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Lição 01 Daniel ora por um despertamento

Texto Áureo

“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para
que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tg
5.16)

Verdade Prática

O crente dedicado à oração pode exercer influência no céu, na Terra e até


contra os poderes malignos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Lc 11.5-13: A certeza do atendimento à oração

Terça – Dt 9.8-21: A oração de Moisés pelo povo

Quarta – 2 Sm 7.18-29: Davi ora para edificar o templo

Quinta – 1 Rs 8.22-61: A comovente oração de Salomão

Sexta – Ef 3.14-21: A oração de Paulo pelos Efésios

Sábado – Hc 3.1-19: Habacuque ora pelo Livramento

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Daniel 9.1-3; 6.10; 2.17-19; Esdras


1.1-5

Daniel 9

1 NO ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o


qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,

2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o
número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que
haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.

3 E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e


súplicas, com jejum, e saco e cinza.

1
Daniel 6

10 Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua
casa ( ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém ), e
três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do
seu Deus, como também antes costumava fazer.

Daniel 2.17-19

17 Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael
e Azarias, seus companheiros;

18 Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério,


a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente
com o restante dos sábios de Babilônia.

19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel
louvou o Deus do céu.

Esdras 1

1 NO primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia ( para que se cumprisse a palavra


do SENHOR, pela boca de Jeremias ), despertou o SENHOR o espírito de
Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como
também por escrito, dizendo:

2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos
os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que está em Judá.

3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba
a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de
Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém.

4 E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar


peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro,
com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de
Deus, que está em Jerusalém.

5 Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os


sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou,
para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.

2
HINOS SUGERIDOS: 84. 296, 577 da Harpa Cristã

OBJETIVOS DESTA LIÇÃO:

I- Apresentar os motivos que levaram Daniela ser despertado para a


oração;

II – Pontuar a resposta divina às orações de Daniel;

III- Destacar o resultado de um despertamento proveniente de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vamos iniciar mais um trimestre com a graça do nosso Senhor Jesus.


Estudaremos “Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A Reconstrução
de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como Exemplos para os nossos
Dias, um assunto que não pode ser negligenciado e muito menos
esquecido pela Igreja do Senhor, principalmente nos dias em que a
perseguição sutil vem, deforma crescente, abatendo sobre nós. Sempre
que o povo de Deus passava por momentos difíceis, o despertamento
mostrara-se o melhor caminho para a vitória dos servos de Deus sobre os
seus inimigos.

Que o Senhor da Seara desperte sobre nós o avivamento puro e genuíno,


capaz de mudar o cativeiro dos servos fiéis, fortalecendo-os na Palavra,
incentivando-os a uma vida de oração e capacitando-os a levar o
arrependimento a este mundo que caminha em densas trevas.

Ao introduzir a lição, apresente o comentarista deste trimestre, o saudoso


pastor Eurico Bergstén, que comentou esta lição ainda na década de 90,
cujo assunto permanece tão atual e necessário para os crentes de todas
as épocas. Eurico Bergstén muito contribuiu com a literatura evangélica
brasileira, sendo autor da Teologia Sistemática que leva o seu nome, bem
como autor de diversos livros e comentarista de lições bíblicas. Vale a
pena citar que o pastor foi o comentador que teve mais comentários
publicados pela CPAD, 35 ao todo. São comentários que, até hoje,
continuam abençoando e edificando vidas para a glória de Deus! É o que
poderemos confirmar neste trimestre.
3
INTRODUÇÃO

Os crentes fiéis brilham como a Luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de


uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando
no ano 606 a.C. foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda
muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois, Daniel gozava
de elevado conceito no reino da Babilônia.

PONTO CENTRAL: Precisamos estudar a Palavra e orar por


despertamento espiritual.

I – DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR

Ao ler o profeta Jeremias (Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de


cativeiro na Babilônia estavam para findar. Todavia, ainda não era possível
notar qualquer sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na
direção de uma mudança radical (Dn 9.2).

Assim, Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em


sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança.

1. Daniel vivia uma vida consagrada a Deus. Isto dava-lhe condições


de orar. A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8)
e Ele escutará a oração dos justos” (Pv 15 29). Daniel não se misturou
com o paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor.
Daniel é siderado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos
os tempos (Dn 1.8).

2 A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar


verdadeiros combates em oração. Muitos cientes não conseguem servir
de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a
experimentar o que significa combater em oração, o que significa
perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente
“visitam”, de vez em quando, culto de oração. Daniel, porém, tinha por
hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem
como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia, estava em
perigo, Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-
20). Daniel era. portanto, experiente na vida de oração.
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3. Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas
mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O reino da Babilônia
estava em guerra com medos e persas. O rei da Babilônia era na época
Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia,
cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou
uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os
vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus
em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos
os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4).

Houve então uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de
homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 55). Acabou-se a
alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos não
puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi
introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre
outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos
e aos persas” (Dn 5.28).

“Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5-30).

SÍNTESE DO TÓPICO I

Tudo o que aconteceu na vida de Daniel foi resultado de uma vida


consagrada a Deus. Era através da oração que Daniel alcançava
livramento e vitória contra seus inimigos.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Daniel foi um jovem hebreu da classe nobre, levado cativo à Babilônia por
Nabucodonosor, rei do império. Acerca de sua genealogia não sabemos
muita coisa, apenas aquilo que é depreendido do livro que traz seu nome.
Não era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel, mas era, como Isaías, da
tribo de Judá e provavelmente da Casa Real (cf. 1.3-6), isto é, da
descendência de Davi.

Daniel foi um profeta de Deus cujos temas são de alcance muito vasto.
Vaticinou acontecimentos que ainda vão surgir na história do Planeta, os
quais estamos estudando à luz do contexto do seu próprio Livro. Ele,
naquela corte, ganhou muita celebridade, O primeiro acontecimento peto
qual obteve influência na corte babilônica foi a interpretação que deu ao
sonho do rei. Ele foi, realmente, um homem escolhido por Deus para tão
5
grande tarefa espiritual” (SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por
Versículo: As visões para esses últimos dias. 28ª imp., Rio de Janeiro:
CPAD, 2018, p.12).

II – A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL

Daniel havia orado, lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo


profeta jeremias: “Vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra,
tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 2910).

Com a queda do reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro,


as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e
admirados.

1. A Bíblia relata o que realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro,


rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de
Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual
fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos
os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja
seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa
do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed
1.1-3).

2. Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa


divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia:
“Tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou
pensamos” (Ef 3.20).

Vejamos, pois, o que estava para acontecer:

a. Todos os Judeus seriam liberados para voltarem a Judá, caso


quisessem (Ed 1.3).

b. Receberam permissão para reedificar o templo.

c. Todas as despesas da construção do Templo poderiam ser tiradas dos


tributos de além do rio.
6
d. Os vasos sagrados devem ser entregues aos cuidados de Zorobabel,
nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem transportados
de volta para Jerusalém (Ed 1.7).

SÍNTESE DO TÓPICO II

A resposta divina às orações de Daniel incluía levantar Ciro para abençoar


o seu povo, permitindo, entre outras ações, que o povo retornasse para
Judá e reconstruísse o Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO

Oração

A terminologia da oração é rica e variada na Bíblia Sagrada. O termo geral


hebraico é tepilla, de uma forma do verbo palal; o termo grego é
proseuche, onde o passivo médio é proseuchomai. A ideia básica da
palavra hebraica é a intercessão, e da palavra grega é o voto, mas essa
etimologia não é mais o determinante de seu significado. As duas palavras
podem ser usadas de forma abrangente para qualquer tipo de solicitação,
intercessão ou ação de graças. A oração é descrita como o ato de “invocar
o nome do Senhor” desde os dias de Sete (Gn 4.26) até a época em que
o ‘Senhor’ se revelou como o Salvador, Jesus Cristo (Jl 2.32, com Rm
10.9,12,13).

Os cristãos identificam se com aqueles que invocam seu nome (1 Co 1.2).


Outras expressões do AT são ‘suplicar’ ou ‘procurar o favor’ de Jeová (pi’el
de hala, literalmente ‘tornar-se agradável à sua face’), ‘curvar-se em
adoração’ (shaha), ’aproximar-se’ (nagash) , ‘ver’ ou ‘encontrar’ para
suplicar (paga’) , ’implorar’ (za’aq) para reparar uma falta, ‘pedir’ (sho’al),
‘suplicar’ (‘athar) ou ‘comparecer perante a face do Senhor’. Além de
proseuchomoai, os autores do NT usam os termos ‘implorar’ (deomai),
’solicitar’ (aiteo) ou simplesmente ‘pedir’ (erotao) quando se referem à
oração. Ao contrário de proseuchomai, essas palavras não são
caracteristicamente ‘religiosas’ e podem denotar pedidos dirigidos tanto
aos homens quanto a Deus. Entre as palavras mais específicas para
oração estão entygkano (interceder), proskyneo (adorar), e eucharisteo
(dar graças)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p.
1419-20).

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III – O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE
DEUS

1.O rei Ciro foi despertado em seu espírito. “Despertou o Senhor o


espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é
que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro
teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a
compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.

a. Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2).

O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37).


Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja a majestade
de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua baixeza.
Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou
Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar:
“Quem es Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que
Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1 Co 12.3).

b. Ciro teve uma experiência com Deus, que é Santo.

Os vasos sagrados haviam sido roubados do Templo de Jerusalém, por


Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2 Cr 36.18).
Ciro era, agora, o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito
valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11)

Assim acontece sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando


Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis devolver o que havia ganho
com usura (Lc 19.8).

2. O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos


antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de “ungido do Senhor” (Is
45.1). Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe
proporcionado alguma bênção espiritual. Cada Despertamento traz
bênçãos para o coração do crente.

SÍNTESE DO TÓPICO III

O rei Ciro veio a conhecer a soberania divina e ver Deus como o Senhor
dos céus e por isso foi muito abençoado pelo Todo Poderoso.

SUBSÍDIO HISTÓRICO
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“[…] Ciro, um general de inteligência estratégica admirável, passou parte
de sua vida desferindo ataques-relâmpago contra vários adversários, tanto
próximos quanto distantes. Com a experiência de guerra, Ciro cercou
Babilônia, tornando-a praticamente sem resistência em 539.

O rei Nabonido tinha o hábito de ausentar-se da capital, e fazia-o até


mesmo ou especialmente) nas comemorações de Ano Novo, quando
como de costume participava dos rituais tradicionais. Suas ausências
eram cada vez mais frequentes e demoradas, de forma que o real governo
da cidade estava na mão de seu filho Belsazar. Foi este desafortunado
vice-rei que presenciou o colapso da nação com a chegada de Gubaru, o
comandante persa e governador de Gutium. Parece que Belsazar morreu
durante ou pouco depois do conflito, enquanto seu pai Nabonido foi
capturado e em seguida solto condicionalmente. Duas semanas depois,
Ciro marchou triunfantemente pela cidade e celebrou com alegria a derrota
de seu rival, tornando-se o senhor absoluto do oriente.

Ciro pôs em prática uma política beneficente, permitindo a todos os


exilados o retorno para suas terras. Os judeus, é claro, também estavam
incluídos, e viram neste decreto a bênção de Deus, como cumprimento da
palavra profética, Para eles, esta libertação não era menos significativa
que aquela do êxodo sob a liderança de Moisés. Na verdade, a linguagem
dos profetas, por exemplo Isaías 40 – 66, está repleta de imagens do
êxodo. É verdade que a maioria dos judeus da dispersão preferiu
permanecer em suas casas, especialmente os que moravam em
Babilônia, mas aqueles que tinham seus olhos voltados para o propósito
eterno de Deus viram no cativeiro um instrumento de correção. E o retorno
à pátria era o sinal de que ainda tinham um papel redentor a desempenhar”
(MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de
sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro:
CPAD 2007, pp. 503,04).

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PARA REFLETIR

A respeito de “Daniel Ora por um Despertamento”, responda:

• Com quantos anos, aproximadamente, foi Daniel levado à Babilônia?

Daniel era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos de idade.

• Que escritura profética levou Daniel a orar e jejuar?

A profecia de Jeremias (Jr 29.10).

• O que esta escritura dizia?

A escritura profética dizia estar chegando ao fim o cativeiro dos judeus.

• O que aconteceu no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia?

O Senhor despertou o coração deste rei em favor do povo de Judá,


favorecendo o retorno deste à Terra Prometida.

• Cite um exemplo bíblico de um despertamento verdadeiro.

Quando Zaqueu teve o seu encontro com Jesus.

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Lição 02 Despertamento Espiritual – Um Milagre
Texto Áureo

“E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono;


porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando
aceitamos a fé” (Rm 13.11).

Verdade Prática: O Despertamento espiritual é uma consequência da


submissão à vontade de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – SI 57.8 – Despertando a vida de louvor

Terça – Pv 8.17 – Despertando a vida de oração

Sexta – Is 51.9 – Despertando para a peleja

Quarta – Is 50.4 – Despertando para aprender

Quinta – 2 Tm 1.6 – Despertando o dom

Sexta – Is 51.9 – Despertando para a peleja

Sábado – Rm 13.11 E hora de despertar

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ed 1.1-7; Ne 1.1-4

Ed 1.

1 – No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra


do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o espírito de Ciro,
rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também
por escrito, dizendo:

2 – Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos
os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que é em Judá.

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3 – Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba
a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel;
ele é o Deus que habita em Jerusalém.

4 – E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando,


os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda,
e com gados, afora as dádivas voluntárias para a casa do Senhor, que
habita em Jerusalém.

5 – Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os


sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou,
para subirem a edificar a casa do Senhor, que está em Jerusalém.

6 – E todos os que habitavam nos arredores lhes confortaram as mãos


com vasos de prata, com ouro, com fazenda, e com gados, e com coisas
preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu.

7 – Também o rei Ciro, tirou os vasos da casa do Senhor, que


Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém, e que tinha posto na casa de
seus deuses.

Ne 1.

1 – As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de


Quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susā, a fortaleza,

2 – Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e


perguntei lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro,
e acerca de Jerusalém.

3 – E disseram-me: Os restantes, que restaram do cativeiro, lá na província


estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém fendido, e as
suas portas queimadas a fogo.

4 – E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e


lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos
céus

HINOS SUGERIDOS: 387. 427, 432 da Harpa Cristã

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OBJETIVOS DESTA LIÇÃO:

I – Explicar aos alunos os objetivos dos despertamentos espirituais;

II- Enumerar as finalidades do despertamento;

III- Ilustrar que Deus cumpre com suas promessas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O decreto de Ciro já estava lavrado. Os judeus poderiam voltar à sua terra,


reerguer os muros de Jerusalém e reconstruir o Santo Templo. No entanto,
a tarefa parecia bastante difícil. A maioria dos judeus estava acomodada
à vida na Babilônia e não estava disposta a voltar à terra de Israel para
executar o plano de reconstrução. Somente o Espirito Santo poderia
levantar homens necessários ao desempenho de semelhante tarefa.

Foi exatamente isso o que aconteceu. 0 Senhor suscitou homens que não
se prendiam às coisas efêmeras desta vida, e cuja visão estava na
redenção da linhagem de Israel.

É de um despertamento semelhante que tanto precisamos nesses tempos


difíceis!

INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos ver a origem do despertamento espiritual e as suas


finalidades.

PONTO CENTRAL

A submissão a vontade de Deus gera o despertamento espiritual.

I – O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS

“No primeiro ano de Ciro despertou o Senhor o espírito de Ciro” (Ed 1.1).
Deus despertou Daniel para orar pelo futuro do seu povo. Todavia, não
foram as orações de Daniel e nem a sua vida santificada que produziram
13
o despertamento, mas foi o próprio Deus que fez o milagre do
despertamento de Ciro (Is 26.12; 1 Co 12.6). Deus usa instrumentos para
cooperarem com ele, mas o autor do despertamento é Ele mesmo.

Por isto, o despertamento é um mistério. As coisas humanas podem ser


explicadas, previstas e calculadas. Mas a operação do Espírito Santo é
diferente. Jesus disse: “O vento assopra onde quer e ouves a sua voz, mas
não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é
nascido do espírito” (Jo 3.8). Nós, na verdade, podemos ver o resultado
do despertamento, e até mesmo sentir a operação das virtudes do século
futuro” (Hb 6.5). Mas na verdade nada sabemos e nada entendemos do
poder de Deus.

