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ESsã

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“ Viverei Como Eu Orar

Ao findar o dia, ajoelhei-me para orar,


E pedi ao Senhor, para todos abençoar;
Dar alegria ao coração entristecido
E saúde, ao doente combalido.

E noutro dia, quando despertei,


E meu caminho, com cuidado andei,
Eu não pensei em enxugar o pranto,
E nem tão pouco, dar algum encanto
À vida triste, de um irmão cansado,
Que em meu caminho, tenha me alcançado.
E nem siquer, também, eu visitei
0 visinho doente, a quem saúde desejei.

E , quando novamente, ao findar o dia,


Ao Senhor, suas bênçãos eu pedia,
Como um sussurro, foi por mim ouvido
0 clamor de uma voz, que pôs-me comovido:
“ Basta, hipócrita! antes de orar,
Quem pensaste tu, abençoar?
As mais doces divinas bênçãos,
São para humildes, pequeninas mãos” .

E eu, então chorei, e minha face escondi.


“ Perdoa-me, Deus, pois eu menti.
Permite-me mais vida inda gozar,
E assim, V IV E R E I COMO E U ORAR” .

Autor Desconhecido
(Trad. de Benedita P. Chagas)
Ano I — Núm. 10 Outubro de 1948

“ A G A I V O T A ”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R e d a to r:..................................... João Serra
Exemplar Individual ............ Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — B rasií

Í N D I C E

Editorial ........................................................................................ Thayle Nielsen 118


Regras de Fé ........................................................................................ José Smith capa

ARTIGOS ESPE CIA IS


George F. Richards, Presidente do
Conselho dos Doze ...................................................... Warren J. Wilson 119
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos D i a s ............. Elder Burl F. Booth 220
MINHAS RAZÕES para ter entrado para a
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias . . . . Ernest E. Owens 222

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
Verse Sacramental — Ensaio de Canto .................................................... 230
Mensagem aos Profetas da Escola Dominical . . . . George A lbert Smith 230*
Como a Sombra Duma Grande Rocha .................... C. Frank Steele 231
Prim ária:
E o Mestre Sorriu ............................................... A Ida Crawford Cal l 232:
Sociedade de Socorro:
Falar Convenientemente ................................................................................ 233
SACERDÓCIO
Requerimentos do Sacerdócio A r o n i c o ....................................... (Continuação) 234
Lições para os Grupos Sacerdotais ...................................................................... 235

VÁRIOS
O Rumo dos Ramos ..................................................................................................... 239'
Cartas ao Editor ........................................................................................................... capa
Poesia ............................................................................................................................... capa
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“ Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o espirito ^
*%» cie Deus habita em vos? Se alguem destruir o "templo de Deus, ^
<3jG> Deus o destruirá, porque o templo de Deus que sois vós, é santo” «jC
(I Cor. 3:16 -17). ^
Desde o tempo de Adão, Deus tem exigido a pureza de seus ^
jL filhos a respeito à moralidade. Um dos dez princípios da socie- ju
'*£ dade Cristã, aceito por todos os adoradores verdadeiros de Deus, *T’
£oi-lhes dado no Monte Sinai quando Deus 0 escreveu com seu
proprio dedo; isto é, “ NÃO ADULTERARÁS” . O Senhcr disse
djf» tambem a Israel que não haveria rameira nem sodamita entre o ^
■4* povo ^
t^Ru Hoje em dia podemos ler e ouvir muita coisa sobre a lei da uiL
í vida. Alguns professores tentaram ensinar, aos jovens especial- ^
mente, os fatos do mistério da vida e tem roubado toda a santi-
tidade deste ato que Deus lhe deu. A Modéstia, com o Virtude ^
íjfj moral, quase não existe mais. \3jC
Meus queridos irmãos e irmãs, a doutrina de nossa Igreja é
^ isso; que o pecado sexual está proxim o ao assassínio. Deus de- ^
«j» clarou ao profeta José Smith que os adúlteros não podem ser .
JL membros e que os adúlteros dentro da Igreja, a menos que se y
^ arrependessem, seriam lançados fora, mas se se arrependessem
Lhes seria permitido ficar. Por isso, o mandamento “ Arrependei-
vos” é da maior fcmportancia.
Ojú Não há diferença essencial entre a fornicação, o adultério ou fjjjj
a prostituição. Cada um cai na Sua condenação. rfn
Quero contar-lhes uma parte de uma mensagem da Primeira
Presidencia da Igreja aos membros no ano de 1942.
“ Queremos que vos lembreis das bênçãos que advêm de uma OjC
vida limpa e casta; nós vos exortamos a guardar vossa castidade
estritamente todos os dias, tornando-vos assim merecedores dos
dons e do Espirito do Senhor. ^
a “ Quão glorioso é aquele que vive uma vida limpa. Ele anda. •
sem medo, ao sol brilhante do m eio dia, porque não tem enfer-
midade moral. As flechas da calunia não o podem alcançar, por-
que sua armadura está sem falhas. Não se pode desfiar sua vir- íjÊ
tude, porque ele vive acima de acusação. Seu rosto jamais tem ^
manchas de vergonha, porque não tem pecado escondido. Ele é
JL honrado e respeitado por toda a humanidade, porque vive alem
da censura. Ele é querido de Deus, porque anda sem mancha.
•Vir A exaltação na eternidade espera sua vinda.”
Thayle Nielson ^

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George F* Richards, Presidente do Conselhos
dos Doze
P or W arren J. W ilson.

Seguindo o exem plo dos seus pais,


o A póstolo R ich ards com eçou a c a ­
m inhar nas veredas do S enhor bemt
cedo na vida. Aos quinze anos, ele
foi orden ado ao S a cerdócio de M el-
quisedec, n o o fício de Elder. Sendo
um jov em m uito sério e fiel ao evan ­
gelho de Cristo, ele recebeu as o rd e­
nanças do T em plo n o m esm o a n o .
Na prim avera de 1882 ele ca sou -se
com Alice A . R obinson, filh a de O li-
ver L. R obinson e Lucy Miller. Esse
lindo casal fo i aben çoad o com 15 f i ­
lhos, todos fortes e sadios.
Não h á m uito tem po que o A pós­
tolo R ich ards eitou a seguinte p as­
sagem bíblica num a con fe rê n cia ge­
ral: “ T orn a i-vos cum pridores da p a ­
lavra e não ouvidores tão so m en te
en g a n a n d o-vos a vós m esm os” .
P odem os dizer com toda certeza,
que Elder R ich ards é um “ cu m p rid or
GEORGE F . RICH ARDS
da p alavra” , sendo um grande exem ­
plo pára a sua fam ília e tam bém para
O Apóstolo G eorge F. R ichards, o toda a Ig re ja . Seu guia é a 13.a
mais velho das autoridades gerais, R egra de Fé de nossa Ig re ja : “ C re­
nasceu na pequena aldeia de F a r- mos ehi serm os h on estos, verdadeiros,
m ington, estado de Utah, quasi um ca stos, b en evo len tes, virtuosos e em
século atraz. Um dos filh os de F ra n - fa z e r o bem a tod os os h o m en s; em
klin D . R ich ard s e N anny L on g s- realidade pod em os dizer que segu i­
troth, nasceu no dia 23 de Fevereiro m os a aã m oesta çã o de P a u lo : C rem os
de 1861. em tôdas as cousas e con fia m os em
Os seus pais fora m pion eiros que tôdas as cou sa s; tem os suportado m ui­
conheceram o sofrim en to daqueles tas cousas e con fia m os na capacida­
que seguem e apoiam a verdade res­ de de tudo suportar. Se h ouver qual­
taurada. Sua mãe, Nanny, estava quer cousa virtuosa, am ável, ou lou­
em Nauvoo, naquele in vern o som brio, vável, nós a p rocu ra rem os” . i
quando a perseguição dos m alvados Elder R ich ard s fo i ordenado ao
foi horrorosa. Foi som ente depois de apostolado em abril de 1906, pelo p re­
longa viagem através das planícies sidente Joseph F . S m ith. Em 1916
que ach aram a paz no m eio das m o n ­ até 1919 ele presidiu na missão E u-
tanhas roch osas. ( Continua na pág. 235)

— 219 —
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos Dias
Por Elder Burl F. Booth

(2.a Parte)

O CICLO DE NOSSA VIDA

Como é ensinado pelas Escrituras


e revelado^ por intermédio do Pro­
feta José Smith. (V eja o mapa).

1.°) REINO DE DIVINDADE: A chamar Deus nosso pai a menos que


morada celestial de Deus. “ O céu é o atualmente Ele seja nosso Pai? O
meu trono, e a terra é o escabelo dos Apóstolo Paulo dis;e: “ Alem disto nós
meus pés” (Isa. 6 6 :1 ). “ O céu é o tivemos, na verdade nossos pais carnais
lugar cmde Deus habita com todos os que nos corrigiam, e os olhavamos com
seus santos anjos. E o rei hamoni p er­ respeito; não serem os muito mais su­
guntou-lhe: ■Está o céu acima da terra? jeitos aa Pai dos espiritos e v iv e r e ­
E Ammon disse-lhe: Sim, e ele olha mos?” e outra vez: “ Sendo, pois, g e­
para baixo sôbre todos os filhos dos ho­ ração de Deus, não devem os pensar que
mens, e conhece todos os seus pensa­ a divindade é semelhante ao ouro ou
mentos e intensões; pois que por suas à prata ou à pedra, lavrada por arte
mãos foram todos criados desde o co­ e genio do hom em ” (Heb. 12:9; Atos
m eço” (Alm a 18:32). 17:29).
2.°) VIDA ESPIRITUAL: Nosso E’ evidente que os Apóstolos sabiam
nascimento na terra não foi o princí­ que tivemos a pre-existencia, pois eles
pio da nossa existência. As Escrituras perguntaram a Cristo: “ M estre, quem
nos conta que tivemos uma pre-exis- pecou para que este homem nascesse
tencia na qual eramos filhos espirituais cego, ele ou seus pais?” (João 9,: 2 ) .
de Deus e que habitavamos com Ele, Nota-se que a questão não era, se o ho­
vivendo pela vista e não pela fé como mem podia ou não pecar antes de Vir
vivem os hoje (II Cor. 5 :7 ) . para esta vida, mas sim que neste caso
Quase todos os Cristãos concordam especifico ele tinha pecado. Isto mos­
que Cristo vivia antes de ter nascido tra que era conhecimento comum entre
neste mundo, porem poucos são os que cs Apóstolos, que o homem podia pe­
sabem que todos nós viviamos antes de car na vida anterior, do contrário eles
vir para a mortalidade. Entretanto, c não teriam feito tal pergunta, e a nossa
Senhor disse à Jeremias que antes que condição nesta vida depende grande­
ele tinha nascido ele tinha sido santi­ mente da nossa conduta antes de vir
ficado e ordenado para ser um profeta para este mundo.
das nações (Jer. 1 :5 ) . Em Eclesiastes 2.°-a) A EXPULSÃO DE SATANÁS
12:7 é-nos dito que o corpo retorna à DO CÉU: Cristo disse que viu Satanás
terra e que nosso espirito retorna à cair do céu com o um relampago (L u­
Deus, que nos deu. Isto indica que cas 10:1 8 ). Isaias tambem fala sobre
nosso espirito uma vez residiu na pre­ o mesmo incidente: “ Como caiste do
sença de Deus, pois que não podemos céu, ó estrela radiante, filho da alva!
voltar para um lugar que nunca esti­ como estás cortado até a terra, tu que
vemos antes. Na oração do Senhor, abatias as nações! Tu dizias no teu
Cristo ensinou-nos à dizer: “ Nosso Pai coração: Subirei ao céu, exaltarei o
que estás no céu.” Porque devemos meu trono acima das estrelas de Deus

