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Manual Técnico - Redes de Telecomunicações em Edificações - 3 Edição - Abrasip-MG e Sinduscon-MG PDF
Manual Técnico - Redes de Telecomunicações em Edificações - 3 Edição - Abrasip-MG e Sinduscon-MG PDF
REDES DE
TELECOMUNICAÇÕES
EM EDIFICAÇÕES
3ª EDIÇÃO
REALIZAÇÃO
Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais, Regional de Minas Gerais
ABRASIP-MG
COORDENAÇÃO
Vice-presidente da Área de Materiais, Tecnologia e Meio Ambiente
Eduardo Henrique Moreira
Consultor Técnico
Roberto Matozinhos
ELABORAÇÃO
Antônio Perpétuo Socorro Braga
BKR Engenharia
COLABORAÇÃO
Sílvia Lopes de Sousa
Sinduscon-MG
2
FICHA CATALOGRÁFICA
AS616m
Inclui anexos.
1. Tubulações – Projetos.
2. Telecomunicações – Tubulações.
CDU: 621.395
Permitida a reprodução desta publicação pelos associados ao Sinduscon-MG e Abrasip, desde que citada a fonte.
3
DIRETORIA SINDUSCON-MG
TRIÊNIO 2015-2018
PRESIDENTE
Andre de Sousa Lima Campos
1º VICE-PRESIDENTE
Geraldo Jardim Linhares Júnior
VICE-PRESIDENTES
Administrativo-financeiro
Bruno Vinícius Magalhães
Área Imobiliária
José Francisco Couto de Araújo Cançado
Comunicação Social
Evandro Veiga Negrão de Lima Júnior
DIRETORES
Área Administrativa e financeira:
Eustáquio Costa Cruz Cunha Peixoto
Bruno Gramiscelli Costa
Área Imobiliária
Bráulio Franco Garcia
Raphael Rocha Lafetá
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Área de Meio Ambiente
Carlos Eduardo Battesini Pereira
Fernando Sergio Fogli
Legislação Urbana
Athos Martins Bernardes
Programas Habitacionais
Bruno Xavier Barcelos Costa
Projetos
Renato Ferreira Machado Michel
Relações Institucionais
Werner Cançado Rohlfs
Coordenador sindical
Daniel Ítalo Richard Furletti
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REALIZAÇÃO
COORDENAÇÃO
Joao Carlos Pujoni
JVP Projetos e Consultoria Ltda.
ELABORAÇÃO
Comissão de Estudos da ABRASIP-MG
3ª EDIÇÃO DO MANUAL TÉCNICO REDES DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFICAÇÕES
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DIRETORIA ABRASIP-MG
2016-2017
PRESIDENTE
Rodrigo Cunha Trindade
VICE-PRESIDENTES
Administrativo-financeiro
Fernando Emídio Rodrigues Gomes
Atividades Técnicas
Carla de Paula Amaral Macedo
Relações Institucionais
Bruno Gonçalves Marciano de Oliveira
www.abrasipmg.com.br
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APRESENTAÇÃO
Manter a edificação, por meio de seus sistemas, conectada, integrada e alinhada à nova realidade virtual, inclusive
da chamada internet das coisas ou “internet of things” (IoT), é o grande desafio imposto aos construtores.
Fazer com que a edificação torne-se um instrumento de interatividade integrado aos seus sistemas, além de ser
uma demanda, é um diferencial agregado ao produto de grande interesse do cliente, podendo, inclusive, chegar a
ser um critério de escolha.
Cabe destacar que se o conceito de interatividade dos sistemas de uma edificação for uma premissa durante a fase
de sua concepção, o investimento necessário será reduzido substancialmente e será possível a execução integral
desse conceito em toda a edificação. Ao passo que se postergada os investimentos necessariamente deverão ser
ampliados e a implantação da interatividade dos sistemas poderá ser comprometida.
Elaborar os projetos atendendo as atuais diretrizes das concessionárias de telecomunicações e, ainda, buscar a
previsibilidade de demandas futuras para sistemas conectáveis foi o que norteou o escopo dos trabalhos da equipe
técnica que atualizou este manual.
Esta publicação, aborda de forma prática, todos os conceitos, diretrizes de projetos e materiais, utilizando amplamente
recursos como figuras e tabelas, com o objetivo de subsidiar os construtores na tomada de decisão e, principalmente,
apresentar premissas e direcionamentos para as fases de concepção e estruturação de projetos.
Nosso esforço, com a parceria da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais – Regional
Minas Gerais – ABRASIP-MG, somente atingirá seu propósito se esta publicação for amplamente difundida
e utilizada por todos!
Boa leitura!
Presidente do Sinduscon-MG
Gestão 2015-2018
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SUMÁRIO
3. DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................................................... 18
9
3.26 Poço de elevação ou Shaft ................................................................................................................................................ 21
6. SIMBOLOGIA......................................................................................................................................................................... 40
8.1.1 Distribuição interna de caixas de saída em residências populares/minha casa minha vida-mcmv (casas e
apartamentos).......................................................................................................................................................................... 42
10
8.1.4 Observações gerais para caixas de saída ................................................................................................................ 45
13. ENTRADA DE SINAIS VIA ANTENAS COLETIVAS (VHF/UHF) E PARABÓLICAS EM EDIFICAÇÕES ......... 65
3. DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................................................... 67
11
3.1 Bloco de conexão (Interno) ................................................................................................................................................. 67
12
3.32 Tronco SIP.............................................................................................................................................................................. 71
5.1 Geral.......................................................................................................................................................................................... 71
13
11. PROJETO DE REDE PRIMÁRIA ...................................................................................................................................... 82
11.3.1 Dimensionamento da quantidade de pontos de voz a serem atendidos pelas caixas de distribuição,
caixas de passagem e distribuidor geral ............................................................................................................................ 82
11.3.2 Rede primária de infraestrutura e cablagem para voz e dados a serem atendidos pelas caixas de pas-
sagem, pcc’s ou rack’s ............................................................................................................................................................ 85
11.3.4 Determinação do número de dispositivos de conexão nas cd’s, DIU ou rack para recebimento do ca-
beamento secundário ............................................................................................................................................................ 88
12.2 Principais serviços ofertados e os respectivos requisitos de interface de rede externa ..................................... 90
12.3.6 Serviço de telefonia ip + link de dados (interligação de sites e internet) – ambiente com cabeamento
estruturado e entrada via fibra óptica................................................................................................................................ 91
13.1 Equipotencialização das partes metálicas e das blindagens dos cabos ................................................................... 91
14
13.4 Salas e armários de telecomunicações............................................................................................................................ 92
1.5 Determinação do número de blocos internos nas caixas de distribuição geral (DGT) .......................................... 99
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PREFÁCIO
Apoiar as empresas para que elas se desenvolvam-se e tornem-se cada vez mais competitivas e preparadas para
enfrentar os desafios e transformações do mercado. Este é um dos objetivos da Associação Brasileira de Engenharia
de Sistemas Prediais (Abrasip-MG). Construindo um ambiente favorável ao desenvolvimento, a entidade mantém
diálogo com empresas, promove palestras e oferece cursos, incentivando o aperfeiçoamento contínuo do segmento.
A Abrasip-MG vem, ano após ano, consolidando seu nome com o apoio de uma Diretoria comprometida e associados
que acreditam neste projeto. Ela desempenha um importante papel institucional, manifestando-se e intercedendo,
junto aos órgãos governamentais, poderes públicos e demais entidades públicas ou privadas, em favor das questões
técnicas relacionadas à nossa atividade. Nosso dever vem sendo cumprido também em parceria com profissionais
e instituições como o Sinduscon-MG que, cientes da importância de sua função, não medem esforços para superar
desafios, aprimorando e compartilhando o conhecimento.
A relação institucional entre Abrasip-MG e o Sinduscon-MG já vem de longa data e essa aproximação gera ações e
produtos, como os manuais técnicos, em que os profissionais das empresas associadas geram conteúdos valiosos
para a cadeia da construção e para a sociedade. Apostamos nessas ações que, tratadas em conjunto entre nossas
instituições, sempre somam esforços para a valorização das boas práticas da engenharia, levando qualidade, dura-
bilidade e segurança para as construções.
O manual de telecomunicações, por exemplo, é mais uma demonstração que, em parceria, temos muito para cola-
borar com a sociedade, seja entregando informação de qualidade para a comunidade técnica ou participando das
questões que envolvem a engenharia de instalações prediais. Como presidente da Abrasip-MG, tenho orgulho de
testemunhar mais uma ação efetiva da nossa associação, que certamente será adotada pelo setor de telecomunica-
ções. Continuaremos vencendo desafios para levar informações de qualidade e destacar a boa engenharia disponível
nas empresas associadas da Abrasip-MG.
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Projeto de Tubulações
de Telecomunicações
Internas
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1. GENERALIDADES
Este manual tem por objetivo estabelecer os procedimentos a serem adotados na elaboração de projetos de tubu-
lações para telecomunicações (voz, dados e imagem) em edificações.
Complementa este manual as seguintes normas técnicas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT):
• NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
• NBR 5419:2015 – Partes 01 a 04 - SPDA e MPS;
• NBR 14565:2013 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers;
• NBR 16264:2014 – Cabeamento estruturado para edifícios residenciais.
• NBR 16415:2015 – Caminhos e Espaços para Cabeamento Estruturados.
• NBR 14703:2015 – Cabos de Telemática.
As demais normas associadas não indicadas estão relacionadas nas normas acima referenciadas.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este manual se aplica a todos os tipos de edificações, independentemente do porte, finalidade, número de pavimen-
tos, número de blocos e número dos pontos de telecomunicação previstos para os mesmos.
3. DEFINIÇÕES
Área pertencente às dependências do cliente, onde estão locados e disponibilizados os dispositivos ou equipamentos
de conectividade.
Nota: Áreas como banheiros, escadas, corredores, hall de circulação etc. não são computadas como áreas de piso
útil de escritório.
São locais, ambientes ou recintos, de uso e acesso geral dos ocupantes do edifício (hall, garagens, corredores, es-
cadas, elevadores, etc.).
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3.4 BEP/ BEL:
BEP - Barramento de Equalização Principal / BEL - Barramento de Equalização Local: Barramentos de equalização
de potencias, definidos pela ABNT NBR 5419, aos quais deverão estar aterradas às partes metálicas do PTR ou DG,
bem como os blocos de proteção contra surtos existentes nestes quadros.
Cabo que interliga a rede externa das operadoras de telecomunicações ao PTR ou DG/PTR.
3.9 CAIXA
Designação genérica de caixa específica para uso em instalações de telecomunicações, destinadas a possibilitar a
passagem, emenda ou terminação de cabos e fios de telecomunicações.
Caixa principal do prédio onde é feita a distribuição do cabo de entrada de telecomunicações para as diversas
CD’s (Caixas de Distribuição) através dos cabos primários, podendo também atender diretamente a pontos de
telecomunicações.
Caixa situada na parte frontal da edificação, próximo ao alinhamento predial, destinada a permitir o acesso do cabo ou fios
de telecomunicações das operadoras para as edificações podendo ser subterrânea no passeio ou nas paredes ou muretas.
Caixa destinada à passagem de cabos e fios de telecomunicações, bem como a limitar o comprimento da tubulação
ou a quantidade de curvas.
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3.13 CAIXA SUBTERRÂNEA
Caixa de alvenaria ou concreto, construída no solo, com os tipos e dimensões específicas na tabela do item 5.1
para permitir o acesso pelo piso de cabos de telecomunicações das concessionárias, bem como servir como caixas
de passagem para instalações externas.
Caixa embutida ou aparente na parede, piso ou teto, usada para a instalação de tomadas para conexão dos equi-
pamentos de telecomunicações.
3.15 CAMPUS
Área que contém mais de uma edificação em um mesmo terreno pertencentes ao mesmo empreendimento.
Comprimento de cabo correspondente à distância entre duas caixas pertencentes a rede primária.
Condutor utilizado para prover o aterramento do sistema de Telecomunicações. Deverá estar sempre interligado
ao BEP ou BEL da edificação.
3.18 CONDUTO
Chamamos de conduto de telecomunicações (ou simplesmente conduto) uma canalização destinada a conter
condutores de sinais de telecomunicações. Nas instalações são utilizados vários tipos de condutos: eletrodutos,
eletrocalhas, molduras, canaletas, bandejas, escadas para cabos, poços e galerias.
Dispositivo cuja função é fornecer proteção contra surtos de sobretensões, a serem instalados no DG ou DG/PTR,
ou em CD’s intermediárias em caso de campus.
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3.22 DISTRIBUIDOR INTERNO DO USUÁRIO (DIU)
Caixa distribuidora de telecomunicações, localizada no interior de uma propriedade onde são interligadas toda as
caixas de saída de telecomunicações existentes no interior da mesma.
Para unidades de grande porte o DIU poderá ser um Rack embutido ou externo bem como um conjunto de RACK’s
situado na SEG - Sala de Equipamentos, a critério do projetista / proprietário.
Sistema de distribuição em que as caixas de saída são instaladas no piso. Estas caixas de saída são interligadas a
partir de um DIU.
Tipo especial de prumada constituída por espaços sobrepostos na estrutura das edificações verticais, com a mesma
projeção em todos os pavimentos, que possibilita a passagem e distribuição de cabos.
Local do cabeamento secundário, sem conexão cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo,
visando flexibilidade.
Um Ponto de Terminação da Rede ou apenas PTR é onde termina a rede de um serviço de telecomunicações da
operadora e inicia a rede interna do usuário, é designado na ABNT NBR 16415 como ponto terminação principal.
Normalmente, é uma caixa localizada no interior do imóvel do usuário, preferencialmente no limite da propriedade,
com a função de fazer a conexão física entre a rede pública e a rede interna do usuário.
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Esta Caixa é o limite de responsabilidade entre concessionária e o usuário.
Dependendo da configuração física do imóvel, o PTR e o DG podem ser a mesma caixa, neste caso, denominada
DG/PTR.
3.30 PRUMADA
Parte da infraestrutura destinada a interligação vertical dos diversos pavimentos de uma mesma edificação.
Conjunto de meios físicos (condutos, caixas, poço de elevação, ferragens, cabos, fios, blocos terminais e outros
acessórios) destinados a implantação e utilização dos sistemas de telecomunicação na edificação, é designado na
ABNT NBR 16415 como infraestrutura.
Espaço de telecomunicações onde ficarão instalados os equipamentos ativos do cliente, podendo abrigar o DG/PTR.
Parte da tubulação que permite a instalação do cabo de entrada (aquele que interliga o PTR a rede pública).
3.34 USUÁRIO
Qualquer pessoa, natural ou jurídica, que se utilize do sistema público de telecomunicações, independente de con-
trato de prestação de serviço ou inscrição perante as operadoras (concessionárias ou autorizadas).
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1 A prestação do serviço de telecomunicações de forma individualizada depende da existência no local das con-
dições necessárias à efetivação das instalações.
4.2 Os usuários devem providenciar a infraestrutura adequada e necessária à correta instalação e funcionamento
dos equipamentos de Telecomunicações próprios ou das operadoras, quando for o caso, respeitando a privacidade
dos demais usuários e o direito de acesso e de propriedade de outra operadora.
4.3 A elaboração e a execução do projeto das redes de telecomunicações internas devem ser feitas por engenhei-
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ro credenciado pelo CREA, sob as orientações do construtor ou proprietário e de acordo com as especificações
estabelecidas neste manual.
A base e a tampa para caixas subterrâneas serão retangulares e devem obedecer às seguintes características de
fabricação:
a) Material da tampa
b) Acabamento da tampa
Deve, após a sua usinagem, estar sem empenos, isenta de resíduos de modelagem, fendas, falhas, saliências nítidas
ou outras imperfeições que possam prejudicar suas características mecânicas ou operacionais.
c) Material da base
d) Acabamento da base
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Figura 1 - Caixa tipo P20 - 27,4 x 22,4 x 21,8cm
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Figura 3 - Caixa tipo R2 – 107,0 x 52,0 x 50,0cm
OBS.: As caixas subterrâneas R1 e R2 devem ser construídas em alvenaria de tijolos revestidos de cimento
e areia, conforme ilustrado nas figuras acima.
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Figura 4 - Caixa tipo R3 – 160,0 x 120,0 x 130,0cm
OBS.: As caixas subterrâneas R3 devem ser construídas em blocos de concreto, conforme ilustrado
pela figura acima.
a) As caixas internas são destinadas à passagem, emenda ou terminação de cabos e fios de telecomunicações.
b) As caixas internas são numeradas de 0 a 9 e suas dimensões estão indicadas na tabela abaixo.
Tabela 2 - Dimensões padronizadas para caixas internas (PTR, DG, CD, CP ou DIU)
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OBS.: caixas de dimensões diferentes da tabela acima e disponíveis no mercado, poderão ser utilizadas, desde
que possuam dimensões superiores ao dimensionamento mínimo estabelecido acima.
c) As caixas número 0 e número 1 são localizadas na parede, piso ou teto e são destinadas à instalação de pontos
de telecomunicações ou para passagem de fios ou cabos.
As caixas embutidas em paredes são fabricadas em chapa metálica estampada ou PVC antichama, com furações
para a entrada dos dutos.
As caixas aparentes deverão ser tipo condulete, de alumínio fundido quando instaladas em paredes ou teto.
d) Caixas especiais quando pertencentes a sistemas de condutos aparentes, instalações em piso elevado ou sistemas
de duto de piso deverão ser compatíveis com o modelo do conduto, respeitando as normas cabíveis.
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Figura 7- Modelos de conduletes
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e) As caixas internas número 2 a número 9, são fabricadas em chapa metálica #20BWG (mínimo) e fundo de madeira
com 2cm de espessura, ou em termoplástico com painel de montagem. Nos dois casos, as caixas deverão possuir
portas com dobradiças e fechadura.
A(s) sua(s) porta(s) deve(m), preferencialmente, ter uma abertura de 180º, de modo a permitir um acesso inteiramente
livre ao seu interior.
Em situações especiais em que a(s) porta(s) da caixa não pode(m) abrir totalmente, a abertura mínima deve ser de 90º.
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5.4 CONDUTOS
5.4.1 GERAL
Os condutos devem ser dispostos e dimensionados de modo a permitir espaço suficiente para a instalação inicial,
bem como para a substituição posterior de partes, deverão garantir acessibilidade para fins de operação, verificação
manutenção e reparos.
As dimensões internas dos condutos e de suas conexões, devem permitir que, após montagem, os cabos possam
ser retirados e reinstalados com facilidade. Para tanto, a taxa de ocupação do conduto, dada pelo quociente entre
a soma das áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculados com base no diâmetro externo, e a
área útil da seção transversal do conduto, não deve ser superior a 40%.
Em áreas comuns, em áreas de circulação e em áreas de concentração de público, os condutos devem ser totalmente
imersos em material incombustível, enquanto os condutos aparentes ou no interior de espaços de construção como
poço de elevação ou shaft, forro falso, paredes ocas, piso elevado etc., devem ser metálicos ou não propagantes de
chama, livres de halogênio, e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos.
A escolha, pelo projetista, do tipo de condutos mais adequados para o empreendimento, deve envolver o proprietário,
o arquiteto, o construtor e o projeto estrutural.
O conduto deve ser compatível com a finalidade do empreendimento (residencial, comercial, industrial etc.), com o
tipo da obra (nova, reforma etc), estrutura do empreendimento (concreto, metálica, madeira etc.).
Para instalação dos condutos deverá ser observada a compatibilização com a arquitetura, principalmente no que
tange a: estética, viabilidade de ocupação de espaços (entre forro, shafts etc.).
Quanto a ocupação de espaços, deverá ser feita a compatibilidade com outras instalações (elétrica, hidrossanitária,
prevenção e combate a incêndio, ar condicionado, instalações especiais etc.).
Devem ser projetadas caixas de passagem, se necessárias, para limitar o comprimento dos lances de condutos não
acessíveis conforme tabela comprimentos máximos de condutos internos não inspecionáveis e/ou o número de curvas.
Entre duas caixas de saída poderão existir no máximo duas curvas, preferencialmente não reversas.
Condutos subterrâneos poderão ser eletrodutos rígidos ou flexíveis de PVC e até mesmo de aço galvanizado de-
pendendo das circunstâncias.
Os condutos devem ser posicionados na parte superior e/ou inferior das CD’s, CP’s, DG e DIU a uma distância de
25mm de sua lateral e a 25mm do fundo.
No caso de mais de um conduto na tubulação primária, deve ser observada uma distância de 25mm entre os mesmos.
5.4.2 ELETRODUTOS
Os eletrodutos de PVC deverão ser fabricados conforme prescrições da ABNT NBR 15465 e ABNT NBR 6150. R115
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Eletrodutos metálicos flexíveis com cobertura plástica conforme ANBT NBR 5624.
As luvas, curvas, devem ser do mesmo material e dimensões dos eletrodutos aos quais estão ligadas.
Para eletrodutos rígidos devem ser utilizadas somente curvas pré-fabricadas, de raio longo. Não devem ser empre-
gadas curvas com deflexão maior que 90°.
Para eletrodutos flexíveis as curvas deverão obedecer ao angulo mínimo de 90° e raio maior que dois diâmetros.
O diâmetro nominal mínimo dos eletrodutos para as instalações de pontos de telecomunicações é 32mm para ele-
trodutos de PVC e 1” (25mm) para eletrodutos de Aço Galvanizado (AG), admitindo-se eletroduto de diâmetro de
3/4”(25mm) em PVC ou 3/4”(20mm) em Aço Galvanizado (AG) para pontos individuais incluindo interfone.
Para compatibilizar a dimensão do eletroduto com as caixas “0” e “1” deverão ser utilizadas luvas de redução macho,
fêmea nas conexões duto e caixa.
Estas luvas não precisam ser obrigatoriamente do mesmo material do eletroduto, porém deve ser observada a
compatibilidade eletromagnética entre os mesmos.
Os eletrodutos devem ser fixados nas caixas por meio de arruelas e buchas de proteção, exceto nas caixas de saída
número 0 e número 1, pois estas dificultam a instalação das tomadas para telecomunicação.
COMPRIMENTOS COMPRIMENTOS
TRECHOS INTERNOS MÁXIMOS MÁXIMOS
VERTICAIS HORIZONTAIS
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TRECHOS EXTERNOS COMPRIMENTOS MÁXIMOS
Retilíneos 70m
Com uma curva 30m
Com duas curvas 25m
Tabela 5 - Comprimentos máximos das tubulações subterrâneas de entrada
32
Figura 14 - Como exemplo, vala de duto para trecho sem veículo
33
Figura 16 - Modelo de fixação dos eletrodutos em laje (abraçadeira)
34
Figura 18- Modelo de fixação dos eletrodutos em estruturas
5.4.3 ELETROCALHAS
Deverão ser metálicas, com proteção contra corrosão adequada ao ambiente onde serão instaladas.
Deverão possuir resistência mínima a deformação compatível com a carga de ocupação e de acordo com a capaci-
dade fornecida pelo fabricante.
Deverão ser tipo “C” com tampa de pressão, confeccionadas em chapa lisa quando sujeitas a interferências eletro-
magnéticas externas, ou confeccionadas em chapa perfurada na inexistência destas interferências.
Deverão possuir aba mínima de 75mm de forma a permitir a saída de eletrodutos ou perfilados através de perfuração
na aba, não sendo permitido furação ou recortes na tampa.
Furações e cortes feitos na obra deverão ser adequadamente protegidas contra corrosão.
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A terminação das eletrocalhas no DG, CD’s, CP’s devem ser executadas com flange pré-fabricado.
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Figura 20 - Modelo de fixação de eletrocalha em laje ou estrutura
37
Figura 22 - Modelo de fixação de perfilado em laje ou estruturas
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Figura 24 - Fixação da eletrocalha em laje e desvio superior do eletroduto
Dutos de piso, perfilados, canaletas tipo rodapé / rodabanca / rodateto / colunas / totens etc., poderão ser utiliza-
das respeitando as normas cabíveis, desde que sejam livres de componentes halógenos e propagantes de fumaça
e gases tóxicos.
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5.4.5 ATERRAMENTO
Todas as massas metálicas como condutos, DG/PTR e demais caixas etc., deverão ser conectadas ao SPDA da
edificação, utilizando condutores apropriados, em conformidade com a ABNT NBR 5419.
Em caso da inexistência do SPDA, adotar sistema próprio de aterramento para o DG ou PTR/DG, que se tornará
referência de terra, de onde partirão os condutores de aterramento para as massas metálicas.
Poste metálico, isolador de porcelana para cordoalha de aço – IPC, suporte para isolador, cintas metálicas, cabeçote
de alumínio e arame de amarração.
O isolador de porcelana é utilizado para sustentar e isolar a cordoalha de aço em cabo de entrada, em rede aérea,
e também para sustentar os cabos de telecomunicações externos.
Os isoladores de porcelana são constituídos de um elemento isolante (porcelana revestida de verniz) e uma ferragem
de sustentação.