SÍNTESE D TÓPICO I

O despertamento espiritual emana de Deus, por isso Ele usa os


instrumentos que achar necessários para cooperarem com a sua soberana
vontade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO “A Vontade de Deus

O conceito de ’vontade’ quando aplicado a Deus na teologia e na Bíblia,


nem sempre tem a mesma conotação. Ele pode denotar toda a sua
natureza moral incluindo seus atributos, a faculdade de autodeterminação
(Sl 115.3; Dn 4.35), um plano pré-determinado como no caso de um
decreto (Ef 1.9,10; Ap 4.11 etc.), o poder para cumprir seus planos e
propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2 Cr 20.6), ou a regra da vida imposta sobre
as criaturas racionais, isto é, a vontade objetiva de Deus, que se pode
guardar (Mt 7.21; Jo 4.34; 7.17; Rm 12.2).

A vontade divina é a causa final de todas as coisas. Ela é absoluta e


imutável (Sl 33.11), não condicionada por nada além de si mesma. Todas
as coisas são sua consumação: a criação e a preservação (Sl 135.6; Jr
18.6; Ap 4.11); o governo (Pv 21.1; Dn 4.35); a eleição e a reprovação (Rm
9.15,16; Ef 1.5 ); a morte de Cristo (Lc 22.42; At 2.23); a salvação (Tg
1.18); a santificação (Fp 2.13); os sofrimentos dos santos (1 Pe 3.17); a
existência, o curso da vida e o fim do homem (At 18.21; Rm 15-32; Tg
4.15); e até mesmo os menores detalhes da vida (Mt 10.29).

Uma vez que todas as coisas encontram sua causa última na vontade de
Deus, é usual distinguir entre os aspectos eficazes e permissivos da
14
vontade de Deus. O aspecto eficaz da sua vontade é cumprido de forma
causal ou ativa. Não é apenas aquilo que Deus consente, mas também
aquilo que Ele deseja. Por outro lado, o aspecto permissivo da vontade
divina é aquele que tem uma autorização para ocorrer através da
intervenção não controlada de criaturas racionais. A vontade de Deus é
revelada ao homem de várias maneiras: pela palavra falada (Êx 3.14-18;
At 1.8); por meio de sonhos e visões (Gn 41.1-32; At 16.6-10); pelo mundo
natural e pelos eventos históricos (SI 89.9,10; Is 46.10,11; 53.10); no futuro
reino de Deus (Ef 1.9,10); e pelas Sagradas Escrituras (cf. At 20.27; 1 Pe
4.17,19)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
pp.2025-26).

II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO

1. A restauração nacional de Israel. Deus, quando quer realizar os seus


propósitos, pode incutir a sua vontade no espírito do homem. Foi assim
que Ele fez com Ciro. Embora fosse rei de uma nação idólatra, Ciro foi
despertado por Deus, o qual incutiu a Sua vontade no seu espírito,
dominado pelas tradições e pela idolatria, a fim de que ele cumprisse os
Seus desígnios relativos ao povo de Israel, conforme havia falado pela
boca do profeta Isaías, cerca de 180 anos antes (Is 44.28; 45.1-6).

Quando o propósito de Deus chegou ao conhecimento de Ciro era um fato


já aceito e aprovado por ele, e logo foi consumado. Assim, logo no início
de seu reinado, Ciro proclamou um edito autorizando os judeus a
retornarem a Jerusalém e a edificarem a casa do Senhor “em Jerusalém,
que é em Judá” (Ed 1.2). Começava, assim, a restauração nacional do
povo israelita.

2. A restauração espiritual de Israel. Deus quer usar o homem como


seu instrumento. Todavia só são usados aqueles que cooperam com
Deus, aqueles que seguem a orientação divina por livre arbítrio. O homem
é livre para obedecer ou não a orientação divina. Por isso, nem todos os
que experimentam um despertamento adquirem o mesmo progresso
espiritual, porque não abrem igualmente seu coração para Deus, a fim de
obedecer à risca a orientação divina (Pv 23.26 “Meu filho, dê-me seu coração;
mantenha os seus olhos em meus caminhos”, Dt 6.5 “Ame o Senhor de todo o seu
coração, de toda a sua alma e de todas as suasforças.”).

15
Durante o cativeiro, o povo israelita havia assimilado muitos dos costumes
dos babilônios, porém havia aprendido a lição concernente à vontade de
Deus: não servir aos deuses das nações, não adorar os ídolos. Antes do
exílio, Israel estava espiritualmente enfermo dos pés à cabeça (Is 1.2-6),
mas agora havia sido curado da idolatria para sempre. Para Israel, o
sofrimento resultou no despertamento e este na sua restauração espiritual.
A finalidade principal do despertamento é sempre a restauração espiritual
do povo de Deus.

Cada despertamento tem por objetivo principal a salvação e restauração


do homem. Encontramos sempre estes dois polos: A GRAÇA e O
PECADO. O Espírito Santo está sempre pronto para convencer o mundo
sobre o pecado, a justiça, e o juízo” (Jo 16.8,9). Vejamos:

a. O Espírito Santo é sempre intolerante com o pecado. O Espírito Santo


convenceu Saulo de que havia pecado contra a pessoa de Jesus (At
9.4,5). Foi o Espírito Santo que convence de pecado a mulher samaritana
(J04.16 19) e fez Zaqueu confessar a sua falta (Lc 19.8). O Espírito Santo
torna manifesta as coisas más (Ef 5.13,14). O profeta de labios impuros
sentiu que perecia na presença da santidade de Deus (Is 6.5). O Espírito
Santo faz com que os crentes andem na luz (1 Jo 1.7).

b. Mas o Espírito Santo também aponta para Jesus como aquele que
perdoa e salva (1 Jo 1.9, 2.1,2; Rm 3.25; 2 Co 5.18-21). Este era o ensino
nos dias dos apóstolos e deve continuar sendo nos dias de hoje, pois a
Palavra de Deus não muda, e as nossas necessidades espirituais também
não (At 13.38-41; 14.15-17; 17.26-31).

SÍNTESE DO TÓPICO II

As finalidades do despertamento envolviam as restaurações nacional e


espiritual de Israel. A primeira restaurou a pátria e a segunda restaurou o
homem da idolatria dos deuses pagãos do exílio.

SUBSÍDIO HISTÓRICO

“A política de Ciro beneficiou sensivelmente os judeus exilados em


Babilônia, pois Ciro conferiu a Yahweh o mesmo respeito dado a
Marduque e a outras divindades. A consequência lógica sua política foi o
decreto que permitia aos judeus o retorno à sua terra. Somente em um
templo restaurado em Jerusalém Yahweh poderia agir efetivamente como
16
o Deus de Judá. Assim, em fiel obediência a Yahweh, Ciro decidiu repatriar
o povo judeu. Providenciou autorizações para que eles voltassem e
reconstruíssem a cidade e o templo para seu Deus” (MERRiL Eugene H.
História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus
colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.509).

III. DEUS CUMPRE AS SUAS PROMESSAS

1. A fidelidade de Deus em suas promessas. Pelo despertamento que


Ciro recebeu, Deus cumpriu literalmente a sua Palavra em relação ao
retorno de Judá à sua terra (Jr 27.22), bem como à derrota da Babilônia
diante do exército medo-persa, sob o comando de Ciro da Pérsia (Jr 25.12;
Is 44.28; 45.2-6).

2. Deus renova as suas promessas de bênçãos. Em cada


despertamento, Deus vivifica e renova as promessas de bênçãos ao seu
povo. O Espírito Santo revela as riquezas escondidas em Cristo, isto é, as
riquezas de glória que Cristo ganhou na cruz do Calvário, para dar àqueles
que o servem (Rm 9.23; Ef 1.18; 2.7; Fp 4.19; Cl 1.27).

O batismo com o Espírito Santo é uma bênção que faz parte dos
rudimentos da doutrina (Hb 6.1-3; At 2.38). No despertamento que operava
no tempo dos apóstolos, eles faziam questão de que todos os convertidos
recebessem esta maravilhosa unção do alto (At 8.14 17; 19.1-6). Os dons
espirituais também fazem parte das bênçãos que Jesus deseja dar por
meio do despertamento (1 Co 12.7-11). Deus ainda deseja despertar os
corações para ter fé renovada na cura do corpo, também resultado da
morte expiatória de Jesus (Is 53.3-5; Mt 8.14 17; Tg 5.14-17; Mc 16.17,18).

3. Deus renova a fé dos abatidos. Pelo despertamento, Deus cria


ambiente de fé, de expectativa, e de oração. O despertamento nasceu da
oração, e só poderá prosseguir se continuar acesa a chama da oração. No
Antigo Testamento, o fogo no altar de incenso não se podia deixar apagar
(Êx 30.7,8) Do mesmo modo Deus quer que o fogo do Espírito Santo não
se apague em nossos corações, mas, sim, que continue aceso, hoje, como
no dia do Pentecoste. Todavia, isto só se pode conseguir através da
oração incessante, por parte de cada um de nós.

17
SÍNTESE DO TÓPICO III

Deus é fiel em cumprir suas promessas dadas ao seu povo. Além de


vivificar e renovar as suas promessas. Ele também renova a fé dos que
estão abatidos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO “Promessa”

Embora se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico


da palavra “promessa” nas Escrituras relaciona-se com o que Deus
declara que fará acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas
entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de
Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão que,
em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a
vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está
mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa
central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito
(J1 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu
e a nova terra (Is 65.17; 66.22).

Paulo demonstra que a “promessa de Deus” tem a qualidade de uma


aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre do legalismo
e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl
3.16 18; cf. Hb 11.40)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, p.1611).

IV – O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES A


PALAVRA

1. O culto que foi restabelecido em Jerusalém foi exatamente aquele


que a lei de Deus determinava (Ne 12.44-47). Não foram introduzidas
novas formas de culto, nem qualquer mistura de doutrinas babilônicas!

2. O despertamento dado pelo Espírito Santo faz com que os crentes


desejem intensamente ser fiéis à Palavra de Deus. Paulo escreveu:
“para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito” (1 Co 4.6).
O crente despertado inclina-se a guardar os estatutos de Deus até o fim
(Sl 119.112). E esta forma de proceder, esta atitude do crente, é uma das
bases para a comunhão uns com os outros. “Companheiro sou de todos
os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos” (SL 119.63).
18
SÍNTESE DO TÓPICO III

Um dos resultados do despertamento é a obediência dos homens à


Palavra. Depois que houve o despertamento no retorno do exílio
babilónico, não houve a introdução de qualquer mistura de cultos pagãos
entre o povo de Deus.

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

0 que é um despertamento espiritual? Antes de mais nada, é um retorno à


vontade de Deus. Todas as vezes que os crentes voltam aos princípios
das Sagradas Escrituras, dá-se um despertamento espiritual. Foi assim no
tempo de Josias e na época de Esdras. E, o mesmo se verifica quando o
povo de Deus, hoje, predispõe-se a executar as tarefas que o Senhor lhes
entrega. Mas o que é necessário para se viver um grande despertamento
espiritual?

Em primeiro lugar, é necessário se voltar às Sagradas Escrituras e


esposar todos os seus princípios. Neste ponto, devem cair por terra as
nossas conveniências e comodidades. Somente a vontade de Deus é que
interessa. Notemos que o grande avivamento de Josias começou
exatamente quando líderes do povo começaram a examinar detidamente
as Sagradas Escrituras. Doutra forma, continuariam no mesmo marasmo.

Em segundo lugar, é necessário buscar com redobrado favor a


presença de Cristo. Afirmou certa vez um teólogo que a história se cala
acerca dos avivamentos que começaram sem oração. Quer nos tempos
bíblicos, quer nos dias de hoje, não pode haver avivamento se~ oração. É
um pressuposto básico do qual não podemos fugir.

Em terceiro lugar, não podemos perder o nosso primeiro amor. A


Igreja de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal crônico. Exteriormente, não
poderia haver igreja tão ortodoxa doutrinariamente como aquela. No
entanto, estava longe de seu primeiro amor. E, se a força do nosso amor
não corresponde aos primórdios da nossa fé, carecemos rogar as
misericórdias do Senhor para que um novo despertamento espiritual
venha renovar o nosso amor.

19
PARA REFLETIR

A respeito de “Despertamento Espiritual -Um Milagre”, responda:

• Em que ano o Senhor despertou o espírito de Ciro?

No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia.

• De onde emanam os despertamentos espirituais?

Do próprio Deus.

• Na obra do despertamento, quem Deus usa?

Aqueles que se colocam integralmente à disposição de Deus.

• Como era o culto restabelecido em Jerusalém?

De acordo com a Lei de Deus.

• O que o despertamento provoca no crente?

Leva os crentes a desejarem ser mais fiéis à Palavra de Deus.

20
SUBSIDIO DE ESBOÇO

Despertamento Espiritual
“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te
iluminará” Efésios 5.14
Introdução: A revolução social que aconteceu no Brasil, no mês de junho
de 2013 acordou o povo brasileiro que estava dormindo enquanto a
inflação voltava e o povo se distraía com os preparativos da copa. De
repente o povo acordou e bradou pelas ruas que deseja justiça dizendo
que não estamos mais “deitado eternamente em berço esplêndido”.
Vivemos em um tempo em que o comodismo e o conforto são tão
almejados pelas pessoas que até mesmo as igrejas estão buscando isso.
As pessoas querem ir a uma Igreja onde tenha um bom templo, com ar
condicionado, poltronas confortáveis, boa música e uma palavra
agradável.

Você está dormindo espiritualmente?


Vamos analisar as palavras do texto, comparando com a Parábola das 10 Virgens
em Mateus 25.1-13

1- DESPERTA: “desperta, ó tu que dormes” v.14ª


Na Bíblia o sono muitas vezes é comparado com a morte (Olha para mim
e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos, do contrário
dormirei o sono da morte. Salmos 13:3; ITessalonicenses 4.13-15). Muitas
pessoas pensam que estão vivas, mas estão dormindo espiritualmente e
morrerão se não acordarem a tempo.
O primeiro erro das virgens néscias foi dormir. Como poderiam dormir se
estavam próximas de se casar e esperavam seu noivo? Mas elas
dormiram (Mateus 25.5).
Alguns exemplos bíblicos de pessoas que foram despertadas:
- Ester que estava despercebida de que seu povo pereceria, então
Mordecai lhe despertou (Ester 4.13,14).
- Marta também estava dormindo espiritualmente embora parecesse bem
acordada, mas Jesus a despertou para ouvir suas palavras (Lucas
10.40,41 Maria escolheu a melhor parte...).
21
- Jonas dormia no barco em meio à tempestade que ele mesmo havia
provocado e foi acordado pelos marinheiros (Jonas 1.5).
- Pedro, Tiago e João dormiam quando Jesus pediu que orassem e
vigiassem com Ele no Getsêmani (Marcos 14.37).
O inimigo quer que a Igreja adormeça espiritualmente para pensar que está
viva, mas fraca e sem forças para trabalhar. Por isso a Igreja precisa
acordar.
Você está vivendo em sonolência espiritual? Acorde enquanto há tempo!

2- LEVANTA: “levanta-te de entre os mortos” v.14b


As virgens néscias haviam se deitado e levantaram tarde demais,
porque já era meia noite e não tiveram tempo de preparar suas
lâmpadas (Mateus 25.6,7).
Alguns exemplos bíblicos de pessoas que Deus mandou levantar foram:
- Daniel se prostrava diante da revelação de Deus e o Senhor o
mandava levantar (Daniel 10.11).
- A filha de Jairo que Jesus ressuscitou e mandou levantar (Marcos
5.41).
- O paralítico que Jesus mandou levantar e tomar o leito (Marcos 2.11)
para começar a andar e trabalhar ao mesmo tempo.
- Bartimeu, o cego que queria ver Jesus deu um salto quando Jesus o
mandou levantar que até perdeu a sua capa (Marcos 10.49,50).
Muitas pessoas estão dormindo sentadas porque começaram a andar no
conselho dos ímpios, pararam no caminho dos pecadores e sentaram na
roda dos escarnecedores (Salmos 1.1).
Não adianta acordar e ficar deitado do mesmo jeito. É preciso levantar
para provar que está acordado. Uma das formas de conseguir ficar
acordado muito tempo é ficando em pé. A primeira coisa que fazemos para
dormir é deitar.
Você está deitado espiritualmente?
Levante-se porque o Senhor te chama!

