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BRASÍLIA
2020
1. INTRODUÇÃO
Com a Revolução Industrial na Europa no século XVIII, a Engenharia
Mecânica acabou dedicando a projetos, produção e manutenção de maquinas.
Os fundamentos da engenharia mecânica e industrial continuam sendo pontos
fortes da formação de profissionais nesta área e dos docentes pesquisadores
envolvidos neste processo.
O sucesso de qualquer projeto depende muito da validade e adequação dos
modelos de engenharia utilizados para prever e analisar seu comportamento
antes da construção de qualquer máquina. A criação de um modelo de
engenharia útil para um projeto é provavelmente a parte mais difícil e
desafiadora de todo o processo. Seu sucesso depende tanto de experiência
como de habilidade. O mais importante é a compreensão completa dos
princípios básicos e dos fundamentos da engenharia (Norton, 2013).
A maior parte dos equipamentos ou peças são projetadas para solucionar
alguma necessidade em especifico e podem ser aprimorados de acordo com a
utilização, quando se trata de um equipamento com diversos sistemas
encarasse uma dificuldade evidente de associar o conjunto para funcionar de
forma que atenda as expectativas do projeto, isso não é algo simples tendo em
vista que cada peça ou sistema possuem particularidades.
A necessidade de se ter reduções em sistemas mecânicos para
determinados equipamentos se tem se a necessidade de trazer componentes
simples e custo barato, neste conceito e através das teorias de elementos de
maquinas traz o uso de conjunto de engrenagens.
O presente trabalho visa utilizar destas teorias e conceitos para apresentar
um conjunto redutor com engrenagens de dentes retos para um moedor de
cana, fazendo o dimensionamento do conjunto e apresentando de forma
analítica que tais dimensionamentos com resistiram e executaram o processo
redução sem ter desgaste prematuro das engrenagens além de apresentar a
modelagem no CAD solidworks.
2. OBJETIVO
Com base na teoria de engrenagens dimensionar e fazer a análse de tensões
em um redutor para uma máquina moedor de cana.
a. Características;
b. Aplicações;
c. Materiais;
d. Metodologia de cálculo;
e. Análise de tensões;
Para melhor definir o tamanho do dente se utiliza o passo diametral (𝑃𝑑), muito
utilizado nos Estados Unidos, com os dados de entrada em polegadas e é
calculada por:
𝑁𝜋
𝑃𝑑 = =
𝑑 𝑃𝑐
3.1 MATERIAIS
4. PROJETO
O projeto que será apresentado foi resultado da observação de uma
necessidade dentro de uma empresa , que tem a função de se fazer uma
redução em um equipamento para moer cana, com base em informações
definidas pela empresa se será capaz de determinar a quantidade de
engrenagens para se fazer a redução visando transformar velocidade em
torque uma vez que o equipamento espreme cana para se tirar seu caldo.
O sistema precisa ter no rolo de moer a cana uma rotação de 21 rpm para se
efetuar a moagem da cana.
4.1 MATERIAIS
Quando um corpo gira em torno de um eixo fixo, todo ponto P desse corpo tem
movimento circular. Para estudar esse movimento, é necessário primeiro
discutir o movimento angular do corpo em torno do eixo (HIBBLER, 2007).
Para que seja considerado o valor mais próximo das condições reais do
sistema de transmissão da moenda de cana de açúcar, devem-se usar valores
de rendimento desejados, para os mancais, correias, polias e engrenagens. A
tabela representa o rendimento para esses fatores.
𝑃𝑢1 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ∗ 𝜂𝑐 ∗ 𝜂𝑚
A equação a seguir dando procedência ao cálculo de potência útil no segundo
eixo:
𝑃𝑢1 = 1.041,59 𝑊
𝑃𝑢2 = 929,52 𝑊
𝑃𝑢3 = 901,63 𝑊
4.3 DIMENSIONAMENTO DAS ENGRENAGENS
Inicialmente foi calculado o módulo (M), sendo está a relação entre o diâmetro
externo e o número de dentes, com unidade em mm. Engrenagens que se
acoplam devem ter o mesmo módulo a fim de que os espaços entre os dentes
sejam compatíveis. O módulo foi calculado por meio da próxima equação.
𝐷𝑒 114
𝑀= == 8,14 𝑚𝑚
𝑍+2 12 + 2
Com base nas informações obtidas através dos cálculos apresentados e junto
com o conjunto de informações e possível determinar as dimensões das outras
engrenagens a fim de se chegar a redução desejada. A tabela 7 mostra as
principais e relevantes dimensões para ter o conjunto de engrenagens para se
fazer a redução.
Tabela 7- Dimensões das engrenagens do conjunto
N° Dentes Diâmetro Externo
Engrenagem 1 12 14 mm
Engrenagem 2 12 14 mm
Engrenagem 3 16 51,85 mm
Engrenagem 4 16 51,85 mm
Engrenagem 5 43 105 mm
Engrenagem 6 67 190mm
Para a criação do modelo de engrenagem cilíndrica de dentes retos, utilizou-se
software SolidWorks. Inicialmente ao trabalhar com o software, escolhe-se o
plano no qual o modelo será desenvolvido ilustrado nas figuras.
