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TIRO POLICIAL – FUZIL AUTOMÁTICO LEVE

Fuzil Automático Leve – FAL

APRESENTAÇÃO

Arma de origem Belga, projetada e fabricada pela Fabrique Nationale d’Armes de


Guerre, S.A., de emprego individual, portátil, funciona utilizando as pressões dos
gases resultantes da queima da carga de projeção sobre o êmbolo, automática, de
alma raiada, alimentada por um carregador com capacidade para 20 cartuchos,
sentido de alimentação de baixo para cima, podendo executar o tiro de repetição,
quando obturado o orifício de passagem dos gases. Faz o tiro direto contra pessoal e
blindados, podendo tornar-se uma arma de choque, armando-se a baioneta.

CARACTERÍSTICAS

1. Designação
1.1. Nomenclatura: Fuzil 7,62 M964
1.2. Simbologia Fz 7,62 M964

2. Calibre 7,62 mm

3. Funcionamento Automático

4. Alimentação com carregador metálico, tipo cofre, bifilar, com


capacidade para 20 cartuchos

5. Sentido da Alimentação de baixo para cima

6. Cadência Teórica de Tiro 650 a 700 tiros por minuto

7. Cadência Prática de Tiro


7.1. Tiro Automático 120 tiros por minuto
7.2. Tiro Semi-automático 60 tiros por minuto

8. Peso
8.1. Arma sem carregador 4.200 gramas
8.2. Cano 800 gramas aproximadamente
8.3. Carregador vazio 250 gramas
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8.4. Carregador cheio 730 gramas


8.5. Baioneta com bainha 350 gramas

9. Comprimento
9.1. Arma 110 cm
9.2. Cano 533 mm
9.3. Baioneta 290 mm

10. Raiamento
10.1. Número de raias 4
10.2. Sentido da esquerda para a direita
10.3. Passo 305 mm

11. Refrigeração a ar

12. Alcance de utilização 600 m

13. Munição
13.1. Cartucho
- Ordinário (A) Car 7,62 – NATO
- Perfurante Car 7,62 Pf – NATO
- Traçante Car 7,62 Tr – NATO
- Perfurante – Incendiário Car 7,62 PfI – NATO
- Para lançamento de granada (C) Car 7,62 Lç – NATO
- Festim (B) Car 7,62 Ft – NATO – Blank Star
- Manejo Car 7,62 Ma - NATO

(A) (B) (C)

13.2. Granada
- Antipessoal cor havana – cinta adesiva de segurança de
cor vermelha
- Anticarro cor amarela – ogiva verde oliva – cinta de
segurança de cor branca
- Incendiária cor cinza
- Exercício cor preta

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FUNCIONAMENTO

1. OPERAÇÕES DE ALIMENTAÇÃO, CARREGAMENTO E ENGATILHAMENTO

Antes do tiro o mecanismo se encontra à frente; a arma está com o registro de


segurança na posição “S”. Introduzir, oblíqüamente, no receptor do carregador, um
carregador cheio, fazê-lo girar da frente para trás e empurrá-lo a fundo; o carregador
se engraza no receptor pela sua parte anterior e posterior.

Puxar para trás a alavanca de manejo, localizada no lado esquerdo da caixa da


culatra e logo deixá-la retornar à posição inicial (à frente); um cartucho é introduzido na
câmara; o fuzil está carregado e engatilhado.

Para disparar a arma, colocar o registro de tiro e de segurança, seja na posição “R”,
para o tiro semi-automático, seja na posição “A”, para o tiro automático.

2. OPERAÇÕES DURANTE O RECUO DO MECANISMO

Ao comprimir o gatilho é provocada a percussão. No instante em que o projétil


ultrapassa o evento de admissão, uma parte dos gases passa pelo evento do
obturador e vai para o cilindro dos gases. O êmbolo é lançado para trás, golpeia o
impulsor do ferrolho e o lança também para trás. Depois de retroceder alguns
milímetros, os ressaltos do impulsor do ferrolho obrigam a parte posterior do ferrolho a
elevar-se, desfazendo, assim, o contato deste com o seu apoio na caixa da culatra; a
arma está destrancada. Continuando o recuo do impulsor do ferrolho e do ferrolho, o
extrator retira da câmara o estojo; a seguir, o martelo, empurrado pelo impulsor do
ferrolho, é forçado a girar para trás.

