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Marcela João

Nelson António Moisés

Renalde Rui Almeida Daúdo

Rodrigues Sitoi Domingos Sindique

Melhoramento Genético e Clonagem em Animais

Licenciatura em Agro-pecuária

2 ° Ano 5° Grupo

Universidade Pedagógica

Quelimane, Outubro

2018
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Marcela João

Nelson António Moisés

Renalde Rui Almeida Daúdo

Rodrigues Sitoi Domingos Sindique

Melhoramento Genético e Clonagem em Animais

Licenciatura em Agro-pecuária

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na cadeira de Genética Geral e
Aplicada recomendado pelo: Dr. Paulo
Nazaré Miguel

Universidade Pedagógica

Quelimane, Outubro

2018
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Índice pág.
1.Introdução.................................................................................................................................................3

2. Objectivos................................................................................................................................................4

2.3. Metodologia..........................................................................................................................................4

3. Melhoramento Genético de Animais........................................................................................................5

3.1. A Equação Básica Do Melhoramento Animal.......................................................................................5

3.2. Estratégias e Ferramentas Do Melhoramento Genético.........................................................................6

3.3. Selecção de Características e Seus Atributos.........................................................................................7

3.3.1. Características Quantitativas..............................................................................................................7

3.3.2. Características qualitativas.................................................................................................................7

3.4. Clonagem de Animais...........................................................................................................................8

3.4.1. Tipos de Clonagem.............................................................................................................................9

3.4.2.Com plicações da clonagem..............................................................................................................11

3.4.3. Patologias associadas a técnica.........................................................................................................11

4. Conclusão...............................................................................................................................................12

5. Referencias Bibliográficas......................................................................................................................13
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1. Introdução

A pecuária se consolidou nos últimos tempos como importante produtora de alimentos. Neste
contexto, esta actividade transformou-se também em importante elemento na captação de divisas
para certos países do mundo. Mais contudo recentemente, a produção de alimentos se vê frente a
outro desafio adicional criado pela demanda de energia a partir da agricultura. Além destas
dificuldades, somam-se outras relacionadas com a maior exigência dos consumidores; o
acirramento das disputas por mercado; as preocupações com o bem-estar animal, com a
conservação ambiental; e com os aspectos sociais dos sistemas produtivos e dos demais
segmentos da cadeia produtiva. Portanto para vencer estes desafios será necessário não só o
aumento da eficiência de produção mas também o desenvolvimento de novos conhecimentos e
novas tecnologias capazes de atender a estes requisitos e possibilitar produção em harmonia com
o ambiente.

Nesta perspectiva, no presente trabalho será abordado acerca do melhoramento genético e


clonagem em animais, através de um levantamento bibliográfico que nos orienta, como forma a
compreender estas técnicas de aperfeiçoamento das espécies animais de interesse zootécnico
Identificando as técnicas biotecnológicas utlizadas para o melhoramento genético de animais; e
explicar como são produzidos os animais, através das técnicas de melhoramento genético e
clonagem na tentativa de proporcionar aumentos significativos na qualidade e quantidade dos
produtos de origem animal. E não deixando de lado a reflecção acerca da qualidade e
sustentabilidade do animal melhorado geneticamente no meio ambiente com vista a garantir não
só a segurança alimentar da população Humana mas também da população Animal no meio de
seu habitat.
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2. Objectivos
2.1. Gerais
 Compreender e adquirir conhecimentos sobre o melhoramento genético e
clonagem em animais, a partir das literaturas consultadas.
2.2. Específicos
 Identificar as técnicas biotecnológicas utlizadas para o melhoramento genético de
animais;
 Explicar como são produzidos os animais, através das técnicas de melhoramento
genético e clonagem;
 Reflectir acerca da qualidade e sustentabilidade do animal melhorado
geneticamente no meio ambiente.
2.3. Metodologia

Método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e
economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista, Marconi & Lakatos
(2003).

Deste modo para a realização deste trabalho foi na base duma extensa revisão de literaturas, na
qual ocorrerão contribuições de autores que deram oportunidades para a construção teórica como:
objecto de estudo. Foram utilizados, documentos online como: artigos de revistas electrónicas
disponíveis em base de dados de Universidades e Faculdades e as ferramentas de pesquisa
utilizadas foram Google académico (pesquisa avançada), Scientific Electronic Library Online -
SCIELO e em livros.
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3. Melhoramento Genético de Animais

Entende-se por melhoramento genético como o conjunto de processos que visam a aumentar a
frequência dos genes desejáveis ou das combinações genéticas boas em uma população. O
melhoramento genético animal tem por finalidade aperfeiçoar a produção dos animais que
apresentam algum interesse para o homem.

