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ÍNDICE DOS CAPÍTULOS

CAPÍTULOS PÁGINA
CAPÍTULO 01 - PISTOLA 9 M973 "FI" 02
CAPÍTULO 02 - PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus 17
CAPÍTULO 03 - FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL 35
CAPÍTULO 04 - METRALHADORA 7,62 M 919 A4 65
CAPÍTULO 05 - METRALHADORA M9 M972 BERETTA 80
CAPÍTULO 06 - METRALHADORA 7,62 M971 “MAG” 96
CAPÍTULO 07 - METRALHADORA .50 M2 HB “BROWNING“ 125
CAPÍTULO 08 – ARMAS NÃO-CONVENIONAIS 161

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CAPÍTULO 01
PISTOLA 9 M973 "FI"

INDICE
NO Assunto Página
01 APRESENTAÇÃO
02 CARACTERÍSTICAS
03 MEDIDAS PRELIMINARES
04 DESMONTAGEM DE 1O ESCALÃO
05 DESMONTAGEM DE 2O ESCALÃO
06 DESMONTAGEM DE 3O ESCALÃO
07 DESMONTAGEM DE 4O ESCALÃO
08 MONTAGEM DA ARMA
09 FUNCIONAMENTO
10 SEGURANÇAS DA ARMA
11 MANEJO DA ARMA
12 VISTA SECCIONADA DA PISTOLA
13 QUADRO DE INCIDENTES DE
TIRO
14 VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA
15 LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA
DA PISTOLA

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PISTOLA 9 M973 "FI"

1-APRESENTAÇÃO

A pistola é definida como arma de fogo leve, de porte e individual. Durante os dois
grandes conflitos mundiais, ficou consagrada nos campos de batalha para o combate a curta
distância, comprovando sua eficiência técnica e operacional.
A pistola 9 mm fabricada no Brasil, pela IMBEL, é um projeto derivado da Colt .45
projetada por J. Browing.
Esta arma, adotada pelo Exército norte-americano desde 1911, é veterana de inúmeros
conflitos internacionais, onde obteve o melhor conceito de arma de defesa aproximada pelo alto
grau de rusticidade, aliada a um eficiente desempenho operacional.
As Forças Armadas do Brasil optaram também por esse modelo, e a pistola Colt .45
passou a ser construída pela IMBEL, na sua fábrica de Itajubá-MG. Ao longo dos anos, a IMBEL
incorporou-lhe uma série de melhoramentos derivados da experiência e estudos próprios, como
melhor empunhadura, redução do peso e climatização para operações em ambiente tropical.
A pistola Colt emprega como princípio motor o curto recuo do cano. É classificada como
semi-automática, pois realiza automaticamente todas as operações de funcionamento, exceto o
desengatilhamento e disparo.

Com a tendência mundial do calibre 9 mm Parabellum, o Brasil teve de modificar suas


armas, abandonando o calibre .45.
A IMBEL introduziu no projeto 9 mm, Modelo 1973, vários melhoramentos que fizeram
dela uma pistola praticamente perfeita. As melhorias foram:

 Climatização
Todas as peças são tratadas com fosfato de manganês e pintura ao forno. As molas
recebem oxidação negra brilhante.

 Revestimento interno
O interior da câmara e do cano é totalmente cromado. A película de cromo duro dificulta
a deposição e aderência de resíduos da combustão, facilitando e tornando mais eficiente sua
manutenção.
 Ausência de peças de alumínio ou ligas leves
Construída somente em metais de dureza superior, tratados termicamente, a arma não
sofre desgaste prematuro.

 Segurança

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Ao contrário das armas congêneres, a pistola IMBEL não dispara acidentalmente por
queda ou qualquer situação imprevista. Possui três dispositivos para isso: um imobiliza o cão
quando a arma está engatilhada; outro impede o disparo acidental no semi-engatilhamento; e
uma tecla de segurança que só permite o disparo se a arma estiver corretamente empunhada.
O mecanismo da IMBEL 9 M973 é simples e robusto, proporcionando maior
confiabilidade e segurança. No Brasil, mais de 50 mil pistolas já foram produzidas, não só para
as Forças Armadas brasileiras, como para as nações amigas. Em todo o mundo, a fabricação
dessa arma já supera 50 milhões de unidades.

2 - CARACTERÍSTICAS

2.1-DESIGNAÇÃO
NEE ...........................................................1005-1063-726-2
Indicativo militar.........................................Pst 9 M973 "FI"
Nomenclatura .............................................Pistola 9mm Modelo 1973-Fábrica de Itajubá

2.2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..............................................De porte

Quanto ao emprego .......................................Individual


Quanto ao funcionamento .............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento.......Ação direta dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ...................................A ar

2.3-ALIMENTAÇÃO
Carregador ....................................................Metálico tipo cofre
Capacidade....................................................8 cartuchos + 1
Sentido .........................................................De baixo para cima

2.4-RAIAMENTO
Número de raias ...........................................4 (quatro) ou 6 (seis)
Sentido .........................................................À direita

2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ................................................Tipo entalhe
Massa de mira ..............................................Seção retangular

2.6-DADOS NUMÉRICOS

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Cano comprimento ....................................12,8 cm
Arma comprimento .....................................21,8 cm
Calibre .........................................................9 mm Parabellum
Passo do raiamento ......................................25,4 cm
Peso sem carregador ..................................1.010 g
Peso com carregador vazio .........................1.100 g
Peso com carregador completo ...................1.208 g
Peso da massa recuante ..............................532 g
Peso do gatilho .............................................Entre 2.300g e 3.100g
Comprimento ..............................................21,8 cm
Velocidade inicial .......................................349 m/s a 25 m da boca da arma
Velocidade teórica de tiro............................20 tiros por minuto
Velocidade prática de tiro............................14 tiros por minuto
Alcance máximo .........................................1.800 m
Alcance útil .................................................50 m
Vida da arma ...............................................Indefinida
Penetração em tabatinga a 50 m ..................40 cm

Penetração em bloco de pinho a 50 m.........10 cm

3 -MEDIDAS PRELIMINARES
1ª- Retirar o carregador.
2ª- Trazer o ferrolho à retaguarda.
3ª- Inspecionar a câmara.
4ª- Levar o ferrolho à frente.
5ª- Desengatilhar a arma.

4-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
4.1-RETIRAR O CARREGADOR
 Comprimir a cabeça serrilhada do retém do carregador e retirá-lo.
4.2-ENGATILHAR E TRAVAR A ARMA
 Com o polegar, trazer o cão totalmente a retaguarda.
 Levar para cima, o dispositivo de segurança do cão.
4.3-RETIRAR O ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA
 Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador.
 Comprimir a cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e girar a manga do
cano para a esquerda.

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 Afrouxar a pressão gradativamente sobre o referido estojo até que o mesmo saia do
seu alojamento, forçado pela mola recuperadora.
 Em seguida, retira-se o estojo.
4.4-RETIRAR A MANGA DO CANO
 Girar a mesma para a direita e, logo em seguida, puxar a manga para fora, retirando-
a.
4.5-DESTRAVAR A ARMA
 Levar para baixo, o dispositivo de segurança do cão.
4.6-RETIRAR A CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
 Recuar o ferrolho, até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta, coincida
com o entalhe médio, existente no ferrolho.
 Empurrar o eixo da chaveta que aflora do lado direito da armação, retirando-a em
seguida pela esquerda.
4.7-RETIRAR O FERROLHO
 Tendo o cuidado de manter o punho voltado para cima, puxar a armação para a
retaguarda, segurando o ferrolho com a mão esquerda.
4.8-RETIRAR O TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA E A MOLA
RECUPERADORA
 O tubo-guia e a mola recuperadora estarão soltos e apoiados sobre o cano, na mão
esquerda do operador.
4.9-RETIRAR O CANO
 Ainda com o ferrolho na posição anterior, vira-se o elo de prisão do cano para frente.
 Em seguida, levanta-se a parte posterior do cano, fazendo com que se desengrazem
do ferrolho os ressaltos engrazadores (existentes no cano).
 Leva-se o cano para frente até que abandone totalmente o ferrolho.

5-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO

5.1-RETIRAR O PERCUSSOR E A MOLA DO PERCUSSOR


 Com um toca-pino, comprimir a cauda do percussor e retirar a placa-retém do
percussor e do extrator, deslizando-a para baixo.
 Tendo o cuidado de apoiar o percussor para não saltar do seu alojamento, por
distensão de sua mola, retirá-lo junto com sua mola.

5.2-RETIRAR O EXTRATOR
 Com uma chave de fenda pequena, pressionar a garra do extrator para fora e para a
retaguarda, fazendo com que a garra deslize para dentro do alojamento do extrator, existente no
ferrolho.

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 Feito isso, basta puxar o extrator para fora de seu alojamento, pela retaguarda do
ferrolho.
5.3-RETIRAR AS PLACAS DO PUNHO
 Com uma chave de fenda, desaparafusar os parafusos das placas do punho e
levantá-las de seus encaixes no punho.
5.4-DESENGATILHAR A ARMA
 Agindo na tecla do gatilho, levar o cão a frente.
5.5-RETIRAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
 Com um toca-pino, retirar o retém do bloco alojamento da mola do cão, pelo lado
direito.
 Em seguida, fazer com que este deslize nas suas corrediças até que saia do seu
alojamento (o cão deverá estar na posição avançada).
5.6-RETIRAR O DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
 Trazer o cão à retaguarda, a 2/3 da posição de engatilhamento.
 Puxar o dispositivo por seu ressalto serrilhado para fora, fazendo ao mesmo tempo,
movimentos oscilatórios em torno do seu eixo para facilitar sua retirada.
5.7-RETIRAR O DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO
 Com a ação descrita anteriormente, vemos que o dispositivo de segurança do gatilho
está solto, bastando retirá-lo do seu alojamento.
5.8-RETIRAR A MOLA TRÍPLICE
 Basta desencaixar sua extremidade inferior e levantá-la.
5.9-RETIRAR O CÃO COM ALAVANCA DE ARMAR O CÃO
 Com um toca-pino, retirar o eixo do cão pelo lado esquerdo.
 Retirar o cão com a alavanca de armar do seu alojamento.
5.10-RETIRAR A ALAVANCA DE DISPARO E A NOZ DE ARMAR
 Com um toca-pino, retirar o eixo da noz de armar pelo lado esquerdo.
 Ficarão soltas a alavanca de disparo e a noz de armar.
5.11-DESMONTAR O CARREGADOR
 Com um toca-pino, comprimir o ressalto da placa-retém do fundo do carregador e
deslocar para fora, o fundo do carregador.
 Retirar a placa-retém do fundo do carregador, tomando o cuidado de apoiar a
extremidade da mola do carregador a fim de evitar sua descompressão violenta.
 Puxar para fora, a mola do carregador.
 Colocar o carregador na vertical para que saia, por baixo, o transportador.

6-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO

6.1-RETIRAR O RETÉM DO CARREGADOR

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 Fazer pressão sobre a cabeça serrilhada do retém do carregador.
 Com uma chave de fenda pequena, girar o fixador do retém do carregador para a
esquerda.
 Retirar o retém do carregador do seu alojamento.
62-RETIRAR O GATILHO
 Com a ação descrita anteriormente, vemos que o gatilho está solto, bastando retirá-
lo do seu alojamento, pela retaguarda do punho.
6.3-DESMONTAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
 Prender o bloco alojamento em um torno de bancada.
 Com auxílio de uma haste de ponta arredondada, pressionar a cabeça-apoio superior
da mola do cão, para dentro do bloco.
 Com um toca-pino de ponta igual ou menor que 2 mm, retirar o pino-retém da cabeça-
apoio superior da mola do cão.
 Soltar gradativamente a haste, até que fiquem soltas a cabeça-apoio superior, a mola
do cão e a cabeça-apoio inferior da mola do cão.

7-DESMONTAGEM DE 4o ESCALÃO

7.1-RETIRAR O EJETOR
 Com um toca-pino de ponta bem fina, retirar o pino de fixação do ejetor.
 Retirar o ejetor pela parte superior da armação.

Esta desmontagem, só é feita em caso de substituição do ejetor.

8-MONTAGEM DA ARMA

8.1-MONTAR O EJETOR
 Colocar o ejetor no seu alojamento e prendê-lo com o pino de fixação do ejetor.
8.2-MONTAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
 Prender o bloco alojamento em um torno de bancada.
 Colocar no bloco alojamento a cabeça-apoio inferior da mola do cão, a mola do cão
e a cabeça-apoio superior da mola do cão.
 Com auxílio de uma haste de ponta arredondada, pressionar a cabeça-apoio superior
até que seja possível introduzir o pino-retém da cabeça-apoio superior da mola do cão.
8.3-COLOCAR O GATILHO

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 Colocar o gatilho pela parte traseira da armação, fazendo-o deslizar até sua posição
normal.
8.4-COLOCAR O RETÉM DO CARREGADOR
 Colocar o retém do carregador na armação de maneira que a cabeça serrilhada
faceie a armação.
 Com uma chave de fenda pequena, girar o fixador do retém do carregador para a
direita.
8.5-MONTAR O CARREGADOR
 Introduzir o transportador e a mola do carregador no corpo do carregador.
 Comprimir a mola do carregador, até que a mesma faceie com o fundo do corpo do
carregador.
 Colocar a placa-retém do fundo do carregador, de modo que o último elo da mola do
carregador fique presa no dente existente na placa-retém.
 Em seguida, coloca-se o fundo do carregador, até que o mesmo se aloje sobre a
placa-retém.
 O elo menor da mola do carregador, estará em contato com o transportador e o elo
maior, estará preso no dente da placa-retém do fundo do carregador
8.6-MONTAR A ALAVANCA DE DISPARO E A NOZ DE ARMAR
 Fazer o sistema alavanca de disparo-noz de armar, fora da arma e colocá-lo no seu
alojamento (o apoio dos dentes do cão, na noz de armar, para cima).
 Apertando ligeiramente o gatilho, as peças ficarão em alinhamento.
 Introduzir o eixo da noz de armar pelo lado esquerdo da armação.
8.7-COLOCAR O CÃO COM ALAVANCA DE ARMAR O CÃO
 Colocar o cão e prendê-lo por intermédio de seu eixo, que entrará pelo lado esquerdo.
8.8-COLOCAR A MOLA TRÍPLICE
 Alojar a parte inferior da mola tríplice na ranhura existente na armação, de modo que
o ramo esquerdo, repouse sobre o ressalto apoio da mola tríplice na noz de armar.
 O ramo central, deve repousar na cauda da alavanca de disparo.
 O ramo direito, deve ficar para cima a fim de atuar no dispositivo de segurança do
gatilho.
 Prender a mola tríplice, colocando parcialmente o bloco alojamento da mola do cão,
ficando este fora da armação cerca de 1/2 cm
8.9 -COLOCAR O DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO
8.10-COLOCAR O DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
 Trazer o cão à retaguarda, a 2/3 da posição de engatilhamento.
 Colocar o dispositivo de segurança do cão, fazendo ligeiros movimentos oscilatórios.
 Com uma chave de fenda pequena ou um toca-pino, empurrar a cabeça-apoio do
dispositivo de segurança do cão para dentro de seu alojamento.
 Colocar o cão na sua posição mais avançada.
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8.11-COLOCAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
 Introduzi-lo totalmente, verificando a posição correta da alavanca de armar o cão na
cabeça-apoio superior da mola do cão.
 Colocar o retém do bloco alojamento da mola do cão, que entrará pelo lado esquerdo.
8.12-ENGATILHAR A ARMA
 As demais operações de montagem, se procedem na ordem inversa da
desmontagem.

9-FUNCIONAMENTO
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Recuo do Ferrolho e Avanço do Ferrolho.

RECUO DO FERLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração 2a Fase
4-Ejeção
5-Apresentação

AVANÇO DOFEROLHO
6-Engatilhamento
7-Carregamento
8-Fechamento
9-Extração 1a Fase
10-Trancamento
11- Desengatilhamento
12-Disparo
13-Percussão

Para o estudo do funcionamento, vamos iniciar do momento em que partiu o primeiro


tiro. As fases se processarão na seguinte seqüência:
9.1-DESTRANCAMENTO
 Os gases agindo sobre o fundo do culote do cartucho, farão com que o ferrolho recue,
trazendo consigo o cano.
 O elo de prisão do cano inclinando-se para trás, faz com que o cano se abaixe e se
desengraze do ferrolho, havendo portanto o destrancamento.
9.2-ABERTURA

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 Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto
recuo".
 O ferrolho entretanto, continua recuando e se afasta do cano, dando-se a abertura.
9.3-EXTRAÇÃO 2a FASE
 No seu movimento para trás, o ferrolho ao deixar de ter contato com o cano, retira da
câmara o estojo, por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.
9.4-EJEÇÃO
 Continuando o ferrolho o seu movimento para trás e mantendo o estojo ainda preso
pelo extrator, faz com que o culote deste venha se chocar com o ejetor, que está montado à
retaguarda e a esquerda da armação.
 A violência desse choque, vence a ação da garra do extrator e o estojo é projetado
para fora, através da janela de ejeção.
9.5-APRESENTAÇÃO DO CARTUCHO
 O ferrolho ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo
cartucho que ficará na condição de ser levado à câmara.
9.6-ENGATILHAMENTO
 Quando o ferrolho recua, leva para trás o cão, o qual gira em torno do seu eixo e
comprime a sua mola.
 A parte ínfero-posterior do ferrolho, força para baixo a alavanca de disparo, que é
articulada com a noz de armar.
 Ao baixar, a alavanca de disparo permite que a noz de armar tenha movimentos livres
(ficarão desengrazadas).
 A noz de armar que está sob pressão do ramo esquerdo da mola tríplice, gira
colocando o seu apoio dos dentes do cão, em condições de impossibilitar o avanço do cão.
 No final do recuo a mola recuperadora está completamente comprimida e a parte
ínfero-posterior do ferrolho está forçando o cão completamente para trás, além da posição de
engatilhamento.
 Quando a parte ínfero-posterior do ferrolho deixa de fazer pressão sobre o cão, este
gira um pouco para frente, engrazando-se o dente de engatilhamento do cão, no apoio dos
dentes do cão, na noz de armar.
 No intervalo compreendido entre o disparo e o recuo do sistema, é comum o atirador
continuar comprimindo simultaneamente a tecla do gatilho e o dispositivo de segurança do
gatilho.
 Quando o atirador relaxa a pressão sobre a tecla do gatilho, o ramo central da mola
tríplice impele para a frente e para cima a alavanca de disparo, que alojará sua cabeça no
escavado existente na parte ínfero-posterior do ferrolho e se engrazará na noz de armar (ficarão
engrazadas).
 Fica desta forma, a arma pronta para novo disparo, isto é, engatilhada.
9.7-CARREGAMENTO

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 A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se, levando o
ferrolho à frente, e ao encontrar o cartucho apresentado, retira-o do carregador e o introduz na
câmara através da rampa de acesso.
9.8-FECHAMENTO
 Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato
com o cano, dando-se o fechamento.
9.9- EXTRAÇÃO 1a FASE
 No momento em que há o fechamento, a garra do extrator empolga a virola do
cartucho, dando-se a extração 1a fase.
9.10-TRANCAMENTO
 Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o elo de prisão do
cano, que se achava inclinado para trás, gira para a frente, levantando o cano, que vai engrazar
no ferrolho.
9.11-DESENGATILHAMENTO
 Quando se comprime simultaneamente a tecla do gatilho e o dispositivo de
segurança do gatilho, a alavanca de disparo é forçada para trás pela cauda do gatilho.
 Como a alavanca de disparo está engrazada com a noz de armar, esta trasmite este
movimento para a noz, obrigando-a a girar em torno do seu eixo libertando assim o cão.
9.12- DISPARO
 O cão gira violentamente para a frente por ação de sua mola, chocando-se com a
cauda do percussor.
9.13- PERCUSSÃO
 O percussor avança, no interior do seu alojamento no ferrolho, comprimindo a sua
mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, percutindo a cápsula do cartucho. Em seguida, o
percussor retrai-se por descompressão de sua mola.
As fases acima descritas, se repetirão para cada disparo, somente havendo diferença no
último disparo, pois que, ficando o carregador vazio, a rampa comando do transportador
suspende o dente-retém do ferrolho na chaveta de fixação do cano e este prende o ferrolho à
retaguarda por meio do entalhe anterior que existe no mesmo.

10-SEGURANÇAS DA ARMA

Possui a pistola, três seguranças:

1-Dispositivo de Segurança do Cão


2-Dispositivo de Segurança do Gatilho
3-Dente de Segurança do Cão

1-DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO

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Este dispositivo garante o travamento e o destravamento da arma durante o manejo para
a execução do tiro.
A) Atuando-se no dispositivo de segurança para cima, até que penetre no entalhe
existente à retaguarda e a esquerda do ferrolho, trava-se a arma. Esta operação só é possível
estando a arma engatilhada. Na posição de repouso, o dispositivo em questão, não poderá ser
movido porque o seu dente de segurança é barrado pela noz de armar que impede, devido sua
posição no mecanismo, a passagem do dente de segurança. Estando a arma engatilhada, há
possibilidade da noz de armar dar passagem ao dente de segurança, podendo então o dispositivo
movimentar-se, indo o dente de segurança colocar-se apoiado à retaguarda da noz de armar
imobilizando-a.
B) Atuando-se no dispositivo de segurança do cão para baixo, em sentido inverso ao da
operação anterior, destrava-se a arma.

2-DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO


Alojado na parte posterior do punho, impede a retração do gatilho quando comprimido
isoladamente por tensão muscular ou esbarro casual.
A) Quando a arma é empunhada, a própria mão do atirador agirá naturalmente sobre o
dispositivo de segurança do gatilho, permitindo que o gatilho tenha seu movimento livre. Isto
porque o dispositivo em questão, uma vez comprimido, gira em torno do seu eixo, subindo,
deixando então de barrar o gatilho, o qual terá livre caminho no seu alojamento, toda vez que se
fizer sentir sobre a tecla a ação do dedo do atirador.
B) Quando o dispositivo de segurança do gatilho está em repouso, o dente de segurança
do mesmo, está por trás da cauda do gatilho o qual não terá livre caminho no seu alojamento
toda vez que for comprimido isoladamente por ação do dedo do atirador ou esbarro casual.

3-DENTE DE SEGURANÇA DO CÃO


Fica situado na parte anterior e superior do cão, sendo mais profundo que o dente de
engatilhamento. Imobiliza a noz de armar mesmo que haja compressão simultânea da tecla do
gatilho e do dispositivo de segurança do gatilho. Para utilizarmos esta segurança da arma,
bastará trazer o cão para a retaguarda cerca de 1/3 de seu recuo.

11-MANEJO DA ARMA
Sempre ao iniciar o manejo, o atirador deverá trazer o ferrolho à retaguarda e inspecionar
a câmara, para verificar se a arma está carregada. As operações de manejo, são as seguintes:

11.1-Municiar o carregador
Consiste em colocar os cartuchos no carregador.
11.2-Alimentar a arma
Consiste em colocar o carregador municiado na arma.
11.3-Carregar a arma
Consiste em trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo. Ao final desta operação,
a arma estará engatilhada.
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11.4-Travar a arma
Consiste em levantar o dispositivo de segurança do cão.
11.5-Destravar a arma
Consiste em abaixar o registro de segurança do cão.
11.6-Disparar a arma
Consiste em comprimir simultaneamente o dispositivo de segurança do gatilho e a tecla
do gatilho.

12-VISTA SECCIONADA DA PISTOLA

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13-QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS DE
INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES
S
1-Garra do extrator 1-Substituir o ex-
FALHA quebrada ou gasta. trator.
NA 2-Virola do estojo 2-Retirar o estojo.
EXTRAÇÃ quebrada. 3-Verificar as guias
O 3-Recuo de deslizamento.
incompleto do ferrolho.
FALHA NA
1-Ejetor quebrado. 1-Substituir o ejetor.
EJEÇÃO
1-Alavanca de 1-Substituir a ala-
disparo quebrada ou gasta. vanca de disparo.
FALHA
2-Cavado existente 2-Remover a obtu-
NO
na parte ínfero-posterior do ração.
DESENGAT
ferrolho obturado. 3-Substituir a mola.
ILHAMENTO
3-Ramo central da
mola tríplice quebrado.
1-Dente de 1-Substituir o cão.
engatilhamento do cão 2-Substituir a noz de
gasto. armar.
2-Apoio dos dentes 3-Substituir a mola.
FALHA
do cão, na noz de armar, 4-Substituir a ala-
NO
quebrado ou gasto. vanca de disparo.
ENGATILH
3-Ramo esquerdo
AMENTO
da mola tríplice quebrado.
4-Cabeça da
alavanca de disparo
quebrada ou gasta.
1-Munição 1-Substituir a muni-
NEGA
defeituosa. ção.

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1-Mola do cão 1-Substituir a mola.
FALHA NO quebrada ou fraca. 2-Substituir a
DISPARO 2-Alavanca de alavanca.
armar o cão quebrada.
1-Ponta do 1-Substituir o
FALHA NA percussor quebrada ou percussor.
PERCUSSÃ gasta.
O 2-Cauda do 2-Substituir o
percussor quebrada. percussor.
1-Estojo rompido no 1-Retirar o estojo.
interior da câmara. 2-Substituir a muni-
FALHA 2-Munição ção.
NO defeituosa. 3-Reparar as abas.
CARREGA 3-Abas do 4-Substituir a mola.
MENTO carregador amassadas.
4-Mola
recuperadora quebrada.
1-Mola do 1-Substituir ou
carregador quebrada, fraca inverter a mola.
FALHA ou montada incorretamente. 2-Reparar ou subs-
NA 2-Transportador tituir o transportador.
APRESENT amassado. 3-Reparar ou
AÇÃO substituir o corpo do
3-Corpo do carregador.
carregador amassado.
1-Corpo do 1-Reparar ou subs-
carregador amassado. tituir o corpo do carregador.
FALHA 2-Substituir o retém.
NA 2-Retém do 3-Substituir a mola.
ALIMENTA carregador gasto.
ÇÃO 3-Mola do retém do
carregador quebrada ou
fraca.

14-VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA

Armamento Leve II- Pág 16


15-LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA

15.1-CANO:

a)alma
b)boca
c)raias
d)cheios
e)câmara
f)rampa de acesso
g)ressaltos engrazadores
h)encaixe do elo de prisão do cano com olhal.

