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1. A Mulher e a Criminalidade
A ideia da mulher criminosa nos leva sempre a concepção de lidarmos com uma
excepção, a mulher sempre foi marcada pelo estigma da honestidade, a imagem de mãe,
dona de casa, esposa . Contudo, o crescimento da inserção da mulher na criminalidade
demonstra mudança em um universo considerado tipicamente masculino até pouco
tempo, contudo, ainda a sua participação é proporcionalmente menor que a dos homens.
Pode-se elucidar o crime como sendo uma acção típica, ilícita, culposa e punível.
Segundo Teresa Beleza. Desta definição, extrai-se 4 elementos principais,
nomeadamente: acção típica, ilícita, culposa e punível.
O primeiro elemento da definição: Acção quer isto dizer, que em primeiro lugar tem de
haver uma acção humana, isto é, tem de haver da parte de uma pessoa uma acção, um
comportamento que seja dominado pela vontade ou que possa ser dominado pela
vontade, isto porque o direito penal se dirige a pessoas, no sentido de tentar que elas se
decidam pela obediência e não pela desobediência, pelo que a vontade tem de estar
presente nessa decisão. Se um acto não foi dominado pela vontade, nem pôde sê-lo,
desde logo para ai a discussão em relação à sua criminalidade, pois não há sequer uma
acção humana, nao fazendo sentido discutir se se cometeu um crime. O acto tem de ser
dominado pela vontade ou dominavel pela vontade.
Muitas meninas acabam saindo de casa muito cedo para se livrar de abusos sexuais e
maus tratos ocorridos dentro dos seus próprios lares. Parte das meninas convive, desde
muito cedo, com a violência, sendo a construção de suas subjetividades atravessada por
diversos fatores de risco e produção de sofrimento.
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ocupação produtiva, observando-se as normas do estabelecimento
prisional que protegem a vida e a saúde das reclusas podendo
receber um salário fixado pelo director geral dos servicos
prisionais6.
Direito a defesa e a julgamento em processo criminal7.
Direito a assistência religiosa e moral, as reclusas tem liberdade
religiosa podendo participar de vários cultos e de praticar a religião
que pertencem e a sua assistência moral é exercida pelo director do
estabelecimento penitenciário bem como das outras entidades que a
lei prevê8.
Direito a educaçã e profissionalização, as reclusas têm o direito de
frequentar cursos do ensino elementar e de aperfeiçoamento e
profissionalismo9.
Direito de assistência médica e medicamentosa, as reclusas têm o
direito de serem examinadas periòdicamente pelo médico do
estabelecimento e de receberem tratamento assim como a sua
medicação10.
Direito de assistência familiar, as reclusas mesmo dentro do
estabelecimento prisional, tem o direito de receber visitas,
mantimentos11.
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Mesmo com todos os direitos assegurados, nas leis acima mencionadas,
diariamente, em todo pais, ocorrem as mais diversas formas de
violações dos presos. São situações que cheguem a ser desumanas e
degradantes.
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textos constitucionais posteriores: " art 3º- todos homens nascem livres e iguais
em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência devem agir em
relação uns aos outros com espirito de faternidade"14
Pode se definir, dignidade da pessoa humana como um conjunto de direitos
fundamentais, que visam assegurar aos cidadãos um minimo para subsistência.
Pode se alencar por exemplo, o acesso amplo e irrestrito aos servicos de saúde,
educação, habitação entre tantos que poderiam ser citados.
No campo do direito Civil, a dignidade da pessoa humana também é tutelada,
no qual se resguardam os direitos da personalidade, a valoração juridica da
pessoa e sua protecção juridica, propriedade direitos autorais entre os demais. A
personalidade é tutelada pelo direito no sentido de reconhecer-lhe a autonomia
plena e de proteger-lhe a integridade pessoal em suas amplas dimensões.
A constituição da República é a base norteadora do ordenamento e do estado
Moçambicano, é nela que todas as regras e normas devem se pautar. A
interpretação constitucional é de toda a ordem infraconstitucional deve observar
os principios e regras constitucionais, para que haja efectividade na aplicação
das normas juridicas vigentes, ainda mais, para a prevalência da própria
constituição, atendendo-se assim ao principio da supremacia da constituição.
Os impactos da globalização na vida do homem têm acontecido de forma
imensurável. Eles refletem não apenas nas práticas politicas e sociais,
redefinindo conceitos como também provocando mudanças substâncias que
podem tornar-se irreversiveis para o homem, para a natureza e para a sociedade.
Os processos de globalização têm ameaçado a autonomia individual, a dignidade
humana e a soberania do Estado, em sociedades democráticas como a nossa.
A evolução tecnológia intrisecamente ligada à evolução da humanidade
representa não só o ápice do desenvolvimento cìentifico, como também está
vinculada a aspectos econômicos, culturais, politicos e sociais,e, mais
especificamente ao proprio homem, a seu comportamento, a suas habilidades,
atitudes, estilos de vida, a seu "proprio ser". Os valores universais foram
substituidos pelos individuais provocando uma grande inversão dos valores
fundamentais da existência humana.
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O individualismo passou a imperar nas relações sociais, acentuando o cenario de
caos social e nexte contexto não existe nenhuma garantia de que a dignidade
humana seja preservada.
O pensamento de Kant torna-se imperativo na busca da dignidade perdida neste
momento histórico em que estabelecem as condições concretas para sua
desvitualização. A questão não é rejeitar o progresso científico, tecnologico, mas
cuidar para que este se incorpore na sociedade sem destruir os valores
fundamentais da existência humana.
Kant, deu grande contribuição à filosofia ao reconhecer no homem a liberdade
que o torna sujeito de seu próprio existir, responsavel por sua dignidade.
Conforme Kant, a liberdade é o fio condutor de todas as ações humanas; único
caminho pelo qual é possivel fazer uso da razão em nossas ações. A liberdade
faz com que o homem aja segundo as leis da razão e não ao instinto. Por mais
que o mundo exterior ofereça estimulos que o seduzam a agir fora dos padrões
morais, ele é capaz de negá-los por ser dotado da faculdade de agir como
inteligência.
A dignidade humana não é um atributo divino, mas se relaciona à capacidade
racional e autônoma de cada um. É o maior valor que o homem possa ter e faz
com que se diferencie dos demais seres.
Para Kant, o que faz com que o homem se torne fim em si mesmo é o fato de,
como legislador, tornar suas maximas em maximas universais, tornar seus os
fins seus semelhantes, considerà-los como extensão de si próprio. A moralidade
requisita a universalização da ação humana para que haja acordo de
pensamentos e ações, interesse igual de todos e não apenas de alguns. A lei
moral tem valor para todos igualmente.