— 220 —•
e sentar-m e-ei no monte da congrega­ tanto depois do julgamento final eles
ção nas extrem idades do Norte. Subi­ serãci lançados no lago de fogo.
rei acima das alturas das nuvens, e 2.°-b) NASCIMENTO N A M ORTA­
serei semelhante ao Altíssimo. Toda­ LIDADE: “ Portanto deixa o homem o
via serás precipitado para 01 Sheol, para seu pai e a sua mãe, e se une a sua
as extrem idades do abismo. Os que te mulher; e são uma só carne” (Gên.
virem, te contemplarão, em ti fitarão 2:24). E’ um grande privilégio e honra
os olhos e dirão: Acaso é este o ho­ ter nascido e viver nesta terra. Pois êste
mem que fez estrem ecer a terra, e tre­ é o unico meio de obter o conhecimen­
mer os rein os?' que tornou o mundo em to do bem e do mal pelo qual podemos
deserto■ e destruiu as suas cidades? e sobrepujar o pecado, crescer e progre­
que a seus presos não os deixou ir sol­ dir em conhecimento e inteligencia e
tos para suas casas?” (Isa. 14:12-17). eventualmente tornarmo-nos os filhos
Tambem em Apocalipse: “ Houve no escolhidos de Deus para reinar com
céu uma guerra, pelejando Miguel e Ele por toda a eternidade. Estando-
seus anjos contra oi dragão: O dragão nos aqui, prova que fom os uma vez va­
e seus anjos pelejaram , e não p revale­ lentes pela Causa de Cristo e que ba­
ceram; nem o seu lugar se achou mais talhamos com Miguel e seus anjos con­
no céu. Foi precipitado o grande dra­ tra Satanás e seus anjos.
gão, a antiga serpente, que se chama A menos que ncs arrependamos e nos-
Diabo e Satanás, aquele que engana tornemos como uma criança não pode­
todoi o mundo; sim, foi precipitado na mos ser salvos. “ Jesus, porém , disse:
terra, e precipitados com ele os seus “ D eixai os meninos, e não os impeçais
anjos” (A poc. 1 2 :7 -9 ). de virem a mim; porque dos tais é o
3.°) O REINO DE SATANÁS: O reino dos céus” (Mat. 19:14) . Portan­
Senhor falando para a Igreja por meio to, todas as crianças são inocentes pe­
de João o Revelador, informa-nos so­ rante Deus e permanecerão assim até
bre a habitação de Satanás. “ Sei onde atingirem a idade de compreensão.
habitas; onde Satanás tem o seu trono; , 4.°) M ORTALIDADE: A o nascer­
e que conservas o meu nome e não ne- mos nesta vida nosso conhecimento, ou
gaste a minha fé m esm o nos dias de lembrança da nossa pre-existencia nos
Antipas, minha fiel testemunha, o qual são tirados afim de que possamos ser
foi morto entre vós, onde habita Sata­ adequadamente testados para provar se
nás” (A poc. 2 :1 3 ). somos ou não merecedores de entrar de
Das escrituras acima, podemos che­ volta para a presença de Deus. Este
gar à conclusão que o Reino de Sata­ teste é pela fé e não pela vista (II Cor.
nás está agora por toda a terra, que 5 :7 ).
ele e seus anjos com o espiritos sem Desde os dias de Adão, o Senhor tem
corpos mortais erram pela terra tentan­ dado para a humanidade certas leis
do e incitando a humanidade para o para serem seguidas. Eram leis justas, e
mal. “ E, portanto, os homens estão li­ os castigos afixados pela quebra das
vres, de acordo com a matéria; e todas mesmas são justos tambem. Aquelas
as coisas que lhes são necessárias, lhes mesmas leis estão em vigor hoje e é
serão dadas. E estão livres para esco­ somente pela obediencia das mesmas
lher a liberdade e a vida eterna, por que podemos ganhar' salvação, pois o
meioi da mediação de todos os homens, Evangelho não muda. Ele foi o mes­
ou para escolher o cativeiro e a morte, mo ontem, é hoje e sempre.
de acordo com o cativeiro e a poder do O Senhor sendo um Deus justo deu
demonio; pois que ele procura tornar o seu filho com o expiação pelo pecado
todos os homens tão miseráveis como original de Adão, através do qual to-
ele m esm o” (II Nephi 2 :2 7 ). No en­ (Continua na pág. 226f

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MINHAS RAZÕES
Para ter Entrado Para A Igreja de Jesus

D om ingo, 6 de Dezem bro de 1936, Assim que o gigan tesco trem aéreo
eu fu i batisado e con firm a d o m em ­ subiu entre a terra e o céu, através
b ro da Igreja de Jesus Cristo dos S a n ­ as planícies de Illinóis, Iow a e N e-
to s dos Últim os Dias. braska e den tro de profu n d os céus
Em aten ção a parentes m ui ch e g a ­ azues de W yom ing, eu vi aparecer, re ­
dos e am igos dos quais, quasi todos pen tin am en te, a distância, com seus
n ã o estão fam iliarizados com os p rin ­ picos cobertos de deslum brante neve
cíp ios desta organização, eu ex p lica ­ secular, as prim eiras filas das m o n ­
rei as razões que me im peliram a me tanhas roch osas.
torn ar um m em bro da Ig reja de Jesus Com a prim eira vista daquelas m o n ­
-Cristo dos Santos dos Úlitm os Dias. tanhas, veio-m e a m ente o p en sa m en ­
Um an o antes eu fu i en carregado to dos pion eiros “ M órm on s” , v a g a ro ­
■de um negocio, com o advogado, para sa e dolorosam ente, com carretas e
ir a “ Salt Lake C ity” , p or um c lie n ­ ju n ta s de bois, atravessando a m e s­
te particular. Eu via jei p elo ar de m a rota que n ós estavam os p e r c o r ­
In d ian óp olis, aterrisando na cidade rendo. Porém , as m ilhas que eles c o ­
d o s “ M órm ons” na tarde de 20 de D e­ briam em um a m arch a de um lo n g o
zem bro . dia, nós estavam os percorren do em
Naquela ocasião eu estava, talvez, cin co m inutos, algum as vêzes m enos.
m enos interessado em religião do que E ntão, vagarosam ente, tom ou form a
qualquer outra cousa do m undo. Anos em m inh a im agin ação a idéia de que
d e depressão econ ôm ica , desastre, aqueles P ioneiros eram hom ens e m u ­
fo m e , m iséria, necessidade e in ju stiça lheres com um grande ideal, que eles
social trou xeram -m e a um p o n to onde n ã o estavam apenas, de boa v o n ta ­
eu zom bava da idéia de um suprem o de, sa crifica n d o tudo quanto o m u n ­
Ser ou Pai am oroso. Pessoalm ente do estim a com o precioso, mas que eles,
eu n ão tinh a m edo d o in fe rn o nem realm ente, tin h a m sa crifica d o tudo
esp eran ça do céu. Eu am ava ao p r ó ­ para revestir o seu ideal com rea li­
x im o mas tinh a p ou co respeito pelo dade.
seu ju lgam en to. M as — respondia o lado cín ico de
C om respeito aos S antos dos Ú lti­ m inh a natureza, eles eram os P io n e i­
m os Dias, ou “ M órm on s” , com o c o - ros. O M órm on m odern o tem h á m u i­
m u m en te são cham ados, eu tin h a es­ to esquecido aquele grande ideal dos
cassa in form ação, da qual a m aior seus ancestrais. Ou se ele ain da o
parte falsa. Eu apenas sabia que o retem o tem falseado, destruído sua
m eu cliente n ão era “ m ó rm o n ” , que beleza e ele m esm o tem se torn a d o
ele tin h a p rejú d icad o grandem ente estreito, tolo e m esquinho.
u m certo núm ero de “ m órm on s” e que O sinal elétrico na parte dianteira
era m eu doloroso dever d e fe n d ê -lo , o da nave brilh ou “ apertar cin tos de
m e lh or possivel, na vã esperança de segu rança” . A baixo de nós, 10.000
liv rá -lo da P risão do Estado de Utah. pés, jazia a cidade dos “ M órm on s” .
M esm o um h om em culpado, sob n o s - Um taxi trou x e-m e d o aeroporto
,sas leis, tem direito a sua defesa. para o “ T em ple Square H otel” . O

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Cristo dos Santos dos Últim os Dias