3- ILUMINA: “Cristo te iluminará” v.14c


A luz incomoda quem está nas trevas. Jesus disse que nós somos “a luz
do mundo” (Mateus 5.14) porque Ele é a luz verdadeira que nos ilumina
(Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em
22
trevas, mas terá a luz da vida". João 8:12). Somos como as estrelas que
não têm luz própria, mas refletem a luz do sol.
As virgens néscias ficaram no escuro porque não tinham preparado o
azeite necessário para iluminar sua caminhada e quando foram ver já era
tarde demais (Mateus 25.8-10)
Algumas pessoas da Bíblia que receberam uma luz foram:
- Paulo no caminho de Damasco que era cego espiritual e viu uma grande
luz que depois abriu os seus olhos (Atos 9.1-10).
- Pedro quando estava preso e a Igreja orava por ele, uma luz veio no meio
das trevas do calabouço (Atos 12.7).
- O carcereiro que prendeu Paulo e Silas, pediu uma luz e então desejou
ser salvo (Atos 16.29).
A luz do dia demonstra que é tempo de trabalhar, pois “é necessário que
façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem,
quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4). Então é tempo de mostrarmos
a nossa luz para aqueles que estão em trevas e escuridão do pecado. Por
isso não podemos esconder a nossa luz (Mateus 5.15).
Sua vida tem sido luz?
Ilumine a vida de quem está em trevas!

Acorde, levante e ilumine!


CONCLUSÃO
É muito difícil acordar uma pessoa que não quer ser despertada. Mas
quando a pessoa sabe que precisa levantar apenas um toque é necessário
para isso. Não durma espiritualmente, procure ficar de pé para não
adormecer e mantenha forte a sua luz.
Haverá um tempo em que as almas que estão se perdendo no mundo
acordarão e buscarão sedentas pela presença de Deus em nossas igrejas.
Neste momento a Igreja precisa estar preparada e bem acordada para
cuidar destas vidas.
Você está bem acordado?
Levante e ilumine as vidas!

PARA NÃO DORMIR, É MELHOR FICAR EM PÉ E EM MOVIMENTO!


23
O despertamento espiritual da igreja
Isaías 44.3-5
Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei
meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes.
Eles brotarão como relva nova, como salgueiros junto a regatos.
Um dirá: “Pertenço ao Senhor”; outro chamará a si mesmo pelo nome de Jacó;
ainda outro escreverá em sua mão: “Do Senhor”, e tomará para si o nome
Israel. “
Joel 2.12-14:

‘Agora, porém’, declara o Senhor, ‘voltem-se para mim de todo o coração, com
jejum, lamento e pranto. Rasguem o coração, e não as vestes’.

Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo,


muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça.
Talvez ele volte atrás, arrependa-se, e ao passar deixe uma bênção. Assim
vocês poderão fazer ofertas de cereal e ofertas derramadas para o Senhor, o
seu Deus.
INTRODUÇÃO
1. Existe a possibilidade de hoje ouvirmos a voz de Deus. (A voz Deus é
estridente e Forte)
2. Existe de a possibilidade de Deus manifestar a nós nesta noite.
(Porque quando Deus age ninguém pode deter a sua mão).
3. “Você crê em avivamento? ”
“Por isso é que foi dito: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os
mortos e Cristo resplandecerá sobre ti”. (Efésios 5:14).

O apostolo Paulo exorta a igreja cristã a viver urgentemente um verdadeiro


despertamento, tal repreensão nos leva a entender que existe uma espécie
de “sonolência espiritual” que tende a se apoderar do povo de Deus. Vejamos
alguns exemplos de tais sonolências registradas na bíblia:

24
O sono da imprudência: A sonolência de Sansão. (Jz 16.19). “Tal sono lhe
custou a moral, honra, força e por fim a própria vida”.

O sono da indiferença: A sonolência de Jonas. (Jn 1.5). “Tal sono lhe


custou tensas tempestades e terríveis prejuízo aos que estavam em sua
companhia”.

O sono da displicência: A sonolência dos apóstolos. (Lc 22.43 – 46). “Tal


sono lhe custaram o privilégio de contemplarem uma visão celestial e
angelical”.

O sono da distração: A sonolências de Êutico. (At 20.09). “Tal sono lhe


custou uma horrível queda e consequentemente sua própria vida”.

Tais sonolências resultam diretamente da indolência humana, da falta de


atenção que tende a negligenciar a importância e seriedade do reino de
Deus. Por esse mesmo motivo, o apostolo Paulo enfaticamente nos convoca
para vivermos um autêntico despertamento espiritual.

O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL DA IGREJA É UMA PROMESSA DE


DEUS

1. É uma promessa segura de Deus


• Deus prometeu. Ele não é homem para mentir. Ele vela pela sua
palavra em a cumprir.
2. a) O sinédrio quis impedir a igreja de crescer: ameaçou, prendeu,
açoitou. Mas a igreja de Deus cresceu explosivamente.
3. b) Maria Tudor em 1553 a 1558 na Inglaterra quis acabar com a
igreja na Inglaterra, mas a igreja espalhou e depois dela surgiram os
puritanos. Henrique VIII – Eduardo 9anos

É uma promessa abundante de Deus


• Deus pode se manifestar poderosamente ainda hoje. O mesmo

25
Espírito que foi derramado no Pentecoste e está sempre conosco,
pode ser derramado outra vez poderosamente

O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL DA IGREJA É UMA NECESSIDADE


VITAL PARA OS NOSSOS DIAS
1- O maior obstáculo ao DESPERTAMENTO da igreja é o nosso pecado. Deus
diz: “Santificai-vos porque amanhã, farei maravilhas no meio de vós” (Js 3:5).

Deus ordena: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, orar, buscar a minha face, arrepender-se dos seus maus
caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei o seu pecado e sararei a
sua terra” (2 Cr 7:14).

2- O pecado da frieza – Muitos crentes estão apáticos. Crentes sem poder.


Crentes sem vida de oração. Crentes analfabetos da Palavra de Deus.

3- O pecado da omissão – Muitos crentes não têm frutos.

4- O pecado da conformação – Estão satisfeitos; não choram pelos seus


pecados. Crentes que amam o mundo. Crentes que não têm prazer nas coisas
que há no mundo.

5- O pecado da impureza – Oh! quantos deslizes, quantos fracassos,


quantas quedas, quantos escândalos!

6- O pecado da mágoa – Há muitas feridas abertas. Muitos corações


entupidos de mágoa.

O pecado deixa a igreja vazia, fraca – O reavivamento vem quando choramos


pelo pecado. Quantos sentimos tristeza segundo Deus. Quando
contemplamos a santidade de Deus: Isaías, Pedro, Paulo, os zulus.

Há crentes que passam a vida toda e jamais são despertados, estão sempre
áridos, secos: não oram, não estudam a Palavra, não ganham uma pessoa
para Cristo. São como a figueira murcha, só folhas, mas nenhum fruto.
26
Precisamos mudar, ter atitude, ser perseverante, determinado…

•Sem uma vida plena de comunhão com Deus e cheio do Espírito


Santo nosso coração fica vazio, insatisfeito.
Podemos ter projeção, influência, conhecimento. MAS NÃO OBTEMOS
RESULTADO.
• Quando o missionário presbiteriano John Hyde estava a bordo do
navio para ir para a Índia, recebeu um telegrama: “Você está cheio
do Espírito Santo?” John Nelson Hyde, missionário americano que
pregou o Evangelho na Índia 1908.
O DESPERTAMENTO DA IGREJA VIRÁ QUANDO A IGREJA TIVER SEDE DE
DEUS – v. 3
• Avivamento não é autoglorificação – O Senhor derrama chuva é
sobre os sedentos e chuva sobre a terra seca.
• Hoje muitos correm atrás de sinais – Mas avivamento é quando a
igreja tem sede de Deus e não de milagres. No avivamento as
pessoas desejam Deus mais do que as bênçãos de Deus.
• O derramamento do Espírito é para os sedentos – Salmos 42:1 “A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo”.
• Precisamos ser despertados para orar! Oh! Como a igreja precisa
sentir sede de Deus, saudade de Deus. Oh! como precisamos nos
extasiar diante da glória de Deus. Oh como precisamos sentir deleite
na adoração!
RELATO INTERESANTE
• A igreja Presbiteriana Coreana chegou na Coréia em 1887, 28 anos depois
que chegou no Brasil. Hoje eles são mais de 10 milhões de membros; 23% da
população; 75% de todos os evangélicos.

Você sabe porque? ORAÇÃO, MUITA ORAÇÃO.

O DESPERTAMENTO DA IGREJA PRODUZ RESULTADOS GLORIOSOS

1. Conversões abundantes – v. 4
27
• Quando Deus fende os céus e inflama a igreja, e põe fogo nos
gravetos secos, até lenha verde começa a arder. Os corações mais
duros se derretem.
• Em 1966 Erlo Stegen (Missão Kwasizbantu África do Sul) diz que os
feiticeiros vinham chorando, confessando seus pecados.
O mais interessante e que nesta missão nunca se assistiu a cultos de curas e
no entanto milhares de pessoas foram curadas de suas enfermidades. Nunca
houve ali cultos dedicados a libertação e no entanto milhares de pessoas
experimentaram ali liberdade de pressões e poderes demoníacas e de
ocultismo em todos os sentidos. Deus soberanamente atuou e muitas vidas
são transformadas diariamente de muitas maneiras miraculosas e
espontâneas.

• Ronaldo Lidório (Presbiteriano) entre os komkonbas (nordeste de


Gana ) disse que depois que uma criança foi curada através da
oração, não passou um dia sequer sem que pelo menos uma pessoa
fosse convertida.
Os Konkombas formam uma nação tribal que habita o nordeste de Gana,
noroeste africano, onde são faladas 8 principais idiomas subdivididos em 23
dialetos

• No Pentecoste quando Pedro se levantou para pregar, cheio do


Espírito Santo, quase três mil pessoas foram convertidas e agregadas
à igreja.
• O evangelho é o poder de Deus. É dinamite que explode a pedra mais
dura. Quando Deus age não existe caso difícil para Deus. Saulo era o
maior perseguidor da igreja; Jesus o transformou no maior apóstolo!
• Quando George Whitefield pregava, multidões se acotovelavam para
ouvi-lo e milhares de pessoas eram convertidas. (pastor anglicano,
ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha. Seu
ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana)
• Quando João Wesley pregava nas minas de carvão, só se via um filete
branco de lágrimas descendo dos rostos encarvoados.
28
• Quando Jonathan Edwards pregou, depois de orar e jejuar alguns
dias “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, 500 pessoas foram
salvas! (Jonathan Edwards foi pregador congregacional, teólogo
calvinista e missionário aos índios americanos, e é considerado um
dos maiores filósofos norte-americanos)
2. Testemunho ousado da Palavra
• Como seria maravilho vê a igreja como um exército cheio do
Espírito e testemunhar nome de Cristo em todo lugar
•Cada crente dizendo: “Eu sou do Senhor”!
CONCLUSÃO

• Estamos vendo tantos escândalos no meio evangélico: pastores e


líderes caindo.
• Estamos vendo tantas pessoas mercadejando o evangelho, vendendo
a graça de Deus.
• Estamos vendo tantas pessoas se desviando da sã doutrina.
• Estamos vendo tantas pessoas abraçando uma ortodoxia morta.
• Estamos vendo tantos crentes sendo amigos do mundo.
• Estamos vendo a sociedade transtornada, de cabeça para baixo:
corrupção, injustiça, violência. Não há esperança para a nação a não
ser que Deus sopre sobre nós o seu Espírito e levante a igreja como
voz profética.
• Precisamos de um avivamento!
É tempo de nos despertarmos para que o Senhor quando vier não nos
encontre adormecidos. “Para que, vindo de improviso, não vos ache
dormindo”. (Mc 13:36). Quando estamos de viagem marcada não podemos
dormir no ponto. Desperta igreja, levanta-te e Cristo te resplandecerá.

29
Lição 3 – O despertamento renova o altar

Anexo: INTRODUÇÃO:
PRIMEIROS ALTARES
A palavra “altar” significa “lugar de sacrifício”. Para o crente, mais do que
um lugar o altar significa uma atitude. Nosso coração deve ser um altar.
Nossa vida deve ser oferecida a Deus como sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus (Rm 12.2).

1) O ALTAR DE ABEL: UM ALTAR DE ADORAÇÃO Gn 4.4. Vivendo


tão perto dos dias da criação, Abel entendeu que o Criador devia ser
adorado. Espontaneamente, trouxe a ele a sua oferta: o melhor do seu
rebanho.
O Novo Testamento (Hb 11.4) elogia a atitude de Abel, dizendo que por
ter agido assim: a) ele deu testemunho de que era justo; b) ele nos fala
ainda hoje por seu exemplo.

2) O ALTAR DE NOÉ: UM ALTAR DE GRATIDÃO Gn 8.20. Noé


construiu duas coisas: uma arca e um altar. A primeira coisa que ele e
sua família fizeram depois do dilúvio foi erguer um altar e oferecer
sacrifícios.
O que motivou aquelas pessoas a agirem daquele modo? A gratidão!
Estavam felizes por terem sido salvas! E nós, que estamos felizes por
termos sido salvos por Cristo, não deveríamos expressar a nossa
gratidão através das nossas ofertas?

3) O ALTAR DE ABRAÃO: UM ALTAR DE FÉ Gn 12.7,8; 13.4,18;


14.20; 15.9; 21.33; 22.9. Abraão foi o grande edificador de altares da
Bíblia. Sempre que chegava a um novo lugar ou vivia uma nova
experiência, erguia altares e oferecia sacrifícios a Deus. Adorava antes
mesmo de receber, pela fé.
Abraão se destacou quando entregou os dízimos a Melquisedeque e
quase sacrificou seu filho Isaque. Ele nunca negou nada a Deus!
Entregou sempre o seu melhor!

30
4) O ALTAR DE ISAQUE: UM ALTAR DE SUPERAÇÃO Gn 26.25.
Isaque esteve sobre um altar, mas nem por isso desenvolveu trauma de
altares! Ele ergueu o seu próprio altar, seguindo o exemplo do pai. Fez
isso quando estava sendo perseguido pelos filisteus. Deus lhe concedeu
a vitória.
Não é fácil adorar e ofertar quando estamos passando por dificuldades.
Mas com Isaque aprendemos essa lição de superação.

5) O ALTAR DE JACÓ: UM ALTAR DE COMPROMISSO


Gn 28.18-22. Jacó fez um voto. Comprometeu-se a servir a Deus e a
devolver fielmente os dízimos. Como resultado, foi grandemente
abençoado, e também abençoou. Deus quer se comprometer conosco…
e se alegra quando nos comprometemos com ele!
Este é um belo pensamento de Paul Lindholm: “Junto à mesa de ofertas
de uma igreja, os membros de uma família lembram que vêm de Deus –
a vida de cada um, a saúde, a energia para o trabalho, a inteligência com
que podem fazer planos, o terreno, as plantações que nele crescem, o
lar, os amigos, seu Salvador, sua igreja – tudo, tudo! Sentem-se felizes
ao expressar a Deus reconhecimento, por ele ser o verdadeiro dono e
senhor de tudo. Com reverência e alegria, vêm oferecer os dízimos e as
ofertas de gratidão e amor, ali, na casa de Deus.”

CONCLUSÃO
Adoração, gratidão, fé, superação, compromisso… quantas coisas
expressamos quando cultuamos ao Senhor com nossos bens!
Como está o seu altar? Há sacrifício? Há entrega? Lembre-se: o que Deus
deseja em adoração é a sua própria vida!

Texto Áureo

“Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se


chegou a ele. E reparou o altar do Senhor, que estava quebrado” (1 Rs
18.30).

Verdade Prática

Satanás jamais derrotará o crente cujo altar é constantemente renovado


pelo Espírito.

31
LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 8.20 – O altar na vida de Noé

Terça – Gn 22.9 – O altar na vida de Abraão

Quarta – Is 8.30 – O altar na vida de Josué

Quinta – Js 8.30 – O altar na vida de Gideão

Sexta – 1 Cr 21.26 O altar na vida de Davi

Sábado – Hb 13.10-15 – O altar na vida da Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ed 3.2-5, 10-13

Ed 3.2 – E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os


sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos, e edificaram o
altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está
escrito na lei de Moisés, o homem de Deus.