15.2- ELO DE PRISÃO DO CANO


15.3- EIXO DO ELO DE PRISÃO DO CANO
15.4- CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO:
a)eixo

Armamento Leve II- Pág 17


b)dente-retém do ferrolho
c)ressalto serrilhado
15.5- FERROLHO:
a)janela de ejeção
b)superfícies entalhadas
c)inscrições
d)traço de referência do entalhe de mira
e)alojamento do bloco com entalhe de mira (alojamento da alça de mira)
f)rebaixo dos ressaltos engrazadores
g)guias de deslizamento
h)cavado na parte ínfero-posterior, para alojamento da cabeça da alavanca de disparo.
15.6- MASSA DE MIRA
15.7- BLOCO DE MIRA (alça de mira)
15.8- MANGA DO CANO:
a)ressalto de fixação
b)alojamento do cano
c)virola
15.9- ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA:
a)corpo
b)cabeça serrilhada
15.10- MOLA RECUPERADORA
15.11- TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA:
a)corpo
b)virola
15.12- EXTRATOR:
a)corpo
b)garra
c)cauda com alojamento da placa-retém do percussor e do extrator.
15.13- PERCUSSOR:
a)cauda
b)corpo
c)ponta
15.14- MOLA DO PERCUSSOR
15.15- PLACA-RETÉM DO PERCUSSOR E DO EXTRATOR
15.16- CÃO:
a)testa
b)cabeça serrilhada

Armamento Leve II- Pág 18


c)dente de segurança
d)dente de engatilhamento
e)olhal do eixo do cão
f)olhal para articulação com a alavanca de armar o cão
15.16- EIXO DO CÃO
15.18- ALAVANCA DE ARMAR O CÃO
a)olhal para a articulação com o cão
b)ponta
15.19- EIXO DE ARTICULAÇÃO DA AL. DE ARMAR O CÃO COM O CÃO.
15.20- ALAVANCA DE DISPARO:
a)cabeça
b)olhal para a articulação com a noz de armar
c)cauda
15.21- NOZ DE ARMAR:
a)ressalto-apoio da mola tríplice
b)apoio dos dentes do cão
c)olhal do eixo da noz de armar
d)encaixe da alavanca de disparo
15.22- EIXO DA NOZ DE ARMAR
15.23- MOLA TRÍPLICE:
a)mola da noz de armar (ramo esquerdo)
b)mola da alavanca de disparo (ramo central)
c)mola do dispositivo de segurança do gatilho (ramo direito)
15.24- DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO:
a)cabeça
b)corpo
c)dente de segurança
d)olhal do eixo do dispositivo de segurança do cão
e)engrazadores
15.25- BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO:
a)olhal do retém do bloco alojamento
b)olhal do pino-retém da cabeça-apoio superior da mola do cão
c)superfície serrilhada
d)ressaltos engrazadores
15.26- CABEÇA-APOIO SUPERIOR DA MOLA DO CÃO
15.27- PINO-RETÉM DA CABEÇA-APOIO SUPERIOR DA MOLA DO CÃO
15.28- MOLA DO CÃO

Armamento Leve II- Pág 19


15.29- CABEÇA-APOIO INFERIOR DA MOLA DO CÃO
15.30- RETÉM DO BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
15.31- ALÇA PARA O FIADOR
15.32-PINO-RETÉM DA ALÇA PARA O FIADOR
15.33- GATILHO:
a)tecla
b)corpo
c)cauda
15.34- DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO:
a)corpo
b)ressalto serrilhado
c)dente de segurança
d)eixo do dispositivo de segurança do cão
15.35- ARMAÇÃO:
a)punho
b)berço
c)guarda-mato
d)alojamentos, encaixes, orifícios, entalhes e corrediças
15.36- EJETOR:
a)corpo
b)dente
c)alojamento do pino de fixação
15.37- PINO DE FIXAÇÃO DO EJETOR
15.38- ALOJAMENTO DA MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
15.39- CABEÇA-APOIO DA CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
15.40- MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E AO DISPOSITIVO
DE SEGURANÇA DO CÃO
15.41- CABEÇA-APOIO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
15.42- PORCAS DOS PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
15.43- RETÉM DO CARREGADOR:
a)cabeça serrilhada
b)alojamento do fixador do retém do carregador
15.44-MOLA DO RETÉM DO CARREGADOR
15.45- FIXADOR DO RETÉM DO CARREGADOR
15.46- PLACA DIREITA DO PUNHO
15.47-PLACA ESQUERDA DO PUNHO

Armamento Leve II- Pág 20


15.48-PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
15.49- CORPO DO CARREGADOR:
a)entalhe para o dente-retém do ferrolho
b)orifícios para a contagem dos cartuchos
c)abas
15.50- MOLA DO CARREGADOR
15.51- TRANSPORTADOR:
a)Rampa de comando do transportador
15.52-FUNDO DO CARREGADOR
15.53- PLACA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
15.54- ESCOVA DE LIMPEZA DO CANO
15.55- PORTA-ESCOVA
15.56- VARETA DA ESCOVA DE LIMPEZA

CAPÍTULO 02
PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus

NO Assunto Pag

Armamento Leve II- Pág 21


1 Apresentação
2 Características
3 Medidas preliminares
4 Desmontagem
5 Montagem
6 Funcionamento
7 Seguranças
8 Quadro de incidentes de tiro
9 Calibradores (Utilização, manuseio e conservação)
10 Vista da arma seccionada
11 Vista explodida
12 Legenda da vista explodida

PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus

1-APRESENTAÇÃO:
As pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-92 “Taurus”, calibre 9mm x 19 mm “parabellum”, são
armas de tiro semi-automático, com trancamento através de um bloco oscilante em vertical e

Armamento Leve II- Pág 22


com desbloqueio mediante o recuo do cano. Tal característica apresenta, entre outras, a notável
vantagem de uma sensível redução de velocidade de retrocesso da massa recuante, com
conseqüente diminuição do solavanco da arma durante o disparo.
Construída com a utilização de aços e ligas especiais, as pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-
92 Taurus, não obstante seu peso limitado de 0,950 Kg, foi projetada para usar cartuchos 9mm
“parabellum”. Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente energia
cinética do projetil, proporcionam um alto poder de impacto em disparos de até 150/200 metros
de distância.

2-CARACTERÍSTICAS
2.1-Sistema de dupla ação
Este sistema, pelo simples acionamento do dedo no gatilho, possibilita uma maior rapidez
de manuseio, mesmo com o cão desarmado.
2.2-Carregador bifilar
Com capacidade para 15 cartuchos, tem o mesmo comprimento de um carregador
tradicional, permitindo praticamente duplicar a autonomia de fogo da arma.
2.3-Indicador de cartucho na câmara
Quando o mesmo estiver alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente,
revelando uma marca vermelha. Assim, é possível controlar visualmente, ou pelo tato, a
existência de um cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho.
2.4-Indicador de carregador vazio
Quando o último cartucho ou estojo, for ejetado, a arma, pela ação do retém do ferrolho,
permanece aberta, alertando o atirador acerca do término da disponibilidade do carregador.
2.5-Dispositivo de desmontagem
Extremamente rápido e simples, foi projetado de tal forma a evitar qualquer
desmontagem casual ou involuntária.
2.6-DESIGNAÇÃO
NEE....................... .......................................1005-1052-800-8
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975 “Beretta”
Nomenclatura ................................................Pistola 9mm Modelo 1975 (Beretta)
NEE....................... .......................................1005-1064-425-0
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975A1
Nomenclatura ............................................Pistola 9mm Modelo 1975A1 (PT-92 Taurus)

2.7-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ...............................................De porte
Quanto ao emprego .......................................Individual
Quanto ao funcionamento. ............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento ........Ação dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
Armamento Leve II- Pág 23
2.8-ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade ....................................................15 cartuchos + 1
Sentido ...........................................................De baixo para cima

2.9-RAIAMENTO
Número de raias .............................................6 (seis)
Sentido ..........................................................Da esquerda para a direita

2.10-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira .................................................Tipo entalhe, retangular
Massa de mira ...............................................Seção retangular
2.11-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ..........................................................9 mm
Peso com carregador vazio ...........................0,950 kg
Peso com carregador cheio ...........................1,137 kg
Peso do carregador vazio ..............................0,094 kg
Peso do carregador cheio ..............................0,282 kg
Comprimento da arma ..................................217 mm
Comprimento do cano ..................................125 mm
Velocidade inicial ........................................401 m/seg
Velocidade teórica de tiro ............................275 tiros por minuto
Velocidade prática de tiro ............................Variável
Alcance máximo ...........................................1.800 m
Alcance de utilização ...................................50 m
Pressão do gatilho (com 2.700 g) .................Não dispara
Pressão do gatilho (com 5.000 g) .................Dispara

3-MEDIDAS PRELIMINARES

3.1-RETIRAR O CARREGADOR
 Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da
arma.

3.2-VERIFICAR A CÂMARA

Armamento Leve II- Pág 24


 Sem executar o manejo da arma, observar se a extremidade do extrator encontra-se
saliente e destacando-se uma marca vermelha. Em caso positivo, significa que há um cartucho
introduzido na câmara da arma.
 Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à retaguarda
verificando a câmara e levando-o à frente.

3.3-DESENGATILHAR A ARMA.

4-DESMONTAGEM DE 10 ESCALÃO

4.1-RETIRAR O FERROLHO
 Com a mão direita empunhar a arma.
 Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da
alavanca de desmontagem (à direita da arma). Simultaneamente, girar a alavanca de
desmontagem de 90o.
 Deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação.

4.2-RETIRAR A HASTE-GUIA E MOLA RECUPERADORA


 Comprimir a haste-guia e mola recuperadora para frente e levantá-las, deixando que
a mola se distenda vagarosamente.

4.3-RETIRAR O CANO
 Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos
de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho.
 Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano e o bloco de trancamento, levantando
a sua parte posterior.

4.4-RETIRAR O BLOCO DE TRANCAMENTO


 Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte posterior do bloco
de trancamento retirando-o lateralmente.

4.5-RETIRAR AS PLACAS DO PUNHO


 Com uma chave de fenda, desatarraxar os parafusos de fixação das placas e retirá-
las.

4.6-DESMONTAGEM DO CARREGADOR
 Com o auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da placa retém do fundo do
carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a

Armamento Leve II- Pág 25


placa retém do fundo do carregador, a fim de evitar uma descompressão violenta da mola. Sairão
do interior do carregador:
 Placa retém do fundo do carregador;
 Mola do carregador e transportador. Bastará separá-los.

5-DESMONTAGEM DE 20 ESCALÃO

5.1-RETIRAR A ALAVANCA DE DESMONTAGEM


 Com a mão esquerda, pressionar o retém da alavanca de desmontagem. Com a
outra mão, girar para cima (aproximadamente de 20o), a alavanca de desmontagem, puxando-
a para fora. Soltar, vagarosamente, o retém da alavanca de desmontagem, tendo o cuidado de
evitar que o mesmo salte por ação de sua mola. Retirar o retém e sua mola.

5.2-RETIRAR O RETÉM DO FERROLHO


 Girar a parte posterior do retém do ferrolho para cima, com o dedo polegar esquerdo
fixando a parte anterior do retém. Realizar movimentos oscilatórios no retém do ferrolho, a fim
de retirar o seu eixo da armação. Retirando o retém do ferrolho, a sua mola sairá juntamente
com o retém.

Cuidado para que a mola do retém do ferrolho não salte.

5.3-RETIRAR O TIRANTE DO GATILHO


 Com a arma apoiada sobre a mão, lado direito voltado para cima, forçar o ramo
superior da mola do tirante do gatilho, baixando-a do seu alojamento. A seguir, com o auxílio de
uma chave de fenda, levantar a parte anterior do tirante (na altura do gatilho) e retirá-lo da
armação.
5.4-RETIRAR O GATILHO
 Com um toca-pino, deslocar o eixo do gatilho, da direita para esquerda, retirando-o
da armação. Retirar o gatilho pela parte superior da armação, tendo o cuidado para que não salte
a sua mola.

6-DESMONTAGEM DE 30 ESCALÃO

6.1-RETIRAR O PERCUSSOR E O EXTRATOR


 Colocar o ferrolho sobre uma superfície de apoio, com a massa de mira voltada para
baixo. Com um toca-pino, deslocar o eixo do extrator, retirando-o do ferrolho. Retirar lateralmente
o extrator e sua mola e, pela parte posterior do ferrolho, o percussor e sua mola.

Armamento Leve II- Pág 26


Ao retirar o ferrolho da superfície de apoio, cuidado para que as molas do extrator
e do percussor não saltem.

6.2-RETIRAR O EJETOR
 Apoiar a face esquerda da armação sobre uma superfície plana, em seguida deslocar
da direita para a esquerda os pinos do ejetor. Retirar o ejetor da armação.

Esta desmontagem, só é feita em caso de substituição do ejetor.

6.3-RETIRAR O PINO DO REGISTRO DE SEGURANÇA


 Engatilhar a arma.
 Colocar a armação sobre uma superfície plana, com o punho voltado para cima e
sem forçar o cão.
 Com um toca-pino de diâmetro apropriado, retirar o pino do registro de segurança.

6.4-RETIRAR O REGISTRO DE SEGURANÇA


 Com a armação apoiada em uma das mãos, registro de segurança voltado para cima,
com o auxílio do polegar e o indicador da mão livre, elevar o registro de segurança e ao mesmo
tempo fazer movimentos oscilatórios e retirá-lo da armação.

Cuidado para que a mola do mergulhador do registro de segurança não salte.

6.5-RETIRAR O EIXO DO REGISTRO DE SEGURANÇA


 Desengatilhar a arma, empurrando a armadilha para frente e liberando o cão que
ficará na posição avançada.
 Retirar o eixo do registro de segurança da esquerda para direita.
 Para retirar o mergulhador e mola do registro de segurança, bastará colocar a
armação com o punho voltado para baixo.

6.6-RETIRAR A ARMADILHA
 Com um toca-pino, deslocar o eixo da armadilha da esquerda para direita, de modo
que o toca-pino fique fixando em seu lugar à mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal da
mola da armadilha, retirá-la da armação. Com o dedo indicador, amparar a armadilha. Em
seguida, girar a parte anterior da armação para baixo e a armadilha cairá por ação da gravidade,
sendo retirada da armação com auxílio do dedo indicador.

Armamento Leve II- Pág 27


6.7-RETIRAR O RETÉM DO CARREGADOR
 Com a armação apoiada sobre uma superfície plana e com o punho voltado para
cima, retirar o pino do retém do carregador. Pelo lado esquerdo da armação, retirar a bucha do
retém do carregador e sua mola, pelo lado direito sairá o retém do carregador.

6.8-RETIRAR O APOIO DA MOLA DO CÃO


 Apoiar a armação em uma superfície plana, lado direito voltado para cima. Retirar,
com auxílio de um toca-pino, o pino do apoio da mola do cão, tendo cuidado pois haverá uma
distensão violenta da mola do cão.
 Retirar pela parte inferior do punho da armação, o apoio do cão e a mola do cão.

6.9-RETIRAR O CÃO
 Com um toca-pino, retirar o eixo do cão. Retirar, em seguida, pela parte superior da
armação o guia da mola do cão.

7-MONTAGEM DA ARMA

7.1-MONTAR O CÃO

7.2-MONTAR O APOIO DA MOLA DO CÃO


 Colocar, em seu lugar o apoio da mola do cão, juntamente com a mola.
 Colocar o punho da armação na posição vertical e fazer coincidir o orifício da
armação com o orifício do apoio, colocando em seguida o pino do apoio.

7.3-MONTAR O RETÉM DO CARREGADOR.

7.4-MONTAR A ARMADILHA
 Introduzir o ramo menor da armadilha no seu alojamento (em cima).
 Introduzir o eixo da armadilha da direita para a esquerda.

7.5-MONTAR O REGISTRO DE SEGURANÇA


 Colocar o eixo do registro de segurança da direita para a esquerda.
 Comprimir o mergulhador e mola do registro de segurança e pressionar o registro de
segurança para baixo, encaixando-o em seu eixo.
 Fazer a coincidência do olhal do registro de segurança e olhal do eixo do registro de
segurança, colocando o seu pino, batendo-o de cima para baixo.
7.6-MONTAR O EJETOR

Armamento Leve II- Pág 28


7.7-MONTAR O PERCUSSOR E O EXTRATOR
 Colocar em seus alojamentos o extrator e o percussor, com suas molas.
 Comprimir o percussor de maneira que coincida o olhal do extrator com o orifício do
eixo do extrator.
 Colocar, de cima para baixo, o eixo do extrator.

7.8-MONTAR O CARREGADOR

7.9-MONTAR O GATILHO
 Colocar, no seu encaixe, a mola do gatilho, ficando o ramo curvo da mola voltado
para cima.
 Introduzir o gatilho e sua mola na armação.
 Colocar o eixo do gatilho da esquerda para a direita.

7.10-MONTAR O TIRANTE DO GATILHO


 Introduzir parcialmente o eixo do tirante do gatilho no olhal superior do gatilho, em
seguida colocar o ramo curvo da mola para frente do eixo do tirante do gatilho.

7.11-MOLA DO TIRANTE DO GATILHO


 O ramo maior deve ser introduzido na parte inferior do tirante do gatilho.

7.12-MONTAR O RETÉM DO FERROLHO


 Colocar a mola do retém com o ramo maior voltado para baixo, introduzindo no seu
alojamento na armação.
 Dar um giro no retém para encaixar o seu eixo no orifício da armação.

7.13-MONTAR O RETÉM DA ALAVANCA DE DESMONTAGEM


 Colocar a mola do retém no seu alojamento na armação.
 Colocar o retém em seu alojamento.

7.14-MONTAR A ALAVANCA DE DESMONTAGEM


 Comprimir o seu retém e colocar a alavanca.
 Girar o seu ressalto para baixo (posição de desmontagem).

7.15-MONTAR O BLOCO DE TRANCAMENTO NO CANO

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7.16-MONTAR O CONJUNTO DE TRANCAMENTO NO FERROLHO

7.17-MONTAR A HASTE-GUIA E MOLA RECUPERADORA

7.18-MONTAR AS PLACAS DO PUNHO

7.19-UNIR O CONJUNTO ARMAÇÃO-FERROLHO E BLOCO DE TRANCAMENTO

8-FUNCIONAMENTO

O estudo do funcionamento da pistola será realizado considerando-se que já ocorreu o


primeiro tiro. Para facilidade de compreensão, vamos analisar o funcionamento considerando
dois processos.

8.1-PRIMEIRO PROCESSO – POR AÇÃO SIMPLES

RECUO DO FERROLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração
4-Ejeção
5-Apresentação

AVANÇO DO FERROLHO
6-Carregamento
7-Fechamento
8-Trancamento
9-Engatilhamento
10- Desengatilhamento e Percussão
8.1.1-Destrancamento
 Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue,
trazendo consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se
choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age na rampa do mergulhador
no bloco de trancamento, abaixando-o. Em conseqüência os ressaltos de trancamento são
retirados dos alojamentos no ferrolho. Neste momento, estarão desengrazados o cano e o
ferrolho e os ressaltos de trancamento estarão em seus alojamentos na armação, havendo
portanto o destrancamento.

Armamento Leve II- Pág 30


8.1.2-Abertura
 Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto
recuo". O ferrolho entretanto continua recuando e se afastando do cano, dando-se a abertura.

8.1.3-Extração
 No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano,
retira da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.

8.1.4-Ejeção
 Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo
ainda preso pelo extrator, faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se
encontra montado à retaguarda e a esquerda da armação. A violência deste choque vence a
ação da garra do extrator e o estojo é projetado através da janela de ejeção, para fora da arma.
8.1.5-Apresentação
 O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo
cartucho, que ficará em condições de ser levado à câmara.

8.1.6-Carregamento
 A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se, levando-o à
frente e, ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na
câmara.

8.1.7-Fechamento
 Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato
com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento.

8.1.8-Trancamento
 Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de
trancamento sobe a sua rampa de elevação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus
alojamentos no ferrolho, o que caracteriza o trancamento da arma.
8.1.9-Engatilhamento
 Quando o ferrolho recua, o cão gira para a retaguarda e comprime a sua mola,
através do guia da mola do cão. O espigão do tirante do gatilho abandona o seu alojamento
sendo forçado para baixo, pela parte inferior do ferrolho. Em conseqüência, o ressalto do tirante
do gatilho sai de cima do ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha e esta volta à sua
posição de repouso, por ação de sua mola. Quando a armadilha volta à sua posição normal, o
seu ressalto apoio do dente do cão é colocado no dente de engatilhamento do cão, prendendo-
o à retaguarda e dando-se o engatilhamento.

Armamento Leve II- Pág 31


 Nesta situação, será evitado que se faça o tiro de rajada, ainda que o atirador
continue a comprimir a tecla do gatilho. No intervalo compreendido entre o disparo e o recuo do
sistema, é comum o atirador continuar comprimindo a tecla do gatilho. Ao ser relaxada a pressão
sobre a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, forçado pela sua mola é obrigado a subir. Em seguida
o ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o ressalto apoio do tirante do gatilho na
armadilha. Fica, desta forma, a arma pronta para um novo disparo, isto é, engatilhada.

8.1.10-Desengatilhamento e percussão
 Quando se comprime a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, através da ação do seu
ressalto sobre o ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha, faz com que esta gire para
frente e o seu ressalto apoio do dente do cão (na armadilha), abandone o dente de
engatilhamento do cão, liberando-o. Estando livre, o cão gira violentamente para frente por
descompressão de sua mola. O cão choca-se na cauda do percussor, que avança no seu
alojamento comprimindo a sua mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, percutindo a
cápsula do cartucho. Em seguida, o percussor retrai-se por descompressão de sua mola .

8.2-SEGUNDO PROCESSO – POR AÇÃO DUPLA


 Este processo deverá ser utilizado nos casos de nega ou quando a arma estiver com
um cartucho na câmara e o cão em sua posição de "repouso", Figs. 1 e 2.
 Neste caso, ao ser comprimida a tecla do gatilho, o ressalto do tirante do gatilho entra
em contato com o apoio do ressalto do tirante do gatilho existente no cão, obrigando-o a girar
para trás.
 Durante este giro, através de seus dentes, o cão afasta de si a armadilha, e comprime
sua mola através do guia da mola do cão.
 No limite máximo do seu giro, o cão estará livre da armadilha e avançará
violentamente por descompressão de sua mola, indo chocar-se na cauda do percussor. Após a
execução do primeiro disparo, a seqüência do funcionamento será idêntica à estudada na Ação
Simples.

Armamento Leve II- Pág 32


Em ambos os processos, após o último tiro, a mola do carregador se descomprime,
elevando-se. Em conseqüência, o apoio do dente anterior do retém do ferrolho, eleva-o, e
o retém não permite o avanço do ferrolho, ficando a arma aberta.

9-SEGURANÇAS DA ARMA
Possui a pistola, duas seguranças:

SEGURANÇAS
1-Registro de Segurança
2-Dente de Segurança do Cão

9.1-REGISTRO DE SEGURANÇA
Situado ao lado posterior esquerdo da armação, trava a arma, imobilizando a armadilha.
Esta segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando engatilhada
ou desengatilhada.

9.1.A) Arma engatilhada: agindo-se no registro de segurança para cima, a sua haste
de segurança coloca-se na parte superior da armadilha. Em conseqüência, a armadilha fica
imobilizada não permitindo que o cão tenha movimentos livres.

9.1.B) Arma desengatilhada: agindo-se no registro de segurança para cima, o


ressalto do seu eixo gira para baixo e entra em contato com a cauda do tirante do gatilho,
obrigando-o a abaixar. Neste movimento o ressalto do tirante do gatilho sai do seu alojamento
no cão impossibilitando o seu giro. Simultaneamente, a haste de segurança atua na armadilha,
como no caso anterior, não permitindo o engatilhamento da arma.

9.2-DENTE DE SEGURANÇA DO CÃO


Fica situado na parte anterior e superior do cão, imobiliza a armadilha na compressão
acidental do gatilho, desde que não ocorra o engatilhamento da arma.

10-QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS DE CAUSAS CORREÇÕES


INCIDENTES

Armamento Leve II- Pág 33


FALHA 1-Carregador com 1-Retirar o carregador
NA mossa ou sujo. O carregador da arma e executar uma
ALIMENTAÇ não entra totalmente no seu manutenção adequada.
ÃO receptor. 2-Desmontar o retém
2-Retém do carregador do carregador e substituí-lo.
com desgaste ou quebrado. O
carregador não poderá ficar
fixo no interior do receptor.
1-Mola do carregador 1-Substituir a mola do
FALHA fraca ou defeituosa. O carregador.
NA cartucho não fica em
APRESENTA condições de ser alcançado
ÇÃO pela parte anterior do ferrolho. 2-Substituir o
2-Transportador transportador.
amassado ou defeituoso.
FALHA 1-Rebarba, sujeira ou 1a)Eliminar a rebarba;
NO corpo estranho na câmara. 1b)Limpeza e
CARREGAM 2-Cartucho amassado lubrificação da câmara;
ENTO ou defeituoso. 1c)Remover o corpo
3-Mola recuperadora estranho.
defeituosa. O ferrolho não irá 2-Substituir a munição.
totalmente à frente. 3-Substituir a mola
4-Abas do carregador recuperadora.
defeituosas. Durante a
apresentação do cartucho fica 4-Substituir o
com sua ponta carregador.
demasiadamente elevada, em
conseqüência não entra na
câmara, quando levado à
frente pelo ferrolho.
FALHA NA 1-Ejetor gasto ou 1-Substituir o ejetor.
EJEÇÃO quebrado.
FALHA NO 1-Mola do cão fraca ou 1-Substituir a mola do
DISPARO quebrada cão.

Armamento Leve II- Pág 34


NEGA 1-Munição defeituosa. 1-Substituir a munição.
A cápsula tem marca da ponta
do percussor.
FALHA 1-Dente de 1-Substituir o cão.
NO engatilhamento do cão com
ENGATILHA desgaste. 2-Montar
MENTO 2-Mola da armadilha corretamente.
montada incorretamente.
3-Mola da armadilha 3-Substituir a mola da
quebrada. armadilha.
4-Apoio para a mola da 4-Substituir a
armadilha quebrado. armadilha.
5-Espigão do tirante do
gatilho gasto. 5-Substituir o tirante.
6-Ressalto apoio do
dente do cão (na armadilha) 6-Substituir a
gasto. armadilha.
FALHA 1-Ressalto do tirante 1-Substituir o tirante
NO do gatilho gasto ou quebrado. do gatilho.
DESENGATI 2-Ressalto apoio do
LHA-MENTO tirante do gatilho (na 2-Substituir a
armadilha), gasto ou armadilha.
quebrado.
3-Apoio para o ressalto
do tirante do gatilho (no cão), 3-Substituir o cão.
gasto (na ação dupla).
FALHA NA 1-Extrator quebrado ou 1-Substituir o extrator.
EXTRAÇÃO gasto.
FALHA NA 1-Ponta do percussor 1-Substituir o
PERCUSSÃO gasta ou quebrada. percussor.

11-EMPREGO DE CALIBRADORES

11.1-CALIBRADOR DE CÂMARA (Falso Cartucho) - (B-780 433/3)


Este calibrador, destina-se a controlar o desgaste do alojamento para o cartucho,
formado pela composição dos conjuntos cano-ferrolho. É usado da seguinte forma:

➢ Com a arma montada, retrair o ferrolho até que seja aprisionado pelo retém do
ferrolho, ficando em posição aberta.

Armamento Leve II- Pág 35


➢ Introduzir o calibrador de câmara B-780 433/3, de forma que o mesmo se aloje como
se fosse um cartucho comum (Fig. 3).

➢ Segurar o ferrolho, e ao mesmo tempo, apertar o retém do ferrolho de forma a liberá-


lo, permitindo um deslocamento suave até que encoste no falso cartucho, sem bater.

➢ Completada a operação anterior, a arma deverá ficar aberta, isto é, não deverá fechar
totalmente. Para controle visual, basta verificar a parte traseira do ferrolho que não deverá
concordar com a parte traseira da armação (Fig.4).

➢ Se a arma fechar totalmente, fica evidenciado que a câmara atingiu a folga máxima
admitida para o cartucho e, nesse caso, o cano da arma deverá ser substituído.

11.2-CALIBRADOR DE AFLORAMENTO DO PERCUSSOR - (B-780 612)


Este calibrador, destina-se a controlar os cursos máximo e mínimo admissíveis para a
ponta do percussor aflorar no fundo do ferrolho, Figs. 5 e 6.

Armamento Leve II- Pág 36


É usado da seguinte forma:
➢ Desmontar o conjunto do ferrolho da arma.
➢ Posicionar o ferrolho na base “A” do calibrador B780 612, de modo que, as “abas”
da mesma se encaixem no alojamento onde, com a arma montada, é alojado o bloco de
trancamento (Figs.7 e 8).

Armamento Leve II- Pág 37


➢ Girar o parafuso “B” pela cabeça recartilhada, avançando o percussor até
encontrar uma resistência positiva (não forçar), formada pelo pino do extrator e pelo extrator
(Fig.7).

➢ Passar o calibrador “C” na ponta do percussor aflorada, conforme indicado nas


Figs.9 e 10. O lado do entalhe gravado 2,0 mm deve passar sem interferência, e o lado gravado
1,30 mm não deve passar livremente.

➢ Caso o afloramento da ponta do percussor esteja fora dos limites controlados pelo
calibrador “C”, o percussor deverá ser substituído.

11.3-CALIBRADOR DO
DIÂMETRO INTERNO DO CANO - (B-
780 613)
Este calibrador, destina-se a controlar o
desgaste máximo admissível para o diâmetro interno do cano, seja na boca, seja na parte
traseira, junto à câmara. É usado da seguinte forma:
➢ Desmontar o cano do conjunto da arma, limpando-o internamente em toda sua
extensão.

11.3.1 CONTROLE DA BOCA

➢ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da boca, sem forçar e observar a
posição da linha de referência “A” na Fig.11, gravada no calibrador.
➢ Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “b” que passa pela boca da
arma.
➢ Caso ocorra a ultrapassagem do limite acima citado, indica que o cano está com o
seu diâmetro interno maior que o máximo admissível devendo, em conseqüência, ser substituído.

11.3.2 CONTROLE DA CÂMARA

➢ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da câmara, sem forçar e observar a
posição da linha de referência “B” na Fig.12, gravada no calibrador.

Armamento Leve II- Pág 38


➢ Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “a” que passa pela boca da
arma.
➢ Caso a ultrapassagem do limite acima citado, indica que o cano está com o seu
diâmetro interno maior que o máximo admissível devendo, em conseqüência, ser substituído.

11.4-FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
A não ser que ocorra algum acidente, ou que outros indícios assim recomendem e
com vistas a assegurar um bom desempenho da arma, ela deve ser controlada através dos
calibradores descritos com a seguinte freqüência:
1o controle: após 1000 tiros acumulados;
2o controle: após 2000 tiros acumulados;
3o controle: após 2500 tiros acumulados.
Após o 3o controle, a cada 500 tiros acumulados subsequentes.

11.5-RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA O MANUSEIO E CONSERVAÇÃO DOS


CALIBRADORES

11.5.1 Os calibradores são instrumentos de alta precisão. Apesar de serem fabricados


com aços endurecidos, entretanto, estão sujeitos a deformações e desgastes. Assim sendo,
devem ser manuseados com cuidado de forma a evitar quedas, bem como passados nas peças
a controlar sem esforço ou choque.
11.5.2 Para melhor proteção e conservação, os calibradores devem ser mantidos nos
estojos de madeira.
11.5.3 Após o uso, limpá-los com um pano macio ou algodão, embebido em um solvente
tal como tetracloreto de carbono, tricloroetileno ou ainda benzina, protegendo-os em seguida
com vaselina neutra.
11.5.4 Caso sejam pouco usados, a cada 6 meses limpar, inspecionar quanto a um
possível ataque corrosivo e proteger novamente com vaselina neutra.

12-VISTA SECCIONADA DA PISTOLA

Armamento Leve II- Pág 39


13-VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA

14-LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA

Armamento Leve II- Pág 40


1-Cano 28-Mola do Mergulhador do
2-Bloco de Trancamento Registro de Segurança
3-Mergulhador do Bloco 29-Ejetor
de Trancamento 30-Pino do Ejetor (Par)
4-Pino do Mergulhador do 31-Bucha do Cão
Bloco de Trancamento 32-Cão
5-Ferrolho 33-Eixo do Registro de Segurança
6-Mola Recuperadora 34-Guia da Mola do Cão
7-Guia da Mola 35-Mola do Cão
Recuperadora
36-Apoio da Mola do Cão
8-Extrator
37-Pino de Apoio da Mola do Cão
9-Pino do Extrator
38-Eixo da Armadilha
10-Mola do Extrator
39-Mola da Armadilha
11-Bloco com Entalhe de
40-Armadilha
Mira
41-Retém do Carregador
12-Percussor
42-Mola do Retém do Carregador
13-Mola do Percussor
43-Bucha do Retém do Carregador
14-Armação
44-Pino do Retém do Carregador
15-Alavanca de
Desmontagem 45-Bucha da Placa do Punho (4
Peças)
16-Retém da Alavanca de
Desmontagem 46-Parafusos das Placas do
Punho (4 Peças)
17-Mola do Retém da
Alavanca de Desmontagem 47-Placa Esquerda do Punho
18-Retém do Ferrolho 48-Placa Direita do Punho
19-Mola do Retém do 49-Corpo do Carregador
Ferrolho 50-Transportador
20-Gatilho 51-Mola do Carregador
21-Eixo do Gatilho 52-Chapa da Mola do Carregador
22-Mola do Gatilho 53-Fundo do Carregador
23-Tirante do Gatilho
24-Mola do Tirante do
Gatilho
25-Registro de Segurança
26-Pino do Registro de
Segurança
27-Mergulhador do
Registro de Segurança

Armamento Leve II- Pág 41


CAPÍTULO 03

Ord Assunto Pagina


1 Apresentação
2 Características
3 Medidas preliminares
4 Desmontagem de 1o escalão
5 Desmontagem de 2o escalão

Armamento Leve II- Pág 42


6 Desmontagem de 3o escalão
7 Montagem
8 Funcionamento
9 Segurança
1 Seguranças adicionais
0
1 Manejo
1
1 Quadro de incidentes de tiro
2
1 Incidente de tiro
3
1 Acidente de tiro
4
1 Ação imediata
5
1 Acessórios
6
1 Regulagem do escape de gases
7
1 Regulagem do Aparelho de Pontaria
8
1 Instruções para substituição do Apoio do ferrolho
9
2 Emprego de caliradores
0
2 Resumo do emprego de calibradores
1
2 Vista explodida
2

FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL

FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL

1-APRESENTAÇÃO

Armamento Leve II- Pág 43


O fuzil 7,62 M964, é uma arma adotada no exército brasileiro em substituição aos antigos
fuzis e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30. Foi adotado como arma portátil do
combatente de qualquer arma, atendendo as necessidades de uniformização da munição, bem
como da modernização do equipamento.
É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde 1960 na África
quando de lutas internas. Suas excepcionais características já foram comprovadas nas mais
diversas situações e condições de emprego.
Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos do soldado, uma
arma que tenha – em grau até agora não igualado – as mais importantes qualidades a saber:
➢ perfeita maneabilidade;
➢ possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado;
➢ facilidade de manutenção em campanha;
➢ segurança absoluta de funcionamento.

2 -CARACTERÍSTICAS

2.1 -DESIGNAÇÃO
NEE.................................................................1005-1062-443-5
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”
NEE................................................................1005-1062-414-6
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964 Br1
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”

2.2 -CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ................................................Portátil
Quanto ao emprego ........................................Individual
Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático
Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um ponto do cano)
Quanto a refrigeração .....................................A ar

2.3 -ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade .................................................... 20 cartuchos
Sentido ...........................................................De baixo para cima

2.4-RAIAMENTO
Números de raias ...........................................04 (quatro)

Armamento Leve II- Pág 44


Sentido ...........................................................A direita

2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e visor com cursor
Massa de mira ................................................Tipo ponto com protetores

2.6-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ............................................................7,62 mm
Comprimento .................................................1,10 m
Peso do carregador vazio ...............................250 g
Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg
Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg
Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s
Velocidade do tiro .........................................Automático: 120 tiros por minuto
Semi-automático: 60 tiros por minuto
Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto
Alcance máximo ............................................3.800 m
Alcance útil sem luneta .600 m
Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros

2.7-MUNIÇÕES UTILIZADAS
Ordinário .......................................................7,62 M1
Perfurante ......................................................7,62 Pf
Traçante .........................................................7,62 Tr
Festim ............................................................7,62 Ft
Manejo ...........................................................7,62 Mnj
Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO

2.8-TIPOS DE GRANADAS
Anti-pessoal ...................................................Cor havana / cinta vermelha
Anti-carro .......................................................Cor amarela / vo / cinta branca
Incendiária .....................................................Cor cinza
Exercício ........................................................Cor preta ou azul

3-DESMONTAGEM

3.1-MEDIDAS PRELIMINARES

Armamento Leve II- Pág 45


Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
 Retirar o carregador.
 Dar dois golpes de segurança.
 Retirar o reforçador para tiro de festim.
 Retirar a bandoleira.
 Abrir a arma, agindo na chaveta do trinco da armação. (Atenção: Manter o cano
voltado para BAIXO)

3.2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
3.2.1-Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho
 Puxar para trás, a haste do impulsor do ferrolho.
3.2.2-Retirar a Tampa da Caixa da Culatra
 Puxando para trás, a tampa deslizará em suas corrediças.

3.2.3-Separar o Ferrolho do Impulsor do Ferrolho


 Deixe o ferrolho cair normalmente e, ao mesmo tempo, exercer pressão na cauda do
percussor, utilizando a face de uma mesa de madeira.

3.2.4-Retirar o Percussor
 Fazendo pressão sobre sua cauda e por meio de um toca-pino, retirar o pino do
percussor.
 Retirado o pino do percussor, o mesmo sairá do seu alojamento por força de sua
mola.

3.2.5-Desmontar o Obturador do Cilindro de Gases


 Fazendo pressão sobre o retém do obturador, girar ¼ de volta no sentido horário e
retirá-lo.

3.2.6-Retirar o Êmbolo do Cilindro de Gases


 Puxar o êmbolo do seu alojamento e separá-lo da sua mola.
 A última espira da mola é a mais apertada para mantê-la junto ao êmbolo.

3.3-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO

3.3.1-Retirar o Guarda-Mão
 Afrouxar o parafuso do guarda-mão e retirá-lo

Armamento Leve II- Pág 46


3.3.2-Desmontar o Extrator
 A desmontagem do extrator é feita com auxílio de uma ferramenta especial.
 Retirando o extrator, retira-se com cuidado, o impulsor do extrator de seu alojamento
e sua mola.

3.3.3-Separar o Conjunto Cano-Caixa da Culatra do Conjunto Armação-Coronha


 Após girar a armação até o limite máximo, desaparafusar a cavilha do eixo da
armação, com uma chave de fenda.
 Retirar a cavilha do eixo da armação.
 Com auxílio de um toca-pino, fazer com que o eixo da armação saia de seu
alojamento, pelo lado direito da arma, por cerca de um centímetro.
 Retirar o eixo da armação.
 Retirado o eixo da armação, separa-se o conjunto cano-caixa da culatra, do conjunto
armação-coronha.

3.3.4-Retirar o Disparador
 Girar o disparador de 90o efetuando leve pressão para trás
 Continuar o movimento para a retaguarda, até liberá-lo da caixa da culatra.
A mola do disparador é cravada e não deve ser desmontada, a não ser para
substituição, em órgão de 3o escalão.

3.3.5-Desmontar o Mecanismo da Armação


 Colocar o registro de tiro e segurança na posição “R” e liberar o martelo agindo no
gatilho.
 Com auxílio de uma chave de fenda, introduzir sua fenda por baixo do estojo da mola
do martelo e fazer sair o estojo de seu apoio na armação e retirar o conjunto estojo-haste-guia e
mola do martelo.
 Girar o registro de tiro e segurança para cima, até que fique em posição vertical e
retirá-lo.
 Girar a placa suporte dos eixos para sua posição mais elevada e puxá-la para trás.
 Com auxílio de um toca-pino, empurrar o eixo do martelo para fora e retirar o eixo e
o martelo.
 Com auxílio de um toca-pino, empurrar o eixo do gatilho intermediário para fora e
retirar o eixo e o gatilho intermediário, segurando-o para não saltar.
 Retirar o gatilho, separando-o do impulsor do gatilho. Como a última espira da mola
do gatilho intermediário é aberta, esta não deve ser retirada a não ser para substituição.

3.3.6-Retirar a Chapa da Soleira

Armamento Leve II- Pág 47


 Retirar o parafuso da chapa da soleira e separá-los.

3.3.7-Retirar as Molas Recuperadoras


 Com auxílio de uma ferramenta especial, retirar o parafuso das molas recuperadoras
e as molas.
 Separar o parafuso, a arruela, as duas molas (interna e externa) e a haste das molas.

3.3.8-Retirar a Massa de Mira


 Verificar a sua posição.
 Atarraxá-la completamente, contando o número de cliques.
 Desatarraxá-la por meio de uma ferramenta especial.
 Retirar o engrazador e a mola da massa de mira.

3.3.9-Desmontar o Carregador
 Fazer deslizar, em seu encaixe, o fundo do carregador até ficar um centímetro para
fora.
 Puxar o fundo do carregador.
 Retirar a mola do transportador, até o fim.
 Girar o transportador cerca de 45o, no interior do carregador.
 Separar a mola do transportador.

3.4-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
 A desmontagem de 3o escalão deverá ser realizada somente em níveis mais
elevados de instruendos. Não utilizá-la para conscritos.

3.4.1-Desmontar o Anel Regulador de Escape de Gases


 Com auxílio de uma ferramenta especial, desaparafusar o anel regulador de escape
de gases e retirá-lo.
 Por meio de uma chave de fenda, retirar a extremidade da mola de travamento, de
seus alojamentos, e retirá-la.

3.4.2-Retirar o Cilindro de Gases


 Com auxílio de uma ferramenta especial, desaparafusar a luva do cilindro de gases
e puxar a mesma em direção a boca da arma.
 Retirar o pino do cilindro de gases.
 Desatarraxar o cilindro de gases e puxá-lo para trás.
 Separar do cilindro de gases, o anel regulador de escape de gases e a luva do cilindro
de gases.
Armamento Leve II- Pág 48
3.4.3-Retirar a Alça de Transporte
 Retirada a luva do cilindro de gases, a alça de transporte está solta.

3.4.4-Desmontar a Alavanca de Manejo


 Com auxílio de um toca-pino, tirar o pino da chaveta da alavanca de manejo.
 Retirar o mergulhador e mola de seu alojamento.

3.4.5-Retirar o Retém do Carregador


 Com uma chave de fenda, desaparafusar o parafuso-eixo do retém do carregador e
retirá-lo.
 Comprimir a mola do retém do carregador e segurar o retém, quando a mola ficar
solta, retirar o retém.

3.4.6-Retirar o Retém do Ferrolho


 Retirado o retém do carregador, o retém do ferrolho está solto.

3.4.7-Desmontar o Punho
 Com auxílio de uma chave de fenda, desaparafusar a porca de fixação do punho e
retirá-la junto com o punho.

3.4.8-Desmontar o Guarda-Mato
 Após retirar o punho, basta girá-lo para frente e para baixo, que o mesmo está solto.

3.4.9-Desmontar o Impulsor do Gatilho


 Fazer pressão para trás, sobre o impulsor do gatilho, para comprimir sua mola e girá-
lo para baixo.
 Separar o impulsor e sua mola.

3.4.10-Desmontar a Armação da Coronha


 Retirar o parafuso da coronha, que liga a armação.
 Separar a armação da coronha.

3.4.11-Desmontar o Trinco da Armação


 Retirar o parafuso-suporte da chaveta do trinco da armação.

Armamento Leve II- Pág 49


 Com auxílio de um toca-pino, retirar o pino-guia do trinco da armação, mantendo o
toca-pino no alojamento do pino, para que a mola do trinco não seja distendida violentamente.
 Com o dedo fazendo pressão sobre o trinco da armação, retirar o toca-pino.
 Retirar a mola e o mergulhador do trinco da armação.
 Fazer pressão sobre a extremidade do eixo da chaveta do trinco e retirar a chaveta.
 Retirar o trinco da armação de seu alojamento.

3.4.12-Desmontar a Alça de Mira


 Desaparafusar e retirar um dos parafusos de correção do desvio da alça de mira.
 Fazer deslizar a alça de mira para o mesmo lado de onde foi retirada o parafuso de
correção (não mexer no outro parafuso).
 Retirar o pino-limitador do cursor da alça de mira e por meio de uma pressão do botão
serrilhado daquele cursor, retirar o mesmo.
 Separar o cursor, o botão serrilhado, a mola do botão serrilhado, o cursor da alça de
mira e a mola de travamento dos parafusos de correção de desvio da alça de mira.

3.4.13-Desmontar os Zarelhos
 Zarelho Anterior
 Retirar o parafuso do zarelho e afastar a braçadeira, retirando-a do cano.
 Zarelho Posterior
 Desaparafusar os dois parafusos e retirá-lo.

3.4.14-Desmontar a Haste do Impulsor do Ferrolho


 Com auxílio de um toca-pino, retirar o pino da haste. Esta operação, somente será
realizada em caso de substituição.
 Retirar a haste, o mergulhador e a mola do mergulhador.

3.4.15-Desmontar a Alavanca de Manejo


 Com auxílio de um toca-pino, impelir o retém do punho da alavanca de manejo para
fora e separar o punho, o retém e o corpo da alavanca. Esta operação, somente será realizada
em caso de substituição.

3.4.16-Desmontar o Ejetor
 Com auxílio de um toca-pino, empurrar o pino do ejetor somente até a metade, para
facilitar a desmontagem.
 Retirar o ejetor, puxando-o na direção da boca da arma.
 Caso não saia facilmente, empurrá-lo com um toca-pino de bronze. Esta operação,
somente será realizada em caso de substituição.

Armamento Leve II- Pág 50


3.4.17-Desmontar o Apoio do Ferrolho
 Com auxílio de um toca-pino, empurrar o apoio do ferrolho da esquerda para a direita
e retirá-lo.
 Esta operação, somente será realizada em caso de substituição.

3.4.18-Desmontar o Registro de Tiro e Segurança


 Retirar o pino do registro de tiro e segurança.
 Separar as partes componentes, que são: o registro, o mergulhador, a mola e o pino.

4 – MONTAGEM

A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem, com exceção do trinco da


armação, que procede-se da seguinte maneira:
 Colocar o trinco da armação com o mergulhador e mola;
 Colocar o pino-guia do trinco;
 Pressionar o trinco, dando posição para a chaveta;
 Colocar a chaveta do trinco da armação;
 Colocar o parafuso-suporte da chaveta do trinco da armação.

5 - FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
 Ação dos gases;
 Recuo das peças móveis e
 Avanço das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
 Um cartucho encontra-se na câmara;
 A arma está trancada e
 Dá-se a percussão.

5.1 -Fases de Funcionamento

Armamento Leve II- Pág 51


Durante o Recuo das Peças Móveis:
1-Destrancamento e Abertura
Durante o Avanço das Peças Móveis:
2-Extração 2a Fase
5-Ação das Molas Recuperadoras
3-Ejeção
6-Carregamento e Fechamento
4-Apresentação
7-Extração 1a Fase
5.2 - 8-Trancamento Ação
dos Gases
 O projetil percorre o cano e ultrapassa o evento de admissão de gases (F-Fig. 1).
 Os gases atravessam o evento de admissão de gases e atingem o obturador do
cilindro de gases (A), que está ligado ao bloco do cilindro de gases (B).
 Caso o obturador esteja fechado, (letras “Gr” para cima), os gases não penetram
no cilindro de gases e a arma funciona como arma de repetição.
 Com o obturador aberto, (letra “A” para cima), os gases atravessam o evento de
admissão e entram em contato com a cabeça do êmbolo (D).
 Sob a pressão dos gases, o êmbolo retrocede e deixa livre o evento de escape de
gases (E).
 O evento de escape de gases tem abertura variável, segundo a graduação em que
se ache o anel regulador de escape de gases (C).
 O anel regulador, destina-se a fazer aumentar ou diminuir a saída dos gases e assim
controlar a pressão destes, na cabeça do êmbolo.
 O êmbolo (P-Fig. 2), em seu recuo, obriga o impulsor do ferrolho (B), a retroceder.
 A mola do êmbolo, que foi comprimida, distende-se e torna a levar o êmbolo para a
sua posição avançada.

5.3 -Recuo das Peças Móveis

1-Destrancamento e Abertura
 Quando o impulsor do ferrolho recua, as suas rampas de destrancamento (B1-Fig.
3), entram em contato com os ressaltos de destrancamento do ferrolho (C1) e faz com que a
parte posterior do ferrolho, erga-se e abandone o seu apoio (D-Figs. 3 e 4), na caixa da culatra
(E-Fig. 4).

Armamento Leve II- Pág 52


5.3.1-Extração 2a Fase
 O batente do ferrolho no impulsor do ferrolho (B2-Fig.5), entra em contato com o
ferrolho (C2) e este é levado para a retaguarda.
 Nesse momento, a garra do extrator retira o estojo da câmara, conservando-o preso
ao ferrolho.

5.3.2-Ejeção
 Quando a face anterior do ferrolho se acha próxima ao defletor da janela de ejeção,
o estojo choca-se com o ejetor (Fig. 6) que obriga-o a girar e sair para cima e para a direita.
 Depois desta fase, o movimento das peças móveis continua até que o conjunto
ferrolho-impulsor do ferrolho vem parar junto da parte posterior da armação.
 Durante o recuo, houve a compressão das molas recuperadoras, por intermédio da
haste do impulsor do ferrolho.

5.3..3 -Apresentação
 Durante a última parte do movimento das peças móveis para trás, os cartuchos
existentes no carregador, sob o impulso da mola do transportador, sobem, e o mais acima,
apresenta seu culote de maneira a ser empurrado pelo ferrolho, quando este avançar.

5.3..4 -Avanço das Peças Móveis

Armamento Leve II- Pág 53


1-Ação das Molas Recuperadoras
 As molas recuperadoras em certo momento de sua compressão, impedem que o
conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho, prossiga em seu recuo.
 A seguir, impelem tal conjunto para frente, por intermédio da haste do impulsor do
ferrolho.
 As rampas de impulso (B3-Fig. 7), existentes no impulsor do ferrolho, entram em
contato com as rampas de impulso do ferrolho (C3) e este é impelido para frente.

5.3.5 - Carregamento e Fechamento


 O ferrolho avançando mais, liberta o cartucho das abas do carregador e o introduz
completamente na câmara.
 Está realizado o carregamento.
 O ferrolho terminou seu avanço e a arma está fechada, embora ainda não esteja
trancada.
 Quando o ferrolho avançar, a parte inferior de sua face anterior, entra em contato
com o culote do cartucho e leva-o para frente.
 A ponta do projetil ao avançar, encontra a rampa de acesso, que eleva e orienta
aquela ponta, para que haja a introdução na câmara de carregamento.
 Nesse momento, o cartucho está liberado parcialmente das abas do carregador.

5.3.6 - Extração 1a Fase


 No momento em que termina o carregamento, dá-se a 1a fase da extração, pois o
ferrolho procurando avançar mais, obriga o extrator a empolgar por sua garra, o culote do estojo.

5.3.7-Trancamento
 Como o ferrolho não pode avançar mais, o impulsor do ferrolho, por intermédio de
sua rampa de impulso (B3-Fig. 7) que age sobre a rampa de impulso do ferrolho (C3), obriga
este a baixar.
 As rampas de trancamento do impulsor do ferrolho (B4-Fig. 7) e do ferrolho (C4),
entram em contato e impelem este último para baixo.
 O ferrolho, coloca-se então, diante do apoio do ferrolho (D-Fig. 8).
 Deu-se o trancamento da arma.

Armamento Leve II- Pág 54


6-SEGURANÇA

O fuzil possui uma segurança. O registro de tiro e segurança na posição “S”, seu eixo
apresenta à cauda do gatilho, sua parte arredondada, não permitindo que este suba e atue no
gatilho intermediário.

7-SEGURANÇAS ADICIONAIS

7.1 -Pela Posição do Impulsor do Ferrolho


 Como o impulsor do ferrolho continua o seu movimento para frente, após o ferrolho
parar, a face inferior da mortagem do impulsor do ferrolho (B5-Fig. 8), coloca-se sobre a parte
superior do ferrolho (C5) e impede que este se levante e destranque a arma.

7.2 -Pela Posição do Percussor


 Durante o movimento das peças móveis, a cauda do percussor está oculta pelo
impulsor do ferrolho (Fig. 9).
 Somente quando se dá o trancamento completo, pela chegada do impulsor do
ferrolho à sua posição mais avançada, é que a cauda do percussor fica descoberta. Aí então, é
que pode ser realizada a ação do martelo sobre o percussor, para que haja a percussão.

7.3 -Pelo Retém do Ferrolho


 Depois de ter saído o último cartucho do carregador, o gancho do transportador entra
em contato com o retém do ferrolho (Fig. 10), e, sob a pressão da mola do transportador, levanta
o referido retém.
 Quando o ferrolho procura avançar, encontra em seu caminho, o retém do ferrolho
(Fig.10) e fica preso.
 A arma fica aberta e o atirador é avisado de que o carregador está vazio.

Armamento Leve II- Pág 55


7.4 -Pela Posição do Disparador
 Durante o seu movimento para trás, o impulsor do ferrolho, obriga o martelo a girar
para trás.
 Logo que a face posterior do impulsor do ferrolho, ao avançar, ultrapassa o martelo,
este se levanta e entra em contato pelo entalhe (F2-Fig. 9) com a cauda do disparador (K2), que
o mantém em posição de “ENGATILHADO” (Fig.9).
 Nos últimos milímetros do seu avanço, o impulsor do ferrolho entra em contato com
o dente do disparador (K1), por intermédio de seu ressalto posterior inferior esquerdo (B6).
 O disparador sob a pressão do impulsor do ferrolho, gira e libera o martelo (Fig. 12),
o qual em seguida é detido no seu entalhe (F1-Fig. 12), pelo dente do gatilho intermediário (G1-
Fig. 12).

7.5 -Pelo Mecanismo de Disparo

7.5.1-Posição Inicial
Suponha-se a seguinte posição inicial:
➢ A arma está engatilhada;
➢ A arma está travada.

7.5.2-Posição “Travada”
➢ O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “S”, que indica que a arma
está travada.
➢ O eixo do registro de tiro e segurança (J1 e J2-Fig. 11), apresenta à cauda do
gatilho o seu arredondamento (J1).
➢ Nesta posição, a cauda do gatilho não pode subir e não pode atuar no gatilho
intermediário.

7.5.3 - Posição “Tiro Semi-Automático”


➢ O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “R”, indicando que a arma está
preparada para o tiro semi-automático.
➢ O eixo do registro de tiro e segurança, apresenta à cauda do gatilho, o seu
entalhe menor (J2-Figs. 11 e 12).

Armamento Leve II- Pág 56


7.5.3.1-AVANÇO DO MARTELO
➢ A pressão do dedo na tecla do gatilho, faz a cauda do gatilho (H2-Fig. 12), entrar
em contato com a cauda do gatilho intermediário (G2).
➢ O gatilho, que continua o seu movimento sob o efeito da pressão do dedo, impele a
cauda do gatilho intermediário (G2), para cima.
➢ Em conseqüência, o dente do gatilho intermediário (G1), baixa e desprende-se do
entalhe do martelo (F1), este liberado, avança sob a pressão de sua mola e provoca a percussão,
por choque do encontro da cauda do percussor.
➢ Durante o avanço do martelo, o gatilho intermediário, que já não está pressionado
pelo martelo, e que tem o olhal de seu eixo de forma oval, vem para frente (Fig. 13), sob a ação
de sua mola.
➢ Nesta posição, a cauda do gatilho intermediário (G2), perde contato com a cauda do
gatilho (H2).
➢ O dente do gatilho intermediário (G1) eleva-se, então, e fica em posição de prender
o martelo na próxima vez.

7.5.3.2 - POSIÇÃO ENGATILHADO


➢ As peças móveis recuam e fazem girar o martelo para a sua posição recuada.
➢ No avanço, o disparador mantém o martelo preso, durante o tempo de segurança
(Ver D-Pela Posição do Disparador) .
➢ No fim do curso das peças móveis, o disparador liberta o martelo.
➢ O martelo gira ligeiramente em torno de seu eixo e o seu entalhe (F1), vem
prender-se no dente do gatilho intermediário (G1), e obriga a este último recuar um pouco, para
ir colocar-se contra o seu apoio na cauda do gatilho (H2-Fig.12).
➢ Quando a pressão do dedo sobre a tecla do gatilho cessa, este volta à sua
posição normal, sob a pressão de sua mola, fazendo baixar sua cauda, o que permite ao gatilho
intermediário, recuar o pouco que necessita para estar em condições de prender novamente o
martelo.

7.5.4 - Posição “Tiro Automático”


➢ O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “A”, que indica que arma está
preparada para o tiro automático.
➢ O eixo do registro de tiro e segurança, apresenta à cauda do gatilho, o seu entalhe
maior (J3-Fig. 13).
➢ No momento em que se dá a pressão do dedo sobre a tecla do gatilho, o ciclo dos
movimentos do gatilho e do gatilho intermediário, é o mesmo que no caso do tiro semi-
automático.

Armamento Leve II- Pág 57


➢ No entanto, como o curso do gatilho agora é maior, o dente do gatilho
intermediário (G1), permanece abaixado e não mais prende o martelo quando este avançar.
➢ O martelo, então, é acionado somente pelo disparador.
➢ O disparador, impedindo que a queda do martelo seja antes do fim do curso do
impulsor do ferrolho, torna-se possível o tiro automático, pois, se o martelo estivesse mantido até
o fim do avanço daquele impulsor, seguiria este último e assim, empurraria o percussor para
frente, ao invés de chocar-se contra ele.
➢ Ao cessar a pressão do dedo sobre a tecla do gatilho, as operações repetem-se
da mesma forma que no tiro semi-automático.

7.5.5 - Posição “Tiro de Repetição”


➢ Para o lançamento de granadas, emprega-se o tiro de repetição, para o que, além
do registro de tiro e segurança ser colocado na posição “R”, deve-se girar o obturador do cilindro
de gases, até que as letras “Gr”, fiquem para cima.
➢ É usado então, um cartucho de lançamento (que não possui projetil), para fazer o
papel de carga de projeção da granada.

8- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações
diretas com a utilização do armamento.
8.1 - Municiar o Carregador
 Consiste em introduzir o cartucho no carregador.
8.2 - Alimentar a Arma
 Colocar o carregador municiado na arma.
8.3 -Engatilhar
 Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda, e, logo após, deixar que
a mesma vá à frente.
8.4 -Travar
 Colocar o registro de tiro e segurança na posição “S”.
8.5 -Destravar
 Colocar o registro de tiro segurança na posição “R” ou “A”.

Armamento Leve II- Pág 58


8.6 -Desngatilhar
 Pressionar a tecla do gatilho.

9-QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Garra do extrator gasta 1-Substituir o
ou quebrada. extrator.
2-Mola do extrator 2-Substituir a
quebrada ou fraca. mola.
FALHA NA
EXTRAÇÃO 3-Virola do estojo 3-Sacar o estojo
quebrada. da câmara.
4-Recuo incompleto do 4-Regular o
ferrolho por insuficiência de escape de gases.
gases.
1-Ponta do percussor 1-Substituir o
FALHA NA gasta ou quebrada. percussor.
PERCUSSÃO

1-Ejetor quebrado. 1-Substituir o


FALHA NA 2-Insuficiência de gases. ejetor.
EJEÇÃO 2-Reduzir o
escape de gases.
1-Corpo do carregador 1-Substituir o
amas-sado. carregador.
FALHA NA
2-Retém do carregador 2-Substituir o
gasto. retém do carregador.
ALIMENTAÇÃO
3-Mola do retém do 3- Substituir a
carregador quebrada. mola.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o
2-Dente do gatilho escape de gases.
intermediário gasto (tiro semi- 2-Substituir o
FALHA NO automático). gatilho intermediário.
ENGATILH 3-Cauda do disparador 3-Substituir o
AMENTO gasta (tiro automático). disparador.
4-Mola do disparador 4-Substituir a
fraca ou quebrada (tiro mola.
automático).

Armamento Leve II- Pág 59


1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o
2-Estojo rompido no escape de gases.
interior da câmara. 2-Sacar o estojo
3-Munição defeituosa. da câmara.
FALHA NO
4-Abas do carregador 3-Substituir a
amassadas. munição.
CARREGAMENTO
5-Molas recuperadoras 4-Substituir o
fracas ou quebradas. car-regador.
5-Substituir as
molas.
FALHA NO 1-Mola do martelo 1-Substituir a
DISPARO quebrada ou fraca. mola.
1-Mola do carregador 1-Substituir a
fraca ou quebrada. mola.
FALHA NA 2-Transportador 2-Substituir o
APRESENTAÇÃO amassado. transportador.
3-Corpo do carregador 3- Substituir o
amassado. carregador.
FALHA NO 1-Dente do disparador 1-Substituir o
DESENGA quebrado. disparador.
TILHA
MENTO
NEGA 1-Munição defeituosa. 1-Substituir a munição.

10 - INCIDENTE DE TIRO

 Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para
o material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
 A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações
chamado “ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
 Ao Fz 7,62 M964, aplicam-se com a devida adaptação, as prescrições do capítulo 4
do T 9-210.

11 - ACIDENTE DE TIRO

 Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de


qualquer natureza, para o material e/ou pessoal.

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 As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma
da legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza,
que resulte em inservibilidade, ou não, do material.

13 - AÇÃO IMEDIATA

É constituída pelas seguintes operações:


12.1- Travar a arma.
12.2- Retirar o carregador.
12.3- Executar 2 (dois) golpes de segurança, para extrair, se possível, e ejetar um
cartucho ou estojo que esteja na arma.
12.4- Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma, para ver se
existe qualquer anormalidade.
12.5- Deixar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho ir para sua posição mais avançada.
12.6- Recolocar o carregador.
12.7- Acionar a alavanca de manejo para carregar a arma.
12.8- Destravar e recomeçar o tiro.
12.9- Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal, repetir as 4 (quatro)
primeiras operações, e, dentro dos exatos limites de cada escalão de manutenção, pesquisar
as causas do que está ocorrendo.

14 – ACESSÓRIOS

O Fz 7,62 M964 é dotado de acessórios para aumentar de eficiência e flexibilidade de


emprego, bem como para possibilitar a execução do tiro de modo correto.
Dentre os acessórios desta arma, destacam-se os mencionados a seguir:

13.1 -Bocal para Lançamento de Granadas-Alça para Lançamento de Granadas-Quebra


Chamas
O bocal para lançamento de granadas e quebra-chamas, como se vê na Fig.14-A, é uma
peça cilíndrica, perfurada simétrica e obliquamente em sua periferia e fixada fortemente por
atarraxamento à boca do cano. Sua desmontagem e substituição, só é permitida em 4o escalão.
Existe, como dotação para um certo número de armas, uma alça para
lançamento de granadas, que é articulada com o obturador do cilindro de gases Fig. 14-B.

13.2 - Reforçador para o Tiro de Festim

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Possui um reforçador para o tiro de festim, do tipo que se vê na Fig. 15, que
é colocado para o uso de munição de festim.

13.3 - Baioneta
A baioneta é igual a que está na Fig. 16, para transformar este fuzil como arma de
choque.
13.4 - Luneta para Tiro Especial (LUN PNT FZ OIP 3,6X / FZ 7,62 M964)
A luneta para tiro especial Fig.17, fixada a uma tampa da caixa da culatra de
forma especial, próprio para receber esta luneta, é um acessório a ser montado, em substituição
à tampa da caixa da culatra normal, num fuzil escolhido para tiro de precisão.
O fuzil deve ser escolhido pela sua precisão e regularidade no tiro normal, e,
após a regulagem da luneta do fuzil, deve ser considerado como “fuzil para tiro especial”,
ficando a luneta como seu acessório normal.

13.5 - BANDOLEIRA
Utilizada para dar mais comodidade para o transporte do armamento Fig.18.

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14 - REGULAGEM DO ESCAPE DE GASES
A regulagem do escape de gases, tem por objetivo assegurar o funcionamento correto
da arma por intermédio de uma variação da pressão que os gases podem exercer sobre a cabeça
do êmbolo do cilindro de gases.
Como processo para regulagem do escape de gases, fica estabelecida a seqüência de
operações abaixo:
1a) Colocar na arma, um carregador vazio;
2a) Girar o anel regulador de escape de gases, até que chegue à sua posição mais
avançada, como na Fig.19;
3a) Girar, em sentido contrário (desaparafusando), o anel regulador de escape de gases,
até que o algarismo 7 fique sobre o eixo longitudinal da arma, Fig.20, o que dá a abertura máxima
para o escape de gases, ou seja, é a situação em que ocorre a “falta de retrocesso”;

4a) Girar (aparafusando), o anel regulador de escape de gases, entalhe por entalhe, e
disparar (após introduzir cada cartucho na câmara de carregamento, com a mão), um tiro
depois de cada manobra, até verificar que, após determinado disparo, de que o ferrolho ficou
preso à retaguarda pelo seu retém, Fig.10;

Armamento Leve II- Pág 63


5a) Confirmar tal retenção do ferrolho à retaguarda, fazendo o disparo de alguns tiros
(cada cartucho deve ser introduzido na câmara, com a mão, um por um);
6a) Recomeçar, se necessário, a 5a operação, até que em cinco (5) disparos, haja cinco
(5) retenções do ferrolho pelo seu retém;
7a) Fechar um entalhe no anel regulador, para ter certeza plena de que o recuo do
ferrolho está correto. A arma está regulada. Na falta da chave do anel regulador Fig.21, o anel
pode ser girado por meio da ponta de um cartucho Fig.22, ou, em último caso, à mão.

15 - REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA


A regulagem do aparelho de pontaria do Fuzil 7,62 M964 “FAL” e “FAP”, somente será
realizada nos seguintes casos:
1o) Quando a arma estiver sido desregulada, por motivo de reparação;
2o) Quando se deseja que a precisão da arma seja ajustada ou posta em “ponto 0” para
um determinado atirador ou um emprego bem definido. Nesse caso, é preciso estar seguro de:
➢ Que o atirador seja capaz de obter agrupamentos corretos, isto é, que não
ultrapasse para um agrupamento de cinco (5) tiros a uma distância de cem (100) metros, um
círculo de diâmetro de quinze (15) centímetros;
➢ Que o atirador, disparando nas mesmas condições e com o mesmo fuzil, obtenha
sistematicamente um mesmo desvio do ponto médio de impacto. Tal desvio deve ser
comprovado com várias séries de tiros;
➢ As correções em altura, são efetuadas deslocando-se a massa de mira para cima
ou para baixo, ou substituindo-a;
➢ As correções em direção, são efetuadas deslocando-se lateralmente o corpo da
alça de mira;
➢ Tais correções, somente devem ser efetuadas por elemento especializado,
pertencente, no mínimo, ao 2o escalão de manutenção, ou ainda, pelo oficial instrutor.

15.1 - CORREÇÃO EM ELEVAÇÃO

15.1.1 – FERRAMENTAS
Deve ser usada somente a chave para massa de mira Fig.23, destinada a regular esta
peça, pois, do contrário, ela seria danificada pelo uso de ferramenta imprópria.

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15.1.2 - MASSAS DE MIRA
Existem quatro (4) tipos de massas de mira de alturas diferentes, como na Fig.24.
As massas de miras identificam-se pelo número de pontos brancos que aparecem sobre
a parte superior da base circular das mesmas.
Na parte inferior da base circular da massa de mira, existem 16 (dezesseis) entalhes que
servem para fixar a massa de mira, por meio do engrazador da massa de mira.
Na parte superior, encontram-se os números: 0, 4, 8 e 12. Servem para localizar a
posição da massa de mira com relação à linha de referência que se encontra sobre o bloco do
cilindro de gases, Fig.25.
As massa de mira, possuem as seguintes medidas: N o 1 = 3,65mm; No 2 = 4,30mm; No
3 = 4,95mm e No 4 = 5,60mm.

15.1.3 - CORREÇÃO
A correção dos erros de pontaria em elevação (altura), efetua-se seja atarraxando, seja
desatarraxando, ou ainda trocando a massa de mira.
Linha de referência
1- Número da massa de mira (No 1)
2- Orifícios para a chave da massa de mira

Armamento Leve II- Pág 65


3- Número de referência

15.1.4 - PARA BAIXAR O PONTO MÉDIO (PM)


Para fazer baixar o ponto médio dos impactos, é preciso desatarraxar a massa de
mira, ou seja, fazê-la subir.
A colocação de uma outra massa de mira mais alta, localizada da mesma maneira que
a anterior, fará baixar igualmente o PM.

15.1.5 - PARA SUBIR O PONTO MÉDIO (PM)


Para fazer subir o ponto médio dos impactos, é preciso atarraxar a massa de mira, ou
seja, fazê-la baixar.
A colocação de uma outra massa de mira mais alta, localizada da mesma maneira que
a anterior, fará subir igualmente o PM.

15.1.6 - DESLOCAMENTO DO PM (Em Altura)


Atarraxando ou desatarraxando em “n” entalhes a massa de mira, será obtido um
deslocamento do PM de “x” centímetros a “y” metros, conforme se verifica no quadro abaixo:

Distâncias
Números de Entalhes 50 10 20
m 0m 0m
1 0, 1 2
5 cm cm cm
3 1, 3 6
5 cm cm cm
6 3 6 12
cm cm cm
8 4 8 16
cm cm cm
12 6 12 24
cm cm cm

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16 = 1volta completa 8 16 32
cm cm cm
Colocação de outra massa de mira,
6 12 24
localizada da mesma maneira que a
cm cm cm
substituída.

15.1.7 - COLOCAÇÃO EM “PONTO 0”


Considerado os elementos da trajetória e da paralaxe linha de mira-eixo do cano, é
necessário regular um Fuzil 7,62 M964.
A alça de mira, deverá estar colocada na distância mínima, ou seja, duzentos (200)
metros, o atirador deverá ocupar a posição normal de tiro (arma apoiada sobre os sacos de areia,
na altura do guarda-mão), visando a base do espelho no alvo. A largura da base do espelho, é
igual à projeção da largura da massa de mira na distância correspondente, como na Fig.26.

Para o Tiro a Distância Altura do PM


de:
50 m + 2,5 cm do ponto de pontaria
100 m + 6 cm do ponto de pontaria
150 m + 5 cm do ponto de pontaria
200 m 0 = ponto de pontaria

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15.2 - TROCA DA MASSA DE MIRA
Há necessidade de trocar a massa de mira, nos seguintes casos:

15.2.1-QUANDO A MASSA DE MIRA FOR DANIFICADA


Substituir a massa de mira danificada, por outra da mesma altura, procedendo-se como
segue:
➢ Atarraxar a fundo a massa de mira que se vai substituir, tendo o cuidado de contar
o número de “clicks” (clicks, é o ruído que se ouve quando é girada a massa de mira);
➢ Logo após, desatarraxá-la totalmente;
➢ Atarraxar a fundo a nova massa de mira (de mesmo número e mesmo modelo);
➢ Desatarraxar a nova massa de mira, do mesmo número de “clicks” que foi contado
na primeira destas operações;
➢ A nova massa de mira, estará localizada, então, com a mesma altura da que foi
substituída.

15.2.2 - QUANDO SE PROCEDE A REGULAGEM DA ARMA


➢ Se a massa de mira encontra-se atarraxada a fundo e se deseja fazer subir o PM
dos impactos;
➢ Se a massa de mira encontra-se desatarraxada a tal ponto que sua base circular
começa a sair de seu alojamento no bloco do cilindro de gases e se deseja baixar ainda o PM
dos impactos Figs. 27 e 28.

15.2.3 - CORREÇÃO EM DIREÇÃO

15.2.3.1 -FERRAMENTAS
Uma chave de fenda de dimensões apropriadas é necessária.

15.2.3.2 - PARAFUSOS DE CORREÇÃO DO DESVIO DA ALÇA


Existem dois (2) parafusos de correção do desvio da alça de mira. Um está à direita, o
outro à esquerda. A parte inferior da cabeça do parafuso possui doze (12) entalhes. Nestes
entalhes, alojam-se as extremidades da mola de travamento dos parafusos de correção do

Armamento Leve II- Pág 68


desvio da alça de mira. Cada vez que um parafuso gira, a extremidade da mola passa de um
entalhe a outro e produz um (1) “click”. Uma volta completa corresponde a doze (12) entalhes,
pelo que se pode ouvir doze (12) “clicks”.

15.2.3.3 - DESLOCAMENTO DA BASE DA ALÇA


A base (corpo) da alça pode ser deslocada de mais ou menos 2mm para a direita ou para
a esquerda, ou seja, três (3) voltas completas dos parafusos de correção do desvio da alça de
mira.

15.2.3.4 - CORREÇÃO
A correção dos erros em direção, se faz deslocando a base da alça para a esquerda ou
para a direita, conforme o caso.

15.2.3.4 .1-Deslocar o PM para a direita


➢ Desatarraxar de uma volta ou duas, o parafuso da direita;
➢ Atarraxar o parafuso da esquerda (que fará deslocar a base da alça para a direita),
de tantos entalhes quantos forem exigidos para a correção, e cujos valores aparecem no quadro
abaixo;
➢ Atarraxar a fundo o parafuso da direita.

15.2.3.4 2-Deslocar o PM para a esquerda


➢ Desatarraxar de uma volta ou duas, o parafuso da esquerda;
➢ Atarraxar o parafuso da direita (que fará deslocar a base da alça para a esquerda),
de tantos entalhes quantos forem exigidos para a correção, e cujos valores aparecem no quadro
abaixo;
➢ Atarraxar a fundo o parafuso da esquerda.

15.2.3.4 3-Deslocamento do PM em direção


➢ Atarraxando de “n” entalhes o parafuso de correção do desvio da alça de mira,
como nas segundas operações indicadas em “1” e “2” acima, será obtido um deslocamento
lateral do PM de “x cm” a “y metros”, conforme se lê no quadro abaixo:

DESLOCAMENTO DO PM EM DIREÇÃO
Número de entalhes 5 1 2
0m 00 m 00 m
1 0, 1 2
5 cm cm cm
3 1, 3 6
5 cm cm cm

Armamento Leve II- Pág 69


6 = ½ volta 3 6 1
cm cm 2 cm
12 = 1 volta completa 6 1 2
cm 2 cm 4 cm
24 = 2 voltas 1 2 4
completas 2 cm 4 cm 8 cm

16 - INSTRUÇÕES PARA SUBSTITUIÇÃO DO APOIO DO FERROLHO

16.1 - SUBSTITUIÇÃO NO 3o E 4o ESCALÃO


1o) Retirar da arma o apoio do ferrolho a ser substituído;
2o) Medir a cota “b” do apoio do ferrolho, com auxílio de um micrômetro de precisão de
0,01 mm;
3o) Escolher, com auxílio de um micrômetro, um apoio do ferrolho de mesma medida, ou
ligeiramente superior (no máximo 0,02mm);
4o) Colocar o apoio do ferrolho com o punção especial F-11091 e martelo de pena;
5o) Controlar a seleção do apoio do ferrolho: o controle será feito com o conjunto impulsor
do ferrolho-ferrolho, de modo que haja trancamento quando, atuando sobre o calibrador E-8007
(previamente introduzido na câmara), se fizer pequena pressão sobre o impulsor do ferrolho
e que não seja possível o trancamento quando o conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho atuar
sobre o calibrador E-8002, previamente introduzido na câmara;
6o) Após o controle, três casos podem ocorrer:
1o caso: O conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho, tranca com o calibrador E-8007 e não
tranca com o calibrador E-8002: a seleção será correta;
2o caso: O conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho, não tranca com o calibrador E-8007:
escolher um apoio do ferrolho de cota “b” ligeiramente menor, substituir e fazer novo controle;
3o caso: O conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho, tranca com o calibrador E-8002:
escolher um apoio do ferrolho de cota “b” ligeiramente maior, substituir e fazer novo controle.
7o) Quando não for possível encontrar um apoio do ferrolho que satisfaça às condições
de controle, a arma necessitará substituição de outras peças como cano, caixa da culatra,
ferrolho e impulsor do ferrolho.

16.2 - SUBSTITUIÇÃO NO 5o ESCALÃO

16.2.1 - SELEÇÃO DA PEÇA


A peça será selecionada com auxílio do aparelho verificador B-6502 e dos calibradores
auxiliares B-6502/8 e B-6502/9. O aparelho verificador deverá ser calibrado periodicamente pelo
contra-calibrador D7513.

Armamento Leve II- Pág 70


16.2.2 - COLOCAÇÃO DA PEÇA
A peça será colocada com o punção especial F11091 e o martelo de pena.

16.2.3 - CONTROLE DA SELEÇÃO (Controle da Folga de Carregamento)


O controle será feito com o conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho, de modo que haja
trancamento quando, atuando sobre o calibrador E-8007, previamente introduzido na câmara, se
fizer pequena pressão sobre o impulsor do ferrolho e que não seja possível o trancamento
quando o conjunto impulsor do ferrolho-ferrolho atuar sobre o calibrador E-8002, previamente
introduzido na câmara.

17 - EMPREGO DE CALIRADORES

17.1-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-
se suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
17.1.1 - Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)
➢ Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá
penetrar no interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos,
isto é, da câmara para a boca e da boca para a câmara, Fig.29.

17.1.2 - Calibrador 7,67 mm - CB 32 - (Diâmetro de Usura)


➢ É o calibrador que vai verificar a usura do cano da arma, Fig.29. O seu emprego
deve ser auxiliado por uma régua milimetrada. É utilizado da seguinte forma:
1o) Introduzir o calibrador pela boca e medir a penetração;
2o) Introduzir o calibrador pela câmara e medir a penetração, incluindo o comprimento
desta;
3o) Somar as penetrações da 1a e 2a medida;
4o) Limites:
➢ Se a soma for menor que 300 mm = BOA;
➢ Se a soma for maior que 300 mm = ADVERTÊNCIA;
➢ Se o calibrador passar em todo cano = REFUGADA.

