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CAPÍTULOS PÁGINA
CAPÍTULO 01 - PISTOLA 9 M973 "FI" 02
CAPÍTULO 02 - PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus 17
CAPÍTULO 03 - FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL 35
CAPÍTULO 04 - METRALHADORA 7,62 M 919 A4 65
CAPÍTULO 05 - METRALHADORA M9 M972 BERETTA 80
CAPÍTULO 06 - METRALHADORA 7,62 M971 “MAG” 96
CAPÍTULO 07 - METRALHADORA .50 M2 HB “BROWNING“ 125
CAPÍTULO 08 – ARMAS NÃO-CONVENIONAIS 161
INDICE
NO Assunto Página
01 APRESENTAÇÃO
02 CARACTERÍSTICAS
03 MEDIDAS PRELIMINARES
04 DESMONTAGEM DE 1O ESCALÃO
05 DESMONTAGEM DE 2O ESCALÃO
06 DESMONTAGEM DE 3O ESCALÃO
07 DESMONTAGEM DE 4O ESCALÃO
08 MONTAGEM DA ARMA
09 FUNCIONAMENTO
10 SEGURANÇAS DA ARMA
11 MANEJO DA ARMA
12 VISTA SECCIONADA DA PISTOLA
13 QUADRO DE INCIDENTES DE
TIRO
14 VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA
15 LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA
DA PISTOLA
1-APRESENTAÇÃO
A pistola é definida como arma de fogo leve, de porte e individual. Durante os dois
grandes conflitos mundiais, ficou consagrada nos campos de batalha para o combate a curta
distância, comprovando sua eficiência técnica e operacional.
A pistola 9 mm fabricada no Brasil, pela IMBEL, é um projeto derivado da Colt .45
projetada por J. Browing.
Esta arma, adotada pelo Exército norte-americano desde 1911, é veterana de inúmeros
conflitos internacionais, onde obteve o melhor conceito de arma de defesa aproximada pelo alto
grau de rusticidade, aliada a um eficiente desempenho operacional.
As Forças Armadas do Brasil optaram também por esse modelo, e a pistola Colt .45
passou a ser construída pela IMBEL, na sua fábrica de Itajubá-MG. Ao longo dos anos, a IMBEL
incorporou-lhe uma série de melhoramentos derivados da experiência e estudos próprios, como
melhor empunhadura, redução do peso e climatização para operações em ambiente tropical.
A pistola Colt emprega como princípio motor o curto recuo do cano. É classificada como
semi-automática, pois realiza automaticamente todas as operações de funcionamento, exceto o
desengatilhamento e disparo.
Climatização
Todas as peças são tratadas com fosfato de manganês e pintura ao forno. As molas
recebem oxidação negra brilhante.
Revestimento interno
O interior da câmara e do cano é totalmente cromado. A película de cromo duro dificulta
a deposição e aderência de resíduos da combustão, facilitando e tornando mais eficiente sua
manutenção.
Ausência de peças de alumínio ou ligas leves
Construída somente em metais de dureza superior, tratados termicamente, a arma não
sofre desgaste prematuro.
Segurança
2 - CARACTERÍSTICAS
2.1-DESIGNAÇÃO
NEE ...........................................................1005-1063-726-2
Indicativo militar.........................................Pst 9 M973 "FI"
Nomenclatura .............................................Pistola 9mm Modelo 1973-Fábrica de Itajubá
2.2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..............................................De porte
2.3-ALIMENTAÇÃO
Carregador ....................................................Metálico tipo cofre
Capacidade....................................................8 cartuchos + 1
Sentido .........................................................De baixo para cima
2.4-RAIAMENTO
Número de raias ...........................................4 (quatro) ou 6 (seis)
Sentido .........................................................À direita
2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ................................................Tipo entalhe
Massa de mira ..............................................Seção retangular
2.6-DADOS NUMÉRICOS
3 -MEDIDAS PRELIMINARES
1ª- Retirar o carregador.
2ª- Trazer o ferrolho à retaguarda.
3ª- Inspecionar a câmara.
4ª- Levar o ferrolho à frente.
5ª- Desengatilhar a arma.
4-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
4.1-RETIRAR O CARREGADOR
Comprimir a cabeça serrilhada do retém do carregador e retirá-lo.
4.2-ENGATILHAR E TRAVAR A ARMA
Com o polegar, trazer o cão totalmente a retaguarda.
Levar para cima, o dispositivo de segurança do cão.
4.3-RETIRAR O ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA
Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador.
Comprimir a cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e girar a manga do
cano para a esquerda.
5-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
5.2-RETIRAR O EXTRATOR
Com uma chave de fenda pequena, pressionar a garra do extrator para fora e para a
retaguarda, fazendo com que a garra deslize para dentro do alojamento do extrator, existente no
ferrolho.
6-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
7-DESMONTAGEM DE 4o ESCALÃO
7.1-RETIRAR O EJETOR
Com um toca-pino de ponta bem fina, retirar o pino de fixação do ejetor.
Retirar o ejetor pela parte superior da armação.
8-MONTAGEM DA ARMA
8.1-MONTAR O EJETOR
Colocar o ejetor no seu alojamento e prendê-lo com o pino de fixação do ejetor.
8.2-MONTAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
Prender o bloco alojamento em um torno de bancada.
Colocar no bloco alojamento a cabeça-apoio inferior da mola do cão, a mola do cão
e a cabeça-apoio superior da mola do cão.
Com auxílio de uma haste de ponta arredondada, pressionar a cabeça-apoio superior
até que seja possível introduzir o pino-retém da cabeça-apoio superior da mola do cão.
8.3-COLOCAR O GATILHO
9-FUNCIONAMENTO
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Recuo do Ferrolho e Avanço do Ferrolho.
RECUO DO FERLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração 2a Fase
4-Ejeção
5-Apresentação
AVANÇO DOFEROLHO
6-Engatilhamento
7-Carregamento
8-Fechamento
9-Extração 1a Fase
10-Trancamento
11- Desengatilhamento
12-Disparo
13-Percussão
10-SEGURANÇAS DA ARMA
11-MANEJO DA ARMA
Sempre ao iniciar o manejo, o atirador deverá trazer o ferrolho à retaguarda e inspecionar
a câmara, para verificar se a arma está carregada. As operações de manejo, são as seguintes:
11.1-Municiar o carregador
Consiste em colocar os cartuchos no carregador.
11.2-Alimentar a arma
Consiste em colocar o carregador municiado na arma.
11.3-Carregar a arma
Consiste em trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo. Ao final desta operação,
a arma estará engatilhada.
Armamento Leve II- Pág 13
11.4-Travar a arma
Consiste em levantar o dispositivo de segurança do cão.
11.5-Destravar a arma
Consiste em abaixar o registro de segurança do cão.
11.6-Disparar a arma
Consiste em comprimir simultaneamente o dispositivo de segurança do gatilho e a tecla
do gatilho.
TIPOS DE
INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES
S
1-Garra do extrator 1-Substituir o ex-
FALHA quebrada ou gasta. trator.
NA 2-Virola do estojo 2-Retirar o estojo.
EXTRAÇÃ quebrada. 3-Verificar as guias
O 3-Recuo de deslizamento.
incompleto do ferrolho.
FALHA NA
1-Ejetor quebrado. 1-Substituir o ejetor.
EJEÇÃO
1-Alavanca de 1-Substituir a ala-
disparo quebrada ou gasta. vanca de disparo.
FALHA
2-Cavado existente 2-Remover a obtu-
NO
na parte ínfero-posterior do ração.
DESENGAT
ferrolho obturado. 3-Substituir a mola.
ILHAMENTO
3-Ramo central da
mola tríplice quebrado.
1-Dente de 1-Substituir o cão.
engatilhamento do cão 2-Substituir a noz de
gasto. armar.
2-Apoio dos dentes 3-Substituir a mola.
FALHA
do cão, na noz de armar, 4-Substituir a ala-
NO
quebrado ou gasto. vanca de disparo.
ENGATILH
3-Ramo esquerdo
AMENTO
da mola tríplice quebrado.
4-Cabeça da
alavanca de disparo
quebrada ou gasta.
1-Munição 1-Substituir a muni-
NEGA
defeituosa. ção.
15.1-CANO:
a)alma
b)boca
c)raias
d)cheios
e)câmara
f)rampa de acesso
g)ressaltos engrazadores
h)encaixe do elo de prisão do cano com olhal.
CAPÍTULO 02
PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus
NO Assunto Pag
1-APRESENTAÇÃO:
As pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-92 “Taurus”, calibre 9mm x 19 mm “parabellum”, são
armas de tiro semi-automático, com trancamento através de um bloco oscilante em vertical e
2-CARACTERÍSTICAS
2.1-Sistema de dupla ação
Este sistema, pelo simples acionamento do dedo no gatilho, possibilita uma maior rapidez
de manuseio, mesmo com o cão desarmado.
2.2-Carregador bifilar
Com capacidade para 15 cartuchos, tem o mesmo comprimento de um carregador
tradicional, permitindo praticamente duplicar a autonomia de fogo da arma.
2.3-Indicador de cartucho na câmara
Quando o mesmo estiver alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente,
revelando uma marca vermelha. Assim, é possível controlar visualmente, ou pelo tato, a
existência de um cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho.
2.4-Indicador de carregador vazio
Quando o último cartucho ou estojo, for ejetado, a arma, pela ação do retém do ferrolho,
permanece aberta, alertando o atirador acerca do término da disponibilidade do carregador.
2.5-Dispositivo de desmontagem
Extremamente rápido e simples, foi projetado de tal forma a evitar qualquer
desmontagem casual ou involuntária.
2.6-DESIGNAÇÃO
NEE....................... .......................................1005-1052-800-8
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975 “Beretta”
Nomenclatura ................................................Pistola 9mm Modelo 1975 (Beretta)
NEE....................... .......................................1005-1064-425-0
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975A1
Nomenclatura ............................................Pistola 9mm Modelo 1975A1 (PT-92 Taurus)
2.7-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ...............................................De porte
Quanto ao emprego .......................................Individual
Quanto ao funcionamento. ............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento ........Ação dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
Armamento Leve II- Pág 23
2.8-ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade ....................................................15 cartuchos + 1
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.9-RAIAMENTO
Número de raias .............................................6 (seis)
Sentido ..........................................................Da esquerda para a direita
2.10-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira .................................................Tipo entalhe, retangular
Massa de mira ...............................................Seção retangular
2.11-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ..........................................................9 mm
Peso com carregador vazio ...........................0,950 kg
Peso com carregador cheio ...........................1,137 kg
Peso do carregador vazio ..............................0,094 kg
Peso do carregador cheio ..............................0,282 kg
Comprimento da arma ..................................217 mm
Comprimento do cano ..................................125 mm
Velocidade inicial ........................................401 m/seg
Velocidade teórica de tiro ............................275 tiros por minuto
Velocidade prática de tiro ............................Variável
Alcance máximo ...........................................1.800 m
Alcance de utilização ...................................50 m
Pressão do gatilho (com 2.700 g) .................Não dispara
Pressão do gatilho (com 5.000 g) .................Dispara
3-MEDIDAS PRELIMINARES
3.1-RETIRAR O CARREGADOR
Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da
arma.
3.2-VERIFICAR A CÂMARA
3.3-DESENGATILHAR A ARMA.
4-DESMONTAGEM DE 10 ESCALÃO
4.1-RETIRAR O FERROLHO
Com a mão direita empunhar a arma.
Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da
alavanca de desmontagem (à direita da arma). Simultaneamente, girar a alavanca de
desmontagem de 90o.
Deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação.
4.3-RETIRAR O CANO
Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos
de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho.
Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano e o bloco de trancamento, levantando
a sua parte posterior.
4.6-DESMONTAGEM DO CARREGADOR
Com o auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da placa retém do fundo do
carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a
5-DESMONTAGEM DE 20 ESCALÃO
6-DESMONTAGEM DE 30 ESCALÃO
6.2-RETIRAR O EJETOR
Apoiar a face esquerda da armação sobre uma superfície plana, em seguida deslocar
da direita para a esquerda os pinos do ejetor. Retirar o ejetor da armação.
6.6-RETIRAR A ARMADILHA
Com um toca-pino, deslocar o eixo da armadilha da esquerda para direita, de modo
que o toca-pino fique fixando em seu lugar à mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal da
mola da armadilha, retirá-la da armação. Com o dedo indicador, amparar a armadilha. Em
seguida, girar a parte anterior da armação para baixo e a armadilha cairá por ação da gravidade,
sendo retirada da armação com auxílio do dedo indicador.
6.9-RETIRAR O CÃO
Com um toca-pino, retirar o eixo do cão. Retirar, em seguida, pela parte superior da
armação o guia da mola do cão.
7-MONTAGEM DA ARMA
7.1-MONTAR O CÃO
7.4-MONTAR A ARMADILHA
Introduzir o ramo menor da armadilha no seu alojamento (em cima).
Introduzir o eixo da armadilha da direita para a esquerda.
7.8-MONTAR O CARREGADOR
7.9-MONTAR O GATILHO
Colocar, no seu encaixe, a mola do gatilho, ficando o ramo curvo da mola voltado
para cima.
Introduzir o gatilho e sua mola na armação.
Colocar o eixo do gatilho da esquerda para a direita.
