado de trabalho, com promissor
resultado considerando as experiências anteriores.

2. Motivação e Justificativa Informática para Jovens e Adultos

Como mencionado, há um grande número de desempregados e vagas que podem ser


preenchidas, mas que dependem de qualificação. Este cenário motiva o
desenvolvimento de ações que permitam minimizar esse problema social: o
desemprego. Assim, a justificativa principal é contribuir para que uma parcela da
sociedade tenha condição de buscar vagas de trabalho, estando mais bem preparado
para ocupar tais vagas. Ressalta-se que este projeto tem potencial para mudar a
realidade socioeconômica de pessoas, que terão condições de ocupar vagas de
trabalho e vagas com melhor remuneração.

3. Objetivo Geral e Específico Informática para Jovens e Adultos

São dois os objetivos gerais deste projeto. O primeiro é capacitar jovens e adultos
para adquirir competências e habilidades usualmente esperadas por quem busca a
inserção profissional, em especial o primeiro emprego. O segundo consiste em
recapacitar adultos que tenham interesse na área de Ciência da Computação e
Informática, para a reinserção no mercado de trabalho ou a conquista de um novo
emprego. Além desse, permeiam como objetivos secundários, a inclusão de Jovens e
Adultos com condição socioeconômica fragilizada.

Enunciado do
Ações Resultados Esperados
Objetivo
Capacitar 30 jovens Realização de 15 Quantitativos Qualitativos
e adultos com vistas encontros para treinar Aproveitamento de Capacitação dos
à inserção no os participantes no 100% dos participantes de modo a
mercado de trabalho. uso de ferramentas de capacitados em ampliar o nível de
Computação e para inserção no inserção social
Informática de modo mercado de
aplicado a rotinas de trabalho.
empresas.

4. Metodologia Informática para Jovens e Adultos

As atividades são escolhidas considerando o perfil dos jovens. Começando com


tarefas simples do cotidiano, elementos de lógica são introduzidos e formalizados para
os participantes. Ferramentas computacionais são utilizadas para que os alunos
trabalhem tais elementos na prática, vinculando a situações reais do mercado de
trabalho. Ressalta-se o uso de recursos disponíveis na internet (assim como redes
sociais), para trabalhar questões éticas, de postura e comportamento, além do
conhecimento técnico (treinamento).
Meio Ambiente Projeto Talento Cidadão

Título: Sustentabilidade no Bairro: Permaculturando

Coordenador:
Professor Doutor Fernando Sérgio Okimoto
Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente
(018) 3229-5702
okimotofs@fct.unesp.br
Colaboradores:
Professor Doutor Antonio Thomaz Junior
Departamento: Geografia
(18) 98137-5000
thomaz@fct.unesp.br
Professor Doutor Raul Borges Guimarães
Departamento de Geografia
(018) 3229-5653
raul@fct.unesp.br
Professor Doutor Aldo Eloizo Job
Departamento de Física
(018) 3229-5770
job@fct.unesp.br
Prof. Claudemilson dos Santos – UNESP
Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente
Prof. João Cesar Martins Castro
ETEC Presidente Prudente
Prof. João Luiz Dal Ponte Filho
ETEC Presidente Prudente
Equipe:
Marina Mello Vasconcellos – Permacultora IPEMA
Alunos de Pós-Graduação:
Thais Aguiar dos Santos (Arquitetura e Urbanismo – UNESP)
Juliana Aparecida Costa (Engenheira Civil – PÓSMAT – FCT UNESP)
Laura Neves de Alencar (Engenheira Civil – PÓSMAT – FCT UNESP)
Sheila Souza Barreto (Engenheira Civil – PÓSMAT – FCT UNESP)
Alunos de Graduação:
Francine de Noronha Trevisan (Arquitetura e Urbanismo – UNESP)
Gianna Sylvia de Souza Lang (Arquitetura e Urbanismo – UNESP)
Ana Carla Victoriano (Arquitetura e Urbanismo – UNESP)
Ivy Sayuri Kobayashi (Arquitetura e Urbanismo – UNESP)
Dayana Oliveira Sasaya (Eng. Ambiental – UNESP)
Nathália Rudge Ramos (Eng. Ambiental – UNESP)
Ariane Baradel (Eng. Ambiental – UNESP)
Natália Cardoso Pereira (Eng. Ambiental – UNESP)
Alunos da ETEC, a definir
1. Introdução Permaculturando

O projeto pretende implementar no bairro uma estrutura organizacional baseada em


3 pilares: segurança alimentar, bioconstrução e educação. O projeto prevê o
oferecimento de diversos minicursos nos temas afins e diversas práticas
agroecológicas e sobre construções sustentáveis. Ao mesmo tempo em que acontece
a formação e conscientização ambiental da população, as práticas ampliam a
cognição a partir das experiências e vai construindo, literalmente, o lugar e o
sentimento de pertencimento do indivíduo, das famílias e dos demais agrupamentos.
Espera-se oferecer bagagem técnica à população e argumentação teórica que os
capacitem para enfrentar a tarefa de complementar a implantação prevista. Assim, o
bairro se estruturaria para permanecer auto regulável, promovendo qualidade
ambiental aos usuários, à fauna e aos demais ecossistemas existentes ao mesmo
tempo em que promoveria uma remodelagem das necessidades de insumos
alimentares, energéticos, hídricos e construtivos e da produção de resíduos sólidos e
líquidos em geral.

