Você está na página 1de 3

Biologia Reprodutiva da Harpia, a Águia Real Brasileira .

A águia-real brasileira é uma das aves de rapina mais imponentes e


majestosas encontradas no Brasil. Encontrada principalmente em regiões de
floresta tropical, a espécie é considerada um importante indicador da saúde do
ecossistema local, pois se alimenta de animais que ocupam diferentes níveis
da cadeia alimentar.
Em conservação, a prioridade é sempre proteger as espécies em seu ambiente
natural. No entanto, a ave de rapina harpia (Harpia harpyja), que vem sendo
retirada da natureza por captura ilegal e frequentes resgates após derrubada
de árvores-ninho são encaminhadas pelos órgãos ambientais oficiais e
mantidas em cativeiro em instituições autorizadas pelo IBAMA.
Os objetivos desse projeto é criar um texto informativo quanto a biologia
reprodutiva da Harpia, que é um animal nativo no entanto pouco conhecido.
A área de diversidade da águia-real brasileira é bastante ampla, com registros
da espécie em diversas regiões do país, incluindo as regiões Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste. No entanto, a perda de habitat e a caça ilegal são
ameaças significativas à sua sobrevivência.
O Plano de Ação para a Conservação de Aves de Rapina propôs medidas
para a conservação de espécies de rapinantes, incluindo a harpia, tais como:
Intensificação da fiscalização ambiental, principalmente nas proximidades das
unidades de conservação, promovendo a proteção das espécies em seu
hábitat; fomento à pesquisa sobre as espécies ameaçadas, incentivo à
formação especializada e à qualificação profissional.
Ações para a conservação da harpia, que incluem a formação de populações
geneticamente viáveis, o controle sanitário dos animais, o incentivo à pesquisa
em zoológicos e criadouros, o domínio das técnicas de reprodução em
cativeiro, mesmo sabendo que historicamente a reprodução de harpias em
ambientes de exposição é baixa ou inexistente, e quando ocorre reprodução a
taxa de sobrevivência e o desenvolvimento.
As técnicas efetivas para solturas e reintrodução adotadas a fim de incentivar a
conservação da espécie são de extrema importância uma vez que os animais
são retirados da natureza, a partir de apreensões de caçadores e resgates
decorrentes da derrubada de árvores-ninho, sobreviventes a ferimentos por
projéteis e cativeiros ilegais.
A biologia reprodutiva da águia-real brasileira é um aspecto crucial para a
conservação da espécie. Ela é uma ave monogâmica, com o casal formando
laços duradouros ao longo de suas vidas.
O período de acasalamento ocorre entre julho e agosto, e o casal constrói um
ninho de grandes proporções em uma árvore alta ou no topo de uma falésia. A
fêmea geralmente põe um único ovo, que é incubado por cerca de 45 dias.
Imagem: divulgação/mundo ecologia
Os filhotes permanecem no ninho por cerca de três meses, sendo alimentados
pelos pais até que estejam prontos para deixar o ninho.
O manejo reprodutivo manejo reprodutivo adotado associado à retirada de ovos
para incubação artificial além dos cuidados realizados com os animais,
incluindo a sua nutrição, contribuem para o aumento da taxa reprodutiva e para
a sobrevivência dos filhotes
Além da sua importância ecológica, a águia-real brasileira é uma espécie de
grande interesse para a ciência e conservação. Com isso, existem projetos de
pesquisa que buscam compreender melhor sua biologia e comportamento,
além de estratégias de melhoramento genético que visam aprimorar a saúde e
a diversidade genética da população.
Os meios de distribuição e acesso ao material genético melhorado incluem a
disponibilização de sêmen e ovos para programas de reprodução em cativeiro,
além do desenvolvimento de técnicas de inseminação artificial que possam
facilitar a reprodução da espécie em cativeiro. Tudo isso pode contribuir para
garantir a sobrevivência da águia-real brasileira, uma das aves de rapina mais
impressionantes e importantes do Brasil.
De forma geral a reprodução de harpia no Brasil está restrita a poucas
instituições, É necessário melhorar a técnica de manejo nas instituições
mantenedoras e estimular o uso de instalações com isolamento reprodutivo por
estas instituições para ampliar a participação genética dos animais fundadores
na população de segurança a ser criada, principalmente com animais
provenientes da natureza, permitindo também que futuros pareamentos de
indivíduos nascidos em cativeiro tenham maior chance de sucesso na
produção de filhotes.

.
Imagem: divulgação/mundo ecologia
Imagem: divulgação/mundo ecologia
Referências Bibliográficas

ARTIGOS. Águias brasileiras: informativo sobre todas as aves de rapina do território brasileiro, Por:
Willian Menq | Atualizado em 20 de abril de 2020
Disponível em: <http://www.avesderapinabrasil.com/materias/aguiasbrasileiras.htm>. Acesso
em: 01 de abril de 2023.

Braz. J. Poult. Sci. 2 (2) • Ago 2000 https://doi.org/10.1590/S1516-635X2000000200001<https://


www.scielo.br/j/rbca/a/Sdkhm6SQRmsrft6XrDRrxxQ/?lang=pt>. Acesso em: 02 de abril 2023

Imagem: divulgação/mundo ecologia

Você também pode gostar