3 – E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o terror estava sobre


eles, por causa dos povos das terras, e ofereceram sobre ele holocaustos
ao Senhor, holocaustos de manhã e de tarde.

4 – E celebraram a festa dos tabernáculos como está escrito; ofereceram


holocaustos de dia em dia, por ordem, conforme ao rito, cada coisa no seu
dia.

5 – E depois disto o holocausto contínuo, e os das luas novas e de todas


as solenidades consagradas ao Senhor, como também de qualquer que
oferecia oferta voluntária ao Senhor.

10 – Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do templo do


Senhor, então apresentaram-se os sacerdotes, já revestidos e com
trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao
Senhor, conforme à instituição de Davi, rei de Israel.

11 – E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao Senhor: porque é


bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o
32
povo jubilou com grande júbilo, quando louvaram ao Senhor, pela
fundação da casa do Senhor.

12 – Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos pais, já velhos,


que viram a primeira casa, sobre o seu fundamento, vendo perante os seus
olhos esta casa, choraram em altas vozes; mas muitos levantaram as
vozes com júbilo e com alegria.

13 – De maneira que discernia o povo as vozes de alegria das vozes do


choro do povo; porque o povo jubilou com tão grande júbilo que as vozes
se ouviam de mui longe.

Hinos Sugeridos: 17,107, 147 da Harpa Cristã

OBJETIVOS DESTA LIÇÃO:

I – Elucidar aos alunos o significado do altar para o Antigo Pacto:

II – Entender que Cristo é o centro da nossa comunhão com Deus;

III – Comprovar que nem todos os despertamentos de hoje têm as


características mencionadas de um verdadeiro despertamento.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A reconquista da terra de Israel não foi tarefa fácil. Além da incompreensão


dos povos vizinhos, os líderes judaicos enfrentaram a descrença do povo.
Como agir numa hora tão difícil? Confiando nas providências de Deus,
erguendo um altar oferecendo-lhe sacrifícios de acordo com que prescreve
a Lei de Moisés. Dessa forma, mostram aos adversários que o Senhor
ainda luta pelo seu povo. Por que temer?

Às vezes, encontramo-nos nas mesmas condições. Há dificuldades por


todos os lados, avizinham-se tribulações e as angústias estão sempre
presentes. No entanto, quando erguemos o nosso altar, o Senhor começa
a operarem nosso meio. É hora de levantar o altar!

33
INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos meditar sobre um fato que caracteriza o verdadeiro o


despertamento. Trata-se da necessidade que os homens passam a
sentir de se chegarem mais perto do altar de Deus, a fim de estarem
cada vez mais perto de Deus.

PONTO CENTRAL

Cristo é o centro da nossa comunhão com Deus.

I. O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR

1. Os judeus sentiam a necessidade do acesso a Deus que o altar


lhes proporciona.

O propósito que traziam no coração, ao retornar do cativeiro, precisava ser


muito firme, porque estavam rodeados de inimigos cruéis. A Bíblia diz: “O
terror estava sobre eles por causa dos povos da terra” (Ed 3.3). Por isso
mesmo, o povo sentia que precisava do acesso a Deus, através do altar.
“Este será o holocausto contínuo… perante o Senhor, onde vos
encontrarei, para falar contigo ali” (Êx 29.43). Estas bênçãos os judeus
agora almejam através do altar.

2. Todos os despertamentos genuínos começam com a restauração


do altar.

Temos na Bíblia vários exemplos disto. Vejamos:

a. No tempo do profeta Elias, nos dias do rei Acabe.

Ver o texto em 1 Rs 18.16-40. No confronto com os profetas de Baal, a


primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar que estava quebrado. (Rs
18.30). Depois sacrificou sobre ele, e orou a Deus. O fogo desceu e o povo
exclamou: “Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus!” O despertamento
decorreu do conserto do altar.

b. Quando o piedoso rei Ezequias assumiu o trono de Judá, já no


primeiro ano do seu reinado ele abriu as portas da casa do Senhor e as
separou (2 Cr 29.3). Mandou purificar o templo, tirar fora toda a imundícia,
purificar o altar do holocausto que havia sido substituído no reinado de seu
34
antecessor Acaz, por um altar construído com modelo copiado de
Damasco (2 Rs 16.10-12). Quando então os sacerdotes sacrificavam
sobre o altar santificado, começou um novo cântico na casa de Deus (2 Cr
29.27-28). O despertamento levou à separação do altar.

c. Quando os judeus voltaram do cativeiro, construíram o altar sobre as


suas antigas bases, do modo como manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram
holocaustos ao Senhor. A alegria foi grande entre os judeus, pois podiam
de novo sacrificar a Deus, e celebrar a festa dos tabernáculos. O culto a
Deus havia recomeçado (Ed 3.4,5).

SÍNTESE DO TÓPICO I

Todos os despertamentos genuínos começam com a restauração do altar,


por isso os judeus sentiam a necessidade de ter acesso a Deus através
de um altar restaurado.

SUBSÍDIO CULTURAL

O que é o altar?

Do hebraico ‘mizbeach’: ‘sulhan’: e do grego ‘thysiasterion’ (de ‘thysia’,


sacrificio): e aindo do latim ‘altare, altaria’ (semelhante a ‘adoleo’ queimar).
Quase todas as pessoas dessa geração têm um conceito berrado do
verdadeiro altar no sentido genérico e prático que motivou sua existência.
Todos julgam, geralmente, que um altar genuíno é a parte de um templo,
de uma catedral, de uma mesquita ou de uma sinagoga. Muitos, sem
dúvida, vão surpreender-se quando lhe mostrarmos como a Bíblia define
o significa do altar verdadeiro e sua função.

O altar, de acordo com as Escrituras, era um lugar construído para nele se


oferecerem sacrifícios e holocaustos de animais. Era um testemunho
perpétuo, um favor; sentia-se nele a manifestação divina, significava a
presença de Deus, santificava as ofertas, e era o lugar onde se realizava
a comunhão dos fiéis com o Senhor. Por tais razões o altar era respeitado”
(CONDE, Emilio. Tesouro de Conhecimento Bíblicos. 2° ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1983, pp. 45-46).

35
II. CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS.

No tempo do Velho Testamento o altar era o ponto central do culto a Deus


No tempo do Novo Testamento o sacrifício de Jesus no Gólgota é o grande
acontecimento, para o qual o altar apontava profeticamente. Paulo
escreveu à igreja em Corinto: “Principalmente vós entreguei o que
também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1 Co 15.3).

Escreveu ainda: “Nada me propus entre vós, senão Jesus Cristo e


esse crucificado” (1 Co 2.2). “Todas as coisas subsistem por ele” (Cl
1.17). “Para que em tudo (Jesus) tenha a preeminência” (Cl 1.18).
“Para vós os do altar. que credes, é preciosa a pedra principal da
esquina” (1 Pe 2.7). Tudo isto porque Jesus, pela sua morte expiatória,
ganhou a redenção para todo o mundo (Ef 1.7; 2.13-16; Rm 3.23-25;
5.9,10; 1 Pe 1.18,19).

1. Toda a Trindade atuou ativamente na morte expiatória de Jesus:

a. O PAI CELESTIAL. Antes da fundação do mundo o Pai planejou a


obra redentora, com o sacrifício de seu Filho (Ef 3.6-9). “Na consumação
dos séculos enviou o seu Filho” (Gl 4.4; Jo 3.16). O Pai participou
diretamente do drama do Gólgota (2 Co 5.19).

b. CRISTO, O FILHO DE DEUS. Entregou-se a si mesmo em oferta e


sacrifício (Ef 5.2; Hb 9.14). Ele levou os nossos pecados sobre o madeiro
(1 Pe 2.24) e padeceu para levar-nos a Deus (1 Pe 3.18).

c. O ESPÍRITO SANTO. Ajudou o Filho a vencer todos os obstáculos que


altar santificado, se levantaram contra Ele, até chegar à cruz. Foi pelo
Espírito Eterno que Jesus se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus (Hb
9.14).

2. O Espírito Santo quer, pelo despertamento, mostrar aos homens


a grande vitória de Jesus no Gólgota. O Espírito Santo quer iluminar o
entendimento dos homens para esta grande realidade: “Depois de
serdes iluminados suportastes grande combate de aflições” (Hb
10.32).

a. O Espírito REVELA (Ef 1.17), iluminando os olhos do nosso


entendimento para que saibamos a grandeza de seu poder sobre nós que
manifestou em Cristo ressuscitando-o dos mortos (Ef 1.19,20). O Espírito

36
Santo revelou a Pedro que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt
16.16,17).

b. O Espírito ENSINA as profundidades do vitupério da cruz. Quando


Jesus, na estrada de Emaús, explicava aos seus discípulos o que as
Escrituras escreveram sobre a sua morte, os corações deles ardiam (Lc
24.32,45).

c. O Espírito EXPLICA o verdadeiro significado da morte de Jesus na


cruz, sobre o infinito alcance do brado: “Está consumado!” (Jo 19.30).
Deus confirmou esta palavra de seu Filho, fazendo rasgar o véu de alto a
baixo (Mt 27.51) mostrando ao Universo que um novo e vivo caminho havia
sido consagrado pelo véu, isto é, pela carne de Jesus (Hb 10.19,20). Por
meio desta vitória os principados e potestades satânicos foram
despojados, e Jesus triunfou deles em si mesmo (CI 2.15). Por isto temos
nele a vitória (1 Co 15.57; 2Co 2.14; Rm 8.37). Pela fé em Jesus Cristo,
podemos vencer o mundo (1 Jo 5.4,5).

Por causa do brado “Está consumado!”, a justiça de Cristo agora é


oferecida gratuitamente àqueles que crerem em Jesus (2 Co 5.21; Is
53.11; Gl 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25).

d. O Espírito PENETRA todas as coisas (1 Co 2.10). A luz da glória de


Cristo, revelada na cruz, é uma luz que tudo manifesta (Ef 5.13). Quando
esta luz ilumina o painel da nossa consciência, como aconteceu com o
profeta Isaías (Is 6.5-7), sentimos o grande peso dos nossos pecados, e,
pelo Espírito Santo, somos despertados e levados ao arrependimento.

SÍNTESE DO TÓPICO II

No NT Cristo tornou-se o centro da nossa comunhão com Deus através de


sua morte expiatória, trazendo redenção a todos os homens. Não temos
mais o altar como nosso ponto central de culto a Deus como no AT.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Sob a lei mosaica a expiação pelo pecado era conseguida através da


morte de uma vítima sacrificial. O derramamento de seu sangue era a
evidência de sua morte. “Porque a vida da carne está no sangue. Eu
vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma,
37
porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida [da
vítima]’ (Lv 17.11). A expiação bíblica tem uma forma clara, e esta
reconciliação específica é efetuada pela morte de Jesus Cristo em sua
encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão. Portanto, esta expiação
em particular deve ser entendida em termos de sua base e realidade
específicas, ao invés ser compreendida em termos do conceito geral.

O conceito bíblico. Tanto no AT como no NT, a necessidade de


reconciliação é colocada pela decisão misericordiosa, sábia e onipotente
de Deus, de satisfazer sua santidade e sua justiça, além de cumprir seu
propósito a favor do homem pecador, culpado, alienado e impotente. O
homem, em seu pecado, está obviamente em uma condição inapropriada
para a comunhão com Deus, e um destino eterno junto dele. No entanto,
o homem não é capaz de absolver a si mesmo da culpa, nem de se libertar
da transgressão. Os sacrifícios do AT certamente não foram criados como
um meio de auto expiação humana. Eles apontavam para a expiação
oferecida pelo Senhor Jesus Cristo. Para o cumprimento do propósito
divino no homem, existe a necessidade de um sacrifício substitutivo como
a base do perdão, da liberação e da restituição” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p.749).

III. CUIDADO COM AS IMITAÇÕES

Alguns dizem que nem todos os despertamentos de hoje têm as


características que são mencionadas nesta lição. Concordamos
plenamente. Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que
realmente “tinham uma aparência de sabedoria, em devoção
voluntária, humilde e em disciplina do corpo, mas não são de valor
algum, senão para a satisfação da carne” (Cl 2.23).

Também em nossos dias aparecem movimentos “que são imitações


baratas do verdadeiro despertamento. Muitos destes movimentos
empregam técnicas avançadas de dominações psicológicas.

Estes “avivalistas” ou “especialistas” sabem com suas técnicas dominar o


auditório, e podem fazer o público rir, chorar, jubilar, pular, bater palmas,
etc. Sabem até imitar o batismo como Espírito Santo, “ensinando” o povo
a falar em línguas! São, porém, experiências sem nenhum poder e sem a
menor reverência.
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Uma de nossas igrejas sentiu-se obrigada a orientar os irmãos acerca de
o verdadeiro um movimento que faz de suas reuniões “Shows” com
apresentações de cantores “evangélicos.” Nesses “Shows” dominam
aplausos, vaias, gritos, assobios, bebidas alcoólicas, jovens dançando e
se requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos” estão
sendo entoados. Cuidado! Este tipo de imitação pode fazer com que a
glória de Deus se afaste.

Todo movimento feito sem que o Espírito Santo esteja na direção, não
pode prosperar. E como uma tartaruga deitada de costas; movimenta os
pés, mas fica no mesmo lugar.

Mantenhamos o Espírito Santo na direção. (SD) Então veremos cumprir


se a palavra que diz: “Vão indo de força em força” (SI 84.7). Glória a Jesus.

SÍNTESE DO TÓPICO III

O estudo sistemático da Bíblia é necessário para identificar os movimentos


que não tem as características do verdadeiro despertamento espiritual.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O arrependimento expressa uma grande transformação no interior do


homem, gerando nele remorso e tristeza pelo mal que praticou, levando-o
a pedir perdão a Deus e implorando força para viver uma nova vida.
Arrependimento e conversão constituem uma só experiência, porém
exprimem dois lados dela (cf. At 3.19).

[…] O Espírito Santo opera o arrependimento, aplicando-o à obra de Cristo


na vida do homem, convencendo-o do pecado, da justiça de Cristo e do
juízo vindouro (Jo 16.8,9). O arrependimento também resulta da pregação
da Palavra de Deus (Mt 12.41). Quando Deus manifesta-se aos homens,
estes sentem-se humilhados, quebrantados e prontos a se arrependerem
(Jó 42.5,6)” (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013, p.168).

39
PARA REFLETIR

A respeito de “O Despertamento Renova o Altar”, RESPONDA:

1 – O que caracteriza o verdadeiro despertamento?

A necessidade dos homens se aproximarem mais de Deus.

2 – Como começam os despertamentos espirituais genuínos?

Começam com a restauração do altar.

3 – Em relação ao altar, o que representa Cristo hoje para nós?

Representa o ponto central de nossa comunhão com Deus.

4 – Qual a atuação do Espírito Santo na morte vicária de Cristo?

O Espírito Santo ajudou o Senhor Jesus a superar todos os obstáculos


para que a sua obra vicária se completasse no Gólgota.

5 – Por que devemos tomar cuidado com os falsos despertamentos?

Porque comprometem o desenvolvimento sadio da obra de Deus.

40
ANEXO 1

Restaurando altar da minha vida


1 Reis 17:1 e 18:17-39
* A palavra restauração significa reparo, conserto, recomposição de algo.
* Elias estava vivendo tempos difíceis, o povo de Israel estava vivendo um
tempo difícil, havia apostasia, e o templo de Deus já não importava mais.
O altar de Deus estava em ruínas.
* Mas, fazendo um paralelo com o nosso tempo, parece que as coisas
continuam do mesmo jeito, os pecados são os mesmos, e muitas vezes o
altar de Deus na nossa vida também está em ruínas.
* O que significa o altar de Deus na minha vida? Santidade, presença de
Deus, fé, vida de Deus.
* O Senhor, antes de ser traído, orou ao Pai por seus discípulos, dizendo:
“para que todos sejam um; como Tu, ó Pai, o és em mim, e Eu em Ti; que
também Eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu me
enviaste”. (João 17:21). Assim como o Pai e Jesus são um, nós agora
somos um em Jesus e no Pai, e refletimos o caráter do Filho e do Pai.
* Como é importante entender que estamos vivendo tempos cruciais, nos
quais devemos agir com firmeza e plena convicção do chamado que Deus
nos deu.
* No mundo espiritual as forças da maldade estão lutando de uma maneira
desesperada para controlar a vida das pessoas. Mas, da mesma maneira
como aconteceu na época de Elias, Deus está levantando servos que
restaurem Seu altar, para trazer de volta uma genuína adoração a Ele e
para que tomem a decisão de tirar todos os deuses alheios de suas vidas,
determinados a servir um Deus Santo.