Prosseguindo o recuo, o culote do estojo bate no ejetor fixo à caixa da culatra e o


estojo é ejetado pela janela de ejeção, situada à direita da parte ântero-superior da
culatra.

Durante o movimento para a retaguarda, as molas recuperadoras alojadas na


coronha são comprimidas pela haste do impulsor do ferrolho articulada na parte
posterior do mesmo. Enquanto isso, o êmbolo volta à sua posição na frente, sob a
ação de sua mola.

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3. OPERAÇÕES DURANTE O AVANÇO DO MECANISMO

As molas recuperadoras que se comprimiram durante o recuo, se distendem e


empurram o ferrolho com seu impulsor para frente. O ferrolho introduz o cartucho
seguinte na câmara, enquanto que o martelo permanece na posição engatilhado, por
ação do disparador; a parte anterior do ferrolho vem de encontro à parte posterior do
cano; o cartucho foi introduzido na câmara, estando o culote empolgado pela garra do
extrator.

O impulsor do ferrolho, que funciona sobre o ressalto superior do ferrolho, obriga a


parte posterior deste a baixar e a vir colocar-se na frente do ressalto de trancamento,
localizado na caixa da culatra; a arma está trancada.

O impulsor do ferrolho continua, isoladamente, seu movimento para a frente; ao


final do movimento, o ressalto posterior esquerdo do impulsor do ferrolho atua sobre o
disparador, fazendo-o girar de modo a liberar o martelo do disparador e o impulsor do
ferrolho bate com a sua parte anterior na caixa da culatra, fazendo aflorar a cauda do
percussor.

No tiro automático é o disparador que libera o martelo e assim permite que o tiro
seja automático; neste caso, depois do primeiro disparo de cada rajada, o gatilho
intermediário não atua mais sobre o disparador. No tiro semi-automático o martelo,
liberado anteriormente pelo disparador, é finalmente, solto pelo gatilho intermediário.
Para execução do tiro seguinte, o mecanismo de disparo exige que o gatilho seja solto
e novamente comprimido.

4. REGISTRO DE TIRO E DE SEGURANÇA

A asa do registro de tiro e de segurança pode ficar em três posições:

a) A posição alta “S”, na qual a arma está travada; com efeito, nesta posição,
comprimido o gatilho, a cauda deste vem bater na parte cheia do corpo do registro de
tiro e de segurança, não permitindo atingir o gatilho intermediário; permanecendo este
imóvel, o tiro é impossível.

b) A posição anterior “A”, na qual o mecanismo está pronto para o tiro automático; a
cauda do gatilho encontra-se em frente a um rebaixo profundo existente no corpo do
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registro de tiro e de segurança, de modo que a ação sobre o gatilho provoca, por meio
do seu ressalto, o giro do gatilho intermediário, cujo dente anterior se desprende do
entalhe de armar do martelo; a percussão é realizada. Além disso, a amplitude do giro
é tal que o martelo não fica mais retido, a não ser pelo disparador, enquanto não se
solta o gatilho; como a percussão depende do disparador, este liberará o martelo em
cada fechamento, após o trancamento completo; o tiro é automático.

Ao soltar o gatilho, o dente anterior do gatilho intermediário levanta-se, prendendo o


martelo que empurra ligeiramente o gatilho intermediário para a retaguarda; em
conseqüência, o dente posterior do gatilho intermediário vem colocar-se sobre o
ressalto do gatilho e o mecanismo está engatilhado, pronto para disparar uma nova
rajada.

c) A posição posterior “R”, na qual o mecanismo está pronto para o tiro semi-
automático; a cauda do gatilho encontra-se em frente a um rebaixo menos
pronunciado do que na posição “A”, de tal modo que, ao comprimir o gatilho, provoca-
se um giro de menor amplitude do gatilho intermediário e tal que, depois do primeiro
disparo, o martelo venha a ficar preso pelo gatilho intermediário. Isto se dá porque o
dente posterior do gatilho intermediário, ao perder o apoio do ressalto do gatilho, cai no
rebaixo do mesmo, fazendo que se eleve o dente anterior do gatilho intermediário,
para ficar em condições de prender o martelo em (C1). Assim, o disparo de um
segundo cartucho não é mais possível, se o gatilho continuar comprimido. Dever-se-á
deixar de comprimir o gatilho para continuar o tiro. Ao soltar o gatilho, o martelo,
acionado por sua mola, gira ligeiramente e, como se encontra ainda em contato com o
gatilho intermediário, empurra este para a retaguarda, de tal modo que o dente
posterior (B2) do gatilho intermediário vem se colocar sobre o ressalto (A2) do gatilho;
uma pressão sobre este provoca o segundo disparo e, assim, sucessivamente.