8-FUNCIONAMENTO
RECUO DO FERROLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração
4-Ejeção
5-Apresentação
AVANÇO DO FERROLHO
6-Carregamento
7-Fechamento
8-Trancamento
9-Engatilhamento
10- Desengatilhamento e Percussão
8.1.1-Destrancamento
Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue,
trazendo consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se
choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age na rampa do mergulhador
no bloco de trancamento, abaixando-o. Em conseqüência os ressaltos de trancamento são
retirados dos alojamentos no ferrolho. Neste momento, estarão desengrazados o cano e o
ferrolho e os ressaltos de trancamento estarão em seus alojamentos na armação, havendo
portanto o destrancamento.
8.1.3-Extração
No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano,
retira da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.
8.1.4-Ejeção
Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo
ainda preso pelo extrator, faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se
encontra montado à retaguarda e a esquerda da armação. A violência deste choque vence a
ação da garra do extrator e o estojo é projetado através da janela de ejeção, para fora da arma.
8.1.5-Apresentação
O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo
cartucho, que ficará em condições de ser levado à câmara.
8.1.6-Carregamento
A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se, levando-o à
frente e, ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na
câmara.
8.1.7-Fechamento
Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato
com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento.
8.1.8-Trancamento
Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de
trancamento sobe a sua rampa de elevação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus
alojamentos no ferrolho, o que caracteriza o trancamento da arma.
8.1.9-Engatilhamento
Quando o ferrolho recua, o cão gira para a retaguarda e comprime a sua mola,
através do guia da mola do cão. O espigão do tirante do gatilho abandona o seu alojamento
sendo forçado para baixo, pela parte inferior do ferrolho. Em conseqüência, o ressalto do tirante
do gatilho sai de cima do ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha e esta volta à sua
posição de repouso, por ação de sua mola. Quando a armadilha volta à sua posição normal, o
seu ressalto apoio do dente do cão é colocado no dente de engatilhamento do cão, prendendo-
o à retaguarda e dando-se o engatilhamento.
8.1.10-Desengatilhamento e percussão
Quando se comprime a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, através da ação do seu
ressalto sobre o ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha, faz com que esta gire para
frente e o seu ressalto apoio do dente do cão (na armadilha), abandone o dente de
engatilhamento do cão, liberando-o. Estando livre, o cão gira violentamente para frente por
descompressão de sua mola. O cão choca-se na cauda do percussor, que avança no seu
alojamento comprimindo a sua mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, percutindo a
cápsula do cartucho. Em seguida, o percussor retrai-se por descompressão de sua mola .
9-SEGURANÇAS DA ARMA
Possui a pistola, duas seguranças:
SEGURANÇAS
1-Registro de Segurança
2-Dente de Segurança do Cão
9.1-REGISTRO DE SEGURANÇA
Situado ao lado posterior esquerdo da armação, trava a arma, imobilizando a armadilha.
Esta segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando engatilhada
ou desengatilhada.
9.1.A) Arma engatilhada: agindo-se no registro de segurança para cima, a sua haste
de segurança coloca-se na parte superior da armadilha. Em conseqüência, a armadilha fica
imobilizada não permitindo que o cão tenha movimentos livres.
11-EMPREGO DE CALIBRADORES
➢ Com a arma montada, retrair o ferrolho até que seja aprisionado pelo retém do
ferrolho, ficando em posição aberta.
➢ Completada a operação anterior, a arma deverá ficar aberta, isto é, não deverá fechar
totalmente. Para controle visual, basta verificar a parte traseira do ferrolho que não deverá
concordar com a parte traseira da armação (Fig.4).
➢ Se a arma fechar totalmente, fica evidenciado que a câmara atingiu a folga máxima
admitida para o cartucho e, nesse caso, o cano da arma deverá ser substituído.
➢ Caso o afloramento da ponta do percussor esteja fora dos limites controlados pelo
calibrador “C”, o percussor deverá ser substituído.
11.3-CALIBRADOR DO
DIÂMETRO INTERNO DO CANO - (B-
780 613)
Este calibrador, destina-se a controlar o
desgaste máximo admissível para o diâmetro interno do cano, seja na boca, seja na parte
traseira, junto à câmara. É usado da seguinte forma:
➢ Desmontar o cano do conjunto da arma, limpando-o internamente em toda sua
extensão.
➢ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da boca, sem forçar e observar a
posição da linha de referência “A” na Fig.11, gravada no calibrador.
➢ Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “b” que passa pela boca da
arma.
➢ Caso ocorra a ultrapassagem do limite acima citado, indica que o cano está com o
seu diâmetro interno maior que o máximo admissível devendo, em conseqüência, ser substituído.
➢ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da câmara, sem forçar e observar a
posição da linha de referência “B” na Fig.12, gravada no calibrador.
11.4-FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
A não ser que ocorra algum acidente, ou que outros indícios assim recomendem e
com vistas a assegurar um bom desempenho da arma, ela deve ser controlada através dos
calibradores descritos com a seguinte freqüência:
1o controle: após 1000 tiros acumulados;
2o controle: após 2000 tiros acumulados;
3o controle: após 2500 tiros acumulados.
Após o 3o controle, a cada 500 tiros acumulados subsequentes.
1-APRESENTAÇÃO
2 -CARACTERÍSTICAS
2.1 -DESIGNAÇÃO
NEE.................................................................1005-1062-443-5
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”
NEE................................................................1005-1062-414-6
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964 Br1
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”
2.2 -CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ................................................Portátil
Quanto ao emprego ........................................Individual
Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático
Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um ponto do cano)
Quanto a refrigeração .....................................A ar
2.3 -ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade .................................................... 20 cartuchos
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.4-RAIAMENTO
Números de raias ...........................................04 (quatro)
2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e visor com cursor
Massa de mira ................................................Tipo ponto com protetores
2.6-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ............................................................7,62 mm
Comprimento .................................................1,10 m
Peso do carregador vazio ...............................250 g
Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg
Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg
Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s
Velocidade do tiro .........................................Automático: 120 tiros por minuto
Semi-automático: 60 tiros por minuto
Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto
Alcance máximo ............................................3.800 m
Alcance útil sem luneta .600 m
Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros
2.7-MUNIÇÕES UTILIZADAS
Ordinário .......................................................7,62 M1
Perfurante ......................................................7,62 Pf
Traçante .........................................................7,62 Tr
Festim ............................................................7,62 Ft
Manejo ...........................................................7,62 Mnj
Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO
2.8-TIPOS DE GRANADAS
Anti-pessoal ...................................................Cor havana / cinta vermelha
Anti-carro .......................................................Cor amarela / vo / cinta branca
Incendiária .....................................................Cor cinza
Exercício ........................................................Cor preta ou azul
3-DESMONTAGEM
3.1-MEDIDAS PRELIMINARES
3.2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
3.2.1-Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho
Puxar para trás, a haste do impulsor do ferrolho.
3.2.2-Retirar a Tampa da Caixa da Culatra
Puxando para trás, a tampa deslizará em suas corrediças.
3.2.4-Retirar o Percussor
Fazendo pressão sobre sua cauda e por meio de um toca-pino, retirar o pino do
percussor.
Retirado o pino do percussor, o mesmo sairá do seu alojamento por força de sua
mola.
3.3-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
3.3.1-Retirar o Guarda-Mão
Afrouxar o parafuso do guarda-mão e retirá-lo
3.3.4-Retirar o Disparador
Girar o disparador de 90o efetuando leve pressão para trás
Continuar o movimento para a retaguarda, até liberá-lo da caixa da culatra.
A mola do disparador é cravada e não deve ser desmontada, a não ser para
substituição, em órgão de 3o escalão.
3.3.9-Desmontar o Carregador
Fazer deslizar, em seu encaixe, o fundo do carregador até ficar um centímetro para
fora.
Puxar o fundo do carregador.
Retirar a mola do transportador, até o fim.
Girar o transportador cerca de 45o, no interior do carregador.
Separar a mola do transportador.
3.4-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
A desmontagem de 3o escalão deverá ser realizada somente em níveis mais
elevados de instruendos. Não utilizá-la para conscritos.
3.4.7-Desmontar o Punho
Com auxílio de uma chave de fenda, desaparafusar a porca de fixação do punho e
retirá-la junto com o punho.
3.4.8-Desmontar o Guarda-Mato
Após retirar o punho, basta girá-lo para frente e para baixo, que o mesmo está solto.
3.4.13-Desmontar os Zarelhos
Zarelho Anterior
Retirar o parafuso do zarelho e afastar a braçadeira, retirando-a do cano.
Zarelho Posterior
Desaparafusar os dois parafusos e retirá-lo.
3.4.16-Desmontar o Ejetor
Com auxílio de um toca-pino, empurrar o pino do ejetor somente até a metade, para
facilitar a desmontagem.
Retirar o ejetor, puxando-o na direção da boca da arma.
Caso não saia facilmente, empurrá-lo com um toca-pino de bronze. Esta operação,
somente será realizada em caso de substituição.
4 – MONTAGEM
5 - FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
Ação dos gases;
Recuo das peças móveis e
Avanço das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
Um cartucho encontra-se na câmara;
A arma está trancada e
Dá-se a percussão.
1-Destrancamento e Abertura
Quando o impulsor do ferrolho recua, as suas rampas de destrancamento (B1-Fig.
3), entram em contato com os ressaltos de destrancamento do ferrolho (C1) e faz com que a
parte posterior do ferrolho, erga-se e abandone o seu apoio (D-Figs. 3 e 4), na caixa da culatra
(E-Fig. 4).
5.3.2-Ejeção
Quando a face anterior do ferrolho se acha próxima ao defletor da janela de ejeção,
o estojo choca-se com o ejetor (Fig. 6) que obriga-o a girar e sair para cima e para a direita.
Depois desta fase, o movimento das peças móveis continua até que o conjunto
ferrolho-impulsor do ferrolho vem parar junto da parte posterior da armação.
Durante o recuo, houve a compressão das molas recuperadoras, por intermédio da
haste do impulsor do ferrolho.
5.3..3 -Apresentação
Durante a última parte do movimento das peças móveis para trás, os cartuchos
existentes no carregador, sob o impulso da mola do transportador, sobem, e o mais acima,
apresenta seu culote de maneira a ser empurrado pelo ferrolho, quando este avançar.
5.3.7-Trancamento
Como o ferrolho não pode avançar mais, o impulsor do ferrolho, por intermédio de
sua rampa de impulso (B3-Fig. 7) que age sobre a rampa de impulso do ferrolho (C3), obriga
este a baixar.
As rampas de trancamento do impulsor do ferrolho (B4-Fig. 7) e do ferrolho (C4),
entram em contato e impelem este último para baixo.
O ferrolho, coloca-se então, diante do apoio do ferrolho (D-Fig. 8).
Deu-se o trancamento da arma.
O fuzil possui uma segurança. O registro de tiro e segurança na posição “S”, seu eixo
apresenta à cauda do gatilho, sua parte arredondada, não permitindo que este suba e atue no
gatilho intermediário.
7-SEGURANÇAS ADICIONAIS
7.5.1-Posição Inicial
Suponha-se a seguinte posição inicial:
➢ A arma está engatilhada;
➢ A arma está travada.
➢
7.5.2-Posição “Travada”
➢ O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “S”, que indica que a arma
está travada.
➢ O eixo do registro de tiro e segurança (J1 e J2-Fig. 11), apresenta à cauda do
gatilho o seu arredondamento (J1).
➢ Nesta posição, a cauda do gatilho não pode subir e não pode atuar no gatilho
intermediário.
8- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações
diretas com a utilização do armamento.
8.1 - Municiar o Carregador
Consiste em introduzir o cartucho no carregador.
8.2 - Alimentar a Arma
Colocar o carregador municiado na arma.
8.3 -Engatilhar
Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda, e, logo após, deixar que
a mesma vá à frente.
8.4 -Travar
Colocar o registro de tiro e segurança na posição “S”.
8.5 -Destravar
Colocar o registro de tiro segurança na posição “R” ou “A”.
TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Garra do extrator gasta 1-Substituir o
ou quebrada. extrator.
2-Mola do extrator 2-Substituir a
quebrada ou fraca. mola.
FALHA NA
EXTRAÇÃO 3-Virola do estojo 3-Sacar o estojo
quebrada. da câmara.
4-Recuo incompleto do 4-Regular o
ferrolho por insuficiência de escape de gases.
gases.
1-Ponta do percussor 1-Substituir o
FALHA NA gasta ou quebrada. percussor.
PERCUSSÃO
10 - INCIDENTE DE TIRO
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para
o material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações
chamado “ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
Ao Fz 7,62 M964, aplicam-se com a devida adaptação, as prescrições do capítulo 4
do T 9-210.
11 - ACIDENTE DE TIRO
13 - AÇÃO IMEDIATA
14 – ACESSÓRIOS
13.3 - Baioneta
A baioneta é igual a que está na Fig. 16, para transformar este fuzil como arma de
choque.
13.4 - Luneta para Tiro Especial (LUN PNT FZ OIP 3,6X / FZ 7,62 M964)
A luneta para tiro especial Fig.17, fixada a uma tampa da caixa da culatra de
forma especial, próprio para receber esta luneta, é um acessório a ser montado, em substituição
à tampa da caixa da culatra normal, num fuzil escolhido para tiro de precisão.
O fuzil deve ser escolhido pela sua precisão e regularidade no tiro normal, e,
após a regulagem da luneta do fuzil, deve ser considerado como “fuzil para tiro especial”,
ficando a luneta como seu acessório normal.
