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A Morosidade No Procedimento de Adoção No Brasil
A Morosidade No Procedimento de Adoção No Brasil
A Morosidade no Procedimento de
Adoção no Brasil
03/07/2019
Introdução
Perante isso, a pesquisa tem por desígnio demonstrar variadas posições doutrinarias
relacionado a demora nos procedimento de adoções brasileiro, evidenciando a
forma burocrática que orienta os procedimentos.
No tópico três será tratado acerca do abandono que é uma das dificuldades social
grave, vimos constantemente nos meios mediáticos que menores são abandonados
por sua família consanguínea, em lugares públicos, sem condição. E variados os
pretextos que induzem a praticar esse ato, podemos destacar o medo, condições
econômicas, rejeições, o desamparo, distúrbios psicológicos, a constante
insegurança, por motivo de uma gravidez antes do tempo.
No tópico oito, destacar as instruções que visam o incentivo a adotar. Por fim,
apresentar-se-ão as conclusões finais.
Cabe ressaltar que este artigo científico não tem como desígnio esgotar o tema, por
sinal muito vasto e extremamente rico em conteúdo, mais demonstrar os principais
pontos.
Tal termo é bem complexo, em razão de ser orientada por princípios que asseguram
conforto e a segurança da criança, da mesma maneira o adotante, que necessita
estar qualificado e tornar a adequação do adotado a melhor admissível.
A adoção está ligada a princípios que regem esse instituto, a título de exemplo o
melhor interesse do menor, disposto no dispositivo 227 caput da Carta Magna de
1988. Ele assevera a obrigação dos pais, dever da coletividade e Estado proteger,
tendo como primazia o direito desses menores.
Esse princípio foi esquecido pela codificação de Beviláqua anterior de 1916 e foi
somente por meio da Carta Magna de 1988 que foi expresso e assegura essa
igualdade e consolida o princípio basilar da dignidade do ser humano. Tornando-se
vedado tratamento desigual aos descendentes, cabendo repugnar e impedir
distinções, estabelecido no dispositivo 227, parágrafo 6º, da Carta Magna de 1988.
Desse modo, como um meio de inserir a criança em um seio familiar, foi estabelecida
a adoção, que a lentos passos, as normas jurídicas foram completando-se. Desde a
codificação de Beviláqua até hodiernamente com legislações específicas.
Tal lei apresentou diversos artigos com finalidade de dar uma máxima agilidade no
procedimento de adoção, destaca-se também a concepção do Cadastro Nacional de
Adoção – CNA, com o escopo de estabelecer informações, entre adotado e adotante.
Para a doutrinadora Maria Berenice Dias (2007), descreve que antes, em uma
coletividade mais conservante do que a contemporânea, a família somente poderia
ser aceita por meio do casamento e estes teriam filhos consanguíneos, assim
formando uma família, finalidade era a procriação. Formada unicamente por casal
hétero, sendo inadmissível a dissolução desse matrimônio.
O desígnio principal era difundir a origem, logo, quanto maior a parcela de filhos,
mais seriam os proveitos econômicos que retornariam aos pais, razão de que esses
filhos serem propostos a trabalharem, eles avistavam como algo vantajoso para a
família.
Com esse marco do Código Civilista, cabe citar a Emenda Constitucional número 9
de 1977, legislação que estabeleceu o desquite Lei número 6.515 de 1077, seria a
cessação do matrimônio, perdendo o caráter célebre. E também a isonomia dos
descendentes anteriormente intitulado como ilegítimos, agora com um tratamento
isonômico diante a legislação, não somente estes frutos advindos de outras uniões,
mais aqueles que também provenientes pela adoção.
3. Abandono
Segundo Ghirardi:
‘‘[…] a análise das motivações dos pais adotivos para a devolução da criança insere-
se no âmbito das experiências ligadas ao abandono e rejeição. Embora estas
vivências possam ser encontradas em qualquer família, aos pais biológicos não cabe
devolver a criança. Quando ocorrem situações extremadas que lhes impossibilitam
ficar com o filho, os pais biológicos os entregam ou então, os abandonam. Portanto,
como possibilidade ou vicissitude, a devolução está inserida no campo das
experiências com a adoção, constituindo-se como uma reedição de vivências
anteriores ligadas ao desamparo e mobiliza intenso sofrimento psíquico tanto para a
criança como para os adotantes’’. (2015, p. 119).
