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O Teorema de Taylor

MÓDULO 2 - AULA 23

Aula 23 – O Teorema de Taylor

Metas da aula: Estabelecer o Teorema de Taylor e apresentar suas


aplicações em aproximações de funções, na investigação de extremos locais e
no estudo de funções convexas.

Objetivos: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:


• Conhecer o significado do Teorema de Taylor e suas aplicações em
aproximações de funções, na investigação de extremos locais e no estudo
de funções convexas.

Introdução

Se I é um intervalo de R e f : I → R é uma função diferenciável


em todos os pontos de I, então temos definida em I a função f  : I → R,
derivada (primeira) de f . Se a função f  for diferenciável em um ponto
x̄ ∈ I, então teremos definida a derivada de f  em x̄, (f  ) (x̄), que denotamos
simplesmente por f  (x̄) e chamamos a derivada segunda de f em x̄. Se f 
também for diferenciável em todos os pontos de I, então teremos definida a
função f  : I → R, derivada segunda de f . Se f  é diferenciável num ponto
x̄ ∈ I, então existe (f  ) (x̄) que denotamos por f  (x̄) ou f (3) (x̄), chamada
derivada terceira de f em x̄, e se f  é diferenciável em todo ponto de I então
teremos definida a função f  : I → R, também denotada por f (3) e chamada
derivada terceira de f . Desse modo podemos definir a derivada n-ésima da
função f em x̄ ∈ I, f (n) (x̄), desde que tenhamos definida em todo ponto
de I a derivada (n − 1)-ésima de f , f (n−1) , e que esta seja diferenciável em
x̄. Observe que admitimos que x̄ seja um ponto extremo do intervalo I.
Observe também que para que possamos definir f (n) (x̄) basta que tenhamos
f (n−1) definida em (x̄ − δ, x̄ + δ) ∩ I para algum δ > 0. A derivada n-ésima
em x̄, f (n) (x̄), também é chamada derivada de ordem n de f em x̄.
Se a função f tem uma derivada n-ésima num ponto x0 , não é difı́cil
(k)
obter um polinômio Pn de grau n tal que Pn (x0 ) = f (x0 ) e Pn (x0 ) = f (k) (x0 )
para k = 1, 2, . . . , n. De fato, o polinômio

f  (x0 )
Pn (x) := f (x0 ) + f  (x0 )(x − x0 ) + (x − x0 )2 (23.1)
2!
f (n) (x0 )
+ ··· + (x − x0 )n (23.2)
n!

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tem a propriedade de que ele e suas derivadas até a ordem n no ponto x0
coincidem com a função f e suas derivadas até a ordem n quando avaliadas
nesse mesmo ponto.
Esse polinômio Pn é chamado o polinômio de Taylor de grau n para f
em x0 e seu estudo remonta ao matemático inglês Brook Taylor (1683–1731),
embora a fórmula para o resto Rn := f − Pn só tenha sido obtida muito
mais tarde por Joseph-Louis Lagrange (1736–1813). A fórmula ou Teorema
de Taylor (com resto de Lagrange) e suas aplicações constituem o tema desta
aula que passamos a estudar em detalhes a seguir.

A fórmula de Taylor

Seja I := [a, b], x0 ∈ I e f : I → R contı́nua em [a, b] e diferenciável em


(a, b). Fixemos um ponto x0 ∈ I. Dado um ponto qualquer x ∈ I, o Teorema
do Valor Médio afirma que existe um ponto x̄ = x̄(x) no intervalo entre x0 e
x, i.e. x̄ ∈ (min{x0 , x}, max{x0 , x}), para o qual vale a equação

f (x) = f (x0 ) + f  (x̄)(x − x0 ). (23.3)

Essa equação nos diz que o valor f (x) pode ser aproximado pelo valor f (x0 )
e que ao fazermos essa aproximação estaremos cometendo um erro dado por
R0 (x) := f (x) − f (x0 ) = f  (x̄)(x − x0 ).
Para podermos estimar o erro R0 (x) é preciso ter alguma informação
sobre o comportamento da derivada f  (x̄) para x num intervalo Iδ := (x0 −
δ, x0 + δ) ∩ I, para algum δ > 0. Por exemplo, se para algum C > 0 tivermos
|f  (x̄)| ≤ C para x ∈ Iδ , então teremos |R0 (x)| ≤ C|x − x0 | para x ∈ Iδ .
Em particular, se existe f  (x0 ), então temos que |f  (x̄)| é limitado para
x ∈ Iδ , para δ > 0 suficientemente pequeno, já que de (23.3) obtemos
f (x) − f (x0 )
lim f  (x̄(x)) = lim = f  (x0 ). (23.4)
x→x0 x→x0 x − x0
Mais ainda, nesse caso é possı́vel escrever (23.3) na forma

f (x) = f (x0 ) + f  (x0 )(x − x0 ) + r1 (x) para x ∈ I, (23.5)

onde r1 (x) satisfaz


r1 (x)
lim = 0, (23.6)
x→x0 x − x0
bastando para isso tomar

r1 (x) := (f  (x̄(x)) − f  (x0 ))(x − x0 ).