13.5 - BANDOLEIRA
Utilizada para dar mais comodidade para o transporte do armamento Fig.18.
4a) Girar (aparafusando), o anel regulador de escape de gases, entalhe por entalhe, e
disparar (após introduzir cada cartucho na câmara de carregamento, com a mão), um tiro
depois de cada manobra, até verificar que, após determinado disparo, de que o ferrolho ficou
preso à retaguarda pelo seu retém, Fig.10;
15.1.1 – FERRAMENTAS
Deve ser usada somente a chave para massa de mira Fig.23, destinada a regular esta
peça, pois, do contrário, ela seria danificada pelo uso de ferramenta imprópria.
15.1.3 - CORREÇÃO
A correção dos erros de pontaria em elevação (altura), efetua-se seja atarraxando, seja
desatarraxando, ou ainda trocando a massa de mira.
Linha de referência
1- Número da massa de mira (No 1)
2- Orifícios para a chave da massa de mira
Distâncias
Números de Entalhes 50 10 20
m 0m 0m
1 0, 1 2
5 cm cm cm
3 1, 3 6
5 cm cm cm
6 3 6 12
cm cm cm
8 4 8 16
cm cm cm
12 6 12 24
cm cm cm
15.2.3.1 -FERRAMENTAS
Uma chave de fenda de dimensões apropriadas é necessária.
15.2.3.4 - CORREÇÃO
A correção dos erros em direção, se faz deslocando a base da alça para a esquerda ou
para a direita, conforme o caso.
DESLOCAMENTO DO PM EM DIREÇÃO
Número de entalhes 5 1 2
0m 00 m 00 m
1 0, 1 2
5 cm cm cm
3 1, 3 6
5 cm cm cm
17 - EMPREGO DE CALIRADORES
17.1-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-
se suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
17.1.1 - Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)
➢ Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá
penetrar no interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos,
isto é, da câmara para a boca e da boca para a câmara, Fig.29.
É a medida da folga mínima que deve existir entre a garra do extrator e a face anterior
do ferrolho (apoio do culote do cartucho). A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador
de folga do extrator E 8000 = U 10865 Co, Fig.31, que colocado como se fosse a virola de um
cartucho, entre a face do ferrolho e a garra do extrator, deve passar livremente, sem movimentar
o extrator (sem forçar o culote). A espessura deste calibrador é de 1,37 mm.
U 41,42
BOM Sempre tranca.
11043Co 3 mm
FIM
NO Assunto Pagina
1.2 – Classificação
1.3 – Alimentação
Carregador ..................................................................................tipo fita , de lona
Capacidade .................................................................................100 ou 250 cartuchos
Sentido .......................................................................................da esquerda para direita
1.4 – Raiamento
Número de raias ........................................................................................04 ( quatro )
Sentido ....................................................................................da esquerda para direita
Observação
1. A metralhadora 7,62 M919 A4, normalmente utiliza o reparo. 30 M2 Ter. podendo,
no entanto de acordo com a viatura em que é instalado, usar os mais variados tipos de reparos.
2. Existe a metralhadora 7,62 A4 – fixa, NEE 1005-1060-880, que só difere desta por
não possuir punho no bloco de fechamento e ter para - choque inclinado .
2 - DESMONTAGEM DA METRALHADORA
2.11.2 – Gatilho
Puxá-lo pela retaguarda do conjunto amortecendo.
2.11.3 – Acelerador
Retirar o eixo do acelerador e o acelerador.
2.12.1 – Caixeta
Retirar o pino da tranca e a tranca ( na montagem da tranca, observar para que a parte
duplamente biselada fique para cima e para frente ).
2.15.2 – Impulsor
Desloca-se o impulsor para qualquer lado e o retira da ranhura guia; com um tocapino,
retira-se o eixo da lingüeta; ficam livres a lingüeta com braço do impulsor e sua mola .
3 – Montagem
4.4 - Para regular a folga da arma, agir da seguinte maneira, com a arma montada:
Trazer o ferrolho à retaguarda cerca de 2 cm, com o auxílio de uma chave de fenda,
atarraxar o cano à caixeta, agindo nos entalhes da parte traseira do cano, até que, soltando a
alavanca de manejo, o ferrolho impulsionado pela mola recuperadora não consiga ir totalmente
a frente: desatarraxar o cano da caixeta, um ponto de cada vez, até que o ferrolho, por ação da
mola recuperadora, vá complemente a frente. Não forçar o ferrolho à frente com as mãos. Seu
avanço dar- se-á unicamente por ação da mola recuperadora. O conjunto cano – caixeta
avançará com o ferrolho para a posição de disparo; desatarraxar, em seguida, de mais um ponto,
o conjunto cano-caixeta; dar um golpe na alavanca de manejo para fazer a verificação. No
avançar para a posição de disparo o sistema, não deverá haver o menor forçamento entre as
partes móveis. Estas deverão atingir facilmente a posição mais avançada, que será de um som
metálico, correspondente ao trancamento. É importante essa verificação, e conforme seu
Armamento Leve II- Pág 86
resultado, deverá ser atarraxado ou desatarraxado o conjunto cano-caixeta, de mais um ponto.
A regulagem prática de folga da arma é empregada quando as Mtr .30 não possuírem, entre
seus acessórios, um calibrador de folga.
5 – Manejo
5.1- Municiar o carregador: Organizar o carregador tipo fita de lona, com auxílio da
máquina de carregar .30 M918.
5.2- Alimentar a arma: Com a tampa aberta colocar a fita sobre a mesa de
carregamento de modo que o primeiro cartucho fique empolgado pelo transportador - ejetor;
com a tampa fechada colocar a fita de modo que o primeiro cartucho ultrapasse o retém do
carregador.
5.3- Carregar e engatilhar: Agir na alavanca de manejo trazendo-a uma vez a
retaguarda, caso a alimentação tenha sido feita com a tampa aberta, e duas vezes caso a
alimentação tenha sido feita com a tampa fechada.
5.2 - Disparar: Acionar a tecla do gatilho .
6 - Funcionamento:
Para melhor compreensão do funcionamento, vamos partir do momento em que houve o
primeiro disparo, observando-se em seguida as fases do funcionamento.
Recuo No Avanço
• Destrancamento • Ejeção
• Abertura • Carregamento ( 2 ª fase )
• Extração • Fechamento
• Carregamento ( 1 ª • Trancamento
fase ) • Desengatilhamento e
• Engatilhamento percussão
• Abertura:
Quando começa recuar sozinho, o ferrolho se afasta da parte posterior do cano havendo,
então, a abertura.
• Extração:
Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio da ranhura extratora
é retido o estojo da câmara, houve, então, a extração. durante a queima da carga de projeção, o
estojo dilata-se ligeiramente aderindo as paredes da câmara e poderá partir se for extraído no
mesmo instante, para evitar tal acidente, é necessário uma certa ressividade no início da
extração, o que é conseguido pela parte anterior e superior da tranca que, sendo duplamente
biselada, assegura um destrancamento progressivo e consequentemente uma extração sem
violência.
• Engatilhamento:
Durante o recuo, o percursor é forçado pela alavanca de armar a recuar ficando preso
pelo gatilho intermediário.
• Carregamento ( 2 ª fase ):
Quando se vai processar o carregamento, o transportador-ejetor, forçado pela rampa de
ressalto de elevação abandona o cartucho parcialmente introduzido na câmara e vai empolgar,
forçado pela sua mola abaixadora, um novo cartucho que se encontra ainda na fita. O ferrolho
no seu avanço, introduz o cartucho que se acha no extrator, na câmara.
• Trancamento:
No avanço, o ferrolho encontra-se com o acelerador, desfaz o sistema cano–caixeta,
avançando a partir deste momento, ficando a armação parada. A tranca encontrando a rampa
de acesso do seu ressalto, sobe engrazando-se no ferrolho, que passa a fazer sistema com o
cano – caixeta continuando assim o avanço.
• Desengatilhamento e percussão:
No final do avanço, a parte anterior do gatilho, agindo no gatilho intermediário faz com
que o mesmo se abaixe liberando o percursor, este indo a frente, vai ferir a cápsula do cartucho,
isto é, há a percussão.
7 - Segurança:
Por não dispor esta arma de registro de segurança, é conveniente retirar o carregador
da arma quando esta não estiver atirando. Para isso, colocar um bloco de madeira entre a
câmara e a face dianteira do ferrolho.
8 - INCIDENTES DE TIRO
9 – NOMECLATURA
FERROLHO
CAIXETA
CONJUNTO DA TAMPA
ALÇA DE MIRA
BLOCO DE FECHAMENTO
CAPÍTULO 05
MTR M9 M972 BERETTA
ÍNDICE
Nr Assunto Página
02 CARACTERÍSTICAS
03 DESMONTAGEM
04 MONTAGEM
05 FUNCIONAMENTO
06 SEGURANÇAS
07 INCIDENTES DE TIRO
1 – APRESENTAÇÃO
A Metralhadora de mão, calibre 9mm, modelo 1972 “BERETTA”, é uma arma automática
que funciona pela ação dos gases diretamente sobre o ferrolho (utilização direta dos gases), sem
nenhum sistema de trancamento mecânico. Pode efetuar dois tipos de tiro: o tiro semi-automático
2 – CARACTERÍSTICAS
2.1 - Designação
Referência numérica NEE 1005-1 N 063 052
Indicativo militar Mtr M9 M972
Nomenclatura Metralhadora de mão, calibre 9mm,
mod. 1972
2.2 - Classificação
Quanto ao tipo Portátil
Quanto ao porte individual
Quanto ao emprego individual
Quanto ao funcionamento Automática
Quanto ao princípio de Ação dos gases sobre o ferrolho culatra
funcionamento desaferrolhada
Espécie de tiro Tiro direto
2.3 – Alimentação
Carregador Tipo cofre metálico
Capacidade 30 ou 40 cartuchos
Sentido De baixo para cima
3. DESMONTAGEM
c) Punho posterior
Retirar a cavilha do tubo de fixação do punho posterior, comprimindo suas extremidades
e empurrando-a para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior. Forçar, com
pequenos golpes, o punho para trás e para baixo, retirando-o.
NOTA: O tubo de fixação do punho posterior deve ser colocado sempre da esquerda
para a direita da arma e sua cavilha pelo lado oposto.
a) Carregador
Com um toca pinos, pressionar o retém do fundo do carregador, fazendo-o deslizar para
fora de seu encaixe.
Com o polegar, apoiar o retém para evitar a descompressão violenta da mola do
carregador. Retirar a mola do carregador e o transportador.
d) Punho anterior
Com uma chave de fenda especial, desaparafusar a porca do tirante do punho anterior.
Retirar o fundo do punho e o punho. Com um toca - pino, retirar o eixo do tirante, ficando livre o
tirante.
g) Registro de tiro
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de tiro e retirá-
la. Pressionando o registro de tiro para a esquerda, retirá-lo.
h) Registro de segurança
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de segurança e retirá-
la. Pressionando o registro de segurança para a direita, retirá-lo.
i) Armadilha
Com um toca - pino, retirar o pino limitador e o eixo da armadilha. Retirar a armadilha.
j) Impulsor da alavanca de disparo
Com uma chave especial, girar o impulsor de meia volta, até que a aba do seu suporte
saia de seu encaixe no bloco central. Retirar o impulsor.
b) Chapa da soleira
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do eixo da chapa da soleira e
retirá-la. Com um toca pino, retirar o eixo da chapa da soleira, ficando livre a chapa da soleira
com seu mergulhador e mola.
e) Percursor
Com um toca - pino, retirar o pino do percursor. Introduzindo o toca - pino no alojamento
do extrator, forçar o percursor para frente, retirando-o.
f) Armadilha
Com um toca - pino, retirar a bucha do eixo e da alavanca da armadilha, ficando livres o
corpo, a alavanca e a mola da armadilha.
h) Retém do carregador
Com um toca - pino, retirar o eixo do retém do carregador e o pino inferior do ejetor.
Segurar o retém do carregador e retirar o toca - pino, ficando livres o retém do carregador e sua
mola.
i) Ejetor
Com um toca - pino, retirar o pino superior do ejetor. Retirar o ejetor pela janela de ejeção.
l) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, desatarraxá-la, retirando-a de seu suporte.
m) Alça de mira
Com um toca - pino, retirar o pino de pressão do parafuso de regulagem da alça de mira.
Ficará livre a mola do parafuso de regulagem da alça de mira. Com uma chave de fenda,
desatarraxar o parafuso de regulagem da alça de mira retirando-o. A alça de mira e sua mola
ficarão livres.