2. Justificativas: Permaculturando

O projeto se justifica claramente dos pontos de vista social, ambiental, e econômico e


se fundamenta nos contextos cultural e político.
Do ponto de vista social, aborda as contemporâneas fragilidades das relações
familiares definidas pelos distanciamentos entre os membros seja pelas dificuldades
de interação devido a falta de tempo ou mesmo pela imersão nas tecnologias
disponíveis que nos aproxima de pessoas e fatos no planeta e nos afasta dos mais
próximos. Aproxima, também, os vizinhos laterais, da quadra e do bairro através do
trabalho colaborativo sobre os objetivos comuns e nas necessidades de trocas de
experiências, produtos e trabalhos. Estimula o olhar para o outro e suas demandas e
para o coletivo e suas prioridades. Estimula a construção do coletivo e suas inerências,
induzindo a autorreflexão e o autoconhecimento e a autoformação. Com isso,
possibilita o reconhecimento do papel do indivíduo nas diversas escalas de relações
pessoais. Ainda se propõe a diminuir o consumo de alimentos contaminados com
pesticidas, de baixa qualidade nutricional ou mesmo aqueles que causam problemas
ambientais pela sua produção, através da produção de alimentos em diversas escalas,
da livre escolha do indivíduo e da comunidade.
Do ponto de vista ambiental, instrumenta com fatos, técnicos e científicos, as relações,
de causa e efeitos, entre as atividades humanas e o meio ambiente. Aborda o elevado
consumismo de insumos do modelo contemporâneo de produção das cidades tal
como alerta à excessiva produção de resíduos que promovemos. Assim, crítica o
modelo de muitas entradas de insumos e muita geração de saídas que temos
praticado. Propõe a preservação do meio ambiente, a regeneração do que já havia
sido perdido e a ampliação qualificada da hidrologia, dos solos, da vegetação, da
fauna e dos ecossistemas mais complexos. Ainda do ponto de vista ambiental dos
espaços e construções, pretende tratar da qualidade construtiva das edificações que
perpassa pela qualidade térmica e acústica dos ambientes internos e dos ambientes
externos. Explora, também, inversão do paradigma consumista da construção civil
atual que consome muita matéria prima de fontes não renováveis, produz muitos
resíduos e tem uma incidência muito grande de falta de qualidade de seus produtos,
causando muitas patologias e manutenções.
O viés econômico pode ser dividido em dois módulos. O primeiro, decorrente do
anteriormente discutido, com a diminuição dos gastos com alimentos, águas, energia
e outros insumos. Além disso, também possibilita a geração de trabalho e renda
diretas e de trocas de produtos e de habilidades individuais.
Assim, espera se contribuir para o entendimento da situação atual do consumo do
espaço urbano e apresentar uma proposta de alteração do modelo para um outro mais
humano, mais coerente com as aspirações ambientais e mais estável financeiramente.
Como estruturador teórico da proposta de implementação da Soberania alimentar,
construções sustentáveis e formação popular está a permacultura, filosofia de
implantação e sustentação de assentamentos humanos cuja ética estabelece:
1) O cuidado com as pessoas,
2) O cuidado com o planeta, e
3) a divisão justa dos dividendos do trabalho. Está fundamentado em princípios e se
organiza através de setorização e zoneamentos que estabelecem uma estratégia de
eficiência dos assentamentos e seus processos.

Na Figura 2, apresenta-se a estrutura básica da Permacultura que será utilizada como


referencial no projeto proposto.

Figura 2 – Estrutura Básica do Zoneamento da Permacultura

Fonte: própria

O Projeto “SUSTENTABILIDADE NO BAIRRO: PERMACULTURANDO” possui os


seguintes PRINCÍPIOS ESTRUTURADORES, com possibilidades de atuação em
diversas escalas, dependendo do tempo e da organização.
Figura 3 – Princípios do Projeto “SUSTENTABILIDADE NO BAIRRO: PERMACULTURANDO”
aplicados nos bairros Conjunto Habitacional João Domingos Netto, Residencial Cremonesi e
Brasil Novo.

Fonte: própria

3. Objetivo Geral Permaculturando

Promover a produção e o consumo sustentáveis do espaço e do território no bairro


(região dos bairros Conjunto Habitacional João Domingos Netto, Cremonezi e Brasil
Novo) através da formação e da capacitação técnica na área e através de oficinas
orientadas nas escalas das unidades habitacionais, das quadras, das superquadras,
dos setores, do bairro propriamente e das interfaces com os bairros vizinhos.

4. Objetivos Específicos Permaculturando

São objetivos específicos:


- devolver a soberania alimentar às família da região;
- promover melhorias na qualidade da alimentação familiar;
- promover a prática da construção sustentável (reformas e ampliações e novas
construções) na região;
- promover e reforçar a integração social nas famílias e das comunidades;
- promover a economia solidária e a geração de renda e trabalho.
- envolver as crianças das escolas e suas famílias e transformá-las em vetores do
projeto;

5. Público Alvo Permaculturando

O projeto pretende atingir diretamente cerca de 3.500 famílias da região, sendo que
100 famílias serão trabalhadas como modelos nos espaços públicos e nos lotes
habitacionais e outras 300 famílias participarão ativa e presencialmente nessa
modelagem e em oficinas. As demais famílias serão atingidas pelas palestras, cursos
e divulgações na região.
a. Perfil Geográfico
Figura 4. Mapa da região urbana, em Presidente Prudente, proposta para o trabalho.