Assim, proporcionando a famílias, os menores que por alguma razão não conseguem
ser criados pelas pessoas que os conceberam, e oportunizando pessoas com
entraves biológicos, e criar um menor como fosse filho biológico.
Também cabe observar que adotar nada mais é que o início de um posicionamento
jurídico do menor, pois são diversos os pretextos que menores são vindos ao mundo
e postos a adoção, pela situação financeira dos pais, a ausência de responsabilidade,
gravidez precoce, situação de pobreza, e como meio, a melhor forma seria adoção.
Que nada mais é que o embate de perspectiva entre quem pretende adotar.
É o meio jurídico que propicia ao menor uma vida honrada, e que possa ser
cumprido o direito fundamental estabelecido na Carta Magna de 1988, garantindo
além a garantia a viver, mais também a dignidade do menor.
Os procedimentos da adoção eram bem simplificados, bastava levar para ter eficácia
por escritura pública, e diferente de hoje o menor, jamais perderia o vínculo com
familiares originários, ocasionando mais tarde um estimulo para adoção a brasileira,
que consiste quando um casal registra um menor.
Limitava também a idade de quem iria adotar, tinha que ter idade maior a trinta
anos, com pedido para adotar depois de cinco anos de matrimonio.
Estabelecendo que agora seria assessorada pelo Poder Público, com normas
especificas, aplicando a estrangeiro também. Tudo embalsado no princípio da
dignidade da pessoa humana.
Importante destacar que o ECA se mostra muito mais abarcante que a codificação
civilista, como dispositivo 39 que compreende adoção como um dos meios
excepcionais e irrevogável, só sendo possível assim que esgotada os meios de
manter o vínculo com os consanguíneos, e também tem a vedação expressa da
adoção feita por procuração.
No dispositivo 40 do ECA, vem disciplinando que quem pretenda adotar tenha idade
superior de dezoito anos a data do pedido, exceto se este estiver sobre as guardas
ou tutelas dos adotantes.
Cabendo considerar que a opção sexual, ter constituído matrimonio ou não, não
influi na capacidade de adoção. Necessário levar em consideração as devidas
condições materiais para criação do adotado, relacionar também os aspectos morais
do menor. Pouco importando os demais aspectos como a capacidade civil de quem
pretende adotar.
Outro fator importante é que não poderá ser concedida para mais de uma pessoas,
salvo se casadas e até que aos de união estável, também existe a probabilidade de
adoções em conjuntos, bem como, versar de pessoas separados ou divorciadas
inclusive, neste último o estágio realizado no transcorrer do matrimonio, outra
possibilidade é quando a doção vier a deferida quando um do casal falecer no
transcorrer do procedimento. Sob a premissa de ter manifestação inconfundível em
semelhança a vontade de adotar.
Em seguida temos o estágio de convivência, em que deverá ser seguido por uma
equipe profissional, quanto ao prazo o juiz competente irá fixar, pois modifica
segundo o caso. Existe uma possibilidade desse estágio ser dispensado,
acontecimento que se comprove o convívio por ambos. A guarda de fato, em regra
não permite a dispensa.
Conforme o artigo 46, na hipótese de a adoção for por pessoa estrangeira, esse
estágio, tem um prazo mínimo de trinta dias, e que esse estágio deverá ser cumprido
no Brasil.
Enfim, no dispositivo 47, define adoção como um ato constitutivo que mediante
sentença, a mesma torna-se não revogável, e atribui todos os direitos e obrigações
ao adotado como filho de sangue fosse.
Legislação especifica da adoção, norma número 12.010 de 2009 tal lei trouxe artigos
que versam sobre prazos processuais menores, com objetivo de mais agilidade e um
processo efetivo, dentre as inovações está o CNA, criação dessa lei, cuja finalidade é
a facilitação de colocação da criança em um lar.
Disciplinou no artigo 8, a possibilidade da genitora que tiver vontade de por seu
filho para adoção, ter um acompanhamento por profissionais habilitados.
Já no dispositivo 163 trouxe o prazo da perda do poder familiar, sendo este de cento
e vinte dias.
Quanto ao processo, o dispositivo 199-D aponta sobre o prazo que será de sessenta
dias para o julgamento.
Umas das finalidades da lei além de garantir mais agilidade e efetividade, foi
desburocratizar o procedimento, mais sempre respeitando o melhor interesse do
menor. E oferecer uma família, e que está se encontrar hábil a receber esse menor. E
que todos interesses sejam respeitados.