O poste metálico de acesso deve ser instalado no limite do alinhamento predial e deve ter altura suficiente para
atender aos afastamentos exigidos entre os cabos de entrada, a rede de energia elétrica e o solo.
Este poste sempre é compartilhado e dimensionado de acordo com o padrão de entrada de energia aérea.
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6. SIMBOLOGIA
A simbologia padronizada para os desenhos de projeto de tubulação de telecomunicações está indicada na tabela 6.
41
7. PREVISÃO MÍNIMA DE PONTOS DE TELECOMUNICAÇÕES
A tabela abaixo representa o número de pontos mínimo de voz, dados e TV por tipo de categoria de edificação.
NÚMERO DE PONTOS
DESCRIÇÃO
VOZ TV DADOS
RESIDÊNCIAS Populares/MCMV 1 1 -
E APARTAMENTOS De 2 a 4 quartos 2 1 1
LOJAS Até 50 m² 2 1 1
1 + (Área/100) ou
(Arredondar para Acima de 50 m² 1 + (Área/50) 1 + (Área/100) conf. demanda da
número inteiro maior) área de trabalho
SALAS, ESCRITÓRIOS 1 + (Área/100) ou 1 por Equipamento
1 por estação de
E AGÊNCIAS BANCÁRIAS (arredondar para conf. Demanda de Terminal(TE) da área
trabalho
número inteiro maior) projeto de Imagem de trabalho
1 ou mais conf. de-
HOSPITAIS E HOTÉIS - Quartos 1 1
manda especial
1 + (Área/100) ou 1 por Equipamento
1 por estação de
HOSPITAIS E HOTÉIS - Outros ambientes conf. Demanda de Terminal (TE) da área
trabalho
projeto de Imagem de trabalho
1 + (Área/100) ou 1 por Equipamento
1 por estação de
Área de Escritórios conf. Demanda de Terminal (TE) da área
trabalho
INDÚSTRIAS projeto de Imagem de trabalho
Conforme neces- Conforme necessi- Conforme necessida-
Áreas de Produção
sidades do layout dades do layout des do layout
O primeiro passo a ser seguido é determinar a localização das caixas de saída número 0 e número 1, em cada parte
da residência, levando-se em consideração o layout de mobiliário estabelecido no projeto arquitetônico.
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De posse do layout, a localização das caixas de saída deve ser feita de acordo com os seguintes critérios, conside-
rados mínimos:
a) Sala de estar/Copa
Mínimo 2 caixas.
Uma na parede a 40 cm do piso acabado para voz e/ou dados e outra no local e altura indicado para TV, conforme
layout.
Mínimo 2 caixas.
As caixas de saída devem ser localizadas na parede onde está posicionada a cabeceira da cama, ao lado desta a 40
cm do piso acabado e outra em frente a cama, no local e altura indicado para TV.
c) Cozinha
Mínimo 1 caixa.
A caixa de saída deve ser localizada na parede, a 100 cm do piso acabado, para interfonia, não devendo ser posicio-
nada nos locais onde provavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, o forno, ou armários.
Prever ponto (s) para roteador Wi Fi de forma a garantir no máximo uma parede entre o mesmo e o possível usuário,
ficando este ponto a 230 cm do piso.
De posse do layout a localização das caixas de saída deve ser feita de acordo com os seguintes critérios, conside-
rados mínimos:
a) Sala de estar
Mínimo 2 caixas.
Uma na parede a 40 cm do piso acabado para voz e/ou dados e outra no local e altura indicado para TV, conforme
layout.
b) Escritório
Mínimo 2 caixas.
A caixa de saída deve ser localizada na parede onde será posicionada a mesa de trabalho, a 40 cm do piso acabado
e outra no local indicado como ponto para TV.
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c) Copa / Sala de Jantar
Mínimo 2 caixas.
As caixas de saída devem ser localizadas, sendo uma na parede a 40 cm do piso acabado para voz e/ou dados junto
a um aparadouro ou balcão e outra, como opção, no local e altura indicado para TV.
d) Quarto(s)
Mínimo 2 caixas.
As caixas de saída devem ser localizadas na parede onde está posicionada a cabeceira da cama, ao lado desta e a
40 cm do piso acabado e outra em frente a cama, ou onde indicado ponto de TV.
e) Cozinha
Mínimo 1 caixa.
A caixa de saída deve ser localizada na parede, a 100 cm do piso acabado, para interfonia, não devendo ser posicio-
nada nos locais onde provavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, o forno, ou armários.
f) Área de Churrasqueira
Mínimo 1 caixa.
A caixa de saída deve ser posicionada na parede a 100 cm do piso preferencialmente sobre a bancada da pia, e
abrigada das intempéries.
g) Salão de festas
Mínimo 1 caixa.
Prever ponto(s) para roteador Wi Fi de forma a garantir no máximo uma parede entre o mesmo e o possível usuário,
este ponto ficará a 230 cm do piso.
i) Outros cômodos
Seguir sempre o layout arquitetônico e prever caixas de saída nos locais indicados para TV e telefone fixo, indicados
ou na localização mais provável.
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c) Clínicas e Hospitais.
Para as finalidades citadas nos itens “b” a “f” a locação interna das caixas de saída deverá seguir obrigatoriamente o
layout de ocupação fornecido pelo cliente. No caso da ausência de layout, a solução é garantir maior flexibilidade
e atender a quantidade de pontos mínimos.
Além dos pontos solicitados no layout, e, caso não estejam lançados no mesmo, deverão ser previstos caixas de
saída para:
• Roteadores - cx nº0 a 230 cm do piso;
• Impressoras - cx nº1 a 40 cm ou 100 cm do piso nos ambientes onde existam estações de trabalho;
• Telefone público - cx nº0 ou nº1 a 100 cm do piso.
Para a finalidade “a”, desde que não exista layout definido, temos as seguintes opções:
Opção nº1 - A sala / loja entregue “no osso”, ou seja, todo o acabamento, inclusive a complementação das instalações
será por conta do futuro usuário. Neste caso o projeto deverá contemplar apenas a rede primária, ou seja, da caixa
de entrada aos DIU’s de cada unidade. A rede secundária não será objeto do projeto e sim de responsabilidade do
futuro usuário.
Neste caso deverá ser projetada a rede secundária, adotando-se os seguintes critérios, considerados mínimos:
• Caixas nº1 com 2 Pontos de Telecomunicações (PTs) distribuídas pelo ambiente de forma a atender a quantidade
de pontos previstos na tabela do item 7 – “PREVISÃO MÍNIMA DE ‘PONTOS DE TELECOMUNICAÇÕES”. As
caixas de saída devem ser localizadas nas paredes e a 40cm do piso acabado, ou 100 cm quando se tratar de
áreas sujeitas a umidade.
• Caixas nº0 com 1 Ponto de Telecomunicações (PT) para roteador Wi Fi de forma a garantir no máximo uma parede
entre o mesmo e o possível usuário, este ponto ficara a 230 cm do piso.
• Mínimo de 1 caixa nº1 com 1 Ponto para TV.
• Mínimo de 1 caixa nº0 com 1 Ponto para Interfone.
Pontos intermediários que atendem voz/dados e TV, deverão ser utilizadas caixas nº1.
Pontos terminais que atendem apenas um ponto de voz/dados ou TV utilizar, no mínimo, caixas nº0.
Pontos exclusivos para interfone e roteador deverão ser instalados em caixas nº0.
O posicionamento das caixas de saída deve ser compatibilizado com o projeto elétrico de forma que sempre ao
lado de uma caixa de saída para PT exista uma caixa para tomada elétrica.
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9. DISTRIBUIDOR INTERNO DO USUÁRIO – DIU
CAIXA
TIPO DE USUÁRIO LOCAL DO DIU (1)
(DIMENS.) (2)
Populares Nº 2 Sala
MCMV Nº 2 Sala
RESIDÊNCIAS
Até 2 quartos Nº 2 Área de Serviço ou Cozinha
E APARTAMENTOS
Até 3 quartos Nº 3 Área de Serviço ou Cozinha
De 4 quartos ou mais Nº 3 Área de Serviço ou Cozinha
Tabela 8 - Distribuidor individual do usuário (DIU) para unidades individuais de pequeno porte
A localização do DIU deverá ser preferencialmente nos locais apresentados em tabela. A critério do projetista / pro-
prietário, pode situar o DIU em outro local considerado mais adequado, mas sempre dentro da unidade consumidora;
A dimensão dos DIU’s sugerida na tabela é mínima, podendo, a critério do projetista / proprietário, ser aumentada,
principalmente quando for necessária a instalação de equipamentos ativos, tais como PABX, ROTEADORES, SWI-
TCHS, amplificadores e outros dentro dele.
O DIU em residências ou apartamentos não populares deverá ser instalado preferencialmente ao lado do quadro
de energia.
Para as finalidades “b”, “c”, “d”, “e” e “f”, citadas no item 8.1.3, a locação do DIU deverá ser prevista na Sala de Equi-
pamentos, que deve ser locada pelo projeto arquitetônico.
Para a finalidade “a” citada no item 8.1.3, o DIU deverá ser posicionado preferencialmente próximo à porta de entrada
e/ou ao lado do quadro de energia. Este local é apenas sugestivo, podendo, a critério do projetista / proprietário,
está situado em local mais adequado.
A dimensão mínima do DIU será nº 3, podendo, a critério dos cálculos do projetista, ser aumentada, principalmente
quando for necessária a instalação de equipamentos ativos, tais como PABX, ROTEADORES, SWITCHS, Amplifica-
dores e outros equipamentos no seu interior.
46
9.3 OBSERVAÇÕES GERAIS REFERENTES A INSTALAÇÃO DO DIU
Opcionalmente pode-se instalar armários de telecomunicações tipo SOHO (PIAL Legrand), VDI (TIGRE) ou equivalentes.
É necessário prever um circuito elétrico exclusivo, para permitir a alimentação de equipamentos ativos de teleco-
municações do DIU. Esta previsão parte de uma tomada elétrica externa junto ao mesmo, interligada através de um
eletroduto sondado ao DIU. Em caso de rack considerar dois circuitos exclusivos.
10.1.1 GERAL
Este trajeto deverá ser radial, partindo do DIU em direção a cada cômodo da edificação, conforme exemplo das
figuras abaixo:
47
Figura 27 - Detalhe de distribuição interna em casas populares
48
10.2 CONDUTOS SECUNDÁRIOS EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E ESPECIAIS
Temos abaixo exemplo da situação a2 do item 8.1.3.a quando o projeto não é provido de layout e o posicionamento
dos pontos são definidos diretamente com o cliente. Os trajetos em geral deverão ser radiais, partindo do DIU em
direção a um conjunto de no mínimo 4 caixas de saída, por sala, conforme exemplo das figuras abaixo.
As últimas caixas de saída de cada ramal da rede, poderão ser interligadas entre si, formando um sistema em anel.
Em caso de ambientes de maior porte, na situação a1 “a2”, os conjuntos de caixas, além das últimas serem interli-
gadas entre si, poderão ser projetadas havendo interligações intermediárias entre caixas, facilitando a flexibilização
do possível layout.
Este trajeto também deverá ser radial, partindo do DIU em direção aos pontos de tomadas, respeitando o layout da
arquitetura, conforme exemplo das figuras abaixo.
49
Nestas situações, as últimas caixas de saída do conjunto não precisam ser interligadas entre si.
Em caso de ambientes de maior porte, recomenda-se haver interligações intermediárias entre caixas, facilitando a
flexibilização do layout.
50
Figura 31 - Interligação entre caixas de saída entre pavimentos da mesma unidade residencial / comercial
Figura 32 - Interligação entre caixas de saída entre pavimentos da mesma unidade residencial / comercial
51
11. PROJETO DOS CONDUTOS PRIMÁRIOS RESIDENCIAIS
E COMERCIAIS
Para o projeto dos condutos primários deve-se, primeiramente, determinar a localização do PTR - Ponto de Termi-
nação de Rede da edificação.
OBS: Em campus ou conjuntos habitacionais / casas agrupadas, onde a rede da concessionária está localizada na
rua de acesso externo ao conjunto, o PTR, que nestes casos também tem a função de DG, pode ser instalado na
área externa, porém deve também estar abrigada do tempo, quando isto não for possível, prever uma cobertura.
52
11.2 LOCAÇÃO DO DG
No caso do DG e PTR serem a mesma caixa, valem as prescrições descritas acima para o PTR.
Caso o DG seja independente do PTR a sua localização deverá seguir as seguintes determinações:
O DG não deve ser localizado nas mesmas áreas proibidas para o PTR.