A – Gatilho B – Gatilho Intermediário C – Martelo


D – Disparador E – Regulador de tiro e de segurança

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5. RETÉM DO FERROLHO

Durante o percurso do ferrolho para trás, o transportador do carregador, estando


este vazio, empurra para cima o retém do ferrolho, obrigando-o a permanecer à
retaguarda. Isto indicará ao usuário que o carregador está vazio.

Par prosseguir o tiro, introduzir um novo carregador e atuar sobre a asa do retém
do ferrolho, para liberar o ferrolho, que vai à frente.

6. PROCEDIMENTOS APÓS O ÚLTIMO DISPARO

a. Disparado o último cartucho do carregador, o retém do ferrolho, acionado pelo


transportador, impede a volta para a frente do ferrolho;

b. Pressionar o retém do carregador;

c. Retirar o carregador fazendo-o girar para a frente;

d. Introduzir um novo carregador;

e. Empurrar para baixo a asa do retém do ferrolho. O ferrolho volta à frente;

f. A arma está de novo pronta para o tiro.

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7. PROCEDIMENTOS APÓS O TIRO

a. Travar a arma (registro de tiro e de segurança colocado em “S”);

b. Retirar o carregador;

c. Puxar a alavanca de manejo bem à retaguarda para extrair e ejetar o cartucho


que se encontra na câmara;

d. Deixar o ferrolho voltar à frente.

8. PROCEDIMENTOS PARA O TIRO DE REPETIÇÃO

a. Situação inicial: arma alimentada (carregador cheio no receptor do carregador);

b. Com a ponta de um projétil empurrar a fundo o retém do obturador do cilindro dos


gases e mantê-lo nesta posição;
c. Fazer girar o cartucho e o obturador de 180º no sentido contrário ao dos ponteiros
de um relógio, de modo que apareçam em cima as letras “Gr” em lugar da letra “A”;

d. Deixar o retém do obturador voltar ao seu alojamento (o entalhe do obturador


ficará para baixo);

e. Realizar as operações de carregamento;

f. Após cada disparo, repetir as operações de carregamento.

9. REFORÇADOR PARA O TIRO DE FESTIM

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O Fuzil 7,62 mm, M964 é equipado com um reforçador para o tiro de festim que se
aparafusa na parte anterior do quebra-chamas.

10. REGULAÇÃO DOS GASES

a. Generalidades – a finalidade da regulação dos gases é a de assegurar o


funcionamento correto da arma, com escapamento máximo dos gases ou, permitir a
admissão mínima para seu funcionamento normal sem desgastes excessivos das
peças componentes do mecanismo.

A rotação do anel regulador de gases para a direita (no sentido da rotação dos
ponteiros de um relógio) tem por fim reduzir o orifício de escapamento de gases e,
portanto, aumentar o volume de gases destinado a atuar sobre a cabeça do êmbolo.

A rotação do anel regulador de gases para a esquerda (no sentido ao dos ponteiros
de um relógio), produz um efeito oposto: o aumento do escapamento e a diminuição do
volume de gases que atua sobre a cabeça do êmbolo.

Graças a um sistema de molas e entalhes, o anel regulador de gases pode tomar


13 posições (existem 12 entalhes de abertura). Para retornar à sua posição adequada
com facilidade, são gravados números sobre o anel (um número de dois em dois
entalhes; o número 1 está em correspondência com a abertura zero). Por exemplo,
quando o número 5 se encontra em frente ao orifício, a regulação corresponde a oito
entalhes de abertura.

b. Processo de Regulação dos Gases – existem vários processos para regular os


gases da arma. Sugerimos, no entanto, um que deu bons resultados e que nos parece
o melhor:

- Colocar na arma um carregador vazio;

- Todos os tiros se realizam introduzindo os cartuchos a mão, um a um, no


carregador vazio, pela janela de ejeção;

- O ponto de referência é a retenção ou não, à retaguarda, do conjunto ferrolho-


impulsor, pelo retém do ferrolho.

c. Operações

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1ª Operação – após aparafusar o anel regulador de gases, até que venha bater no
alojamento do obturador do cilindro dos gases, desaparafusar o anel, uma volta
completa, de modo que apareça o número 7 do anel, na altura do orifício de
escapamento.