4 - MONTAGEM
a) Alça de mira
Colocar a mola da alça de mira, em seu alojamento, colocar a alça de mira com o visor
marcado com número 1, voltado para a parte posterior da caixa da culatra. Introduzir o parafuso
de regulagem da alça de mira pela direita. Montar a mola do parafuso de regulagem e,
pressionando-a, introduzir o pino de pressão do parafuso de regulagem.
b) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, atarraxá-la em seu suporte.
d) Ejetor
Colocar o ejetor pela janela de ejeção, coincidir seu orifício superior com o orifício III da
caixa da culatra, introduzindo, a seguir, o pino superior do ejetor.
e) Retém do carregador
g) Armadilha
Introduzir a mola da armadilha entre o corpo e a alavanca da armadilha. Comprimir as
duas peças até coincidir os orifícios e colocar a bucha do eixo da armadilha.
h) Percursor
Colocar o percursor em seu alojamento no ferrolho. Fazer o entalhe do percursor
passando uma broca pelo furo do pino do percursor (diâmetro 2,57 + 0,033). Colocar o pino.
l) Chapa da soleira
Colocar em seu alojamento o mergulhador e mola da chapa da soleira observando a
posição correta da chapa da soleira. Pressionar o tubo da coronha contra a mesma, de modo a
comprimir a mola, fazendo coincidir os orifícios. Colocar os eixos da chapa da soleira. Montar a
arruela de travamento no eixo da chapa da soleira.
m) Coronha
Colocar a mola do mergulhador e o mergulhador no alojamento do suporte da coronha
com a ponta do mergulhador para fora. Pressionar a coronha, fazendo coincidir os orifícios do
b) Armadilha
Com o dente da alavanca da armadilha para frente, colocar a armadilha, de modo que o
furo da bucha do eixo da armadilha venha coincidir com o orifício IX da caixa da culatra. Colocar
o eixo da armadilha no orifício IX. Em seguida colocar o pino limitador da armadilha no orifício X
da caixa da culatra, de modo a passar no entalhe existente na parte posterior da armadilha, a
fim de limitar o seu curso.
d) Registro de segurança
Colocar o registro de segurança no orifício XI da caixa da culatra, pelo lado direito da
arma (onde está gravado FUOCO - primeiro). Fixar o registro de segurança pelo lado oposto,
colocando a arruela de travamento em seu rebaixo.
e) Registro de tiro
Segurando a arma com o alojamento do carregador virado para cima, comprimir, com a
chave de fenda, a alavanca de disparo e introduzir o registro de tiro, pela esquerda do orifício
VIII da caixa da culatra. Fixá-lo com a arruela de travamento.
g) Punho anterior
Colocar o tirante do punho de modo que coincida seu orifício com o orifício II da caixa da
culatra e prendê-lo em seu eixo. Montar o punho em seu tirante, colocar o fundo do punho e fixar
estas peças com a porca do tirante do punho utilizando a chave de fenda especial.
i) Extrator
Colocar a mola do extrator sobre o fundo do alojamento do extrator. Colocar o extrator
com o dente para frente, no alojamento, de modo que seu orifício coincida com o orifício de seu
eixo no ferrolho. Colocar o eixo do extrator.
j) Carregador
Introduzir o transportador e o conjunto mola - retém no carregador, com a extremidade
mais elevada da espira superior voltada para frente. Pressionar o retém, de modo a permitir que
o fundo do carregador deslize em seu encaixe.
d) Carregador
Introduzi-lo em seu alojamento até que fique preso pelo seu retém.
e) Bandoleira
Prendê-la nos zarelhos com os grampos de segurança.
5 - FUNCIONAMENTO
1 . Estojo (amarelo)
b) Ejeção
No momento em que o alojamento do culote do cartucho, no ferrolho, se encontra,
aproximadamente, à altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em contato com
o ejetor que, sobressaindo no alojamento do culote, obriga-o a girar em torno da garra do extrator
e o projeta para fora da arma.
c) Apresentação do cartucho
Continuando seu movimento para retaguarda o ferrolho ultrapassa o carregador, não
estando mais pressionados pelo ferrolho, o transportador eleva-se pela ação da mola do
carregador, até que o cartucho de cima seja limitado pelas abas do carregador, dando-se, então,
a apresentação deste cartucho.
a) Engatilhamento
Após o fim do recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para a frente; ele é retido
logo no inicio do avanço pela armadilha, caso o registro de tiro esteja na posição “SINGOLO”
(tiro semi-automático); ou recomeça o ciclo, se o registro está na posição “RAFFICA” (tiro
automático).
b) Desengatilhamento
Ação do dedo sobre o gatilho abaixa a parte posterior da armadilha, liberando o ferrolho
que, sob a ação da mola recuperadora, é lançado à frente.
c) Carregamento
Após um percurso para a frente de cerca de 35mm, a parte inferior do ferrolho “F” entra
em contato com o culote do cartucho apresentado e o empurra para a frente.
d) Percussão
O ferrolho, terminando seu movimento para frente, obriga o extrator a levantar-se, indo o
culote do cartucho ocupar seu alojamento. Ao mesmo tempo, o percursor “P” que é saliente no
alojamento do cartucho, percute a cápsula, provocando a deflagração.
P . Percursor
6 - MECANISMO DE DISPARO
6.1 - Seguranças
a) Registros de segurança
Com o registro de segurança comprimido do lado “FUOCO”, o rebaixo existente no
mesmo permite a introdução da forquilha “F” da armação do dispositivo de segurança do punho,
quando se comprime sua tecla, ao empurrar a arma. Com o registro de segurança comprimido
F . Forquilha
A . Alavanca da armadilha
F . Forquilha
B . Batente
R . Retém do ferrolho
B . Batente
R . Rampa de engatilhamento
C . Registro de tiro
D . Parte mais elevada da alavanca de disparo
M - Mola da armadilha
I - Impulsor do dispositivo de segurança do punho
N - Nervura da alavanca de disparo
H - Impulsor da alavanca de disparo
NOTAS :
(1) Caso se libere, simultaneamente, a tecla do gatilho e do dispositivo de segurança do
punho, ambos voltam às suas posições primitivas por ação do impulsor da alavanca de disparo
e do impulsor do dispositivo de segurança do punho, respectivamente. A armadilha gira em torno
do seu eixo, elevando sua parte posterior. Nesta situação o batente do dispositivo de segurança
do punho não permite a rotação da alavanca da armadilha. Quando o ferrolho recua por ação
dos gases, age sobre a parte posterior do corpo da armadilha, que gira, comprimindo sua mola
que está montada entre duas peças. Quando o ferrolho avança, este fica preso pelo corpo da
armadilha que se elevou por ação da sua mola.
7 -INCIDENTES DE TIRO
7.1 - Generalidades
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro (sem danos para o
material e/ou pessoal) por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é normalmente eliminada por um conjunto de operações chamadas
“ação imediata” . É constituída pelas seguintes operações:
- Retirar o carregador
- Dar dois golpes de segurança, para extrair, se possível e ejetar um cartucho ou estojo
que esteja na arma.
- Travar a arma com o ferrolho à retaguarda.
- Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma do cano, para ver se
existe qualquer anormalidade.
- Recolocar o carregador.
- Destravar e recomeçar o tiro.
FIM
CAPÍTULO 06
NR Assunto PÁGI
NA
0 APRESENTAÇÃO
1
0 CARACTERÍSTICAS
2
0 DESMONTAGEM 1º ESCALÃO
3
2-CARACTERÍSTICAS
1-DESIGNAÇÃO
NEE..........................................................1005-1063-756-0
Indicativo militar ......................................Mtr 7,62 M971 “MAG”
Nomenclatura ...........................................Metralhadora 7,62 Modelo 1971 “MAG”
2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..........................................Não portátil
Quanto ao emprego ...................................Coletivo
Quanto ao funcionamento ........................Automático
Princípio de funcionamento......................Ação dos gases, por tomada no terço médio do
cano
Quanto a refrigeração ...............................A ar
Quanto a espécie de tiro ...........................Tiro direto
3-ALIMENTAÇÃO
4-RAIAMENTO
5-APARELHO DE PONTARIA
6-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ........................................................7,62 mm
Peso da metralhadora ..................................10,800 kg
Peso do grupo do cano ................................2,800 kg
1-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
Abrir a tampa da caixa da culatra, agindo nos ferrolhos de travamento.
Trazer a alavanca de manejo completamente para a retaguarda.
Colocar o registro de segurança, na posição de segurança “S”.
Levantar a mesa de alimentação e verificar se a câmara está vazia.
Colocar o registro de segurança, na posição de fogo “F”.
Agindo na tecla do gatilho, levar as peças móveis à frente.
2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
a -Retirar o Cano
Comprimir, com o polegar da mão esquerda, o botão da alavanca de retenção do
anel roscado de fixação do cano e com a mão direita dar um golpe para a esquerda no punho de
transporte.
Levar o cano à frente liberando-o da arma.
c-Retirar a Coronha
Pressionar o retém do bloco posterior e, simultaneamente, exercer um esforço para
cima sobre a coronha, a fim de separá-la da arma.
4-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
a- Retirar o Quebra-Chamas
Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxá-lo e retirá-lo.
c- Desmontar o Extrator
Utilizaremos a chave para desmontagem do extrator (OREA 19). Na falta desta
ferramenta, poderemos trabalhar com o raspador para limpeza do cilindro de gases, combinado
com a chave para desmontagem do extrator (OREA 78).
Introduzir um dos ganchos da ferramenta, na ranhura existente no impulsor do
extrator e o outro na ranhura do ferrolho.
Mantendo a ferramenta de desmontagem nesta posição, exercer pressão sobre o
ferrolho de modo a trazê-lo no prolongamento da culatra móvel.
Retirar o extrator e liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 19), deixando o
ferrolho voltar para cima sob a ação da mola do extrator.
Retirar o impulsor do extrator e sua mola.
f- Retirar a Armadilha
Com um toca-pino, retirar o eixo da armadilha.
Girar a armadilha 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-la por cima, liberando-a do
gancho da armadilha.
5-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
a- Desmontar o Ejetor
Adaptar a ferramenta especial para desmontagem do ejetor (OREA 15), no conjunto
culatra móvel-ferrolho.
Comprimir o ejetor por meio da ferramenta (OREA 15), pressionando-a sobre o
ferrolho.
Com um toca-pino apropriado e um martelo, retirar o pino de travamento do ejetor.
Liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 15) e retirar do seu alojamento o ejetor
e sua mola.
e- Desmontar o Bipé
Com um toca-pino, rebater o pino de travamento do bipé.
4-MONTAGEM
A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem, observando-se os
seguintes detalhes:
A posição da mola da armadilha e do gatilho, com o ramo inferior, por trás do pino
de apoio, no gatilho. (Veja detalhe na Fig. 10-W).
Na montagem do extrator, atenção na correta adaptação da ferramenta especial
(OREA 78), e cuidado com a respectiva mola.
Na montagem da mola do extrator, introduzir o lado com espira mais aberta no
impulsor do extrator e o lado com espira mais fechada no alojamento na culatra móvel.
Na colocação do conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel na caixa da
culatra, o gatilho deve ser pressionado, e o dedo indicador, deve ser colocado entre os conjuntos,
de modo que os mesmos fiquem na horizontal e possam ser completamente introduzidos na
arma.
5-FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
Avanço das peças móveis;
Ação dos gases; e
Recuo das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
Mecanismo da culatra retido, pela armadilha, na sua posição posterior (engatilhado);
e
Fita de cartuchos introduzida na arma, estando fechada a tampa da caixa da culatra.
A-Fases de Funcionamento
Armamento Leve II- Pág 127
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Avanço das Peças Móveis e o Recuo das
Peças Móveis.
1-Desengatilhamento
Ao ser acionado o gatilho, a ação deste provoca a descida da armadilha, liberando
assim, a corrediça.
O mecanismo da culatra avança, então, sob a ação do conjunto recuperador.
2-Carregamento
O talão da culatra móvel, encontra o culote do primeiro cartucho, retirando-o da fita
e direcionando-o para a câmara, através da rampa de alimentação (R-Fig. 1-A).
3-Extração 1a Fase
4-Fechamento
No final da introdução do cartucho na câmara, a parte anterior da culatra móvel,
encostará na parte posterior do cano.
A arma está assim fechada (Fig. 1-C).
5-Trancamento
Quando a culatra móvel encosta na parte posterior do cano, a parte côncava do
ferrolho entra, então, em contato com as extremidades das guias principais anteriores da culatra
móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa da culatra, o que obriga o ferrolho a baixar-se.
Durante este tempo, a corrediça continua seu movimento para frente e, por
intermédio da biela, abaixa ainda mais o ferrolho, cuja superfície de trancamento vem se colocar
diante do suporte de trancamento, que fica no interior da caixa da culatra.
A arma está assim trancada (Fig. 1-D).
6-Confirmação do Trancamento
Após o trancamento, o conjunto êmbolo-corrediça, avança ainda uma curta distância,
até a extremidade anterior da corrediça encostar na parte posterior do cilindro de gases (Fig. 1-
E).
7-Percussão
No momento final do contato do conjunto êmbolo-corrediça com o cilindro de gases,
o percussor, que é solidário à corrediça, aflora em seu orifício de passagem na culatra móvel,
dando assim a percussão (Fig. 1-E).
1-Destrancamento
No princípio deste movimento para trás, o conjunto êmbolo-corrediça, perde contato
com a parte posterior do cilindro de gases, que provoca o retrocesso do percussor, o qual é
solidário à corrediça, e arrasta também a biela, a qual se liga, por um lado, à corrediça e, por
outro, ao ferrolho.
A biela atuando sobre o ferrolho, arrasta-o contra as extremidades, em forma de
ressaltos, das guias principais anteriores da culatra móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa
da culatra, obrigando o ferrolho a efetuar um deslocamento para cima, sob a ação da biela, e
para trás, sob o efeito do contato entre a parte côncava do corpo do ferrolho e os ressaltos (Fig.
1-F).
2-Extração Primária
Tal ação da biela, provoca o arrastamento lento e progressivo do ferrolho, que, por
intermédio do extrator, “descola” o estojo da câmara (Fig. 1-F).
