Você está na página 1de 2

Relacione as ideias iluministas de Marquês de Pombal com a reconstrução da cidade de

Lisboa.

Dia 1 de novembro de 1755 a Lisboa medieval, desorganizada, com ruas estreitas e bairros
formados à volta das igrejas caíra deia ao terramoto que se fez sentir, perante a destruição foi
concebido um plano revolucionário para a cidade planificando-a de acordo com o espírito
racional do iluminismo no qual se destacou a capacidade de reação de Sebastião José de
Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, ministro do reinado de D. José I.
Mostrando a sua valia, eficiência e, ainda, o seu espírito inovador, Marquês de Pombal,
movido pelo espírito do estrangeiro, reergue a cidade.
Foi assim reconstruída em moldes inovadores que serviram de inspiração para outras cidades,
o espírito estrangeirado e iluminista de Marquês dá origem a uma nova organização do que
seria partir de então Lisboa.
Foi criada uma planta rectilínea, com ruas largas, paralelas e perpendiculares que faziam a
ligação entre a Praça do Rossio e a Praça do Comércio, que reflete o mais puro racionalismo
que se abria agora sob o Tejo. A cidade passou a ter saneamento, passeios para os peões, as
ruas organizaram-se por ofícios, os edifícios da nova cidade apresentavam um desenho
semelhante, no resto chão havia lojas, no 1º piso escritórios, nos dois seguintes e na mansarda
habitações. As fachadas eram simples e todos os edifícios possuíam agora paredes com quebra
fogo e um sistema anti-sísmico, a estrutura em “gaiola”.

Caracteriza as reformas do ensino de Marquês de Pombal.

A ignorância era o maior travão no progresso dos povos e, por isso, a filosofia iluminista
posicionava o ensino no centro das preocupações. De modo a combater o atraso no país face á
Europa, através das ideias que lhes chegavam do estrangeiro, publicavam livros que
influenciassem a população nas decisões políticas.
Marquês criou, em 1761, o Real Colégio dos Nobres, destinado à educação dos jovens nobres
para serem preparados para o desempenho de altos cargos no Estado, a criação desta escola
tinha como objectivo manter os nobres perto de Marquês de Pombal, dado que este tirou os
privilégios as classes mais beneficiadas e ajudou a burguesia capitalista, empreendedora e
dinâmica a desenvolver-se, conferindo-lhes o estatuto nobre.
Este colégio ia recheado com as mais modernas conceções pedagógica, como as línguas, as
ciências experimentais, a música e a dança, contudo, este projecto não prosperou, os nobres
recusavam-se a colocarem os seus filhos num colégio criado por Pombal.
A expulsão dos Jesuítas, que se dedicavam ao ensino, obrigou o encerramento desses mesmos
colégios, bem como a subordinação do Tribunal do Santo Oficio à coroa.
Posto isto iniciou-se um vasto programa de reestruturação geral do ensino e, com intenção de
levar as primeira letras a todo o país foram criados postos para “mestres de ler e escrever”,
para os alunos que pretendessem prosseguir estudos, instituíram-se aulas de retórica, filosofia,
gramática grega literatura latina.
Quanto às universidades Pombal dedicou especial atenção, encerrou a universidade de Évora,
dirigida pelos Jesuítas, o país ficou apenas com a Academia de Coimbra, onde o ensino não
podia ser mais tradicional, não se prescindia dos velhos textos clássicos e os estudantes
limitavam-se a decorar as sebentas.
Em 1768, cria-se a Junta da Previdência Literária encarregue de estudar a reforma da
universidade, de forma a moderniza-la e torna-la mais útil no que se estudava lá.
Após 4 ano, em 1772 a Universidade de Coimbra reestrutura-se e configura-se uma reforma
radical, na qual passa a ter novos estudos e estes passam a ser orientados por critérios
racionalistas e experimentais.
Para apoio da lecionação, são criadas duas faculdades complementares de Matemática e
Filosofia.
Por fim foram criados subsídios literários para subsidiar as reformas do ensino.

Você também pode gostar