Esta posição corresponde à abertura máxima e causa, ao disparar, o incidente de


tiro chamado “falta de recuo”, identificado pela não retenção à retaguarda do conjunto
ferrolho-impulsor, pelo retém do ferrolho.

2ª Operação – aparafusar o anel regulador, um entalhe de cada vez, disparando um


tiro em cada uma destas posições, até o momento em que o conjunto ferrolho-impulsor
fique retido à retaguarda, pelo retém do ferrolho.

3ª Operação – verificar esta retenção disparando alguns cartuchos, um a um,


seguindo o processo indicado anteriormente.

4ª Operação – se num dos disparos a retenção à retaguarda do conjunto não se


der, reiniciar a 3ª operação, após aparafusar o anel de um entalhe.

5ª Operação – recomeças, se necessário, a 4ª operação, até o momento em que,


dados cinco disparos, houver cinco retenções, sem incidentes, do conjunto ferrolho-
impulsor pelo retém do ferrolho.

6ª Operação – a arma está, então, regulada. Para maior segurança, recomenda-se,


no entanto, aparafusar de mais um entalhe o anel regulador.

Observações:
- Na falta da chave especial de regulação, a regulação pode ser feita com o auxílio
da ponta do projétil de um cartucho, ou ainda com a mão;

- Para cada arma, a regulação dos gases foi feita na fábrica, antes da entrega;
- Em princípio, o atirador não deve modificar a regulação dos gases; esta operação
só deverá ser realizada na presença do mecânico de armamento leve, ou de um
elemento graduado;

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- A força com que é ejetado um estojo constitui um indício precioso que, na prática,
permite verificar a regulação dos gases;

Quando a ejeção do estojo se dá a uma distância de 1,50m a 2,00m, e o ângulo de


ejeção (ângulo formado pelo eixo do cano e o sentido da queda do cartucho) for de
45º, deve ser considerada normal. Uma ejeção violenta significa um excesso de
admissão de gases; neste caso, deve-se aumentar o escapamento. Uma ejeção fraca
é, ao contrário, indício de uma insuficiência de admissão; neste caso deve-se reduzir o
escapamento dos gases.

11. REGULAÇÃO DO APARELHO DE PONTARIA

a. Generalidades - o Fuzil 7,62 mm, M964 é regulado antes de ser posto em


serviço, porém, às vezes há necessidade de realizar certas correções, em elevação e
direção, para adaptar a arma ao atirador que vai utilizá-la. Esta regulação deve ser
executada por um mecânico de armamento leve ou instrutor que tenha à sua
disposição ferramentas especiais.

b. Correção em Elevação – os erros em elevação serão corrigidos aparafusando


ou desaparafusando a massa de mira. Se a massa de mira for desaparafusada, o
ponto médio dos impactos se deslocará para baixo e vice-versa.

A mola e a lingüeta de fixação da massa de mira trabalham nos entalhes existentes


debaixo do círculo da massa de mira; o círculo está dividido em 16 entalhes, o que
facilita o trabalho do mecânico de armamento leve para calcular os deslocamentos em
altura do ponto médio dos impactos.

O deslocamento de 1 entalhe da massa de mira corresponde a uma variação


média, em altura, do ponto médio dos impactos, de 1 cm, à distância de 100 metros.

c. Correção em Direção – os erros em direção serão corrigidos deslocando-se a


alça de mira para a esquerda ou para a direita. Se o ponto médio dos impactos estiver
situado à direita do ponto visado, o parafuso esquerdo, de correção do desvio de alça,
é desaparafusado ligeiramente e o parafuso direito é aparafusado, fazendo com que a
alça se desloque lateralmente em seu suporte, da direita para a esquerda. Apertar, em
seguida, o parafuso esquerdo, para bloquear a alça. Quando a correção tiver sido
efetuada, antes do tiro, deve-se apertar corretamente os dois parafusos da alça. Se o

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ponto médio dos impactos estiver situado à esquerda do ponto visado, a alça deve ser
deslocada da esquerda para a direita.
O deslocamento de 1 entalhe do parafuso de correção do desvio de alça,
corresponde a uma variação média em direção, do ponto médio dos impactos, de 1
cm., à distância de 100 m.