Fonte: adaptado de Google Maps ®, acessado em 28/09/2017.

b. Perfil da população atendida

O Conjunto Habitacional João Domingos Netto foi entregue em setembro de 2015,


com cerca de 2.300 unidades habitacionais para uma população da faixa de renda de
até R$ 1.800,00. Os demais bairros da região foram e ainda são compostos por essa
mesma população, exceto o bairro Brasil Novo que se encontra mais consolidado.
Do ponto de vista social, trata-se de uma população fragilizada pela ausência de
serviços em geral e carência de equipamentos públicos de saúde, educação, etc.
Além da crise financeira que o país atravessa atualmente, faltam postos de trabalhos
na região e os que estão empregados passam significativa parte de seu tempo em
viagens de transporte urbano, visto que a região está descolada do centro urbano e
longe de ser uma nova centralidade.

c. Critérios para seleção das pessoas atendidas

Serão selecionadas as crianças e suas famílias que participarem mais ativamente das
atividades desenvolvidas na Escola Sylvia Marlene Pereira Faustino (Creche Silvinha)

6. Metas Permaculturando

São metas estabelecidas no projeto:


1. Geração de Trabalho e Renda;
2. Diminuição de Gastos com Insumos (entradas);
3. Diminuição na Produção de Resíduos (saídas);
4. Qualidade e Soberania alimentar;
5. Saúde;
6. Estruturação e Desfragilização das Famílias;
7. Socialização no Bairro;
8. Educação Ambiental;
9. Preservação Ambiental;

7. Metodologia Permaculturando
Pretende se atuar em três frentes: formação e capacitação, oficinas práticas e visitas
técnicas.
Figura 5 – Metodologia proposta: geral.

Fonte: própria

Neste contexto, prevê cursos de curta duração para capacitação direta e técnica e
cursos mais longos com o objetivo de formação mais ampla e geral.
Figura 6 – Metodologia proposta: formação e capacitação.

Fonte: própria

Os cursos serão acompanhados por oficinas práticas orientadas que ilustram as


teorias dos cursos ao mesmo tempo em que produziriam espaços, mobiliários,
equipamentos e construções.
Em primeira instância, pretende-se atuar coletiva e colaborativamente na CRECHE
Silvinha com oficinas que contribuirão para a Creche e aos familiares das crianças e
interessados em geral.
Figura 7 – Metodologia proposta: oficinas na CRECHE.

Fonte: própria

Posteriormente, as oficinas se estenderão aos lotes de participantes ativos que


servirão de replicadores no âmbito da quadra e arredores.
Figura 8 – Metodologia proposta: oficinas em LOTES a definir.
Fonte: própria

Figura 9 – Metodologia proposta: oficinas em LOTES a definir.

Fonte: adaptado de Google Maps ®, acessado em 28/09/2017

Por fim, as crianças e famílias que participarem poderão visitar instituições que
trabalhem com o tema. Estão previstas as visitas à UNESP, à ETEC Presidente
Prudente, ao assentamento São Bento do MST – Mirante do Paranapanema e ao
IPOP – Instituto de Permacultura do Oeste Paulista
Figura 10 – Metodologia proposta: Visitas Técnicas.
“Assentamento São Bento do MST”

Fonte: própria

8. Avaliação de Resultados Permaculturando


A avaliação dos resultados que se pretende realizar será iniciada na análise das melhorias
ambientais, sociais e alimentares na Creche Silvinha. Posteriormente, serão avaliadas as
expansões/reflexos dessas melhorias nas unidades habitacionais trabalhadas nas oficinas
e suas vizinhanças. E, por fim, uma avaliação global dos impactos na região.

9. Avaliação de Impacto Permaculturando


Os impactos que serão avaliados estão representados na figura 3, dos princípios da
permacultura aplicados na região.
Meio Ambiente Projeto Talento Cidadão
Oficina de Sabão: usando a escola para catalisar uma ligação entre
a Universidade e a Sociedade

Coordenador:
Professor Doutor Sergio Antonio Marques de Lima
Docente do Departamento de Química e Bioquímica
Tel. (18) 3229-5752
samlima@fct.unesp.br

Colaboradores:
Professora Doutora Ana Maria Pires
Docente do Departamento de Química e Bioquímica
Tel: (18) 3229-5748
anapires@fct.unesp.br

Professor Doutor Gustavo Bizarria Gibin


Docente do Departamento de Química e Bioquímica
(18) 3229-5762
gustavogibin@fct.unesp.br

