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Aula 5.

Sumário
• O ciclo celular
• Fases
• Regulação
• Complexo CDC/CDK
• Pontos de Controlo
• Regulação exemplificativa da progressão de G

•Os genes p53 e p21


•As proteínas P53, P21 e RAS no controlo do ciclo celular
Observação microscópica das fases da mitose.
www.cnice.mec.es/eos/MaterialesEducativos.
Complexo cinetocoro-centrómero.
Adaptado de Lodish, 1995.
Representação esquemática das fases do ciclo celular.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Representação esquemática das fases do ciclo celular.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
FGF

Representação esquemática da regulação da progressão da fase G1 para a fase S. RB -


proteína retinoblastoma, E2F – factor transcripcional, CdK-cinases ciclinó dependente
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Na fase G1 ocorre:
•Expressão dos genes para ciclinas da fase G1,polimerases
de RNA e de DNA, helicase de DNA
•Inactivação de factores transcripcionais – RB (proteína
retinoblastoma) e E2F (supressor de tumores), que se
associam na forma hipofosforilada de RB
•Síntese de várias ciclinas, que regulam cinases do controlo
da divisão celular (factores promotores da mitose)

Ciclinas – são sub-unidades regulatórias de diferentes proteínas


CDK/CdK-cinases ciclinó dependente
CDC/Cdc – cinases de controlo da divisão celular
Representação esquemática do papel das ciclinas ao longo do ciclo celular.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Representação esquemática da activação das ciclinas .
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Representação esquemática do papel de alguns intervenientes chave na
passagem da fase G1 para a fase S.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
.
Representação esquemática do papel das ciclinas na identificação de erros.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
A acumulação de proteínas RB, P53, a ausência de factores de
crescimento (ex. FGF) e a ausência de transducção de sinais por
inibição de contacto levam a célula a entrar em G0

Factores de crescimento que bloqueiam a síntese de ciclina A e


que activam cinases envolvidas na fosforilação de RB e de P53
levam a célula a recomeçar o ciclo celular
Representação esquemática do papel das ciclinas na identificação de erros.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Aula 5.
Sumário
• Pontos de regulação do ciclo celular
• Regulação das vias possíveis à célula:
•As proteínas P53, P21 e RAD9 no controlo do ciclo celular
•Fatores de maturação proteica
•Bax
•Bcl 2
•Rad9

• Apoptose
Representação esquemática dos pontos de controlo de erros.
Adaptado de Griffiths, H. 2005 .
Representação esquemática dos pontos de controlo de erros.
Adaptado de Griffiths, H. 2005
Observação microscópica de um linfócito em
apoptose.
Adaptado de www.cellsalive.com.
Fases da Apoptose
Efectora – ocorre o aumento de
Ca2+ intracelular o que faz activar
endonucleases e caspases e
simultaneamente há alterações no
citoesqueleto que provocam variações
de forma e tamanho;
Degradativa – ocorre a
degradação dos ácidos nucleicos e
aumentam as trocas através da
membrana celular; Observação microscópica com
coloração por FISH de uma
Limpeza – em que os célula em apoptose.
www.cnice.mec.es/eos/.
macrófagos eliminam todas as células
apoptóticas, sem que isso afecte o
tecido envolvente.
Aula 6.
Sumário
• Células Procarióticas
• Características morfológicas
• Coloração Gram
• Micoplasmas
• Diversidade ecológica
• Microbiota Humana
• Infeções bacterianas mais comuns
CÉLULAS PROCARIOTAS

Bactérias
Classificação metabólica de bactérias
Ligeiramente halófitos= 1-6% NaCl; moderadamente halófitos = 6-15% NaCl;
halófitos extremos=15-30%NaCl
NAG NAM
Mycobacterium

•Existem em diferentes ambientes da natureza


•Não possuem parede celular
•São imóveis, bastante pleomórficas
•Podem ou não produzir pigmentos
•As espécies com maior importância clínica são:
Mycobacterium leprae e Mycobacterium tuberculosis

