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vida, não sendo puramente naturalista, nem finalista. Outros aspectos peculiares dessa
doutrina vêm a ser o critério funcional da teoria da imputação objetiva (tipicidade) e a
extensão da culpabilidade a uma nova categoria sistemática, a responsabilidade
(culpabilidade/necessidade preventiva da pena). A culpabilidade se apóia nos princípios
político-criminais da teoria dos fins da pena”. (Luiz Regis Prado)
IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Considerações preliminares
Fernando Galvão diz que a imputação objetiva tem sua origem do Direito Grego, mas a sua
base teórica se acentuou no início deste século. Damásio Evangelista de Jesus, ao contrário,
sustenta que a teoria começou a se desenvolver há sessenta anos. Na verdade, as bases
filosóficas que, efetivamente, dão ensejo à teoria partem de Hegel, com sua filosofia
subjetivista/sociológica que se inicia com Durkheim, que dizia que uma sociedade normal deve
Ter em seu meio o crime, desde que não hajam excessos em quantidade e qualidade.
O fato é que se “forçou” significativamente a filosofia dos sistemas para se chegar ao Direito
Penal funcionalista. Segundo o que se prega, sendo o Direito uma parte do sistema social
(subsistema de um sistema global), a adequação social passaria a ser elemento normativo do
tipo.
Foi com base em um funcionalismo penal que se chegou à imputação objetiva, cuja aceitação
não é pacífica. Introduzida na Alemanha, migrou para a Espanha e alguns países latinos
americanos. No Brasil, os penalistas têm receio quanto à cientificidade da teoria, havendo
muitos julgadores favoráveis, outros, porém, receosos.
A nova teoria procura conjugar elementos das teorias outrora existentes. Em síntese, não é
uma nova teoria, mas uma compilação dos ensinamento das demais, visto que suas principais
inovações são: