Você está na página 1de 30

O Regime de Controle de Tecnologia

de Mísseis – MTCR

Cel R/1 Geraldo Antonio Diniz Branco

6 de outubro de 2011
ROTEIRO
 INTRODUÇÃO

 FUNCIONAMENTO DO MTCR

 ITENS CONTROLADOS

 APLICAÇÕES “LÍCITAS” AMEAÇADAS


PELOS CONTROLES MTCR

 CONCLUSÃO

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


2
INTRODUÇÃO

MMIII Flight
animation

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


3
INTRODUÇÃO
MTCR:

 É um regime internacional com o objetivo de limitar a


proliferação de mísseis balísticos e outros sistemas
não-tripulados de transporte que possam ser utilizados
em ataques químicos, biológicos e nucleares.

 Focado nos bens e na tecnologia associada.

 Participação e ações voluntárias dos Estados

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


4
INTRODUÇÃO
 MTCR:
Criado em 1987, por 7 países (Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e EUA)

 Finalidade de conter a proliferação de


sistemas não-tripulados de lançamento de
armas nucleares
 carga útil ≥ 500 kg
 alcance ≥ 300 km

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


5
INTRODUÇÃO
 No encontro anual de Oslo, em 1992, foi
decidido que o MTCR teria seu escopo
expandido, passando a considerar todas as
armas de destruição em massa (ADM)

 Passou a considerar a não-proliferação de


veículos aéreos não-tripulados (VANT)

 22 partícipes em 1993

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


6
INTRODUÇÃO
Atualmente são 34 partícipes:
 Argentina (1993)  Alemanha (1987)  Portugal (1992)

 Australia (1990)  Grécia (1992)  República da Coréia (2001)

 Áustria (1991)  Hungria (1993)  Federação Russa (1995)

 Bélgica (1990)  Islândia (1993)  África do Sul (1995)

 Bulgária (2004)  Irlanda (1992)  Espanha (1990)

 Brasil (1995)  Itália (1987)  Suécia (1991)

 Canadá (1987)  Japão (1987)  Suíça (1992)

 Republica Tcheca (1998)  Luxemburgo (1990)  Turquia (1997)

 Dinamarca (1990)  Holanda (1990)  Ucrânia (1998)

 Finlândia (1991)  Nova Zelândia (1991)  Reino Unido (1987)

 França (1987)  Noruega (1990)  Estados Unidos da


América (1987)
 Polônia (1998)
8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa
7
FUNCIONAMENTO DO MTCR

 O MTCR não tem uma organização própria

 POC sediado em Paris, no MRE francês

 Guidelines do MTCR

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


8
FUNCIONAMENTO DO MTCR

Cada Estado-parte deve estabelecer sua


política nacional de controle de exportação
para mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro,
VANT, e outros veículos, assim como para as
tecnologias que constem do Anexo de
Equipamentos, Software e Tecnologia (Anexo
Técnico) do MTCR.

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


9
FUNCIONAMENTO DO MTCR
 O Anexo Técnico se divide em dois grupos de
itens: a Categoria I e a Categoria II

 Cat. I compreende mísseis, foguetes e VANT


completos (500 kg, 300 km), assim como maiores
subsistemas e suas instalações de produção.

 Cat. II inclui outros mísseis, foguetes e VANT


completos (300 km), materiais e tecnologias
especiais, propelentes e subcomponentes.

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


10
FUNCIONAMENTO DO MTCR
 Os membros do MTCR podem adicionar, remover ou
modificar itens do Anexo Técnico por meio de
decisões consensuais.
 Exportações de itens constantes do Anexo Técnico
(Cat. I ou Cat. II) devem ser avaliadas caso a caso.
 Itens da Cat. I sofrem forte pressuposição de denegação.

 Itens da Cat. II sofrem restrições mais brandas, porém serão


sempre submetidas a controle de destino final e usuário final.

 Nenhum Estado-membro pode vetar a exportação de


outro Estado-membro

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


11
FUNCIONAMENTO DO MTCR
 O MTCR identifica cinco fatores que os Estados-membros devem
considerar na avaliação de uma possível exportação de itens
controlados:
 Se o destinatário pretendido está tentando ou tem ambição de
adquirir armas de destruição em massa;
 Os propósitos e capacidades dos programas espacial e de mísseis do
destinatário pretendido;
 A credibilidade do Estado destinatário com relação aos propósitos da
aquisição;
 A contribuição potencial que a transferência proposta poderia trazer
para que o Estado destinatário desenvolva veículos para armas de
destruição em massa; e
 Se a transferência pretendida conflita com acordos internacionais.