•Intracelulares nas células


fagocitárias
•Crescimento lento, estimulado
pela presença de lípidos e ácidos
gordos
•3 milhões de mortes por ano
Bacillus spp

•O mais conhecido é Bacillus subtilis


• No processo de esporulação produzem antibióticos (Bacitracina e
Polimixina)
•Há espécies com grande interesse:
•Bacillus thuringiensis é um patogénio de insectos pois produz a Bt
toxina (biopesticidas - insecticida comercial) aplicada em pomares,
hortas e jardins e permitiu produzir Bt-milho; Bt-batata e Bt-algodão
•Bacillus anthracis é um patogénio humano, transmitindo-se por
contacto directo; por inalação dos endósporos (alojam-se no cérebro e
pulmões) ou por ingestão de carne ou plantas contaminadas
Divisão Celular
•Um único cromossoma circular
•Capacidade de produzir plasmídeos e integrar plasmídeos no
seu cromossoma
Aula 7.
Sumário
• Células Procarióticas - continuação
• Reprodução assexuada vs sexuada
• Conjugação Bacteriana
• Resistência natural/genética a antibióticos
• Aplicações biotecnológicas de plasmídeos/Vectores
Permite troca de plasmídeos e
consequentemente genes,
entre bactérias diferentes
Características dos Plasmídeos Naturais
Características dos Plasmídeos “Artificiais” - Vectores

São reconhecidos por diferentes enzimas de restrição


Características dos Plasmídeos “Híbridos” - Vectores
Características dos VECTORES
•São os componentes centrais das experiências de
clonagem

•Existem dois tipos de ocorrência natural: plasmídeos,


bacteriófagos e transformação bacteriana

•Propriedades:
Auto-replicação
Locais específicos para restrição enzimática
Possuírem marcadores selecionáveis
Serem fáceis de recuperar
Processos naturais de formação de Plasmídeos híbridos
Aula 8.
Sumário
• Células Procarióticas – continuação
• Controlo do crescimento bacteriano
• Mecanismos de descontaminação e esterilização
Controlo do crescimento bacteriano

Limpeza Eficácia de 80% na remoção


Sabão ou detergente
de microrganismos

Desinfecção Eficácia de 90-99% na remoção de


microrganismos • Calor

• Substâncias Químicas
(Desinfectantes e anti-sépticos)
Métodos de descontaminação
Esterilização
 É o processo físico, químico ou gasoso utilizado para a destruição de
todos os microrganismos vivos, incluindo os esporos bacterianos.

Métodos Físicos
• Calor seco – Ar quente
Filtração
• Calor húmido – Vapor saturado
Actos mecânicos
• Radiações ionizantes

Métodos Químicos

• Desinfectantes de elevado nível e outros


métodos
• Óxido de Etileno
• Gás plasma de peróxido de hidrogénio
• Formaldeído
Métodos de descontaminação
Agentes químicos
• Que esterilizam
Exº Ozono e óxido de etileno
• Que desinfectam (destaque para os anti-sépticos)
1. Álcool diluído com água
• provoca a coagulação de proteínas essenciais à vida dos
microrganismos pelo que rapidamente inactiva formas
vegetativas.
• a água evita a desidratação dos agentes infecciosos que assim
seriam resistentes à desnaturação proteica.
• o álcool também é um solvente de lípidos das membranas.
• é utilizado em termómetros e na pele para evitar a entrada de
microrganismos através de injecções.
• tem um efeito de curta duração pela sua evaporação rápida.
Métodos de descontaminação

2. Compostos quaternários de amónia


são surfactantes que removem a película de gordura da pele e por isso
removem os microrganismos ai fixados,
são bactericidas pois são eficientes na morte de bactérias ram + mas
pouco eficientes para as Gram- e endósporos.
a sua capacidade diminui com detergentes que permaneçam na pele pelo
que são pouco usados como anti-sépticos.
3. Derivados fenólicos
desinfectantes bastante eficientes mesmo após a evaporação da água
bastante utilizados em corredores, paredes e portas pelo que são
responsáveis pelo cheiro dos hospitais.
são microstáticos para bactérias Gram+, Mycobacterium spp e vírus
encapsulados como o HIV
4. Que previnem
conservantes industriais
vacinas
Métodos de controlo de crescimento
Métodos de controlo de crescimento