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Observe também que a equação (23.5) nos dá

r1 (x) = f (x) − f (x0 ) − f  (x0 )(x − x0 ).

Segue daı́ que r1 (x) é diferenciável em x0 e

r1 (x0 ) = r1 (x0 ) = 0. (23.7)

O seguinte resultado mostra, em particular, que (23.6) e (23.7) são na


verdade equivalentes, uma vez que r1 (x) é diferenciável em x0 , e estende esse
fato a derivadas de ordens mais altas.
Lema 23.1
Seja r : I := [a, b] → R n vezes diferenciável em x0 ∈ I. As seguintes
afirmações são equivalentes:

(i)
r(x0 ) = r (x0 ) = · · · = r (n) (x0 ) = 0. (23.8)

(ii)
r(x)
lim = 0. (23.9)
x→x0 (x − x0 )n
Prova: (i)⇒(ii) Vamos usar Indução Matemática. Mostremos primeiro que
a implicação vale para n = 1. Suponhamos então que r(x0 ) = r (x0 ) = 0.
Usando essas hipóteses e a definição de derivada obtemos
r(x) r(x) − r(x0 )
lim = lim = r (x0 ) = 0,
x→x0 x − x0 x→x0 x − x0
o que prova que a implicação vale para n = 1. Suponhamos que a implicação
valha para n = k. Temos que mostrar que nesse caso ela vale também para
n = k + 1 e, para isso, assumimos agora que r(x0 ) = · · · = r (k) (x0 ) =
r(k+1) (x0 ) = 0. A função φ := r  satisfaz φ(x0 ) = φ (x0 ) = · · · = φ(k) (x0 ) = 0.
Pela hipótese de indução temos
r (x) φ(x)
lim = lim = 0.
x→x0 (x − x0 )k x→x0 (x − x0 )k

Agora, pelo Teorema do Valor Médio, dado x ∈ I, existe x̄ = x̄(x) no in-


tervalo aberto Ix entre x0 e x tal que r(x) = r  (x̄)(x − x0 ). Observe que
lim x̄(x) = x0 já que |x̄ − x0 | ≤ |x − x0 |. Logo,
x→x0

r(x) r (x̄)(x − x0 )
lim = lim
x→x0 (x − x0 )k+1 x→x0 (x − x0 )k+1
r (x̄) (x̄ − x0 )k
= lim = 0,
x→x0 (x̄ − x0 )k (x − x0 )k

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já que (x̄ − x0 )k /(x − x0 )k  ≤ 1 e

r (x̄)
lim =0 (por quê?),
x→x0 (x̄ − x0 )k
o que conclui a prova por indução.
(ii)⇒(i) Provaremos também essa implicação usando Indução Matemática.
Vejamos incialmente o caso n = 1, para o qual supomos que
r(x)
lim = 0.
x→x0 x − x0
Como r(x) é contı́nua em x0 , já que é diferenciável nesse ponto, então

r(x)
r(x0 ) = lim r(x) = lim (x − x0 ) = 0.
x→x0 x→x0 x − x0
Por outro lado,
r(x) − r(x0 ) r(x)
r (x0 ) = lim = lim = 0,
x→x0 x − x0 x→x0 x − x0

o que prova que a implicação vale para n = 1. Suponhamos agora que a


implicação seja válida para n = k; vamos provar que então ela também vale
para n = k + 1. Para isso assumimos que r(x) é (k + 1) vezes diferenciável
em x0 e
r(x)
lim = 0.
x→x0 (x − x0 )k+1

Como r(x) satisfaz

r(x) r(x)
lim = lim (x − x0 ) = 0,
x→x0 (x − x0 )k x→x0 (x − x0 )k+1

segue da hipótese de indução que r(x0 ) = r (x0 ) = · · · = r (k) (x0 ) = 0.


1
Consideremos a função ϕ(x) := r(x) − r(k+1) (x0 )(x − x0 )k+1
(k + 1)!
para x ∈ I. Verificamos facilmente que

ϕ(x0 ) = ϕ (x0 ) = · · · = ϕ(k+1) (x0 ) = 0.