12. AÇÃO IMEDIATA E INCIDENTES DE TIRO

a. Generalidades – O fuzil 7,62 M 964 é muito pouco sensível às variações de uma


munição normal, se esta for de boa qualidade. A munição de má qualidade provocará
sempre incidentes, qualquer que seja o tipo de arma.

b. Os incidentes de tiro são, geralmente, de dois tipos:

(1) Os resultantes da falta de limpeza, em conseqüência da negligência do soldado,


da falta de conhecimento da arma ou, ainda, de remoção incompleta dos lubrificantes.
(As pólvoras modernas de boa qualidade deixam poucos resíduos).

(2) Os ocasionados por uma deficiência mecânica acidental da arma. Estes são
menos freqüentes. Um incidente em que o mecanismo não retorne à sua posição à
frente (a menos que se trate de carregador vazio), será eliminado, geralmente,
executando uma “ação imediata” rápida e sem investigar a causa do mesmo.

c. Conduta de Ação Imediata

(1) Retirar o carregador;

(2) Dar dois golpes de segurança;

(3) Alimentar, isto é, colocar o carregador;

(4) Carregar, trazendo à retaguarda, a alavanca de manejo e soltando-a, a fim de


introduzir um novo cartucho na câmara;

(5) Reiniciar o tiro.

Obs.: Se um incidente se reproduzir, deve-se recorrer ao mecânico de armamento


leve ou ao instrutor, a fim de determinar a causa.

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d. Quadro de Incidentes de Tiro

INCIDENTE DE TIRO CAUSAS CORREÇÃO

a. Falta de recuo ou insufi - 1) Reduzir o escape de


ciência de gás: o ferrolho gases por meio do a -
não recuou, ou fez de nel regulador do esca -
FALHA NA modo incompleto e não pe de gases.
APRESENTAÇÃO extraiu, ou não ejetou, ou
OU NO não levou outro cartucho
CARREGA MENTO à câmara de carregamen -
to.
2) Excesso de gás: o ferro - 2) Aumentar o escape de
lho recua violentam ente. gases.
3) Carregador sujo ou de - 3) Examinar, limpar ou
feituoso. substituir o carregador
após participar ao
superior imediato.

1) Câmara suja. 1) Limpar a câmara.


2) Arma suja. 2) Limpar a arma.
FALHA NO 3) Cartucho defeituoso. 3) Retirar o cartucho de -
CARREGAMENTO feituoso.
4) Ruptura do estojo. 4) Participar ao superior
imediato.

1) Cartucho defeituoso. 1) Extrair e ejetar o


NEGA cartucho defeituoso.
2) Defeito no trancamento 2) Limpar a arma.
da arma, por sujeira. 3) Participar ao superior
3) Percussor defeituoso. imediato.

1) Insuficiência de gás. 1) Reduzir o escape de


gases.
FALHA NA EXTRAÇÃO
2) Câmara suja. 2) Limpar a câmara.
3) Estojo sujo. 3) Limpar a munição.
4) Extrator defeituoso. 4) Participar ao superior
imediato.

1) Insuficiência de gás. 1) Reduzir o escape de


FALHA NA gases.
EJEÇÃO 2) Caixa da culatra suja. 2) Limpar a arma.
3) Ejetor defeituoso. 3) Participar o superior
imediato.

1) Insuficiência de gás. 1) Reduzir o escape de


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FALHA NO gases.
RETÉM DO DO
2) Retém do ferrolho. 2) Limpar a arma sujo.
FERROLHO 3) Carregador defeituoso. 3) Examinar, limpar ou
substituir o car regador
após participar ao su
perior imediato.

13. DESMONTAGEM SUMÁRIA

a. O soldado deverá ser treinado para executar esta desmontagem no escuro.


Antes de iniciá-la, procederá às seguintes operações:

(1) Tirar o carregador, comprimindo o retém do carregador;

(2) Dar dois golpes de segurança para assegurar-se de que a câmara está
desimpedida;

(3) Engatilhar a arma; o conjunto, ferrolho - impulsor do ferrolho, volta à frente;

(4) Travar a arma; o martelo fica à retaguarda.

b. A desmontagem sumária obedecerá à seguinte seqüência:

(1) Empurrar para cima, tanto quanto possível, a chaveta do trinco da armação,
situada do lado esquerdo da armação; ao mesmo tempo, pressionar, para baixo, com
a mão esquerda, o conjunto cano - caixa da culatra, que girará em torno do eixo da
armação. A arma estará assim em condições de ser desmontada.

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(2) Tirar o conjunto, ferrolho – impulsor do ferrolho, puxando-o pela haste do


impulsor.