Agentes quimioterapêuticos
•São geralmente antibióticos (substâncias sintetizadas naturalmente por
microrganismos - bactérias ou fungos)
•Podem inibir o crescimento de certas estirpes bacterianas
•Actuam em concentrações (muito) baixas
•Podem ser também sintéticos ou semi-sintéticos
•A sua prescrição deve considerar os seguintes parâmetros:
·Toxicidade selectiva (não podem afectar tecidos do nosso corpo)
·Susceptibilidade específica (parede celular, membrana, síntese
proteica, etc)
·Espectro de actividade
·Reacções adversas
·Metabolismo da droga
·Duração do tratamento
Aula 9.
Sumário
• Células Procarióticas – continuação
• Controlo do crescimento bacteriano - continuação
• Antibióticos e espetro de ação
• Mecanismo molecular de ação de antibióticos
• Antibiogramas
• Resistência a antibióticos
Métodos de controlo de crescimento

1. Agentes quimioterapêuticos
•São geralmente antibióticos (substâncias sintetizadas naturalmente por
microrganismos - bactérias ou fungos)
•Podem inibir o crescimento de certas estirpes bacterianas
•Actuam em concentrações (muito) baixas
•Podem ser também sintéticos ou semi-sintéticos
•A sua prescrição deve considerar os seguintes parâmetros:
·Toxicidade selectiva (não podem afectar tecidos do nosso corpo)
·Susceptibilidade específica (parede celular, membrana, síntese
proteica, etc)
·Espectro de actividade
·Reacções adversas
·Metabolismo da droga
·Duração do tratamento
Agentes Antimicrobianos
Microrganismo Antibiótico Produzido
Gram-positivas
Bacillus subtilis Bacitracina
Bacillus polymyxa Polimixina
Actinomycetes
Streptomyces nodosus Amfotericina B
Streptomyces venezuelae Clorofenicol
Streptomyces aureofaciens Clotetraciclina e tetraciclina
Streptomyces erythraeus Eritromicina
Streptomyces fradiae Neomicina
Streptomyces griseus Estreptomicina
Micromonospora purpuracea Gentamicina
Fungos
Cephalosporium spp. Cefalotina
Penicillium giseofulvum Griseofluvina
Penicillium notatum Penicilina
Bactéria sensível ao Antibiótico
Bactéria resistente ao Antibiótico

Exposição ao antibiótico

(a) População de células (b) As células sensíveis ficam


bacterianas inibidas de crescer

(c) A maioria das células torna-se


Casos clássicos de resistência bacteriana
Mecanismos de resistência natural
Staphylococcus Aureus

componente da flora normal da pele


está presente em Virilhas, Axilas, Períneo, Nariz

O que provoca o MRSA (Estirpes Resistentes de S.


Aureus)Hospitalização factor de risco

Exposição aos Antibióticos


Presença de feridas e diapositivos invasivos
O MRSA pode ser removido (...) dos locais colonizados por:

•Solutos e pomadas antiestafilocócicas


•Mupricina – Aplicação num período de 5 dias, 3 vezes por dia, já
que tem alguma resistência natural à mupricina

•Solutos Antissépticos

hexidina para lavagem das mãos aplicada também no banho e


no cabelo
TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE

• A tuberculose multirresistente (MDRTB) traduz uma resistência à


isoniazida e à rifampicina

• Estratégias de prevenção da resistência aos antimicrobianos:


• Medidas para modificar as expectativas e atitudes do público em
relação aos antibióticos
• Medidas para modificar a formação dos clínicos no sentido de
melhorar a noção de resistência