É a isto que se convencionou chamar de “extração primária”, o qual permite, às
armas que a possuem, um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas,
causadoras de incidentes, como a degola do estojo.
3-Abertura
Prosseguindo a corrediça em seu movimento de recuo, a parte posterior do ferrolho
é levantada até desprender-se completamente do suporte de trancamento, ficando praticamente
na horizontal e, a partir daí, começa a recuar também a culatra móvel, a qual se afasta da câmara
e propiciando a abertura (Fig. 1-F).
4-Extração 2a Fase
Recuando os conjuntos êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel, este último arrasta
consigo o culote do estojo, empolgado pela garra do extrator (Fig. 1-G).
5-Ejeção
Retirado o estojo, o ejetor situado na parte anterior da culatra móvel, acima do
extrator, pode então atuar por ação de sua mola, que estava comprimida, empurrando o estojo
para baixo, vencendo assim a força da garra do extrator.
O estojo, é então, ejetado pela janela situada embaixo da caixa da culatra (Fig. 1-G).
6-Engatilhamento
E- Mecanismo de Alimentação
Conforme fizemos para as fases do funcionamento, vamos iniciar o estudo, com a
arma engatilhada e a fita na mesa de alimentação.
1- Posição Inicial
O mecanismo da culatra encontra-se engatilhado, isto é, na sua posição posterior. O
mecanismo é mantido nesta posição, pela retenção da corrediça através da armadilha.
Uma fita de alimentação M971 está introduzida na arma, estando o primeiro cartucho
colocado sobre a via de alimentação, em frente à rampa de alimentação (R-Fig.1-A); o culote
deste cartucho se encontra, pois, em frente ao talão da culatra móvel, sobre o caminho que este
vai percorrer (Figs. 2 e 3).
2-Alimentação
A alimentação se efetua em duas fases, ocorrendo uma metade no percurso
transversal da fita de alimentação durante o avanço das peças móveis da arma e a outra metade
durante o recuo.
Em seu movimento para a esquerda, o impulsor inferior arrasta a garra central (5-
Fig. 4), a qual, comprimindo suas molas, liberta o segundo cartucho (Figs. 4 e 5) empurrado
para a direita pelas garras anterior e posterior do impulsor superior, para vir se colocar por detrás
desse cartucho.
Neste momento, as três garras se encontram por trás do segundo cartucho e o
mecanismo da culatra acaba seu movimento de avanço (Fig. 5).
O gancho (B) sobe, ficando mais elevado que a face posterior (M) da corrediça;
quando esta retrocede (Fig. 14) faz, por meio de seu ressalto, girar o gancho (B), para trás. O
gancho se liberta assim, do braço anterior (1) da armadilha, cuja mola (Z), empurra a extremidade
posterior (A) para cima, obrigando a armadilha a penetrar novamente na caixa da culatra.
H-Ação da Armadilha
O gancho da armadilha, serve para proteger esta última, contra os choques devidos
aos deslocamentos da corrediça, e para impossibilitar a colocação do registro de segurança, na
posição de segurança, quando a arma não está engatilhada.
Qualquer que seja a ação sobre o gatilho, durante o tiro, o gancho mantém a
extremidade posterior da armadilha em sua posição baixa, evitando assim a sua avaria por ação
da corrediça.
Quando o mecanismo da culatra está na sua posição avançada e o gatilho livre, o
gancho mantém ainda a extremidade posterior da armadilha na sua posição baixa, impedindo
assim a colocação do registro na posição de segurança; estando o ressalto da armadilha
introduzido no vazado do corpo do registro. Este dispositivo impede a avaria da armadilha se,
por inadvertência, se quiser engatilhar o mecanismo com a arma na posição de segurança.
I-Ação do Amortecedor
O funcionamento do amortecedor (Fig. 16), dar-se-á da seguinte forma:
Ao final de seu deslocamento para trás, a corrediça (G) vem se chocar contra o
tampão do amortecedor (A) alojado no bloco posterior e obriga o tampão a retroceder
ligeiramente.
6- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações
diretas com a utilização do armamento.
1-Municiar a Fita
Com o auxílio da máquina para carregar elos metálicos M971, introduzir os cartuchos
na fita.
2-Alimentar
Abrir a tampa da caixa da culatra.
Colocar a fita de cartuchos sobre a mesa de alimentação, de modo que o primeiro
cartucho esteja em contato com o ressalto-retém do cartucho que se encontra no lado direito da
mesa de alimentação. É aconselhável não colocar qualquer cartucho no primeiro elo da fita.
Quando se coloca a fita na arma é necessário encaixar o primeiro elo nos ressaltos existentes
para esse fim. Assim encaixada, a fita não pode soltar da arma durante as manipulações da
tampa da caixa da culatra.
Fechar a tampa da caixa da culatra.
3-Engatilhar
b-Rebater o Bipé
Estando o bipé pronto para o tiro, para rebatê-lo:
Aproximar uma da outra, as duas pernas do bipé.
Girar o bipé para trás até que as pernas venham a se alinhar contra a arma.
Introduzir os ganchos das pernas do bipé nos entalhes abertos na parte anterior das
guardas da caixa da culatra.
A tecla de retenção do bipé voltará assim, automaticamente, para o seu alojamento
entre as duas pernas do bipé, travando-o nessa posição.
11-Alimentação da Arma
A alimentação da arma se efetua da mesma forma que quando se emprega a fita
sem a caixa metálica, porém, é necessário exercer um movimento de tração sobre a fita, de
modo a trazer o primeiro cartucho para a correta posição de alimentação.
12-Recomendações
Para o transporte, levar o mecanismo da culatra para a frente; para tanto, comprimir
o gatilho para libertar a corrediça. Para evitar um choque inútil ao mecanismo deve-se, enquanto
se comprime o gatilho, freiar com a mão, o movimento do mecanismo por meio da alavanca de
manejo.
As partes móveis devem ser lubrificadas. Porém, quando se emprega a arma em
uma região arenosa, estas peças devem estar apenas ligeiramente lubrificadas.
13-INCIDENTE DE TIRO
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para
o material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações
chamado “ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
14-ACIDENTE DE TIRO
Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de
qualquer natureza, para o material e/ou pessoal.
As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma
da legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza,
que resulte em inservibilidade, ou não, do material.
15-AÇÃO IMEDIATA
Há três séries de ações imediatas para a metralhadora MAG:
a- 1a Ação Imediata
Realizar as seguintes operações:
1a) Manter a arma em posição de tiro.
2a) Engatilhar o mecanismo e assegurar-se que o mesmo permanece na sua posição
posterior.
3a) Colocar o registro de segurança na posição de segurança “S”.
4a) Abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita de alimentação.
5a) Colocar o registro de segurança na posição de fogo “F” e trabalhar sobre o gatilho
para fechar o mecanismo.
6a) Engatilhar novamente o mecanismo.
b- 2a Ação Imediata
Se a primeira ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Fechar o regulador de gases, de um ou dois entalhes (1 ou 2 “cliques”).
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
c- 3a Ação Imediata
Se a segunda ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Mudar o cano.
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
6a) Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal após a realização dessas
operações, é necessário determinar a causa do incidente e realizar a sua correção, a menos que
a correção seja operação de um escalão superior, caso em que a arma deve ser enviada para
reparos.
a-Regulagem em Direção
A massa de mira possui lateralmente dois parafusos de regulagem, que permite
deslocar os tiros para ambos os lados.
Cada clique dos parafusos, corresponde, no alvo, a um deslocamento lateral de 1
cm, a uma distância de 100 m.
Para trazer o centro dos impactos para a direita, desatarraxa-se o parafuso da
esquerda e aperta-se o da direita, tantos cliques forem necessários.
Para a esquerda, atua-se de modo contrário ao da direita.
17-MANUTENÇÃO
É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma
automática, deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo.
Quando a manutenção é bem executada, os incidentes de tiro são raros, e o desgaste
da arma decorre de sua utilização normal e ideal. É idéia errada que a arma deve estar sempre
brilhando com excesso de óleo. O óleo tem a função de proteger as partes internas da arma
quando esta não se encontra em uso e de lubrificar as partes móveis durante o tiro. O uso
excessivo de óleo facilita o acúmulo de poeira que passará a agir como abrasivo, aumentando o
desgaste da arma.
TIPOS
DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDE
NTES
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape
2-Câmara suja. de gases.
FALHA 2-Limpar a câmara.
NA 3-Extrator defeituoso.
4-Munição suja. 3-Substituir o
EXTRA extrator.
ÇÃO 5-Mola do extrator
defeituosa. 4-Limpar a munição.
5-Substituir a mola.
1-Percussor quebrado. 1-Substituir o
FALHA 2-Sujeira no interior do percussor.
NA mecanismo. 2-Limpar o interior
PERCU 3-Orifício de passagem da da arma.
SSÃO ponta do percussor obstruído. 3-Desobstruir o
orifício.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape
2-Caixa da culatra suja. de gases.
FALHA 3-Ejetor quebrado. 2-Limpar a caixa da
NA EJEÇÃO culatra.
4-Mola do ejetor defeituosa.
3-Substituir o ejetor.
4-Substituir a mola.
FALHA 1-Pino do gatilho quebrado. 1-Substituir o pino
NO 2-Braço anterior da do gatilho
DESEN armadilha quebrado. 2-Substituir a
GATI armadilha.
LHAME
NTO
19-EMPREGO DE CALIBRADORES
A-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-
se suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
B-CALIBRADORES DE CÂMARA
É a medida a partir do diâmetro 10,16 cm, do cone de encosto do cartucho na câmara,
até a face anterior do ferrolho (apoio do culote do cartucho), estado este em uma posição de
trancamento, em contato com o seu apoio, na caixa da culatra. É verificada utilizando-se os
seguintes calibradores:
➢ MÁXIMA: 1,90 mm: o calibrador não deve alojar-se entre a parede da cubeta e o
extrator.
CALIBRADO MA OBSERVAÇÕES
RES G
7,80
mm Penetração pela câmara. A
B
penetração pela câmara, também inclui o
OM < 80 comprimento desta.
mm
G B 41,28
Sempre tranca.
8749 OM 3 mm
G B 41,48
Só não tranca em armas novas.
8750
C OM 3 mm
 A Se trancar, é porque a folga está
C 41,65
M DVER- no limite. Recalibrar após novos tiros com
B 39 3 mm
A TÊNCIA o CB 40.
R 41,70
A 3o 3 mm
C OU 4o Se R E F U G A D O
B 40 ES trancar,
CALÃO recolher para
4o escalão
1- CALIBRADORES DE CANO
2- CALIBRADORES DE CÂMARA
FIM
CAPÍTULO 07
Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING“
N Assunto Pagina
O
0 DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
3
0 MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
4
0 DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO
5
0 MONTAGEM DE 2º ESCALÃO
6
0 NOMENCLATURA
7
0 FUNCIONAMENTO
8
0 SEGURANÇA
9
1 INCIDENTES DE TIRO
0
1 MANEJO
1
I. INTRODUÇÃO
A - DESIGNAÇÃO
Referência Numérica.....................................NEE 1005-1 061 100 2
B- CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo................................................Não portátil
Quanto ao emprego........................................Coletivo
Quanto ao funcionamento..............................Automático
Quanto ao Princípio de Funcionamento.........Utilização do recuo cano-caixeta (curto
recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
C - ALIMENTAÇÃO
Carregador .......................................................Tipo fita, de elos metálicos
Capacidade.......................................................Indeterminada
Sentido..............................................................Da esquerda para a direita ou vice-
versa
D - RAIAMENTO
Número de raias.................................................8 (oito)
Sentido...............................................................Da esquerda para a direita
E - APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira........................................................Tipo lâmina, com cursor e visor
Maça de mira.......................................................Seção retangular, com protetor
F - DADOS NUMÉRICOS
Calibre...................................................................0.50 pol ou 12,7 mm
Peso da metralhadora............................................38,140 Kg
Peso do cano.........................................................12,712 Kg
Comprimento da metralhadora.............................1,750 m
Velocidade Inicial.................................................880 m/s.
Velocidade Teórica Automática...........................450 a 550 tpm
Velocidade Teórica Intermitente..........................75 tpm
Alcance Máximo...................................................6900 m
Alcance de Utilização...........................................900 m
Alcance Útil..........................................................2300 m
Vida da arma.........................................................15000 tiros
d) Inspecionar a câmara
A desmontagem de 1º escalão é executada pela guarnição da Mtr .50 M2, visando a
manutenção de 1º escalão ou seja, limpeza e lubrificação, e se compõe de 07 (sete) operações:
1) Retirada do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação. A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com
o furo existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse
procedimento é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano. Desatarraxar o cano, em
sentido anti-horário e retirá-lo da caixa da culatra.
5) Retirada do ferrolho
Apoiar com uma das mãos a parte posterior do ferrolho e empurrá-lo para trás até que
saia da caixa da culatra.
3. MONTAGEM DE 1º ESCALÃO:
a) Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola
retém do cano para a direita. Com a mão direita, segurar a armação (indicador por baixo do
acelerador) de modo que os abaixadores da tranca fiquem para frente . Aproximamos a caixeta
da armação tendo o cuidado de:
- Colocar os ABAIXADORES DA TRANCA em correspondência com seus alojamentos;
- girar o ACELERADOR para cima;
- colocar o "dente" da CAUDA DE LIGAÇÃO por cima do "dente" do PISTÃO DO
AMORTECEDOR.