17.1.3 -Calibrador 7,80 mm - CB 33 - (Avanço de Raiamento)


➢ Este calibrador é empregado para confirmação do calibrador 7,67 mm, Fig.29. Se
der refugo com o 7,67 mm ou com o 7,80 mm indistintamente, a arma estará refugada (recolhida
ao 4o escalão para a troca do cano). Este calibrador é introduzido somente pela câmara, incluindo
o comprimento desta e utilizado com os seguintes limites:
➢ Se a penetração for menor que 80 mm = BOA;
➢ Se a penetração for entre 80 a 120 mm = ADVERTÊNCIA;
➢ Se o penetração for maior que 120 mm = REFUGADA.
Armamento Leve II- Pág 71
17.2 - CALIBRADORES DE CÂMARA
É a medida a partir do diâmetro 10,16 cm, do cone de encosto do cartucho na câmara,
até a face anterior do ferrolho (apoio do culote do cartucho), estando este, em uma posição de
trancamento, em contato com o seu apoio, na caixa da culatra. É verificada utilizando-se os
seguintes calibradores:

17.2.1 - Calibrador de folga de carregamento 41,423 mm - U 110 43 Co - (Mínimo)


➢ Este calibrador deve sempre permitir o trancamento da arma, significando que a
arma está BOA, Fig.29.

17.2.2 - Calibrador de folga de carregamento 41,503 mm - U 110 44 Co - (Máximo)


➢ Este calibrador não deve permitir o trancamento de uma arma nova, ou de armas
reparadas pelo último escalão. Em armas usadas, quando trancar, significa que a mesma está
BOA, Fig.29.

17.2.3 - Calibrador de folga de carregamento 41,723 mm - CB 6 - (Advertência)


➢ Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, significa que a
folga de carregamento está próxima do limite máximo, ADVERTÊNCIA, devendo ser utilizada
com cuidado e calibrada com mais freqüência, Fig.29.

17.2.4 - Calibrador de folga de carregamento 41,773 mm - CB 5 - (Refugada)

➢ Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, deve ser


recolhida para manutenção de 3o ou 4o escalão, significando que a arma está REFUGADA,
Fig.29.

17.3 - CALIBRADOR DE AFLORAMENTO DA PONTA DO PERCUSSOR

Armamento Leve II- Pág 72


É a medida da saliência da ponta do percussor sobre a face anterior do ferrolho (apoio
do culote do cartucho). A sua posição de percussão, é verificada pelo calibrador de afloramento
da ponta do percussor E 8015 = U 3997, Fig.30, que apresenta as seguintes dimensões:
➢ MÍNIMA: Saliência de 1,33 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser maior
do que esta dimensão.
➢ MÁXIMA: Saliência de 1,53 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser
menor do que esta dimensão.

17.4 - CALIBRADOR DE FOLGA DO EXTRATOR

É a medida da folga mínima que deve existir entre a garra do extrator e a face anterior
do ferrolho (apoio do culote do cartucho). A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador
de folga do extrator E 8000 = U 10865 Co, Fig.31, que colocado como se fosse a virola de um
cartucho, entre a face do ferrolho e a garra do extrator, deve passar livremente, sem movimentar
o extrator (sem forçar o culote). A espessura deste calibrador é de 1,37 mm.

Armamento Leve II- Pág 73


FAL / OBSERVAÇÕES
CALIBRADORES
FAP

CB 134 7,57 Deve penetrar em todo o comprimento do


mm cano.

C 7,67 Soma das penetrações pela boca +


mm câmara. A penetração pela câmara, também inclui o
BOM comprimento desta.
C < 300
A
B 32 mm
S
N ADV > 300 Não usar a arma em tiros de precisão a
oma das
ERTÊNCIA mm mais de 200 m. Recalibrar após novos tiros.
penetraçõe
O s pela boca
+ câmara. Penetr
4o a em todo o
REFUGADO
ESCALÃO comprimento do
cano

Armamento Leve II- Pág 74


7,80 Penetração pela câmara. A penetração
mm pela câmara, também inclui o comprimento desta.
C BOM
< 80
B 33 mm
P
enetração ADV De 80 Não usar a arma em tiros de precisão a
pela ERTÊNCIA a 120 mm mais de 200 m. Recalibrar após novos tiros.
câmara.
4o > 120 REFUGADO
ESCALÃO mm

U 41,42
BOM Sempre tranca.
11043Co 3 mm

C U 41,50 Só não tranca em armas novas.


BOM
11044Co 3 mm
Â
M C ADV 41,72 Se trancar, é porque a folga está no limite.
A B6 ERTÊNCIA 3 mm Recalibrar após novos tiros com o CB 5.
R
41,77
3o
A 3 mm
C OU 4o
Se REFUGADO
B5 ESC
trancar, trocar o
ALÃO
apoio do ferrolho

18 - RESUMO DO EMPREGO DE CALIBRADORES DO FAL

18.1 - CALIBRADORES DE CANO


➢ CB 134 (7,57 mm) - Diâmetro mínimo - Verifica o cobreamento e a dilatação
irregular do cano.
➢ CB 32 (7,67 mm) - Diâmetro de usura - Verifica a usura do cano.
➢ CB 33 (7,80 mm) - Avanço de raiamento - Confirma a usura do cano.

18.2 - CALIBRADORES DE CÂMARA

➢ U 110 43 Co (41,423 mm) - Deve trancar, BOA.


➢ U 110 44 Co (41,503 mm) - Tranca com restrição, BOA.
➢ CB 6 (41,723 mm) - Se trancar, ADVERTÊNCIA.
➢ CB 5 (41,773 mm) - Se trancar, REFUGADO.

APOIO DO FERROLHO DO FAL/FAP


R- 6,53 a 6,55 mm Y- 6,67 a 6,69 mm
S- 6,55 a 6,57 mm Z- 6,69 a 6,71 mm
T- 6,57 a 6,59 mm A- 6,71 a 6,73 mm
U- 6,59 a 6,61 mm B- 6,73 a 6,75 mm
V- 6,61 a 6,63 mm C- 6,75 a 6,77 mm
W- 6,63 a 6,65 mm D- 6,77 a 6,79 mm
Armamento Leve II- Pág 75
X- 6.65 a 6,67 mm E- 6,79 a 6,81 mm
19 -VISTA EXPLODIDA DO FUZIL 7,62 M964 “FAL”

20 -LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DO FUZIL 7,62 M964 “FAL”

04-Cilindro de gases 75-Gatilho


05-Pino do cilindro de gases 76-Mola do gatilho
06-Anel regulador de escape de 77-Impulsor do gatilho
gases 78-Gatilho intermediário
07-Luva do cilindro de gases 79-Apoio da mola do gatilho
08-Quebra-chamas intermediário
09-Mola-retém da granada 80-Mola do gatilho intermediário
10-Mola de travamento do anel 81-Eixo da gatilho e do gatilho
regulador de escape de gases intermediário
11-Massa de mira 84-Mola do registro de tiro e
12-Braçadeira do zarelho anterior segurança
da bandoleira 85-Mergulhador do registro do
14A-Zarelho anterior da registro de tiro e segurança
bandoleira 86-Pino do registro de tiro e
19-Parafuso do zarelho anterior segurança
da bandoleira 87-Trinco da armação
20-Mola do retém da massa de 88-Mola do trinco da armação
mira 89-Mergulhador do trinco da armação
21-Êmbolo do cilindro de gases 90-Pino-guia do trinco da armação

Armamento Leve II- Pág 76


22-Mola do êmbolo do cilindro de 95-Parafuso da chaveta do trinco da
gases armação
23-Engrazador da massa de mira 96-Guarda-mato
25-Apoio do ferrolho 97-Punho
28-Ejetor 98-Porca de fixação do punho
29-Pino do ejetor 101-Transportador do carregador
30-Corpo da alavanca de manejo 102-Mola do transportador do
31-Chaveta da alavanca de carregador
manejo 103-Fundo do carregador
32-Mergulhador do punho da 104-Tampa da caixa da culatra
alavanca de 105-Mola recuperadora exterior
manejo 106-Mola recuperadora interior
33-Mola do mergulhador do punho 107-Haste das molas recuperadoras
da alavanca de manejo
108-Disparador
34-Pino da chaveta e do
109-Mola do disparador
mergulhador da alavanca de manejo
110-Eixo da armação
35-Punho da alavanca de manejo
111-Cavilha do eixo da armação
36-Retém do punho da alavanca
de manejo 112-Corpo da alça de mira
39-Apoio da mola do retém do 113-Parafuso de correção do desvio
ferrolho da alça de mira
40-Mola do retém do ferrolho 114-Cursor da alça de mira
41-Tecla do retém do ferrolho 115-Botão serrilhado do cursor da
alça de mira
42-Pino da tecla do retém do
ferrolho 116-Mola do botão serrilhado do
cursor da alça de mira
43-Retém do carregador
117-Pino-limitador do cursor da alça
44-Mola do retém do carregador
de mira
45-Parafuso-eixo do retém do
118-Mola de travamento dos
carregador e do retém do ferrolho
parafusos de correção do desvio da alça de
46-Ferrolho mira
47-Extrator 119-Base do zarelho posterior da
48-Mola do extrator bandoleira
49-Amortecedor de vibração da 122-Pino do zarelho posterior da
mola do extrator bandoleira
50-Percussor 125-Parafuso da coronha
51-Mola do percussor 126-Arruela do parafuso da coronha
52-Pino do percussor 128-Parafuso da chapa da soleira
53-Corpo do impulsor do ferrolho 129-Parafuso da cauda de fixação da
54-Haste do impulsor do ferrolho coronha e do zarelho posterior da bandoleira

Armamento Leve II- Pág 77


55-Mola da haste do impulsor do 138-Parafuso de fixação do guarda-
ferrolho mão
56-Mergulhador da haste do 139-Gola do guarda-mão
impulsor do ferrolho 140-Corpo da alça de transporte
57-Eixo da haste do impulsor do 141-Punho da alça de transporte
ferrolho
142-Arruela da alça de transporte
58-Impulsor do extrator
143-Anel de pressão da alça de
62-Placa-suporte dos eixos do transporte
martelo e do gatilho
144-Arruela de pressão para o
67-Tubo alojamento das molas parafuso do guarda-mão
recuperadoras
145-Arruela cônica dentada da chapa
70-Martelo da soleira
71-Eixo do martelo 146-Anel de pressão do parafuso do
72-Haste-guia da mola do martelo guarda-mão
73-Mola do martelo
74-Estojo da mola do martelo
147-Lâmina da baioneta com Sc 4/1-Corpo do retém do ferrolho
punho com pino
150A-Retém da baioneta C6-Armação
151-Mola do retém da baioneta Sc 7/1-Registro de tiro e segurança
152-Eixo do retém da baioneta C8-Chaveta do trinco da armação
153-Corpo da bainha Sc 9/1-Corpo do carregador
159-Parafuso de fixação do bocal Sc 10/1-Corpo do zarelho posterior
da bainha da bandoleira
162-Correia de lona C11-Coronha
163-Ponteira da bandoleira C12-Chapa da soleira
164-Presilha da bandoleira C13/14-Guarda-mão
170-Tampa do depósito de óleo Sc 16/1-Bocal da bainha
171-Haste de lubrificação Sc 16/4-Suporte da bainha
172-Junta da tampa do depósito C17-Aparelho municiador
de óleo C19-Reforçador para tiro de festim
174-Tampa do estojo de limpeza Sc 20/1-Corpo do estojo de limpeza
do cano com fundo do depósito
175-Alça do estojo de limpeza C21-Escova de lubrificação do cano
178-Extremidade porta-pano C23-Cano com bloco do cilindro de
179-Extremidade roscada gases
180-Cordel do dispositivo de Std 13-Rebite oco
limpeza Std 14-Rebite oco
C2-Obturador do cilindro de gases

Armamento Leve II- Pág 78


C3-Caixa da culatra

FIM

CAPÍTULO 04 - METRALHADORA 7,62 M 919 A4

NO Assunto Pagina

Armamento Leve II- Pág 79


0 CARACTERÍSTICAS
1
0 DESMONTAGEM
2
0 MONTAGEM
3
0 FOLGA DA ARMA
4
0 MANEJO
5
0 FUNCIONAMENTO
6
0 SEGURANÇA
7
0 INCIDENTES DE TIRO
8
0 NOMECLATURA
9

METRALHADORA 7,62 M 919 A4

Armamento Leve II- Pág 80


1 – Características
1.1 - Designação
NEE.......................................................................................................1005-1060 830
Indicativo militar ............................................................................Mtr 7,62 M919 A4
Nomenclatura ..................................................................Metralhadora 7,62 M919A4

1.2 – Classificação

Quanto ao tipo ..............................................................................não portátil


Quanto ao emprego........................................................................coletivo
Quanto ao funcionamento..............................................................automático
Quanto princípio de funcionamento ...........................................utilização do recuo do
sistema
cano caixeta ( curto recuo do cano )
Quanto a refrigeração.....................................................................a ar

1.3 – Alimentação
Carregador ..................................................................................tipo fita , de lona
Capacidade .................................................................................100 ou 250 cartuchos
Sentido .......................................................................................da esquerda para direita

1.4 – Raiamento
Número de raias ........................................................................................04 ( quatro )
Sentido ....................................................................................da esquerda para direita

1.5 – Aparelho de Pontaria


Alça de mira .......................................................................................... tipo lâmina, com
cursor e visor, graduado de 0 a 2400 Jd, com um corretor de vento permitindo um desvio máximo
de 10 milésimos para direita e para esquerda.
Maça de mira seção retangular ...............................................................seção
retangular, articulada na parte anterior da caixa da culatra.
Mecanismo de pontaria em direção:
barra ( no reparo ) graduada de 0 a 425” para a direita e de 0 a 450 “ para esquerda
com volante de pontaria em direção de 0 a 25” para ajustagem de pontaria em direção, até 1”
Mecanismo de pontaria em alcance:
graduado de 0 a 200’’’ para ângulos positivos e negativos para pontaria a grosso modo.
volante do mecanismo de elevação graduado de 0 a 50 ```para ajustagem em alcance, até 1”

1.6 – Dados numéricos

Armamento Leve II- Pág 81


Calibre................................................................................7,62 mm
Peso da metralhadora .........................................................14,074 kg
do reparo 7,62 M2 terrestre ................................................6,356 kg
Comprimento .....................................................................1,045 cm
Alcance útil ........................................................................540 m
Vida da arma ......................................................................150000 tiros
Velocidade inicial.............................................................. 817 m/s
Velocidade teórica de tiro ................................................ 400 a 550 t/m
Velocidade prática de tiro.................................................. 250 t/m

Observação
1. A metralhadora 7,62 M919 A4, normalmente utiliza o reparo. 30 M2 Ter. podendo,
no entanto de acordo com a viatura em que é instalado, usar os mais variados tipos de reparos.
2. Existe a metralhadora 7,62 A4 – fixa, NEE 1005-1060-880, que só difere desta por
não possuir punho no bloco de fechamento e ter para - choque inclinado .

2 - DESMONTAGEM DA METRALHADORA

2.1 – Abrir a tampa


Para isso comprimir o trinco da tampa para retaguarda e abrir a tampa .

2.2 – Prender a mola recuperadora


Com a mão esquerda, trazer o ferrolho a retaguarda ( por meio da alavanca de manejo),
mantendo-o nessa posição; com a virola do cartucho ou chave de fenda, empurrar a haste – guia
e girá-la até que a sua fenda tome posição vertical ( nessa posição, os ressaltos da haste – guia
se alojarão em seus cavados no ferrolho e a mola recuperadora ficará comprimida em seu
alojamento ).

2.3 – Retirar o bloco de fechamento


Levar o ferrolho um pouco a frente a fim de que a haste - guia não impeça a sua retirada;
empurrar o trinco da tampa para frente e retirar.

2.4 – Retirar a alavanca de manejo


Retirando a alavanca de manejo, puxar o ferrolho para a retaguarda até abandonar a
caixa da culatra.

2.5 – Retirar o ferrolho

Armamento Leve II- Pág 82


Retirada a alavanca de manejo, é só puxar o ferrolho para a retaguarda até abandonar
a caixa da culatra.

2.7 – Retirar a armação


Com um toca – pino ou cartucho, comprimir o eixo do gatilho, através do orifício onde o
mesmo se aloja na placa lateral direita da caixa da culatra, e ao mesmo tempo, puxar o gatilho a
retaguarda trazendo o conjunto armação - caixeta e cano, até que a armação saia da culatra.
Empurrar o acelerador para frente, desprendendo a armação da caixeta e retirá-la da arma.

2.8 – Retirar o conjunto cano - caixeta


Puxar o conjunto cano - caixeta, retirando-o pela parte traseira da caixa da culatra.

2.9 – Desmontagem do ferrolho


Retirar o transportador – ejetor, basta levantá-lo pela esquerda.

2.9.1 – Mola recuperadora e haste - guia


Assentar a parte saliente da haste - guia sobre uma superfície sólida ( mesa ) e empurrar
firmemente o ferrolho, comprimindo a haste–guia contra a superfície, fazendo pressão sobre o
ferrolho e girá-lo até que os ressaltos da haste - guia abandonem seus cavados no ferrolho.
Aliviar a pressão sobre o ferrolho aos poucos, permitindo a distensão da mola e com uma das
mãos segurar a haste -guia e mola recuperadora até retirar o ferrolho.

2.9.2 - Eixo da alavanca de armar


Girar a cauda da alavanca de armar totalmente para retaguarda e retirar o seu eixo pelo
lado esquerdo.

2.9.3 – Alavanca de armar


Retirado o seu eixo, é só retirá-la por cima do ferrolho ( na montagem de alavanca de
armar, observar para que a ponta arredondada (cabeça) fique voltada para baixo e para trás).

2.9.4 – Gatilho intermediário


Antes de retirar o gatilho intermediário é necessário libertar o percursor. Para isso,
segurar firmemente o ferrolho e comprimir com uma chave de fenda, o gatilho intermediário, e
com outra chave de fenda deslocar a lâmina do batente da mola do percursor para a esquerda
fazendo-a entrar em seu alojamento no ferrolho, isso permitira a retirada do gatilho intermediário,
por baixo.

2.9.5 – Batente da mola do percursor


Com uma chave de fenda trazer a lâmina do batente a sua posição normal, pela parte
inferior do ferrolho empurrar o pino do batente da mola do percursor e retirá-la por cima.

Armamento Leve II- Pág 83


2.10 – Percursor
Levantar ligeiramente a parte anterior do ferrolho para que o percursor e sua mola saiam
do seu alojamento.

2.11– Desmontagem da armação

2.11.1 – Eixo do gatilho


Com auxílio de um toca pino, empurrá-lo e o mesmo sairá pela direita.

2.11.2 – Gatilho
Puxá-lo pela retaguarda do conjunto amortecendo.

2.11.3 – Acelerador
Retirar o eixo do acelerador e o acelerador.

2.11.4 – Amortecedor de recuo


Comprimir a mola deslocando a haste - guia para a direita, a fim de deslocar o pino da
fenda na armação, separando o amortecedor da armação.

2.12 – Desmontagem do cano - caixeta


Cano, desatarraxá-lo da caixeta.

2.12.1 – Caixeta
Retirar o pino da tranca e a tranca ( na montagem da tranca, observar para que a parte
duplamente biselada fique para cima e para frente ).

2.12.2 –Mola retém do cano


Colocar a chave de fenda, entre o dente da mola e a caixeta, forçando-a para frente,
ela sairá (a mola retém do cano só deverá ser retirada para substituição).

2.13 – Retirar o trinco da tampa


Com um martelo de bronze ou de chumbo, deslocar o trinco da tampa para trás, com
leves Pancadas, até que ele saia de seu alojamento.

2.14 – Retirar a tampa


Remover o contra – pino do parafuso da tampa e desaparafusá-la. Ficam soltas a porca,
o parafuso, a mola, a placa móvel e a placa fixa.

Armamento Leve II- Pág 84


2.15 – Desmontagem da tampa

2.15.1 – Alavanca do impulsor


Desaparafusar o parafuso da alavanca do impulsor. Com um toca-pino, retirar o eixo da
alavanca do impulsor agindo por baixo; a alavanca ficará solta.

2.15.2 – Impulsor
Desloca-se o impulsor para qualquer lado e o retira da ranhura guia; com um tocapino,
retira-se o eixo da lingüeta; ficam livres a lingüeta com braço do impulsor e sua mola .

2.15.3 – Mola abaixadora


Com uma chave de fenda deslocar a mola da esquerda para direita, tendo o cuidado de
não deixá-la saltar.

2.16 – retirar o retém da fita


Remover o eixo do retém da fita para trás. Ficam soltos o retém e sua mola.

2.17 – Desmontagem da alça de mira


Retirar o pino do botão serrilhado do corretor de vento com auxílio de um toca – pino.
Retirar o botão serrilhado do corretor de vento, o mergulhador e a mola do botão e a bucha do
parafuso - sem - fim. Com o auxílio de uma chave de fenda desatarraxar o parafuso–sem – fim
do corretor de vento, com a retirada deste, a alça de mira fica liberada.
Retirar com um toca pino, o pino do botão serrilhado do parafuso de elevação, em
seguida, retira-se o botão serrilhado do parafuso de elevação. Retira-se o pino do parafuso de
elevação, em seguida, retira-se o parafuso de elevação do cursor. O cursor da alça de mira está
liberado.Retira-se, com o auxílio de um toca - pino, a mola da alça de mira. Desatarraxar os
parafusos de fixação da escala do corretor de vento, liberando a escala (fazer as marcações para
montagem).

2.18 – Desmontagem do para - choque


Com auxílio da chave combinada M6, desatarraxar o parafuso de ajustagem. Com um
alicate de bico fino, retirar o mergulhador e a mola do parafuso de ajustagem do seu
alojamento. Com um tarugo de bronze ou latão, bater levemente, na parte anterior do para
choque, em seguida, os discos de fibra sairão com o para -choque.

3 – Montagem

Devemos proceder de maneira inversa à desmontagem

Armamento Leve II- Pág 85


4 – Folga da arma

Folga de uma arma é a distância entre o culote de um cartucho introduzido na câmara e


a face anterior do ferrolho. A folga nas Mtr. 30 é regulada mediante a obtenção de um
determinado espaço entre a parte posterior do cano e a face anterior do ferrolho. A folga de uma
arma deve ser regulada, obrigatoriamente antes do primeiro tiro, para assegurar o funcionamento
perfeito da arma e evitar possíveis incidentes decorrentes de uma folga excessiva ou insuficiente.

4.1 - Folga insuficiente – Acarreta um funcionamento mais lento, com um


emperramento das partes móveis. A tranca não entrará em seu alojamento no ferrolho, o que
poderá danificar o ferrolho, a caixeta o ressalto da tranca ou a própria tranca. Incidentes na
extração também poderão ocorrer devido ao trancamento incompleto ou destrancamento
inoportuno.

4.2 - Folga excessiva – A folga excessiva acarreta um funcionamento deficiente, com


choque entre as partes móveis, podendo danificá-las. A folga em excesso também poderá
provocar a ruptura do estojo, ficando parte do mesmo engastado na câmara.

4.3 – Regulagem da folga


A folga da Mtr estará regulada quando houver o trancamento perfeito na posição de
disparo. Isso significa que, em sua posição mais elevada, as partes móveis deverão guardar a
seguinte relação entre si:
4.3.1 - tranca – completamente sobre sua placa elevadora e em contato com a parte
anterior do seu alojamento no ferrolho.
4.3.2 - Ferrolho – em contato com a parte posterior do cano.
4.3.3 - Cano – complemente a frente. Para se verificar a situação acima, trazer,
ligeiramente o ferrolho a retaguarda, por meio da alavanca de manejo. O cano deverá iniciar seu
recuo simultaneamente com o ferrolho: qualquer retardo no início do recuo do cano em relação
ao ferrolho, se iniciará uma folga desregulada.

4.4 - Para regular a folga da arma, agir da seguinte maneira, com a arma montada:
Trazer o ferrolho à retaguarda cerca de 2 cm, com o auxílio de uma chave de fenda,
atarraxar o cano à caixeta, agindo nos entalhes da parte traseira do cano, até que, soltando a
alavanca de manejo, o ferrolho impulsionado pela mola recuperadora não consiga ir totalmente
a frente: desatarraxar o cano da caixeta, um ponto de cada vez, até que o ferrolho, por ação da
mola recuperadora, vá complemente a frente. Não forçar o ferrolho à frente com as mãos. Seu
avanço dar- se-á unicamente por ação da mola recuperadora. O conjunto cano – caixeta
avançará com o ferrolho para a posição de disparo; desatarraxar, em seguida, de mais um ponto,
o conjunto cano-caixeta; dar um golpe na alavanca de manejo para fazer a verificação. No
avançar para a posição de disparo o sistema, não deverá haver o menor forçamento entre as
partes móveis. Estas deverão atingir facilmente a posição mais avançada, que será de um som
metálico, correspondente ao trancamento. É importante essa verificação, e conforme seu
Armamento Leve II- Pág 86
resultado, deverá ser atarraxado ou desatarraxado o conjunto cano-caixeta, de mais um ponto.
A regulagem prática de folga da arma é empregada quando as Mtr .30 não possuírem, entre
seus acessórios, um calibrador de folga.

5 – Manejo
5.1- Municiar o carregador: Organizar o carregador tipo fita de lona, com auxílio da
máquina de carregar .30 M918.
5.2- Alimentar a arma: Com a tampa aberta colocar a fita sobre a mesa de
carregamento de modo que o primeiro cartucho fique empolgado pelo transportador - ejetor;
com a tampa fechada colocar a fita de modo que o primeiro cartucho ultrapasse o retém do
carregador.
5.3- Carregar e engatilhar: Agir na alavanca de manejo trazendo-a uma vez a
retaguarda, caso a alimentação tenha sido feita com a tampa aberta, e duas vezes caso a
alimentação tenha sido feita com a tampa fechada.
5.2 - Disparar: Acionar a tecla do gatilho .

6 - Funcionamento:
Para melhor compreensão do funcionamento, vamos partir do momento em que houve o
primeiro disparo, observando-se em seguida as fases do funcionamento.