As caixas de distribuição (CD’s) e as caixas de passagem (CP’s) que atendem aos diversos andares, blocos ou setores
da edificação:
OBSERVAÇÕES:
A locação do PTR, DG, CD’s e CP’s devem ser compatibilizadas com os demais projetos da edificação, a fim de evitar
interferências na obra, com caixas elétricas, caixas de hidrantes, instalações hidrossanitárias, ar condicionado e outras.
A espessura da parede deverá ser de no mínimo 15cm de forma a permitir a instalação das caixas.
53
Figura 34 - Detalhe projeto de caixas em campus ou condomínios
de diversas edificações comerciais ou residenciais
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Caixa de Distribuição Caixa de Distribuição Caixa de Passagem
Número de Pontos
Geral (DG/PTR) Primária (CD) (CP)
Telecomunicações
Dimensões
ACUMULADOS na caixa Nº Dimensões (cm) Nº Dimensões (cm) Nº
(cm)
Sala de entrada de
Acima de 288 Poço de elevação
telecomunicações
Até 14 R0 40 40 50
Se 15 a 58 R1 60 35 50
De 59 a 288 R2 107 52 50
Os condutos primários correspondem à malha que irá interligar o PTR ao DG, o DG às CD’s, e destas caixas ao DIU
passando ou não por CP’s intermediárias ou por caixas subterrâneas.
Esta disposição deve ser lançada nas plantas baixas, com a locação das Caixas, com a indicação do trajeto dos con-
dutos, bem como das descidas, subidas e passagem dos condutos.
55
Em Campus, conjuntos comerciais ou habitacionais e casas agrupadas, inclusive pelo programa MCMV:
• Deverá ser projetada uma tubulação subterrânea para a interligação da caixa de distribuição geral de teleco-
municações (DG/PTR) e os distribuidores Internos dos Usuários (DIU) de cada unidade. Essa tubulação estará
localizada na área interna comum do conjunto e será constituída por eletrodutos e observando-se o comprimento
máximo dos trechos de tubulação conforme tabela especifica.
• Uma edificação poderá ser atendida diretamente por uma caixa R2, ou R1 ou R0.
• Uma caixa R0 só poderá atender a rede terminal de uma edificação.
• Cada unidade residencial deve ser atendida por um eletroduto exclusivo (ver tabela para dimensionamento do
eletroduto primário). Este eletroduto não deve passar e nem possuir caixa de passagem em terrenos ou áreas
de terceiros.
• Para o projeto das tubulações subterrâneas, deve-se considerar a possível existência de outras instalações ou a
serem instaladas, a saber:
• Tubulações e adutoras de água.
• Galerias de esgoto.
• Galerias de águas pluviais.
• Tubulações e adutoras de gás.
• Canalização de energia elétrica.
• Canalização de iluminação pública.
• Canalização de sistema de sinalização de tráfego.
• Cabos enterrados (telecomunicações, energia elétrica etc.).
• Os projetos deverão ser compatibilizados para evitar interferências na obra.
Para tal, determinar a quantidade de pontos distribuídos e / ou acumulados em cada caixa projetada, adotando-se
o seguinte critério:
Estes círculos serão divididos ao meio, na horizontal, sendo que na metade superior, deverá ser lançada a quantidade
de pontos distribuídos pela caixa, e na metade inferior a quantidade de pontos acumulados na caixa.
Calcula-se o número de pontos de telecomunicações acumulados em cada caixa do trajeto começando pela mais
distante até o (DG).
De posse destas informações podemos dimensionar os condutos primários de interligação das caixas.
Para tubulações primárias, a taxa de ocupação dos condutos deve ser de 40%, com capacidade máxima de 60% para
expansão, porém poderá ser previsto outro espaço nas mesmas dimensões para futuras ampliações ou instalação
56
de novas mídias cabeadas.
A solução para o atendimento deste quesito poderá ser a previsão de eletroduto reserva ou simplesmente dobrar
o espaço de eletrocalhas.
NÚMERO DE PONTOS
DIÂMETRO DO NÚMERO DE
DE TELECOMUNICAÇÕES
ELETRODUTO (mm) ELETRODUTO
ACUMULADAS
Até 11 pontos 32 1
De 7 a 12 pontos 40 1
De 13 a 30 pontos 50 1
De 31 a 58 pontos 60 1
De 59 a 99 pontos 75 1
De 100 a 144 pontos 85 1
De 145 a 213 pontos 110 1
Acima de 213 pontos ELETROCALHA
A caixa de distribuição geral (DG) poderá ser interligada diretamente aos DIU’s, localizados próximos à mesma.
Em edifícios residenciais e/ou comerciais com mais de uma edificação sobre pilotis único, a elaboração do projeto
de tubulações de telecomunicações segue as mesmas sistemáticas já descritas, ou seja, o critério básico para o di-
mensionamento destas tubulações é o número de pontos de telecomunicações previstos para o edifício, acumulados
em cada uma das suas partes.
Em função do número de pontos de telecomunicações acumulados no DG, torna-se necessário projetar uma sala
técnica que terá função de sala de entrada de telecomunicações (SET) ou uma sala para centralização das facilidades
de telecomunicações.
A sala de telecomunicações é um espaço reservado para atender uma única edificação ou um conjunto de edifica-
ções de forma a abrigar, além do servidor de dados, outros equipamentos como PABX (CPCT), Equipamentos de
Segurança Eletrônica (Alarme, DVR), Rack para servidores, Switches, DG e PTR (em alguns casos);
O tamanho mínimo desta sala será definido pelo projetista em conjunto com o construtor.
57
11.6 CORTE ESQUEMÁTICO DA INFRAESTRUTURA
Trata-se de um diagrama unifilar da instalação mostrando toda interligação dos condutos e as diversas caixas exis-
tentes desde a Caixa de Entrada até todos os DIU’s.
58
12. TUBULAÇÃO DE ENTRADA EM EDIFICAÇÕES
12.1 GERAL
• A entrada de sinais de voz e dados da edificação poderá ser aéreo, subterrâneo ou via cabos de rádio frequência
(RF-ANTENAS).
• Para entrada de sinais de voz e dados da edificação provenientes da via pública deverão ser levantadas as ca-
racterísticas da rede externa das operadoras de telecomunicações no local. As seguintes informações devem ser
verificadas:
• Se a rede externa no local é aérea ou subterrânea.
• De que lado da rua passam os cabos de telecomunicações.
• Estas informações poderão ser obtidas em visita ao local ou através de consulta à operadora.
Nestes casos, a saber: residências unifamiliares, unidades comerciais isoladas a tubulação primária corresponde a
tubulação de entrada.
Deve-se, primeiramente, projetar uma caixa subterrânea, a 20cm do alinhamento predial e, se possível, na mesma
direção do DIU. Nestes casos, o DIU (Distribuidor Interno do Usuário) acumulará as funções de PTR (Ponto de
Terminação de Rede) e de DG (Distribuidor Geral de Telecomunicações).
A interligação entre a caixa subterrânea de entrada e o DIU da unidade deve ser feita por meio de no mínimo um
eletroduto de PVC com diâmetro mínimo de 40mm para residências ou dois com diâmetro mínimo de 50mm para
edificações comerciais.
A figura abaixo mostra um exemplo do projeto de tubulação de telecomunicações com entrada subterrânea para
unidades individuais:
59
12.2.2 ENTRADA AÉREA
O trecho embutido da entrada aérea será através de 1 eletroduto de Ø mínimo de 32mm (PVC) para residência ou
2 eletrodutos de Ø mínimo de 32mm (PVC) para comércio.
12.3.1 GERAL
As tubulações de entrada para edificações coletivas serão dimensionadas conforme tabela abaixo.
ENTRADA ENTRADA
TELECOMUNICAÇÃO
EM EDIFICAÇÕES NÚMERO NÚMERO
Ø Ø
DE DUTOS DE DUTOS
Até 14 50 2 50 2
15 a 50 60 2 60 2
51 a 144 - - 75 2
145 a 288 - - 110 2
289 a 500 - - 110 3
501 a 1000 - - 110 4
Acima de 1000 - - 110 5
60
OBS.:
1. Esta tabela poderá ser utilizada para qualquer tipo de edificação (Residencial, Comercial, Industrial e outras).
3. De acordo com a configuração de instalação, o projetista poderá utilizar eletrocalha nos trechos
aparentes internos ou no entre forro. Neste caso usar eletrocalha de área interna equivalente aos
eletrodutos indicados.
A interligação da caixa subterrânea de entrada das edificações às redes das Operadoras será feita de acordo com
os critérios e especificações definidos pelas mesmas, sendo sua execução de responsabilidade da operadora, cujo
custo poderá ser ou não repassado ao construtor/proprietário.
Dimensionar a caixa subterrânea de entrada no passeio, de acordo com as dimensões indicadas conforme detalhado
no item 5.1 deste manual.
Locar a caixa subterrânea de entrada no passeio, obedecendo aos afastamentos indicados na tabela e figura abaixo.
A caixa subterrânea de entrada não pode ser posicionada em locais transitáveis por veículos.
Quando o PTR ou PTR/DG for projetado em nível inferior ao da caixa subterrânea de entrada, deverá ser prevista
uma caixa de passagem subterrânea para drenar a água presente na tubulação, evitando a mesma atingir o DG/PTR.
A figura exemplifica este tipo de entrada.
62
Figura 40 - Detalhe caixa de passagem para evitar o escoamento de água para o PTR/DG
A entrada poderá ser aérea, quando a rede externa das Operadoras de telecomunicações for aérea no local e o
número de pontos de voz da edificação for igual ou inferior a 50.
A entrada aérea deve ser localizada de forma que os cabos de telecomunicações não se cruzem com linhas de ener-
gia elétrica e que mantenha os afastamentos mínimos com essas linhas, conforme estabelecido pela tabela abaixo.
Os cabos de entrada não devem atravessar terrenos de terceiros. O tubo de entrada e o suporte para roldana devem
ser instalados em posições que impossibilitam o alcance de pessoas.
ALTURA MÍNIMA
ALTURA MÍNIMA
DO ELETRODUTO
SITUAÇÕES TÍPICAS DE DA FERRAGEM
DA ENTRADA EM
ENTRADAS AÉREAS EM RELAÇÃO AO
RELAÇÃO AO
PASSEIO
PASSEIO
Posteação do mesmo lado da
3,50m 3,00m
edificação
Posteação do outro lado da
5,40m 3,00m
rua
Residência em nível inferior ao
Utilizar poste de acesso
da rua
63
TENSÃO DA REDE DE
AFASTAMENTOS MÍNIMOS
ENERGIA ELÉTRICA
A entrada aérea pode ser direta pela fachada ou utilizando poste de acesso, conforme abaixo:
Deve ser utilizada em edificações construídas no alinhamento predial ou com um recuo máximo de 5m deste ali-
nhamento, mas nunca em nível inferior ao da rua.
Primeiramente deve ser locada a posição exata de fixação do suporte para roldana e do tubo de entrada na fachada
da edificação, em função dos valores estabelecidos pela tabela de alturas mínimas.
Posteriormente, deve ser determinado o trajeto da tubulação de entrada, desde o ponto localizado na fachada até
o PTR/DG.
Esse tipo de entrada é o mais usual, sendo utilizado em edificações com um recuo do alinhamento predial ou cons-
truídas em nível inferior ao da rua ou, também, quando não for possível a entrada direta pela fachada.
Nesses tipos de entrada, os cabos de telecomunicações podem continuar aéreos, entrando pela fachada, ou descer
pelo poste de acesso, indo até a edificação por via subterrânea.
Nos casos dos cabos de telecomunicações entrarem pela fachada, passando por poste de acesso, devem ser obe-
decidos os afastamentos e altura mínima do eletroduto exigido.
Em edificações com um recuo superior a 35m de alinhamento predial é necessária a instalação de poste (s) entre a
mesma e o poste de acesso. O lance máximo é, também, de 35m e o (s) poste (s) pode (m) ser de concreto ou metal.
O suporte para roldana deve ser instalado no poste, a uma altura mínima de 3,50m.
Caso os cabos de telecomunicações, após passarem pelo poste de acesso, seguirem subterrâneos deve-se deter-
minar o trajeto da tubulação de entrada desde o poste até o PTR/DG, projetando caixa (s) de passagem para limitar
o comprimento do lance e/ou o número de curvas, conforme critérios já estabelecidos acima.
NOTA:
O cliente poderá optar por construir a tubulação de entrada subterrânea ainda que sua edificação tenha no
máximo 50 pontos de voz e a rede no local seja aérea. O ônus adicional da instalação do cabo subterrâneo
poderá ser de responsabilidade do cliente.