O objectivo do melhoramento genético, de um modo geral, é alcançar melhores níveis de


produção, produtividade e/ou qualidade do produto em sintonia com o sistema de produção e as
exigências do mercado. Para o alcance deste objectivo, várias características expressas pelos
animais precisam ser monitoradas. Adaptabilidade, eficiência reprodutiva, viabilidade, pesos
corporais, taxas de crescimento, qualidade da carcaça e da carne são alguns exemplos (Rosa, et al
2013).

3.1. A Equação Básica Do Melhoramento Animal

A expressão observável ou mensurável das características, é conhecida por fenótipo (P), no


entanto, é um resultado que depende do genótipo do animal (G), para o qual pai e mãe
contribuem igualmente, no momento da fecundação; do ambiente (E) no qual ele é criado e da
interacção genótipo x ambiente (GxE), que representa as expressões dos genótipos quando
expostos a diferentes condições ambientais. Estas relações consideradas conjuntamente podem
ser expressas como (Rosa, et al 2013):

P = G + E + (GxE)

O ambiente envolve todos os factores não genéticos que contribuem, positiva ou negativamente,
para a expressão fenotípica. De um ponto de vista restrito, inclui os efeitos proporcionados pelo
próprio criador, directamente, aos animais ou ao sistema produtivo. De uma forma mais ampla, o
ambiente envolve aspectos sobre os quais o homem dificilmente tem poder de controlo a não ser
em raras situações, mas à custa de elevados investimentos.

Nesta visão, existem variáveis como temperatura, radiação solar, precipitação pluviométrica e
altitude. Com relação a este aspecto, a escolha, pura e simples, de animais adaptados às condições
ambientais da propriedade pode ser o primeiro passo em direcção ao sucesso do empreendimento.
Escolhida a raça ou sistema de cruzamento, a primeira providência em busca da eficiência
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económica do empreendimento consiste em proporcionar a todos os animais as melhores


condições de criação. A partir deste ponto ficará mais fácil ao criador, com suporte de um
programa de melhoramento, identificar os animais geneticamente superiores para as
características de interesse (Rosa et al 2013).

3.2. Estratégias e Ferramentas Do Melhoramento Genético

As alternativas clássicas para o melhoramento genético são: escolha da raça melhor adaptada,
formação de novas raças, cruzamentos e sistemas combinados. A primeira destas, sem dúvida, é a
mais simples, uma vez que o criador pouco terá que investir em obras e tratamentos especiais, em
comparação ao que outras raças menos adaptadas poderiam exigir em conforto e saúde
necessários para bons índices de produção. Os cruzamentos são práticos mais simples, sendo,
portanto, mais viáveis de serem utilizados pelos produtores comerciais. A decisão por qualquer
destas alternativas passa obrigatoriamente pelo conhecimento das características das várias raças
disponíveis, do meio ambiente onde os animais serão criados e do mercado a ser atendido. A
partir da análise conjunta destes aspectos é possível uma opção consciente não pelo sistema que
seja biologicamente superior, mas por aquele economicamente mais rentável. Em qualquer destas
situações, no entanto, a selecção, a reprodução diferenciada dos animais superiores e os sistemas
de acasalamento são ferramentas que devem ser permanentemente utilizadas (Rosa, et al, 2013).

 De acordo com Kleper a selecção é o processo decisório que indica quais animais de uma
geração tornar-se-ão pais da próxima, e quantos filhos lhes serão permitidos deixar. Em
outras palavras, pode-se entender selecção como sendo a decisão de permitir que os
melhores indivíduos de uma geração sejam pais da geração subsequente. A selecção, de
modo geral, tem o objectivo de melhoria e/ou fixação de alguma característica de
importância. Isso quer dizer que ela tem por finalidade aumentar, na população, a
frequência de alelos favoráveis.
 Já o acasalamento, por outro lado, é um termo amplo que para animais domésticos,
criados com fins comercias, é importante quando resulta em concepção, gestação e
nascimento de filhos. Dessa forma, é um elemento complementar fundamental no
processo de selecção. Quando o acasalamento ocorre entre indivíduos pertencentes a raças
diferentes denomina-se cruzamento.
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3.3. Selecção de Características e Seus Atributos

O efeito da selecção depende da quantidade da variância genética aditiva e não da variância


genética em geral. Portanto, é a herdabilidade restrita, não a herdabilidade ampla, que prevê a
resposta a selecção (Griffiths... [et al.] 2008).