E, em seguida o dispositivo 43, expressa que somente será possível quando houver
real vantagem, e deve se fundar em motivo legítimo.
Medidas utilizadas para evitar uma adoção antes de forma precipitada, que pode
gerar uma situação incomoda para os envolvidos. Tratando-se assim, como uma
medida necessária e experimental e a família envolvida.
Esse estágio o magistrado irá determinar o prazo, pois irá depender da situação
concreta, há duas hipóteses de dispensa desse estágio, será admissível no momento
que quem pretende adotar, ter idade inferior a um ano, ou independentemente da
idade, esse já estiver um período suficiente para avaliação de convívio com o
pretenso a adoção, período este suficiente para constituir o vínculo.
Lembrando que o liame da adoção consistirá por meio de uma sentença judicial, que
através de mandado inscrito no registro civil. Essa inscrição tem que está registrado
o nome de quem pretende adotar, nome dos ascendentes, e haverá o cancelamento
do registro originário.
Poderá haver a alteração do sobrenome, desde que requerido pela pessoa que
adote, e com a presença do adotivo. O dispositivo confere prioridade perante a
tramitação do processo, tratando de menor com deficiências e doença.
É necessário a preservação dos autos do processo para que isso ocorra. Será
resguardado amparo psicológico e jurídico. Segundo o dispositivo 48 do ECA.
Tal processo judicial, sempre que houver menores necessitam que a tramitação seja
em segredo de justiça, conforme o dispositivo 143 do ECA, importante destacar que
é vedado a publicidade dos autos do processo, seja auto administrativo ou policial
que relacione a menores que se comine causador de ato infracional.
Consiste na aptidão da criança para adoção, nessa ocasião ela irá perder o vínculo
com sua família consanguínea, que vai acontecer por meio do processo especifico.
Podemos conceituar poder familiar, como sendo direito e dever, relativos aos
consanguíneos, que calham sobre o menor, de forma a proteger as conveniências da
criança menor, que de educação, lhe de alimentação, sobretudo os que tem relação
direta com o patrimônio e formação educacional.
‘‘No conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa e aos
bens dos filhos menores. O instituto em apreço resulta de uma necessidade natural.
Constituída a Família e nascidos os filhos, não basta alimenta-los e deixa-los crescer
à lei da natureza, como os animais inferiores. Há que educa-los e dirigi-los’’. (2010,
p.396).
Cabe ressaltar que hoje o poder familiar, não é um instituto novo, é o anterior pátrio
poder, em que pode ser exercido tanto pela mãe quanto pelo pai, essa nomenclatura
de pátrio poder, foi alterada pela codificação civilista vigente.
Porém, nas ocasiões que a família não se mostrarem com aptidão para o exercício do
poder familiar, caberá a destituição. E, conforme artigo 155 do ECA, que tem
competência para propor é o parquet e os que possui conveniência legitima.
Quanto a peça de ingresso, o dispositivo 156 do Eca, vai estabelecer dos elementos
que devem serem observados, como a quem é dirigida, qualificar as partes, expor os
fatos e os pedidos, e demonstrar a prova a ser produzida, indicar quem será
testemunha, e poderá haver a dispensa se, a peça for impetrada pelo parquet.
É de destacar, que se existir motivos graves, caberá a decretação cautelar,
liminarmente ou de forma incidental, suspender o poder familiar, a criança ficará
com alguém com idoneidade, por meio de um termo que a pessoa aceita se
responsabilizar pelo menor, até que se resolva a ação proposta. Isso após ouvir
o parquet. Segundo prever o dispositivo 157 do ECA.
Outro fator relevante, consoante o disposto no 161 do ECA, que caso não haja a
contestação do pedido, o magistrado oferecerá vista ao parquet em cinco dias, e
tem a probabilidade de oficio ou a requerimento, estabelecer que seja realizado uma
perícia por profissionais habilitados competentes, que se comprove se a necessidade
se suspender ou destituir.
Após a apresentação da resposta, irá haver vistas ao MP, exceto se ele for o
requerente. Logo, determinará audiência de instrução e julgamento, em que vai ser
ouvida a testemunha, e haverá o recolhimento do parecer de forma verbal, exceto
fatos que for de forma escrita, segundo prever o dispositivo 162 do ECA.