ATENÇÃO
A alavanca de armar deve ser deitada para frente, a fim de evitar o emperramento
do ferrolho no interior da caixa da culatra. É um incidente difícil de ser sanado,
requerendo, via de regra, intervenção de órgão especializado.
7) Montagem do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação. A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o furo
existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse procedimento
é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano. Atarraxar o cano completamente e
retroceder dois cliques. Retirar o elo metálico.
A montagem de 1º Escalão completa-se ao serem executadas as Medidas
Complementares, em número de 03 (três):
b) Engatilhar a arma
Puxar o sistema cano-caixeta-ferrolho à retaguarda, agindo na alavanca de manejo e
alavanca de manejo auxiliar, até que o ferrolho fique preso pelo seu retém. Em seguida, agir na
tecla do retém do ferrolho, liberando-o, para que volte à posição avançada.
c) Desengatilhar a arma
Basta agir na tecla do gatilho.
4. DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO:
Para que se entenda melhor todo funcionamento da arma e a manutenção possa ser
feita dentro do escalão requisitado, faz-se necessário a desmontagem de 2º escalão, que inclui
as seguintes operações:
A- DESMONTAGEM DO FERROLHO
1) Retirada do transportador-ejetor
Colocar a peça na vertical (90º com o ferrolho) e em seguida, puxá-la para a esquerda
retirando-a.
ATENÇÃO
A montagem incorreta do desvio provocará a quebra do talão da alavanca do
impulsor, indisponibilizando o armamento.
a) batente inteiriço: é composto de uma única peça. Para desmontá-lo basta deslocar
sua lâmina para fora de seu encaixe no ferrolho, com o auxílio de um toca-pino ou chave de
fenda, e, em seguida, com um toca-pino, empurrá-lo para fora de seu alojamento pela parte
inferior do ferrolho.
b) batente conjugado: é composto de uma lâmina e um pino batente com ressalto. Para
desmontá-lo desloque a lâmina para fora de seu encaixe no ferrolho com o auxílio de um toca-
pino ou chave de fenda, desencaixe a lâmina do pino batente, retirando-a de seu alojamento, em
seguida, com um toca-pino, empurre o pino batente para baixo, retirando-o de seu alojamento
pela parte inferior do ferrolho.
ATENÇÃO
Armamento Leve II- Pág 166
O batente da mola do percussor conjugado admiti apenas, para um perfeito
trancamento, a tranca com entalhe. Essa tranca, no entanto, possibilita o trancamento
com o batente inteiriço, porém, a utilização desse batente com este tipo de tranca não é
recomendável.
O batente inteiriço só deve ser utilizado com a tranca inteiriça.
B- DESMOTAGEM DA ARMAÇÃO
1) Retirar o amortecedor
Empurrar o amortecedor para retaguarda e puxá-lo; o mesmo sairá pela parte posterior
da armação.
ATENÇÃO
Durante a montagem tomar o cuidado de posicionar a seta, existente na parte
posterior do amortecedor, entre as marcações "C" e "O", existentes na parte posterior
direita da armação, próximo à sua mola retém. A montagem da seta fora dessas
marcações, poderá provocar incidentes de tiro, devido ao aumento da resistência
oferecida ao recuo das peças móveis pelo amortecedor de recuo.
2) Retirar o acelerador
Usando um toca-pino, empurrar o eixo do acelerador, retirando-o da armação.
C- DESMONTAGEM DA CAIXETA
1) Retirada da tranca
Usando um toca-pino, empurrar o eixo da tranca, retirando-a de seu alojamento na
caixeta. Na montagem, atentar para que a parte da tranca que possui inscrições fique para
retaguarda da caixeta.
Desmontagem da tampa
ATENÇÃO
A alavanca do gatilho intermediário deve ser montada no centro da placa superior da
caixa da culatra, abaixo da porca de ajustagem e na direção do gatilho intermediário. A
montagem em local diferente não possibilitará o desengatilhamento da arma, indisponibilizando-
a.
5. MONTAGEM DE 2º ESCALÃO:
6. NOMENCLATURA:
Para estudo da nomenclatura analisaremos a Mtr .50 M2 sob dois aspectos:
Externamente:
a) Caixa da culatra;
b) camisa de refrigeração;
c) cano;
d) bloco de fechamento.
Internamente:
a) Ferrolho;
b) caixeta;
c) armação.
A- Externamente:
a) Caixa da culatra: é uma peça de aço, onde se acha montado o mecanismo da arma.
Divide-se em seis partes:
1) bloco dianteiro;
2) tampa da caixa da culatra;
3) placa de cobertura;
4) placa lateral direita;
5) placa lateral esquerda; e
6) placa inferior.
1) Bloco dianteiro: parte da arma por onde é feito o carregamento. É constituído de:
2) Tampa da caixa da culatra: parte da arma que serve para fechar a caixa da culatra e
auxiliar a alimentação. Nela encontramos:
- Trinco;
- rampa abaixadora;
- mola abaixadora;
- alavanca do impulsor (talão, corpo, ponta e mergulhador com mola );
- impulsor (cursor, lingüeta, braço, eixo e mola ).O impulsor tem por missão arrastar a fita
de munição para o interior da mesa de alimentação.
3) Placa de cobertura
- Alça de mira, compreendendo: base e lâmina graduada, contendo esta última uma
escala de 200 a 2.600 jardas, numerada a cada 100 jardas.
- suporte da luneta telescópica com dedal serrilhado;
- corretor de vento com botão serrilhado e escala;
- alavanca do gatilho intermediário com eixo;
- retém do ferrolho;
- guia da alavanca de armar.
- Alavanca de manejo;
- cursor da alavanca de manejo;
- suporte do cursor da alavanca de manejo;
- pino da alavanca de manejo;
- fenda do pino da alavanca de manejo;
- orifício para compressão da mola retém da armação;
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo;
- orifício para ressalto da cabeça da haste-guia da mola recuperadora.
b) Internamente:
6) Placa inferior
- Janela de ejeção;
- ressalto da tranca com rampa e plataforma .
c) Cano: peça que recebe o cartucho para ser percutido, resistindo às pressões dos
gases, imprimindo movimento de rotação ao projétil e orientando-o na direção do alvo. É
reforçado para resistir ao aquecimento e possui um pequeno movimento horizontal (avanço-
recuo) solidário ao mecanismo da culatra. É composto de:
- Boca;
- alma (raiada);
- câmara de carregamento;
- entalhes para a mola retém do cano;
- rosca;
- alça de transporte.
B- Internamente:
b) Caixeta: é a peça onde se atarraxa o cano, fazendo a ligação deste com o mecanismo
da culatra. É composto das seguintes partes:
c) Armação: é mantida na caixa da culatra pela mola retém da armação e liga-se à caixeta
por intermédio do acelerador e do amortecedor de recuo que se prendem à cauda de ligação.
Nela observamos:
7. FUNCIONAMENTO
d) Destrancamento
e) Abertura
Completando o destrancamento, o ferrolho passa a recuar sozinho por ação dos gases
e pelo impulso do acelerador, que forçado a girar violentamente para retaguarda pela parte
posterior da caixeta, age no talão do ferrolho, acelerando o seu recuo. O ferrolho, então, afasta-
se da câmara de carregamento do cano, dando-se a abertura.
f) Extração
Peças que interessam:
- Ranhura extratora do ferrolho;
- câmara. de carregamento do cano;
Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio de sua ranhura
extratora é retirado o estojo da câmara, havendo então a extração. Durante a queima da carga
de projeção, o estojo dilata-se ligeiramente, aderindo às paredes da câmara e, poderá se partir
se for extraído no mesmo instante. Para evitar tal incidente, é necessário uma descolagem do
estojo das paredes da câmara e, também, uma certa progressividade no inicio da extração. A
descolagem do estojo ocorre por ação do acelerador, que pelo seu formato côncavo - convexo e
pelo impulso que levou da caixeta no recuo do sistema cano-caixeta-ferrolho, age no talão do
ferrolho, obrigando este a fazer um pequeno movimento e descolar o estojo antes de se
completar o destrancamento. A progressividade no inicio da extração é conseguida pela aresta
anterior e superior da tranca, que é duplamente biselada. Portanto, a ação conjunta do acelerador
e da aresta anterior e superior da tranca, asseguram um destrancamento progressivo e uma
extração inicial sem violência.
Fig 2
Fig 3
Fig 1 Fig 2
b) Carregamento
Peças que interessam:
- Transportador/ejetor;
- ressalto de rotação;
- ressalto de elevação;
- ferrolho;
- câmara de carregamento;
- cartucho.
Com a apresentação, o transportador-ejetor passa para baixo do ressalto de rotação,
coincidindo o cartucho com a câmara de carregamento. O ferrolho continuando seu avanço vai
introduzindo o cartucho na câmara de carregamento do cano (fig 1). Quando vai se processar o
carregamento, o transportador-ejetor sobe a rampa do ressalto de elevação e abandona o
cartucho, parcialmente introduzido na câmara. Ao subir a rampa do ressalto de elevação o
transportador-ejetor é forçado pela mola abaixadora a empolgar um novo cartucho que se
encontra na mesa de carregamento. Continuando seu avanço o ferrolho introduz o cartucho na
câmara, caracterizando o carregamento (fig 2).
c) Trancamento
Peças que interessam:
- Sistema cano-caixeta-armação;
- sistema cano-caixeta;
- mola do amortecedor de recuo;
- ferrolho;
- tranca;
- ressalto da tranca.
Durante o avanço do ferrolho, seu talão bate no acelerador, desfazendo o sistema cano-
caixeta-armação Com isso, a mola do amortecedor de recuo se distende e lança o sistema cano-
caixeta à frente, ficando a armação parada. A tranca, acompanhando o avanço da caixeta, sobe
a rampa de seu ressalto alojando-se no ferrolho que, ao desfazer o sistema cano-caixeta-
armação, recebe uma aceleração em seu movimento do acelerador para poder acompanhar o
movimento do sistema cano-caixeta. No momento em que a tranca aloja-se perfeitamente no
ferrolho ocorre o trancamento, passando o ferrolho a fazer parte do sistema cano-caixeta por
intermédio da tranca.
Fig 1
Fig 2
Fig 3
f) Desengatilhamento
Peças que interessam:
- Gatilho;
- alavanca do gatilho intermediário;
- gatilho intermediário;
- extensão do percussor.
h) Percussão
Peças que interessam:
- Percussor;
- Espoleta do cartucho.
Indo à frente, o percussor fere a cápsula do cartucho, caracterizando a percussão.
8. SEGURANÇA:
Esta arma não possui dispositivo de segurança. É conveniente, entretanto quando não
estiver atirando, retirar a fita de munição, abrir a tampa da caixa da culatra e prender o ferrolho
à retaguarda, deixando a arma aberta. Para isso não esqueça de liberar a tecla do retém do
ferrolho.
9. INCIDENTES DE TIRO
INCIDENTE C A U S A CORRE
ÇÃO
FALHA NA 1. Virola do estojo quebrada. *
EXTRAÇÃO 2. Ranhura extratora quebrada. Remover.
3. Folga excessiva ou insuficiente. *
Substituir.
*
Regular.
FALHA NA 1. Ejetor quebrado. *
EJEÇÃO 2. Mola do ressalto de rotação Substituir.
quebrada.. *
Substituir.
10. MANEJO:
Antes de se executar as operações de manejo, deve-se, com o auxílio de uma das
máquinas de carregar M2 ou M7, organizar a fita, tendo o cuidado de utilizar, sempre, um elo a
mais que o número de cartuchos.
Operações de manejo
1) abrir a tampa da caixa da culatra;
2) colocar a fita sobre a mesa de carregamento de modo que o transportador-ejetor
empolgue o primeiro cartucho;
3) fechar a tampa da caixa da culatra;
4) selecionar o regime de tiro:
a) Tiro intermitente – a tecla do retém do ferrolho deve estar na posição superior. Para
cada disparo, deve-se pressionar primeiro a tecla do retém do ferrolho e, em seguida, o gatilho.
b) Tiro automático - pressionar a tecla do retém do ferrolho para baixo e prendê-la com
o gancho-retém , existente na luva do pára-choque do bloco de fechamento.
ATENÇÃO
Se a metralhadora estiver preparada para o tiro semi-automático o ferrolho
permanecerá na posição recuada. Neste caso, levar a alavanca de manejo para a frente,
depois de soltar o ferrolho com o retém. Se a metralhadora estiver preparada para o tiro
automático a alavanca de manejo irá para a frente com o ferrolho, quando for liberada.
6) Selecionar a alça;
7) disparar a arma, pressionando a tecla do gatilho.
NOTA
A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o
furo existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse
procedimento é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano.
f) Retire o
elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano caixeta-
ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;
g) Limpe e seque a câmara e a alma do cano;
h) Faça a inspeção visual, para verificar danos que possam comprometer à alma do cano.
Caso positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o cano está
aprovado;
i) Faça a inspeção de toque na câmara, para verificar corrosões ou mossas que possam
comprometê-la. Caso positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o
cano está aprovado.
j) Verifique o desgaste do cano, aplicando o calibre de início de raiamento na câmara e
faça a leitura.
l)Verifique se está ainda de .520 ( marca vermelha ). Caso positivo o cano deverá ser
classificado como “destruir”, caso negativo o cano está aprovado.
II.