Bolsista: Miriam Furushima


Curso de Graduação de Química

1. Introdução Oficina de Sabão

A preocupação com a conservação do meio ambiente é um assunto que cada vez


mais é discutido e abordado, devido aos prejuízos e danos refletidos aos seres vivos.
Temas como a destinação correta de resíduos, reciclagem, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, devem ser trabalhados para que as ações do ser humano não
comprometam negativamente a natureza. É necessária a conscientização dos
cidadãos, desde crianças a adultos, que por falta de conhecimentos e informações
prejudicam o meio em que vivemos sem perceber.
A geração de resíduos sólidos decorrente do dia a dia dos seres humanos é inevitável,
mas devem-se descartar tais resíduos de maneira correta. A Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) prevê a prevenção e a redução de resíduos, através do
aumento da taxa de reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (resíduos que
podem ser reciclados ou reaproveitados, com valor econômico) e a destinação
adequada dos rejeitos (resíduos que não podem ser reciclados ou reutilizados). Estes
resíduos devem ser destinados a pontos de coleta, que se encarregam da reciclagem
ou do descarte final adequado.
O óleo de cozinha, apesar de não ser tóxico à saúde humana, também deve ser
destinado a pontos de coleta. O óleo de cozinha pode causar prejuízos irreversíveis
ao meio ambiente. Um litro de óleo de fritura despejado na pia pode contaminar 20.000
litros de água. Dentre os problemas causados podemos citar a impermeabilização dos
solos, que aumenta o risco de enchentes; a morte de peixes, plantas e outros
organismos essenciais à cadeia alimentar aquática. Devido a sua densidade ser
menor que a densidade da água, o óleo forma uma película sobre a superfície de
corpos d´água, reduzindo a troca de gases entre a água e a atmosfera, prejudicando
o ambiente aquático. Uma alternativa para a destinação final do óleo de cozinha é a
sua reciclagem, em vez de ser levado a pontos de coleta.
A reciclagem do óleo de cozinha consiste em uma reação química, que transforma o
óleo em sabão. Essa reação é chamada de saponificação. Óleos e gorduras são
ésteres denominados ácidos graxos, caracterizados pela presença de cadeias
carboxílicas longas. Na saponificação utilizam-se bases fortes para realizar uma
hidrólise básica, promovendo a quebra da molécula do triglicerídeo produzindo o
glicerol e sais de ácidos graxos, este último chamado popularmente de sabão.
Além de promover a preservação do ambiente, a reciclagem do óleo tem outro aspecto
positivo, o aspecto econômico, onde as pessoas podem produzir sabão com baixo
custo de material, gerando um lucro se utilizado para fins comerciais ou mesmo para
a economia doméstica.

2. Justificativa Oficina de Sabão

O projeto da Oficina de Sabão prevê uma forma de educação ambiental e tem como
um dos objetivos a diminuição do impacto ambiental pelo descarte de óleo de fritura
de forma irregular na rede de coleta de esgoto, além de permitir que a reciclagem do
óleo em sabão possa garantir certa economia doméstica para as famílias,
especialmente as de baixa renda.
Desta forma além de contribuir para a não poluição das águas, a população aprende
uma forma de economizar produzindo seu próprio sabão de forma simples e barata,
contribuindo para o orçamento doméstico

3. Objetivo Oficina de Sabão

1) Oferecer oficina de preparo de sabão em escolas da rede pública, bem como, em


associações dos bairros abrangidos por este projeto.
2) Melhorar a formação do bolsista e dos voluntários do projeto, que são alunos do
curso de Licenciatura em Química da FCT-Unesp - Presidente Prudente.
3) Produzir material didático e de alerta ambiental, assim como diferentes receitas de
sabão para serem distribuídos para os participantes das oficinas.
4) Reutilizar o óleo de cozinha residual, contribuindo para melhoria do meio ambiente.

4. Metodologia Oficina de Sabão

O oferecimento das oficinas de preparo de sabão acontece de forma contínua, no


decorrer do ano letivo, sendo necessárias duas semanas para cada turma de 10
participantes.
Nas escolas, aproveitam-se conceitos e teorias químicas já aprendidas pelos alunos.
Esta oficina está estruturada em quatro partes:
1. Aplicação de um questionário com perguntas simples, sobre meio ambiente e sobre
alguns conceitos químicos que serão abordados posteriormente, a finalidade do
questionário é ter uma base do que os adolescentes conhecem sobre o assunto com
informações que não são abordadas na sala de aula;
2. Apresentação em slides e fala discursiva, onde temas como preservação do meio
ambiente, reciclagem do óleo de cozinha e reação de saponificação são abordados,
mantendo a integração entre cotidiano e conhecimentos químicos, de maneira didática,
informativa e com esclarecimento de dúvidas;
3. Atividade prática;
4. Aplicação de questionário avaliativo para verificar se a percepção dos alunos
mudou após a oficina. Antes de os alunos começarem a manipular os reagentes
químicos é dada uma orientação sobre os riscos e cuidados envolvidos ao promover
a reação da saponificação. A todo o momento é oferecido espaço para dúvidas e
questionamentos.
A fabricação do sabão é feita com materiais simples, como garrafas PET, baldes, cabo
de vassouras e recipientes para armazenar o sabão.
Ao término da oficina será entregue a cada participante uma pequena amostra de
sabão produzido pelo próprio participante, bem como, será distribuída uma cartilha
informativa, com alguns conceitos teóricos abordados durante a oficina e com a receita
do sabão, com a finalidade de haver a transmissão dos conhecimentos e da
aprendizagem adquiridos e que essas pessoas sejam multiplicadores deste
conhecimento.
Saúde e bem-estar da Família Projeto Talento Cidadão