Existe uma data aprazada para finalizar o procedimento, no limite de cento e vinte
dias, e a sentença terá que ter averbação no local do registro do menor, consoante
artigo 163 do ECA.
Após o recolhimento das asseverações dos pais do menor, o juiz de imediato poderá
ensejar pelo deferimento da medida, e logo emitir a sentença para adoção.
Acontecendo a adoção do abandonado, por obviedade também extingue dos pais
naturais sobre aquele menor, sendo presumido que tais consentiram com a medida
e que haverá a renúncia deste. Sendo entendível que apenas pelo fato do
deferimento, já se presume extinto o poder, de forma que é impossível os dois
institutos coexistirem.
Quanto a perda é a ocasião mais gravosa, que será feita por determinação judicial,
estando prevista no dispositivo 1.638 da codificação civilista de 2002, que
estabelecerá o cabimento para configurar tal instituto, cabendo quando por castigar
sem moderação, abandonar o filho, por ato contrário a moralidade e bom costume,
e na ocasião que os genitores ou somente um dos genitores cometerem as faltas
estabelecidas no dispositivo 1.637 da codificação civilista de 2002.
Conforme esse dispositivo o fato que dos genitores ser detectado o abuso de
autoridade, e houver a falta do dever de pai e mãe, de maneira a prejudicar o menor,
cabe ao magistrado, se houver requisição de algum parente, ou parquet,
proporcionar medidas que darão segurança a criança, podendo ocorrer a suspensão.
Da mesma maneira o fato dos pais ou responsável pela criança sofrer de transtornos
mentais ou doença, somente por essa razão não haverá o impedimento do convívio
com aquela família originaria, e muito menos os acolhimentos dos menores.
Quanto a suspensão, visa restringir as funções dos pais, e será decretada por decisão
judicial, e sem tempo pré-estabelecido, porquanto necessitar a conveniência do
menor. E consoante o disposto no 1.637 da codificação civilista de 2002, pelo abuso
de autoridade, a falta do dever a eles incumbidos, caberá ao magistrado, a tomar
medidas, como a suspensão.
Sendo possível a decretação da suspensão quando se constata a ocasiões que
contrarie a moralidade, por condenações dos responsáveis em razão de crimes, cuja
penalidade seja superior a dois anos.
Lembrando que a suspensão poderá reanalisada e alterada pelo juiz quando houver
alterações nos cenários e fato que ocasionou. Podendo a decretação ser para um
filho unicamente ou aos demais.
A autoridade competente irá manter nas comarcas ou foros regionais, o registro dos
menores que estão aptos a adoção, e um registro acerca das pessoas que tem
desejo de adotar.
Portanto, para a materialização é obrigatório que a pessoa que almeja adotar, tenha
realizado a inscrição, e posteriormente tenha aptidão para adotar. Em que irá haver o
preenchimento dos requisitos, cabendo os interessados se adequar a esses requisitos
estabelecidos.
Esse cadastro terá seu preenchimento feito pela justiça do estado da pessoa
pretensa a adoção, e o magistrado fará o lançamento do dado imposto ao cadastro,
e assim de forma unificada, dessa maneira uma pessoa pretensa a adoção de
Rondônia poderá fazer a localização de menores em todos os estados.
Esse cadastro possui pretendentes do Brasil, que residem no Brasil ou não também, e
hoje é cabível por estrangeiro, que deverá buscar a justiça estadual e assim se
candidatar, o magistrado irá localizar algum menor daquela comarca que ainda não
foi adotado, normalmente menores com idade maior a três anos, que se encontra
fora do protótipo dos adotantes do Brasil, segundo dispõe a resolução número 190
de 2014.
O objetivo maior é a possibilidade dos encontros com casais hábeis a adotarem, com
os menores. Isso só é possível com o cadastro, visto como uma proposta que veio
para colaborar com o procedimento atual.
Sendo esse o protótipo que utilizam para adotar, acontece que maior parte dos
menores que estão nos abrigos, estão junto o grupo de irmão, que não poderá haver
a separação deles, e sempre com idade acima de três anos.
Na mesma forma Pacto da São José da Costa Rica, dispôs acerca da celeridade dos
processos, no dispositivo 8, em todos são garantidos e num período razoável por
uma magistrado que possua competência, ou tribunais competentes, imparciais, já
previsto anteriormente na norma legal, para que quando for apurar acusações seja
criminal, em desfavor dela, ou quando se pretende determinar um direito e
obrigação, seja civil, direito do trabalho, direito tributário ou qualquer outro
semelhante.