Ernest E. Owens.
ch ofér d o taxi era um estudante u n i­ ções, eu ouvi apenas palavras de lo u ­
versitário. Eu com ecei localisan do e vor.
entrevistando as pessoas que tinham De qualquer m od o eu tin h a a sen­
sido p reju dicadas pelo meu cliente. Por sação de que estava n o lim iar de uma
todos os lados h avia indústrias, loja s grande descoberta. Estas pessoas t i­
e lindas residências. C ertam ente que nham algo de intangível e indefinível.
um povo degenerado n ã o construiria Isto os fazia um povo superior em
uma cidade com o esta. tu d o. Eu estava determ in ado a achar
o que era isto.
Alguns daqueles que visitei tinham
Alguns dias antes, ao atravessar os
perdido os seus lares com o resultado
terrenos do Tem plo, eu en contrei J o -
do desfalque do m eu cliente. Eu es­
seph Peery. Eu p ro cu re i-o n o seu es­
perava en con trar toda a espécie de
critório, n o “ B ureau” de In form a ções
furor. Em cada caso, fui recebido
e disse-lhe, assás bruscam ente, que eu
calm a, cortês e alegrem ente. Não
tinha a ch ad o o p ovo “ M órm on ” um
houve m an ifestações de cólera, d is­
povo superior e p ergu n tei-lh e com o
curso in fla m ad o ou blasfêm ias. Cada
eles a lcan çaram isso. Isso fo i na ta r­
pessoa tinh a um agu çado senso de
de de 28 de D ezem bro de 1935. O sr.
justiça. Cada um deles sabia que t i­
Peery era um h om em ocupado. Mas
nha sofrido um a p rofu n d a in ju stiça .
ele conversou com igo durante uma
Mas, de algum a m aneira, todos p a re ­
hora, ex p lica n d o-m e perfeitam ente,
ciam sentir que o m eu cliente se t i­
pela prim eira vez, os p rin cípios do
nha p reju d icad o m uito m ais do que
“ M órm on ism o” . O grande ideal não
prejudicado a eles. Eles m ostravam
estava m ortp; ele n ão estava perver­
com paixão por ele em sua situação d i­
tido. Ele estava m ais vivo do que
fícil .
n un ca. Ele n ão tinh a apenas dom es­
Eu en con tra va -m e com cada um ticado o deserto, mas, tam bém , feito
diversas vêzes. Depois eu telegrafei fé, beleza e am or enraizar n os co ra ­
ao m eu cliente n o Este, dizen d o-lhe ções de m ilhares de entes hum anos.
que ele devia fazer restituição a cada F m aiores cousas ainda estavam para
um. Ele dem orou em responder o vir.
meu telegram a. Eu estava irredu tí­ A ntes de sair, o sr. Peery deu-m e
vel. um a carta de apresentação para J a ­
Ele prom eteu execu tar m eu pedido. m es E. Flem ing, presidente do R am o
Enquanto estive esperando alguns de In d ia n ó p o lis. Eu queria ver se a
dias para ele levantar fundos, eu tive variedade de cidadãos “ M órm ons” de
considerável tem po disponível. Cada In dian ópolis era igual aos da estirpe
dia eu assistia o recital de órgão no de U tah.
T abernácu lo. Um povo degenerado E ntão veio o dia de ano n ovo. Foi
não produz a espécie de m úsica o u ­ um lon g o e solitário dia. Os lon ga ­
vida alí. Eu conversei com “ não m ente desejados, procurados e espe­
M órm ons” acerca de seus visinhos rados fu n dos n ão tinham c h e g a d o .
“ M órm on s” . C om m ui pou cas ex ce ­ Ao an oitecer eu com ecei a sofrer cru -
cian te dôr. C ham ei o em pregado do cionários pareciam pensar m ais em
h otel e p ed i-lh e para m a n d a r-m e o salvar a m inha vida e apressar a m i­
m edico da casa. Ele respon deu-m e nha cura d o que cobrar-m e.
que eles n ão tinh am m edico. Eu d is­ M uitas vêzes, quando eu jazia n o
se-lhe para a rra n ja r-m e um m edico leito daquele hospital, m eus olhos en ­
o m ais depressa possível. L ogo veio ch ia m -se de lágrim as de gratidão com-
o Dr. Silas S. Sm ith. Ele ex a m in ou - o pensam ento da bon dade deste m a ­
me detidam ente, diagn ostican d o o ravilhoso povo. O utra vez eu resolvi
meu caso com o sendo um agudo a ta ­ que se m inha vida fosse poupada, na
que de apen dicite e cálculos n a v e­ m inha volta para o lar, eu p rocu ra ­
sícula. Ele acon selh ou um a im ediata ria os “ M órm ons” de Indianópolis
op eração. Eu argum entei com ele o não para com p a rá -los com os de Utah,
caso, mas sem resultado. Eu exp li­ mas p ara expressar-lhe m inha g ra ti­
quei que quando em casa, eu estava dão e a gradecim en to por terem salvo
sem recursos, que o m eu clien te t i­ m inha vida.
nha deixado de cum prir sua p rom es­
Depois veio a lon ga e tem erária v ia ­
sa e que eu tinh a exatam ente sete gem de volta para o lar, sôbre estra ­
dólares na m inha bolsa e devia q u a ­ das cobertas de gelo, através da neve
tro dólares ao h otel. D outor Sm ith
e in ten so frio. Houve três sem anas
replicou que n ão era um a questão de
de descanso e alegres en contros co m
din h eiro. Era um a questão de sal­ queridos parentes e am igos. M inha
var a m inh a v id a . Eu continuava prim eira excu rsão fora de casa fo i
obstinado. Depois de ulterior c o n ­ para a casa d o Presidente Jam es E .
sulta e teste de sangue, m in h a e n fe r­ Flem ing, d o R am o de In dian óp olis.
m eira (forn ecid a p or ele) ch am ou Dr. Eu me apresentei a êle, relatei-lh e as
Sm ith e disse-lh e para apron tar a c o ­ m inhas experiências em “ Salt Lake
m odações n o hospital, n o qual ele dis­
C ity” , m a n ifestei-lh e m inha gratidão,
se que podia a rran jar que eu fosse
passei um a m ais que agradavel ta r ­
recebido, apesar da m inha con d içã o
de, e fiz a ulterior descoberta de que
fin a n ce ira .
o grande ideal atúa p or tod a p a rte.
M inha enferm eira, senhora Grace
Não h á variedade de “ M órm on s” . Um
Volkner, en ferm eira diplom ada, c h a ­
“ M órm on ” é um “ M órm on ” seja n o
m ou um taxi e nós partim os pela lo n ­
vale “ Salt Lake C ity” ou no vale de
ga colin a coberta de neve, para o H os­
“ W abash ” .
pital dos Santos dos ú ltim os D ia s.
Depois veio um período de vários
Pelo cam in h o eu lh e dei m eu cartão
com o en dereço de m inh a residência mêzes em que aten di aos serviços re ­
e o nom e de m inh a esposa, com in s­ ligiosos na C apela de In d ian óp olis e
aos estudos dos p rin cípios filo só fico s
truções para lhe telegrafar se h o u ­
vesse necessidade. d o “ M órm on ism o” . Eu v e jo agora que
D urante m inh a estada, exatam ente não h á fim para este assunto. M as
de um mês, n o H ospital dos S antos dos alguns p rin cípios básicos devem ser
prim eiro bem com preen didos. Eles
ú ltim os Dias, tu d o qu an to a ciên cia
e m ãos carinhosas p od iam fazer p or são as pedras angulares.
um h om em , quasi duas m il m ilhas 1.° “ M órm on ism o” n ã o é um a seita
longe de casa e doente de m orte, fo i ou um a den om in ação. Ele n ã o é um
feito p or mim. O ú n ico argum ento rebento de qualquer ou tro sistema,
con trário que eu tin h a alí era fazer cred o ou culto. Ele, co m orgulho, a s­
alguem do escritório do h ospital vir sume a p osição de que é a Ig re ja de
ao m eu qu arto receber din h eiro para Jesus C risto: que fo i restaurada por
um p agam en to sobre a m inh a con ta Ele nestes últim os dias, e está estabe­
com eles. De qualquer m odo os fu n ­ lecida sob os m esm os prin cíp ios que

— 224 —
nortearam a Ig reja A postólica, com o licas doutrinas com o con ceito de Deus
organização, n os ofícios, etc. com o um Pai am oroso. Se êle era um
2.° — Ela é fu n d ada sobre a roch a Pai daquela espécie, eu estava resol­
da revelação. Os céus n ã o estão f e ­ vido a n ã o ter n ada com ele. Não há
chados. Deus con tin ú a a revelar sua lugar n o “ M órm on ism o” para tais d e ­
vontade. Em outras palavras, Deus gradadas e aviltantes idéias. A d ou tri­
não creou o universo, deu partida ao na do livre arbítrio tom a o lugar des­
m otor, com o se diz, e depois desligou ta barbara idéia. Som ente êsses p rin ­
a engrenagem . Ele ainda está con tro­ cípios tem dado co n fo rto a m ilhões
lan d o. Ele revela a sua von tade e de m ães. Êle tem substituído triste­
põe suas bên çãos em obediência a sua za por alegria. Ele tem feito a b ri­
lei. lhante estrela da E sperança brilhar
3.° — O M órm onism o g lorifica a onde de outra m aneira haveria a n o i­
Deus e exalta o hom em . C om o o h o ­ te escura da d esesp era n ça . Se o
m em é, assim Deus era; com o Deus é P rofeta José Sm ith n ão tivesse feito
assim o h om em pode se torn a r. É a n ada m ais do que destruir esta ba r­
lei do progresso eterno. Não h á lu ­ bara, cruel, in h u m an a e degradante
gar no “ M órm on ism o” para o in fern o doutrina, ele m ereceria os agrad eci­
ortodoxo de pedras de en x ofre escal­ m entos, cheios de alegria de m ilhões
dante e um lago de fogo, onde os m e ­ e m ilh õ e s . . .
nos felizes filh os de Deus são qu ei­ 6.° — “ M órm on ism o” forn ece res­
m ados através de eternidades sem posta a eterna questão, “ De onde v e ­
con ta ; nem h a um céu com ruas de n h o?” .. . “ Porque estou a q u i?” . . .
ou ro e eternidades de repouso em le i­ “ Para onde estou v ia ja n d o ” ? A o r i­
to de rosas. A vida aqui é um p e ­ gem, destino e o prop ósito do nosso
ríodo de p rovação e p rep a ra çã o. Na sêr são esclarecidos. P orta n to nós
vida, além do túm ulo, cada um de com preendem os nosso parentesco com
nós con tin u ará a crescer cada vez Deus, com o seu filh o, e com nosso
mais, para a p erfeiçã o daquele que é p r ó x im o .
P e rfe ito . 7.° — “ M órm on ism o” é um a religião
4.° — No “ M órm on ism o” n ão h á c o n ­ prática. Qpalquer religião que n ão
flito entre a ciên cia e religião. T oda se reflete na vida diária de seus a d e­
verdade, onde fôr achada, é um a p a r­ rentes é um a zom baria e um fin g i­
te do plan o de Deus. O “ M órm on is­ m en to . C ôros treinados e cantores
m o ” n ão algem a a m en te. Ao co n ­ pagos nada sig n ifica m . Na vida de
trário, ele livra de peias a m ente dos seus m em bros é en con tra d a a ver­
h om en s. Ele não som ente en cora ja , dadeira m edida d o valor de um a reli­
m as com pele os hom ens a pensar. g iã o. Isto é um severo teste.
Pode h aver “ M órm on s” que são mais O “ M órm on ism o” vai ao seu e n co n ­
instruídos do que outros com o in d iv í­ tro com con fia n ça . Ele deseja ser ju l­
duos, mas “ M órm on ism o” é fo rço sa ­ gado pelos seus fru tos. Ele fa z h o ­
m ente vasto e p rofu n d o liberal em seu m ens e m ulheres m elhores. Ele diri­
tod o. Não h á lim itações n o p en sa ­ ge a vida de hom en s e m ulheres cada
m ento ou desenvolvim ento individual. dia da sem ana. Não é com o o usar
Deixa o indivíduo crescer ta n to qu an ­ as nossas m elhores roupas os dom in ­
to ele desejar e, então, ele a ch a que gos, som ente. Ele faz de cada um h o ­
n enhum a lim itaçã o o cerca. m em um m elhor m arido, um m elhor
5.° — Q uando m enino, eu m e a ch a ­ pai, um m elhor vizinho e um m elhor
va m ui a flito pelas doutrinas de c o n ­ c id a d ã o .
d en a çã o dos in fan tes e predestinação. 8.° — Os hom en s n ão colh em uvas
Eu n ão podia recon ciliar estas d ia b ó­ dos espinheiros n em figos dos a b ro­

— 225 —
lhos. O “ M órm on ism o” pode ser ju l­ m ens de tôdas as gerações têm sido
gado pelos seus produtos. Eu ach ei seus inim igos; portan to, êle deve ser
no p ovo “ m órm on ” um p ovo superior. d iv in o .
É um p ovo gentil e en ca n ta d or. É 10.° — O “ M órm on ism o” m e tem
um povo feliz. Num a época em que dad o grande a legria. Sobre os m eus
o trabalho à m oda antiga é olh ado joelhos, eu ten h o p ed id o a Deus que
de soslaio, eu os ach ei industriosos; me guie. Eu ten h o p ed id o ao nosso
num a época de desperdício e ex tra v a - Pai dos céus para guiar meus passos,
gancia, eu os ach ei p ratican d o e co n o ­ d a r-m e sabedoria para escolher e fo r ­
m ia; num a ép oca de uso quasi u n i­ ças para seguir m inh a escolha. Eu
versal de bebidas, eu os a ch ei sobrios; sei que José Sm ith fo i um p rofeta de
num a época de “ virtude fa c il” eu os Deus, e que esta é em verdade a Ig re ­
ach ei castos; num a época de desbra- ja de Jesus Cristo.
gada indulgência, eu os a ch ei p ra ti­ Eu m e sin to orgu lh oso de ser “ M ór­
can do abn egação e dom ínio de si m es­ m on ” .
m os.
9.° — Eu am o o “ m órm on ism o” p e ­ Traduzido p o r:
los inim igos que êle tem feito. Desde
o seu início, os mais corru ptos h o ­ Cícero Proença Lana.

