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Centro de Blumenau
Departamento de Engenharia de
Controle e Automação e Computação
Blumenau
2018
Ana Júlia Lanzarin
Laura Corbalan Maraschin
Blumenau
2018
Resumo
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 Problemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 Mix de peças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Estações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Processamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5 Animação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 ANÁLISE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.1 Parte 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2 Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . 23
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1 Introdução
1.1 Problemática
O desenvolvimento da problemática envolve a modelagem e análise de dados de um
FMS, a serem obtidos no Software ARENA. O cenário proposto é composto pelas seguintes
estações:
• Estação 1: carga;
• Estação 6: descarga.
A disposição física das estações pode ser ilustrada na Figura 1 e tem como restrição
de transporte a área central hachurada.
Capítulo 1. Introdução 7
Tempo de
Peça Proporção na Roteamento Processamento
Produção (min)
Carga 2
Aplainamento 10
A 0,1 Furação 5
Serramento 10
Descarga 2
Carga 2
Fresamento 10
B 0,2 Furação 10
Serramento 6
Descarga 2
Carga 2
C 0,35 Furação 5
Fresamento 10
Descarga 2
Carga 2
D 0,35 Aplainamento 10
Serramento 4
Descarga 2
Capítulo 1. Introdução 8
Como última atividade, a taxa de depósito de peças deve ser dobrada na estação
de carga e as alterações necessárias devem ser realizadas no FMS (isto é, aumento de
equipamentos nas estações e/ou número de carregadores) para que o número de itens
nas filas da entrada e da saída de cada estação continue não ultrapassando quatro itens.
Apresentando então, novamente, o resultado estatístico dos itens pedidos anteriormente.
9
2 Desenvolvimento
No software as peças foram criadas como entidades na aba de processo básico, conforme
é mostrado na Figura 3.
A peça base é criada através do módulo de processo básico create, responsável por
fazer com que o simulador crie entidades que se movem pelo modelo, a taxa de criação
Capítulo 2. Desenvolvimento 10
constante é de sete minutos. Esse tempo foi escolhido com base na análise das simulações,
de modo que o máximo de peças que ficam em espera na fila de entrada e de saída dos
processos não ultrapasse quatro.
O módulo de processo avançado route transfere a peça para estação subsequente pré-
definida em sequence, como mostra a Figura 6.
Capítulo 2. Desenvolvimento 11
2.2 Estações
As estações são seis: carga, aplainamento, fresamento, furação, serramento e descarga,
elas estão dispostas de acordo com a Figura 1. As estações de aplainamento, fresamento,
serramento e furação foram montadas de forma semelhante, com os módulos enter, process,
request e transport.
O módulo enter é comum a todas as estações e serve para definir uma ou mais etapas
do processamento, define a estação correspondente ao espaço físico ou lógico onde ocorrerá
o processamento. Nele são definidos parâmetros, como mostrado na Figura 8, sendo eles o
nome da estação, o tempo de carga e descarga (trinta segundos no modo delay representam
essa função).
2.3 Transporte
Para o transporte foi necessário a utilização da combinação de dois módulos: request
e transport. O primeiro deles tem como função requisitar o carregador para a estação que
se encontra e foi configurado para smallest distance, como podemos observar na Figura
10, o que significa que o carregador priorizará a menor distância até a próxima estação. O
módulo de configuração do sistema de transporte foi o de transferência avançada transport
- seguido pelo módulo request -, onde foi inserida a velocidade desejada de vinte metros
por minuto. Ainda no bloco transport foi definido que a destinação do carregador seria
do tipo by sequence, pois deste modo o transportador seguiria a sequência definida para
cada tipo de peça.
No módulo request também definimos o tipo de fila para queue o que significa que
o bloco requisita as peças e as armazena no próprio módulo até que a entidade seja
"levada"pelo carregador. Outra configuração importante para o transporte das entidades
é a definição das rotas e distâncias. Podemos observar na Figura11 que para o layout da
fábrica os caminhos disponíveis para o transporte totalizam em quinta. Estas distâncias
estão associadas ao Carregador 1.
2.4 Processamento
No primeiro momento cada estação estava associada a uma única máquina em opera-
ção. Essas máquinas podem ser adicionadas individualmente à estação como resources.
Já para as estações que possuíam o tempo de processamento diferente para cada tipo
de peça, definiu-se o Delay Type como Expression. Em Expression, foram utilizados os
seguintes atributos referentes, respectivamente, aos tempos de aplainamento, fresamento,
furação e serramento. Os valores desses atributos foram configurados, posteriormente,
nas rotas definidas para cada peça.
