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NÚCLEO 6/2020

Ciclo 2
Nutrição
OBESIDADE INFANTIL.
OBESIDADE INFANTIL

Um dos maiores problemas de


saúde pública mundial, com enorme
impacto na saúde das populações

Relação com doenças crônicas e


lesões em MMII

A atividade física programada e regular


PESO

ESTATURA

P/I, E/I, IMC/ IDADE

DOBRAS CUTÂNEAS E
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
EPIDEMIOLOGIA

-Prevalência de excesso de peso em adolescentes entre 15,3% e


29,1%;

- Aumento da obesidade no Brasil é relevante e proporcionalmente


mais elevado nas famílias de baixa renda;

-2008 e 2009, o sobrepeso foi diagnosticado em 33,5% e a


obesidade em 14,3% das crianças brasileiras entre cinco e nove
anos de idade (POF).

-Nos adolescentes de dez a 19 anos, a prevalência de sobrepeso e


obesidade foi de 20,5% e 4,9%, respectivamente.
ANAMNESE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES- outra abordagem

• Respiração oral, roncos, paradas respiratórias durante o sono,


sibilancia, fadiga
aos esfor.os;
• Alterações na pele;
• Resposta vacinal;
• Dor ou edema em articula..es dos membros inferiores;
• Dor abdominal, retroesternal e hábito intestinal;
• Alterações menstruais;
• Sono agitado;
• Alterações comportamentais.
ESTRATIFICAÇÃO DE DIAGNÓSTICO
ESTRATIFICAÇÃO DE DIAGNÓSTICO
FATOR PSICOLÓGICO
OUTROS PONTOS RELEVANTES

-Alterações ortopédicas;

- Síndrome de Ovário Policístico na Adolescência;

- Aparecimento de estrias;

- Acne;

- Apnéia do sono;
SÍNDROME METABÓLICA NA ADOLESCÊNCIA
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei 8069 (1990);
Constituição Federal (1988) no artigo nº 227 assegura a proteção integral da criança e do adolescente como
prioridade absoluta;
Artigos nº 24 sobre os Direitos à Saúde e nº 31 sobre os Direitos ao Lazer assim ratificados pelo Decreto 99.710
(1990);
A Lei 13.257 (2016) do Marco Legal da Primeira Infância;
Marco Civil da Internet, Lei 12.965 (2014);
COMPLICAÇÕES TELA AZUL INFANTIL

Atraso no desenvolvimento da fala;


OBESIDADE
O estabelecimento da vigília/ noite- sono;

Transtornos mentais precoces em crianças e adolescentes;

A luz azul funciona como um bloqueio da melatonina (aumento de


pesadelos e terrores noturnos) ;
Mais de 100 estudos publicados de COVID- Obesidade;

A obesidade nas mortes do COVID está relacionada às citocinas, pois os vírus


gera tempestade de citocinas, potencializando a inflamação levando a
falência múltipla de órgãos.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

Estágio 1: inclui dieta e atividade física, incluindo aumento no consumo de


frutas e vegetais e limitando as atividades sedentárias como assistir televisão,
jogar vídeo games e uso de computadores e tablets. Se não houver melhora no
IMC em 3 a 6 meses passar para o próximo estágio.

Estágio 2: recomenda a ingestão de alimentos com baixa densidade calórica


e dieta balanceada, refeições estruturadas, atividade física supervisionada de
no mínimo 60 minutos por dia, 1 hora ou menos de televisão e/ou computadores e
tablets e auto monitoramento por meio de recordatórios alimentares e de atividade
física. Acompanhamento com nutricionista é necessária nesse estágio com retornos
mensais ajustados a necessidade do paciente e família. De acordo com a resposta
ao tratamento deve-se avaliar a necessidade de seguir para o próximo estágio,
levando em consideração os riscos à saúde do pacientes, idade e motivação do
paciente e da família.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