(3) Retirar a tampa da caixa da culatra, fazendo-a deslizar para trás.

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(4) Separar o ferrolho do impulsor do ferrolho. Libertar, do impulsor do ferrolho, a


parte anterior do ferrolho e continuar este movimento até encontrar resistência;
pressionar a parte posterior do percussor e simultaneamente, sob a forma de
alavanca, desarticular as duas peças.

(5) Retirar o percussor. Por meio duma pressão na parte posterior do percussor,
tirar o pino deste; se o pino não cair, usar a ponta de um projetil ou um toca-pino.

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Uma vez removido o pino, o percussor sairá do alojamento sob a ação de sua mola.

(6) Retirar o obturador do cilindro de gases.

a. Para as armas não dotadas de alça para o tiro de granada:

- Por meio de um cartucho ou toca-pino comprimir o retém do obturador; em


seguida, fazer girar o obturador de um quarto de volta no sentido dos ponteiros de um
relógio.

Realizada esta operação, o obturador do cilindro de gases sairá do seu alojamento


sob a ação da mola do êmbolo.

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b. Para as armas dotadas de alça para o tiro de granada:

- Comprimir o eixo - retém do obturador do cilindro de gases e ao mesmo tempo


elevar a alça até uma posição que permita fazê-la girar no sentido dos ponteiros de um
relógio.

- Girar a alça até que o eixo retém do obturador do cilindro de gases venha chocar-
se com o cano; com auxílio do polegar da mão esquerda comprimir o eixo – retém do
obturador e ao mesmo tempo forçá-lo de encontro ao cano, completando ¼ de volta; o
obturador do cilindro de gases sairá impulsionado pela pressão da mola do êmbolo.

(7) Tirar o êmbolo e sua mola do cilindro de gases.

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a. Separar a mola do êmbolo.

Observações:

a. A desmontagem do extrator far-se-á com auxílio de um cartucho ou de uma


ferramenta especial e será realizada periodicamente pelo mecânico de armamento
leve por ocasião de sua inspeções.

b. As operações de montagem obedecem a uma seqüência inversa das de


desmontagem.

Modelos de Fuzis de Assalto

SG 550 Sniper

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Calibre 5,56 x 45 mm

Capacidade 5 / 20 / 30 tiros

Operação a gás, com ferrolho rotativo

Miras aparelho óptico

Comprimento do cano 650 mm

Comprimento total 1130 mm

Altura 285 mm

Peso 7020 gramas

SIG SG 551 SWAT

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Calibre 5,56 x 45 mm
Ação Fuzil de assalto semi-automático ou automático
Capacidade 20/30 tiros
Comprimento do cano 363 mm
Peso 3400 gramas
Miras Luneta Telescópica
Coronha Plástico de alta resistência

STEYR AUG

Calibre 5,56 x 45 mm
Ação Fuzil de assalto semi-automático ou automático
Capacidade 30/42 tiros
Comprimento do cano 30", 27" e 24"
Peso 3570 gramas
Miras Luneta Telescópica
Coronha Sintética
Observação Seletor para intermitente e rajada no gatilho
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LR 300

Calibre .223

Ação Fuzil de assalto automático ou semi-automático

Capacidade 20/30 tiros

Comprimento do cano 11.5"

Peso 7 libras

Miras Luneta Telescópica

Cadência de tiro 950 tiros por minuto

Coronha Retrátil

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AR 15 / M-16

AR 15 / M 16 + M203

Calibre 5,56 x 45 mm

Ação Fuzil de assalto automático ou semi-automático com


bursts de 3 tiros

Capacidade 20/30 tiros

Comprimento do cano 16"

Peso 3700 gramas

Miras Ajustáveis

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TIRO POLICIAL – FUZIL AUTOMÁTICO LEVE

Cadência de tiro 900 tiros por minuto

Coronha Retrátil

AK - 47

Calibre 7,62 x 39 mm
Ação Fuzil de assalto automático ou semi-automático
Capacidade 30 tiros
Comprimento do cano 16.34"
Peso 4800 gramas
Miras Ajustáveis
Cadência de tiro 600 tiros por minuto
Coronha Madeira ou retrátil

GALIL – 5,56 mm - IMI

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TIRO POLICIAL – FUZIL AUTOMÁTICO LEVE

G 41 – 5,56 mm – H&K

G3 – 7,62 mm – H&K

FAMAS – 5,56 mm

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