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anterógrada (walleriana) é a degeneração de axônios que são separados de seus corpos celulares.

O processo degenerativo
inclui o axônio e sua bainha de mielina, embora essa bainha não faça parte do neurônio lesado.
O comprometimento do suprimento sanguíneo de um nervo por longo período pela compressão dos vasos dos nervos
(vasa nervorum) (Figura I.33) também pode causar degeneração do nervo. A lesão causada pela isquemia (suprimento
sanguíneo inadequado) prolongada de um nervo pode não ser menos grave do que aquela causada por esmagamento ou até
mesmo secção do nervo. A “síndrome do sábado à noite”, assim denominada porque ocorre em um indivíduo embriagado
que “cai inconsciente” com um membro sobre o braço de uma cadeira ou a beira da cama, é um exemplo de parestesia mais
grave, muitas vezes permanente. Esse distúrbio também pode ser causado pelo uso prolongado de um torniquete durante
um procedimento cirúrgico. Se a isquemia não for muito prolongada, ocorre dormência ou parestesia temporária. A
parestesia transitória é conhecida por qualquer pessoa que tenha recebido uma injeção de anestésico para tratamento
dentário.

Pontos-chave
PARTES CENTRAL E PERIFÉRICA DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso pode ser funcionalmente dividido em uma parte central (SNC), que consiste no encéfalo e na medula
espinal, e uma parte periférica (SNP), formada pelas fibras nervosas e seus corpos celulares situados fora do SNC. ♦ Os
neurônios são as unidades funcionais do sistema nervoso. São formados por um corpo celular, dendritos e axônios. ♦ Os
axônios neuronais (fibras nervosas) transmitem impulsos para outros neurônios ou para um órgão ou músculo-alvo ou, no
caso de nervos sensitivos, transmitem impulsos dos órgãos sensitivos periféricos para o SNC. ♦ A neuróglia é formada pelas
células de sustentação, não neuronais, do sistema nervoso. ♦ No SNC, um conjunto de corpos celulares de neurônios é
chamado de núcleo; no SNP, os agregados de corpos celulares de neurônios (ou mesmo os corpos celulares solitários)
constituem um gânglio. ♦ No SNC, um feixe de fibras nervosas unindo os núcleos é denominado trato; no SNP, um feixe de
fibras nervosas, o tecido conjuntivo que as mantém unidas e os vasos sanguíneos que as irrigam (vasa nervorum) constituem
um nervo. ♦ Os nervos que saem do crânio são nervos cranianos; aqueles que saem da coluna vertebral são nervos espinais.
♦ Embora alguns nervos cranianos conduzam um único tipo de fibra, a maioria dos nervos conduz diversas fibras viscerais ou
somáticas e sensitivas ou motoras.

Divisão somática do sistema nervoso


A divisão somática do sistema nervoso (DSSN), formada pelas partes somáticas do SNC e do SNP, proporciona inervação
sensitiva e motora a todas as partes do corpo, exceto as vísceras nas cavidades, músculo liso e glândulas (Figuras I.41 e I.42).
O sistema sensitivo somático transmite sensações de tato, dor, temperatura e posição a partir dos receptores sensitivos. A
maioria dessas sensações alcança níveis conscientes (isto é, tomamos conhecimento delas). O sistema motor somático
inerva apenas o músculo esquelético, estimula o movimento voluntário e reflexo, causando contração muscular, como ocorre
quando uma pessoa toca um ferro quente.

Divisão autônoma do sistema nervoso


A divisão autônoma do sistema nervoso (DASN), classicamente descrita como sistema nervoso visceral ou sistema motor
visceral (Figuras I.41 e I.42), consiste em fibras motoras que estimulam o músculo liso (involuntário), o músculo cardíaco
modificado (o complexo estimulante do coração) e as células glandulares (secretoras). Entretanto, as fibras eferentes viscerais
da DASN são acompanhadas por fibras aferentes viscerais. Como componente aferente dos reflexos autônomos e na
condução de impulsos viscerais, essas fibras aferentes viscerais também atuam no controle da função visceral.

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