A filosofia de V id à . .. de com o o Senhor pode ser um Deus


justo fazendo este decreto, quando tem
dos poderão ser salvos. “ Pois desde
havido muitos que tem vivido e m or­
que a morte veiu por um homem, tam­
rido e que, sem culpa, nunca conhe­
bem por um homem veiu a ressurrei­
ceram o nome de Cristo ou Seu Evan­
ção dos mortos. Pois assim como em gelho. Condená-los por não fazer aquilo
Adão todo\s m orrem , assim tambem em que não sabiam, certamente, seria in­
Cristo todos serão vivificados” (I Cor.
justo. Então, continue pensando sobre
15:21,22).
este assunto e investiguemos as escri­
Cristo ensinou que devemos ter fé; turas mais adiante para ver se o Se­
fé n ’Ele como Filho de Deus, arrepen­ nhor não providenciou para aqueles
der dos nossos pecados, ser batisados que morreram sem o Evangelho.
e receber o Espirito Santo, e durar até 4.°-a) MORTE: Quando morremos
o fim. Ele disse em uma ocasião para nosso corpo volta para a terra. Como
Niccdemos: “ Em verdade, em verdade está escrito em Eclesiastes: “ e o pó v o l­
te digo que se alguem não nascer da te para a terra como era, e o espirito
agua e do Espirito, não pode entrar no volte para Deus que o deu” (Ec. 12-7).
reino de Deus” (João 3 :5 ) . E mais Nesse tempo já recebemos um ju lga­
tarde disse para seus apóstolos “ o que mento parcial. Nosso espirito então
crer e jor batisado, será salvo; mas o fica colocado ou num estado de paz e
que não crer, será condenado” (M ar­ descanso, num lugar que é chamado
cos 16:16). Cristo fez este decreto e Paraizo; se tivemos guardado os man­
ele nunca fo i anulado. Portanto, deve­ damentos de Deus, ou num estado de
mos chegar à conclusão que um homem, remorso e tormento, num lugar que é
por m elhor que seja, se ele falha ao chamado Inferno, se não tivemos guar­
cumprimento da ordenança do batismo, dado os mandamentos de Deus.
não poderá ser salvo no reino de Deus. 5.°) INFERNO: Há duas classes de
Suponhamos que você está admirado individucs no Inferno. Aqueles que

— 226 —
conheceram o Evangelho aqui na terra Paulo em sua espístola aos Corintios
e livremente o rejeitaram; estes deve­ provando à eles que na verdade há
rão sofrer a ira do Todo Poderoso Deus, uma ressurreição, disse o seguinte: “ De
e pagar pelos seus pecados, e não fi­ outra maneira que farão os que se ba-
carão livres até que tenham .pago o ul­ tisam pelos mortos? Se realmente os
timo centil. Estes deverão permanecer m ortos não são ressuscitados, porque
no inferno e sofrerem até depois do então se batisam por eles?” (I Cor. 15:
Milênio. Os outrcs são aqueles que 29) O Senhor, falando por meio de
não tiveram o privilégio de receber o Malaquias disse: “ Eis que eu vos en­
Evangelho em toda sua plenitude en­ viarei o profeta Elias, antes que venha
quanto estavam na terra; estes estão o grande e terrivel dia de Jeová. Ele
separados do mal, e colccados numa converterá o coração das pais aos fi­
prisão. Este é o lugar onde Cristo foi lhos, e o coração dos filhos a seus pais,
durante os três dias que seu corpo fi­ para que eu não venha e fira a terra
cou no sepulcro. Aprendemos isto em com anátema” (Mal. 4 :5 -6 ).
I Pedro 3:18. “ Assim tambem Cristo Esta profecia foi literalmente cum­
morreu uma só vez pelos pecados, o prida no dia 3 de março de 1836, no
justo pelos injustos, para nos levar a Templo em Kirtland, Ohio quando uma
Deus, sendo, na verdade, mor.to na car­ visão gloriosa apareceu a José Smith
ne, mas vivificado no Espirito, no qual e Oliver Cowdery. Elias o Profeta,
tambem foi pregar aos espiritos em que foi levado para o céu sem passar
prisão, os quais noutro tem po foram pela morte, apareceu perante eles e
desobedientes, quando a longanimidade disse: Eis, o tem po já chegou, o qual
de Deus esperava nos dias de Noé, en ­ foi falado pela boca de Malaquias, tes-
quanto se fabricava a arca, na qual teficando que ele (Elias) seria envia­
poucas pessoas, isto é, oito almas, se do, antes do grande e terrivel dia da
salvaram através das aguas.” No ca­ Senhor, para converter os corações dos
pitulo seguinte Pedro explica a razão pais aos filhos e os corações dos filhos:
de Cristo pregar aos espiritos na pri­ aos pais; para que eu não venha e fira:
são. Ele diz: “ Pois por isto foi 01 Evan­ a terra com anátema. Portanto, as
gelho pregado até aos mortos, para que, chaves desta dispensação são dadas em
na verdade, fossem julgados segundo os suas mãos, e por isso vós sabereis que
homens em carne, mas vivessem segun­ o grande e terrivel dia do Senhor está
do Deus em espirito (I Pedro 4 :6 ) . perto, mesmo às portas” (D. & C. 110:
Agora sabemos que aqueles que m or­ 15-16).
rem sem ouvir o Evangelho tem a opor­ Tendo recebido esta autoridade do
tunidade de ouvi-lo depois da m orte. Profeta Elias, os Santos dos Últimos
E sobre o batismo? O Senhor ainda Dias estão ardentemente empenhados
exige o batismo para entrar nci Seu em construir templos cnde esta orde­
Reino. Sendo um Deus justo, Ele pro­ nança possa ser realizada. A vinda de
videnciou um meio pelo qual, aqueles Elias tem verdadeiramente voltado os
que morreram sem se batisar, possam corações dos pais, já mortos, para os
recebe-lo. Este principio é chamado filhos aqui na terra; e os ccrações dos
“ Batismo para os M ortos” , no qual, com filhos são voltados para seus pais, pro­
autoridade especial, uma pessoa viva, curando os nomes, datas de nascimen­
pode ser batisada em lugar de qual­ to e morte dos ncssos antepassados e
quer outra que tenha morrido sem ser depois batisando-se por eles.
batisada. A historia tambem mostra que este
ESTA NÃO E’ UMA DOUTRINA principio foi praticado pelos primitivos
NOVA, POIS FOI ENSINADA PELOS Cristãcs. Epiphanio escreveu no quar­
APOSTOLOS ANTIGOS. Por exemplo, to século concernente aos Marconites,

— 227 —
os quais foram Cristãos, de quem ele
se opos: “ Neste país, eu digo Asia, e
A Filosofia de Vida dos
até mesmo Gálatas, suas escolas cres­
cera e um fatci tradicional chega à nós,
que quando uma pessoa morrera sem
batismo, eles batisaram outros em seu
R e i n o di
nome, receiosos que na ressurreição ela d
sofreria punições não sendo batisada”
.(Heresies 8 :7 ).
Esta narrativa prova, sem duvida,
que algumas seitas de Cristãs pratica­
ram esta doutrina, e é mais notorio
ainda o fato de que nos registros do
Conselho de Cartago, realizado no ano
397 D .C ., registrado no sexto regula­
mento da Igreja daquele conselho, a
igreja dominante proibia qualquer ad­
ministração posterior do batismo para
os mortos. Porque este regulamento
devia ter sido escrito se o batismo para
os mortos não era praticado entre os
C-istãos daqueles dias?
6.°) PARAÍSO : Paraiso não é o
céu, mas sim um estado intermediano
onde os espiritos justos vão esperar a
ressurreição.
Podemos achar isto nas Escrituras
onde Cristo disse o ladrão na cruz:
“ Hoje estarás com igo no Paraiso” (S .
Lucas 23:42-43), e outra vez três dias
mais tarde quando Maria quase apal- (3
pou-O: “ Não m e toques; porque ainda
não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos
O L ago c l(
e dize-lhes que subo para meu Pai e
vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” N oW : Eala map# rcprastr+aná»
e urna.
<1*. con d ições, n io <U Lu-ga^es-
(S. João, 20:16-17). Aqui Cristo ti­
nha ido ha três dias e sobre a sua
dizemos pela palavra do Senhor, que
volta Ele declarou que não tinha esta­
nós os que viverm os, os que form os
do com Seu Pai. Onde Ele tinha esta­ deixadas até a vinda do Senhor, de
do durante os três dias? Certamente
modo algum precederem os os que já
Ele esteve onde Ele disse que ia. No
dormem; porque o Senhor mesmo des­
Paraiso! E como disse Pedro: “ ...t a m ­
cerá do céu com grande brado, com
bem foi pregar aos espiritos em prisão”
voz de arcanjo e com trom beta de Deus,
(I Pedro 3 :1 9 ). e os mortos em Cristo ressuscitarão pri­
6.°-a) PRIM EIRA RESSURREIÇÃO: meiro. Então nós que estiverm os vi­
A segunda vinda de Cristo para a terra vos, e form os deixados, serem os arreba­
inaugurará a primeira ressurreição. tados em nuvens juntam ente com eles
“ Pois se crem os que Jesus m orreu e ao encontro do Senhor nos ares; e assim
ressurgiu, assim tambem Deus trará com ficarem os sempre com o Senhor” (I
Jesus os que n’Ele dormem. Isto vos Thess. 4 :14-17).