VERIFICAÇÃO
DA PROFUNDIDADE DA CÂMARA
b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MIN como indicado;
c) Verifique se existe Luz entre a parte posterior do calibre D 5845 MIN e a base do
calibre F 6575 (fig 1). Caso positivo, classifique o cano como “selecionável” e verifique a
profundidade máxima da câmara, caso negativo classifique o cano como “destruir” e retire-o do
processo (fig 2);
Fig 1 Fig 2
b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MÁX como indicado;
c) Verifique se existe luz entre a parte posterior do cano e as abas do calibre F 6575 ( fig
03 ). Caso positivo classifique o cano como “selecionável” , caso negativo classifique o cano
como “ajustável” (fig 04);
Fig 03 Fig 04
i) Para facilitar a passagem da luz coloque uma folha de papel em branco sob os
calibres.
e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do Cano aflora. Caso positivo vá para o
passo seguinte; caso negativo classifique o cano como “refugado”;
NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque, neste
caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de alimentação.
l) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano e verifique se entra. Caso positivo classifique o cano como “refugado”; caso
o) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano e verifique se entra. Esse calibre não deverá passar, já que sua espessura é
maior que a do calibre “GO”. Caso passe houve erro na verificação. Certifique-se, verificando
novamente.
NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do calibre D6096
“GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e o lado do calibre “NO
GO” não passar.
OBSERVAÇÃO: As armas que não aceitarem nenhum cano, ainda poderão ser
adequadas, trocando-se o ferrolho ou a caixeta e, em seguida, submetidas novamente ao
processo de adequação com os canos que estiverem sobrando.
APRESENTAÇÃO
A Seção de Armamento da Escola de Material Bélico elaborou a presente nota de aula,
buscando uniformizar os procedimentos relativos à preparação da Mtr .50 M2 HB para a
execução do tiro real.
Este trabalho pressupõe que a metralhadora a ser inspecionada e calibrada possua os
seus canos perfeitamente adequados e validados.
A validação e adequação de canos são realizadas pelas OM de manutenção e, em linhas
gerais, são trabalhos executados em cada arma, a fim de se obter o melhor conjunto possível.
Uma arma que não possua os seus canos perfeitamente validados e adequados pode ser objeto
de um grave acidente. Caso haja dúvidas quanto à realização desses trabalhos em uma
DESENVOLVIMENTO
Antes de ser empregada, a Mtr .50 M2 HB requer uma inspeção e duas calibragens (folga
de carregamento e tempo de percussão ou sincronismo) que são primordiais à segurança da
arma e de sua guarnição.
Os procedimentos a serem desenvolvidos neste trabalho, podem ser sintetizados nos
seguintes tópicos:
1. Retém do ferrolho;
2. ressalto de rotação;
3. ressalto da tranca;
4. desvio e batentes do cartucho;
5. amortecedor de recuo;
6. mola retém do cano;.
7. tranca;
8. alojamento da tranca no ferrolho;
9. gatilho intermediário;
10. extensão do percussor.
➢ Calibragens:
1. folga de carregamento;
2. tempo de percussão ou sincronismo.
Para que se possa realizar as inspeções, deve-se desmontar a arma até o escalão
permitido. Com a arma desmontada , são iniciados os trabalhos afetos à inspeção.
1ª tarefa
2ª tarefa
A segunda tarefa consiste em verificar se a porca do ressalto de rotação encontra-se
contrapinada.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o ressalto de rotação, a porca do ressalto de
rotação e o contra-pino que imobiliza a citada porca.
Este conjunto de peças se localiza na lateral esquerda da caixa da culatra. O ressalto de
rotação está no interior da caixa da culatra na face esquerda; enquanto a sua porca pode ser
vista no lado externo à esquerda.
O ressalto de rotação tem a função de direcionar os movimentos do transportador-ejetor.
Na ausência do contrapino, a trepidação da arma durante o tiro, pode fazer com que a porca se
desajuste. Caso isto ocorra, o ressalto de rotação impedirá o ferrolho de ir à frente, provocando
incidentes de tiro
.
Esta tarefa pode ser realizada da seguinte forma:
3ª tarefa
A terceira tarefa consiste em verificar as condições e a correta fixação do ressalto da
tranca.
4ª tarefa
A quarta tarefa consiste em verificar a correta montagem de algumas peças responsáveis
pela alimentação da arma.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o desvio e os batentes do cartucho.
Cada uma dessas peças, individualmente, será verificada.
A - Desvio
O desvio está localizado na parte superior do ferrolho e é perfeitamente identificado pela
forma circular de sua superfície.
Se estiver montado de maneira inversa ao sentido de alimentação da arma, certamente
haverá danos à alavanca do impulsor. A arma ficará indisponível.
A verificação da sua montagem pode ser feita da seguinte forma:
5ª tarefa
A quinta tarefa consiste em verificar a correta montagem do amortecedor de recuo.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a haste do amortecedor de recuo e a armação.
Este conjunto se localiza no interior da caixa da culatra.
O amortecedor de recuo tem dupla função: amortecer o recuo das peças móveis e auxiliar
no movimento de impulsão para a frente (recuperação) dessas mesmas peças. Sua montagem
incorreta prejudicará o funcionamento do armamento.
6ª tarefa
A sexta tarefa consiste em verificar se a mola retém do cano cumpre a sua finalidade de
evitar que o cano desatarraxe.
A mola com simples ressalto é utilizada nas armas de modelos mais antigos. Ela permite
que o cano gire em qualquer situação. Pode ser usada em qualquer tipo de caixa da culatra. Este
tipo de mola oferece pouca segurança para o tiro. Por esta razão, deve-se fazer uma linha de fé
com giz entre o cano e a camisa de refrigeração, para observar se o cano está desatarraxando
e, sempre que possível, verificar a folga de carregamento nos intervalos de tiro.
A mola com duplo ressalto é utilizada nas metralhadoras mais modernas. Nessas armas,
encontramos um pequeno orifício na face anterior direita da caixa da culatra, abaixo da mesa de
carregamento. O cano só deve girar se houver coincidência entre o ressalto externo da mola e o
citado orifício.
A tarefa de verificação para este tipo de mola pode ser efetuada, por você, da seguinte
forma:
7ª tarefa
Terminadas as tarefas da inspeção, você deve preparar a arma para as calibragens de
folga de trancamento e de tempo de percussão, executando a montagem completa da arma.
O cano desta arma não é fixado, de forma permanente, à caixa da culatra, nem possui
uma posição previamente estabelecida em relação às peças móveis. Desta forma, dependendo
do posicionamento do cano, a distância entre a sua parte posterior e a face anterior do ferrolho
ficará fora daquela requerida para o funcionamento seguro. Se esta distância for pequena
(insuficiente), significa que o cano está demasiadamente atarraxado, não permitindo o
trancamento completo. Se for grande (excessiva), o cano está demasiadamente desatarraxado,
permitindo a percussão sem que o cartucho esteja totalmente introduzido na câmara. Em ambos
os casos, haverá sérios danos à arma. A finalidade da calibragem de folga de carregamento é
exatamente posicionar o cano corretamente em relação ao ferrolho, permitindo um
funcionamento seguro do armamento.
e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do cano aflora. Caso positivo vá para o
passo seguinte; caso negativo, o cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro.
A arma deve ser submetida a um programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção.
NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque, neste
caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de alimentação.
l) Coloque o calibre D6096 "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e
o cano e verifique se entra. Caso negativo retire tantos cliques quantos necessários, no máximo
cinco, até que o calibre D6096 "NO GO" passe entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano;
caso positivo, o cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro. A arma deve ser
submetida a um programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção
NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do calibre D6096
“GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e o lado do calibre “NO
GO” não passar.
3. com o auxílio de uma chave de fenda, desatarraxar a porca de ajustagem, até que
não mais ocorra o desengatilhamento. Se houver a necessidade de engatilhar a arma durante
esta operação, basta trazer a alavanca de manejo auxiliar até a metade do seu curso e levá-la
novamente à frente.
Obs: caso o ferrolho fique preso à retaguarda, pressione, para cima, a cauda do retém
do ferrolho.
4. a seguir, continuar desatarraxando a porca de ajustagem, até que não mais ocorra o
desengatilhamento;
7. retirar o calibrador;
8. engatilhar a arma novamente e levar o ferrolho à frente;
9. introduzir o calibrador “No fire . 116” no mesmo local, mantendo-o nesta posição;
INDICE
NO Assunto Pag
01 Introdução
02 Desmontagem
03 Desmontagem Especial
04 Montagem
05 Manejo
06 Funcionamento
07 Seguranças
08 Incidentes de Tiro
A presente nota de aula foi elaborada pela Seção de Armamento da Escola de Material
Bélico, com a finalidade de servir como fonte de informação para o estudo das armas leves não
convencionais, ou seja, armamento leve de não dotação do Exército Brasileiro.
Em termos de armamento individual, a pólvora foi a grande responsável pela substituição
gradual do arco-e-flecha e da balestra pelas armas de fogo curtas (Revólveres e Pistolas) e
longas (Espingardas, Mosquetões, Fuzis, etc.).
“Canhões de mão” como eram conhecidos, começaram a surgir por volta de 1450, os
Mosquetões de mecha e ação de roda já estavam em uso 100 anos depois, gradualmente foram
sendo introduzidos canos raiados, projéteis alongados e espoletas de fulminato de mercúrio,
aumentando a precisão do tiro, nascia o Fuzil. Em meados do Século XIX um grande passo foi
dado com a criação do cartucho metálico.
O crescente avanço tecnológico a partir da Segunda Guerra Mundial, evidenciou uma
grande corrida armamentista, com o desenvolvimento pelas grandes potências de artefatos de
elevado poder de destruição. Apesar dessas considerações, as armas leves não perderam a sua
importância no combate. Elas continuam sendo empregadas em todas as fases de uma guerra,
em todos os tipos de conflitos e em qualquer variedade de terreno. Seja qual for o emprego do
combatente no campo-de-batalha, ele sempre necessitará utilizar um armamento leve para sua
defesa.
Os conhecimentos e informações tratados no presente trabalho foram extraídos das
seguintes fontes de informações:
• Nota de aula “Introdução ao estudo do armamento leve”, EsMB.
• Nota de aula B1-01 “Generalidades do armamento leve”, EsMB.
• Grande enciclopédia de armas de fogo, Editora Século Futuro.
• Armas & Armas, Ronaldo Olive.
• Guia de armas de guerra, Editora Nova Cultural.
• Revistas Magnum, diversos exemplares, Editora Magnum.
• Gun, o mundo da arma ligeira, G&Z Edições Ltda.
• Munições, Editora Fittipaldi.
• Revista do Exército Brasileiro, a evolução do armamento leve, 1° trimestre
1997.
• Artigos e fotos extraídos da “Internet”.
BOM ESTUDO !
I. GENERALIDADES
A. DEFINIÇÕES:
2. CALIBRE: Quando se fabrica o cano de uma arma, longa ou curta, um cilindro de aço
é furado, alargado e retificado até um determinado diâmetro. Este diâmetro, antes de procedido
o raiamento, é chamado de CALIBRE REAL ou DIÂMETRO ENTRE CHEIOS. Em seguida, o
raiamento, constituído de um certo número de ranhuras de pequena profundidade, será usinado
de forma helicoidal ao longo do cano. A distância entre os fundos opostos do raiamento é
chamada de DIÂMETRO ENTRE FUNDOS e é igual ao DIÂMETRO OU CALIBRE DO
PROJÉTIL que será usado na arma. Conclui-se, portanto, que o calibre do projétil será sempre
maior que o calibre real do cano e essa diferença a mais é que irá fazer com que o projétil seja
forçado contra os cheios, neles se engrazando e passando a acompanhar a hélice segundo o
qual o raiamento foi fabricado e adquirindo, assim, a rotação necessária para sua estabilização
após sair do cano.
B. ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS:
Para fins de estudo, o armamento leve é classificado, segundo suas características
principais, em diferentes grupos.
5. QUANTO À AÇÃO:
6. QUANTO AO TRANCAMENTO:
a- CULATRA DESAFERROLHADA OU DESTRANCADA ( blowback ): utiliza-se do
princípio da massa ( peso do ferrolho, com auxílio das molas recuperadoras ), para retardar a
abertura.
b- CULATRA AFERROLHADA OU TRANCADA: utiliza-se do princípio de sistemas de
trancamento. ( basculante, rotativo, roletes, etc. ).
7. QUANTO À ALIMENTAÇÃO:
a- MANUAL: a munição é colocada uma de cada vez na arma.
b- COM CARREGADOR:
• Tipo lâmina ( Mosquetões ).
• Tipo cofre metálico ou de polímeros: - retangular ( Mtr Uzi, Fz Steyr AUG A1, etc.
).-( tambor ( Mtr Thompson, etc. ).
• Tipo tubular ( Carabina Puma .38, Espingarda de Repetição Cal 12, etc. ).
Fig 11 – Carregador tipo tubular
• Tipo especial: - lâmina de adaptação da mun .45 ACP P/ Rv .45 M917 S&W
8. QUANTO AO RAIAMENTO:
a- ALMA LISA:
• Cilíndrica
• Tronco-cônica
b- ALMA RAIADA:
• Sentido horário ou anti-horário
• Passo constante ou progressivo
c- ALMA POLIGONAL:
21. SOLEIRA:
Torna cômodo o apoio da coronha ao ombro do atirador.