Título: Prevenção ao uso abusivo de álcool e Drogas

Coordenadoras:
Professora Doutora Sumaia Inaty Smaira
Departamento: Neurologia, Psicologia e Psiquiatria
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
(14) 99775-7937
smaira@fmb.unesp.br / susmaira@gmail.com

Doutora Maria Odete Simão


Departamento: Neurologia, Psicologia e Psiquiatria
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
(14) 99798-6021
modete@fmb.unesp.br / modete.com@gmail.com

Assistente Social: Maria Regina Kemp F Vila Real


Seção Técnica de Saúde
Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP
Campus de Presidente Prudente SP
(18) 99795-5009
kemp@fct.unesp.br

Enfermeira: Judith Aparecida Fernandes de Souza Teixeira


Especialista em Saúde Pública e Saúde do Trabalhador
Seção Técnica de Saúde
Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP
Campus de Presidente Prudente SP
(18) 99734-6482
judith@fct.unesp.br

Grupos de pesquisa e Instituições parceiras ou colaboradoras:


5. Departamento: Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu
– UNESP.
6. Prefeitura Municipal de Presidente Prudente
7. Secretaria Municipal de Saúde– CAPS. AD
8. Divisão Regional de Saúde

1. Introdução Saúde e bem-estar da Família


Dois dados são habitualmente encontrados entre os achados epidemiológicos na área
de álcool e drogas: os homens bebem mais que as mulheres e os jovens mais que os
idosos (FILLMORE, et al., 1991; WILSNACK, 1997). Entre os jovens, é na faixa entre
18 e 25 anos que mais se bebe, com um pico em torno dos 21 anos; 90% dos
universitários norte americanos consomem álcool pelo menos ocasionalmente e bebe-
se mais entre os jovens universitários que entre aqueles que vão para a força de
trabalho (JOHNSTON et al., 1992). Com a idade, aparentemente, a maioria
amadurece e as responsabilidades de trabalho e casamento, entre outras, são
incompatíveis com um padrão de ingestão excessiva (FILLMORE, 1988; MARLATT et
al., 1995; JESSOR et al., 1991).
Entre os fatores ambientais, há evidências cada vez maiores que residentes jovens
de bairros mais superpopuloso de baixa renda têm maior tendência ao uso nocivo e
dependência de álcool, quando comparados a seus colegas que vivem fora das
dependências. Os homens jovens, parecem beber mais frequentemente, consumindo
maiores quantidades e estão se envolvendo em embriaguez repetidas e jogos com
bebidas (“maratomas”). Eles relataram mais consequências negativas associadas ao
uso alcoólico que pessoas que não moravam naquele tipo de sistema (JOHANSON et
al., 1988; JOHANSON & MARLATT, 1989; KLEIN, 1989; HAWORTH-HOEPPNER et
al., 1989; GOODWIN, 1989, 1990, 1992; TAMPKE, 1990 a,b; MONTGOMERY &
HAMMERLIE, 1993; LOWEL, 1993; CANTERBURY et al., 1992). Os homens jovens
relataram, em média, 7,5 consequências negativas associadas ao consumo de álcool,
ocorridas nos últimos três meses antes da pesquisa. Nesta pesquisa, mulheres jovens,
a média de ingestão foi de 8,5 doses por semana, e houve quase tantas
consequências negativas associadas ao álcool quanto os homens. As pessoas que
eram moradoras de casas onde se bebiam muito, disseram consumir mais de 40
doses “padrão” por semana (LARIMER, 1992 apud DIMEFF et al., 1999) e, em média,
tiveram mais de 10 problemas relacionados a essa prática nos últimos seis meses. A
maioria fora eventos relacionados à intoxicação alcoólica tal como brigas e discussões,
notas baixas e dirigir embriagado. Contudo, parte significativa desses adolescentes
relatou ter sintomas caracteristicamente relacionados com a dependência de álcool
(DSM-IV, APA, 1993), incluindo dificuldade de parar ou controlar a bebida, aumento
da tolerância e sintomas de abstinência.
Recentemente, tentativas de prevenção utilizando técnicas motivacionais (BAER,
1993; MARLATT, BAER & LARIMER, 1995; LARIMER et al., 1994) bem como o auto-
monitoramento do álcool, com ou sem treinamentos de habilidades (GARVIN et al.,