41
Para restaurar o altar de Deus precisamos:

I. Falar a palavra de Deus (1Reis 17:1b)


- Elias não estava falando por si mesmo, mas falava as palavras de Deus.
- Cada um de nós é como um profeta e nossas palavras são como
profecias. Todas as palavras quando saem dos nossos lábios se
transformam em uma semente. Cada palavra que você pronuncia será seu
alimento.
- O que hoje você semeia por suas palavras é o fruto que deverá comer
amanhã.
- Elias era um homem que conhecia profundamente o poder das palavras.
Também sabia que Deus o havia chamado para restaurar o altar que
estava sendo profanado na sua nação, mas primeiro ele tinha que
restaurar o altar na vida dele.
- Deus levantou Elias de uma maneira sobrenatural para enfrentar o rei
que governava Israel e para que caísse dos olhos do seu povo o véu e que
pudessem reconhecer que o deus conhecido como Baal não era o Deus
verdadeiro, mas um simples ídolo.

II. Restaurar o altar de Deus em nosso Coração (1Reis 18.18)


- Apontar o Pecado, denunciar.
- Israel tinha outro senhor que não era o Deus de Israel. Jezabel havia
mandado matar todos os Seus profetas, exaltando os falsos, os bruxos e
adivinhos.
- A idolatria é um pecado abominável aos olhos de Deus. Ele sempre exige
exclusividade; não admite que O adorem juntamente com outros deuses.
- Algumas pessoas permitem que seu coração se encha de egoísmo,
soberba, orgulho, e como resultado seu coração fica dividido. Por um lado,
ouvem a voz de Deus, mas próxima a ela está a voz do inimigo, trazendo
um conflito interior.

42
- Vamos ao culto no domingo, saímos cheios de fé, mas no outro dia
quando nos deparamos com a realidade do dia a dia, parece que a fé
acabou.
- Que Deus é esse que estamos servindo?
- Será que é a Deus mesmo que estamos servindo? Precisamos aplicar a
palavra de Deus ao nosso coração. Ainda que o Senhor nos fale
claramente o que devemos fazer, em seguida vem a voz do adversário e
enche nossa mente de mentiras e argumentos, para nos afastar do
propósito divino.

III. Restaurar o altar de Deus em nossa mente ( 1Reis 18:21)


- Elias teve que confrontar o povo, dizendo: “Até quando coxeareis entre
dois pensamentos?” você não pode servir a dois pensamentos. Não pode
no domingo pensar em Deus e no resto da semana ser escravo de seus
desejos carnais. Devemos encher a mente com a palavra de Deus.

IV. No momento da Restauração é necessário termos atitude correta


(1Reis 18.30)
- Chegar-se, ajuntar-se para o encontro com Deus.
- Tenha disposição. Não importa se você não foi quem destruiu o altar.
“Falar do altar quebrado sem fazer nada te torna hipócrita” (Pr. Elizeu
Rodrigues)
- A restauração precisa ser pública.
* Elementos para a RESTAURAÇÃO DO ALTAR:
- 12 PEDRAS (nº das tribos de Israel): comunhão, união, aliança entre o
povo de Deus, entre os irmãos. (Aliança, Mordomia, Autogoverno)
- VALETA: semeadura da palavra de Deus (Semear e Colher)
- LENHA: nossa vida carnal (Individualidade, Caráter)
- NOVILHO: Cristo o centro da adoração, o sacrifício de Jesus, Adoração,
Louvor (Soberania)
- ÁGUA: Cristo nos limpa através da sua palavra (Soberania)
43
V. Restaurar o altar de Deus com a oferta correta (1 Reis 18:33)
- Elias sabia que se apresentasse a oferta correta, Deus a receberia
enviando o fogo do Seu Espírito para consumi-la.
- Que oferta estamos colocando no altar da nossa adoração? (Rm 12.1).
- Deus deseja ver nossas vidas de obediência como sacrifício no altar. Isto
significa que devemos colocar nossa vontade em harmonia com o desejo
do coração de Deus.
- Muitos dos que dizem servir a Deus, na realidade não estão fazendo o
que o Senhor determina, mas oferecendo suas vidas apenas de lábios. e
não com seus atos.
- Quantas pessoas estão brincando de servir ao Senhor? Um dia cada um
de nós vai estar frente a frente com Deus.
- Vamos dar conta de cada ato que fizemos nesta terra. Precisamos viver
aquilo que pregamos.
- Quantas vezes ouvimos uma palavra de Deus, recebemos cura,
libertação pra servir a Deus, mas quando somos confrontados em colocar
a palavra em prática nos acovardamos.
- A vida de Abraão é um dos maiores exemplos de obediência e entrega.
Ele era muito feliz com seu filho Isaque. A promessa que desejara por anos
havia se cumprido, mas quando Deus lhe pediu que o sacrificasse em seu
altar, ele não hesitou nem por um instante.
- Elias sabia que Deus consumiria seu sacrifício, por isso Lhe pediu que
enviasse fogo do céu sobre ele. Os profetas de Baal quiseram fazer o
mesmo, mas não deu resultado, não caiu fogo e nem qualquer outra
manifestação porque Baal não era Deus. Quando o profeta orou, caiu fogo
do céu e consumiu o sacrifício.
- Isto nos ensina que quando unimos nossa mente aos pensamentos de
Deus, Seu fogo virá, tomara nossa vida e acenderá uma chama que arderá
e que vai trazer a salvação as pessoas que estão ao nosso redor.

44
Conclusão
- Restaurar significa pôr em ordem nossa própria vida.
- O seu corpo é o templo do Espírito Santo e você deve entender que a
sua vida não pode ser um caos.
- Ao receber Jesus, sua vida deixou de pertencer a você mesmo e agora
ela é de Deus.
- Talvez você tenha permitido em sua vida coisas que não agradam a Deus
e hoje mesmo deve fazer correções para colocá-la em ordem.
- Restaure completamente o altar de Deus, mas também restaure seu
relacionamento com Deus.
Cuidado: com a manipulação do culto, deixa Deus ascender o fogo!

45
ANEXO 2

O que é o Altar?
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
-Tema: CONSAGRAÇÃO

Salmos 84.3 “O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si,


onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos
Exércitos, Rei meu e Deus meu!”

-Introdução: Vivemos um tempo secularizado em que os altares das


igrejas se parecem mais com palcos de shows do que lugar de adoração.
Devido a esta preocupação, precisamos entender qual é o propósito do
altar que temos em nossos templos.
O primeiro altar foi erguido por Noé (Gênesis 8.20) em gratidão a Deus
pela salvação de sua família. A bíblia diz que “e o altar será santíssimo;
tudo o que o tocar será santo” (Êxodo 29.37). Também sabemos que o
Altar é um lugar de sacrifício (Levítico 4.24) e de perdão (Levítico 4.35).
No Antigo Testamento havia diversos tipos de altar:
-de terra (Êxodo 20.24) para um sacrifício momentâneo visto que eram
nômades;
-de pedras (Êxodo 20.25) para consagrar um local para sempre ao
Senhor;
-de madeira (Êxodo 27.1) para ser carregado por onde forem pelo
deserto;
-de bronze banhado (Êxodo 38.1-2) para suportar o fogo e perdurar;
-de ouro (Êxodo 39.38) para ministrar as orações permanentemente
diante do Senhor.
Houve um período na história do povo de Deus que os reis de Israel
pecaram contra o Senhor e edificaram altares para si, mas estes não
eram o verdadeiro Altar do Senhor e precisaram ser derrubados (II Reis
23.12) assim como todo altar que não fosse para o Senhor
(Deuteronômio 7.15).

46
Como deve ser o Altar de Deus?
Vamos refletir mais sobre o Altar baseando nos questionamentos do
profeta Malaquias:

1- O Altar é um LUGAR
Malaquias 1.7 “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda
perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa
do SENHOR é desprezível”
O profeta Malaquias questiona porque o povo profanava o altar oferecendo
pão imundo, ou seja, entregando ofertas indesejáveis ao Senhor e
desprezando o lugar santo. Isso ainda acontece quando as pessoas fazem
do altar um lugar comum onde se apresentam de maneira imprópria e com
o tempo começam não sentir mais alegria no Altar do Senhor.
O altar é um local, contudo deve ser um lugar santificado e “ungirás
também o altar do holocausto e todos os seus utensílios e consagrarás o
altar; e o altar se tornará santíssimo” (Êxodo 40.10). Todas as igrejas
devem tomar este cuidado de consagrar a Deus o altar de seu templo e
reverenciar este lugar de adoração.
Não podemos usar um lugar consagrado a Deus para dar glória aos
homens (João 5.41). No Antigo Testamento, para subir ao altar era preciso
reverência com vestes apropriadas “nem subirás por degrau ao meu altar,
para que a tua nudez não seja ali exposta” (Êxodo 20.26). Hoje estamos
no tempo da Graça e dispensação do Espírito Santo, mas não podemos
deixar de respeitar o lugar de adoração.
Você tem colocado sua vida no altar do Senhor?
Se o altar é um lugar, então é lá que devemos estar!

2- O Altar é uma POSIÇÃO


Malaquias 1.10 “Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para
que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer
em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a
oferta”
Malaquias também lamenta que estavam oferecendo fogo em vão no altar
do Senhor e deseja que as portas fossem fechadas para que isso não
acontecesse mais. Afirma que o Senhor Deus não tem alegria em receber

47
sacrifícios falsos e não aceita um culto religioso apenas sem sentido
espiritual.
O altar, além de ser um lugar de adoração é uma posição, ou seja, uma
postura que precisa ser tomada pelo adorador. Para estar no lugar de
adoração é preciso ser um adorador.
Estar diante do Altar da igreja exige muito respeito e temor porque “o
nosso Deus é fogo consumidor” (Hebreus 12.29) e “tudo, porém, seja feito
com decência e ordem” (I Coríntios 14.40). Embora hoje estejamos no
tempo da graça e temos alegria e liberdade pelo Espírito Santo, não
podemos negligenciar a seriedade do altar do Senhor.
Quando a pessoa se apresenta diante de certo público se comporta de
acordo com o ambiente. Por exemplo, num cinema, teatro, escola ou
campo de futebol. Cada lugar exige o comportamento adequado. Do
mesmo modo quando alguém está no altar de Deus, deve se portar
conforme é digno.
Qual a sua postura quando está diante do Altar?
Saiba que é preciso ter reverência diante do Altar do Senhor!

3- O altar é a VIDA
Malaquias 2.13 “Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas,
de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a
aceita com prazer da vossa mão”
Malaquias repreende o povo porque ofereciam ofertas no altar e não
tinham prazer ao entregar seu sacrifício. A tristeza do povo não era de
arrependimento dos seus pecados.
O Altar é a vida de cada cristão porque “o corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós” (I Coríntios 6.19). Então a pessoa que confessa
a Jesus deve viver uma vida diante do Altar do Senhor em seu coração.
Spurgeon aconselhava seus alunos no seminário a nunca se descuidarem
da prática da oração como parte integrante na vida do Ministro da Palavra.
Declarou que o pregador precisa se distinguir acima de todas as demais
pessoas como um homem de oração. "Ele ora como um cristão comum,
ou de outra forma seria um hipócrita. Ora mais que os cristãos comuns ou
de outra forma estaria desqualificado para o cargo que assumiu"1.

48
Cada crente deve ter consciência de viver no Altar do Senhor, colocando-
se em oração constante diante de Deus (I Tessalonicenses 5.17) sabendo
que Jesus morreu pelos seus pecados e que o Espírito Santo intercede
por nós.
Nossas vidas devem ser oferecidas a Deus “como sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus que o vosso culto racional” (Romanos 12.1) ao negar-
se a si mesmo e tomar sua cruz como Jesus ordenou (Lucas 9.23). Em
Apocalipse o altar é o lugar onde repousam as almas dos mártires
(Apocalipse 6.9) que se sacrificaram por amor a Deus.
Sua vida é um altar para Deus?
Coloque-se em consagração como um altar vivo para o Senhor!

Sua vida deve ser um ALTAR!


CONCLUSÃO
Salmos 43.4 “Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande
alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu”
Se o Altar é um lugar santo, devemos respeitar e buscar estar sempre
neste lugar procurando nos entregar a Deus. Se o Altar é uma posição,
então devemos nos colocar em forma de adorador para viver em
conformidade. Mas acima de tudo o altar deve ser a vida de cada cristão
consagrando-se como templo do Espírito Santo de Deus.
Hoje Deus não usa mais altares passageiros, feitos de terra, nem altares
de pedra que podem ser destruídos ou de madeira para ser carregado,
mas Deus quer usar nossas vidas para manifestar sua presença.
Paulo certa vez esteve em um templo pagão e viu diversos altares e soube
diferenciar todos eles até encontrar um altar diferente onde estava
escrito “ao Deus desconhecido” (Atos 17.23). O apóstolo Paulo discerniu
aquele altar e estrategicamente pregou para o povo declarando que o
Deus a quem serve é maior que tudo e todos, criou o universo e nos salvou
por um sacrifício verdadeiro de seu Filho Jesus Cristo que morreu na cruz
para nos salvar.
Você tem discernimento no altar?DI
Reconheça o Altar como Santo, posicione-se corretamente e viva no
Altar de Deus!

49
Lição 04: A construção do Templo enfrentou oposição

TEXTO ÁUREO
Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque
o coração do povo se inclinava a trabalhar. Neemias 4.6.

VERDADE PRÁTICA
Se confiarmos verdadeiramente em Deus, venceremos todas as
resistências do Maligno.

LEITURA DIÁRIA
o Segunda — Ne 4.1-5 A oração que vence a resistência
o Terça — Ne 4.6 O trabalho que vence a resistência
o Quarta — Ne 4.9 A vigilância que vence a resistência
o Quinta — Ne 4.14 A bravura que vence a resistência
o Sexta — Ne 4.15-18 A precaução que vence a resistência
o Sábado — Ne 4.18,19 A união que vence a resistência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Esdras 4.7,9,11-13,15,16,21-24.
7 — E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate, Tabeel e os
outros da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava
escrita em caracteres aramaicos e na língua siríaca.
9 — Então, escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros
da sua companhia: dinaítas e afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas,
babilônios, susanquitas, deavitas, elamitas
11 — Este, pois, é o teor da carta que ao rei Artaxerxes lhe mandaram:
Teus servos, os homens daquém do rio e em tal tempo.

50
12 — Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a
Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando
os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
13 — Agora, saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se
restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e as rendas; e assim
se danificará a fazenda dos reis.
15 — para que se busque no livro das crônicas de teus pais, e, então,
acharás no livro das crônicas e saberás que aquela foi uma cidade rebelde
e danosa aos reis e províncias e que nela houve rebelião em tempos
antigos; pelo que foi aquela cidade destruída.
16 — Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar
e os seus muros se restaurarem, desta maneira não terás porção alguma
desta banda do rio.
21 — Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, a fim de
que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim.
22 — E guardai-vos de cometerdes erro nisso; por que cresceria o dano
para prejuízo dos reis?
23 — Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes se leu perante
Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram
eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força de braço e com
violência.
24 — Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém,
e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.
HINOS SUGERIDOS: Harpa Cristã: 107, 215, 375
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a nossa confiança em Deus nos faz vencer as resistências do
Maligno.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar como se deu o lançamento dos alicerces do Templo;
II. Saber que os samaritanos se opuseram à construção do Templo;
III. Explicar a falta de resistência dos judeus;
IV. Discorrer a respeito da reação dos samaritanos quando os judeus
cessaram a obra.
51
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo estudaremos um
momento especial na vida do povo de Deus após o exílio, a reedificação
do Templo, um lugar de adoração e comunhão com o Todo-Poderoso. O
altar, centro do culto judaico, já tinha sido restaurado, havia sacrifício e
expiação pelo pecado sendo oferecidos ao Senhor. Como “reino
sacerdotal e povo santo”, o povo devia oferecer sacrifícios a Deus. Porém,
o Templo precisa ser restaurado e a restauração deveria ser vista como
uma prioridade para eles. Então, os que haviam voltado do cativeiro
lançaram os alicerces do Templo. “Todavia, o povo da terra debilitava as
mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar” (Ed 4.4). Zorobabel,
juntamente com o povo, além de trabalhar arduamente na construção,
tiveram que enfrentar inimigos externos e internos. Homens que se
infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar e
impedir a reconstrução. Porém, os judeus sobre a liderança de Zorobabel
não se deixaram intimidar pelos adversários. Sempre que desejamos
empreender algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam,
mas quando confiamos no Todo-Poderoso inteiramente, recebemos forças
e coragem para lutar. Talvez, você esteja enfrentando algumas lutas,
porém não desanime. Não olhe para os inimigos e não dê atenção as suas
críticas, mas continue a olhar firmemente para Jesus e seja um vencedor.