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


12
ITENS CONTROLADOS
RESOLUÇÃO CIBES N 15/2011 - LISTA DE CONTROLE MTCR

1. Sistemas completos de mísseis 8. Instrumentação, navegação e


orientação
2. Outros sistemas completos de
mísseis 9. Controle de vôo
3. Subsistemas completos utilizáveis 10. Aviônica
em sistemas completos de mísseis
11. Suporte a lançamento
4. Outros subsistemas completos
12. Computadores
5. Equipamentos e componentes de
propulsão 13. Conversores analógico-digitais

6. Propelentes, produtos químicos e 14. Equipamentos e instalações de teste


produção de propelentes 15. Modelagem, Simulação e projeto de
7. Produção de compósitos estruturais, integração de sistemas
deposição pirolítica e densificação, 16. Sistemas furtivos
e materiais estruturais
17. Proteção contra efeitos nucleares
8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa
13
ITENS CONTROLADOS
Sistemas completos de mísseis (500 kg, 300km)

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


14
ITENS CONTROLADOS
Outros sistemas completos de mísseis (300km)

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


15
ITENS CONTROLADOS
Subsistemas completos utilizáveis em sistemas
completos de mísseis (Cat. I)
Outros subsistemas completos (Cat. II)

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


16
ITENS CONTROLADOS
Equipamentos e componentes de propulsão

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


17
ITENS CONTROLADOS
Propelentes, produtos químicos e produção de
propelentes

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


18
ITENS CONTROLADOS
Produção de compósitos estruturais, deposição pirolítica
e densificação, e materiais estruturais

Pré-moldados para
divergentes da tubeira
Aço
maraging

Fibra de
carbono
Ogivas Grafite
8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa
19
ITENS CONTROLADOS
Instrumentação, navegação e orientação
Acelerômetros

Giroscópio MEMS
Giroscópio 29mm x 29 mm x 18mm

Transportador
Segway

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


20
ITENS CONTROLADOS
Controle de vôo
Aviônica

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


21
Clique para editar o estilo do
título mestre

Drone
Controllers

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


22
ITENS CONTROLADOS
Suporte a lançamento

Radar móvel para


rastreamento de mísseis

Lançador eretor transportador


(TEL) para míssil US Corporal
Sistema de lançamento
de mísseis Astros 2020

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


23
ITENS CONTROLADOS

Computadores / Conversores analógico-digitais


 Robustecidos

Modelagem, Simulação e projeto de integração


de sistemas
Equipamentos e Software especialmente projetados

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


24
ITENS CONTROLADOS
Equipamentos e instalações de teste

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


25
ITENS CONTROLADOS
Sistemas furtivos
Proteção contra efeitos nucleares

RQ-3A Darkstar

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


26
APLICAÇÕES “LÍCITAS” AMEAÇADAS
PELOS CONTROLES MTCR

 A atuação da delegação brasileira no foro do


MTCR significa, em geral, procurar equilíbrio
entre:
 evitar prejuízos aos interesses brasileiros, e

 manter a coerência com o objetivo do regime, de


não-proliferação

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


27
APLICAÇÕES “LÍCITAS” AMEAÇADAS
PELOS CONTROLES MTCR
Exemplos:
 Aplicações Aeronáuticas
 Aeronaves de pequeno porte (Embraer Phenon 100)

 Propulsor turbofan, alumínios especiais

 Aplicações Espaciais
 Veículos de sondagem, Lançadores de satélites, Satélites

 Aços especiais, Carbono-carbono, sistemas de navegação

 Aplicações em Defesa
 Mísseis Ar-ar de curto alcance

 Aços especiais, Carbono-carbono, Sensores


8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa
28
CONCLUSÃO
 Ser parte no MTCR implica o compromisso de não
permitir a proliferação de tecnologia de mísseis a
partir de seu território.

 Isso NÃO impede o desenvolvimento de tecnologia de


mísseis, própria ou em parceria com outro Estado-
membro.

 É indispensável que o País tenha um sistema de


controle de Bens sensíveis efetivo, para ser
considerado país confiável e poder ter acesso a certos
bens e tecnologias.

8º Seminário de C, T&I do Ministério da Defesa


29
O Regime de Controle de Tecnologia
de Mísseis – MTCR

Cel R/1 Geraldo Antonio Diniz Branco


geraldo.branco@defesa.gov.br

6 de outubro de 2011

Você também pode gostar