1990), mostraram algumas promessas na redução do consumo de álcool por
membros das comunidades. A primeira técnica apresentada no projeto Lifestyle’94
(BAER, 1993) utilizou abordagem motivacional breve para avaliar a necessidade de
prevenção entre moradores. Os residentes classificados como de alto risco para
problemas associados ao uso de álcool foram submetidos à entrevista, contendo
avaliação extensiva quanto ao hábito de beber, às consequências relacionadas ao
mesmo, e quanto às expectativas resultantes do uso de bebidas alcoólicas e de seus
riscos. Embora o conteúdo dessa entrevista fosse semelhante aos de outras
abordagens envolvendo técnicas de treinamento comportamental cognitivo, o estilo
ou processo dessa entrevista foi baseada em teorias e técnicas de entrevista
motivacional (MILLER & ROLLNICK, 1991). Essa abordagem enfatiza que o
adolescente receba orientações precisas e sem preconceitos com relação aos riscos
e experiências relacionados ao álcool, evitando fazer diagnóstico, confrontações, ou
mostrar as metas específicas dos entrevistadores quanto às mudanças de
comportamento almejadas para o entrevistado. Mais do que isso, pressupõe-se que a
pessoa esteja num estado natural de ambivalência, o qual poderá ser melhor resolvido
enfatizando-se a discrepância entre os riscos e as experiências reais das
consequências negativas vividas.
Os resultados mostraram que os indivíduos submetidos a este tipo de abordagem
utilizando técnicas motivacionais disseram ter bebido menos que aqueles do grupo
controle, e essas reduções foram mantidas por, pelo menos, três anos de
acompanhamento posterior. Além disso, os estudantes que receberam essa
intervenção relataram menor frequência de consequências negativas relacionadas à
ingestão alcoólica. A evolução do programa foi avaliada tanto através do Inventário
Rutgers de Problemas Relacionados ao Álcool (Rutgers Alcool Problem Inventory,
WHITE & LABOUVIE,1989), bem como pela Escala de Dependência de Álcool
(Alcohol Dependence Scale, SKINNER & HORN, 1984). Os indivíduos dos grupos que
fizeram terapia relataram, em média, 3,3 problemas relacionados ao álcool em três
meses de acompanhamento, comparados a 4,7 problemas relatados por indivíduos
do grupo controle de alto risco e 2,4 problemas relatados pelo grupo controle de baixo
risco, (formado aleatoriamente e representando práticas habituais de beber entre
universitários).
O projeto Lifestyle’94 (BAER, 1993; MARLATT, BAER, & LARIMER,1995) e as
terapêuticas de auto-monitoramento e treinamento, utilizadas por GARVIN (1990),
compartilharam vários pontos em comum, que poderiam estar por trás da alta
efetividade destes métodos, diferenciando-os dos anteriores. Primeiro, os indivíduos
em ambos os estudos eram calouros e, como tais, significativamente mais jovens e
menos expostos ao meio universitário (KIVLAHAN et al., 1990; BAER et al., 1992;
BAER, 1993). Como esses jovens estavam em fase de transição de estilo de vida, na
qual o uso de álcool com risco torna-se mais frequente, é possível que uma breve
terapia no início de suas vidas universitárias, tenha servido como prevenção de
comportamentos de alto risco, e acelerado o processo de amadurecimento dos
mesmos (MARLATT, BAER & LARIMER, 1995). Estes autores lançam a hipótese de
que os adolescentes, que continuam bebendo excessivamente, teriam mais
consequências nocivas associadas ao uso do álcool e poderiam precisar de
terapêutica ou de prevenção adicional. Assim, a inclusão de indivíduos mais velhos
nos programas de prevenção, poderia atrapalhar a avaliação que vise detectar os
efeitos de uma terapia, a mais breve possível, sem outros fatores intervenientes
(JOHANSON et al., 1988 b).
Diante do exposto, será proposto a realização para toda o bairro de um projeto
denominado "Viver Bem", o qual pretende abordar os problemas relacionados ao uso
de álcool pelos jovens.