64
13. ENTRADA DE SINAIS VIA ANTENAS COLETIVAS (VHF/UHF) e
PARABÓLICAS EM EDIFICAÇÕES
De maneira a permitir a entrada de sinais de telecomunicações por meio de antena, deverão ser adotados os se-
guintes critérios:
• Para residências unifamiliares ter no mínimo uma caixa nº 1 (10x10x5cm), localizada na cobertura, próxima à
provável localização da (s) antena (s) interligada (s) por meio de um eletroduto de PVC rígido ou de FG, com
diâmetro mínimo de Ø32mm ao DIU;
• Para prédios ter no mínimo uma caixa nº 3 (40x40x12cm), localizada na cobertura, próxima à provável localização
da (s) antena (s) interligada (s) por meio de dois eletrodutos de PVC rígido ou de FG, com diâmetro mínimo de
Ø40mm a rede primária.
65
Projeto de Redes
de Telecomunicações
Internas
66
1. GENERALIDADES
Este manual tem por objetivo estabelecer procedimentos a serem adotados pelos projetistas e construtores na
elaboração de projetos e na execução das redes de telecomunicações internas.
Chama-se Rede de Telecomunicações de um edifício o conjunto de cabos, tomadas, blocos terminais, ferragens e
materiais acessórios instalados no imóvel com a finalidade de permitir a ligação de equipamentos de telecomunica-
ções às redes de telecomunicações públicas ou privadas, a saber: Voz, VoIP, internet, sinal de TV aberta, cabeada,
Satélite, CFTV (Circuito Fechado de TV), interligação interna entre computadores, etc.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este manual se aplica a todos os tipos de edificações, em fase de projeto, de construção, reforma ou ampliação,
que necessitam de rede de telecomunicações interna independentemente de seu porte, finalidade, número de
pavimentos, número de pontos de telecomunicações.
3. DEFINIÇÕES
Cabo que interliga a rede externa das Operadoras de telecomunicações ao PTR ou DG/PTR.
Cabos instalados nas áreas internas das edificações, não sujeitos a intempéries que interligam PTR ou DG/PTR aos
PTs - Pontos de Telecomunicações.
Somatório dos pontos distribuídos com os pontos que passam pela caixa.
67
3.6 CATEGORIA 03
Categoria de cabos de par trançado e demais componentes usados para transmissão de sinais até 16 mHZ. Indicado
apenas para voz.
Categoria de cabos de par trançado e demais componentes usados para transmissão de sinais até 100 mHZ. Cate-
goria 05E apresenta redução de perdas de sinal por interferências.
Categoria de cabos de par trançado e demais componentes usados para transmissão de sinais até 250 mHZ. Cate-
goria 06 A permitem taxas de até 500 mHZ.
3.9 CATEGORIA 07
Categoria de cabos de par trançado e demais componentes usados para transmissão de sinais até 1100 mHZ.
Tipo de fibra óptica para velocidades de transmissão menores, em distâncias menores. Muito usada em interconexão
de armários de racks, como cabos de backbone.
Central comutadora para uso particular (PABX), interligada através de linhas troncos a uma estação de telecomuni-
cações públicas, que permite a seus ramais acesso às redes telefônicas interna ou externa, através de comutação
automática. Atende também as funções de interfonia.
Cordões formados por cabo flexível (UTP) com conectores RJ45 nas pontas, com a finalidade de interligar os dis-
positivos de conexão entre si ou a equipamentos
68
3.15 FIO DE TELECOMUNICAÇÕES EXTERNO (FE)
Par de fios rígido que interligam diretamente a rede aérea de voz da concessionária ao DIU de uma unidade residencial
unifamiliar ou comercial individual. Também pode ser utilizado em pontos isolados instalados externos à edificação.
Par de fios rígidos que interligam os PTs de voz ao DIU ou equivalente, instalados em eletrodutos internos à edifi-
cação, não sujeitos a intempéries.
Conexão feita através de um par de fio telefônico FDG (Fio de Distribuidor Geral), entre dois blocos terminais em
uma caixa CD (conexão de um par da rede primária com a rede secundária).
Linha de telecomunicações que atende a um assinante, conectada a uma estação de telecomunicações pública, que
pode ser classificada em residencial ou não residencial.
Linha de telecomunicações que interliga uma CPCT (PABX) a uma estação de telecomunicações pública.
Linha de usuário interno à edificação, proveniente da Central PABX, responsável pelas comunicações internas (ra-
mal-ramal), podendo ter acesso a Rede Pública de Telefonia.
Linha de usuário externo à edificação, proveniente da Central PABX, responsável pelas comunicações externas
(ramal-ramal), para edificações com mais de um bloco, podendo ter acesso a Rede Pública de Telefonia.
69
3.24 RAMAL DE PABX
Ramal de CPCT de uso interno à Edificação, podendo ser analógico ou digital, normalmente conectado em apare-
lho comum ou aparelho digital, com recurso de visor e teclas multifuncionais. Em edificações residenciais, o ramal
interno, pode ser conectado a uma posição de porteiro eletrônico com vantagens operacionais sobre as soluções
clássicas das centrais de portaria.
Conjunto de meios físicos (condutos, caixas, cabos, fios, blocos terminais e outros acessórios), que se estendem
desde o PTR ao DG, CD’s, CP’s até o DIU.
Conjunto de meios físicos (condutos, caixas, cabos, fios, blocos terminais e outros acessórios) que se estendem do
DIU até às caixas de saída (PT).
Conjunto de meios físicos (cabos, blocos terminais, fios, etc.), necessários para prover a ligação de qualquer equipa-
mento terminal de telecomunicações dentro de um edifício.
Conjunto de meios físicos (cabos, blocos terminais, fios, etc.), necessários para prover a interligação de blocos ex-
ternos pertencentes a mesma edificação.
É a Espinha dorsal de uma Edificação, ou seja, interliga todos os Armários de Telecomunicação à Sala de Equipa-
mentos/DG e a entrada da Prestadora de Serviço de Telecomunicações.
Consiste na malha de cabos que interligam os pontos de telecomunicações (PT) aos Armários de Telecomunicações.
3.31 TRONCO E1
Tronco digital de 2Mbits, ou seja, link com 30 canais que corresponde a 30 linhas individuais. Usa interface G703
ou interface RJ45.
70
3.32 TRONCO SIP
Tronco digital em interface Ethernet que trabalha com telefonia IP. Apresenta em quantidades variáveis de acordo
com a operadora e necessidade do cliente. Conecta à Rede Pública de Telefonia à Internet.
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1 A prestação do serviço de telecomunicações de forma individualizada depende da existência no local das con-
dições necessárias à efetivação das instalações.
4.2 A elaboração e a execução do projeto das redes de telecomunicações internas devem ser feitas por responsável
técnico credenciado pelo CREA, em entendimento com o construtor ou proprietário, baseado nas necessidades e
layout apresentado pelo projeto arquitetônico, de acordo com as orientações deste manual e das normas vigentes.
4.3 O construtor do edifício é responsável pelo projeto e pela execução da rede interna do edifício. Os cabos de
entrada serão instalados pelas Operadoras de telecomunicações.
4.4 Os usuários devem providenciar a infraestrutura adequada e necessária à correta instalação e funcionamento
dos equipamentos de telecomunicações próprios ou das operadoras, quando for o caso, respeitando a privacidade
dos demais usuários e o direito de acesso e de propriedade de outra operadora.
4.5 As redes de telecomunicações abrangidas por este manual não se destinam, exclusivamente, aos serviços de
telecomunicações conectados às redes externas de concessionárias, abrangendo também sistemas privados de
dados, voz e imagem.
4.6 Os projetos de tubulação e de rede de telecomunicações deverão ser elaborados em um mesmo do-
cumento (Projeto).
5.1 GERAL
• Cada projeto de rede de telecomunicações interna deve ser acompanhado de uma relação dos materiais neces-
sários à sua execução e do memorial descritivo relatando toda premissa do projeto. Esta relação deve quantificar
e especificar cada um dos materiais, não sendo parte integrante dos desenhos de projeto.
• Os materiais descritos a seguir são aqueles que devem ser especificados nos projetos de redes de telecomunica-
ções internas. Todos são normatizados pela ABNT - INMETRO. Outros materiais poderão ser utilizados, desde
que homologados por órgãos normativos.
71
com os terminais da rede primária e equipamentos ativos instalados em rack. Também são utilizados para fazer
a conexão entre tomadas de telecomunicações (PT) e os equipamentos nas áreas de trabalho.
• Os cordões, além de serem flexíveis, devem atender aos requisitos exigidos pelo cabo usado na rede secundária
em que eles estão conectados. Os cabos usados em um circuito devem manter características por todo o circuito.
• O comprimento do cordão de conexão usado no armário de telecomunicações para a conexão da rede secundária
com a primária não deve ultrapassar a 7,00m. Para o cordão de conexão da tomada de telecomunicações para os
equipamentos (telefones, microcomputadores, TV, vídeos e outros), o comprimento não deve ultrapassar a 3,00m.
5.2.4 CABOS
• O cabo é o meio de transmissão responsável pela transferência da informação de um ponto para outro.
• Nas redes de telecomunicações para dados, voz e imagem, utilizam-se tanto cabos metálicos como ópticos. A opção
pelo uso de um ou outro é feita em função da largura de banda que estiver sendo adotada para a transmissão,
da distância que separa os pontos que se pretendem comunicar e do tipo da aplicação (dados, voz e imagem).
Tipo de fibra para velocidades de até 10Gb/s em distância de até 300m. Apresenta menor custo de aquisição, fácil
conectorização (requer menor precisão), pois apresenta núcleo com diâmetro maior.
A fibra MM do tipo Gradual alcança distâncias de até 500 metros para velocidade acima.
Usada principalmente em conexões de curta distância, como no trecho de backbone - prumada vertical, interligando
o Rack principal aos racks de cada andar.
72
5.2.5.2 FIBRA ÓPTICA MONOMODO (SM)
Tipo de fibra para velocidades superiores a 160 Gb/s em maiores distâncias (centenas de Km). Apresenta maior
custo de aquisição, conectorização mais complexa, pois requer maior precisão com núcleo com diâmetro menor.
Os cabos relacionados nos itens 3.6 a 3.9, são cabos UTP, ou seja, cabos de par trançado sem blindagem.
Em situações de proximidade do cabeamento com cargas que geram muita interferência eletromagnética (EMI)
como grandes motores ou grandes antenas de transmissão, há necessidade do uso do cabeamento estruturado
com blindagem. Para tanto, devem ser considerados caso de uso de cabos blindados FTP (blindagem mais simples),
STP (blindagem mediana) e SSTP (blindagem completa). Os conectores e tomadas fêmeas RJ45 também precisam
serem blindados neste caso.
ENTRADA
CABEAMENTO DE
DE OPERADORAS
TIPO DE APLICAÇÃO TIPOS DE CABOS BACKBONE E REDE
OU APLICAÇÕES
HORIZONTAL
ESPECIAIS
UTP 21 pares -
Somente VOZ ou Convencional 800m
de telefonia
-
Cabos UTP 04 pares
Voz e dados 90m
categoria 03 a 07
73
6. SIMBOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO
74
7. REDE DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA EM RESIDÊNCIAS MCMV/
POPULARES E NÃO POPULARES (CASAS E APARTAMENTOS)
Baseados nos serviços ofertados pelas operadoras, o usuário tem, como opção, utilizar sinais de voz e TV aberta,
bem como sinais de voz e/ou dados e/ou TV através de um pacote de uma operadora privada.
Independente da opção do usuário do imóvel, deverá prever o DIU que permita o usuário adotar qualquer opção
a qualquer tempo.
No interior do DIU as conexões para sinal de TV e voz, serão feitas através de dispositivos de conexão adequados.
A distribuição da rede deverá preferencialmente ser em estrela, a partir do DIU até cada cômodo ou setor da edifi-
cação e interligadas de forma sequencial dentro do mesmo cômodo ou setor.
Convencionalmente, utilizados a instalação de cabos CCI ou FI-60-2 para atender sinais de voz e cabo coaxial RG6
para atendimento dos sinais de imagem.
Para otimização da instalação, poderá ser utilizado o UTP-4P para levar sinal de voz em substituição a utilização de
cabos CCI ou FI-60-2.
O número de condutores necessários para atender aplicações de voz deverá ser dimensionado conforme demanda
pré-estabelecida, respeitando o layout arquitetônico.
Para sinal de TV deverá ser previsto um cabo coaxial RG6 interligando o DIU a cada ponto de TV previsto no layout
arquitetônico (um cabo para cada ponto de TV a partir do DIU).