Recuo No Avanço

• Destrancamento • Ejeção
• Abertura • Carregamento ( 2 ª fase )
• Extração • Fechamento
• Carregamento ( 1 ª • Trancamento
fase ) • Desengatilhamento e
• Engatilhamento percussão

Armamento Leve II- Pág 87


No Recuo:
• Destrancamento:
Por ocasião do disparo, os gases agindo sobre o culote do cartucho farão sentir esta
ação. Cano ou ferrolho, que recuará levando consigo a caixeta, que faz sistema com o ferrolho
por intermédio da tranca. A tranca, que deslizava sobre sua plataforma, quando encontra a sua
rampa de acesso é forçada para baixo pelos abaixadores da tranca (na armação), liberando o
ferrolho que começa a recuar sozinho por ação dos gases e pelo impulso que recebeu do
acelerador, comprimindo a mola recuperadora. Neste momento cessa o recuo do conjunto cano-
caixeta, que passa a fazer sistema com a armação.

• Abertura:
Quando começa recuar sozinho, o ferrolho se afasta da parte posterior do cano havendo,
então, a abertura.

• Extração:
Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio da ranhura extratora
é retido o estojo da câmara, houve, então, a extração. durante a queima da carga de projeção, o
estojo dilata-se ligeiramente aderindo as paredes da câmara e poderá partir se for extraído no
mesmo instante, para evitar tal acidente, é necessário uma certa ressividade no início da
extração, o que é conseguido pela parte anterior e superior da tranca que, sendo duplamente
biselada, assegura um destrancamento progressivo e consequentemente uma extração sem
violência.

Armamento Leve II- Pág 88


• Carregamento( 1ª fase ):
Desde o início do recuo, o transportador-ejetor, que faz sistema com o ferrolho, vai
retirando o cartucho da fita. Deslizando sobre a parte superior do ressalto de rotação é forçado
para baixo pela rampa abaixadora; sai de cima do ressalto de rotação e coloca o cartucho no
extrator.

• Engatilhamento:

Durante o recuo, o percursor é forçado pela alavanca de armar a recuar ficando preso
pelo gatilho intermediário.

Armamento Leve II- Pág 89


No avanço:
• Ejeção:
Ao iniciar o avanço por distensão da mola recuperadora, o transportador-ejetor, forçado
que foi pela rampa abaixadora, desliza na rampa do ressalto de carregamento e passa por baixo
deste, forçando o cartucho a deslizar no extrator colocando-o em coincidência com a câmara; o
estojo que se acha no extrator é forçado para baixo pelo ejetor e termina por cair. Houve então
a ejeção.

• Carregamento ( 2 ª fase ):
Quando se vai processar o carregamento, o transportador-ejetor, forçado pela rampa de
ressalto de elevação abandona o cartucho parcialmente introduzido na câmara e vai empolgar,
forçado pela sua mola abaixadora, um novo cartucho que se encontra ainda na fita. O ferrolho
no seu avanço, introduz o cartucho que se acha no extrator, na câmara.

Armamento Leve II- Pág 90


• Fechamento:
Ao colocar o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato com a parte posterior do
cano e há então, o fechamento.

• Trancamento:
No avanço, o ferrolho encontra-se com o acelerador, desfaz o sistema cano–caixeta,
avançando a partir deste momento, ficando a armação parada. A tranca encontrando a rampa
de acesso do seu ressalto, sobe engrazando-se no ferrolho, que passa a fazer sistema com o
cano – caixeta continuando assim o avanço.

• Desengatilhamento e percussão:
No final do avanço, a parte anterior do gatilho, agindo no gatilho intermediário faz com
que o mesmo se abaixe liberando o percursor, este indo a frente, vai ferir a cápsula do cartucho,
isto é, há a percussão.

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• Funcionamento do mecanismo de alimentação:
Durante o recuo do ferrolho, a fita permanece parada, enquanto o impulsor é levado da
direita para esquerda pela sua alavanca, cujo talão desliza (em sentido contrário ao avanço) pela
ranhura guia do ferrolho. O talão da alavanca do impulsor, enquanto o ferrolho avança, desliza
pela ranhuras–guia (na parte superior do ferrolho), dando ao impulsor, um movimento da
esquerda para a direita. Durante esse movimento, a lingüeta do impulsor arrasta a fita para a
direita, deixando, ao terminar o avanço, um novo cartucho em condições de ser retirado da fita,
pelo transportador-ejetor.

7 - Segurança:

Por não dispor esta arma de registro de segurança, é conveniente retirar o carregador
da arma quando esta não estiver atirando. Para isso, colocar um bloco de madeira entre a
câmara e a face dianteira do ferrolho.

8 - INCIDENTES DE TIRO

TIPOS CAUSAS CORRE


DE ÇÕES
INCIDENTES
1. Virola do estojo quebrada 1. Substit
FALH uir
A NA 2. Ranhura extratora quebrada
EXTRAÇÃO 2. Substit
uir
FALH 1. Ejetor quebrado 1. Substit
A NA uir
EJEÇÃO

Armamento Leve II- Pág 92


2. Mergulhador do transportador ejetor 2.
quebrado Substituir

1. Alavanca de armar gasta ou quebrada. 1. Substit


FALH 2. Mola do batente do percursor quebrado. uir
A NO 3. Ressalto do gatilho intermediário ou do 2. Substit
ENGATILHAM percursor gasto ou quebrado uir
ENTO 3. Substit
uir
FALH 1. Gatilho empenado 1. Substit
A NO 2. Bico ou ressalto do gatilho quebrado uir
DESENGATI 2. Substit
LHAM uir
ENTO
1. Munição defeituosa 1.
NEGA
Substituir
1. Alavanca de armar gasta ou quebrada 1. Substit
2. Pino do batente da mola do percursor uir
DISPA quebrado 2. Substit
RO 3. Mola do percursor quebrada uir
3. Substit
uir
FALH 1. Ponta do percursor gasta ou quebrada 1.Substit
A NA uir
PERCUSSÃO
FALH 1. Estojo rompido no interior da câmara 1. Substit
A NO 2. Mola recuperadora quebrada uir
CARR 3. Munição defeituosa 2. Substit
EGA uir
MENT 3. Substit
O uir

FALH 1. Mola da lingüeta do impulsor quebrada 1.


A NA Substituir
APRESENTA
ÇÃO
FALH 1. Posicionamento incorreto do carregador tipo 1. Substit
A NA fita uir
ALIME 2. Retém da fita quebrado 2. Substit
NTA uir

Armamento Leve II- Pág 93


ÇÃO 3. Molas do retém da fita quebradas 3. Substit
uir

9 – NOMECLATURA

FERROLHO

CAIXETA

Armamento Leve II- Pág 94


ARMAÇÃO

CONJUNTO DA TAMPA

Armamento Leve II- Pág 95


1A . Parafuso da alavanca do impulsor 1B . Arruela
1C . Eixo da alavanca do impulsor 1D . Porca do parafuso
1E . Arruela 1F . Alojamento
do eixo da alavanca
2 . Alavanca do impulsor 3 . Eixo da lingüeta
4 . Lingüeta 5 . Mola da
lingüeta
6 . Cursor 7 . Mola abaixadora
10 . Tampa

ALÇA DE MIRA

Armamento Leve II- Pág 96


1. Pino do botão serrilhado do corretor de vento
2. Botão serrilhado do corretor de vento
3. Mergulhador do botão seRrilhado do corretor de vento
4. Mola do botão serrilhado do corretor de vento
5. Parafuso sem fim
6. Alça de mira
7. Parafuso de fixação da escala
8. Escala do corretor de vento
9. Mola da alça de mira
10. Pino encosto da alça de mira
11. Bucha do parafuso sem fim
12. Base da alça de mira

BLOCO DE FECHAMENTO

Armamento Leve II- Pág 97


FIM

CAPÍTULO 05
MTR M9 M972 BERETTA

ÍNDICE

Nr Assunto Página

Armamento Leve II- Pág 98


01 APRESENTAÇÃO

02 CARACTERÍSTICAS

03 DESMONTAGEM

04 MONTAGEM

05 FUNCIONAMENTO

06 SEGURANÇAS

07 INCIDENTES DE TIRO

08 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

MTR M9 M972 BERETTA

1 – APRESENTAÇÃO

A Metralhadora de mão, calibre 9mm, modelo 1972 “BERETTA”, é uma arma automática
que funciona pela ação dos gases diretamente sobre o ferrolho (utilização direta dos gases), sem
nenhum sistema de trancamento mecânico. Pode efetuar dois tipos de tiro: o tiro semi-automático

Armamento Leve II- Pág 99


(tiro a tiro) e o tiro automático (rajada). É uma arma compacta, pois grande parte do cano situa-
se no interior do ferrolho, característica esta que lhe dá grande estabilidade no tiro automático.
Em face de sua baixa cadência de tiro, possui uma boa concentração de impactos, não havendo
desperdício de munição. É alimentada por carregadores metálicos, tipo cofre, com capacidade
de 30 ou 40 cartuchos. Dispõe de uma coronha metálica que pode ser dobrada sobre o lado
direito da arma, para maior facilidade de transporte.

2 – CARACTERÍSTICAS

2.1 - Designação
Referência numérica NEE 1005-1 N 063 052
Indicativo militar Mtr M9 M972
Nomenclatura Metralhadora de mão, calibre 9mm,
mod. 1972

2.2 - Classificação
Quanto ao tipo Portátil
Quanto ao porte individual
Quanto ao emprego individual
Quanto ao funcionamento Automática
Quanto ao princípio de Ação dos gases sobre o ferrolho culatra
funcionamento desaferrolhada
Espécie de tiro Tiro direto

2.3 – Alimentação
Carregador Tipo cofre metálico
Capacidade 30 ou 40 cartuchos
Sentido De baixo para cima

Armamento Leve II- Pág 100


2.4 – Raiamento
Número de raias 6 (seis)
Sentido À direita
Passo 0,250 m

2.5 - Aparelho de pontaria


Alça de mira. Tipo visor basculante, graduado para
100 e 200m, com proteção lateral regulável.
Maça de mira Tipo ponto com proteção total
regulável em altura.

2.6 - Dados numéricos


Calibre 9 mm
Peso sem carregador 3,0 Kg (aprox)
Peso com carregador de 30t 3,80 Kg (cheio)
Peso com carregador de 40t 3,920 Kg (cheio)
Comprimento c/ coronha aberta 64,5 cm
Comprimento c/ coronha fechada 41,8 cm
Velocidade teórica de tiro (auto) 500 a 550 tpm
Alcance de utilização Até 200m

3. DESMONTAGEM

3.1- MEDIDAS PRELIMINARES


Para desmontagem da Mtr M 9 M972 “BERETTA” devem ser tomadas as seguintes
medidas preliminares:
a) Retirar a bandoleira;
b) Retirar o carregador;
c) Fazer recuar o ferrolho, examinando a câmara para ver se não tem cartuchos; e
d) Levar o ferrolho à frente.

3.2 DESMONTAGEM DE 1º ESCALAO

Armamento Leve II- Pág 101


dação

Deve ser procedida na seguinte ordem:

a) Tampa de caixa da culatra


Libertar a tampa da caixa da culatra, comprimindo seu retém. Desatarraxá-la,
retirando-a com a mola recuperadora.

b) Luva de fixação do cano - cano - ferrolho


Libertar a luva de fixação do cano, abaixando o seu retém. Desatarraxar a luva e
retirar o ferrolho do cano. Separar a luva de fixação do cano, levantando a parte posterior do
cano, trazendo-o para a retaguarda.

c) Punho posterior
Retirar a cavilha do tubo de fixação do punho posterior, comprimindo suas extremidades
e empurrando-a para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior. Forçar, com
pequenos golpes, o punho para trás e para baixo, retirando-o.
NOTA: O tubo de fixação do punho posterior deve ser colocado sempre da esquerda
para a direita da arma e sua cavilha pelo lado oposto.

3.3 - DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO

a) Carregador
Com um toca pinos, pressionar o retém do fundo do carregador, fazendo-o deslizar para
fora de seu encaixe.
Com o polegar, apoiar o retém para evitar a descompressão violenta da mola do
carregador. Retirar a mola do carregador e o transportador.

Armamento Leve II- Pág 102


b) Extrator
Com um toca - pino, retirar o eixo do extrator, apoiando o extrator com o dedo polegar.
Retirar o toca - pino, liberando o extrator, que sairá juntamente com sua mola.

c) Placas do punho posterior


Com uma chave de fenda, desatarraxar os parafusos e retirar as placas.

d) Punho anterior
Com uma chave de fenda especial, desaparafusar a porca do tirante do punho anterior.
Retirar o fundo do punho e o punho. Com um toca - pino, retirar o eixo do tirante, ficando livre o
tirante.

e) Dispositivo de segurança do punho


Com um toca - pino, retirar o pino limitador do dispositivo de segurança do punho e o
pino limitador do gatilho/eixo do dispositivo de segurança. Retirar o dispositivo de segurança do
punho.
Separar o retém, o ferrolho e o impulsor do dispositivo de segurança do punho.

f) Gatilho - Alavanca de disparo


Com um toca - pino, retirar o eixo do gatilho. Retirar o conjunto gatilho - alavanca de
disparo.

g) Registro de tiro
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de tiro e retirá-
la. Pressionando o registro de tiro para a esquerda, retirá-lo.

h) Registro de segurança
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de segurança e retirá-
la. Pressionando o registro de segurança para a direita, retirá-lo.

i) Armadilha
Com um toca - pino, retirar o pino limitador e o eixo da armadilha. Retirar a armadilha.
j) Impulsor da alavanca de disparo
Com uma chave especial, girar o impulsor de meia volta, até que a aba do seu suporte
saia de seu encaixe no bloco central. Retirar o impulsor.

3.4 - DESMONTAGEM DE 3º ESCALÃO

Armamento Leve II- Pág 103


a) Coronha
Com uma chave de fenda, retirar o eixo da charneira da coronha, ficando livre a coronha
e o mergulhador da charneira da coronha com sua mola.

b) Chapa da soleira
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do eixo da chapa da soleira e
retirá-la. Com um toca pino, retirar o eixo da chapa da soleira, ficando livre a chapa da soleira
com seu mergulhador e mola.

c) Tampa da caixa da culatra


Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento suporte do zarelho posterior e
retirá-lo, ficando livres na tampa o protetor do amortecedor, o amortecedor e o suporte guia da
mola recuperadora.

d) Luva de fixação do cano


Com um alicate especial, abrir a arruela de pressão e tirá-la, ficando livre o zarelho
anterior.

e) Percursor
Com um toca - pino, retirar o pino do percursor. Introduzindo o toca - pino no alojamento
do extrator, forçar o percursor para frente, retirando-o.

f) Armadilha
Com um toca - pino, retirar a bucha do eixo e da alavanca da armadilha, ficando livres o
corpo, a alavanca e a mola da armadilha.

g) Retém da luva de fixação no cano


Com um toca - pino, retirar o eixo do retém da luva de fixação do cano. Com uma chave
de fenda, pressionar a mola do retém, retirando-a pela frente juntamente com o retém.

h) Retém do carregador
Com um toca - pino, retirar o eixo do retém do carregador e o pino inferior do ejetor.
Segurar o retém do carregador e retirar o toca - pino, ficando livres o retém do carregador e sua
mola.
i) Ejetor
Com um toca - pino, retirar o pino superior do ejetor. Retirar o ejetor pela janela de ejeção.

j) Retém da tampa da caixa da culatra

Armamento Leve II- Pág 104


Com um toca - pino, retirar o pino de pressão do retém da tampa da caixa da culatra.
Segurar o retém da tampa e retirar o toca - pino, ficando livres o retém e sua mola.

l) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, desatarraxá-la, retirando-a de seu suporte.

m) Alça de mira
Com um toca - pino, retirar o pino de pressão do parafuso de regulagem da alça de mira.
Ficará livre a mola do parafuso de regulagem da alça de mira. Com uma chave de fenda,
desatarraxar o parafuso de regulagem da alça de mira retirando-o. A alça de mira e sua mola
ficarão livres.

4 - MONTAGEM

A montagem é feita na ordem inversa da desmontagem.

PARA FACILITAR O TRABALHO SIGA A SEGUINTE ORDEM:

4.1 - MONTAGEM DE 3º ESCALAO

a) Alça de mira
Colocar a mola da alça de mira, em seu alojamento, colocar a alça de mira com o visor
marcado com número 1, voltado para a parte posterior da caixa da culatra. Introduzir o parafuso
de regulagem da alça de mira pela direita. Montar a mola do parafuso de regulagem e,
pressionando-a, introduzir o pino de pressão do parafuso de regulagem.

b) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, atarraxá-la em seu suporte.

c) Retém da tampa da caixa da culatra


Montar a mola no retém. Colocar o retém com a mola no alojamento existente no suporte
da coronha, com o entalhe para baixo. Pressionar o retém, colocando o pino de pressão no
orifício XIII, fazendo-o passar, também, pelo entalhe.

d) Ejetor
Colocar o ejetor pela janela de ejeção, coincidir seu orifício superior com o orifício III da
caixa da culatra, introduzindo, a seguir, o pino superior do ejetor.

e) Retém do carregador

Armamento Leve II- Pág 105


Colocar a mola do retém do carregador no seu alojamento existente no retém. Em
seguida, colocar este conjunto na caixa da culatra, de modo que sua ponta superior penetre no
rasgo “A” existente no ejetor. Obrigar a mola do retém, com uma chave de fenda, a se alojar no
alojamento do retém do carregador. Em seguida, coincidir, com o auxilio de um toca - pino, o
orifício inferior do ejetor e o orifício do retém do carregador com o orifício IV da caixa da culatra.
Colocar o eixo do retém - pino inferior do ejetor.

f) Retém da luva de fixação do cano


Colocar a mola do retém da luva de fixação do cano no seu alojamento no retém. Colocar
o retém com sua mola em sua posição e, com uma chave de fenda, comprimir a mola para que
sua extremidade se aloje em seu assento, na caixa da culatra. Coincidir o orifício do retém com
o orifício I da caixa da culatra. Colocar o eixo do retém.

g) Armadilha
Introduzir a mola da armadilha entre o corpo e a alavanca da armadilha. Comprimir as
duas peças até coincidir os orifícios e colocar a bucha do eixo da armadilha.

h) Percursor
Colocar o percursor em seu alojamento no ferrolho. Fazer o entalhe do percursor
passando uma broca pelo furo do pino do percursor (diâmetro 2,57 + 0,033). Colocar o pino.

i) Luva de fixação do cano


Colocar o zarelho anterior com a peça voltada para frente. Colocar, a seguir, a arruela
de pressão na parte cônica, calculando-a, de modo que, alargando, possa penetrar no rebaixo
existente na luva, impedindo a saída do zarelho e deixando-o girar livremente.

j) Tampa da caixa da culatra


Introduzir o suporte do zarelho posterior no orifício da tampa. Montar o suporte guia da
mola recuperadora, o amortecedor e o protetor do amortecedor. Fixar estas peças com a arruela
de travamento, colocando-a no rebaixo existente no suporte do zarelho.

l) Chapa da soleira
Colocar em seu alojamento o mergulhador e mola da chapa da soleira observando a
posição correta da chapa da soleira. Pressionar o tubo da coronha contra a mesma, de modo a
comprimir a mola, fazendo coincidir os orifícios. Colocar os eixos da chapa da soleira. Montar a
arruela de travamento no eixo da chapa da soleira.

m) Coronha
Colocar a mola do mergulhador e o mergulhador no alojamento do suporte da coronha
com a ponta do mergulhador para fora. Pressionar a coronha, fazendo coincidir os orifícios do

Armamento Leve II- Pág 106


suporte da coronha e da charneira. Colocar o eixo da charneira da coronha. A coronha deve ser
pressionada aberta.

4.2 - MONTAGEM DE 2º ESCALÃO

a) Impulsor da alavanca de disparo


Com uma ferramenta especial, colocar o impulsor da alavanca de disparo no bloco
central da caixa da culatra, girando-o de meia volta até que a aba de seu suporte se aloje no seu
encaixe no bloco central.

b) Armadilha
Com o dente da alavanca da armadilha para frente, colocar a armadilha, de modo que o
furo da bucha do eixo da armadilha venha coincidir com o orifício IX da caixa da culatra. Colocar
o eixo da armadilha no orifício IX. Em seguida colocar o pino limitador da armadilha no orifício X
da caixa da culatra, de modo a passar no entalhe existente na parte posterior da armadilha, a
fim de limitar o seu curso.

c) Gatilho - Alavanca de disparo


Girar a alavanca de disparo para cima. Colocar o conjunto na caixa da culatra, de modo
que o furo superior do gatilho coincida com o orifício VI da caixa da culatra. Colocar o eixo do
gatilho.
NOTA: Para evitar que o gatilho gire, colocar um toca pino, temporariamente, no orifício
VII da caixa da culatra, de modo que detenha o gatilho, agindo no orifício de limitação do curso
do gatilho.

d) Registro de segurança
Colocar o registro de segurança no orifício XI da caixa da culatra, pelo lado direito da
arma (onde está gravado FUOCO - primeiro). Fixar o registro de segurança pelo lado oposto,
colocando a arruela de travamento em seu rebaixo.

e) Registro de tiro
Segurando a arma com o alojamento do carregador virado para cima, comprimir, com a
chave de fenda, a alavanca de disparo e introduzir o registro de tiro, pela esquerda do orifício
VIII da caixa da culatra. Fixá-lo com a arruela de travamento.

f) Dispositivo de segurança do punho


Colocar o impulsor do dispositivo de segurança em seu alojamento no dispositivo de
segurança do punho. Comprimir a mola do impulsor até que sua extremidade se aloje no entalhe

Armamento Leve II- Pág 107


existente no batente do dispositivo de segurança do punho. Montar o retém do ferrolho no seu
encaixe no dispositivo, com seu dente virado para frente.
Montar o dispositivo de segurança na caixa da culatra, introduzindo, inicialmente, sua
parte posterior. Retirar o toca - pino do orifício VII da caixa da culatra e alinhar o furo do eixo do
dispositivo de segurança com o orifício VII da caixa da culatra, colocando o pino limitador do
gatilho/eixo do dispositivo de segurança. Em seguida, colocar o pino limitador do dispositivo de
segurança no orifício XII da caixa da culatra, fazendo-o passar, no rasgo limitador do dispositivo
de segurança.
Agindo na tecla de segurança, nivelar o encaixe do batente do dispositivo de segurança
com a base da alavanca da armadilha. Introduzindo uma chave de fenda no orifício junto do
alojamento do suporte do impulsor do dispositivo de segurança, fazer alavanca sobre o impulsor
do dispositivo de segurança do punho, transferindo a extremidade do impulsor para a base da
alavanca da armadilha.

g) Punho anterior
Colocar o tirante do punho de modo que coincida seu orifício com o orifício II da caixa da
culatra e prendê-lo em seu eixo. Montar o punho em seu tirante, colocar o fundo do punho e fixar
estas peças com a porca do tirante do punho utilizando a chave de fenda especial.

h) Placas do punho posterior


Colocar as placas, aparafusando-as.

i) Extrator
Colocar a mola do extrator sobre o fundo do alojamento do extrator. Colocar o extrator
com o dente para frente, no alojamento, de modo que seu orifício coincida com o orifício de seu
eixo no ferrolho. Colocar o eixo do extrator.

j) Carregador
Introduzir o transportador e o conjunto mola - retém no carregador, com a extremidade
mais elevada da espira superior voltada para frente. Pressionar o retém, de modo a permitir que
o fundo do carregador deslize em seu encaixe.

4.3 - MONTAGEM DE 1º ESCALAO


a) Punho posterior
Colocar o punho posterior na caixa da culatra, de modo que o orifício do punho posterior
alinhe com o orifício V da caixa da culatra. Colocar no orifício V o tubo de fixação da armação,
com a cabeça voltada para a gravação “SINGOLO”. Pelo lado oposto, introduzir totalmente, a
cavilha no tubo.

b) Luva de fixação do cano - ferrolho

Armamento Leve II- Pág 108


Encaixar o cano no ferrolho. Encaixar a luva de fixação no cano, fazendo os ressaltos
existentes no cano coincidir com os rasgos da luva. Girar a luva de ¼ de volta. Abaixar o retém
da luva de fixação do cano e colocar todo o conjunto na caixa da culatra. Atarraxar a luva, até
que o pino do retém encaixe no orifício existente na luva, para fixá-la.

c) Tampa da caixa da culatra


Introduzir a mola recuperadora pela retaguarda da arma e atarraxar a tampa da caixa da
culatra até a mesma se engrazar no retém da tampa.

d) Carregador
Introduzi-lo em seu alojamento até que fique preso pelo seu retém.

e) Bandoleira
Prendê-la nos zarelhos com os grampos de segurança.

5 - FUNCIONAMENTO

Recuo do ferrolho Avanço


• Engatilhamento
• Extração • Desengatilhamento
• Ejeção • Carregamento
• Apresentação • Percussão

5.1 - POSICAO INICIAL

A arma está alimentada e foi efetuado um disparo

5.2 - RECUO DO FERROLHO


A pressão desenvolvida pela deflagração da carga da pólvora, agindo em todos os
sentidos, força o projétil para frente e o ferrolho para trás.
Graças a massa do ferrolho, seu recuo se efetua após a passagem do projétil pela boca
da arma.
a) Extração
A pressão que empurra o estojo contra seu alojamento no ferrolho obriga-o a recuar. A
função do extrator consiste em manter o estojo no seu alojamento no ferrolho, a fim de evitar que
ele tombe no mecanismo antes da ejeção. O extrator servirá, também, para extrair um cartucho
ou estojo que tenha provocado um incidente de tiro.

1 . Estojo (amarelo)

Armamento Leve II- Pág 109


2 . Ejetor (vermelho)

b) Ejeção
No momento em que o alojamento do culote do cartucho, no ferrolho, se encontra,
aproximadamente, à altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em contato com
o ejetor que, sobressaindo no alojamento do culote, obriga-o a girar em torno da garra do extrator
e o projeta para fora da arma.
c) Apresentação do cartucho
Continuando seu movimento para retaguarda o ferrolho ultrapassa o carregador, não
estando mais pressionados pelo ferrolho, o transportador eleva-se pela ação da mola do
carregador, até que o cartucho de cima seja limitado pelas abas do carregador, dando-se, então,
a apresentação deste cartucho.

5.3 - AVANÇO DO FERROLHO

a) Engatilhamento
Após o fim do recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para a frente; ele é retido
logo no inicio do avanço pela armadilha, caso o registro de tiro esteja na posição “SINGOLO”
(tiro semi-automático); ou recomeça o ciclo, se o registro está na posição “RAFFICA” (tiro
automático).

b) Desengatilhamento
Ação do dedo sobre o gatilho abaixa a parte posterior da armadilha, liberando o ferrolho
que, sob a ação da mola recuperadora, é lançado à frente.

c) Carregamento
Após um percurso para a frente de cerca de 35mm, a parte inferior do ferrolho “F” entra
em contato com o culote do cartucho apresentado e o empurra para a frente.