2. Justificativa Saúde e bem-estar da Família


O uso de álcool e outras drogas, suas consequências e a dificuldade do
estabelecimento de medidas que tragam resultados vem sendo muito discutido na
mídia, nos serviços de saúde e nas várias esferas da sociedade. O único consenso é
de se trata de um problema complexo e que como tal necessita de ações integradas
e integradoras de cuidado e prevenção.
Para Jiang et al. (2015) o uso de álcool pode causar substanciais danos àqueles que
convivem com bebedores, tais como familiares, amigos e colegas de trabalho. Esses
danos não são diferentes daqueles que também convivem parentes de usuários de
outras drogas, tais como tensão, violência, pobreza e isolamento social, déficit de
aprendizagem, lentificação motora e cognitiva e males físicos, entre outros.
Para melhor estabelecer estratégias de prevenção ao uso abusivo de álcool, e uso de
outras drogas, é necessário conhecer como essas substâncias agem no organismo e
as consequências decorrentes de seu uso nas esferas da saúde, social, familiar,
trabalho e legal.
Devido a extensão e complexidade dos problemas relacionados ao uso e,
principalmente, a dependência de álcool e outras drogas, ações, cuidado e prevenção
precisam, de alguma forma envolver, também a comunidade, não apenas
capacitando-a para entender a extensão do problema, mas abrindo escuta para as
soluções que possam colaborar e ampliar as ações das equipes técnicas locais.
Conhecer a comunidade, seus recursos de saúde, sociais e religiosos e a relação que
a população estabelece com eles, além de fortalecer as propostas de prevenção e
cuidado promove maior integração desta rede, e provavelmente melhores resultados.
Desta forma, e pelo acima exposto, a proposta deste projeto é de trabalhar em 4 fases
a saber:
1ª Fase: Realizar um levantamento (screening) dos problemas enfrentados nos
Bairros Brasil Novo, Residencial Cremonesi e Conjunto Habitacional João Domingos
Netto, através da aplicação de questionário que aborde questões referentes ao uso
de álcool, drogas, condições de saúde dos moradores dos referidos bairros. Será
utilizado um questionário composto por 11 questões, baseado em questionário
proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para detecção precoce do uso
de álcool e drogas acrescidos de outras questões que somadas possibilitem saber a
situação de risco para outras patologias clinicas e psiquiátricas, além de danos sobre
condições econômicas e sociais da população envolvida;
2ª Fase: Proporcionar capacitação dos profissionais das áreas de saúde, educação e
assistência referentes ao conhecimento e abordagem do uso abusivo e dependência
de álcool e outras drogas; elaborar conjuntamente estratégias para repassar esses
conhecimentos a comunidade de forma a instrumentá-los para realização de trabalhos
educativos e preventivos entre seus pares. Tal ação é de extrema importância, uma
vez que eles têm conhecimento dos problemas vivenciados e maior acesso e
aceitação da comunidade.
Propostas de ações nos centros comunitários:
1. Discussões com a comunidade pelos profissionais que atuam nas Redes Primárias
dos problemas comuns e a partir deles planejamento de ações conjuntas;
2. Propostas de implantação de grupos (Grupos de orientação para familiares,
adolescentes e dependentes): propor oficinas com profissionais envolvidos,
abordando de forma objetiva e de acordo com as necessidades e viabilidade da
comunidade;
3. Seminários e supervisões de grupo com exemplos práticos das atividades do dia.
4. Elaboração de guia prático de atividades.
3ª Fase: Implantação de um programa de prevenção
Após a realização do levantamento e diagnóstico da situação, tendo conhecimento da
realidade local, passaremos para o próximo passo que é o programa de educação e
prevenção a ser aplicado, que serão quatro etapas.
1. Treinamento de pessoal/ equipe de trabalho
2. Realização de um programa de prevenção do uso abusivo de álcool
3. Campanhas de prevenção e programas educativos
4. Discussão de políticas e normatização de uso de álcool e drogas nos referidos
bairros.
O projeto contará com supervisão de profissionais coordenadores do referido projeto,
que se dará de forma contínua através de meios eletrônicos e presencial, quando
necessário, até que o projeto atinja sua autonomia.
4ª Fase: Avaliação dos resultados
Como falamos em formação, com objetivo de instrumentalizar e estimular o
desenvolvimento de novas práticas, suas ações visam contribuir para os processos
formativos através de práticas que se utilizam da organização da comunidade,
identificando em sua realidade os problemas e discutindo possibilidades para sua
melhora ou otimização. Com isso o processo de construção do conhecimento irá
ocorrer a partir da realidade concreta na qual a comunidade e os profissionais estão
inseridas; pautados em suas vivências, com foco na reflexão do processo de
construção e assim seus resultados sejam aplicados no cotidiano, especificamente na
abordagem ao uso de álcool e outras drogas.

3. Objetivo Geral Saúde e bem-estar da Família

Propiciar capacitação e discussões em relação ao uso de álcool e outras drogas com


moradores dos bairros onde o projeto será executado.
Possibilitar abordagem adequada e próxima a realidade da comunidade no tocante ao
uso de substâncias psicoativas, violência doméstica e as estratégias educativas,
preventivas e de cuidados com as perspectivas de implantação de multiplicadores
nessas ações voltadas ao enfrentamento dos problemas.

4. Objetivos Específicos Saúde e bem-estar da Família

Objetivo específico a curto, médio e longo prazo.


Deve-se ser entendido como a curto prazo, o período de 3 meses após início das
intervenções no bairro, momento que se dará o primeiro contato; .a médio prazo, uma
reavaliação 6 meses após o primeiro contato e a longo prazo uma reavaliação após
12 e 24 meses também do 1º contato.
Testar a eficácia do método BASICS na prevenção do uso problemático de álcool:
Medindo a eficácia do programa BASICS aplicado à uma amostra de jovens por meio
de verificação da quantidade de bebidas alcóolicas ingeridas, bem como na
prevalência de consequências negativas associadas ao uso de álcool ao longo de 3 e
6 meses.
Avaliando a eficácia do método BASICS a médio (1 ano após a primeira abordagem)
e longo prazo (2 anos após a abordagem a longo prazo) em termos da verificação
tanto da redução dessas consequências negativas associadas ao uso do álcool como
da quantidade de bebidas alcóolicas ingeridas.
Treinar pessoas nos bairros escolhidos para identificar, acolher e usar o método
BASICS em jovens com relação ao uso de bebidas alcóolicas com moderação.
Objetivos específicos a longo prazo
Se possível, e a partir da aplicação do BASICS, pretende-se:
1. Elaborar algumas normas quanto ao uso de álcool e drogas nos bairros após
amplas discussões pela comunidade e que visem a moderação do uso e identificação
dos casos problemas.
2. Propor a ampliação do programa para outros bairros de Presidente Prudente.