Como já provamos que (i) implica (ii), deduzimos que


 
ϕ(x) r(x)
0 = lim = lim − r(k+1) (x0 ),
x→x0 (x − x0 )k+1 x→x0 (x − x0 )k+1
ou seja,
r(x)
r(k+1) (x0 ) = lim = 0,
x→x0 (x − x0 )k+1

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o que conclui a prova da implicação (ii)⇒(i). 

O Teorema de Taylor que veremos a seguir é um refinamento do Teo-


rema do Valor Médio para o caso em que existam derivadas de ordens maiores
do que 1; daı́ se pode perceber sua fundamental importância. Recordemos a
definição de Pn (x) em (23.1). Adotamos a convenção de que f (0) := f .

Teorema 23.1 (Teorema de Taylor)


Seja n ∈ N, I := [a, b], e f : I → R tal que f , f  ,. . . , f (n−1) são contı́nuas em
I e f (n) existe em (a, b). Fixemos x0 ∈ I. Então:

(A) Para todo x ∈ I existe x̄ entre x0 e x tal que

f (n) (x̄)
f (x) = Pn−1 (x) + (x − x0 )n . (23.10)
n!

(B) Se existe f (n) (x0 ), podemos escrever

f (x) = Pn (x) + rn (x), (23.11)

onde rn (x) satisfaz


rn (x)
lim = 0. (23.12)
x→x0 (x − x0 )n
Em particular,
lim f (n) (x̄) = f (n) (x0 ). (23.13)
x→x0

Além disso, o polinômio Pn (x) é o único polinômio p(x) de grau ≤ n


r(x)
tal que f (x) = p(x) + r(x), onde r(x) satisfaz lim = 0.
x→x0 (x − x0 )n

Prova: (A) Fixemos x e definamos o número M por

f (x) = Pn−1 (x) + M (x − x0 )n . (23.14)

Temos que mostrar que n!M = f (n) (x̄) para algum x̄ entre x0 e x. Conside-
remos a função

g(t) := f (t) − Pn−1 (t) − M (t − x0 )n a ≤ t ≤ b. (23.15)

Por (23.1) e (23.5) temos

g (n) (t) = f (n) (t) − n!M a < t < b. (23.16)

Portanto, a prova estará completa se pudermos mostrar que g (n) (x̄) = 0 para
algum x̄ entre x0 e x.

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(k)
Como Pn−1 (x0 ) = f (k) (x0 ) para k = 0, . . . , n − 1, temos

g(x0 ) = g  (x0 ) = · · · = g (n−1) (x0 ) = 0. (23.17)

A definição de M mostra que g(x) = 0, de modo que pelo Teorema de Rolle


g  (x̄1 ) = 0 para algum x̄1 entre x0 e x. Como g  (x0 ) = 0, concluı́mos da
mesma forma que g  (x̄2 ) = 0 para algum x̄2 entre x0 e x̄1 . Após iterarmos
esse procedimento n vezes, chegamos à conclusão que g (n) (x̄n ) = 0 para algum
x̄n entre x0 e x̄n−1 . Tomando x̄ = x̄n temos o desejado ponto entre x0 e x.
(B) Definamos rn (x) pela equação (23.11). Então rn (x) é n vezes difer-
enciável em x0 e

rn (x0 ) = rn (x0 ) = · · · = rn(n) (x0 ) = 0.

Logo, pelo Lema 23.1 temos (23.12). De (A) podemos escrever


1 (n)
rn (x) = (f (x̄) − f (n) (x0 ))(x − x0 )n .
n!
Dividindo essa equação por (x − x0 )n , passando ao limite quando x → x0 e
aplicando (23.12), obtemos (23.13).
Suponhamos agora que p(x) é um polinômio de grau ≤ n e f (x) =
r(x)
p(x) + r(x), onde r(x) satisfaz lim = 0. Observe que sempre é
x→x0 (x − x0 )n
possı́vel escrever um tal polinômio na forma p(x) = an (x − x0 )n + an−1 (x −
x0 )n−1 + · · · + a0 . O Lema 23.1 implica que r(x0 ) = r (x0 ) = · · · = r (n) (x0 ) =
1
0. Logo, f (k) (x0 ) = p(k) (x0 ) o que implica que ak = f (k) (x0 ). Portanto,
k!
p(x) = Pn (x). 