Estágio 3: caracteriza-se por um contato mais próximo com os profissionais


da saúde e uso de mais estratégias comportamentais e monitoramento. Retornos
semanais nas primeiras 8 a 12 semanas seguidas por retornos mensais s.o
recomendados. Envolvimento dos pais de forma mais efetiva para crianças menores
de 12 anos. Esse estágio requer o envolvimento de uma equipe multidisciplinar com
experiência em obesidade infantil incluindo um aconselhador comportamental
(assistente social, psicólogo e enfermeiro especialista em trabalhos
comportamentais), nutricionista registrado e educador físico. Um consultório de
atendimento primário com nutricionista e psicólogo pode fornecer esse atendimento
juntamente com parceiros comunitários como programas de saúde pública e escolas
locais. Crianças com resposta inadequada ao estágio 3, com riscos aumentados a
saúde e baixa motiva..o devem ser considerados para o estágio 4.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

Estágio 4: inclui dietas com baixa calorias, uso de medicações e/ou cirurgia.
Esse estágio requer uma equipe multidisciplinar especialista em obesidade infantil
em um centro pediátrico contendo protocolos clínicos e pesquisa de avaliação e
PIRÂMIDE ALIMENTAR
FARMACOTERAPIA
DIABETES NA INFÂNCIA

Uma criança com diabetes é como


uma criança sem diabetes

4 fases: do nascimento aos 2 anos; dos


2 aos 5 anos; dos 6 aos 12 anos e dos
13 aos 19 anos.

Manual de Contagem de Carboidratos


DO NASCIMENTO AOS 2 ANOS DE IDADE

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Crescimento acelerado
COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA
Começa a andar
Aprende a falar
O QUE MERECE ATENÇÃO
Pode haver diminuição na velocidade de crescimento, se o diabetes estiver descontrolado
O QUE FAZER?
Avaliar as necessidades de calorias, a comida ingerida e a dose de insulina
Avaliar o crescimento, comparando-o com o de outras crianças do mesmo sexo e idade
DOS 2 AOS 5 ANOS DE IDADE
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Crescimento menos acelerado


Controle esfincteriano e da bexiga
Aumento na força física
Melhora da coordenação

COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA

Concentra-se por pouco tempo (15-20 minutos)


Faz coisas por si mesmo (veste-se, vai ao banheiro)
Engaja-se em atividades que gastam energia
Consegue classificar conceitos e objetos
Começa a desenvolver um senso de tempo e a entender que os eventos acontecem numa sequência

O QUE MERECE ATENÇÃO

Pode ficar “enjoada para comer”


Pode voltar a urinar na cama, em decorrência da grande quantidade de líquidos ingerida quando a taxa glicêmica fica alta
Pode apresentar episódios de hipoglicemia sem identificar seus sintomas

O QUE FAZER?

Substituir os alimentos recusa dos, oferecendo alimentos equivalentes


Aumentar o número de refeições com menor tempo
Não repreender se urinar na cama; se persistir, ajustar o tratamento com o médico
A criança deve participar das medidas de glicemia realizadas pelos seus pais
É importante seguir rotinas com horário para a aplicação de insulina, testes e refeições
DOS 6 AOS 12 ANOS DE IDADE
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Crescimento lento e estável até o início da adolescência
Melhora a coordenação de grandes e pequenos músculos
Dentes permanentes
COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA
Começa a frequentar a escola; aprende a fazer operações de adição, subtração, etc, porém ainda ligadas a objetos concretos
Ainda não compreende regras abstratas
Aumenta o interesse por atividades físicas
Aumenta o círculo de amizades
Aumenta a necessidade de independência
Aprende a faze automonitorização (± 12 a)
Aprende a autoaplicação de insulina (± 12 a)
O QUE MERECE ATENÇÃO

Ao entrar na escola, aumentam as chances de contrair infecções devido à maior exposição pelo contato com outras crianças
O diabetes mal controlado pode prejudicar o trabalho escolar
A criança não entende claramente porque não pode comer tudo o que quer, porque tem que aplicar a insulina
Podem ocorrer episódios de hipoglicemia e nem sempre a criança percebe
Ter cáries pode ser o resultado de falta de escovação adequada ou algum problema no controle do diabetes
A criança pode se sentir diferente por causa do diabetes