INTRODUÇÃO
O altar havia sido restaurado, a Festa dos Tabernáculos celebrada, e o
holocausto contínuo estava sendo oferecido cada dia, conforme o rito (Ed
3.2-4). A vida espiritual dos judeus que haviam retornado do cativeiro
seguia o que estava prescrito na Lei de Moisés. Somente esperavam o
momento de iniciar a reedificação do Templo.

PONTO CENTRAL
Devemos manter a confiança em Deus, apesar das circunstâncias.

I. OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS


Depois que os materiais para a construção do Templo chegaram, segundo
a concessão feita pelo rei Ciro da Pérsia, Zorobabel e os que haviam

52
voltado do cativeiro lançaram os alicerces do templo (Ed 3.8). Todos
apresentavam muita animação para o trabalho.

1. O lançamento dos alicerces foi celebrado com uma solenidade.


“[…] Os sacerdotes, já paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos
de Asafe, com saltérios, para louvarem ao SENHOR, conforme a
instituição de Davi, rei de Israel” (Ed 3.10).
Todos os que assistiram o lançamento dos alicerces expressaram seus
sentimentos com tão grande júbilo, que as suas vozes se ouviam de mui
longe (Ed 3.12,13).

2. A reedificação do Templo.
A reedificação do templo foi resultado do despertamento que veio através
de Ciro, rei da Pérsia (Ed 1.1,2). Convém lembrar que o despertamento
pentecostal, que chegou ao Brasil em 1910, trouxe consigo uma
verdadeira renovação da doutrina da Igreja de Deus, que pode ser
simbolizada pelo templo de Deus (1Co 3.16). A Igreja de Deus é um
MISTÉRIO (Ef 5.32), que não pode ser compreendido pelo homem natural
(1Co 2.14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente).

a) O Espírito Santo quer salientar que JESUS em pessoa quer edificar


a sua Igreja (Mt 16.18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela ), e Ele o
faz conforme a Palavra de Deus.

b) O Espírito Santo quer gerar um sentimento de reverência pela igreja


do Senhor, que é a morada de Deus (Ef 2.22 No qual também vós juntamente
sois edificados para morada de Deus em Espírito ). Veja também: Êxodo 3.5; Salmos
89.7; Eclesiastes 5.1.

c) O Espírito Santo quer adestrar a Igreja porque ela é o instrumento da


ação de Deus aqui na terra (Ef 3.10). Deus tem um trabalho para cada
servo seu na grande obra de evangelização do mundo (Mc 13.34).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os alicerces do Templo são erguidos e o povo celebra o lançamento com
uma reunião solene.
53
SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Não foi antes da primavera, o segundo mês (abril/maio) do segundo ano
da sua volta, que os judeus, sob o comando de Zorobabel, começaram a
tarefa de reconstruir o Templo. Nesse ínterim, houve muita coisa a ser
feita. Era necessário contratar pedreiros carpinteiros; as pedras deveriam
ser cortadas e a madeira obtida nas colinas do Líbano. Esta era a mesma
fonte da qual Salomão obteve a matéria-prima para o primeiro Templo (2Cr
2.8,9). Parte do dinheiro necessário para isto conseguiu-se graças à
concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia. Devido à santidade da
tarefa, os levitas foram designados para supervisionar os trabalhadores.
Jesua, ou Josué, era o sumo sacerdote (cf. 2.2; 3.2; Zc 3.1-10). Com a
colocação das últimas pedras do alicerce, realizou-se uma elaborada
cerimônia. Os sacerdotes e os levitas, vestidos adequadamente, tocaram
suas trombetas e seus címbalos, e os corais entoaram em duas vozes o
Salmo 136. E o povo jubilou com grande júbilo, louvando ao Senhor pelo
que Ele tinha ajudado a realizar” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2.
RJ: CPAD, 2014, p.493).

II. OS SAMARITANOS OPÕEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO


1. Entre os moradores da terra estavam os samaritanos. Quando
Nabucodonosor levou o reino de Judá cativo para Babilônia, os
samaritanos passaram a morar na terra. Estes eram descendentes de uma
mistura de gente que o rei da Assíria tinha deslocado para as cidades da
Samaria, depois de ele ter levado as dez tribos do Reino do Norte em
cativeiro para a Assíria (2Rs 17.23). Eram pagãos que haviam sido
ensinados acerca do Deus de Israel. Assim, os samaritanos continuavam
servindo a seus deuses, mas também temiam o Senhor (2Rs 17.23-33).
2. Os samaritanos tentam frustrar a construção do Templo (Ed 4.4,5).
A maldade dos samaritanos levou-os a enviar uma carta ao rei da Pérsia
contendo acusações mentirosas contra os judeus (Ed 4.12,13). O rei que
recebeu aquela carta não conhecia bem o assunto, e mandou parar a obra
(Ed 4.21).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os samaritanos, que estavam entre os moradores da terra, se opõem à
construção do Templo.

54
SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Ao ouvir que Jerusalém era reconstruída e o Templo restaurado, os
samaritanos e outros povos das redondezas perturbaram-se. Eles temiam
que, se permitisse que os judeus se estabelecessem em Jerusalém,
representariam uma ameaça à sua segurança e ao seu poder.
Traiçoeiramente, pediram a Zorobabel e Jesua que deixassem que eles
ajudassem a reconstruir o Templo, alegando que eles, como os judeus,
adoravam o Deus verdadeiro. Quando foram rejeitados, como
naturalmente devem ter suposto que seriam eles imediatamente
começaram a atrapalhar os judeus de todas as formas possíveis.
Alugaram contra eles conselheiros e aparentemente deram uma
impressão enganosa sobre os judeus ao rei da Pérsia. Em todo caso, os
trabalhos de construção foram interrompidos e não foram reiniciados até
quinze anos mais tarde, durante o reinado de Dario.
Muitos estudiosos pensam que a interrupção dos trabalhos de
reconstrução do Templo é um simples exemplo de falta de fé por parte
daqueles que estavam encarregados da obra. Eles tiveram a autorização
de Ciro, a autoridade e a bênção de Deus no início do empreendimento.
Eles, como Neemias, deveriam ter continuado firmes no trabalho apesar
da oposição, e Deus certamente teria tornado possível a conclusão do
trabalho, conforme haviam planejado. Com base em Ageu 1.4, parece que
durante esse período de estagnação os judeus se voltaram para a
construção e a decoração de suas próprias casas” (Comentário Bíblico
Beacon. Volume 2. RJ: CPAD, 2014, p.494).

III. COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?


1. Os judeus deveriam ter ido ao rei da Pérsia para assegurar a
construção.
Uma ordem dada por uma autoridade superior não pode ser invalidada por
uma autoridade inferior. A ordem de construir o Templo tinha sido dada
pelo Deus do céu, através do rei Ciro, a maior autoridade da época, que
assinara o decreto da construção do Templo.
2. Os judeus deveriam ter recorrido a Deus.
Toda história dos judeus é rica de exemplos de como Deus ajudou seu
povo em tempos difíceis. A própria vinda dos judeus para Jerusalém era
uma clara demonstração de que Deus estava neste negócio.
55
Vejamos alguns exemplos da história dos judeus, quando foram ajudados
pelo Senhor:
a) Nos dias do rei Ezequias, Judá foi cercado pelo exército do rei da
Assíria que ameaçava fazer com Judá o que já havia feito com o reino
de Israel: levá-los em cativeiro. Nesta hora de perigo, o rei Ezequias
buscou o Senhor e foi ouvido, pois um anjo feriu o arraial dos assírios,
destruindo cento e oitenta e cinco mil soldados (2Rs 19.30; 2Cr
32.21-22).
b) Nos dias do rei Jeosafá, ameaçados pelos amonitas e pelos
moabitas, os habitantes de Judá foram convocados pelo rei para
pedirem socorro ao Senhor. Ver o texto em 2 Crônicas 20.1-24. Deus
guerreou por eles, e sem terem que lutar, os inimigos foram
desbaratados.
Os muitos exemplos da ajuda de Deus no passado deveriam ter inspirado
os líderes do povo à resistência a esta maldade dos inimigos dos judeus.

3. O motivo da falta de resistência dos judeus era de ordem espiritual:


a. ZOROBABEL, o chefe político do povo judeu, até então, tinha confiado
em sua própria força (Zc 4.6). Quando as suas próprias forças se
esgotaram, não teve mais condições de resistir, sentindo-se inteiramente
desarmado diante do inimigo.
b. JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder religioso do povo, estava com suas
vestes manchadas (Zc 3.3). Este fato tirou dele toda a autoridade
espiritual. Diante do problema causado pelos inimigos, ele não tinha fé
para buscar da ajuda de Deus, do Todo-poderoso, uma vez que o mistério
da fé é guardado em uma pura consciência (1Tm 3.9).

SÍNTESE DO TÓPICO (III)


Os judeus não resistiram à oposição dos inimigos e param a reconstrução
do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito (Zc 4.6).

56
Embora esta mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a
todos os crentes (cf. 2Tm 3.16). Nem o poderio militar, nem o político, nem
as forças humanas poderão efetivar a obra de Deus. Só conseguiremos
fazer a sua obra se formos capacitados pelo Espírito Santo. Jesus iniciou
o seu ministério no poder do Espírito (Lc 4.1,18). E a igreja foi revestida
pelo poder do Espírito Santo no dia de Pentecoste para cumprir a grande
comissão (At 1.18). Somente se o Espírito governar e capacitar a nossa
vida, é que poderemos cumprir a vontade de Deus. É por isso que Jesus
batiza seus seguidores no Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
RJ: CPAD, p.717).

IV. A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS


CESSARAM A OBRA
1. A tristeza dos judeus.
O povo em geral tinha, desde o início da construção, acompanhado o
trabalho com simpatia. Os judeus trabalhavam com muito entusiasmo e
com muita união. O povo tinha ouvido falar de que o Deus do céu estava
do lado dos judeus, ajudando-os. E agora? Onde estava seu Deus?

2. A alegria dos samaritanos.


Os inimigos dos judeus regozijavam-se grandemente. Certamente os
conselheiros foram parabenizados pela “sábia e competente ação”. Porém
o gozo de ímpios é de pouca duração!
a) O gozo dos filisteus, que haviam prendido Sansão, terminou em
tragédia (Jz 16.25-31).
b) A alegria dos sacerdotes, que alugaram Judas para trair Jesus, foi de
curta duração.
c) Com a ressurreição de Jesus, seus problemas se agravaram (Mt
28.11-15).

3. O desânimo dos judeus.


Os judeus, que tinham voltado do cativeiro para construir o Templo,
sentiram-se humilhados e tristes. Mas, passado algum tempo,
acomodaram-se com a situação e não lutaram pela continuação da
construção do Templo. Deixaram-se dominar pelo desânimo. O desânimo
57
é uma das mais eficazes armas usadas por Satanás, contra os crentes.
Lutemos contra o desânimo, em nome de Jesus!
a) Alguns conformaram-se, pensando que talvez ainda não era a
vontade de Deus construir o Templo (Ag 1.2).
b) Outros aproveitaram a interrupção da obra para dedicar-se as suas
próprias casas (Ag 1.9). Outros chegaram a faltar com as suas
obrigações espirituais. deixando de contribuir para a casa de Deus
(Ag 1.6).
c) Talvez alguns judeus sinceros estivessem tristes, e buscassem a
Deus em oração, pedindo solução para a dificuldade, de modo que o
Templo pudesse continuar a ser construído.

SÍNTESE DO TÓPICO (IV)


A oposição dos inimigos fez com que os judeus abandonassem a
reconstrução do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Os samaritanos
No período do Antigo Testamento, este era um termo que se referia aos
residentes da cidade ou da província de Samaria (2Rs 17.29). Algumas
desavenças entre os residentes da Palestina média e do sul eram
evidentes no período dos juízes, mas os sentimentos foram intensificados
com a formação do reino do norte de Israel sob Jeroboão I.
De uma forma geral, os residentes de Israel e os cananeus praticavam
uma mistura racial, social e religiosa.
Os descendentes dessa população mista desejaram ajudar Zorobabel na
construção do Templo, afirmando que adoravam ao mesmo Deus. Mas,
quando tiveram seu pedido negado, eles se opuseram a construção.
Depois que Neemias começou a reconstruir os muros de Jerusalém, este
servo do Senhor sofreu forte oposição por Sambalate, Gesém e Tobias.
Sambalate era governador de Samaria” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2010, p.1748).

58
PARA REFLETIR
A respeito de “A Construção do Templo Enfrentou Oposição”, responda:
1. Como foi feito o lançamento dos alicerces do Templo?
Com solenidade.

2. De que forma podemos considerar a reedificação do Templo?


Como um resultado do reavivamento que moveu o coração do rei Ciro.

3. Que povo vizinho a Israel tentou frustrar a construção do Templo?


Os samaritanos.

4. Por que os judeus deveriam procurar o rei da Pérsia?


Para assegurar a construção do Templo.

5. Por que os judeus deveriam ter recorrido a Deus?


Porque Deus era quem os estava dirigindo naquele negócio.

59
Lição 05: Zorobabel recomeça a construção do Templo

TEXTO ÁUREO
Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano de Dario, veio a
palavra do SENHOR pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: […] Ponde,
pois, eu vos rogo, […] desde o dia em que se fundou o templo do
SENHOR, ponde o vosso coração nestas coisas. Ageu 2.10,18.

VERDADE PRÁTICA
Sob o poder de Deus, a Igreja torna-se imbatível no cumprimento das
tarefas que Cristo lhe entregou.

LEITURA DIÁRIA
o Segunda — Ed 5.1,2 O poder da palavra profética
o Terça — Ed 5.5 O poder de Deus sobre os anciãos
o Quarta — Ed 5.13-17 O poder de Deus sobre o rei Dario
o Quinta — Ed 6.14 O poder de Deus traz prosperidade
o Sexta — Ag 2.4 O poder de Deus sobre o ministério
o Sábado — Ag 2.7-9 O poder de Deus sobre os recursos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Esdras 5.1,2
1 — E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos
judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel
lhes profetizaram.
2 — Então, se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de
Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de Deus, que está em
Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.

60
Ageu 1. 1,12
1 — No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês,
veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel,
filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, dizendo:
12 — Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de
Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do SENHOR,
seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu Deus, o
tinha enviado; e temeu o povo diante do SENHOR.

Zacarias 4. 6-10
6 — E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a
Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu
Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.
7 — Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma
campina; porque ele trará a primeira pedra com aclamações: Graça, graça
a ela.
8 — E a palavra do SENHOR veio de novo a mim, dizendo:
9 — As mãos de Zorobabel têm fundado esta casa, também as suas mãos
a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos me enviou a
vós.10 — Porque quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esse
se alegrará, vendo o prumo na mão de Zorobabel; são os sete olhos do
SENHOR, que discorrem por toda a terra.

HINOS SUGERIDOS: Harpa Cristã: 77, 434, 440

OBJETIVO GERAL: Compreender como se deu a reconstrução do


Templo sobre a liderança de Zorobabel.