3.3.1. Características Quantitativas

Kleper, diz que as características ditas quantitativas são, de modo geral, influenciadas por muitos
genes em vários loci, ao contrário daquelas chamadas características qualitativas, que são
influenciadas por poucos genes em um locus.

E que um outro aspecto peculiar às características quantitativas, é que a definição de grupos de


indivíduos de acordo com elas só existirá de forma arbitrária, pois não existe descontinuidade
natural em suas variações. Este grupo de características é representado pelos caracteres métricos
que possuem variação contínua, como por exemplo, medidas corporais, pesos, produção de leite
etc. Assim, fica evidente que as características quantitativas são de extrema importância
económica em uma produção animal.

Para que seja possível relacionar as frequências génica e genotípica com as diferenças
quantitativas exibidas pelas características métricas há necessidade de se entender o conceito de
valor, ou seja, aquele valor observado quando se mede uma característica.

As características de importância económica em gado de corte são, em geral, quantitativas em


natureza e possuem os seguintes atributos:

 São influenciadas por muitos genes; a maioria dos quais individualmente tem efeito
pequeno;
 Efeitos aditivos, de dominância, e epistáticos, apesar de serem de importância variável,
dependendo da característica, estão sempre presentes,
 A expressão dos genes é grandemente influenciada pelo ambiente.
3.3.2. Características qualitativas

Características qualitativas são aquelas cuja herança é controlada por um ou por poucos pares de
genes. Os fenótipos nestes casos podem ser incluídos em categorias ou grupos, apresentando
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classificação discreta. Exemplos: musculatura normal ou dupla, pelagem preta ou vermelha, entre
outras. Algumas características qualitativas, especialmente aquelas ligadas à definição do padrão
da raça, como pigmentação da pele e cor da pelagem, aparentemente, podem não ter efeitos
directos sobre a produção animal. Afectam, no entanto, o processo de adaptação ao meio
ambiente, a viabilidade e a reprodução dos animais. Geralmente, as diferenças entre animais com
relação às características qualitativas são causadas por diferenças no genótipo em um simples
loco, (Rosa, et al., 2013).

Em uma análise superficial, a selecção, ou seja, a escolha dos melhores indivíduos da geração
actual para pais da geração futura pode parecer um processo simples. No entanto, ao se escolher
um animal escolhe-se o indivíduo como um todo com uma série de características, algumas delas
até muito difíceis de serem avaliadas quantitativamente. O conceito de melhor, portanto, é muito
complexo. Além da atenção às características objecto da selecção do ponto de vista genético, é
preciso cuidado especial com a adaptabilidade e funcionalidade dos animais, tendo em vista o
sistema produtivo, e com o valor económico da produção, em função do mercado. Do ponto de
vista do criador e do consumidor, os melhores indivíduos poderiam ser aqueles que
apresentassem adaptabilidade, eficiência na utilização dos recursos, saúde, fertilidade,
longevidade, carcaça com bom acabamento e elevado rendimento e carne macia, suculenta e
saborosa, dentre outras características. Fica claro, portanto, que o processo de selecção é
complexo. As características são muitas e de relações às vezes antagónicas. Dificilmente o
melhoramento genético poderá ser alcançado de maneira simultânea para todas elas. Muitas e
muitas gerações e perseverança de propósitos serão necessárias para o alcance de bons resultados,
até que outros objectivos sejam definidos pelos sistemas de produção e mercados, reiniciando-se
novos ciclos de selecção, (Rosa, et al., 2013).

3.4. Clonagem de Animais

Clonagem é a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução


assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo-
microorganismo, vegetal ou animal (Wikipédia a enciclopédia livre).

A clonagem de um gene requer seu isolamento, sua inserção em um pequeno elemento genético
auto-replicante, como um plasmídeo ou cromossoma viral, e sua amplificação durante a
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replicação do plasmídeo ou cromossoma viral em célula hospedeira apropriada (geralmente uma


célula de E. colz), (Snustad &Simmons, 2013).

O desenvolvimento de tecnologias de ADN recombinante e de clonagem génica muniu os


geneticistas moleculares de métodos pelos quais genes ou outros segmentos de grandes
cromossomas podem ser isolados, replicados e estudados por técnicas de sequenciamento de
ácidos nucleicos, microscopia electrónica e outras técnicas analíticas. Na verdade, existem duas
metodologias de amplificação dos genes ou de outras sequências de ADN.

 Uma com amplificação da sequência in vivo e a outra, in vitro.


 A segunda metodologia só pode ser usada quando se conhecem sequências nucleotídicas
curtas de cada lado da sequência de ADN de interesse.

Na primeira metodologia, um minicromossomo que tem o gene de interesse é produzido em tubo


de ensaio e, depois, introduzido em uma célula hospedeira apropriada. Esse procedimento de
clonagem génica tem duas etapas essenciais:

1. Incorporação do gene de interesse em um pequeno cromossoma auto-replicante ( in vitro)


2. Amplificação do minicromossomo recombinante por sua replicação em célula hospedeira
apropriada ( in vivo).

A 1 ª etapa é a união in vitro de duas ou mais moléculas diferentes de DNA para produzir
moléculas de DNA recombinantes, por exemplo, um gene humano inserido em um plasmídeo de
E. coli ou outro minicromossomo auto-replicante. A 2ª etapa é a clonagem génica propriamente
dita, na qual a molécula de DNA recombinante é replicada ou "clonada" para produzir muitas
cópias idênticas para análise bioquímica subsequente. Na 2ª etapa, o minicromossomo
recombinante é introduzido em células de E. coli, onde se réplica e produz muitas cópias da
molécula de ADN recombinante. Embora todo o procedimento geralmente seja denominado
técnica de recombinação de ADN ou de clonagem génica, esses termos referem-se, na verdade, a
duas etapas diferentes do processo. (Snustad &Simmons, 2013).

3.4.1. Tipos de Clonagem


I. Clonagem Reprodutiva: visa à produção de um indivíduo completo por transferência do
núcleo de uma célula somática de doador para um ovócito enucleado, seguida pela
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transformação do ovócito em uma cópia geneticamente idêntica do doador. Em 1997, os


pesquisadores no Roslin Institute da Escócia produziram o primeiro mamífero clonado -
uma ovelha baptizada de Dolly, criada por substituição do núcleo de um ovócito pelo
núcleo de uma célula retirada do úbere de uma ovelha adulta. (Snustad &Simmons, 2013).

A clonagem reprodutiva é uma tecnologia usada para gerar um animal que tenha o mesmo ADN
nuclear de um animal previamente existente. Os cientistas transferiram o material genético do
núcleo da célula somática de um doador adulto para um óvulo cujo núcleo e, consequentemente,
o seu material genético fora removido. O óvulo reconstruído contendo o ADN de uma célula
somática foi tratado com substâncias químicas e passou a se comportar como um zigoto recém-
fertilizado. O zigoto passou a se dividir e se transformou em um embrião. Quando o embrião
atingiu um estágio viável, foi implantado no útero de uma fêmea hospedeira, onde se
desenvolveu até o nascimento.

Desde a criação de Dolly, os cientistas produziram muitos outros animais por clonagem
reprodutiva - camundongos, gatos, vacas e cabras. Portanto, as células diferenciadas parecem ter
o potencial genético de guiar o desenvolvimento. ' As vezes, porém, animais produzidos por
clonagem reprodutiva têm anormalidades do desenvolvimento e a vida encurtada. Com
frequência, há atraso do crescimento. Essa ausência de vigor sugere que os núcleos somáticos
usados na clonagem reprodutiva são diferentes dos núcleos zigóticos produzidos por fertilização
comum. Talvez os núcleos somáticos tenham acumulado mutações ou sofrido alterações
associadas ao imprinting genético ou à inactivação cromossómica

II. Clonagem Natural: Há participação de células sexuais (gametas), como é o caso das
bactérias, da maioria dos protozoários e algumas leveduras. Exemplo: Anémona-do-mar
através da gemulação. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no
tatu e, mais raramente, nos gémeos univitelinos.
III. Clonagem Embrionária: Por esse processo, multiplica-se o embrião do animal em
estudo produzindo, assim, gémeos ou trigémeos, etc. É um processo similar ao da
natureza.
Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do ovo, os descendentes
idênticos tem origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Em seguida,
os cientistas inserem um núcleo retirado de uma célula adulta da pessoa que querem
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clonar. Essa célula, é diplóide, ou seja, tem o conjunto completo de cromossomas e genes.
Através de um choque eléctrico aplicado ao óvulo, os cientistas induzem a sua divisão,
dando início à geração do embrião. De modo a ser usada para fins terapêuticos, essa
divisão é interrompida artificialmente quando os cientistas conseguem colher as células
em que estão interessados, como por exemplo as células-tronco. Essas são células
primitivas dão origem a todas as demais, como células nervosas, células do coração, etc.
III.4.2.Complicações da clonagem

Embora animais de diferentes espécies tenham sido clonadas a partir de células somáticas em
diversos laboratórios pelo mundo, o êxito na produção de clones por transferência nuclear
continua bastante baixo. Além disso, grandes variações nos resultados acontecem
frequentemente, apesar do uso das mesmas condições de clonagem, incluindo o tipo de célula, a
activação e o cultivo dos embriões. A baixa eficiência e a grande variação nos resultados
decorrem dos diversos problemas que afectam os embriões produzidos por transferência nuclear,
desde o estádio de pré implantação até o desenvolvimento pós natal dos animais clonados
(LAGUTINA et. al, 2005 citado por Trecenti &Zappa 2013).

III.4.3.Patologias associadas a técnica

Diversas anomalias têm sido constatadas durante a gestação e após o nascimento de animais
produzidos pela técnica de TNCS. A baixa eficiência e o desenvolvimento anormal de animais
são principalmente em virtude da reprogramação incompleta e da expressão génica anormal.
Dentre as principais anomalias, verificam-se: cardiopatias, placentação anormal, hidroalantóide,
deficiência imunológica, disfunção renal, alterações no metabolismo energético e hipertensão
pulmonar (YOUNG et al.,1998; HEYMAN, 2005; CAMPBELL et al., 2007 citado por Trecenti
&Zappa 2013).
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4. Conclusão

Todo desenvolvimento actual da ciência, esta relacionada mutuamente com o crescente aumento
do número da população Humana mundial, o que de certa forma afecta no sector de produção
animal. Nesta perspectiva, concluímos que as actividades estimuladas pelos conhecimentos da
genética vêm na tentativa de suprir as necessidades nutricionais desse aumento.

Portanto, é através das técnicas de selecção de raças e cruzamentos de espécies diferentes que se
faz o aperfeiçoamento de raças tendo em conta o património genético e as características
desejáveis que se pretendem adquirir com este procedimento, e olhando principalmente na
qualidade e integridade do habitat animal, pois este ultimo factor condiciona as características
fenotipicas dos animais através dos vários factores que não podem ser controlados pelo homem.

O processo de melhoramento por clonagem é natural em todos os seres originados a partir de


reprodução assexuada (ou seja, na qual não há participação de células sexuais), como é o caso das
bactérias, dos seres unicelulares. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como
no tatu e nos gémeos univitelinos. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação
do ovo, os descendentes idênticos tem origem a partir de um processo assexuado de divisão
celular. Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o
mesmo gene, ou património superior genético.
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5. Referencias Bibliográficas
i. GRIFFITHS, Anthony J. F.... [et al.]; [traduzido por Paulo A. Motta].Introdução a
genética - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
ii. KLEPER, Euclides Filho; Melhoramento Genético Animal No Brasil: Fundamentos,
História E Importância. Disponível em: https://ebah-
files.s3.amazonaws.com/ABAAABgXwAF?Signature=75r
%2BMquuIYRGXcFP6v5JOczwBV8%3D&AWSAccessKeyId=AKIAIII5BVM6PM2O7
MPA&Expires=1538422504. Acesso a 30 de Setembro de 2018.
iii. ROSA, António do Nascimento, [et al].Melhoramento genético aplicado em gado de
corte: Programa Geneplus-Embrapa; Brasília, DF : Embrapa, 2013. 256 p. : il. color. ;
17 cm x 24 cm.
iv. SNUSTAD, D. Peter & SIMMONS, Michael J.; tradução Cláudia Lúcia Caetano de
Araújo. Fundamentos de genética - 6. ed . -Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
v. TRECENTI, Anelise De Souza & ZAPPA, Vanessa; Clonagem Animal; Revista
Científica Electrónica De Medicina Veterinária – ISSN: 1679-7353 Ano XI – Número 20
-Janeiro de 2013. Periódicos Semestral. Disponível em:www.revista.inf.br
www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. Acesso a 30 de Setembro de 2018.

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