— 228 —
que tinham sido decapitados porr amor
antos dos Últimos Dias do testemunho de Jesus e da palavra
de Deus, e os que não adoraram a bes­
ta nem a sua imagem, e que não rece­
Divindade beram a marca na testa nem na mão;
eles viveram e reinaram com Cristo
mil anos. Os oiutros mortos não v iv e­
ram até que fossem cumpridos os mil
anos. Esta é a primeira ressurreição.
Bemaventurado e santo é o que tem
parte na primeira ressurreição; sobre
estes a segunda m orte não tem poder,
mas serão sacerdotes de Deus e de Cris­
to, e reinarão com ele durante os mil
anos” (A poc. 2 0 :1 -6 ).
Durante esse tempo paz e contenta­
mento abundarão no mundo todo, com
Cristo e os virtuosos ressuscitados mi­
nistrando liberalmente para os desejo­
sos e necessitados. Verdadeiramente
será com o o profeta Isaias disse: “ O
lobo habitará com o cordeiro, e o leo­
pardo se deitará ao pé do cabrito; o
bezerro, o leão novo e o animal ceva­
do andarão juntos, e um menino pe­
quenino os conduzirá. A vaca e a ursa
pastarão, as suas crias se deitarão jun­
tas e o leão comerá palha com o o boi.
A criança de peito brincará sobre a
toca do aspide, e a criança desmamada
meterá a mão na cova do basilisco. Não
farão dano nem destruirão em todo o
meu santo monte, pcrque a terra será
cheia do conhecimento de Jeová, assim
com o as aguas cobrem o mar” (Isaias
11:6-9).
5,°-a) SEGUNDA RESSURREIÇÃO:
7 ° ) MILÊNIO: “ Vi um anjo des­ A ressurreição não é som°nte para os
cendo do céu, tenda a chave do abismo justos, mas tambem para aqueles que
e uma grande cadeia na mão. Ele se têm sido pecadores. “ Não vos maravi­
apoderou do dragão, da antiga serpen­ lheis disto, porque vem a hora em que
te, isto é do Diabp e Satanás, e o amar­ todos ois que se acham nos tumulos, ou­
rou por mil anos, e o lançou no abis­ virão a sua voz e sairão: os que fize­
mo, do qual fechou a porta e a selou rem o bem, para a ressurreição da vida;
sobre ele, para que elp não enganasse e os que praticaram o mal, para a res­
mais as nações até que fossem cumpri­ surreição do juizo” (S. João 5:28-29).
dos os mil anos; e depois disto cumpre 8.°) JULGAMENTO FINAL: De­
que ele seja solto porr um pouco de tem ­ pois da segunda ressurreição todos que
po. Vi tambem tronos, e se assenta­ viveram na terra desde o tempo de
ram sobre eles, e foi-lh es dado o p o­ Adão devem ficar na presença de Deus
der de julgar. Vi as almas daqueles (Continua na pág. 236)

— 229 —
ESCOLA Do m in ic a l

VERSO SACRAM ENTAL PAR A O


MÊS DE OUTUBRO ELDER ROBERT E GIBSON

Digna-Te, ó! Deus, nos assistir Ensaio de Canto para o mês de Ou­


Nesta hora de oração; tubro: “ Hino de Despedida” — Hiná-
E Teu amor faz sentir rio — página 31.
Em cada coração.
MENSAGEM AOS PROFESSORES
D A ESCOLA DOMINICAL

Per Presidente George A lbert Smith

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos que êles adquiram um conhecimento


dos Últimos Dias fo i organizada por da Missão Divina de Jesus Cristo, nosso
mandamento direto de nosso Pai Ce­ Salvador. O convite mais nobre que
leste. Sôbre a pedra da revelação esta pode ser dado a uma pessoa, é ser cha­
Igreja fed fundada e por revelação tem mado como um professor para ajudar
sido guiada. José Smith, Jr., foi cha­ construir um testemunho assim no seu
mado por Deus a ser Seu profeta e por aluno, quer jovem ou idoso. A os pro­
êle o Santo Sacerdócio de Melquisedec, fessores na Escola Dominical eu gosta­
que é o poder de Deus delegado acs ria citar as palavras do Presidente A n -
homens para agirem em Seu nome, feii thon H. Lund, o falecido Primeiro Con­
restaurado à terra. Por este Sacerdó­ selheiro de nossa Igreja: “ Estudai os
cio, cada ordenança do Evangelho de meios e modos melhores de alcançar os
nosso Senhor Jesus Cristo, que é ne­ corações dos homens com as verdades
cessária para a salvação dos filhos dos convencedoras do Evangelho, e deixai
homens, é administrada autoritària- os seus melhores esforços serem dirigi­
mente. dos a construir o Reino de Deus. Sêde
Uma das funções mais importantes puros em pensamento, prudentes em
desta Igreja é o ensinamento do Evan­ palavra, e sábios em ação. Enchei as
gelho para que as suas doutrinas vossas mentes com o conhecimento da
possam ser feitas compreensíveis a to­ palavra de Deus e procurai diligente­
dos os membros da Igreja. Às Escolas mente possuir o espírito do seu chama­
do.”
Dominicais têm sido dado este privi­
légio glorioso; por conseguinte, organi­ Eu tenho certeza que se fizerem isto,
zaram departamentos na Escola Domi­ serão capazes de manter seus alunos
nical afim de que todos possam rece­ com o pão da vida. Tambem, eu oro que
ber estes ensinamentos de acôrdo com sejam capazes de modelar suas vidas de
maneira que por todos seus anos anda­
as suas idades e capacidades. O pro­
pósito maior da Escola Dominical é o rão no caminho da justiça e receberão
de pôr um testemunho permanente no Vida Eterna, o dom de nesso Senhor.
coração de todos os estudantes afim de Reg

VOCÊ JÁ LEU “ III NEPHT

— 230 —
COMO A SOMBRA DUMA GRANDE ROCHA
Por C. Franlc Steele

Há alguns anos eu atravessei um de­ modificando-os, modelando-os à imagem


serto no meio do qual levantou-se uma de Deus.
grande rocha. Poderia até chamá-la Cristo revela Deus aos homens. Mas
montanha. Lá estava naquele mundo Ele faz mais. Revela os homens a si
de areia, resistindo aos ventos turbi- próprios. Ele falou com o Filho de Deus
Ihonantes e enfrentando tôdas as cor­ e tambem como Filho do Homem. Hoje
rentes e çontra-correntes. À base da­ Ele fala ao mundo pela Sua Igreja —
quela rocha encontramos lugares Igreja de Jesus Cristo dos Santcs dos
calmos, agua, plantas; lá havia vida. Últimos Dias — e eia é semelhante a
E, enquanto contemplávamos a rocha, uma grande rocha, refletindo o poder
ficámos impressionados pela sua fôrça, e majestade de Deus.
poder, pelos seus braços protetores, e A Igreja oferece paz aos homens.
lembrámos das palavras de Isaias: Por ela o convite vem de nosso Se­
“ E será aquele V a r ã o ... como a som­ nhor: “ Vinde a mim, tcdos os que es­
bra duma grande rocha em terra se­ tais cansados e oprimidos, e eu vos ali­
denta” (Isaias 3 2 :2 ). viarei.” Ela chama os homens à uni­
Ao contemplar aquele novo e melhor dade de fé, a um Deus, a uma fé e a
mundo nos esperamos executar as pa­ um batismo. E’ a única instituição
lavras do Profeta são tão impressonan- firme do mundo hoje.
tes como nos seus dias. A chamada é Agora mesmo ouvimos muito a res­
para os homens, homens como a rocha peito da unidade Cristã. A fraqueza
na terra sedenta. Um homem assim do Cristianismo dividido foi previsto
enfrenta com confiança e calma tôdas hà muito tempo. A multiplicidade de
as tempestades. Ele não tem medo. É seitas e denominações, desarcordo nos
cheio de compaixão, de amor pelos fra­ pontos doutrinais, competição no tra­
cos. Não é influido por “ todos os ven­ balho missionário — tudo isto tem en­
tos de doutrina” . Ele pensa claramen­ fraquecido admissivelmente a • frente
te, o que pode ser mais importante nes­ Cristã. Recentemente na minha cida­
tes dias de confusão, incerteza, e medo? de — no Canadá — houve um m ovi­
Fica firmemente nos seus princípios, mento de união da Igreja da Inglaterra
nunca se compromete com o mal; é no Canadá e a Igreja Unida do Cana­
leal, e ama a Deus. Quando ele entrar dá. Um clérigo episcopal anglicano fez
huma sala sentimos instintivamente: esta confissão: “ A Igreja Anglicana
“ Aqui há um grande homem!” está numa posição perigosa porque o
No governo temos necessidade de Protestantismo é uma força desinte-
tal homem; tambem na Igreja, homens grante. O mundo é forte demais para
que ficam como “ a sombra duma gran­ uma igreja dividida, e é a vontade de
de rocha na terra sedenta.” Há muito Deus que a igreja seja restaurada à
naquela palavra “ sombra” , porque unidade.”
como nós achámos descanso, conforto e Ao mesmo tempo numa igreja pró­
paz na sombra daquela rocha poderosa xima, um ministro da Igreja Unida do
do deserto, assim tambem achamos fo r ­ Canadá discutiu uma base possível
ça e conforto na influência duma gran­ para unidade entre as duas comunhões.
de personalidade. O argumento mais Ele viu algumas dificuldades, mas tam­
eficiente para o Evangelho de Cristo, bem viu a necessidade de unidade de­
é a vida dum homem que vive verda­ vido a um “ secularismo crescente” no
deiramente. Nele vemos o Evangelho mundo. A Igreja Unida do Canadá é
atuando sôbre os homens, guiando-os, (Continua na pág. 238)

— 231 —
P R I M A R I A
E O MESTRE SO RRIU

P o r A ld a C r a w f o r d C all.

Muitos, muitos anos atrás, residia as manhãs, Pedro tendo ao seu lado
na Palestina, a terra de Jesus, um m e­ Mariazinha, observava sua mãe ir em
nino de nome Pedro e sua irm ãzi- direção ao mercado e êle prom etia a
nha Maria. Pedro tinha doze anos de si mesmo que, mais dia menos dia,
idade e era um forte homenzinho. haveria de prover o sustento de sua
Mas, M aria era doentia e não era mãe e irm ã.
muito desenvolvida para uma m eni­ Logo após a partida de sua genito-
na de oito anos. M ariazinha jam ais ra, Pedro se ocupava com os afazeres
tinha visto a luz do sol ou as aves, da casa. Ele penteava os lindos ca­
as plantas ou sua formosa mãe. Eles chos de M aria e depois saía para tra ­
residiam numa minúscula casinha de balhar no pom ar. Enquanto cuida­
barro, próximo da grande cidade de va das árvores frutíferas, narrava
Jerusalém. Apesar de serem extre­ histórias para M aria — não histórias
mamente pobres, sua casinha estava como as que vocês contam às suas ir-
sempre asseada e havia a toda hora, mãzinhas, mas histórias que disser-
alegria entre êles, o que resultava um tavam sôbre as belezas da natureza
ambiente sempre feliz. e o quão bela era a mãe de ambos —
belezas tôdas essas que eram negadas
Alguns anos antes de acontecer o
a M ariazinha ver. Sempre que Pedro
que vamos contar, o pai de Pedro e
começava a fa la r sôbre as coisas que
Maria tinha contraido uma en ferm i­
via, M ariazinha tinha o mesmo co­
dade e em conseqüência falecera. Ele
mentário: “ Ah, eu desejaria tanto ver
tinha deixado para os seus apenas um
tudo o que você me descreve, com
terrãozinho de terra, onde florecia um
meus próprios olhos. Você, Pedro,
pomar.
deve ser belo, porque é bom.”
P ara que pudessem prover seu sus­ Outro afazer que Pedro se predis­
tento, era necessário que sua mãe ven ­ punha a executar diariam ente era o
desse a safra do pomar no mercado de buscar um jarro de água, na cis­
de Jerusalem. Pedro ajudava a co­ terna pública. Na época de nossa
lher as frutas das árvores tôdas as história, havia na Palestina grande
noites e após selecioná-las, êle as co­ escassez de água potável e, portanto,
locava numa cesta, que sua mãe car­ as fontes que existiam eram poucas.
regava na cabeça. Ela levantava Consequentemente, tornava-se neces­
cedo todas as manhãs para assim ob­ sário, algumas vêzes, via ja r longe
ter um bom lugar na feira . Todas (C on tin u a na pág. 237)

— 232 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
“ FALAR C O N V E N IE N T E M E N T E ”

“ Somente vos recomendo que vos


porteis conforme o evangelho de
Cristo” . — (Filipenses 1 :2 7 ).