Nas caixas de saída deverão ser utilizados conectores RJ11 para os sinais de voz e conectores tipo F (com rosca)
para sinais de TV.
Deverá ser previsto um cabo CCI 2P exclusivo para interfone a partir do DIU, que por sua vez, dará sequência a
rede primária que parte da Central.
Pontos alimentados por cabos diferentes, que transitam dentro do mesmo eletroduto, podem compartilhar uma
mesma caixa de saída e o mesmo espelho.
Poderão ser instalados em uma caixa número 1, no máximo duas tomadas para voz e/ou dados e um conector para
imagem.
Para o uso de repetidores de sinal de WI FI, é necessário a previsão de um ponto elétrico ao lado do mesmo. Deverão
ser locados em locais estratégicos na residência de forma a melhorar o nível de sinal.
Em residências ou apartamentos de alto padrão, o DIU poderá corresponder a um rack, externo ou embutido em
caixa especial, onde serão instalados os ativos ou modem da operadora e equipamentos do proprietário.
75
Figura 42 - Rede secundária em edificações residenciais
76
8. REDE DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA
EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS
Para edificações comerciais, valem as mesmas recomendações citadas no item 7 - acima, com as seguintes espe-
cificidades:
Recomenda-se preferencialmente, a utilização de cabo UTP-4P para sinais de voz e dados e cabos coaxiais, porém,
em edificações comerciais de pequeno porte ou populares, poderão ser utilizados cabos CCI-2 pares ou FI-60 para
voz, em ligação sequencial.
Em cada caixa de saída número 1, devem ser previstos no mínimo dois pontos e no máximo quatro pontos de te-
lecomunicações assim configurados:
• Dois, Três ou Quatro pontos de Voz / Dados, terminados em conector fêmea modular RJ45 ou RJ11.
• Um ou Dois pontos de Voz / Dados, terminados em conector modular RJ45 ou RJ11, mais um ponto de TV
terminado em conector tipo F.
Para as edificações comerciais do tipo “a” conforme item 8.1.3, o empreendedor ou o construtor poderá optar em
deixar a rede secundária para ser definida e executada posteriormente, pelo usuário final, de acordo com a conve-
niência deste último. Neste caso o projeto se limita à infraestrutura primária até o DIU.
Edificações comerciais de fins específicos previstos nos casos “b”, “c”, “d” e “e”, como hospitais, clínicas, prédios
públicos, supermercados, etc, deverá ser adotado para a rede secundária o sistema de cabeamento estruturado
utilizando-se cabos UTP-4P.
O cabeamento da rede interna, qualquer que seja sua aplicação (dados, voz e imagem), adotará a topologia estrela,
cujo centro fica localizado no DIU (ou Armário/Rack de telecomunicações).
Cabo Coaxial
IMAGEM
Cabo UTP - 4 pares (PoE)
77
Adotaremos as mesmas recomendações citadas nos itens 7 e 8.
O comprimento máximo para os cabos metálicos da rede secundária, quando UTP será de 90m, desde os de conexão
instalados dentro do DIU até os pontos de utilização instalados nas caixas de saída.
Os PTs - Pontos de Telecomunicações serão providos de conectores fêmeas (Tomadas) que estabelecem a conexão
dos equipamentos às redes de telecomunicações, e poderão ser:
• Para os aplicativos de voz conectados a cabos CAT-3 serão utilizados conectores fêmeas RJ11.
• Para os aplicativos de voz e dados, conectados a cabos UTP serão utilizadas tomadas fêmeas de 8 vias tipo RJ45 .
• Para o aplicativo de imagem, serão utilizadas tomadas fêmeas tipo F, com rosca - 75 ohms para cabos coaxiais
tipo RG6.
A ligação dos cabos de 4 pares aos contatos da tomada modular de 8 posições deve ser distribuída conforme indicado
na figura e Tabela 18. Ver NBR 14565 (Tabela 20, pág.91).
Verde (V) 2 3
Laranja (L) 6 2
Azul (A) 4 -
Marrom (M) 8 4
78
Farão parte integrante da rede secundária os blocos de conexão instalados no DIU (ou Armário de telecomunicações/
Rack), de onde partem os cabos da rede secundária.
Cordões de Interligação:
Os cordões devem atender aos requisitos estabelecidos para o cabo usado na rede secundária, no qual estão co-
nectados.
Os cordões utilizados para a conexão dentro dos armários não devem ultrapassar a 7,00m de comprimento e os
cordões das tomadas de telecomunicações não devem ultrapassar de 3,00m de comprimento.
A rede secundária deve ter elementos para identificar e facilitar o gerenciamento futuro da rede, bem como facilitar
a leitura do projeto durante sua execução.
A identificação das tomadas de telecomunicações fixadas no espelho da caixa terminal, será definida conforme abaixo.
PT = Ponto de telecomunicações.
Caso no mesmo pavimento exista mais de um rack, está identificação deverá ser completada com a identificação
sequencial dos RACK’s (XXa, XXb...). Nas edificações residenciais esta indicação pode ser excluída.
A identificação dos cabos deverá ser feita no projeto no trecho do conduto correspondente.
• Na obra, esta identificação deverá ser feita, tanto no início do percurso dentro do DIU, quanto no final do percurso
dentro das caixas de saída, conforme abaixo.
XCSYY-2P_ onde:
PT 001-002
X = nº de condutores no trecho
CS = cabo secundário
79
PT-001-002 = indicando que os cabos existentes no duto se destinam aos Pontos de Telecomunicações PT-001 e
PT-002.
A partir da rede secundária, através da sua configuração de pontos de voz ou dados e voz, dependendo da opção
adotada pelo projetista no imóvel, se definirá a rede primária.
A rede primária em edificações é aquela que estabelece a ligação entre o DIU ou rack de cada unidade residencial
ou comercial até o Ponto de Origem do sinal a ser transmitido, a saber:
• DG ou DG/PTR para a rede primária de voz, TV por assinatura e internet.
• Rack da Central de Processamento de dados da edificação.
• Central de Monitoramento do sistema de CFTV.
• Caixa de amplificação de sinal para TV aberta ou satélite (geralmente localizada no topo da edificação).
• Nos Campus, a rede de interligação das edificações faz parte da Rede Primária.
Em caso de conjunto habitacional, os sistemas conectados às redes externas das Operadoras de telecomuni-
cações serão direcionados, através dos Cabos de Entrada, a uma das edificações, onde se localizará o DG ou
DG/PTR e/ou o CPD.
Os demais prédios serão interligados a ele através de cabeamento apropriado, deverão ser projetados cabeamentos
independentes para cada prédio e para cada aplicação.
Para Rede de Dados, a fim de garantir confiabilidade do sistema, poderá ser projetada rede redundante.
O dimensionamento destes cabos será feito, de acordo com as distâncias máximas admitidas para as redes primárias
descritas na tabela 16 na página 73 - Distâncias máximas admissíveis para a rede primária e secundária.
80
10.2 REDES PRIMÁRIAS DE VOZ
Em edificações convencionais, residenciais ou comerciais a interligação se fará por meio de cabos tipo CI quando
instalados em locais não sujeitos a umidade e por meio de cabos tipo CTP APL SN quando estiverem interligando
caixas de distribuição em trechos subterrâneos e áreas abertas (sujeitas a umidade).
Edificações especiais que conforme necessidade do cliente, demandarem sistema de voz por IP, terão seu cabea-
mento primário executado em cabo metálico tipo UTP nas categorias adequadas ao empreendimento, bem como
com Fibra Ótica, ambas conforme especificações determinadas em conjunto com o cliente.
As características dos cabos escolhidos deverão obedecer às velocidades de transmissão e distâncias determinadas
pelos fabricantes.
As redes primárias de dados serão executadas em cabo metálico tipo UTP nas categorias adequadas ao empreen-
dimento, bem como com Fibra Ótica, ambas conforme especificações determinadas em conjunto com o cliente.
As características dos cabos escolhidos deverão obedecer às velocidades de transmissão e distâncias determinadas
pelos fabricantes.
As redes primárias de imagem serão executadas em cabo metálico tipo UTP nas categorias adequadas ao empreen-
dimento, bem como Fibra Ótica, ambas conforme especificações determinadas em conjunto com o cliente.
As características dos cabos escolhidos deverão obedecer às velocidades de transmissão e distâncias determinadas
pelos fabricantes.
No caso específico do sistema de CFTV, por ser um sistema privado, o Ponto de Origem da rede primária será a
Central de Monitoramento do sistema no interior da propriedade do cliente. O sistema de CFTV poderá compartilhar
os mesmos RACK’s, CD’s e/ou CP’s dos sistemas de voz e dados, porém os cabos da rede primária serão exclusivos
e dedicados exclusivamente para este sistema.
Este sistema será instalado em setor exclusivo, independente e bem caracterizado, quando num Rack compartilhado.
Serão utilizados cabos coaxiais blindados do tipo RG6 ou RG59, dependendo do cálculo de perdas de atenuação do sinal.
81
11. PROJETO DE REDE PRIMÁRIA
Esta configuração deverá gerar um Diagrama Geral abrangendo todo o trajeto da rede a partir do Ponto de Origem
até o DIU ou às últimas Caixas de Distribuição em todos os pavimentos, blocos e setores da edificação, lembrando
de considerar opção de entrada pelo topo da edificação para atender operadoras que oferecem serviços via satélite.
Opcionalmente, nos diagramas verticais, podem-se excluir, dos mesmos, os DIU’s, que apesar de pertencerem a
Rede Primária, podem ser numerosos, sobrecarregando o desenho. Neste caso, cabos primários entre a CD e o DIU
podem constar apenas em planta baixa.
As prumadas serão individualizadas para cada aplicação (voz, dados e imagem), fazendo-se necessária uma prumada
de cabos, independente e exclusivo para cada aplicação, com exceção quando uma cablagem atender, em conjunto,
as aplicações de voz, dados e TV.
As redes primárias deverão seguir três tipos de configurações, sempre respeitando as distâncias máximas admis-
síveis conforme especificado na tabela 16 na página 73 - Distâncias máximas admissíveis para a rede primária e
secundária, para cada aplicação:
II - Um cabo partindo do Ponto de Origem para atender a três pavimentos ou setores, a saber: o pavimento/
setor em questão mais os dois adjacentes (superior + inferior ou anterior + posterior).
III- Um cabo partindo do Ponto de Origem para atender toda a edificação, exclusivo para sinais de TV aberta
ou Operadoras de Sistema por Assinatura.
Não serão permitidas emendas em cabos, o lance deve ter início e fim em blocos de conexão adequados.
Observação: O lançamento do cabeamento das Operadoras de Sistema por Assinatura serão de responsa-
bilidade destas operadoras.
82
De posse desta informação, obtém-se a quantidade ideal de pares que devem alimentar aquela caixa e também a
quantidade ideal de pares que deverão ser nela distribuídos.
Para isto, basta dividir estes dois valores (pontos acumulados e pontos atendidos pela caixa) por 0,7 ou 0,8, conforme
demanda do cliente.
Em projeto deve ser indicado no Diagrama Geral, através de sumário de contagem A/B/C/D:
Exemplo:
Caixa C - DG
• Quantidade de pares a serem distribuídos na caixa = 8
• Quantidade ideal de pares para alimentar a caixa: 8 : 0,8 = 10 pares (arredondamento sempre para cima)
• Quantidade de pares acumulados na caixa = 17
• Quantidade ideal de pares acumulados na caixa: 17 : 0,8 = 22 pares (arredondamento sempre para cima)
83
Figura 45 - Esquema unifilar para dimensionamento dos pontos de voz
De posse dos valores calculados acima, e conforme a capacidade dos cabos disponíveis no mercado, define-se a
capacidade mínima do cabo primário de voz a ser utilizado para alimentar cada CD e o DG, sendo que, estes ca-
bos devem ter capacidade igual ou imediatamente superior ao valor determinado como quantidade ideal de pares
acumulados para cada caixa.
84
TRECHO 3 (ALIMENTADOR DA CAIXA C)
11.3.2 REDE PRIMÁRIA DE INFRAESTRUTURA E CABLAGEM PARA VOZ E DADOS A SEREM ATENDIDOS
PELAS CAIXAS DE PASSAGEM, PCC’S OU RACK’S
Define-se a necessidade dos pontos de voz e dados/telecomunicações da rede em cada ambiente baseado no
layout arquitetônico existente ou definido com o cliente, enumerando e identificando os pontos em uma tabela a
ser constada em projeto. A numeração dos pontos inicia-se do ponto mais distante em direção ao rack.
O próximo passo do desenvolvimento do projeto, para qual utilizará rede estruturada através de cabo UTP-4P, para
voz e dados, é a definição da quantidade de pontos (pares) de dados e de voz terminados em cada patch panel a
serem instalados no rack.