• O tratamento da tuberculose em doentes com HIV é complicado


devido:
• Baixa absorção dos fármacos
• Interacção com outros fármacos
• Risco acrescido de reactivação
Utilização correcta de terapêutica antimicrobiana

• Não administrar por razões de pouca importância;


• Usar apenas quando o risco de infecção é elevado;
• Aplicar normas correctas de controlo de infecção, e não
antibióticos, para prevenir infecções;
• Administrar antibióticos só quando os sinais de infecção
o justifiquem;
• Seleccionar um antibiótico de acção especifica contra o
microrganismo infectante, e não um dos que atingem
uma vasta gama de microrganismos;
• Administrar a dose correcta pelo período de tempo
adequado.
Aula 10.
Sumário
• Vírus
• Principais características
• Principais formas de classificação
• Ciclos replicativos
• Litico e Lisogénico
Vírus
Tamanho relativo de vírus e bactérias

140-260 x
220-400 nm

120-200 nm

80-120 nm

22-30 nm
Morfologia dos vírus

Simetria icosaédrica
Simetria helicoidal

Ácido nucleico

Proteína
Outras estruturas

Estrutura complexa

NC

Vírus da imunodeficiência humana


Poxvírus
Outras estruturas - estrutura mista

Bacteriófagos

Fago E14 (Acinetobacter sp.) (Myoviridae)


Bacteriófagos

Bacteriófagos

Fago P2 (Enterobactérias)
(Myoviridae)

Fago T4 (E.coli) (Myoviridae)


Esquema classificativo simplificado para vírus de animais:
vírus de DNA

“VII”

Asfar

Adaptado de Flint, SJ et al. (2004). Principles of Virology. Molecular Biology, Pathogenesis, and Control of Animal
Viruses. ASM Press, Washington, D.C.. 2ª Ed.
Esquema classificativo simplificado para vírus de animais:
vírus de RNA

6-

Adaptado de Flint, SJ et al. (2004). Principles of Virology. Molecular Biology, Pathogenesis, and Control of Animal
Viruses. ASM Press, Washington, D.C.. 2ª Ed.
Fases do ciclo replicativo viral

Early Expression Late Expression

Fase precoce
Fase tardia
1. Adsorção
4b. Fase de síntese (II)
2. Penetração ou entrada
- expressão das proteínas tardias
3. Descapsidação
5. Montagem
4a. Fase de síntese (I)
6. Maturação
- expressão das proteínas precoces
7. Saída
- replicação do genoma
Aula 11.
Sumário
• Vírus - continuação
• Principais viroses em humanos
• Gripe H1N1 e história evolutiva:
• Das aves, aos porcos, aos humanos

•Vacina da Gripe A
Vírus respiratórios
Vírus respiratórios
Infeções respiratórias altas

Resfriado comum – RNV, CoV, ParaInfV, InfV, RSV, AdenoV


Faringite, laringite – ParaInfV, InfV
Laringite estridulosa (croup) – ParaInfV, RSV

Infecções respiratórias baixas


Bronquite
Bronquiolite ParaInfV, InfV, RSV, AdenoV
Pneumonia

Gripe – InfV

Infância, Adolescência, Fase adulta


Família Orthomyxoviridae

100 nm
Vírus Herpes simplex Tipo 1 e 2

Reservatório – Homem; Água de piscinas sem cloro


Portas de saída - Penetra por infecção das mucosas ou feridas da pele, nesse local a
multiplicação viral pode ser inaparente ou provoca lesões vesiculares
Porta de entrada - pele e olhos
Mecanismo de transmissão - Contacto directo ou indirecto com secreção de
olhos infectados; Através da saliva e secreções genitais.

mednovosti.ru/main/ 2004/11/24/poison/

www.cockup.com/ images/herpes.jpg
www.onvax.com/.../herpes_ simplex/herpesS11.jpg
Hepatite B - HBV
Processos naturais de formação de Plasmídeos híbridos
Filmes:
como os vírus nos infectam
Fagos e segurança alimentar
HIV (VIH) no hospedeiro

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