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Coteq Caracterização de Aços Inoxidáveis Austeníticos Estabilizados PDF
Coteq Caracterização de Aços Inoxidáveis Austeníticos Estabilizados PDF
COTEQ2017 - 243
CARACTERIZAÇÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS ESTABILIZADOS
AO TITÂNIO COM DIFERENTES TEÔRES DE CARBONO POR MEIO DO ENSAIO
DE CORRENTES PARASITAS
J.F.V. Slezjf1, J.M. Pardal2, S.S.M. Tavares3, J.L.F. Martins4, R.O. Carneval5, G.R. Pereira6
V.M.A. Silva7
Sinopse
Amostras de aço inoxidável austenítico (AIA) estabilizado ao Ti, contendo baixo (BC),
médio (MC) e alto (AC) teor de carbono, foram retiradas na direção longitudinal de tubos
como recebidos, tal como observado na Figura 1. A composição química destes materiais é
detalhada na Tabela 1.
Figura 1: Amostras de tubos como recebidos: (a) BC, (b) MC e (c) AC.
Amostras com dimensões de 10,0 mm x 7,5 mm x 3,2 mm, foram confeccionadas para
avaliação da transformação martensítica por correntes parasitas (EC). Entretanto, estas
amostras foram previamente solubilizadas à temperatura de 1100ºC durante 40 minutos em
um forno tubular em atmosfera controlada contendo argônio como gás inerte. As amostras
assim tratadas foram posteriormente laminadas a frio na direção longitudinal, obtendo-se
deste modo diferentes valores de deformação verdadeira (εv) mediante uso da equação 1, onde
tf é a espessura final da amostra e ti é o valor de espessura inicial da mesma (3,2 mm).
εv = Ln(tf/ti) (1)
Nas medições pela técnica de correntes parasitas foram escolhidos como padrões 5
(cinco) amostras de cada material estudado cujos percentuais de martensita, determinados
previamente por VSM, caracterizem locais intrínsecos da função sigmoidal reportada em
diversos trabalhos (6-8) tal como indicado na Figura 3 para a condição MC. Os valores de
martensita, levantados pelo uso do VSM, em função da deformação verdadeira imposta são
também apresentados na Tabela 2, onde em negrito são destacadas as condições que foram
empregadas na calibração em cada liga estudada.
Porcentagem de
│εv│ Martensita (α')
BC MC AC
0 3,12 0,94 0,38
0,09 10,96 1,30 0,56
0,17 50,71 1,72 0,61
0,33 76,77 6,72 0,88
0,52 92,75 15,05 2,91
0,76 95,06 30,94 5,37
1,01 96,14 37,42 8,22
1,26 99,20 38,44 14,01
1,64 97,36 56,77 16,85
2,01 95,73 66,40 31,83
2,29 100 85,91 31,34
2,77 - 100 44,67
3,2 - 100 58,66
3,68 - - 61,50
3,82 - - -
O presente trabalho permite concluir que o ensaio de correntes parasitas (EC) mostrou-se
promissor na caracterização da fração volumétrica de martensita induzida por deformação em
aços inoxidáveis austeníticos AISI 321 contendo diversos teores de carbono, embora
calibrações específicas sejam necessárias, com base em padrões para cada designação de aço
inoxidável austenítico a ser avaliado em função do teor de carbono dos mesmos.
Referências Bibliográficas
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