De posse desta informação, obtém-se a quantidade ideal de pares que devem ser distribuídos no rack. Para isto, basta
dividir estes os valores dos pontos de telecomunicações e de voz por 0,7 ou 0,8, conforme demanda do cliente. Esta
informação é fundamental para determinação da quantidade de patch panel, dimensionamento da rede primária, di-
mensionamento das CP’s, até mesmo de um PCC/ponto de consolidação, se necessário for, e principalmente do Rack.
85
Figura 46 – Modelo de rack de telecomunicações AT 19” 16US
Estes valores são indicados nos diagramas de tubulação e de rede que deverão ser apresentados no projeto, cons-
tando no primeiro a infraestrutura dimensionada através do sumário a/b e o segundo constando a rede de cablagem
(distribuição horizontal) dimensionada através de sumário de contagem A/B/C/D, indicando as quantidades de
pontos e seus ideais de telecomunicações e voz por caixa de distribuição e/ou rack, conforme observado acima.
86
Adotamos um simples exemplo de diagramas de tubulação e rede, considerando o coeficiente 0,7, conforme:
A partir deste dimensionamento, define-se a capacidade do cabo metálico para voz, baseado na quantidade ideal
de pares, que partirá do DG ou DG/PTR para alimentação do rack e deste para as CP´s e/ou DIU e o cabo de fibra
óptica que partirá de sua origem, como exemplo da concessionária, via DG ou DG/PTR, para atender o sinal de
dados/telecomunicações nos respectivos rack’s, definindo a rede primária.
As Redes Primárias de Dados e voz compreendem a interligação entre o DG/PTR ao rack principal utilizando cabo
UTP/óptico para alimentação da Switch Mãe e cabo metálico para alimentação dos voice panel destinados para sinal
de voz respeitando o número ideal de pares e destes, se necessário, para os demais RACK’s da edificação, utilizando
o mesmo sistema de cablagem.
Os cabos da rede primária de dados serão dimensionados de acordo com a velocidade de transmissão pré-estabe-
lecida, comprimento do lance e conforme a capacidade dos cabos disponíveis no mercado, ver tabela 16 na página
73 - Distâncias máximas admissíveis para a rede primária e secundária.
Conforme nível de confiabilidade do sistema (de acordo com a necessidade do cliente) a Rede Primária deverá ser
duplicada (redundância), preferencialmente por caminhos físicos diferentes.
87
11.3.4 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE DISPOSITIVOS DE CONEXÃO NAS CD’S, DIU OU RACK PARA
RECEBIMENTO DO CABEAMENTO SECUNDÁRIO
Todos os cabos de telecomunicações da rede primária e secundária devem ser terminados em Dispositivos de Conexão.
A quantidade de blocos de conexão necessários é definida pela quantidade de ideal pontos de voz atendidos pelo
DG ou pela Caixa de Distribuição, dividindo pelo número de pares oferecidos pelo bloco.
A quantidade de dispositivo de conexão no rack são definidos pela quantidade Ideal de Pontos de dados e voz
obtida pelo coeficiente obtido da divisão entre o número de pontos horizontais distribuídos pelo Rack por 0,7 ou
0,8, conforme demanda do cliente, utilizando pacht panel de 24 portas para distribuição da rede horizontal. Para
determinação, divide-se o número ideal de pontos calculados pelo coeficiente por 24 arredondando para o primeiro
múltiplo superior (quantidade de portas de um Patch Panel).
XCPYY-20P_ onde:
PT 001-020
X = nº de cabos no trecho
CP = Cabo Primário
U = UTP-4pares
88
Figura 48 - Distribuição da rede primária
Neste caso os critérios de dimensionamento são idênticos ao estabelecido para redes de dados.
Porém observar que se trata de sistema diferentes que devem ser totalmente independentes e ocupar locais distintos
e bem definidos no Rack, caso o mesmo seja compartilhado.
Serão utilizados cabos coaxiais blindados do tipo RG6 ou RG11, dependendo do cálculo de perdas de atenuação
do sinal e qualidade de imagem desejada.
Para a elaboração do projeto dos cabos da rede primária para a aplicação de imagem, utilizando-se cabos coaxiais
deverá ser alertado ao projetista de elétrica para previsão de pontos elétricos para a alimentação das câmaras, caso
o sistema não seja PoE.
Trata-se da rede convencional interligando a antena coletiva para edificação ou individual, em se tratando de resi-
dência, ao DIU por intermédio de coaxiais específicos.
89
11.3.7.2 CAIXA DE AMPLIFICAÇÃO DE SINAL PARA TV ABERTA OU SATÉLITE
Quando da necessidade utiliza-se o dispositivo para ajuste do sinal de TV, tanto para TV aberta ou via satélite, cuja
capacidade é baseada na distância de atendimento aos seus usuários, geralmente instalada no topo da edificação.
A Infraestrutura de Entrada de todos os serviços de telecomunicações inclui a Interface de Rede externa respectiva.
A demanda de um determinado serviço é que vai determinar a interface requerida conforme a tecnologia do serviço,
podendo ser desde cabo telefônico convencional até fibra óptica.
Normalmente a interface de Rede é um cabo telefônico convencional CA - CTP APL dimensionado conforme a de-
manda do cliente e é distribuído em um DG/PTR. Se a edificação usa Rede de Cabeamento Estruturado, de forma
a permitir a conexão com a rede primária, as linhas de entrada são disponibilizadas no Rack principal na Sala de
Telecomunicações no DIO (painel de distribuição óptico), Switch com portas compatíveis para atendimento ao sinal
de dados e Painel de Distribuição de Voz - Voice Panel com portas compatíveis para sinais de voz.
12.2.2 SERVIÇO DE TELEFONIA+ TV A CABO + INTERNET BANDA LARGA (NA FORMA DE DOIS OU
TRÊS SERVIÇOS)
Este serviço é muito comum nas capitais e algumas cidades do interior. A interface de Rede é formada por cabo coaxial
externo e normalmente termina no DG/PTR. Desde ponto, após o divisor de sinais (splitter) alcança a rede primária.
Dentro das unidades consumidoras dos sinais, ocorre a separação dos serviços através de interfaces padronizadas.
Este serviço é muito comum em função da facilidade de apontamento da antena em qualquer lugar. A interface
de Rede é formada por um cabo coaxial que alcança a rede primária da Edificação pela cobertura. A interface de
Rede é formada por cabo RG11 externo e normalmente termina no DG/PTR. Desde ponto, após o divisor de sinais
(splitter) alcança a rede primária.
Este serviço usa o sistema via rádio interface de Rede é formada por um cabo de RF (rádio frequência) que, após
passar por um modulador, alcança a rede primária da Edificação pela cobertura.
90
12.3.5 SERVIÇO DE TELEFONIA EM LINK DIGITAL DDR (TRONCO E1)
Trata-se de um serviço de entroncamento digital para telefonia em link de 30 canais ou menos. Pode chegar através
de acesso via rádio ou através de fibra óptica. Chegando por via rádio, o cabo de RF desce pela rede primária até a
Sala de Telecomunicações, onde será conectado ao equipamento de rádio (demodulador). Após o mesmo, apresenta
interface de rede apropriada para conexão ao PABX - Conector BNC ou balun (RJ45). Outra alternativa seria entrada
da interface de rede através de fibra óptica monomodo (SM), que passa pelo DG/PTR e alcança a Switch de rede
da Provedora do serviço. Na saída desta Switch, em interface adequada segue para o PABX.
Se a edificação usa Rede de Cabeamento Estruturado, a fibra óptica, após passar pelo DG/PTR, segue para o rack
principal, DIO (painel de distribuição óptico), Switch de rede, PABX (Tronco E1-Conector RJ45).
Trata-se de um serviço de entroncamento digital para telefonia IP em link de 30 canais ou menos, acrescido de
internet e link de dados para interligar filiais de uma Empresa. Entrada da interface de rede através de fibra óptica
monomodo (SM), que passa pelo DG/PTR, distribuidor óptico e alcança a Switch de rede da Provedora do serviço.
Na saída desta Switch, em interface adequada segue para o PABX (Tronco SIP – RJ45).
Cabo UTP nas aplicações acima, apresenta maior atenuação do que o cabo coaxial, conforme ABNT NBR 16262 (tabela 2).
Todas as partes metálicas dos mastros de antenas, de condutos e as blindagens dos cabos, bem como armações
metálicas de quadros e RACK’s, devem ser conectadas ao Barramento de Equipotencialização de Telecomunicações
(Barramento Local- BEL) em cada pavimento. Através da rede primária, os condutores suplementares de equipo-
tencialização são interligados ao BEP. No caso de Data Center, além de ter o seu sistema de aterramento e de
proteção contra surtos interligado ao da Edificação, conforme a ABNT NBR 14565, deve ser constituída uma malha
de equipotencialização, com grade retangular que varia de 0,60m X 0,60m a 3m X 3m.
91
13.2 INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS (DPS)
A instalação dos DPS’s tem que ser realizada conforme determina a ABNT NBR 5419, para filtrar e proteger as cargas
contra as sobretensões e sobrecorrentes induzidas e as interferências eletromagnéticas, que invariavelmente, provocam
danos aos equipamentos. Os DPS’s devem ser instalados em cascata e coordenados de forma a garantir a devida
proteção contra os surtos provocados pelos efeitos das descargas atmosféricas na estrutura ou próximo às mesmas.
As blindagens do cabeamento devem ser adequadamente conectadas ao aterramento para a devida proteção elétrica
e para garantir compatibilidade eletromagnética. Todos os demais componentes do cabeamento blindado devem ser
blindados e atender aos requisitos de blindagem especificados em ABNT NBR 14565.
A sala de entrada de telecomunicações, a sala de equipamentos e o armário de telecomunicações devem conter uma
barra de vinculação de cobre revestido de estanho, com dimensões da seção transversal mínima de 6mm x 50mm
e tendo comprimento de acordo com a necessidade de vinculação.
A barra de vinculação deve ser fixada na parte inferior do DGT da sala de equipamentos e/ou armários de tele-
comunicações, de modo que fique isolada e devem ser interligadas entre si, através de uma cordoalha ou cabo,
dimensionados conforme a ABNT NBR 5410.
14.1 INTRODUÇÃO
O uso das tecnologias ofertadas requer uma infraestrutura de telecomunicações adequada nos sistemas prediais,
com emprego de cabeamento estruturado e de fibras ópticas, meios que substituem, com vantagens, os cabos
92
coaxiais convencionais e também os cabos de telefonia, além de permitirem maior conectividade e flexibilidade nas
prumadas verticais e distribuições horizontais. Mesmo em ambientes que ainda usam infraestrutura convencional,
o uso crescente da telefonia móvel e a oferta de equipamentos como centrais telefônicas modernas permitem,
cada vez mais, um redimensionamento reduzido de infraestrutura requerida nos sistemas prediais, com economia
de espaço e de materiais.
O investimento para instalação da infraestrutura de telecomunicações para este cenário de inovações tecnológicas
se justifica como investimento necessário e aderente aos requisitos técnicos de interface para os novos serviços.
Há que se considerar que cabeamento estruturado, fibras óticas e demais insumos de rede (RACK’s, patch cords,
etc.), vêm apresentado redução de preço e podemos considerar que o uso das fibras ópticas garante atendimento às
atualizações tecnológicas por um maior período de tempo. Vale destacar que uma infraestrutura de Telecomunicações
é flexível em relação aos diferentes serviços da atualidade e tem que ser dimensionada conforme as demandas de
cada edificação.
Antes, a característica da individualidade das linhas analógicas era o cenário dominante. O sistema antigo dependia
de uma telefonista para atender e transferir ligações dos ramais e o sistema de interfonia era um sistema à parte e
não era integrado ao PABX. O sistema de entroncamento digital DDR passou a permitir aos usuários comerciais ou
residenciais a troca das linhas individuais exclusivas por um agrupamento de 10 a 30 canais, via fibra, via rádio ou par
metálico (através de modem HDSL). Este cenário se apresenta como opção vantajosa aos consumidores em relação
às interligações clássicas. Além dos recursos da nova tecnologia, como interface a telefonia IP, novas facilidades para
usuários e gerenciamento de serviços, ocorre uma substancial redução na infraestrutura exigida para atender às
necessidades de conexão à rede pública de telefonia local, interurbana e internacional. A interfonia predial é atendida
plenamente pelo PABX da edificação que garante ampla comunicação interna entre os moradores e acesso a diversas
facilidades típicas de uma central digital, tais como uso de senhas, redirecionamento de chamadas, relatórios, etc.
