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Alisson Andrade de Carvalho Costa1; Ariane de Brito da Silva1; Filipe Ramos de Melo Dias e
Silva1; Isabelle Duarte Clemente1; Rayane Nóbrega dos Santos Oliveira1; Gedean Galdino
da Cruz Silva2
RESUMO
Segundo a IUCN – Internacional Union for the Conservation of Nature, 2016, a ordem
Psittaciformes possui 374 espécies sendo que 88 delas estão dentro dos limites do território
nacional e entre estas estão os papagaios do gênero Amazona (Nascimento et al., 2017).
De coloração marcante, grande capacidade cognitiva e facilidade em mimetizar a fala
humana, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), também conhecido com os nomes:
ajuruetê, ajuru verdadeiro, curau, papagaio-comum, papagaio-curau, papagaio-grego,
trombeteiro, papagaio-baiano, louro, papagaio-do-chaco e papagaio-de-fronte-azul (Prado,
2023), é um psitacídeo muito procurado, principalmente dentro do mercado negro de
animais silvestres para ser criado como pet, e embora não seja uma ave em extinção, a sua
captura constante poderá levá-la a lista de animais ameaçados. É possível ter um espécime
deste de forma legal através de permissão dos órgãos competentes como o IBAMA, e é
importante que o tutor tenha um prévio conhecimento sobre a biologia da espécie, cuidados
com manejo, alimentação, ambiente de convívio, presença de outros animais contactantes,
disponibilidade de espaço e tempo, pois são uma espécie longeva podendo chegar até a 80
anos de idade em cativeiro, e costumam adotar uma pessoa da família e se separada desta
poderá entrar em um quadro de depressão e vir a óbito. Nativa do Brasil oriental, pode ser
encontrada no interior da América do Sul em países como a Argentina, Bolívia, e Paraguai.
Deste modo, este trabalho falará um pouco sobre as características gerais, taxonomia,
manejo, criação, reprodução, desenvolvimento e saúde da espécie.
Palavras-chave: Ajuruetê; Ave; Louro; Psitacídeo; Silvestres;
1. INTRODUÇÃO
Figura 1 (A) Amazona aestiva; (B) Amazona aestiva xanthopteryx; (C) Amazona aestiva com
plumagem lutina
4. REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Ao atingirem a idade adulta, as aves começam a parear, ou seja, procurar seu par.
São monogâmicos, assim que formam os casais, permanecem juntos por toda a vida, figura
3 C. Reproduzem-se entre as estações da primavera e verão, nesta época procuram por
buracos em barrancos, oco de árvores e cavidades em rochas como pode ser observada na
figura 3 D. Em gaiolas os ninhos devem estar em posição vertical e na parte superior para
mimetizar a natureza. As fêmeas podem por até quatro ovos como visto na figura 3 E, e o
período de eclosão é de aproximadamente de 23 dias (Perencin et al., 2011). Os filhotes
ficam no ninho por cerca de dois meses. Aos cinco anos já são aves adultas.
Em vida livre, essas aves povoam os locais que são favoráveis a manutenção de sua
espécie, contudo quando cativas, seus hábitos são modificados e isto pode intercorrer em
seu estado de saúde, que está intimamente ligada ao manejo. A alimentação deficiente e
instalações inadequadas, são fatores de expõe esses animais ao estresse, desencadeando
baixa de imunidade o que irá abrir as portas para a entrada de diversas doenças como a
síndrome do arrancamento de penas (figura 3 F) - provocada por deficiência nutricional;
estresse por lotação de gaiola; deficiência endócrina; parasitoses; falta de reprodução;
hipovitaminose A - causada pela falta de vitamina A devido a uma alimentação
desequilibrada com grande quantidade de sementes; doenças respiratórias – causada por
fungos, bactérias, vírus geralmente advindas da falta de higiene unidas a baixa imunidade
do animal mal manejado, além de doenças zoonóticas como a clamidiose – mais
preocupante entre as zoonoses de animais criados como pet por causar pneumonia no ser
humano (Perencin et al., 2011). Para aves cativas é importante manter um bom protocolo
alimentar com todos os nutrientes que teriam se livres na natureza, enriquecimento
ambiental, atenção às instalações de gaiolas, bem como os materiais que são fabricados.
Imagem 3 (A) poleiro; (B) alimentação; (C) casal; (D) ninho; (E) ovos e filhote;
(F) ave doente
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Sibbr. Governo Federal (org.). Amazona aestiva (Linnaeus, 1851): papagaio-
verdadeiro. Papagaio-Verdadeiro. 2020. Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil e Lista da
Flora do Brasil 2020. Disponível em: https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala
bie/species/174974#classification. Acesso em: 05 nov. 2023.
PERENCIN, F.; CUNHA, L. L.; RIGOLETO, L.; MARTELLI, L.; COZEU, L.; BONICI, M.;
GOMES, M. D.; MARTINS, T.; COSTA, T. A.; FAUSTO, T,; TAIRA, R.; Manual Informativo
sobre Posse Responsável de Psitacídeos. Botucatu: Fmzv, 2011. p.18. Disponível em:
https://www.fmvz.unesp.br/Home/sobreocampus/cempas/manual-informativo-sobre-posse-
responsavel-de-psitacideos.pdf. Acesso em: 20 nov. 2023.
PRADO, F.; (ed.). Papagaio-verdadeiro. Última atualização. 2023. Elaborado por WikiAves.
Disponível em: https://www.wikiaves.com/wiki/papagaio-verdadeiro#. Acesso em: 05 nov.
2023.