“ Um mexpressado pensamento pode cair Francis M. Lyman considerou o falar


no esquecimento; mas depois de ex­ decente, uma das mais importantes nor­
pressado, nem Deus pode matar as mas de vida, as quais os Santos dos
suas causas e tormentos” . Últimos Dias são ensinados a viver. Êle
Will Carlton. aconselhou aos Santos dos Últimos Dias
a não falarem mal de homem algum,
mas que procurasse desculpar as fa l­
0 falar é a comunicação verbal entre
tas apontadas contra os outros, e na
um homem e outro. Pode ser comum e
ocasião propícia falassem todo o bem
degradante; pode ser ordinário, ou pode
que soubessem a respeito dêles.
ser suave e súblime. Revela o que a
Joseph F . Smith advertiu: "Procurai
mente encerra, os desejos do coração, as
o bem nos homens; construí o bem; sus­
solicitações secretas, a insignificância ou
tentai o bem, e falai o menos de mal
grandiosidade da alma humana. O falar
que possivelmente puderdes. Não faz
adequado e gracioso, revela a senhora
bem algum m agnificar o mal, fazer pú­
ou o cavalheiro; quando grosseiro e pro­
blico o mal, ou promulgá-lo pela língua
fano, indica e prova uma baixa educa­
ou pela pena.”
ção. 0 falar é um poder em qualquer
Em cada um de nós existem poderosos
departamento das relações humanas.
impulsos e vontades, que motivam o nos­
Quando a fúria e maldade do coração
so procedimento e julgamento, que in­
humano são transformadas em palavras
sistem em serem satisfeitos. Também
e atiradas com violência, o falar tem o
encontramos muitas vezes satisfação
poder de abater o espírito das pessoas;
atravéz d e %uma língua desenfreada,
enquanto que as palavras dirigidas com
não considerando a destrutividade de tal
amor e entendimento faz-nos sentir qua-
procedimento para ambos, o que fala
si semelhantes a Deus em força capaz de
e os outros.
vencer o mal e em pcder de ir sempre
Em corrigir êsse hábito devemos reco­
avante.
nhecer que é a personalidade que entra
Conversações modeladas no Evangelho aí em jo g o . Nossas expressões verbais
de Cristo eliminam tudo o que seja gros­ desenfreadas são uma espécie de liber­
seria maldades ou maneiras más. Pro­ dade emocional. Por detráz delas usual­
fanação, criticismo, murmurações, ca­ mente encontramos pequenos ciúmes,
lúnias, são inconvenientes aos Santos vaidades feridas, um senso de injustiça,
dos Últimos Dias. Nossos líderes cons­ um comportamento obstruído, ou um
tantemente nos advertem para que nos complexo de inferioridade.
guardemos das nossas línguas. Brigham Si nossa conversação deve ser mode­
Young aconselhou: “ Não deixe a tua lada no evangelho de Cristo, devemos es­
língua dar acesso ao mal que está em tar seguros de que nossas atitudes fun­
teu coração, mas ordena à tua língua que damentais estejam certas. Devemos
se cale até que o bem prevaleça sôbre aproximar nossas relações com o nosso
o mal. (Continua na pág. 23!i>

— 233 —
I

SACERDÓCIO
REQUERIM ENTOS DO SACERDÓCIO
A R O N IC O ...
(Continuação)

ORDENAÇÕES: Todas as pessoas que dos Sacerdotes, Mestres ou Diáconos deve


recebem a autoridade do Sacerdócio de­ falar, cinco minutos, cada semana numa
vem obtê-la por ordenação “ pela impo­ reunião Sacramental. O assunto da pa­
sição das mãos” daqueles que já rece­ lestra tem que ser estudado completa­
beram a autoridade legitima e divina. mente para dar bons resultados. Pode
E ’ uma coisa bôa traçar a autoridade da se cultivar o hábito de usar sua mente
pessôa que vos ordenou. Sacerdotes tem e memória.
a autoridade para ordenar outros Sacer­
CUIDADO DA PRO PRIEDADE DA
dotes, Mestres ou Diáconos, quando
IG R E JA : O Sacerdócio Aaronico é res­
chamados a fazer isso pelos Elders, po­
rem, nem os Mestres nem os Diáconos ponsável pelas coisas temoprais da vida.
Consequentemente, o cuidado da capela
possuem autoridade de impor as mãos
pelos dons espirituais. Lembrem-se de ou do salão e dos terrenos da Igreja é
uma parte de seus trabalhos. Ainda que
que uma pessôa pode possuir a autori­
tenham um empregado da Igreja, os
dade para ordenar outros, mas isto pode
ser feito somente sob a direção dos o fi­ membros do Sacerdócio podem fazer mui­
ciais. to. Devem sentir a responsabilidade di­
reta de ver que tcdas as coisas estão em
ORAÇÃO E ORATORIO PÚBLICO:
ordem na Igreja.
Todos os membros do Sacerdócio Aaroni-
co devem aprender a oferecer a primeira PRE SEN ÇA NAS R E U N IÕ E S: E’
e a última oração das reflniões públi­ esperada dos membros do Sacerdócio, a
cas. Não é necessário fazer orações sua presença, regularmente, nas reuniões
compridas. Orações apropriadas são as sacramentais, tanto como na reunião se­
mais desejáveis. A primeira oração deve manal do Sacerdócio. Devem também
expressar, essencialmente, a gratidão ao assistir a Escola Dominical, e as outras
Senhor pela oportunidade de se reuni­ reuniões das organizaçõèfe auxiliares. O
rem; e um desejo pela guia do Espirito propósito da sua presença nestas reu­
Santo durante a reunião. A última ora­ niões não é, simplesmente, estar presen­
ção deve expressar a apreciação pelas te, mas sim aprender mais do Evangelho,
coisas faladas e feitas na reunião. Di­ aprender a reconhecer a influência do
rigir-se ao Senhor dizendo: “ Nosso Pai Espírito de Deus, e obter treinamento no
que estás no Céu.” Todas as orações de? governo da Ig reja . Pois, não se pode
vem ser oferecidas “ no nome do Senhor ser um cidadão do Reino de Deus a
Jesus Cristo” . Os membros devem procu­ menos que se saiba algo do Governo
rar o espírito de oração e não simples­ dele. Mais tarde, devido ao progresso no
mente proferir palavras vagas. Sacerdócio, vocês podem dirigir tais reu­
Os membros devem se preparar para niões. Um treinamento desses, através
falar nas reuniões Sacramentais. Um da assistência regular nas reuniões, to­

— 234 —
mando parte nas diversas funções da rem, que os beneficiados não fiquem em­
Igreja, será muito proveitoso, tanto nas baraçados. Em outras palavras, eles não
atividades civis quanto nas da Igreja. devem sentir que estão ganhando assis­
AJUDANDO AS VIÚ V AS E OS DE­ tência, mas sim que estão obtendo um
MAIS N E CE SSITA D O S: Esta é uma serviço benvindo. Considerem este pro­
atividade que pode ser realizada pelo blema nos seus grupos Sacerdotais.
grupo Sacerdotal inteiro. Já foi feita Ajudemos as viúvas, os pobres e neces­
mui efectivamente. Toma cuidado, po­ sitados tanto quanto possivel.

Lições para os grupos Sacerdotais


PRIM E IR A SEM ANA DE NO VEM ­ Pontos para a discussão:
BRO: 1. Arrependimento.
2. As virtudes da humildade, genti­
“ Alma, o Grande Sumo Sacerdote
leza, diligência, longanimidade e
Nephita” .
paciência.
Capítulo 5 de Alma — Livro de Mór­
3. Fé, esperança e caridade.
mon.
Pontos para a discussão: T E R CE IR A SEM AN A DE NOVEM ­
1. O que é a Salvação? BRO:
2. Nascimento Espiritual. (Mosiah
“ Dureza de Coração” .
5:7, Mosiah 27:24-27, S. João
Capítulo 8 de Alma — Livro de Mór­
3 :5 ). mon.
3. O Tribunal de Deus e os requeri­
Pontos para a discussão:
mentos do Evangelho.
1. Comparação entre o povo Nephi­
4. O Bom Pastor.
ta e os povos de hoje em dia.
SEGUNDA SEM AN A DE NOVEM ­ 2. A guia do Senhor pelos seus an­
BRO: jos.
3. O mandamento e a profecia.
“ A Cidade de Gideon” .
Capitulos 6 e 7 de Alma — Livro de QU AR TA SEM AN A DE NOVEM BRO:
Mórmon. “ Hora livre” .

Falar Convenientemente George F. Richards


semelhante com um largo senso do que ropéia. Em 1921 ele fo i designado
seja certo e do que seja errado. De­ para ser o presidente do T em plo na
vemos focalizar a nossa vista, não sô­ Cidade do Lago Salgado, e ficou com
bre o que esteja mau ou errado, mas este cargo até 1945, quando foi desig­
sôbre o que esteja direito ou que seja nado para Presidente do C onselho dos
bom. doze apóstolos.
Devemos praticar a doutrina de amor A inda m uito ativo nos trabalhos do
do Mestre. Então, sabedores das nos­ Senhor, o A póstolo R ich ard s tem um
sas próprias fraquezas, deveremos es­ lugar m uito especial nos corações de
forçar-nos para que nossas próprias vi­ todos os Santos dos ú ltim os Dias.
das possam ser capazes de suportar a
mais rígida inspeção.
“ Mede-se um homem pelo tamanho da “ Os argumentos expostos com bran-
coisa que o obriga a dizer uma mesqui­ dura e calma são os mais convincen­
nhez ou uma coisa pequenina” . tes.”