Exemplos 23.1
(a) (Regra de L’Hôpital para derivadas de ordem n) Sejam I := [a, b] e
f, g : I → R n vezes diferenciáveis no ponto x0 ∈ I com derivadas até
ordem n − 1 nulas em x0 . Se g (n) (x0 ) = 0 então

f (x) f (n) (x0 )


lim = (n) . (23.18)
x→x0 g(x) g (x0 )

De fato, pelo Teorema de Taylor 23.1(B), temos


 (n) 
n f (x0 ) rnf (x)
f (x) = (x − x0 ) +
n! (x − x0 )n
e  
n g (n) (x0 ) rng (x)
g(x) = (x − x0 ) +
n! (x − x0 )n

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com
rnf (x) rng (x)
lim = lim = 0.
x→x0 (x − x0 )n x→x0 (x − x0 )n
Portanto,
f (n) (x0 ) rnf (x)
+
f (x) n! (x − x0 )n f (n) (x0 )
lim = lim (n) = (n) .
x→x0 g(x) x→x0 g (x0 ) rng (x) g (x0 )
+
n! (x − x0 )n
2
(b) A função definida por f (x) := e−1/x para x = 0 e f (0) := 0 satisfaz
f (k) (0) = 0 para todo k ∈ N. Em particular, o n-ésimo polinômio de
Taylor para f em 0 é Pn (x) ≡ 0 para todo n ∈ N.
De fato, pelo Teorema do Valor Médio aplicado repetidamente a f e às
suas derivadas, basta mostrar que existem os limites lim f (n) (x) e que
x→0
esses são iguais a 0. Com efeito, pelo Teorema do Valor Médio temos
f (k−1) (x)−f (k−1) (0) = f (k) (x̄)x, para algum x̄ entre 0 e x. Como x̄ → 0
quando x → 0, vemos que
f (k−1) (x) − f (k−1) (0)
lim f (k) (x) = lim f (k) (x̄) = lim = f (k) (0),
x→0 x→0 x→0 x
onde também usamos a definição de derivada. Agora, usando seus
conhecimentos de Cálculo, você poderá verificar que para x = 0 temos
1 2
f (k) (x) = pk ( )e−1/x ,
x
onde pk (y) é um polinômio de grau 3k. Portanto, a afirmação estará
provada se mostrarmos que para todo m ∈ N vale
2
e−1/x
lim = 0. (23.19)
x→0 xm

Claramente, nesse caso particular basta mostrar (por quê?)


2
e−1/x
lim =0 para todo m ∈ N.
x→0+ xm

Como 1/x → ∞ quando x → 0+ e 1/y → 0 quando y → ∞, isso é


equivalente a mostrar que
2
lim y m e−y = 0 para todo m ∈ N. (23.20)
y→∞

Agora, das desigualdades y < 1 + y ≤ ey , obtemos y m < emy . Assim,


para y > 0 temos
2 2 +my 2 −m2 2 2
y m e−y < e−y = e−(y−m/2) = e−m e−(y−m/2) → 0 quando y → ∞,

o que prova (23.20) e por conseguinte (23.19).

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(c) Vamos aproximar o número e com erro menor que 10−5 .
Consideremos a função f (x) := ex e tomemos x0 = 0 e x = 1 na fórmula
de Taylor (23.10). Precisamos determinar n tal que |Rn (1)| < 10−5
onde
f (n+1) (x̄)
Rn (x) := f (x) − Pn (x) = (x − x0 )n ,
(n + 1)!
por (23.10). Para isso usaremos o fato de que f  (x) = ex e a limitação
inicial ex ≤ 3 para 0 ≤ x ≤ 1.
Claramente, de f  (x) = f (x) = ex segue que f (k) (x) = ex para todo
k ∈ N. Em particular, f (k) (0) = 1 para todo k ∈ N. Consequentemente
o n-ésimo polinômio de Taylor é dado por

x2 xn
Pn (x) := 1 + x + + ··· +
2! n!
e o resto para x = 1 é Rn (1) = ex̄ /(n + 1)! para algum x̄ satisfazendo
0 < x̄ < 1. Como ex̄ < 3, devemos buscar um valor de n tal que
3/(n + 1)! < 10−5 . Um cálculo revela que 9! = 362880 > 3 × 105 de
modo que o valor n = 8 nos dará a desejada acurácia. Mais ainda,
como 8! = 40320 nenhum valor menor de n será satisfatório. Assim,
obtemos
1 1
e ≈ P8 (1) = 1 + 1 + + · · · + = 2 · 71828
2! 8!
com erro menor do que 10−5 .

O Teorema de Taylor pode ser usado para se obter desigualdades como


mostram os dois exemplos a seguir.

Exemplos 23.2
1 1 1
(a) 1 − x2 ≤ cos x ≤ 1 − x2 + |x|3 para todo x ∈ R. Em particular,
2 2 6
temos
1 − cos x 1
lim 2
= . (23.21)
x→0 x 2
Apliquemos o Teorema de Taylor 23.1(A) à função f (x) := cos x em
x0 = 0 e n = 3 para obter
1
cos x = 1 − x2 + R2 (x),
2
com
f  (x̄) 3 sen x̄ 3
R2 (x) = x = x,
3! 6

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