O QUE FAZER?
A escola deve ser informada que a criança tem diabetes e os professores devem ser instruídos sobre providências a serem tomadas
Verificar as taxas de glicemia
Explicar o que é diabetes com linguagem simples (usar material didático)
A criança deve ser encorajada a participar de eventos extracurriculares (o diabetes não deve ser um empecilho); exercícios são importantes
para o desenvolvimento físico, emocional e social
A hiperglicemia pode aumentar o risco de cáries; verificar o controle do diabetes
Incentivar a realização de testes
Incentivar a autoaplicação de insulina (com supervisão)
Explicar que todas as crianças são diferentes umas das outras
DOS 13 AOS 19 ANOS DE IDADE
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Crescimento acelerado (estirão) - aumenta a necessidade de comida e de insulina
Início da puberdade - desenvolvimento de carcterísticas sexuais
COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA
Passa a compreender regras abstratas e a preocupar-se com o futuro
Compreende que há vários pontos de vista possíveis
É capaz de refletir sobre a sua vida
Interessa-se por um(a) possível namorado(a) (dúvidas sobre sexualidade)
Oscila entre ações infantis e adultas
O QUE MERECE ATENÇÃO
Pode apresentar crescimento prejudicado: taxas hiperglicêmicas frequentes interferem na secreção dos
hormônios de crescimento
Estresse (problemas na família, na escola, medo das complicações)
Pode questionar os valores dos pais, inclusive em relação à sua saúde
Pode apresentar dificuldades de aceitação da doença (Por que eu?)
Pode apresentar dificuldade na adesão ao tratamento do diabetes
O QUE FAZER?

O adolescente pode precisar de várias aplicações de insulina por dia


É importante que o adolescente aprenda a lidar com os seus problemas
É importante que os pais apresentem seus pontos de vista com segurança; devem aliar flexibilidade com
firmeza
É importante que a família ajude o jovem a aceitar seus limites
Conversas francas sobre a sexualidade são sempre bem vindas
O jovem deve participar de grupos educativos com outros adolescentes com diabetes
DIAGNÓSTICO DM INFANTIL

Laboratorial: Segue os mesmos critérios da OMS para adultos;


Clínico: poliúria, polidipsia, emagrecimento no DM1;
SBD, 2019-2020
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS

CONTAGEM DE CARBOIDRATOS.

Estratégia nutricional utilizada há mais de 20


anos;

No DM1, aplica-se conhecendo a tipo e


quantidade de insulina aplicada.

(SBD, 2016)
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS
PASSO A PASSO PARA CONTAGEM DE CARBOIDRATOS

1. Nutricionista irá definir quantidades de calorias diárias e


quantidade em gramas de carboidratos em cada refeição.
2. Leva-se em consideração a prática de atividade física e o
estilo de vida;
3. Medir a glicemia capilar antes e duas horas após as
refeições;
4. A relação Insulina (UI) / HCO, gira em torno de 1 (UI)/15g
de HCO;
5. Acompanhamento com diário alimentar e exames
(glicemias e HbA1c);
DISLIPDEMIA NA INFÂNCIA

No mundo, o número de crianças e


adolescentes com dislipidemia pode
chegar até 33%

No Brasil, esse número chega entre 28


a 48%

Hipercolesterolemia familiar, com pais


que apresentam > 240mg/dl
REFERÊNCIAS DE APOIO
REFERÊNCIAS DE APOIO

Anderson, B. & Bracket, J. Diabetes during childhood. In Snoeck, J. J. & Skinner, T. C. (Editores). Psychology In
Diabetes Care. West Sussex, Inglaterra: John Wiley & Sons, 2005, p. 1-26.
Moynihan, P. M. What every parent should know about normal growth and development. In Jensen, N. C. M., &
Moore, M. P. (Editores) Learning to Live Well with Diabetes. Minneapolis, Minnesota, EUA: International Diabetes
Center, 1985, p.355-368.
Rubin, R. R. Working with adolescentes. In Anderson, B. J., & Rubin, R. R. (Editores). Practical Psychology for
Diabetes Clinicians. Alexandria, Virginia, EUA: American Diabetes Association, 2002, p. 139-147.
Skinner, T. C., Murphy, H. & Huws-Thomas, M. V. Diabetes in Adolescents. In Snoeck, J. J. & Skinner, T. C.
(Editores). Psychology In Diabetes Care. West Sussex Inglaterra: John Wiley & Sons, 2005, p. 27-52
Msc Viviane Dias
viviane.dias@celsolisboa.edu.br

Msc. Daniel Chreem

Núcleo daniel.chreem@celsolisboa.edu.br
6

Telefone coordenação: 3289-4730 / Ramal: 230

2020.2

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