61
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo os objetivos específicos referem-se
ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar como Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para incentivar
o povo a reconstruir o Templo;
II. Saber que o ministério profético é uma prova da manifestação de Deus;
III. Explicar o ministério profético à luz da Bíblia.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Prezado(a) professor(a), na lição anterior (lição 4) vimos que o povo de
Deus havia dado início à obra de reconstrução do Templo. Eles fizeram
um culto de adoração ao Senhor quando as últimas pedras do alicerce
foram fincadas. Mas, logo os samaritanos e outros povos da redondeza se
levantaram para impedi-los de reconstruírem o Templo e estabelecerem
Jerusalém. Eles se sentiram ameaçados, por isso armaram
traiçoeiramente emboscadas contra o povo de Deus, atrapalhando assim
a obra. Segundo o Comentário Bíblico Beacon eles “alugaram
conselheiros e aparentemente deram uma impressão enganosa sobre os
judeus ao rei da Pérsia”.
Parecia que o Templo jamais iria ser reconstruído novamente. O povo
estava sem fé, sem coragem e sem esperança. Ficava evidente que
somente Deus poderia ajudá-los. Então, o Senhor usou os profetas Ageu
e Zacarias para incentivar e exortar o seu povo a concluírem a sua Casa
e depois de uns 18 anos, aproximadamente, a reconstrução do Templo foi
concluída.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos como Deus, depois de a construção do Templo
ter ficado parada por 15 anos, enviou socorro através do ministério de dois
profetas, Ageu e Zacarias.
PONTO CENTRAL: Os profetas que Deus levanta são necessários para
a sua obra.

62
I. DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS
1. Deus levantou dois profetas.
Primeiro veio Ageu (Ag 1.1), e depois levantou-se Zacarias (Zc 4.1,6). Não
vieram atendendo convite de líderes de Jerusalém, mas o Deus dos céus
os enviou. Chegaram de surpresa em Jerusalém, e ali entraram em
contato com os dois líderes, e também com o povo judeu (Ed 5.1).
Vejamos:
a. ZOROBABEL, o líder político, recebeu uma mensagem pessoal. Deus,
conhecedor da insuficiência espiritual de Zorobabel, e sabendo que este
não tinha mais nenhum vigor para tentar modificar a situação imposta
pelos inimigos, deu-lhe uma maravilhosa mensagem de encorajamento. A
mensagem de Deus veio sob a forma de uma visão que Zacarias havia
recebido. Deus lhe mostrara um castiçal com sete lâmpadas, símbolo da
obra de Deus. O óleo que as lâmpadas precisavam tinha que fluir através
de canos ligados a um vaso de azeite que ficava acima. O vaso de azeite,
por sua vez, estava em contato com duas oliveiras (Zc 4.1-4,13). E o
recado de Deus para Zorobabel foi: “Não por força, e nem por violência,
mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). As
dificuldades, que pareciam “montes grandes” diante de Zorobabel, seriam
como uma campina, uma planície (Zc 4.7). Deus ainda garantiu a
Zorobabel que as mãos dele acabariam a construção do templo (Zc 4.9).
b. JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder espiritual do povo, recebeu também
uma mensagem pessoal. Observamos, na lição passada, que ele estava
com vestidos sujos. A mensagem de Deus para ele foi de perdão e de
restauração. Deus lhe disse que havia feito passar dele toda a sua
iniquidade, e que havia ordenado que fosse vestido de vestes novas (Zc
3.4), e que se pusesse sobre a sua cabeça uma mitra limpa (Zc 3.4,5).
c. O POVO recebeu também uma mensagem de Deus. O profeta Ageu
mostrou ao povo que os prejuízos materiais, que haviam sofrido, eram
consequência da omissão frente ao dever que tinham com a Casa do
Senhor (Ag 1.6,9). Ageu falou-lhes do prejuízo que sofre o homem que
busca somente a sua prosperidade material, e deixa a casa de Deus
deserta (Ag 1.4). O profeta deu ao povo uma ordem estimulante: “Subi o
monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e eu serei
glorificado” (Ag 1.8).
63
2. O resultado da mensagem dos profetas.
O poder de Deus se manifestou através da mensagem destes homens de
Deus. Assim, os dois líderes criaram coragem; e o povo, também, foi
renovado pelo impacto da mensagem. Então Zorobabel ordenou que todos
imediatamente voltassem à construção, “e começaram a edificar a casa”
(Ed 5.2). Os profetas de Deus ficaram com eles, ajudando os líderes do
povo na direção do trabalho.
Quando os inimigos vieram a eles perguntando quem havia dado ordem
para edificar a casa, responderam que a ordem havia sido dada pelo
próprio rei Ciro. Os olhos do Senhor estavam sobre o seu povo e sobre a
reconstrução do Templo, e os inimigos não puderam impedir a obra até
que fosse dado conhecimento dos fatos ao rei Dario, que agora reinava
sobre todo o Império Persa (Ed 5.5). O rei Dario mandou que os seus
escrivães verificassem o referido édito de Ciro e se ele havia dado ordem
para a construção da Casa do Senhor em Jerusalém. Feita a verificação
nos registos dos éditos dos reis da Pérsia, foi encontrada a ordem dada
por Ciro, e, assim, o rei Dario confirmou a permissão para a reconstrução
do templo.

3. O impulso espiritual dado pelos profetas continuou dominando os


construtores até à conclusão da construção.
Os profetas Ageu e Zacarias continuavam dando a sua cooperação.
“Prosperando pela profecia do profeta Ageu e de Zacarias, filho de Ido; e
edificaram a casa e a aperfeiçoaram conforme o mandado do Deus de
Israel, e conforme o mandado de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da
Pérsia” (Ed 6.14).
“E acabou-se esta casa” (Ed 6.15). Que grande bênção! O despertamento
dado por Deus ao rei Ciro propagou-se e agora, com a ajuda dos profetas,
foi renovado e levado a resultado glorioso. Toda honra e glória sejam
somente ao Senhor!

SÍNTESE DO TÓPICO (I): Os profetas Ageu e Zacarias são levantados


pelo Senhor para incentivar e exortar o povo a retornar à reconstrução do
Templo.
64
SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“O reinício e conclusão da construção do Templo só foi possível graças
aos ministérios proféticos de Ageu e Zacarias. Suas profecias incluíram:
(1) Ordens diretas de Deus (Ag 1.8); (2) Advertências e repreensão (Ag
1.9-11); (3) Exortação (Ag 2.4); e (4) Alento mediante a promessa de
bênçãos futuras. A Palavra de Deus através de Jeremias pusera em
marcha o início da reconstrução do templo; da mesma forma, agora, a
Palavra do Senhor através de Ageu e Zacarias impulsionava a conclusão
da obra (Ed 6.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.716).

II. O MINISTÉRIO PROFÉTICO, UMA PROVA DA MANIFESTAÇÃO DE


DEUS
Uma inesperada operação sobrenatural, por parte de Deus, solucionou o
grave problema da reconstrução do templo.
1. Manifestações sobrenaturais no Antigo Testamento.
Há muitos exemplos no Antigo Testamento. Vamos mencionar apenas
dois:
a. MOISÉS, o grande líder que Deus levantou para libertar seu povo da
escravidão do Egito, recebeu de Deus um preparo sobrenatural, o que lhe
deu muita autoridade espiritual. Com a sua vara fazia grandes maravilhas
(Êx 4.17).
b. ELIAS, o profeta de Deus, foi revestido de autoridade sobrenatural, para
ajudar Israel, que havia sido levado à idolatria pelas suas lideranças
políticas, em particular pelo ímpio Acabe, rei de Israel nos dias de Elias.
Pôde, assim, realizar grandes milagres: fez com que não chovesse sobre
a terra por três anos e meio, além de outros. O ponto alto de seu ministério
foi o confronto com os profetas de Baal no monte Carmelo. Nesta ocasião,
a manifestação sobrenatural do poder de Deus fez o povo clamar: “Só o
Senhor é Deus!” (1Rs 18.39).

2. Manifestações sobrenaturais no Novo Testamento.


Quando o Espírito foi derramado em sua plenitude, os dons espirituais
começaram a entrar em ação, e passaram a ser a própria preparação
65
divina para o ministério (1Co 12.4-6). Os apóstolos eram revestidos
desses dons, meio divino para a conversão de muitas almas. O apóstolo
Paulo, enriquecido por Deus com muitos dons, escreveu para o
evangelista Timóteo, representante da segunda geração, uma mensagem
de exortação: “Não desprezes o dom que há em ti” (1Tm 4.14). Pouco
antes de ser martirizado, Paulo voltou a escrever a Timóteo: “Despertes o
dom de Deus, que existe em ti […]” (2Tm 1.6).
Paulo recomenda: “Procurai com zelo os melhores dons” (1Co 12.31) e
“Procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”
(1Co 14.1).

SÍNTESE DO TÓPICO (II): O ministério profético é uma prova da


manifestação de Deus.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Profecia
No Antigo Testamento, um oráculo profético ou mensagem a ser
transmitida ao povo era entendida como um ‘peso’ (em hebraico massa )
sobre a alma do profeta até que ele pudesse pronunciá-lo (Pv 30.1 e 31.1,
cf. Is 13.1; Hc 1.1: Zc 9.1). Também foi usada a palavra n’bu’a , relacionada
com nabi , ‘profeta’ (2Cr 9.29; 15.8; Ed 6.14; Ne 6.7). O termo no Novo
Testamento é a palavra grega propheteia , que pode se referir-se a um
atividade profética ou a ‘profetizar’ (Ap 11.6), ao dom de profecia ou a
profetizar (Rm 12.6; 1Co 12.10), e a declarações proféticas (Mt 13.14; 1Ts
5.20).
Os profetas foram os primeiros de todos os prenunciadores e porta-voz de
Deus. Moisés, o maior de todos os profetas deveria receber a palavra
diretamente de Deus e transmiti-la a Arão, que era seu porta-voz. Como
Moisés deveria ser o ‘deus’ do Faraó, o ministério de Arão demonstra
perfeitamente o ministério do porta-voz. Todos aqueles que agem na
função de proclamar a Palavra de Deus são seus porta-vozes. É nesse
sentido que o crente no Novo Testamento pode profetizar, quando está
diretamente habilitado pelo Espírito Santo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2010, p.1599).
66
III. O MINISTÉRIO DE PROFETA À LUZ DA BÍBLIA
O profeta exerce a função ministerial, determinada por Deus. “Ninguém
toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus” (Hb 5.4).

1. O profeta na dispensação do Antigo Testamento.


O profeta, além de transmitir a mensagem de Deus para o povo, era
consultado pelo povo acerca de assuntos espirituais e até mesmo acerca
de assuntos materiais.
Exemplos:
a) Em Ezequiel 20.2, os anciãos vieram a Ezequiel para que este
consultasse o Senhor por eles; Deus, por meio de Ezequiel, lhes
respondeu que por causa das suas abominações eles não
receberiam respostas.
b) Em 1 Samuel 9.6,7, o profeta Samuel foi consultado acerca das
jumentas do pai de Saul que se haviam perdido.
c) Em 1 Reis 14.2,3 está registrada uma consulta sobre um doente, se
ele levantaria ou não, e o profeta respondeu da parte de Deus (1Rs
14.4-7).
d) Moisés transmitia aos anciões o que Deus lhe falava (Êx 19.7,8).
Vemos que no Antigo Testamento o profeta era uma espécie de mediador
entre Deus e o povo.

2. O profeta na dispensação do Novo Testamento.


Entre os dons espirituais está o dom de profetizar (1Co 12.10). Estaria
entre as consequências do derramamento do Espírito Santo que
aconteceria nos últimos dias (At 2.17).
Ter alguém o dom de profecia não significa que seja profeta. O termo
profeta designa quem tem o ministério de profeta. Este ministério de
profeta é um ministério da Palavra, para o qual o ministro recebeu de Deus
uma preparação especial do Espírito profético. Lemos em Atos 21.8,9 que
Filipe tinha quatro filhas que profetizavam, e que depois de alguns dias
veio a sua casa UM PROFETA, Ágabo (At 21.10). Existe, porém, uma
diferença importante entre o ministério de profeta no Antigo e no Novo
67
Testamento. No Antigo os profetas eram consultados pelo povo, e
transmitiam-lhe a resposta de Deus. Mas a Bíblia diz: “A Lei e os Profetas
duraram até João, e desde então é anunciado o Reino de Deus” (Lc 16.16).
No Pacto, na Nova Aliança, temos Jesus como o ÚNICO MEDIADOR (1Tm
2.5).
É importante notar que no Novo Testamento não há um único exemplo de
alguém consultando um profeta. No Novo Pacto todos temos acesso a
Deus por Jesus Cristo (Ef 2.18). Jesus é o único mediador (1Tm 2.5). É,
portanto, um erro doutrinário quando alguém, que possui o dom de
profecia, procura usá-lo para responder a consultas de qualquer natureza,
como casamento, viagens, compra de imóveis etc. Fica neste caso falando
sozinho, porque Deus diz: “NÃO MANDEI OS PROFETAS; TODAVIA,
ELES FORAM CORRENDO, NÃO LHES FALEI A ELES; TODAVIA, ELES
PROFETIZARAM” (Jr 23.21).
É fundamental que os obreiros ensinem à igreja acerca do uso correto dos
dons, inclusive o de profecia.

SÍNTESE DO TÓPICO (III): Os profetas exercem uma função ministerial


determinada pelo Todo-Poderoso.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
1. Proclamação direta.
O profeta proclamava, em linguagem direta e simples, a mensagem que
Deus lhe havia dado. Ela era comunicada ‘boca a boca’, como no caso de
Moisés, ou através de uma visão ou sonho. Mas a mensagem sempre lhe
era concedida através de uma inspiração divina direta, para que os
profetas continuassem a escrever ‘Assim diz o Senhor’.
2. Linguagem figurada.
Como regra geral, as profecias do Antigo Testamento são claras e diretas,
embora algumas certamente sejam propositadamente figuradas. As
principais. As principais razões seriam: (a) Para transmitir de modo mais
efetivo e expressivo algum fato ou verdade (cf. Is 66.12,13; Am 9.13), e (b)
para revelar o conhecimento de eventos futuros, de tal forma que não
68
pudesse ser imaginado pelo descrente, por um lado, e, por outro, para que
só pudesse ser entendido pelo crente depois de um estudo cuidadoso.
Deus não lança pérolas aos porcos.
Entretanto, geralmente as figuras de retóricas são prontamente entendidas
quando examinadas sob o contexto da cultura do Antigo Testamento”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.1600,1601).

PARA REFLETIR
A respeito de “Zorobabel Recomeça a Construção do Templo”, responda:
1. Por quanto tempo esteve paralisada a construção do Templo?
Quinze anos.
2. Que profetas o Senhor levantou para animar os judeus na reconstrução
do Templo?
Ageu e Zacarias.
3. Como atuava o profeta do Antigo Testamento?
No Antigo Testamento, o profeta além de transmitir a mensagem de Deus
para o povo, era consultado pelo povo acerca de assuntos espirituais e até
mesmo acerca de assuntos materiais.
4. Como atuava o profeta do Novo Testamento?
Exercia o ministério da Palavra, para o qual o ministro recebeu de Deus
uma preparação especial do Espírito profético.
5. Por que, hoje, não necessitamos mais consultar os profetas?
Porque possuímos a Palavra de Deus, que é a nossa única regra de fé e
conduta.

69
Lição 06: Neemias reconstrói os muros de Jerusalém

TEXTO ÁUREO
Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou
destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e
às tuas portas, louvor. Isaías 60.18.

VERDADE PRÁTICA
Somente despertados, podemos vencer qualquer obstáculo para
realizarmos a obra de Deus.

LEITURA DIÁRIA
o Segunda — 1Rs 6.1-38 Salomão, desperto, constrói o Templo
o Terça — Gn 14.18-20 Abraão, desperto, entregou o dízimo
o Quarta — Jo 4.1-42 O despertamento dos samaritanos
o Quinta — At 16.25,31 Um despertamento à meia-noite
o Sexta — At 13.1-14 Um despertamento missionário
o Sábado — Mt 25.6 O despertamento final

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Neemias 1.1-4
1 — As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de
quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2 — que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e
perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e
acerca de Jerusalém.
3 — E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro,
lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de
Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.