Em seu movimento, o projetil encontra a rampa de acesso “R” existente no cano,


orientando-se para a câmara, desprendendo, assim, o cartucho, das abas do carregador. O
ferrolho continua empurrando o culote do cartucho, introduzindo-o completamente na câmara,
dando-se, então, o carregamento.

Armamento Leve II- Pág 110


R . Rampa de acesso

F . Parte inferior do ferrolho

d) Percussão
O ferrolho, terminando seu movimento para frente, obriga o extrator a levantar-se, indo o
culote do cartucho ocupar seu alojamento. Ao mesmo tempo, o percursor “P” que é saliente no
alojamento do cartucho, percute a cápsula, provocando a deflagração.

P . Percursor

6 - MECANISMO DE DISPARO

6.1 - Seguranças

a) Registros de segurança
Com o registro de segurança comprimido do lado “FUOCO”, o rebaixo existente no
mesmo permite a introdução da forquilha “F” da armação do dispositivo de segurança do punho,
quando se comprime sua tecla, ao empurrar a arma. Com o registro de segurança comprimido

Armamento Leve II- Pág 111


do lado “SICURA”, a forquilha “F” do dispositivo de segurança do punho encontra o diâmetro
maior do registro, não podendo, pois, se deslocar, ficando imobilizado o dispositivo de segurança.

F . Forquilha

b) Dispositivo de segurança do punho


Com o registro de segurança na posição “FUOCO”, comprimindo-se a tecla “T”, o
dispositivo de segurança do punho gira em torno de seu eixo “E”, abaixando a sua parte anterior,
que obriga o retém do ferrolho “R” a deslizar para baixo, em seu alojamento no bloco central da
caixa da culatra. Conseqüentemente, a parte posterior do dispositivo de segurança se eleva. O
ferrolho pode então, se, deslocar livremente, já que o retém do ferrolho está recolhido em seu
alojamento no bloco central e o batente do dispositivo de segurança permite a rotação da
alavanca da armadilha quando a mesma for comandada. Liberando-se a tecla, a mola do
impulsor do dispositivo de segurança do punho obrigará o dispositivo a voltar a sua posição
primitiva.
Quando a tecla não está sendo pressionada, o ferrolho não pode ser trazido à retaguarda,
em virtude do seu retém “R” estar aflorando no interior da caixa da culatra. A alavanca da
armadilha “A” não pode girar em torno de seu eixo, quando for comandada, porque o batente “B”
do dispositivo de segurança não permite este movimento.

A . Alavanca da armadilha

F . Forquilha

B . Batente

R . Retém do ferrolho

Armamento Leve II- Pág 112


A . Armadilha

B . Batente

6.2 - Tiro intermitente


O registro de tiro se encontra na posição “SINGOLO para o tiro intermitente.
Comprimindo-se a tecla do dispositivo de segurança do punho e agindo-se na alavanca de
manejo, o ferrolho vem a retaguarda, abaixando a parte posterior da armadilha, comprimindo a
mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho. O ferrolho, continuando seu movimento
para trás, deixa de agir na parte posterior da armadilha, que se eleva por ação da mola do
impulsor do dispositivo de segurança do punho. Soltando-se a alavanca de manejo, o ferrolho
vai à frente, por ação da mola recuperadora, ficando preso pela armadilha, quando sua rampa
de engatilhamento encontra-se com a rampa de engatilhamento do ferrolho. A arma está
engatilhada. O corpo do registro de tiro está com seu diâmetro maior encontrado com a nervura
da alavanca de disparo. Após ter comprimido o dispositivo de segurança do punho, a pressão do
dedo sobre o gatilho faz o mesmo girar em torno do seu eixo, levando consigo a alavanca de
disparo, que comprime a mola do seu impulsor. A alavanca de disparo descreve dois
movimentos, um para cima acompanhando o movimento do gatilho e outro de rotação em torno
do seu eixo no gatilho, forçado pelo deslizamento de sua nervura no registro de tiro. No seu
movimento ascendente, a alavanca de disparo aciona a alavanca da armadilha, que obriga a
armadilha a girar em torno do seu eixo, abaixando sua parte posterior liberando o ferrolho, dando-
se o desengatilhamento. A parte mais elevada da alavanca de disparo escapa da parte

anterior da alavanca da armadilha. No seu avanço, o ferrolho ultrapassa a armadilha,


permitindo que esta gire por ação da mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho,
obrigando a mesma a girar, elevando sua parte posterior. Quando o ferrolho recua, por ação dos
gases, o engatilhamento se processa conforme descrito anteriormente. Liberando-se a tecla do
gatilho, este volta a sua posição primitiva por ação do impulsor da alavanca de disparo. A face
superior da alavanca de disparo coloca-se novamente sob a parte anterior da alavanca da
armadilha.

H . Impulsor da alavanca de disparo

Armamento Leve II- Pág 113


N . Nervura da alavanca de disparo

R . Rampa de engatilhamento

C . Registro de tiro
D . Parte mais elevada da alavanca de disparo

6.3 - Tiro automático


O registro de tiro se encontra na posição “RAFFICA para o tiro automático. A arma
está engatilhada, conforme descrito anteriormente. O corpo do registro de tiro está com seu
rebaixo em contato com a nervura “N” da alavanca de disparo. Após ter comprimido o dispositivo
de segurança, a pressão do dedo sobre o gatilho faz o mesmo girar em torno do seu eixo, levando
consigo a alavanca de disparo, a qual descreve os mesmos movimentos descrito anteriormente.
No seu movimento ascendente, a alavanca de disparo aciona a armadilha, que gira em torno do
seu eixo, liberando o ferrolho. Face a posição mais recuada ocupada pela alavanca de disparo,
isto é, posição decorrente da introdução de sua nervura no rebaixo do registro de tiro, sua parte
mais elevada não escapa da parte anterior da alavanca da armadilha. Enquanto não se liberar a
pressão sobre a tecla do gatilho, o tiro continuará se realizando. Liberando-se somente a tecla
do gatilho, este volta a sua posição primitiva por ação da mola do impulsor da alavanca de disparo
“H”, permitindo que a armadilha gire em torno do seu eixo, elevando sua parte posterior por ação
do impulsor do dispositivo de segurança do punho “I”, retendo o ferrolho à retaguarda.

M - Mola da armadilha
I - Impulsor do dispositivo de segurança do punho
N - Nervura da alavanca de disparo
H - Impulsor da alavanca de disparo

NOTAS :
(1) Caso se libere, simultaneamente, a tecla do gatilho e do dispositivo de segurança do
punho, ambos voltam às suas posições primitivas por ação do impulsor da alavanca de disparo
e do impulsor do dispositivo de segurança do punho, respectivamente. A armadilha gira em torno
do seu eixo, elevando sua parte posterior. Nesta situação o batente do dispositivo de segurança
do punho não permite a rotação da alavanca da armadilha. Quando o ferrolho recua por ação
dos gases, age sobre a parte posterior do corpo da armadilha, que gira, comprimindo sua mola
que está montada entre duas peças. Quando o ferrolho avança, este fica preso pelo corpo da
armadilha que se elevou por ação da sua mola.

Armamento Leve II- Pág 114


(2) Caso a tecla do dispositivo de segurança seja liberada sem que se libere o gatilho, o
dispositivo de segurança não voltará à sua posição, devido à alavanca da armadilha.

7 -INCIDENTES DE TIRO
7.1 - Generalidades
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro (sem danos para o
material e/ou pessoal) por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é normalmente eliminada por um conjunto de operações chamadas
“ação imediata” . É constituída pelas seguintes operações:

- Retirar o carregador
- Dar dois golpes de segurança, para extrair, se possível e ejetar um cartucho ou estojo
que esteja na arma.
- Travar a arma com o ferrolho à retaguarda.
- Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma do cano, para ver se
existe qualquer anormalidade.
- Recolocar o carregador.
- Destravar e recomeçar o tiro.

7.2 - QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

Armamento Leve II- Pág 115


Os incidentes de tiro comuns são apresentados no quadro a seguir.
As medidas de correção só devem ser realizadas após execução das primeiras quatro
operações da ação imediata.
• Estojo rompido no • Substituir
interior da câmara • Substituir
• Abas do carregador • Substituir
Falha no amassado
carregamento • Substituir
• Mola recuperadora
fraca
• Munição defeituosa
• Ponta do percursor • Substituir
Falha na gasta ou quebrada • Substituir
percussão • Mola recuperadora
fraca
• Garra do extrator • Substituir
quebrada ou gasta • Substituir
Falha na • Mola do extrator • Substituir
extração quebrada ou fraca
• Virola do estojo
quebrada
Rajada de • Nervura da alavanca • Substituir
dois ou três de disparo de disparo gasta
disparos
com o registro de
tiro em intermitente
• Mola do • Substituir
Falha na carregador fraca ou quebrada • Substituir
Apresentação • Transportador amassado • Substituir
• Corpo do carregador
amassado
• •

• Alavanca de disparo • Substituir


Falha no quebrada • Substituir
desengatilhamento • Alavanca da armadilha
quebrada

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• Armadilha quebrada • Substituir
• Mola da armadilha • Substituir
Falha no quebrada • Substituir
engatilhamento • Mola do impulsor do
dispositivo de segurança do punho
quebrada
Falha no • Mola recuperadora • Substituir
disparo fraca
Nega • Munição defeituosa • Substituir
Falha na • Ejetor quebrado • Substituir
ejeção
• Corpo do Carregador • Substituir
amassado ou com mossa • Substituir
Falha na • Mola retém do • Substituir
alimentação carregador quebrado ou fraco
• Retém do carregador
gasto

FIM

CAPÍTULO 06

NR Assunto PÁGI
NA
0 APRESENTAÇÃO
1
0 CARACTERÍSTICAS
2
0 DESMONTAGEM 1º ESCALÃO
3

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0 DESMONTAGEM DE 2O ESCALÃO
4
0 DESMONTAGEM DE 3O ESCALÃO
5
0 MONTAGEM
6
0 FUNCIONAMENTO
7
0 MANEJO
8
0 MANEJO DO BIPÉ
9
1 INCIDENTE DE TIRO
0
1 ACIDENTE DE TIRO
1
1 AÇÃO IMEDIATA
2
1 REGULAGEM DO APARELHO DE
3 PONTARIA
1 MANUTENÇÃO
4
1 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO
5
1 EMPREGO DE CALIBRADORES
6
1 RESUMO DO EMPREGO DE
7 CALIBRADORES
1 VISTA EXPLODIDA
8

Metralhadora 7,62 M971 “MAG”

Armamento Leve II- Pág 118


1-APRESENTAÇÃO

Quando se cogita a utilização de uma metralhadora pesada para um carro de combate


ocidental, a escolha recai fatalmente sobre a extraordinária Browning .50.
Contudo, ao se necessitar de uma arma de alta flexibilidade tática para o mesmo carro,
capaz de assumir a função de arma coaxial e até figurar como segunda metralhadora em reparo
de torre, a eleição se faz baseado em vários fatores, como por exemplo, o calibre, a capacidade
de aprovisionamento de munição, habilidade em suportar rajadas prolongadas e pouca
necessidade de manutenção a partir do 3o escalão.
Todos os fatores citados, acrescidos do peso específico do armamento, também são
levados em conta ao se buscar o equivalente para equipar as tropas de infantaria.
Graças a herança da II Guerra Mundial, onde os vencedores procuraram absorver o
máximo da inventiva existente nos territórios conquistados pelos Aliados, surgiram alguns
projetos, não tão novos assim, francamente baseados no que se havia criado “do outro lado da
trincheira”.

Armamento Leve II- Pág 119


Dentre os projetos encontrados pelos pesquisadores de material bélico, havia uma, não
propriamente novidade, que havia feito fama no campo de batalha devido a sua enorme
capacidade de destruição, acompanhada por um ruído característico, tamanha era a sua
cadência de tiro: a MG 42 alemã, por si, uma evolução da não menos famosa MG 34.
O ruído característico, era o resultado dos seus 1.000 disparos por minuto.
No estudo da metralhadora MAG, que só realiza o tiro automático, temos que atentar
para o cuidado de não aquecer seu cano demasiadamente, o que se consegue com muita
facilidade, evitando rajadas prolongadas. Contudo, a remoção e a troca do cano são facílimas,
graças a um sistema que permite tal operação seja efetuada em pequeno espaço de tempo.
Outro detalhe importante é a regulagem dos gases, feita através de uma válvula que se
encontra sob o cano. Ao fazer uso desta válvula, consegue-se uma variação da cadência de 600
a 1.000 tiros por minuto. Também devemos ressaltar a fácil desmontagem, tornando operações
normais de manutenção bem simples, além de diminuir o tempo despendido com o treinamento
de recrutas.
Esta magnífica arma é utilizada em mais de 60 países, sendo o equipamento de eleição
imediata por qualquer força armada, não só pelo seu desempenho fora do comum, como
também, pela confiabilidade e grande poder de fogo.

2-CARACTERÍSTICAS

1-DESIGNAÇÃO
NEE..........................................................1005-1063-756-0
Indicativo militar ......................................Mtr 7,62 M971 “MAG”
Nomenclatura ...........................................Metralhadora 7,62 Modelo 1971 “MAG”
2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..........................................Não portátil
Quanto ao emprego ...................................Coletivo
Quanto ao funcionamento ........................Automático
Princípio de funcionamento......................Ação dos gases, por tomada no terço médio do
cano
Quanto a refrigeração ...............................A ar
Quanto a espécie de tiro ...........................Tiro direto

3-ALIMENTAÇÃO

Carregamento ............................................Retrocarga (mesa de alimentação)


Alimentação ...............................................Fita de elos metálicos articuláveis
Carregador .................................................Tipo caixa ou tipo cofre
Capacidade ................................................Tipo caixa: Com capacidade para 1 fita de
alimentação com 50 cartuchos

Armamento Leve II- Pág 120


Tipo cofre: Com capacidade
para 5 fitas de alimentação totalizando 250 cartuchos
Sentido .......................................................Da esquerda para a direita

4-RAIAMENTO

Números de raias .......................................04 (quatro)


Sentido ......................................................A direita
Passo .........................................................Uma volta em 0,305 m

5-APARELHO DE PONTARIA

Alça de mira ..............................................Tipo lâmina basculante com o cursor e visor,


graduada de 100 em 100 m e de 200 a 1800 m
Massa de Mira ...........................................Regulável em altura e direção
Ângulo de ceifa (sobre o bipé)...................± 50o
Ângulo de ceifa (sobre reparo M971 Ter)..Em direção ± 67o Em altura ± 30o

6-DADOS NUMÉRICOS

Calibre ........................................................7,62 mm
Peso da metralhadora ..................................10,800 kg
Peso do grupo do cano ................................2,800 kg

Peso do reparo M971 Ter ...........................10,450 kg


Comprimento da Mtr c/ quebra-chamas......1,255 m
Comprimento do cano .................................0,545 m
Velocidade inicial do projetil ......................840 m/s
Velocidade do tiro (regulável) ...................600 a 1000 tiros por minuto
Alcance máximo .........................................3.800 m
Alcance de utilização sobre bipé .................800 m
Alcance de utilização sobre reparo .............1.800 m

Durante a desmontagem da arma, serão mencionadas ferramentas com a


nomenclatura OREA, que vem do francês Outil de Reparation et Entretien Arme; ou seja;
Ferramenta para Manutenção e Reparação da Arma.

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3-DESMONTAGEM

1-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
 Abrir a tampa da caixa da culatra, agindo nos ferrolhos de travamento.
 Trazer a alavanca de manejo completamente para a retaguarda.
 Colocar o registro de segurança, na posição de segurança “S”.
 Levantar a mesa de alimentação e verificar se a câmara está vazia.
 Colocar o registro de segurança, na posição de fogo “F”.
 Agindo na tecla do gatilho, levar as peças móveis à frente.

2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
a -Retirar o Cano
 Comprimir, com o polegar da mão esquerda, o botão da alavanca de retenção do
anel roscado de fixação do cano e com a mão direita dar um golpe para a esquerda no punho de
transporte.
 Levar o cano à frente liberando-o da arma.

b-Desmontar o Regulador de Gases


 Pressionando a lâmina de fixação do anel regulador de escape de gases,
desatarraxá-lo (mantendo sempre a lâmina pressionada) e retirá-lo.
 Em seguida, retira-se as meias luvas do regulador de gases e o regulador
propriamente dito.

c-Retirar a Coronha
 Pressionar o retém do bloco posterior e, simultaneamente, exercer um esforço para
cima sobre a coronha, a fim de separá-la da arma.

d-Retirar o Conjunto Recuperador


 Pressionar o retém do eixo-guia do conjunto recuperador para a frente e para cima
até liberá-lo e retirar o conjunto por trás da caixa da culatra.

e-Retirar o Conjunto Êmbolo-Corrediça-Ferrolho-Culatra Móvel


 Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda e retirar o conjunto de peças por trás
da caixa da culatra.

f-Retirar o Mecanismo da Armação


 Pressionar para a direita o eixo da armação e retirá-lo.

Armamento Leve II- Pág 122


 Girar a armação para baixo e para a frente, retirando-a.

4-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO

a- Retirar o Quebra-Chamas
 Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxá-lo e retirá-lo.

b- Separar o Conjunto Êmbolo-Corrediça do Conjunto Ferrolho-Culatra Móvel


 Com um toca-pino, retirar o eixo superior da biela.
 Separar o conjunto êmbolo-corrediça do conjunto ferrolho-culatra móvel.

c- Desmontar o Extrator
 Utilizaremos a chave para desmontagem do extrator (OREA 19). Na falta desta
ferramenta, poderemos trabalhar com o raspador para limpeza do cilindro de gases, combinado
com a chave para desmontagem do extrator (OREA 78).
 Introduzir um dos ganchos da ferramenta, na ranhura existente no impulsor do
extrator e o outro na ranhura do ferrolho.
 Mantendo a ferramenta de desmontagem nesta posição, exercer pressão sobre o
ferrolho de modo a trazê-lo no prolongamento da culatra móvel.
 Retirar o extrator e liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 19), deixando o
ferrolho voltar para cima sob a ação da mola do extrator.
 Retirar o impulsor do extrator e sua mola.

d- Retirar as Plaquetas da Armação


 Com o raspador para limpeza do cilindro de gases (OREA 78), que dispõe de uma
chave de fenda, ou com uma chave de fenda (OREA 28), retirar os parafusos das plaquetas e
as plaquetas da armação.

e- Retirar o Registro de Segurança


 Girar o registro de segurança 1/4 de volta no sentido horário e retirá-lo pela esquerda.

f- Retirar a Armadilha
 Com um toca-pino, retirar o eixo da armadilha.
 Girar a armadilha 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-la por cima, liberando-a do
gancho da armadilha.

g- Retirar a Mola da Armadilha e do Gatilho


 Com um toca-pino, retirar o eixo da mola da armadilha e do gatilho.

Armamento Leve II- Pág 123


 Retirar a mola da armadilha e do gatilho, por cima da armação (observar a posição
da mola).

h- Retirar o Conjunto Gatilho - Gancho da Armadilha


 Com um toca-pino, retirar o eixo do gatilho.
 Retirar o gatilho e o gancho da armadilha (não separar estas peças).

5-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO

a- Desmontar o Ejetor
 Adaptar a ferramenta especial para desmontagem do ejetor (OREA 15), no conjunto
culatra móvel-ferrolho.
 Comprimir o ejetor por meio da ferramenta (OREA 15), pressionando-a sobre o
ferrolho.
 Com um toca-pino apropriado e um martelo, retirar o pino de travamento do ejetor.
 Liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 15) e retirar do seu alojamento o ejetor
e sua mola.

b- Desmontar a Massa de Mira


 Adaptar a ferramenta especial para desmontagem e regulagem da massa de mira
(OREA 34) e levantar o estribo de retenção da massa de mira.
 Desatarraxar a massa de mira com a ferramenta (OREA 34).
 Desatarraxar um dos parafusos de regulagem do suporte da massa de mira com a
ferramenta (OREA 34).
 Retirar o suporte da massa de mira pelo lado oposto do parafuso retirado.

c- Retirar o Anel Roscado de Fixação do Cano


 Suspender o ferrolho da alavanca de travamento do cano.
 Com um toca-pino, afastar o pino de fixação do anel roscado.
 Desatarraxar o anel e retirá-lo.

d- Retirar a Alavanca de Travamento do Cano


 A alavanca de travamento fica livre com a retirada do anel roscado.
 Ficam livres também o ferrolho da alavanca de travamento e sua mola.

e- Desmontar o Bipé
 Com um toca-pino, rebater o pino de travamento do bipé.

Armamento Leve II- Pág 124


 Girar o bipé 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-lo pela frente.
 Retirar o anel-grampo do eixo das pernas do bipé.
 Retirar a porca e a arruela do eixo das pernas do bipé.
 Retirar o eixo, ficando livres a mola das pernas e as pernas do bipé.
 Girar a cabeça articulada do bipé, a fim de retirar o pino de ligação do bipé.
 Girar 1/4 de volta para qualquer lado, o eixo oco do bipé, retirando a bucha com o
mergulhador e a mola da cabeça do bipé.
 Ficam livres a cabeça principal, cabeça articulada e o eixo oco do bipé.

f- Retirar o Zarelho Anterior


 Com a retirada do pino de travamento do bipé, fica livre o zarelho anterior, que é
retirado para o lado esquerdo da arma.

g- Desmontar a Alavanca de Retenção do Anel Roscado de Fixação do Cano


 Com um toca-pino, retirar o eixo da alavanca de retenção para frente.
 Retirar a alavanca e a sua mola.
h- Desmontar a Tecla de Retenção do Bipé
 Com um toca-pino, retirar o eixo da tecla de retenção, ficando livres a tecla e a sua
mola.
i- Desmontar a Placa de Obturação do Bloco Anterior
 Introduzir um toca-pino, no furo existente na placa de obturação.
 Deslizar a placa para trás e retirá-la.
j- Desmontar a Tampa da Caixa da Culatra
 Com a tampa da caixa da culatra fechada, retirar o eixo da tampa pelo lado direito.
 Retirar a tampa e a mesa de alimentação.
 Empurrar a placa de retenção do cartucho para trás e para cima.
 Retirar a mola-lâmina de retenção da alavanca de alimentação.
 Prender a mola de retração da alavanca de alimentação e retirar a alavanca.
 Retirar a mola de retração da alavanca de alimentação.
 Retirar a mola dos ferrolhos de trav. da tampa, juntamente com os ferrolhos.
 Retirar o grampo circular das bielas, saindo todo o conjunto (bielas, impulsores e
garras).
 Retirar o eixo da placa de retenção do cartucho, ficando livres a placa de retenção e
suas molas.

l- Desmontar a Garra de Travamento da Tampa

Armamento Leve II- Pág 125


 Adaptar a ferramenta para desmontagem da garra de travamento da tampa (OREA
8), na via de alimentação, de modo que a parte posterior da ferramenta (menor), fique apoiada
sobre as guias principais anteriores; e a parte anterior da ferramenta (maior), fique alojada na
garra de travamento.
 Pressionar a parte posterior da ferramenta (OREA 8), para baixo deixando a mesma
na posição horizontal.
 Com um toca-pino, retirar o pino de retenção da garra de travamento.
 Afrouxar gradativamente a ferramenta e retirá-la da arma.
 Retirar a garra com as suas molas.
m- Desmontar a Aldraba da Janela de Ejeção
 Com um toca-pino, retirar o eixo da aldraba.
 Ficam livres o corpo da aldraba e a sua mola.
n- Desmontar a Alça de Mira
 Com um toca-pino, retirar o eixo da lâmina da alça de mira.
 Ficam livres o impulsor da alça de mira e sua mola.
 Retirar o parafuso de fixação do cursor da alça de mira.
 Retirar o cursor da alça de mira.
o- Desmontar a Alavanca de Manejo
 Retirar o pino de fixação do botão da alavanca de manejo.
 Retirar o botão da alavanca de manejo.
 Retirar o corpo da alavanca de manejo, puxando-o para trás.
 Retirar o pino de travamento do botão de travamento da alavanca de manejo.
 Ficam livres o botão de travamento e sua mola.
p- Desmontar o Botão de Comando da Alavanca de Alimentação
 Com um toca-pino, retirar o pino de retenção do botão de comando.
 Ficam livres o botão e sua mola.
q- Desmontar o Percussor
 Com um toca-pino, retirar o pino retentor do percussor.
 Retirar o percussor de seu alojamento.
r- Desmontar o Retém do Bloco Posterior
 Com um toca-pino, retirar o pino do retém do bloco posterior.
 Com um toca-pino, retirar o eixo do retém do bloco posterior, ficando livres o retém,
a mola e o apoio da mola.
s- Desmontar a Chapa da Soleira - Zarelho Posterior
 Com uma chave de fenda, retirar os parafusos da chapa da soleira.
 Retirar a chapa da soleira da coronha.
t- Desmontar a Coronha

Armamento Leve II- Pág 126


 Adaptar a ferramenta especial para retirar o anel-mola do parafuso de fixação da
coronha (OREA 64) e retirá-lo.
 Adaptar a ferramenta especial para retirar a roseta do parafuso de fixação da coronha
(OREA 45) e retirá-la.
 Com uma chave de fenda, retirar o parafuso de fixação da coronha.
v- Desmontar o Amortecedor
 Fixar o bloco posterior em um torno de bancada.
 Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxar a bucha do
bloco posterior, tendo o cuidado de levantar as duas extremidades da arruela de fixação da
bucha.
 Retirar as arruelas “Belleville”, em número de 11 (onze).
 Retirar o eixo-guia das arruelas.
 Retirar o anel-freio.
 Retirar o cone de aço e o tampão.

4-MONTAGEM
A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem, observando-se os
seguintes detalhes:
 A posição da mola da armadilha e do gatilho, com o ramo inferior, por trás do pino
de apoio, no gatilho. (Veja detalhe na Fig. 10-W).
 Na montagem do extrator, atenção na correta adaptação da ferramenta especial
(OREA 78), e cuidado com a respectiva mola.
 Na montagem da mola do extrator, introduzir o lado com espira mais aberta no
impulsor do extrator e o lado com espira mais fechada no alojamento na culatra móvel.
 Na colocação do conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel na caixa da
culatra, o gatilho deve ser pressionado, e o dedo indicador, deve ser colocado entre os conjuntos,
de modo que os mesmos fiquem na horizontal e possam ser completamente introduzidos na
arma.