𝑃𝑑 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙
𝑏 = 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝐹𝑎𝑐𝑒
𝑗 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐺𝑒𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐾𝑎 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜
𝐾𝑣 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑜
𝐾𝑖 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎çã𝑜 =
1,42 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑖𝑛𝑡é𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 ; =
1,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜
Tabela 8 - Fator de aplicação, ka
Característica da Característica da Máquina Acionada
fonte de movimento
Uniforme Choque Choque
primário
Moderado Pesado
Uniforme (por 1,00 1,25 1,75
exemplo, motor de
vários cilindros)
Fonte: COLLINS,2006
Tabela 9 - Fator de Montagem, km
Largura da Face in
Propriedades dos mancais e qualidade da 0a2 6 9 >=16
engrenagem
𝑊𝑡 𝑁
𝜎𝑏 𝑀𝑃𝑎
Onde
𝐼 − é um fator geométrico de superfície adimensional para crateração.
𝐶𝑝 – é um coeficiente elástico.
𝐶𝑓- fator de acabamento superficial.
Já os fatores 𝐶𝑎, 𝐶𝑚, 𝐶𝑣, 𝐶𝑠 são iguais respectivamente a 𝐾𝑎, 𝐾𝑚, 𝐾𝑣 ,𝐾𝑖 ,
definidos pela a equação de tensão de flexão (NORTON, 2009).
A determinação do fator geométrico de superfície, leva em consideração os
raios de curvaturas dos dentes da engrenagem e o ângulo de pressão. A
AGMA define a equação 24 para 𝐼.
cos 𝜃
𝐼=
1 1
𝐷𝑝
Onde:
𝑃𝑝- raio de curvatura do pinhão.
𝑃𝑔- raio de curvatura das engrenagens.
𝜃- ângulo de pressão.
1 + 𝑋𝑝 𝜋 22
= √ (𝑟𝑝 + ) − (𝑟𝑝 ∗ cos 𝜃) − ∗ cos
𝑃𝑝 𝑃𝑑 𝑃𝑑 𝜃
𝑃𝑔 = 𝐶 ∗ sin 𝜃 + 𝑃𝑃
O coeficiente elástico (Cp) leva em conta as diferenças entre os materiais dos
dentes encontrados a partir da equação 27.
𝐶𝑝
√ 𝑝 𝑔
𝜋[ 𝐸𝑝 + 𝐸𝑔 ]
Figura 12- Tabela do coeficiente elástico cp da AGMA em unidade de (psi) 0,5[(Mpa)0,5]. (NORTON,2009)
𝑃𝑝
𝑃𝑝 67,829 mm
𝑃𝑔
𝑃𝑔 𝑚𝑚
𝑐𝑜𝑠
𝐼
𝐼
𝐶𝑝
𝐶𝑝
𝜎𝑐
𝜎𝑐 𝑘𝑝𝑠𝑖 = 1159,39𝑀𝑃𝑎
Os dados publicados pela AGMA para resistência do dente à fadiga por flexão
𝑆′𝑑𝑓𝑓 estão ilustrados na tabela 10 para engrenagens fabricadas a partir de
ferros fundidos e bronze, estas engrenagens estão todos indexados a uma
confiabilidade de 99 por cento para uma vida útil de 107 ciclos de
carregamento em um único sentido (COLLINS, 2014).
Figura 13- Fator de correção da vida para corrigir a resistência a fadiga devida
à flexão (COLLINS,2014)
𝑌 𝑛 = (1,3588 . 1010 )−0,0178
𝑌 𝑛 = 0,66
Projetos de alto nível técnico deve levar em conta algumas exigências básicas
que podem influenciar no trabalho de transmissão feito por meio das
engrenagens, tais como: resistência, rendimento, precisão na transmissão, vida
útil requerida, peso, vibração e etc. A AGMA define níveis de qualidade
requeridos a partir de uma função chamado graus de qualidade que varia
desde do nível 0 até 3, em ordem crescente de qualidade. As principais
características desses graus podem ser visualizadas na tabela 11.
Os valores informados pela AGMA para a resistência à fadiga por flexão são
parcialmente corretos, e foram gerados a partir de peças apropriadamente
dimensionadas tendo a mesma geometria, acabamento superficial, e etc.
Portanto o cálculo da fadiga corrigida é considerados os fatores modificadores
que estão diretamente relacionados ao grau de qualidade e acabamento da
engrenagem.
A figura 14 fornece o coeficiente de resistência a fadiga corrigida em função do
grau de qualidade requerido e da dureza Brinell, para a engrenagem em estudo
foi utilizado o grau de qualidade 1.
Figura 15- Resistência do dente à fadiga 𝑆 ′ 𝑑𝑓𝑓 da ANSI/AGMA para engrenagens endurecidas.
(COLLINS,2014)