70
4 — E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e
lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos
céus.
Neemias 2.1-9
1 — Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes,
que estava posto vinho diante dele, e eu tomei o vinho e o dei ao rei; porém
nunca, antes, estivera triste diante dele.
2 — E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente?
Não é isso senão tristeza de coração. Então, temi muito em grande
maneira
3 — e disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu
rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e
tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
4 — E o rei me disse: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus
5 —E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua
presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus
pais, para que eu a edifique.
6 — Então, o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto
durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me,
apontando-lhe eu um certo tempo.
7 — Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, deem-se-me cartas para os
governadores dalém do rio, para que me deem passagem até que chegue
a Judá;
8 — como também uma carta para Asafe, guarda do jardim do rei, para
que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, e para o muro
da cidade, e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu,
segundo a boa mão de Deus sobre mim.
9 — Então vim aos governadores dalém do rio, e dei-lhes as cartas do rei.
E o rei tinha enviado comigo chefes do exército e cavaleiros.

HINOS SUGERIDOS: Harpa Cristã: 77, 434, 440

71
OBJETIVO GERAL
Mostrar que foi Deus quem despertou em Neemias o desejo de restaurar
os muros de Jerusalém.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir
em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus
respectivos subtópicos.
I. Mostrar como Deus respondeu às orações de Neemias;
II. Saber como foi a ida e a chegada de Neemias a Jerusalém;
III. Explicar como Neemias iniciou a reconstrução dos muros;
IV. Compreender que o levantamento dos muros provocou grande
oposição;
V. Apontar como foi a inauguração solene dos muros;
VI. Conscientizar a respeito dos ensinos que a construção dos muros traz.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Prezado(a) professo(a), nesta lição estudaremos a respeito da
reconstrução dos muros de Jerusalém. Veremos que Neemias foi
escolhido pelo Senhor como líder para esta grandiosa obra.
Neemias era um homem íntegro que dependia inteiramente de Deus e da
sua Palavra. Além de trabalhar arduamente na construção dos muros e
portas, ele teve que enfrentar inimigos externos e internos. Homens que
se infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar
e impedir a reforma da cidade. Porém, Neemias não se deixou intimidar
pelos adversários. Aprendemos com o exemplo de vida deste servo de
Deus que todas as vezes que desejamos empreender algo em favor do
povo de Deus, os adversários se levantam, mas quando confiamos no
Todo-Poderoso inteiramente, recebemos forças e coragem para lutar.
Deus colocou em suas mãos um importante obra: ensinar sua Palavra.
Então, não desista diante dos desafios, dos inimigos e das dificuldades.

72
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos como os muros de Jerusalém foram levantados,
e como Deus levantou o homem certo para executar esta obra. A obra era
de Deus, o qual, como dono da obra, providenciou tudo que era necessário
para a sua realização, desde a autorização do rei para o envio de Neemias,
até os recursos para custear a construção.

I. DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES DE NEEMIAS


1. Deus envia emissário a Neemias.
Deus enviou emissário para informar Neemias acerca da situação reinante
em Jerusalém. Esta pessoa foi Hanani, irmão de Neemias (Ne 1.2). Hanani
contou como os judeus, que haviam retornado a Judá após o cativeiro,
estavam em grande miséria. Muros fendidos, e portas queimadas a fogo,
eram símbolos de miséria e de desprezo, e faziam dos moradores da
cidade vítimas fáceis de assaltantes (Ne 1.3).

2. Neemias, angustiado, jejua e ora.


Deus despertou em Neemias uma profunda angústia pela situação de seu
povo, que morava em Judá. Neemias começou a jejuar e a orar. A oração
inicial de Neemias está registrada em Neemias 1.5-11. Iniciou seu período
de oração no mês de quisleu (dezembro), e Deus, que ouve as orações,
fez a resposta chegar no mês de nisã (março) (Ne 2.1).

3. Deus responde às orações de Neemias.


Como resposta às orações de Neemias, Deus despertou o rei para assumir
a responsabilidade do empreendimento. Neemias era copeiro do rei. Certo
dia ele apresentou-se diante do rei com semblante triste. Interrogado
acerca do motivo de sua tristeza, Neemias relatou a situação da cidade de
Jerusalém e de seu povo que ali vivia (Ne 2.2-3). Por inspiração de Deus,
o rei perguntou a Neemias: “Que me pedes agora?” (Ne 2.4). Neemias
orou ao Deus do céu para que pudesse responder ao rei dentro da direção
de Deus. Em um momento, Neemias teve sua chamada para ir a

73
Jerusalém confirmada, e respondeu ao rei: “Peço-te que me envies a Judá,
à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique” (Ne 2.5).

4. Deus despertou o rei a atender o pedido de Neemias.


Neemias recebeu carta do rei dirigida aos governadores da região e ainda
uma carta com ordem para que o necessário para a construção fosse dado
a Neemias. Tudo segundo a boa mão de Deus sobre Neemias (Ne 2.8).
Deus é verdadeiramente o Deus daquilo que é impossível aos homens.

SÍNTESE DO TÓPICO (I): Temos um Deus que ouve e responde às


nossas orações.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Deus trabalha por intermédio de seu povo para realizar até mesmo tarefas
consideradas humanamente impossíveis. Ele costuma moldar as pessoas
com características de personalidade, experiências e treinamento de
modo a prepará-las para o seu ministério, e essas pessoas não costumam
sequer ter ideia do que Deus tem reservado para elas. Deus preparou e
posicionou Neemias para realizar uma dessas tarefas ‘impossíveis’ da
Bíblia. Neemias era um homem comum em uma posição especial. Ele
estava seguro na condição de bem-sucedido copeiro do rei Artaxerxes, da
Pérsia. Neemias possuía pouco poder, mas grande influência.
Setenta anos antes, Zorobabel havia planejado a reconstrução do Templo
de Deus. Treze anos haviam se passado desde o retorno de Esdras a
Jerusalém, que havia ajudado o povo em suas necessidades espirituais.
Agora Neemias era necessário.
Do início ao fim Neemias orou pedindo a ajuda de Deus. Ele nunca hesitou
em pedir que Deus se lembrasse dele, encerrando sua autobiografia com
as seguintes palavras: ‘Lembra-te de mim, Deus meu, para o bem’.
Durante a ‘impossível’ tarefa, Neemias demonstrou uma capacidade de
liderança incomum. Os muros ao redor de Jerusalém foram reconstruídos
em tempo recorde, a despeito da resistência e da oposição dos inimigos.
Até mesmo os inimigos de Israel admitiram, de má vontade e com temor,
74
que Deus estava com esses construtores. Não apenas isto, mas Deus
trabalhou através de Neemias para realizar um despertamento espiritual
entre o povo judeu.
Talvez você não tenha as habilidades específicas de Neemias ou até
mesmo pense que está em uma posição onde nada pode fazer para Deus;
mas existem duas formas através das quais você pode ser útil ao Senhor.
Primeiro, seja uma pessoa que fala com Deus. Permita que Ele entre em
sua vida e compartilhe-a com Ele — suas preocupações, seus sentimentos
e seus sonhos. Segundo, seja uma pessoa que anda com Deus. Coloque
em prática aquilo que você aprende nas Escrituras Sagradas. Deus pode
ter uma missão ‘impossível’ para realizar através de sua vida” (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, p.670).

II. NEEMIAS CHEGA A JERUSALÉM (Ne 2.7-11)


1. Neemias faz levantamento da real situação dos muros.
Saiu à noite na companhia de poucos homens, sem dizer a ninguém qual
era seu objetivo em Jerusalém (Ne 2.12-16).

2. Neemias declara sua intenção de reedificar os muros.


Tendo-se inteirado da verdadeira situação dos muros de Jerusalém,
Neemias convocou os judeus, os nobres, os magistrados e todos os que
faziam a obra, a juntos reedificarem os muros, para que não mais
estivessem em opróbrio, declarando-lhes como a mão de Deus lhe fora
favorável, como também as palavras do rei. Então disseram todos:
“Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem”
(Ne 2.17-18).

SÍNTESE DO TÓPICO (II)


Com a bênção de Deus e a permissão do rei, Neemias chegou até a cidade
de Jerusalém.

75
SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Embora Neemias tivesse chegado como governador, com plena
autoridade do Império Persa, não fez nada durante três dias e nem contou
a ninguém os planos que Deus lhe confiara. Sem dúvida, ele estava
esperando em Deus, ao invés de precipitar-se, confiando na sua própria
capacidade. Passou, então a fazer uma inspeção cautelosa e cuidadosa
nos danos causados nos muros pelos samaritanos e, por certo, calcular
as despesas. É muito importante observar que, em vez de criticar os
judeus pelos seus problemas e tristezas, ele queria ver esses problemas
como eles viam. Daí, ele nada fala, enquanto não compreendesse a
situação segundo a sua perspectiva, sentindo o que eles sentiam” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, p.731).

III. NEEMIAS INICIA O LEVANTAMENTO DOS MUROS


1. O plano de Neemias.
Ver capítulo 3. Neemias dividiu a tarefa de construção em partes, tendo
cada parte uma porta. Simultaneamente, lado a lado, haveria pessoas
encarregadas de levantar o muro ao longo de toda a sua extensão, muitas
delas edificando o pedaço do muro que ficava em frente à sua própria
casa. Havia também grupos encarregados de levar entulho, trazer material
etc. O coração do povo se inclinou a trabalhar (Ne 4.6). E logo já era
possível notar que os muros cresciam e as roturas começavam a ser
tapadas (Ne 4.7).

2. A tática de Neemias.
A tática de Neemias de engajar todos os judeus na obra de edificação do
muro é um exemplo muito importante a ser seguido pelas igrejas em seu
trabalho de evangelização. Neemias tinha um plano que aproveitava todos
os que quisessem trabalhar, designando a cada um a sua função. Assim
também o pastor da igreja deve, na direção do Espírito Santo, orientar os
crentes a entregarem-se a Deus para realizarem a obra do Senhor.
Trabalhar para o Senhor enche o coração dos crentes de grande alegria.

76
3. A união dos judeus ficou ameaçada.
Apesar da boa organização, a união necessária para a realização daquela
grande obra estava ameaçada. Surgiu um problema entre os pobres e os
ricos. Neemias tomou conhecimento do problema e sabiamente o
resolveu, e a obra prosseguiu. Este tópico será retomado na lição número
8.

SÍNTESE DO TÓPICO (III): Neemias, cheio de fé e coragem inicia o


levantamento dos muros.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Neemias convocou uma assembleia com os líderes judeus. Ele lhes
contou como Deus o tinha convocado para realizar essa missão, e como
o Senhor tinha agido sobre o rei para que o ajudasse, não apenas ao dar-
lhes a autoridade como governador, mas também ao tornar disponíveis a
ele os materiais necessários para realizar o trabalho. Este fervoroso apelo
recebeu uma resposta rápida. Impressionados com o zelo de Neemias, os
líderes judeus responderam imediatamente. Levantemo-nos e
edifiquemos. Assim, foi preparado o cenário para um notável feito a ser
realizado” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2. RJ: CPAD, 2014,
pp.514,515).

IV. O LEVANTAMENTO DOS MUROS PROVOCOU GRANDE


OPOSIÇÃO
1. Iniciada a edificação dos muros, Sambalate e Tobias indignaram-se
grandemente, e usaram várias estratégias para fazerem parar a obra.
Todavia, Neemias e seus liderados, ajudados pelo Senhor, conseguiram
vencer todos os obstáculos que se levantaram, e trabalharam sem cessar
até à conclusão do muro. As diferentes formas de ataque dos inimigos dos
judeus, e como Neemias conseguiu vencê-los, será assunto da Lição 9
deste trimestre.

77
2. O muro foi concluído (Ne 6.15).
Esta vitória teve grande repercussão. Até os inimigos tiveram de
reconhecer que “O NOSSO DEUS FIZERA ESTA OBRA” (Ne 6.16).

SÍNTESE DO TÓPICO (IV): Os inimigos se levantaram para impedir a


construção dos muros.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Os inimigos do pequeno remanescente dos judeus opunham-se à
reconstrução dos muros de Jerusalém. Neemias e o povo foram alvos de
zombaria, de ameaça de uso da força, de desânimo, de medo. O capítulo
três do livro de Neemias revela como se pode vencer a oposição à obra
de Deus. (1) A zombaria foi vencida pela oração e determinação. (2) A
ameaça da força foi vencida pela oração e apropriadas medidas de
segurança. (3) O desânimo e o medo foram vencidos pela fé dos dirigentes
piedosos, pelo seu incentivo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 1995, p.733).

V. O MURO FOI SOLENEMENTE INAUGURADO


1. Para a dedicação dos muros foram convocados todos os levitas, a fim
de dedicarem os muros com alegria, com louvores, com canto, com
saltério, com alaúdes e com harpas (Ne 12.27). Purificaram-se os
sacerdotes e os levitas, e logo purificaram todo o povo, e as portas, e o
muro (Ne 12.30).

2. O ato de dedicação incluiu duas procissões ao longo dos muros, as


quais pararam diante da Casa de Deus, onde houve sacrifícios (Ne
12.30,38,40). A alegria de Jerusalém era tão grande, que o som da festa
podia ser ouvido de longe (Ne 12.43).

78
SÍNTESE DO TÓPICO (V): Deus deu a vitória ao seu povo e os muros
foram solenemente inaugurados.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Depois do conserto dos muros, os judeus se congregam junto a uma das
portas da cidade e ouvem Esdras ler algumas das leis que Deus lhes dera
por intermédio de Moisés. Ele lê desde o amanhecer até ao meio-dia. O
que ele lê possivelmente são seleções dos cinco primeiros livros da Bíblia,
ou talvez Deuteronômio, que é um resumo da lei. Durante ou após essa
leitura, doutores da lei andam entre a multidão ‘explicando o sentido,
faziam que, lendo entendessem’. Talvez eles estivessem traduzindo a lei
do hebraico, idioma em que ela está escrita, ao aramaico, idioma que os
judeus aprenderam no exílio” (Manual Bíblico Entendendo a Bíblia. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2011, p.174).

VI. OS MUROS TRAZEM ENSINO SIMBÓLICO IMPORTANTE


1. A Bíblia fala da salvação como um muro.
“Aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas louvor” (Is 60.18). E
ainda, “Uma forte cidade temos, a quem Deus pôs a salvação por muro e
antemuros” (Is 26.1).
2. O muro da salvação fala da divina proteção que beneficia aqueles que
se abrigam dentro dele.
Observamos que o levantamento dos muros foi resultado de um
despertamento. O crente despertado sente uma imperiosa necessidade de
conservar-se dentro dos muros de salvação, onde ele é protegido pela
excelente grandeza do poder de Deus. E pode dizer como Paulo: “Eu sei
em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar o meu
depósito até àquele dia” (2Tm 1.12).
3. O muro da salvação é uma permanente linha divisória entre o reino de
Deus e o reino deste mundo.
Fronteiras deste mundo foram muitas vezes alteradas, porém a fronteira
entre o reino da Luz e o reino das Trevas continua inalterada. A Bíblia diz:
“Eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3.6). O reino de Deus e o reino deste mundo
79
são inteiramente irreconciliáveis. “Que comunhão tem a luz com as
trevas?” (2Co 6.14). “Ninguém pode servir […] a Deus e a Mamom” (Mt
6.24).
O fato de o muro da salvação ser uma divisa entre o reino de Deus e o
mundo, não significa que há uma “proibição” pela qual o crente não tem
“direito” de fazer o que quer. O crente é livre! Todavia, a mesma linha
divisória representada pelo muro da salvação, passa também DENTRO
DO NOSSO CORAÇÃO! Por isso Paulo escreveu: “A não ser na cruz de
nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim,
e eu para o mundo” (Gl 6.14). E podemos, assim, fazer nossas as palavras
de Paulo: “O que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo!” (Fp 3.7).
Finalmente, a salvação transforma o crente de tal forma que ele começa a
querer aquilo que o Senhor quer, e passa a orar: “Seja feita a TUA
vontade” (Mt 6.10). O segredo de uma vida cheia do Espírito Santo é:
“Quem crer em mim COMO DIZ A ESCRITURA, rios de água viva correrão
do seu ventre” (Jo 7.38).

PARA REFLETIR
A respeito de “Neemias Reconstrói os Muros de Jerusalém”, responda:
1. Como se chamava o emissário enviado a Neemias?
Hanani.
2. Como viviam os judeus que haviam voltado de Babilônia?
Viviam em grande miséria.
3. Antes de iniciar a reconstrução dos muros, que fez Neemias?
Faz um levantamento minucioso e real da situação.
4. Que profissão exercia Neemias na corte persa?
Profissão de copeiro.
5. O que nos lembra o muro da salvação?
A proteção de que desfrutam todos aqueles que se refugiam em Cristo
Jesus.

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