3. APRESENTAÇÃO:
Estando a câmara vazia, é o ato realizado pelo carregador de colocar um cartucho pronto
para ser levado à câmara. No revólver, é o alinhamento do cartucho com o percussor, realizado
pelo giro do tambor.
4. CARREGAMENTO:
Realizado pelo ferrolho, é a retirada do cartucho do carregador e a introdução do mesmo
na câmara.
5. DESENGATILHAMENTO:
Perda de contato entre a massa percutente e o gatilho ou sua extensão.
6. DESTRANCAMENTO:
Operação que permite que o ferrolho possa se separar da câmara.
7. DISPARO:
Avanço da massa percutente resultado da distensão da sua mola.
8. EJEÇÃO:
Ato de expulsar o estojo deflagrado do armt, depois que o mesmo foi extraído da câmara.
9. ENGATILHAMENTO:
Massa percutente presa somente pelo gatilho ou sua extensão.
10. EXTRAÇÃO:
Divide-se em duas fases: na primeira o extrator empolga a virola do cartucho e na
segunda
o extrator retira o estojo da câmara.
11. FECHAMENTO:
O ferrolho entra em contato com a câmara.
12. PERCUSSÃO:
O percussor fere a cápsula do cartucho.
1. TRANCAMENTO:
Ligação rígida realizada entre o ferrolho e a câmara.
II. REVÓLVERES
B. HISTÓRICO:
1836- Patenteado pelo Cel Samuel Colt nos EUA. Tinha uma configuração rígida e seu
carregamento era feito câmara por câmara, com os componentes individuais ( PN, PROJÉTIL,
ESPOLETA ) e o funcionamento era por ação simples.
Fig 14 – Rv Colt
1851- Robert Adams, inglês, cria o revólver de ação dupla.
1857- Expira a patente da Colt e surgem os revólveres S&W nos EUA.
1858- Surge o cartucho metálico.
1870- É criada pela S&W a ejeção automática dos estojos pelo basculamento do cano.
C. CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS:
1. VANTAGENS:
• Grande versatilidade balística, permitindo a variação de cargas,
pois sua carga de projeção só trabalha no lançamento do projétil.
• Muito boa rusticidade e segurança, tanto em porte quanto em uso
de pronto emprego.
• Grande variedade de modelos, comprimento de canos e
empunhadura.
• Intercambiabilidade de munições.
• Manuseio simples e prático, não requerendo altos níveis de
treinamento.
2. DESVANTAGENS:
• Dificuldade de porte dissimulado.
• Pouca capacidade de munição.
• Demanda muito tempo de recarregamento.
• Não admite tiros “silenciados”.
D. MUNIÇÕES:
Munições mais utilizadas em revólveres e suas respectivas Vo :
.22………………..SHORT...............319 m/s
.22………………..LONG.RIFLE......332 m/s
.32………………..S&W............ .......215 m/s
.32………………..S&W.LONG........238 m/s
.38……..................S&W....................209 m/s
.38 …...................S&WSPECAL..….230 m/s
.357...............MAGNUM.....................376 m/s
.44...REMINGTON.MAGNUM..........411 m/s
.45 AR.ou.45ACP.comadaptdor..........253
m/s
III. PISTOLAS
A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, de porte, que utiliza a pressão dos gases resultante da queima da carga
de projeção para seu funcionamento, podendo realizar tiros semi-automáticos ou automáticos.
Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.
B. HISTÓRICO:
1883- Andres Scharzlose, belga, propôs a utilização dos gases para uma pistola
que funcionasse pelo movimento do cano.
1891- Hugo Bochardt, norte-americano radicado na Alemanha, cria a primeira pistola e
põe
o carregador no punho.
1896- Peter Paul Mauser, alemão, amplia a capacidade de tiros e introduz o sistema de
segurança.
1898- George Luger, alemão, cria a empunhadura anatômica.
1899- John Moses Browning, norte-americano, radicado na Bélgica, reduz drasticamente
o
número de peças componentes e viabiliza a rusticidade.
1911- Browning, sugere a munição de grande impacto por ampliação de massa.( .45 ACP
).
1929- Carl Walther, alemão, introduz o sistema de dupla ação.
C. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os princípios de funcionamento mais comuns são:
• Ação direta dos gases sobre o ferrolho: ( para pequenos calibres. Ex. .22 LR -
6,35 BROWNING - 7,65 BROWNING - .380 ACP – etc. ).
• Curto recuo do cano: ( para calibres mais potentes. Ex. 9 x 19 - .40 S&W – .45
ACP ).
MUNIÇÕES:
Munições mais utilizadas e suas respectivas Vo:
• .22 SHORT...................................................319 m/s
• .22 LONG RIFLE.........................................332 m/s
• .25 ACP / 6,35 BROWNING........................232 m/s
• .32 ACP / 7,65 BROWNING.......................275 m/s
• .380 ACP / 9mm CURTO............................302 m/s
• 9x19 parabellum / 9mm LUGER.................346 m/s
• .40 S&W......................................................302 m/s
• .38 SUPER AUTO.......................................370 m/s
• 10mm AUTO...............................................370 m/s
• .45 ACP.......................................................253 m/s
B. HISTÓRICO:
Utilizadas pela primeira vez em combate durante a primeira guerra mundial, para suprir
as necessidades de um grande volume de fogo a curta distância, era a única opção para tiros
contínuos, uma vez que os fuzis da época eram de repetição e tinham pouca capacidade de tiros
no carregador.
A Villar-Perosa, introduzida pelos italianos em 1915, poderia ser considerada a primeira
arma desse tipo.
Fig 18 – Mtr Villar-Perosa
D. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Ainda que as metralhadoras de mão tenham aparecido, ao longo dos seus mais de 80
anos de existência, em grande variedades de formatos e calibres, o seu princípio de
funcionamento permaneceu virtualmente inalterado. A quase totalidade das submetralhadoras,
tem o seu princípio de funcionamento baseado na ação direta dos gases sobre o ferrolho,
conhecido também como “blowback”.
MUNIÇÕES:
As metralhadoras de mão utilizam munições iguais as de pistola, porém as mais comuns
são: .380 ACP - .45 ACP e 9x19 PARABELLUM, sendo esta última a mais usada militarmente
em todo o mundo.
V. ESPINGARDAS
A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, comprida, portátil, com cano de alma lisa, geralmente empregada para
caçar.
B. HISTÓRICO:
Desde a sua invenção as espingardas fizeram parte das dotações armamentistas de
vários exércitos. Porém um largo passo, para tornar-se um armamento militar, foi dado na I
guerra mundial, onde as características daquele combate ( as trincheiras ), consagrou a
WINCHESTER 1897, em calibre 12 e com ação de bomba.
Já na II grande guerra, sua utilização sofreu grande declínio, as trincheiras quase não
existiam e os blindados tornariam as espingardas quase inúteis, se não fosse a utilização destas
para a guarda de instalações e campos de prisioneiros de guerra.
Armamento Leve II- Pág 219
Prestes a cair em desuso, foi extremamente reaquecida nas florestas da Corea e do
Vietnã. E hoje sofre um grande reaquecimento, devido a adoção de 2 “espingardeiros” no GC
Mariner’s dos EUA.
OBS.: O número que indica o calibre de uma espingarda é expresso pela quantidade de
projéteis esféricos de chumbo de diâmetro igual ao do cano, necessário para formar 1 libra de
peso, ou seja, 0,454 Kg. Exemplificando: o calibre 12 tem um diâmetro interno nominal
correspondente a uma esfera de chumbo que pesa 1/12 lb, são necessárias, portanto, 12 esferas
para se atingir 1 lb.
O calibre 36 é uma exceção pois, segundo o critério acima, deveria ser calibre 67. Tendo
um diâmetro nominal de 0,410 pol, esse calibre é também designado por.410, especialmente
fora do Brasil.
A. DEFINIÇÃO:
O fuzil de assalto é uma evolução natural e obrigatória dos “fuzis” que já na II guerra
mundial possuíam um sistema de automatismo.
B. CARACTERÍSTICAS:
C. HISTÓRICO:
Após a II guerra mundial, os fuzis de repetição foram relegados ao segundo plano e as
pesquisas recaíram para o desenvolvimento dos novos fuzis de assalto.
SISTEMA DE ALAVANCA
Nos anos de 1860 a 1880 vários fuzis com sistema de alavanca que foram criados com
vários calibres, (50/70, 45/70,.50, .54) dentre as mais famosas está a MARLIN 1895 SS
Americana, conhecida pelo emblema de um cavaleiro a galope, está arma utilizava munição
calibre 45/70, mais no final do século XIX, começaria a fabricação das carabinas como são
conhecidas hoje pela COLT e uma das primeiras foi a COLT .44, hoje seu modelo é produzido
por vários países inclusive o BRASIL que é fabricado pela ROSSI.
Ainda no final do século XIX começou a aparecer os fuzis de repetição por ação de
ferrolho, onde modelos foram fabricados em vários países do mundo, principalmente na Europa
e Ásia, na Europa um dos mais renomados foi o MAUSER por parte dos alemães que utilizava
munição 7mm. Sendo utilizado na Primeira Guerra Mundial.
Já no continente norte americano foi empregado pelos Estados Unidos o fuzil KRAG-
JORGENSEN calibre 30/40 modelo 1896.
Após a primeira Grande Guerra, viu-se a necessidade de aumentar o poder de fogo das
armas portáteis, ou seja, de emprego individual, começando assim a busca de um fuzil que
aumentasse o poder de fogo em relação a capacidades tiros e a velocidade de seus disparos.
Durante o decorrer da Segunda Grande Guerra Mundial viu-se que o volume de fogo de
armas portáteis tornou-se fundamental para conquista de objetivos, tipos localidades e área
estratégicas, tendo em vista que os combates iam tornando-se mais móveis ou seja o combate
saía das trincheiras, o que custou muito caro aos Alemães, já que a fabricação bélica germânica
só desenvolveu um fuzil automático em 1944 o MP 44, que após ser analisado por Adolf Hitler
teria dito o termo STUM-GEWEHR ou seja fuzil de assalto.
Após este pequeno prefácio, estudaremos a evolução dos fuzis de assalto, quanto ao
seu principio de funcionamento seu trancamento e a classificação por gerações destes fuzis.
FUZIS DE ASSALTO
DEFINIÇÃO:
Fuzil de assalto é o que possui capacidade de selecionar seus tiros em intermitente e
contínuos, possui grande capacidade de munição no seu carregador e sua munição tem
capacidade de abater alvos a grandes distâncias.
CARACTERISTICAS:
Os fuzis de assalto possuem varias características que os diferem dos antigos fuzis
dentre elas a principal é o aumento da capacidade de tiros, diminuição de seu comprimento,
assim como seu peso, e principalmente o aumento de polímeros na construção dessas armas.
SISTEMA DE TRANCAMENTO:
PRIMEIRA GERAÇÃO
Podemos enquadrar como de primeira geração os fuzis que surgiram até a metade
do século XX, onde eram feitos de metais com bastante resistência, o que acarretava em
um maior peso, tais armamentos são constituídos na sua maioria por peças de aço,
utilizam como placas de guarda mão, telha e coronha madeira ou polímero, sendo este
ultimo em pequena proporção, pois a principal idéia é a rusticidade do armamento,
caracterizado ainda por um comprimento demasiado mesmo aqueles com coronha
retráteis
O principio de funcionamento destes fuzis é por tomada de gases na extensão do
cano, e este atuando sobre um êmbolo; os fuzis de primeira geração são classificados
pelo calibre que são os seguintes: 7,62x39 – 7,62x51
SEGUNDA GERAÇÃO
A GERAÇÃO 7,62 x 51
O apoio mútuo ao remuniciamento, por parte dos aliados, criou seríssimos problemas
logísticos, e forçosamente passou-se a pesquisar o desenvolvimento para aquele que haveria
de tornar-se a munição dos futuros campos de batalha.
OBS.: O FAL é adotado por mais de 90 países e produzido, sob licença por mais de 10
e o Brasil é o único país no mundo que produz o FAL em clone perfeito do belga.
Fig 25 – Fz HK G3
Fig 26 – Fz AK 47
1. A GERAÇÃO 5,56 x 45
D. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os fuzis de assalto já produzidos no mundo, utilizam os mais diversos princípios de
funcionamento, porém os mais comuns são:
• TOMADA DE GASES EM UM PONTO DO CANO:
- Com sistema de trancamento rotativo ( ex.Fz M 16 – AR 15 – STEYR AUG A1 – etc. ).
• AÇÃO DIRETA DOS GASES SOBRE O FERROLHO:
MUNIÇÕES :
Munições mais comuns e suas respectivas Vo.
• 5,45x39.....................................................................900 m/s
• 5,56x45 / .223 REMINGTON..................................988 m/s
• 7,62X39 / 7,62 KALASHNIKOV............................710 m/s
• 7,62x51 / 7,62 NATO / .308 WIN............................840 m/s
E. A NOVA GERAÇÃO:
Se considerarmos as armas de desenho curto, o “bullpup” ( carregador à retaguarda do
punho, ex. Fz Steyr AUG A1 ), como os últimos vestígios dentro de um desenho clássico, a
próxima geração de fuzis de assalto será constituída por armas de aspecto semelhante, que irão
disparar munição sem estojo.
Fig 29 – Fz HK G 11
O primeiro desta nova série é o Fz alemão HK G11 com sua munição 4,7x21 sem
estojo, que por si só obriga os exércitos de todo o mundo repensar no armt individual do soldado
do terceiro milênio.