— 235 —
A Filosofia da Vida 9.°) O LAGO DE FOGO é a últi­
e serem julgados pelas suas obras na ma consignação dos filhos da perdição,
carne. os unicos em quem a segunda morte
O Apóstolo João pre-disse este ju l­ terá poder, e os quais não serão redi­
gamento. Ele está registrado em A po­ midos no devido tempo do Senhcr.
calipse 20:12: “ Vi tambem os mortos, Seus tormentos e castigos serão conhe­
grandes e pequenos, em pé diante do cidos somente àqueles que tomaram
trono; livros foram abertos, e foi aber­ parte. (D. & C. 76:31-48).
ta outro livro: que é o da vida; e fo ­ 10.°, 1 1 ° e 12o) t r ê s GRAUS DE
ram julgados os mortos pelas coisas
GLORIA: Se vamos ser julgados “p e ­
que estavam escritas nestes livros se­
las nossas obras” então cada um de nós
gundo as suas obras. O mar entregou
receberá uma recompensa ou gloria
os mortos que ele havia; a m orte e o
diferente, pois não há duas pessoas que
Hades entregaram os mortos que neles
tenham exatamente as mesmas obras.
havia; e cada um foi julgado segundo
as suas obras. A morte e o Hades fo ­ O Apóstolo Paulo fala sobre estas
ram lançados no lagoi de fogo.” diferenças na sua primeira epístola aos
Corintios 15:39 “ Nem toda a carne é
8.°-a) SEGUNDA MORTE: Aque­
a mesma carne, mas uma é a dos ho­
les que recebem a segunda morte, os
mens, outra a dos animais, outra a das
filhos da perdição são jogados no lago
aves e outra a dos peixes. Tambem
com Satanás e seus anjos. Eles são
há corpos celestes e corpos terrestres;
aqueles que têm um perfeito conheci­
mas uma é a gloria dos celestes, e ou­
mento que Jesus é o Cristo e livre­
tra a dos terrestres. Uma é a gloria
mente negam-O, desrespeitando-O. Este
do sol, outra a gloria da lua e outra a
é o pecado imperdoável. Cristo disse:
gloria das estrelas; porque uma estre­
“ Por issoi vos declaro: Todo o pecado
la difere de outra em gloria. Assim
e blasfêmia serão perdoados aos ho­
mens, mas a blasfêmia contra o Espi­ tambem é a ressurreição dos m ortos.
Semeía-se em corrupção, é ressuscitado
rito não lhes será perdoada. A o que
em incorrupção.”
disser alguma palavra contra a Filho
do Homem, isso lhe será perdoado; p o­ A qui Paulo nos dá três classificações
rém ao que fálar contra o Espírito San­ maiores concernente à nossa gloria de­
to, não lhe será perdoado, nem neste pois da ressurreição. Uma ele com pa­
mundo nem no vindouro” (S. Mat. ra à gloria d o sol, outra à gloria da
12:31-32). lua e outra à gloria das estrelas. Isto
O Apóstolo Paulo disse: “ Pois é im­ ainda está em harmonia com seus en­
possível que os que uma vez ferram ilu­ sinamentos em outra passagem, em
minados e provaram o dom celestial, II Corintios 12:2 ele diz: Comheço um
e se tornaram participantes do Espirito homem em Cristoi que hà quatorze anos
Santo, e provaram a boa palavra de (se no corpo não sei; se fóra do corpo,
Deus, e os poderes do mundo vindouro, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado
e depois caíram; impossível é renová- até o terceiro céu.” Se há um “ tercei­
los outra vez para o arrependimento, ro céu ” , certamente deve haver tam­
visto que eles crucificam de novo para bem um primeiro e segundo.
si o Filho de Deus e o expõem à igno- Maior conhecimento e mais detalhes,
minia” (Heb. 6 :4 -6 ). concernentes ao nosso estado depois da
Concluímos disto que para se tornar ressurreição foi revelado em uma visão
um filhei da perdição a pessoa devia ao Profeta José Smith e Sidney Rigdon,
ser muito virtuosa. Em outras pala­ Nesta visão eles viram a gloria do
vras, quanto mais o conhecimento das Grau Celestial, que é comparavel à glo­
coisas divinas, quanto mais será a con­ ria do sol. Aqueles que recebem essa
denação ao pecar. gloria são os da Igreja do Primogênito;

— 236 —
aqueles que receberam o testemunho aqueles que são merecedores, ainda que
de Jesus, que foram batizado?, que re­ do menor grau de gloria, a receberão.
ceberam o Espirito Santo, e permane­ Quando somos uma vez colocado em
ceram fieis até o fim. um grau de gloria não podemos ir do
menor para o maior grau. Somente
Depois eles viram a gloria do Grau
aqueles que herdam o grau Celestial
terrrestre, que é ccm paravel à gloria
estarão na presença de Deus. Os ou­
da Lua. Aqueles que recebem este
tros poderão receber uma parte da G lo­
grau são os que têm sido honestos no
ria de Deus por meio da ministração
mundo, que têm sido cegados pela as­
daqueles que são merecedores de uma
túcia dos homens. Eles não negaram a
gloria maior, porem onde Deus está,
Cristo, porem suas obras não foram su­
eles nunca poderão ir. Vejam que so­
ficientes para merecerem a gloria
mente os verdadeiramente humildes e
maior.
penitentes são salvos na presença de
Depois desta cena eles viram a glo­ Deus.
ria do Grau Teleste como a gloria daa
Neste diagrama e discussão eu tenV^i
estrelas do firmamento. Aqueles que
ilustrar que a vida é um eterno circulo,
recebem este grau são os que não re-
como progredimos através de variaa
cebram o testemunho de Jesus, que não
fases de desenvolvimento, aprendendo
negaram o Espirito Santo, porem foram
preceito sobre preceito, linha sobre li­
mentirosos e se deleitaram em todas nha, um pouco aqui, um pouco ali, fi-
as especies de maldade. Estes são aque­
nalmehte completando o ciclo da vida
les que foram conservados no inferno
por entrar de volta à presença de Deus,
durante o milênio que Cristo reinou para habitar para sempre, e em fazen­
pessoalmente na terra. (D. & C. 76:
do tal nós nos tornaremos com o Deus
50-119) . e seremos Deuses, ainda os filhos de
Através desta visão vemos com o o Deus.
Senhor providencia para tcidos os h o­ E eu digo-vos que sei que estas ccd-
mens e que somente aqueles que ne­ sas são verdadeiras, e eu humildemen­
gam o Espirito Santo são completamen­ te oro que vivam os nestas verdades
te atirados fora e não recebem parte que recebemos; e podemos receber a
alguma da gloria de Deus, e permane­ plenitude da alegria quando nos encon­
cem com Satanás e seus anjos por toda trarmos nci Reino do nosso Pai que está
a eternidade. Enquanto que todos no céu. Amém.

E o Mestre Sorriu nha apreciado um hom em que grita ­


va, à plena fo rça dos pulm ões: “ V e-
para obten ção de água. Felizm ente ja m -m e , eu era aleijad o e o Mestre
existia um a dessas fon tes nas p ro x i­ me orden ou que me levantasse e a n ­
midades da casa de Pedro. Depois de dasse” .
algum tem po, e talvez depois de a l­ “ Quem é êste M estre?” p ergu nta­
guns potes quebrados, Pedro já podia
ra m -lh e .
gabar de ser um perito n a d ifícil arte
“ Alguns o ch am am de N azareno” ,
que é a de equilibrar o referid o pote
disse o curado. “ Ele é um grande
de água sôbre a ca b eça . Dessa m a ­ M estre” . E con clu in do, disse Pedro
neira dirigia-se Pedro nesse dia para
— “ Se Ele fez com que aquele hom em
a fon te.
andasse, então Ele pode lhe restituir
Voltou para casa excitado, balbu - a vista” .
ciando, e con tou à M ariazinha o que “ Pedro, ah P e d r o !” , m urm urou M a­
tinh a visto n a fon te. C ontou que ti- ria.

— 237 —
Alguns dias m ais tarde, n ova m en ­ A m ultidão se com prim ia e tugia de
te P edro voltou excitado, dessa vez tal m odo que dentro em pouco, P edro
sem trazer a água. Disse “ Eu o vi, e M aria se tinham m isturado ao res­
M aria; ele estava na fon te a ensinar to do povo e apezar de esforçarem -se,
o povo, e agora eu ten h o absoluta ce r­ fo i-lh e s im possível voltarem ao lugar
teza de que ele a pode cu rar. A m a­ p rim itiv o.
nhã, M aria, ele vai a Jerusalem e nós Iria o Mestre passar, sem n otar M a ­
vam os p ro cu rá -lo ” . riazin h a? Desesperado e quasi c h o ­
Nessa noite êles con ta ra m os seus rando, Pedro levantou M aria sôbre
planos à sua m ãe; esta, n o entanto, seus om bros, num a derradeira ten ta ­
m eneou a cabeça tristem ente. “ Meus tiva e gritou: “ M estre! E i-la! F aça
filhos, êsse h om em é capaz de ser um com que M aria possa v e r !!”
im p ostor. Pode ser que tudo não O Mestre olh ou em direção do g ri­
passe de ilusão” , disse ela. to — prim eiro para P edro e seus o lh os
“ Mas eu o v í ! ” , disse Pedro. suplicantes, e após para M aria.
E o M estre so rriu . . . L ogo em se­
guida a m u ltidão os en golfou e em
P edro e M aria estavam sentados sob breve, P edro e M aria fica ra m atrás.
um a fron dosa árvore ao lado da casa,
Pedro, eu v e jo ! Eu vejo! Eu v e jo
quando Pedro notou um a aglom era­
as flores e o povo! A grad eçam os-
ção de pessoas às portas da cidade.
lh e !”
“ V enha irm ã, vam os ver se o M es­
tre está lá ” . E assim fizeram . Em bora tentassem o dia todo, n ã o
Q uando alcan çaram os portões, lhes fo i possível ch egar su ficien te­
eles depararam com a m ultidão a m ente perto do M estre para lhe a g ra ­
can tar e gritar e alguns até corriam decer e, assim, voltaram para casa,
ao lon go da estrada. P or todos os la ­ correndo, indo deparar com sua m ãe,
dos se faziam com en tários sôbre o que já vinha à sua procura, p re o cu ­
M estre. A brindo cam inh o por entre pada. M aria, largou a m ão de P e­
o povo, Pedro conseguiu se postar bem dro e correu ao en con tro da m ãe; esta
à fren te da m ultidão, com sua irm ã - prendeu a respiração, tem endo que
zinha, onde percebeu alguém vin do Maria fosse tropeçar e cair. Porque
pelo cen tro da estrada, m on tan d o tinh a Pedro deixado M aria correr s o ­
num burrinho. zin h a?
A m ultidão ca n ta va e pessoas sa ­ “ M amãe, m am ãezinha, eu a vejo. O
cu diam folh a s de palm eiras, en quan ­ Mestre sorriu e eu v í” !
to crian ças atapetavam o cam inh o à A m ãe caiu de joelh os em terra, c o ­
sua passagem , com flores. lheu sua filh in h a nos braços e c h o ­
A m edida que Ele se aproxim ava, rou . Então todos os três se a jo e lh a ­
P edro viu o M estre: Que expressão ram e fizeram um a prece de graças.
tristonha pairava sôbre sua fa ce ! Com
que carin h o ele olh ava às crianças! Traduzido por R olf W yler.

Como A Sombra duma Grande Rocha a urgência de ação cooperativa contra


o impacto do materialismo é reconhe­
o produto duma união, em 1925, das cida.
Igrejas Metodistas, Presbiterianas, e Foi a esperança de nosso Senhor que
Congregacionais no domínio do Cana­ Ssus discípulos fossem unos. Foi uma,
dá. O espírito de unidade Cristã, eu a Igreja de Cristo no princípio da dis-
tenho ncitado no Canadá, é manifesta­ pensação dos apóstolos; as divisões ras-
do em tôdas as partes do mundo onde ( Continua na pág. 240)

- 238 —
CAMPINAS ju gados dos seus m em bros, essa g ra n ­
de realização n ão teria passado de
Em virtude do enorm e trabalho dos
castelos n o ar. C om o de costume,
m issionários nos três últim os mêses,
fo i usado o am plo salão do m ais m a -
este R am o tem passado por um a fase
gestoso hotel de Cam pinas, dentro de
de progresso verdadeiram ente n o tá ­
um am biente puro e refinad o, e a o r ­
vel, fa to este provado pelos in ú m e­
questra fez-se ouvir trazendo a todos
ros batism os realisados em C am pi­
os presentes um desejo irreprim ivel
n as. A estas pessoas, cu jo s nom es
de divertir-se a valer sem fu gir aos
seguem abaixo, querem os expressar
sábios preceitos do E vangelho.
os nossos m ais sinceros cu m p rim en ­
tos e desejar que o S enhor na sua O salão en con tra v a -se orn a m en ta ­
Eterna B ondade os abençoe rica m en ­ do a carater e as flores ao redor do
te. Eis, p ortan to, os seus nom es: tron o da rain h a davam a im pressão
de que tudo era um S on ho R ea l. Sua
V ictor Azevedo Lemes. M ajestade a R ain ha M aria Am elia
D oracy M arlene M atheus. A ranha P enteado apresen tou -se lin ­
Curtis Ezele Thom as. dam ente tra ja da e na verdade, sua
R obertina K uillin Thom as. entrada triun fal no salão deu ao povo
Aline R obby Thom as. a idéia de que um a verdadeira repre­
Arlette K uillin Thom as. sentante real os visitava.
D janira Oliveira. P erto de 200 pessoas en con tra v a m -
Layssez Odette Santos Puya. se presentes, e todos fora m unanim es
Clarisse M arotta. em afirm ar que d ificilm en te assisti­
R enato W e ffo rt. ram a um baile tão p erfeito, quer na
Joaquim Cam pos Nogueira. parte con cern ente a divertim entos,
R egina Cam pos Nogueira. quer no respeito e m oralidade obser­
vados.
Deste grupo 3 pessoas fora m bati-
S en tim o-n os gratos a Deus p or essa
sadas n o dia 4 de Setem bro e c o n fir ­
oportunidade, pois pudem os d e s fa r te
m adas n o dia 5, na reunião especial
m ostrar ao povo a verdadeira m an ei­
em hom en agem ao Pres. do R am o
ra de se divertir sem ofen d er ao
Elder A lfredo Lim a Vaz que despediu-
Nosso B ondoso Pae.
se de todos para fix a r residência nos
Estados Unidos, onde irá estudar na
“ O QUE FAZEM OS”
U niversidade de B righam Y ou n g.