5. Público Alvo Saúde e bem-estar da Família

a. Perfil Geográfico

O projeto será desenvolvido nos bairros Brasil Novo, Residencial Cremonesi e


Conjunto Habitacional João Domingos Neto na cidade de Presidente Prudente.
b. Perfil da população atendida:

Jovens em idade escolar que tenham problemas com alta ingestão de álcool.

c. Critérios para seleção das pessoas atendidas

Serão selecionados, de forma randomizada, 25 a 35% dos jovens que relatarem maior
consumo de álcool e/ou tiveram mais que três a cinco problemas associados ao uso
de álcool nos últimos três anos. Destes, será feita uma amostragem representativa da
idade, curso diurno ou noturno e área de conhecimento (biológica, exatas e
humanidades). Desses 25 a 35% pretende-se chegar a uma amostra (± 300-600
alunos) que concorde voluntariamente em participar do projeto.

6. Metas Saúde e bem-estar da Família


Atendimento de todos adolescentes com problemas de uso abusivo de drogas lícitas.

7. Metodologia Saúde e bem-estar da Família

Todos os jovens selecionados serão entrevistados por monitores treinados para tanto.
A programação e o material utilizado desse treinamento encontram-se pré-definidos.
Posteriormente, os jovens da amostra e do grupo controle responderão a
questionários adicionais que incluem instrumentos descritos no item “instrumentos.”
A entrevista inicial durará cerca de uma hora e o jovem levará cerca de mais uma hora
para responder os questionários. Nessa ocasião será avaliada uma possível
dependência alcóolica, problemas mentais, quantidade e frequência de ingestão
alcóolica (pessoal e história familiar). Para as avaliações do seguimento após seis
meses, um ano e dois anos após a terapia, os participantes serão contatados
novamente e novas medidas de quantidade, frequência e pico de consumo alcóolico,
bem como consequências nocivas associadas (RAPI), além de verificação de
desenvolvimento de possível dependência (EDA), serão tomadas.
Avaliação de Colaterais: amigos, parentes, que residam na mesma cidade do aluno,
indicados por ele próprio.
A entrevista com a pessoa será breve, dois participantes por membro da amostra, e
indicados por eles mesmos perguntando-se há quanto tempo conhecem o estudante
que faz parte da amostra (em meses e anos) e qual a frequência de contato que
mantém com os mesmos (diário semanal, mensal, ocasional ou outro). Em seguida,
se pedirá que avaliem o quanto o aluno ingere de bebidas alcóolicas de duas formas:
1º) descrevendo uma semana típica baseada de consumo alcóolico (quantidade e
frequência); 2º) descrevendo a frequência do consumo de bebidas nos últimos 30 dias.
Se perguntará também se identificam possíveis consequências (e sua frequência),
que o estudante possa ter apresentado nos últimos seis meses, utilizando-se para isso
uma versão menor do RAPI (baseada em BAER & CARNEY, 1993; WHITE &
LEBOUVIE, 1989). Será perguntado ainda, com que frequência o participante bebeu
com embriaguez e se esse informante acha que o participante em foco aumentou ou
diminuiu a ingestão no último ano.
Serão utilizados instrumentos e questionários comumente aplicados para os casos
de estudos e diagnósticos sobre uso de álcool e drogas, que permitirá o
conhecimento minucioso da situação do jovem participante, tais como dados gerais,
quantidade e frequência do consumo de drogas e álcool, entre outros, que permitirá
a identificação de distúrbios psiquiátricos.
Após terem sido completados todos os questionários, terá início o procedimento
terapêutico para os jovens da amostra.

8. Avaliação de Resultado Saúde e bem-estar da Família

O método de avaliação será dividido em duas etapas, sendo A1 mais ou menos na


metade da execução do projeto, e outra A2 ao final do período.

Objetivo Específico Indicadores de Resultados Meios de Verificação


4. Testar a eficácia do a. Medindo a eficácia do 1. Testes/ medidas
método BASICS na programa BASICS aplicado a periódicas
prevenção do uso uma amostra de jovens por meio
problemático de álcool; de verificação da quantidade de 2. Questionários/
5. Elaborar algumas normas bebidas alcoólicas ingeridas,
entrevista dos hábitos de
quanto ao uso de álcool e bem como na prevalência de
consequências negativas vida
drogas nos bairros após
amplas discussões pela associadas ao uso de álcool ao
comunidade e que visem a longo de 3 e 6 meses. 3. Relatórios periódicos
moderação do uso e 2. Avaliando a eficácia do de evolução dos
identificação dos casos método BASICS a médio (1 ano participantes.
problemas. após a primeira abordagem) e
6. Propor a ampliação do longo prazo (2 anos após a
programa para outros bairros. abordagem a longo prazo) em
termos da verificação tanto da
redução dessas consequências
negativas associadas ao uso do
álcool como da quantidade de
bebidas alcoólicas ingeridas.
3. Treinar pessoas nos
câmpus escolhidos para
identificar, acolher e usar o
método BASICS em
estudantes com relação ao
uso de bebidas alcóolicas
com moderação.

9. Avaliação de Impacto Saúde e bem-estar da Família

Será avaliado se os adolescentes ficaram satisfeitos ou não com o programa proposto,


usando uma escala tipo Likert que avalia “concordo” até “discordo totalmente” em itens
que contém as seguintes afirmações: “eu recomendaria esta entrevista para um
amigo”, “a entrevista foi boa e completa”, “os entrevistadores pareciam organizados”,
“o entrevistador parecia competente e bem treinado” e “o entrevistador parecia
acolhedor e compreensivo”. As duas últimas questões serão abertas deixando
oportunidades para comentários adicionais.

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