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8.1 Introdução
A equação diferencial é definida como uma equação que envolve uma função e
algumas de suas derivadas, da forma:
y ( n ) ( x ) f [ x, y ' ( x ), y ' ' ( x ),......., y ( n 1) ( x )]
Na engenharia a utilização de equações diferenciais tem como objetivo
descrever o comportamento dinâmico de sistemas físicos. Uma equação diferencial pode
descrever o comportamento dinâmico do circuito mostrado na figura:
R L
S
C
V(t)=sin(3,5t) i(t)
dy
x y y é função de x; x é a única variável independente.
dx
1
dy
x2 y2 y e x são função de t; t é a única variável independente.
dt
d2y dy
2
(1 y 2 ) y0 y é função de t; t é a única variável independente.
dt dt
Exemplo:
2u 2u
0 u é função de x e y; x e y são variáveis independentes.
x 2 y 2
Exemplo 8.1:
dy dy dy
y y
dx y
dx ln( y ) c1 x c 2
dx
y ( x ) e x c ae x
35
30
25
20
15
10
5
2
x
0
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
Suponha no exemplo dado que o problema tem como solução inicial y (0) 1 . Portanto:
y ( x) ae x ae 0 1 a 1
A solução y ( x) 1 e x é a solução para a condição inicial dada.
3
y ( x 0 ) c1
y ' ( x0 ) c 2
y ( m 1) ( x 0 ) c m
z1 ( x ) y ( x )
z1' ( x ) y ' ( x ) z 2 ( x )
'
z2 ( x ) y " ( x ) 3 y ' ( x ) 2 y 3 z 2 2 z1
Resultando no sistema:
z1' ( x ) z 2 ( x ) f 1 ( x, z1 , z 2 )
z2'
( x ) 3 z 2 2 z 1 f 2 ( x, z 1 , z 2 )
z1 (0) 1 z 2 ( 0) 0
4
b) y ''' ( x 1) y '' cos( x) y ' ( x 2 1) y x 2 y 2 sin( x y )
y (0) 1,1 y ' (0) 2,2 y '' (0) 3,3
z1 y
' '
z1 y z 2
' "
z 2 y z3
' ' ''
z3 ( x) y ( x) ( x 1) z 3 cos(
Resultando no sistema:
z1' y ' z 2 f 1 ( x, z1 , z 2 , z 3 )
' "
z 2 y z 3 f 2 ( x, z1 , z 2 , z 3 )
' 2
z
3 ( x ) y ''' ( x) ( x 1) z 3 cos( x) z 2 ( x 2 1) z1 x 2 z1 sin( x z1 ) f 3 ( x, z1 , z 2 , z 3 )
z1 (0) 1,1 z 2 (0) 2,2 z 3 (0) 3,3
y (x)
y(xn)
X
y(x3)
y(x2)
y(x1) X
y(x0) X
X
X
x0 x1 x2 x3 .... xn
5
Com a solução numérica de uma equação diferencial, obtém-se uma
aproximação para os valores y ( x 0 ), y ( x1 ), y ( x 2 ), y ( x 3 ),......, y ( x n ) , ou seja:
x x1 x2 x3 ......... xn
y y1 y2 y3 ......... yn
dy
f ( x, y ) com valor inicial y ( x 0 ) y 0
dx
A solução desta equação resulta numa função y (x ) , como mostrado no gráfico:
y(x) y (x )
y ( x1 )
x0 x1 x
h x1 x 0
h x1 x 0
6
A partir da equação diferencial, pode-se observar que a derivada da função
y (x ) em um ponto qualquer x é dada por f(x,y). Conhecendo-se a derivada da função
y (x ) no ponto x 0 , ou seja [ f ( x 0 , y 0 ) ] , pode-se estimar o valor da função y (x ) no
ponto x1 por meio de relações trigonométricas:
y y1 y 0
h x1 x 0
h x1 x 0
y1 y 0 y1 y 0
tg ( ) f ( x 0 , y 0 ) f ( x0 , y 0 ) y1 y 0 hf ( x 0 , y 0 )
x1 x 0 h
Esta relação pode ser generalizada para um ponto i qualquer, resultando na forma de
recorrência para solução de equações diferenciais pelo Método de Euler:
y i y i 1 hf ( x i 1 , y i 1 )
Exemplo 8.3: Achar aproximações para a solução o problema de valor inicial, na malha
[0,1] e h=0,1, dado por:
y ' x y 2 para y (0) 2
3
y (x)
2.5
1.5
0.5
x
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
7
Resolvendo esta equação através do Método de Euler, iremos determinar
aproximações para pontos de y (x ) .
x0 0 y0 2
y1 y 0 f ( x 0 , y 0 )h 2 0,1 (0 2 2) 2
x1 x 0 h 0 0,1 0,1 y1 2
8
y 6 y 5 f ( x 5 , y 5 )h 2,09049 0,1 (0,5 2,09049 2) 2,131441
Na figura abaixo está plotada a solução numérica e a solução exata, observe que
para efeitos práticos podemos observar o comportamento dinâmico da variável, que é o quê
normalmente interessa em aplicações da engenharia.
3
solução numérica
solução exata
2.5
1.5
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
9
Na tabela abaixo, mostra-se os valores calculados comparados aos valores
exatos:
j xj yj y( x j ) y j y( x j )
0 0 2,0000000 2,0000000 0,000000
1 0,1 2,0000000 2,0048370 -0,004837
2 0,2 2,0100000 2,0187310 -0,008731
3 0,3 2,0290000 2,0408180 -0,011818
4 0,4 2,0561000 2,0703200 -0,014220
5 0,5 2,0904900 2,1065310 -0,016041
6 0,6 2,1314410 2,1488120 -0,-17371
7 0,7 2,1782969 2,1965850 -0,018288
8 0,8 2,2304672 2,2493290 -0,018862
9 0,9 2,2874205 2,3065700 -0,019149
10 1,0 2,3486784 2,3678790 -0,019201
10
Erro
Acum. y3 Erro Local
Erro Local Solução da
EDO em y 2
Erro Acumulado
= Erro Local y2
Solução da
y1 EDO em y1
y( x0 )
Solução y(x)
y( x 2 ) do PVI
y( x3 ) Sol. da EDO
y ( x1 ) em
Erro Acum.
x0 x1 x2 x3
x
h2 '' x j 1 x j
ET y ( )
2!
M 2h2
ET ( x k 1 )
2!
11
Observe que o erro de truncamento local é proporcional ao passo de integração ao
quadrado. O erro acumulado também pode ser limitado por um majorante:
12