A Caridade — princípio lógico de


BAILE AURI-VERDE
tôdas as virtudes — é o maior ideal do
Pela segunda vez o R am o de C am ­ coração humano quando se faz desin­
pinas realisou o baile acim a, que, teressadamente, quando se exerce sem
aliás, fo i coroad o de um exito sem êsse orgulho tolo que tanto envaidece
precedentes em toda a sua h istória. quem a pratica e tanto humilha quem
Não fôra os desm edidos esforços c o n ­ a recebe.

— 239 —
“ O que fazemos” — A Sociedade So­ depois os produtos que, como o das
corro de Senhoras, que se cc.mpõe de roupas, é revertido na compra de fa ­
vários elementos femininos e que lu­ zendas para as pessoas pobres.
tam por um ideal, pode-se bem aplicar A Sociedade Socorro de Senhoras foi
a legenda acima — pois faz o bem sem fundada em Campinas, no dia 17 de
esperar recompensa, pois exerce a Ca­ Março de 1947, pela dedicada missioná­
ridade sem êsse orgulho próprio do ria Evelyn M. Beck, primeira Presi­
mundo em que se vive. dente e a quem deve o sucesso até ago­
Ali, na sua séde, durante as reuniões, ra alcançado.
são confeccionadas roupas para crian­ Atualmente, a Presidência está cons­
ças, brinquedos, bordados, pull-overs, tituída das seguintes pessoas: Presiden­
etc., os quais, após vendidos no Bazar, te — sra. Bernarda Caverni; l.a Con­
é o seu produto revertido em benefício selheira — sra. Maria Carmona; 2.a
dos pobres. Conselheira — sra. Mary D. Martins;
Durante essas reuniões, tôdas as ter- Secretária — srta. Carmela Young.
ças-feiras, enquanto as consócias exe­ Louvadas sejam, pois, tôdas as So­
cutam a sua tarefa, Elder George H. ciedades que trabalham, na medida de
Bowles aproveita a oportunidade para suas fôrças, em prol da pobreza, dedi­
dar lições form idáveis sôbre Vitaminas, cando as suas dirigentes e associadas
em cu jo mistér é auxiliado pelo Elder algumas horas de seus labores em be­
Alfredo Lima Vaz. nefício daquêles quê, desherdados dos
bens materiais, vivem com dificuldade
A dirigente do programa, após essa
lição de proveito geral, ensina as con­ neste mundo.
sócias sôbre receitas de bolos, doces, Campinas, 3 de Setembro de 1948.
etc., que, bem aproveitadas, são alí
mesmo postas em execução e vendidos Carmela Young

Como A Sombra Duma Grande Rocha separa-os frequentemente. Ainda fi­


cam para todos saberem as palavras
tejaram mais tarde entre a Igreja, tra­ daquele valoroso missionário — Paulo,
zendo confusão no meio dela. Aquela na sua Epístola aos Rcmanos: “ O mes­
confusão existe- ainda. Homens e mu­ mo Espírito testefica com o nosso espí­
lheres em tôda a parte, pedem pão^, e rito que somos filhos de Deus.” Seria
frequentemente são lhes dado pedra. melhor se os homens em todos os luga­
Mas há boas novas pelo mundo porque res compreendessem isto, e em com ­
a Verdade tem sido restabelecida e está preendê-lo, vivessem em acôrdo com a
sendo divulgada no mundo com o tes­ verdade que ele revela.
temunho a todos. Aqui, com certeza, é I Reg
a unidade da fé possivel para todos al-
cançá-la.
Portanto, meus amados irmãos,
“ Como a sombra duma grande rocha,”
sêde firmes e constantes, sempre
disse o profeta Isaias. E é mesmo, a in­
abundantes na ctora do Senhor, sa­
fluência duma grande personalidade, no
bendo que o vosso trabalho não é
mundo é como a dita sombra, e nàs
vão no Senhor.
coisas maiores da vida, o poder da
Vigiai, estai firmes na fé; portai-
Igreja de Deus no mundo tambem é
vos varonilmente, e fortalecei-vos.
como a sombra duma grande rocha. A
religião, que tencioncu unir os homens, (I Cor. 15:58 e 16:13)

— 240 —
CARTAS AO EDITOR

A o R edator de “ A G aivota” .
“ M orm onism o ê, de todas as in sti­
T enh o o prazer de escrever esta
cartinha, d a n d o-lh e os m eus sin ce­ tu ições q u e co n h eço , a mais p erfeita
ros parabéns pela “ A G aivota” . na form a çã o de grandes h om en s e
A preciei im ensam ente esta revista
porque instrue a m ente e b en eficia a m u lh eres nos n ossos dias” .
alm a.
Um a sincera adm iradora e con sta n ­ (P alavras do im ortal Presi­
te leitoras da “ A G aivota” . dente R oosevelt, ao Dr. Brossard,
ZAIR A N. SILVA. da W ashington Z ion S ta k e).
São Paulo.

QUERO SABER

Esta colu n a é para o uso de nossos leitores. Si você tem questões


sobre qualquer p roblem a da Ig reja , à respeito da doutrina, história,
governo da Ig re ja ou proced im en to, en v ia -a s para “ A G A IV O TA ” ,
Caixa P ostal 862, São P au lo.
T odas as questões devem vir a com p a n h a da s com o n om e e o e n ­
dereço da pessoa. Si a questão n ã o pod e ser respondida nesta c o ­
luna, avisarem os o autor pelo correio.
W. J. W.

Questão — O que é o B atism o de tism o na água e naquele fo g o que é o


F ogo? — F . D . C am pinas. Espírito Santo, é so m en te um B atis­
R esposta — O B atism o de F ogo é o mo. Qualquer cerim ônia que não in -
B atism o do Espírito m en cion a d o em clu e os dois (batism o da água e do
S. João 3:5. Na p á g . 228 do livro de E spírito) é vaga e inválida. V eja
D outrinas e C onvênios (C om en tá rio), tam bém S . João 1:23-35; Atos, 2 :1 -4 ;
lê-se: “ O B atism o do fo g o e do Es­ M a t., 3:11; M arcos, 1 :8 ; Lucas, 3:16;
pírito é igu a lm en te n ecessário. O B a ­ Atos ,1:5; Alma, 5 :1 4 ).

A C A P A

“ E n ão perm itireis que vossos filh os ten h a m fo m e, n em andeis n ú s;


n em perm itireis que êles qu ebrem as leis de Deus, ou que briguem e
disputem uns com os outros e assim sirvam ao diabo, que é o m estre
do pecado, ou que é o espírito mau de que vossos pais falaram , sendo
êle um inim igo d e toda a ju stiça .
Mas en sin á -lo s-eis a andar pelos cam in h os da verd ade e da m o­
d éstia ; e ta m bém os ensinar eis a se am arem m u tu a m en te, e a servi­
rem uns aos ou tros” .
MOSIAH, 4:14-15, LIVRO DE MÓRMON.
R E G R A S DE F E ’
DA IGREJA DE JESUS C RISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS


1. Crêm os em Deus, o Pai Eterno, 8. Crêm os em tudo o que Deus
e n o seu F ilho, Jesus Cristo e n o tem revelado, em tudo o que Ele reve­
E spírito S an to. la agora e crêm os que Ele ain da re ­
velará m uitas grandes e im p o rta n ­
2. Crêm os que os hom ens serão
tes cousas pertencentes ao R ein o de
punidos pelos seus próprios pecados
Deus.
e n ã o pela transgressão de Adão.
10. Crêm os na coligação literal de
3. Crêm os que por m eio do sa cri­
Israel e na restauração das Dez T rí-
fício expiatório de Cristo, toda a h u ­
bus; que Sião será con stru ída neste
m an idade pode ser salva pela o b e­
con tin en te; que Cristo reinará p es­
d iên cia às leis e regras d o E van ge­
soalm ente sobre a terra, a qual será
lh o.
renovada e receberá a sua glória p a ­
4. Crêm os que os prim eiros p rin ­ radisíaca .
cípios e ordenança." do E vangelho
são: Prim eiro, Fé n c S enhor Jesus 11. P retendem os o privilégio de
C risto; Segundo, A rrepen dim ento; adorar a Deus, T od o P oderoso, de
T erceiro, B atism o por im ersão para acôrd o com os ditam es da nossa co n s­
rem issão dos nossos p ecados; Quarto, ciência e con ced em os a todos os h o ­
Im posição das M ãos para o D om do m ens o m esm o privilégio, d eix a n d o-
Espírito S an to. os adorar com o, onde, ou o que q u i-
z erem .
5. Crêm os que um h om em deve
ser ch am ad o por Deus, pela “ p rofecia 12. Crêm os na subm issão aos reis,
e pela im posição das m ã os” por quem presidentes, goyernadores e m a gistra ­
possua autoridade, para p regar o dos, com o tam bém n a obediên cia,
E vangelho e adm inistrar as suas o r ­ h on ra e m an u ten ção da lei.
den an ças.
13. C rêm os em serm os h onestos,
6. Crêm os n a m esm a organ ização verdadeiros, castos, benevolentes, v ir­
existente na Ig reja prim iitiva, isto é, tuosos e em fazer o bem a todos os
apóstolos, profetas, pastores, mestres, h om en s; n a realidade pod em os dizer
evangelistas, etc. que seguim os a adm oestação de P a u ­
lo: “ Crêm os em tôdas as cousas e
7. Crêm os n os dons das línguas,
con fia m os em todas as cousas” , te ­
na p rofecia , na revelação, nas visões,
na cura, na in terpretação das línguas, mos suportados m uitas cousas e c o n ­
etc. fiam os n a cap acid ad e de tu d o su por­
tar. Se h ouver qualquer cousa vir­
8. C rêm os ser a B íblia a palavra tuosa, am avel, ou louvável, n ós a p ro ­
de Deus, o qu anto seja correta a sua curarem os .
trad u ção; C rêm os tam bém ser o livro
de M órm on a p alavra de Deus. JOSÉ SMITH.

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