14.5 CONCLUSÃO
O cliente junto com o responsável técnico da execução do projeto de telecomunicações e o Provedor de Soluções
de Telecomunicações têm de avaliar a melhor solução técnica de serviços de telecomunicações para dimensionar
a sala de entrada, tubulação de entrada e cabo de entrada, que pode ser tanto pelo piso e/ou pela cobertura da
edificação. A entrada da rede externa via fibra óptica vem sendo a opção mais usada. Algumas Provedoras de Serviço
de Telecomunicações já estão oferecendo conexão ao usuário residencial através de fibra (FTTH - Fibra instalada
no lar do usuário) com instalação de uma unidade OLU (Unidade de Linha Óptica).
A opção pelo Cabeamento Estruturado confere ao Projeto de Rede de Telecomunicações vantagens e benefícios
conforme a seguir:
b) Simplificação nos procedimentos por ocasião das mudanças de aplicações ou expansão (alterações das conexões
93
dos cordões - patch cords;
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES I
Finalmente, deve ser calculado o comprimento do cabo necessário a todos os lances. Nesta previsão de cabos
deve-se considerar:
O comprimento do lance entre caixas deve ser previsto levando-se em consideração as distâncias horizontais e verticais.
a) Tubulação Convencional
• Em caixas de passagem e de distribuição sem emenda de cabo, deve-se prever uma folga de cabo equivalente a
3 e 2,5 vezes o lado da caixa, respectivamente.
• Em caixa de distribuição geral com os eletrodutos chegando por cima, deve-se considerar folga de 2,5L (largura
da caixa).
• Em caixa de distribuição geral com os eletrodutos chegando por baixo, considerar folga de 1,5L.
b) Poço de Elevação
• Passagem: considerar somente o pé direito dos pavimentos (centro das lajes inferior e superior).
• Distribuição sem emenda com o cabo chegando por baixo: considerar folga na prancha de 2,5L mais a distância
entre o piso e a extremidade inferior da prancha e ainda a metade da espessura da laje de piso.
e = espessura da laje.
C = (3,70 + 0,5e)m
• Distribuição sem emenda com o cabo chegando por cima: considerar folga na prancha de 1,5L mais distância
entre o teto e a extremidade superior da prancha e ainda a metade da espessura da laje de teto.
94
C = 1,5L + d + 0,5e em que:
L = 1,20m
e = espessura da laje
C = (3,0 + d + 0,5e)m
95
Figura 51 - Cálculo da folga para comprimento do cabo
96
Figura 54 - Cálculo da folga para comprimento do cabo
• Chegada dos eletrodutos pelo teto ou pela abertura na laje: considerar folga na prancha de 1,5L (largura) mais
1,0D (comprimento) e ainda a distância entre a extremidade inferior da prancha e os eletrodutos (figura 53).
C = 1,5L + 1,0D + d
C = (3,00 + D + d)m
• Chegada dos eletrodutos pelo piso: considerar folga na prancha de 0,5L (largura) mais 1,0D (comprimento) e,
ainda, a extremidade inferior da prancha e os eletrodutos (figura 54).
C = 0,5L + D + d
C = (1,30 + D)m
97
1.4 EXEMPLOS PARA SAÍDA DE CABOS A PARTIR DA SALA DO DGT E CONEXÕES DO DIU
As figuras abaixo ilustram a passagem dos cabo pela prancha na sala de DG e distribuição dos blocos no mesmo.
98
Figura 57 - Distribuição dos cabos e dos blocos internos nos DIU’s - rede primária de 2º nível
Lembramos que, quando da necessidade da utilização nos DIU’s de equipamentos ativos de telecomunicações, será
necessária a ampliação destes, de forma a permitir o alojamento adequado dos equipamentos.
O cabo de interligação entre caixas de distribuição e os DIU’s será individualizado para cada aplicação (Dados, voz
e imagem). Desta forma, teremos um cabo multipar metálico para as aplicações de voz; 1 cabo UTP categoria 05 ou
fibra óptica para aplicação de dados e um cabo coaxial RG11-75 ohms para aplicação de imagem.
Na rede primária de 2º nível, nas aplicações de voz, será permitido o uso compartilhado dos pares, seja em cabo
UTP ou em Cabo CI para o transporte de sinais de aplicações de voz, independente do número de pares do cabo.
Para aplicações de dados e imagens, deve ser usado o cabo UTP adequado, conforme a ABNT NBR 16264, tabela 2.
Nos trechos de uso específico de imagem, o uso do cabo coaxial permite alcançar maiores distâncias por apresentar
menor atenuação em comparação ao cabo UTP.
1.5 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE BLOCOS INTERNOS NAS CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO GERAL (DGT)
A quantidade de blocos internos a serem instalados na Caixa de distribuição Geral ou mesmo outra caixa como a
CD ou o DIU, será obtida em função da quantidade de pontos acumulados e da capacidade (nº de pares) do bloco
a ser usado.
QB = (N x C) / CB onde:
99
1.5.1 Detalhe de Instalação dos Blocos Internos
Os blocos internos serão instados nas caixas de distribuição, conforme a figura abaixo:
Tendo em vista possibilidade atual e futura de mais de uma operadora de telecomunicações vir a prover sinais den-
tro de uma mesma edificação, as caixas de distribuição geral (DGT) e/ou salas de entrada deverão conter espaços
suficientes para alojar os diversos blocos de conexão e equipamentos das Operadoras, conforme figura 59.
Figura 59 - Espaços para alojar os diversos blocos de conexão e equipamentos de outras operadoras
100
Em caso de necessidade de instalação de ativos nas caixas de distribuição geral (CDGT) pelas Operadoras de tele-
comunicações, estes deverão ser instalados em armários ou RACK’s, devidamente localizados no espaço previsto
nos itens 10.49 e 10.50 (parte de tubulação deste manual).
Toda a rede de telecomunicações deverá ser testada de forma a garantir sua total funcionalidade. Testes de aceita-
ção serão feitos de forma a determinar se todos os componentes da rede estão dentro das especificações técnicas
contidas neste manual.
Para as aplicações de dados e voz, os cabos UTP da rede secundária, deverão ser feitos os seguintes testes:
a) Teste de continuidade
b) Teste de atenuação
b) Teste de continuidade
Todos os pontos de telecomunicações devem ser testados integralmente, não se aceitando testes por amostragem.
OBS.: Outros importantes testes para fibras óticas, cabos coaxiais e cabos balanceados encontram-se des-
Os resultados dos testes, feitos por equipamentos devidamente calibrados, devem ser analisados pelo instalador e,
juntos com o projeto “AS BUILT”, entregues ao proprietário, de maneira a comprovar a funcionalidade da instalação
quando da instalação dos serviços pelas Operadoras públicas.
101
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES II
d) Desenhos de detalhes.
O Memorial Descritivo é um documento que será utilizado pelas Operadoras de telecomunicações para os estudos
de previsão de demanda de telecomunicação e para o dimensionamento da rede externa que atenderá a edificação.
O Memorial Descritivo deve ser dividido em partes, conforme modelo apresentado no anexo B.
Todas as plantas devem ser desenhadas conforme a simbologia padronizada por este manual (ver ítem 6, pág.41).
As plantas devem ser desenhadas conforme recomendações da ABNT e não devem conter detalhes ou desenhos
de outras tubulações (a não ser nos casos de linhas de dutos, onde são indicadas as estruturas alheias existentes na
área onde será executado o projeto a nível de compatibilização).
Todas as plantas devem possuir legenda padronizada, conforme o anexo II, colocada no canto inferior direito do
desenho. A legenda deve indicar perfeitamente a empresa e o engenheiro responsável pela elaboração do mesmo.
Em todos os desenhos deve ser deixado um espaço em branco, logo acima da legenda, na largura desta e altura
aproximada de 15cm, destinado a receber o carimbo de aprovação e outras anotações a serem feitas pelas Opera-
doras de telecomunicações.
Devem ser desenhadas plantas de todos os pavimentos que possuírem tubulação de telecomunicação, como subsolos,
térreos, sobrelojas, mezaninos, andares - tipo, casa do zelador, cobertura, etc., na escala de 1:50.
102
• Trajeto e dimensionamento da tubulação secundária;
• Trajeto e dimensionamento da tubulação primária no andar;
• Localização e dimensionamento das caixas de saída, caixas de passagem e DIU;
• Localização da(s) caixa(s) de distribuição e da(s) caixa(s) de passagem;
• Localização da caixa de distribuição geral ou sala de entrada de telecomunicações;
• Localização da prumada ou poço de elevação e dos armários de telecomunicações;
• Tubulação, cordoalha, hastes e caixas do sistema de aterramento;
• Trajeto e dimensionamento da tubulação de entrada;
• Localização e dimensionamento da caixa subterrânea de entrada;
• Localização do poste de acesso;
• Especificação do andar; e
• Escala.
Deve ser desenhado corte esquemático das tubulações primária e de entrada. Esse corte, se possível, deve ser
colocado em um mesmo plano, para originar um único desenho.
No caso de várias edificações construídas no mesmo terreno, deve ser desenhada uma planta geral, na escala de
1:200, contendo as seguintes informações:
• Localização de todas as edificações do conjunto;
103
• Localização e amarração (em relação a pontos fixos) dos eletrodutos e caixas subterrâneas;
• Trajeto, dimensionamento e comprimento (por lance entre caixas) dos eletrodutos;
• Dimensionamento das caixas subterrâneas;
• Trajeto e dimensionamento dos eletrodutos de entrada;
• Localização e dimensionamento da(s) caixa(s) subterrânea(s) de entrada; e
• Localização e identificação das ruas frontal e laterais ao terreno.
Deve ser desenhada uma planta de situação da edificação, em escala não superior a 1:500, contendo as seguintes
informações:
• Localização da edificação em relação ao terreno;
OBS.: Torna-se desnecessária a planta de situação quando da elaboração da planta de localização e interli-
Devem ser elaborados desenhos, se possível em uma prancha em separado, contendo os seguintes detalhes:
• Caixa subterrânea de entrada (ver figuras 38, 39 e 40), mostrando:
• Entrada da linha de dutos;
• Ganchos de puxamento;
• Parafusos chumbadores; e
• Cotas.
• Quando da entrada aérea, detalhe, mostrando:
• Poste de acesso;
• Altura de fixação do isolador de porcelana e do eletroduto, no poste e na fachada da edificação;
• Espaçamentos da rede de energia elétrica; e
• Cotas.
• Detalhe em corte da sala do distribuidor geral, mostrando:
• Tubulação de entrada e interna e parede onde será localizada prancha de madeira.
• Detalhe construtivo do poço de elevação, mostrando:
• Dimensões.
• Localização e dimensão da prancha de madeira;
• Localização dos dutos e aberturas na laje;
• Localização dos degraus para amarração dos cabos;
104
• Detalhe do degrau.
• Layout das salas de equipamento de telecomunicação com as devidas cotas.
• Corte esquemático das dependências onde podem ser construídos mezaninos, com a localização das caixas de
saída e tubulação.
2.8 DIVERSOS
105
ANEXO A (NORMATIVO)
A.1 Legenda de projeto (vide figura 60)
A.2 Descrição
A.2.3 Endereço: Endereço completo da obra (rua, número, bairro, CEP, cidade)
A.2.5 Folha: Articulação das pranchas do projeto (01-T-05, 02-T-05...) (10 cm)
A.2.12 Título principal: Título do projeto (ex.: Projeto de Rede de Telecomunicações) (10 cm)
A.2.7 Subtítulo: Indicação dos desenhos contidos na prancha (ex.: 02-T05 - Planta do Pavimento, Tipo, detalhes)
106
ANEXO B (NORMATIVO)
Memorial Descritivo de projeto da Rede de Telecomunicações
B.1.12 Observações
B.2.5 Número total de PT previstos para voz, dados e imagem para a Edificação
Sim ( ) Não ( )
B.3.5 Há previsão de instalação de serviços especiais de imagem ou de automação: circuito interno de vídeo, TV a
cabo, controles ambientais (ar condicionado e ventilação), controle de acesso, controle de iluminação, sensores de
fumaça, sistema de segurança, sonorização?
Sim ( ) Não ( )
B.3.6 Observações
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B.4.1 Nome do responsável
B.4.6 E-mail
B.4.8 Assinatura
ELABORAÇÃO/REVISÃO
ABNT NBR 14565:2013 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers;
OBS.: Demais referências complementares são informadas dentro das Normas acima.
108
REALIZAÇÃO
PARCEIROS INSTITUCIONAIS
www.abrasipmg.com.br
www.sinduscon-mg.org.br
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