O ato de adotar engloba bastante elementos, prescritos na norma legal, o qual deve
ser observado e respeitado, porém, em questão jurídica relacionada com esse
procedimento, poderá ocasionar o acarretamento de diferentes danos aos pais
pretensos a adotarem e ao menor, como exemplificação transtorno psicológico
motivados pela demora no judiciário, em que resulta em perdas da pretensão dos
novos pais na conclusão daquele procedimento imposto a ser seguido.
Segundo esse liame, cabe mencionar que é objeto de discussão, essa morosidade
pelo judiciário para a concessão da adoção a quem requer, e repudio a essa demora,
a própria lei, atribui um período antes do menor ser entregue aos adotantes, e o que
ocorre lamentavelmente é manipular a vontade do menor, que se estende no tempo
no transcorrer da entrevista com os pretendentes a adoção.
Existem inúmeras entrevistas psicológicas, que chegam a uma condição de
impassibilidade em semelhança a adoção que possuíam almejado. Devendo ser
compreendido que não é essa a ocasião, escolhida pelas instituições para adotar um
menor, que não possui mais interesse.
Cabe ser notado que apesar da lei, ser precavida em razão da comprovação das
compatibilidades entre o abandonado e o adotante, o tempo ainda é o maior
problema, pois poderia ter feito várias coisas, que leva a frustração e distúrbio
psíquico no menor.
E não há dúvida que hoje, vigora o princípio da total primazia, que as crianças
deveriam permanecer no ápice da escala de preocupações de quem governa,
devendo compreender, primeiramente que tem o dever de atendimento de todas as
precisões dos menores.
Porém, o extenso procedimento da adoção traz um afronto ao princípio citado,
razão que esses menores aguardam em extensa fila de espera, sem os devidos
amparos dos familiares.
Desse modo, visualiza-se que existe severa crítica pelas doutrinas em relação ao
alongamento no procedimento e no processo, visto que está se tratando dos
interesses dos menores, em que há necessidade de serem ágeis, e evitar os
prolongamentos desnecessários.
De tal modo, é notório que são vários os casos que poderão ensejarem a demora
nos processos, como nas ocasiões que pretende adotar, pleiteia certo requisito
especifico para a adoção, seja por idades, cores, sexos e deficiência.
Temos a previsão legal que irmãos deverão serem adotados em conjunto, com a
finalidade de proteger os vínculos familiares. Porém, isso não é possível para alguns
adotantes, sendo um empecilho, a atribuída a fator econômico, para a criação do
menor de forma digna, as famílias tem diversas despesas em favor de alimentar o
menor, educar entre outros.
Desse modo, adotar menores com maior idade é uma enorme dificuldade no Brasil,
e a maioria das pessoas que almejam adotar tem interesse por criança mais nova, e
temos constatados diariamente campanha para o incentivo de adoção em relação a
criança com mais idade.
Já em São Paulo uma maneira de incentivo para adotarem menores com deficiências,
criaram uma organização não governamental com a nomenclatura de adoção tardia
e especial. Tal organização produz resultados positivos.
Portanto, é notável enormes preocupações das pessoas, em proteger o interesse
daquele que necessita ser inserido em um âmbito familiar, motivo que muitos
indivíduos têm se mobilizado para dar eficácia ao procedimento, e que possam ter
direitos de conviver em uma família.
Considerações finais
Nesse sentido, averiguou-se que os motivos dos abandonos podem estar atrelados a
variados agentes, como rejeições, idades das mães, fator econômicos, dentre vários
citados na pesquisa.
Desse modo, apesar da Carta Magna de 1988, do ECA e a codificação civilista vigente
abarquem a adoção, constituiu somente com a criação da lei número 12010 de 2009,
em que ocorreu as inserções e reformas de variados artigos que passou a abarcar o
prazo processual de forma mais mitigada, além da criação do CNA.
Segundo o CNJ, esses cadastros de adoção, nada mais é que um instrumento que
consiste na inserção de informação de quem pretendem adotar e os menores a
serem adotados, cuja destinação é a adoção, com a finalidade do cruzamento, e
desse jeito proporcionar o encontro de um perfil compatível entre o menor e o
adotante.
Referências Bibliográficas
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Revista 185
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