2.5 Animação
A animação de fluxo consiste em visualizar as entidades percorrendo seu caminho
no modelo através de conectores e ilustrações representativas. A animação no software
ARENA é uma ferramenta que facilita a visualização do processo. Cada estação é repre-
sentada por uma figura que possui dois estados, idle e busy que se alternam quando a
máquina está em funcionamento ou não. A velocidade com que a animação roda depende
do intervalo de tempo simulado que é estipulado entre a variação de um estado para outro
e a taxa com que as figuras são exibidas.
O layout da animação foi feito baseado no apresentado na problemática e pode ser
visualizado na Figura 13. As seis estações de trabalho são representas por diferentes
máquinas (já definidas nos módulos de processos).
Outro elemento visual utilizado foi a fila do bloco request que está associado à cada
processo. Na Figura 13 podem ser observadas barras horizontais ao lado da representação
Capítulo 2. Desenvolvimento 15
de cada máquina. Durante a simulação, as peças que aguardam para entrar nas estações
ou esperam pelo carregador para passarem ao próximo processo ficam posicionadas no
local da barra da fila correspondente.
16
3 Análise
3.1 Parte 1
Após desenvolvido o programa, o objetivo do projeto era que as filas de cada uma das
estações do sistema não ultrapassasse o limite de quatro itens, desse modo, analisando
os relatórios gerados pelo próprio ARENA foi determinada a taxa constante com a qual
as peças seriam introduzidas no processo. A taxa escolhida atende as especificações do
sistema e foi configurada de forma que uma peça fosse produzida a cada sete minutos. Os
resultados da análise podem ser observados a seguir:
Como podemos notar o número máximo de entidades nas filas não ultrapassa de qua-
tro, assim podemos concluir que a taxa de criação de peças está atendendo aos requisitos
pedidos.
3.2 Parte 2
Na segunda etapa do desenvolvimento da problemática, a taxa constante de peças
depositadas no sistema foi dobrada, assim, as peças eram introduzidas à cada três minutos
e meio. O resultado do relatório gerado pelo ARENA, conforme apresentado na Figura
19, foi o aumento das filas em todas as estações. Observa-se que as maiores filas de
entrada estão nas estações de aplainamento, fresamento e furação. É notável também que
a formação de filas não somente duplicou com a taxa dobrada, mas sim teve um aumento
considerável, principalmente na estação de fresamento, que é a estação gargalo do sistema.
Para que fosse possível manter o máximo de quatro peças na fila por estação todas
as máquinas precisaram ser dobradas, exceto as máquinas responsáveis pelo processo de
Capítulo 3. Análise 19
Com o novo arranjo do FMS foi possível gerar novos relatórios e obter os seguintes
resultados:
Como se pode observar na Figura 25 o número máximo de entidades nas filas não
ultrapassa quatro, assim é possível concluir que a taxa de criação de peças está atendendo
aos requisitos pedidos.
Capítulo 3. Análise 21
4 Conclusão
Sabendo das exigências de mercado, custos de produção cada vez maiores, investi-
mentos que precisam ser feitos para acompanhar as demandas, a cada dia as indústrias
necessitam analisar sua eficiência para que seja possível reduzir custos mantendo a qua-
lidade do produto produzido e a margem favorável entre receita e despesa. A simulação
da produção é utilizada em situações em que é muito caro ou difícil o experimento da
situação real.
O ARENA permitiu realizar o experimento de um sistema de manufatura flexível
variando parâmetros críticos para conhecer quais as combinações dariam os melhores
resultados, com base nos relatórios da simulação. O trabalho proporcionou também a
aplicação de conhecimentos adquiridos em sala de aula em uma vivência prática que
permite ver a influência da alteração de pequenos parâmetros em todo o sistema de
produção.
O diagnóstico mais importante pode ser observado na segunda etapa do trabalho em
que, empiricamente, ao acrescer máquinas e carregadores, o objetivo inicial especificado
foi atingido. Um carregador poderia ter sido alocado, bem como mais uma máquina de
aplainamento e de fresamento, entretanto, o impacto seria apenas a diminuição do tempo
de processamento de cada peça e diminuição da utilização das máquinas. Ao pensar nos
custos de investimento de uma empresa real, tais implementações poderiam ultrapassar
o lucro que a produção de mais peças em menos tempo poderiam trazer, logo, optou-se
apenas por atender o requisito de no máximo quatro peças nas filas dos processos e a
configuração final ficou como na observada na Figura 20.
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Referências Bibliográficas