5-FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
 Avanço das peças móveis;
 Ação dos gases; e
 Recuo das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
 Mecanismo da culatra retido, pela armadilha, na sua posição posterior (engatilhado);
e
 Fita de cartuchos introduzida na arma, estando fechada a tampa da caixa da culatra.
A-Fases de Funcionamento
Armamento Leve II- Pág 127
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Avanço das Peças Móveis e o Recuo das
Peças Móveis.

Durante o Avanço das Peças


Durante o Recuo das Peças
Móveis:
Móveis:
1-Desengatilhamento
8-Destrancamento
2-Carregamento
9-Extração Primária
3-Extração 1a Fase
10-Abertura
4-Fechamento
11-Extração 2a Fase
5-Trancamento
12-Ejeção
6-Confirmação do
13-Engatilhamento
Trancamento
7-Percussão

B-Avanço das Peças móveis


 O conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel encontra-se retido à retaguarda,
com a extremidade posterior da armadilha alojada no cavado existente embaixo da corrediça.
 A armadilha é mantida nesta posição, por ação de sua mola.

1-Desengatilhamento
 Ao ser acionado o gatilho, a ação deste provoca a descida da armadilha, liberando
assim, a corrediça.
 O mecanismo da culatra avança, então, sob a ação do conjunto recuperador.

2-Carregamento
 O talão da culatra móvel, encontra o culote do primeiro cartucho, retirando-o da fita
e direcionando-o para a câmara, através da rampa de alimentação (R-Fig. 1-A).

3-Extração 1a Fase

Armamento Leve II- Pág 128


 Após o cartucho está parcialmente introduzido na câmara, o extrator se afasta e
permite ao culote do cartucho se colocar na cubeta da culatra móvel, por trás da garra do extrator
(Fig. 1-B).

4-Fechamento
 No final da introdução do cartucho na câmara, a parte anterior da culatra móvel,
encostará na parte posterior do cano.
 A arma está assim fechada (Fig. 1-C).

5-Trancamento
 Quando a culatra móvel encosta na parte posterior do cano, a parte côncava do
ferrolho entra, então, em contato com as extremidades das guias principais anteriores da culatra
móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa da culatra, o que obriga o ferrolho a baixar-se.
 Durante este tempo, a corrediça continua seu movimento para frente e, por
intermédio da biela, abaixa ainda mais o ferrolho, cuja superfície de trancamento vem se colocar
diante do suporte de trancamento, que fica no interior da caixa da culatra.
 A arma está assim trancada (Fig. 1-D).

6-Confirmação do Trancamento
 Após o trancamento, o conjunto êmbolo-corrediça, avança ainda uma curta distância,
até a extremidade anterior da corrediça encostar na parte posterior do cilindro de gases (Fig. 1-
E).

7-Percussão
 No momento final do contato do conjunto êmbolo-corrediça com o cilindro de gases,
o percussor, que é solidário à corrediça, aflora em seu orifício de passagem na culatra móvel,
dando assim a percussão (Fig. 1-E).

C-Ação dos Gases


 Após se efetuar o disparo, no momento em que o projetil ultrapassa o orifício do cano,
correspondente à tomada de gases, uma parte dos gases passa por este orifício; para o
regulador e deste último, para o cilindro de gases.
 O êmbolo do cilindro de gases e a corrediça, que são solidários, são lançados, assim,
para trás.

Armamento Leve II- Pág 129


D-Recuo das Peças móveis
 Com a ação dos gases sobre o êmbolo, este passa a recuar, acontecendo o mesmo
com a corrediça, o ferrolho e a culatra móvel, que lhes são solidários.

1-Destrancamento
 No princípio deste movimento para trás, o conjunto êmbolo-corrediça, perde contato
com a parte posterior do cilindro de gases, que provoca o retrocesso do percussor, o qual é
solidário à corrediça, e arrasta também a biela, a qual se liga, por um lado, à corrediça e, por
outro, ao ferrolho.
 A biela atuando sobre o ferrolho, arrasta-o contra as extremidades, em forma de
ressaltos, das guias principais anteriores da culatra móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa
da culatra, obrigando o ferrolho a efetuar um deslocamento para cima, sob a ação da biela, e
para trás, sob o efeito do contato entre a parte côncava do corpo do ferrolho e os ressaltos (Fig.
1-F).

2-Extração Primária
 Tal ação da biela, provoca o arrastamento lento e progressivo do ferrolho, que, por
intermédio do extrator, “descola” o estojo da câmara (Fig. 1-F).
 É a isto que se convencionou chamar de “extração primária”, o qual permite, às
armas que a possuem, um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas,
causadoras de incidentes, como a degola do estojo.

3-Abertura
 Prosseguindo a corrediça em seu movimento de recuo, a parte posterior do ferrolho
é levantada até desprender-se completamente do suporte de trancamento, ficando praticamente
na horizontal e, a partir daí, começa a recuar também a culatra móvel, a qual se afasta da câmara
e propiciando a abertura (Fig. 1-F).

4-Extração 2a Fase
 Recuando os conjuntos êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel, este último arrasta
consigo o culote do estojo, empolgado pela garra do extrator (Fig. 1-G).

5-Ejeção
 Retirado o estojo, o ejetor situado na parte anterior da culatra móvel, acima do
extrator, pode então atuar por ação de sua mola, que estava comprimida, empurrando o estojo
para baixo, vencendo assim a força da garra do extrator.
 O estojo, é então, ejetado pela janela situada embaixo da caixa da culatra (Fig. 1-G).

6-Engatilhamento

Armamento Leve II- Pág 130


 O engatilhamento, será estudado no funcionamento dos mecanismos do gatilho e do
registro de segurança (Letra G, Pág.14).

E- Mecanismo de Alimentação
 Conforme fizemos para as fases do funcionamento, vamos iniciar o estudo, com a
arma engatilhada e a fita na mesa de alimentação.

1- Posição Inicial
 O mecanismo da culatra encontra-se engatilhado, isto é, na sua posição posterior. O
mecanismo é mantido nesta posição, pela retenção da corrediça através da armadilha.
 Uma fita de alimentação M971 está introduzida na arma, estando o primeiro cartucho
colocado sobre a via de alimentação, em frente à rampa de alimentação (R-Fig.1-A); o culote
deste cartucho se encontra, pois, em frente ao talão da culatra móvel, sobre o caminho que este
vai percorrer (Figs. 2 e 3).

2-Alimentação
 A alimentação se efetua em duas fases, ocorrendo uma metade no percurso
transversal da fita de alimentação durante o avanço das peças móveis da arma e a outra metade
durante o recuo.

Armamento Leve II- Pág 131


 o curso do movimento do mecanismo da culatra móvel para adiante, ocorrem as
seguintes ações:
 Quando a culatra móvel se movimenta para frente, o botão de comando da alavanca
de alimentação (A-Fig. 2), solidário com a culatra móvel, acompanha esta última em seu
movimento retilíneo.

 Na primeira metade do seu deslocamento para frente, o botão de comando da


alavanca de alimentação (A-Fig. 2) se desloca na parte axial da ranhura da alavanca de
alimentação, não transmitindo qualquer movimento às garras de alimentação. Enquanto isso, o

Armamento Leve II- Pág 132


talão da culatra móvel (B-Figs. 3 e 4) trabalha na parte inferior do culote do primeiro cartucho,
empurrando este para fora da fita e introduzindo-o na câmara, guiado pela rampa de alimentação
(R-Fig. 1-A).
 Na segunda metade do seu deslocamento para a frente, o botão de comando da
alavanca de alimentação, movendo-se na ranhura da alavanca de alimentação, trabalha sobre a
sua parte curva e oblíqua (G-Fig. 2), obrigando a alavanca a girar em torno de seu eixo (C-Fig.
2) e deslocando assim sua extremidade anterior (D-Fig. 2) para a direita.
 O movimento para a direita da extremidade anterior da alavanca de alimentação
arrasta as bielas superior e inferior do mecanismo de alimentação (J-Fig. 2), as quais provocam
um deslocamento, para a direita, do impulsor superior das garras de alimentação (M-Fig. 2), o
qual arrasta as garras anterior e posterior (4-Fig. 4), e, para a esquerda, o impulsor inferior (L-
Fig. 2), o qual arrasta a garra central de alimentação (5-Fig. 4).
 Em seu movimento para a direita, o impulsor superior, por intermédio das garras
anterior e posterior, exerce uma pressão sobre o segundo cartucho, obrigando-o a deslocar-se
transversalmente para a direita até que esteja em contato com os planos inclinados da placa de
retenção do cartucho (F-Fig. 4)

 Em seu movimento para a esquerda, o impulsor inferior arrasta a garra central (5-
Fig. 4), a qual, comprimindo suas molas, liberta o segundo cartucho (Figs. 4 e 5) empurrado
para a direita pelas garras anterior e posterior do impulsor superior, para vir se colocar por detrás
desse cartucho.
 Neste momento, as três garras se encontram por trás do segundo cartucho e o
mecanismo da culatra acaba seu movimento de avanço (Fig. 5).

4-Segunda Fase - Recuo das Peças Móveis

Armamento Leve II- Pág 133


 No curso do movimento do mecanismo da culatra para trás, ocorrem as seguintes
ações:
 Após a percussão do primeiro cartucho, a culatra móvel com o botão de comando da
alavanca de alimentação são lançados para trás, deslocando-se em um movimento retilíneo.
 Na primeira metade do deslocamento da culatra móvel para trás, o botão de comando
se desloca na parte axial da alavanca de alimentação, não transmitindo, portanto, qualquer
movimento às garras de alimentação.
 Na segunda metade do deslocamento para trás, o botão de comando (A-Fig. 6) que
corre na ranhura da alavanca de alimentação, atua sobre a parte oblíqua e curva da alavanca
(H-Fig. 6), obrigando esta a girar ao redor de seu eixo (C-Fig. 6) e deslocando, assim, a sua
extremidade anterior (D-Fig. 6) para a esquerda, isto é, em sentido contrário ao indicado na
primeira fase.

 Esse movimento para a esquerda da extremidade anterior da alavanca, arrasta as


bielas (J-Fig. 6), a qual provoca um deslocamento, para a esquerda, do impulsor superior (M-
Fig. 6), o qual arrasta as garras anterior e posterior (4-Fig. 7) e, para a direita, o impulsor inferior
(L-Fig. 6), o qual arrasta a garra central (5-Fig. 7).
 Em seu movimento para a direita, o impulsor inferior, por intermédio da garra central,
exerce uma pressão sobre o segundo cartucho obrigando-o a deslocar-se transversalmente para
a direita até que se encontre em frente à via de alimentação. Durante seu deslocamento para a
direita, o cartucho obriga a placa de retenção a levantar-se e vem colocar-se debaixo dela (6-
Figs. 7 e 8).

Armamento Leve II- Pág 134


 Em seu movimento para a esquerda, o impulsor superior arrasta as garras anterior e
posterior (4-Fig. 7), as quais, comprimindo suas molas, libertam o terceiro cartucho, o qual é
arrastado para a direita em virtude de estar ligado ao segundo cartucho através dos elos da fita
de alimentação. As garras vêm, então, colocar-se por trás do terceiro cartucho (4-Fig. 8) prontas
a recomeçar o ciclo.
 O recuo total da culatra móvel provoca a abertura da via de alimentação e permite,
pois, que o segundo cartucho venha a colocar-se sobre ela, debaixo da pressão da placa de
retenção (6-Fig. 8), estando, pois, em sua posição definitiva, pronto para ser empurrado para a
câmara pela culatra móvel, quando esta novamente avançar (Fig. 8).

F-Funcionamento do Regulador de Gases


 O funcionamento do regulador de gases (Fig. 9), está baseado no escapamento,
para o exterior, do excesso dos gases resultantes da deflagração da pólvora dos cartuchos. Com
efeito, uma parte dos gases (G) segue o projetil em sua saída pelo cano, enquanto que a outra
parte penetra nos orifícios abertos na parede do cano e no bloco de cilindro de gases (a).

Armamento Leve II- Pág 135


 Os gases que passam pelos orifícios referidos se introduzem no regulador (B)
propriamente dito, cujo corpo está provido de três pequenos orifícios de escape (C).
 Quando se gira a luva de comando (D) do anel regulador do escape de gases, este
desloca o anel regulador (E) ao longo da parede do bloco do cilindro de gases que abraça o
regulador de gases e assim obtura mais ou menos os três orifícios de escape do bloco,
correspondentes aos pequenos orifícios abertos no regulador. Pode-se, assim, variar a
quantidade de gases que trabalha sobre a cabeça do êmbolo (H).
 Quando o anel regulador (E) se encontra na posição em que obtura completamente
os três orifícios de escape (posição “MAX”), a quantidade de gases que atuam sobre a cabeça
do êmbolo, isto é, a destinada a fazer funcionar a arma, é a quantidade máxima. A velocidade
de tiro e a força de recuo do mecanismo, são assim, elevadas ao máximo.
 Caso contrário, isto é, caso se folgue a luva de comando (D), o anel regulador (E) se
desloca de maneira a liberar, progressivamente, o três orifícios de escape já mencionados; a
quantidade de gases que escapa para o exterior aumenta e a que trabalha sobre o êmbolo
diminui.
 Com os orifícios completamente abertos (posição “1”), obtém-se velocidade de tiro
e força de recuo mais reduzidas.

G-Funcionamento dos Mecanismos do Gatilho e do Registro de Segurança


 É concebido para assegurar:
 Uma posição de segurança mecânica, quando se empurra o eixo do registro de
segurança para a direita.
 Uma posição de tiro automático, quando se empurra o eixo do registro de segurança
para a esquerda.
 O registro não pode ocupar a posição “Segurança”, quando o mecanismo móvel
está para adiante, na posição “desengatilhado”.
 A (Fig. 10), mostra o mecanismo da culatra “engatilhado” com o registro de
segurança (K) na posição de “Segurança” (S). Nesta posição, o eixo do registro apresenta uma
superfície cheia junto ao ressalto (T) da armadilha, o que impede que esta gire, mantendo assim
a sua extremidade posterior (A) alojada na caixa do mecanismo da culatra de tal maneira que
esta extremidade retém a corrediça na sua posição recuada, mesmo quando se atua sobre o
gatilho.
 A (Fig. 11), representa o mecanismo da culatra “engatilhado”, com a corrediça na
posição recuada e o registro na posição de “Fogo” (F). O gancho (B) da armadilha e a
extremidade posterior (A) da armadilha penetram na caixa da culatra.

Armamento Leve II- Pág 136


 Quando se comprime o gatilho, este gira ao redor do seu eixo (H); ao começar este
movimento de rotação, o gancho da armadilha baixa, girando em torno do seu eixo (E). Ao
mesmo tempo, o pino (D) do gatilho, o qual comanda a armadilha, se levanta e entra em contato
com a face inferior do braço anterior (1) da armadilha.
 O braço anterior é empurrado para cima e, simultaneamente, a extremidade posterior
(A) da armadilha baixa, enquanto o gancho (B) continua descendo e é arrastado para trás.
 Este movimento para trás é determinado pela ação das duas projeções (F) da
armadilha, trabalhando sobre a rampa (G) do gancho da armadilha.
 Depois de ultrapassada a parte superior desta rampa (Fig. 12), o gancho é
empurrado para a frente, pela mola do gancho, e o nariz do gancho (I) vem se colocar sob as
projeções (F) da armadilha.
 Enquanto se mantém apertado o gatilho, o gancho permanece em sua posição
inferior, bem como a extremidade posterior (A) da armadilha, esta última em conseqüência da
introdução do ressalto (T) da armadilha no vazado (K) do eixo do registro de segurança; a
corrediça pode então, mover-se livremente realizando assim, o tiro automático (Fig. 12).
 Quando se liberta o gatilho (Fig. 13), a sua parte anterior se levanta, arrastando
consigo o gancho (B) e o braço anterior (1) da armadilha, do que resulta uma maior descida da
extremidade posterior (A) da armadilha.

 O gancho (B) sobe, ficando mais elevado que a face posterior (M) da corrediça;
quando esta retrocede (Fig. 14) faz, por meio de seu ressalto, girar o gancho (B), para trás. O
gancho se liberta assim, do braço anterior (1) da armadilha, cuja mola (Z), empurra a extremidade
posterior (A) para cima, obrigando a armadilha a penetrar novamente na caixa da culatra.

Armamento Leve II- Pág 137


 A extremidade posterior (A) da armadilha, prendendo-se no vazado da corrediça,
mantê-lo-a na posição de “engatilhado”, enquanto o gancho (B), impulsionado por sua mola,
volta a tomar sua posição inicial (Fig. 15).

H-Ação da Armadilha
 O gancho da armadilha, serve para proteger esta última, contra os choques devidos
aos deslocamentos da corrediça, e para impossibilitar a colocação do registro de segurança, na
posição de segurança, quando a arma não está engatilhada.
 Qualquer que seja a ação sobre o gatilho, durante o tiro, o gancho mantém a
extremidade posterior da armadilha em sua posição baixa, evitando assim a sua avaria por ação
da corrediça.
 Quando o mecanismo da culatra está na sua posição avançada e o gatilho livre, o
gancho mantém ainda a extremidade posterior da armadilha na sua posição baixa, impedindo
assim a colocação do registro na posição de segurança; estando o ressalto da armadilha
introduzido no vazado do corpo do registro. Este dispositivo impede a avaria da armadilha se,
por inadvertência, se quiser engatilhar o mecanismo com a arma na posição de segurança.

I-Ação do Amortecedor
 O funcionamento do amortecedor (Fig. 16), dar-se-á da seguinte forma:

 Ao final de seu deslocamento para trás, a corrediça (G) vem se chocar contra o
tampão do amortecedor (A) alojado no bloco posterior e obriga o tampão a retroceder
ligeiramente.

Armamento Leve II- Pág 138


 O tampão do amortecedor comunica seu movimento ao cone de aço do amortecedor
(B) que, penetrando no anel-freio do amortecedor (C), provoca uma ligeira compressão da
camada de ar no interior do bloco posterior.
 Dilatando-se, em função dessa ação, o anel-freio faz contato com a parede do tubo
(E) que contém o dispositivo amortecedor, exercendo, assim, uma ação de frenagem a qual,
juntamente com a compressão das arruelas “Belleville” (D), amortece consideravelmente o
choque de recuo.
 Depois de comprimidas, sob a ação do choque da corrediça, as arruelas “Belleville”
voltam à sua posição inicial por si mesmas e empurram para frente o anel-freio, o cone de aço e
o tampão do amortecedor, fazendo assim, com que todo o dispositivo se rearme em sua posição
inicial.

Durante a desmontagem e montagem do conjunto amortecedor, deveremos atentar para


os seguintes detalhes:.
 A disposição das arruelas “Belleville”, pois a montagem incorreta das mesmas,
implicará em não amortecer devidamente o recuo da corrediça, cujo choque no tampão do
amortecedor é superior a 1.000 Kg. A montagem incorreta, ocasionará a quebra do bloco
posterior, ferindo gravemente o atirador.
 Não esquecer da arruela de fixação da bucha (F-Fig. 16); pois se montarmos a bucha
do bloco posterior (H-Fig. 16) sem esta arruela, o bloco posterior também quebrará em função
do recuo da corrediça.

6- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações
diretas com a utilização do armamento.

1-Municiar a Fita
 Com o auxílio da máquina para carregar elos metálicos M971, introduzir os cartuchos
na fita.
2-Alimentar
 Abrir a tampa da caixa da culatra.
 Colocar a fita de cartuchos sobre a mesa de alimentação, de modo que o primeiro
cartucho esteja em contato com o ressalto-retém do cartucho que se encontra no lado direito da
mesa de alimentação. É aconselhável não colocar qualquer cartucho no primeiro elo da fita.
Quando se coloca a fita na arma é necessário encaixar o primeiro elo nos ressaltos existentes
para esse fim. Assim encaixada, a fita não pode soltar da arma durante as manipulações da
tampa da caixa da culatra.
 Fechar a tampa da caixa da culatra.
3-Engatilhar

Armamento Leve II- Pág 139


 Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda.
4-Travar
 Pressionar o registro de segurança para a direita colocando na posição “S”.
5-Destravar
 Pressionar o registro de segurança para a esquerda colocando na posição “F”.
6-Disparar
 Pressionar a tecla do gatilho.
7-Escolha da Cadência de Tiro
 Agir no anel regulador de escape de gases, de modo a fechar ou abrir os orifícios de
escape de gases, aumentando ou diminuindo a cadência (variável de 600 a 1000 tiros por
minuto).
8-Reforçador para o Tiro de Festim
 A metralhadora MAG, possui o reforçador para o tiro de festim M971.
 Para adaptá-lo na boca do cano, devemos desatarraxar o quebra-chamas, com
auxílio da chave de boca especial com massa (OREA 46).
 Retirá-lo e atarraxar o reforçador.
7-Manejo do Bipé

a-Preparação do Bipé para o Tiro


 Estando o bipé rebatido contra a arma, para prepará-lo para o tiro:
 Exercer uma pressão sobre a tecla de retenção do bipé e, simultaneamente,
aproximar, uma da outra, as duas pernas do bipé, a fim de desprender seus ganchos dos
entalhes abertos na parte anterior das guardas da caixa da culatra.
 Girar o bipé para frente.
 Sob a ação de sua mola, as pernas do bipé se afastam e, quando atingem a posição
vertical com relação à arma, seu mergulhador entra no seu alojamento, na cabeça do bipé.
 As pernas ficam assim travadas na posição de tiro.

b-Rebater o Bipé
 Estando o bipé pronto para o tiro, para rebatê-lo:
 Aproximar uma da outra, as duas pernas do bipé.
 Girar o bipé para trás até que as pernas venham a se alinhar contra a arma.
 Introduzir os ganchos das pernas do bipé nos entalhes abertos na parte anterior das
guardas da caixa da culatra.
 A tecla de retenção do bipé voltará assim, automaticamente, para o seu alojamento
entre as duas pernas do bipé, travando-o nessa posição.

Armamento Leve II- Pág 140


8-Colocação do Carregador
 Cada arma pode ser também alimentada por meio de uma caixa metálica contendo
uma fita de 50 cartuchos.
 O propósito principal deste acessório é permitir ao soldado progredir com sua arma
e abrir fogo sem ter preocupações de que a fita possa soltar da arma.

9-Colocação da Fita de 50 cartuchos na Caixa Metálica


 Para colocar a fita na caixa metálica, inicialmente, enrola-se a fita da seguinte forma:
 Estende-se a fita com a parte aberta dos elos dirigidos para baixo e a ponta dos
projetis para a frente.
 Colhe-se, em seguida, o elemento final da parte esquerda da fita, o qual deve ser
colocado sobre o elo seguinte; o processo se repete de modo a enrolar toda a fita.
 Abrir a tampa da caixa metálica, exercendo uma tração para cima, e introduzir a fita
de cartuchos.
 Fechar em seguida a tampa da caixa metálica, fazendo com que o primeiro cartucho
da fita apareça na parte superior da caixa metálica.

10-Colocação da Caixa Metálica na Arma


 A caixa metálica de alimentação é fixada na caixa da culatra, por meio de um trilho e
um retém.
 Para colocá-la na arma, deve-se:
 Introduzir o trilho na ranhura correspondente, existente na caixa da culatra.
 Guiar a caixa metálica de alimentação até que o retém se enganche por trás do botão
de retenção.

11-Alimentação da Arma
 A alimentação da arma se efetua da mesma forma que quando se emprega a fita
sem a caixa metálica, porém, é necessário exercer um movimento de tração sobre a fita, de
modo a trazer o primeiro cartucho para a correta posição de alimentação.

12-Recomendações
 Para o transporte, levar o mecanismo da culatra para a frente; para tanto, comprimir
o gatilho para libertar a corrediça. Para evitar um choque inútil ao mecanismo deve-se, enquanto
se comprime o gatilho, freiar com a mão, o movimento do mecanismo por meio da alavanca de
manejo.
 As partes móveis devem ser lubrificadas. Porém, quando se emprega a arma em
uma região arenosa, estas peças devem estar apenas ligeiramente lubrificadas.

Armamento Leve II- Pág 141


 Não se deve introduzir manualmente um cartucho com a arma aquecida pelo tiro.
 Em caso de nega de fogo, deixar transcorrer pelo menos um minuto antes de abrir o
mecanismo.
 Em caso de incidente de tiro, abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita da via
de alimentação.
 Quando a arma não está atirando, a aldabra da janela de ejeção deve permanecer
fechada a fim de evitar a introdução de areia ou poeira no mecanismo. Quando se recomeça o
tiro, o atirador não deve se preocupar com a aldabra, pois a mesma abre automaticamente pelo
movimento do mecanismo da culatra.
 Deve-se ter cuidado para que as fitas não se arrastem pelo chão ou tenha contato
com poeira antes de sua introdução no mecanismo de alimentação.

13-INCIDENTE DE TIRO
 Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para
o material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
 A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações
chamado “ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.

14-ACIDENTE DE TIRO
 Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de
qualquer natureza, para o material e/ou pessoal.
 As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma
da legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza,
que resulte em inservibilidade, ou não, do material.

15-AÇÃO IMEDIATA
 Há três séries de ações imediatas para a metralhadora MAG:

a- 1a Ação Imediata
 Realizar as seguintes operações:
1a) Manter a arma em posição de tiro.
2a) Engatilhar o mecanismo e assegurar-se que o mesmo permanece na sua posição
posterior.
3a) Colocar o registro de segurança na posição de segurança “S”.
4a) Abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita de alimentação.
5a) Colocar o registro de segurança na posição de fogo “F” e trabalhar sobre o gatilho
para fechar o mecanismo.
6a) Engatilhar novamente o mecanismo.

Armamento Leve II- Pág 142


7a) Recolocar a fita de alimentação, assegurando-se que os primeiros cartuchos estão
corretamente colocados.
8a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
9a) Reiniciar o tiro.

b- 2a Ação Imediata
 Se a primeira ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Fechar o regulador de gases, de um ou dois entalhes (1 ou 2 “cliques”).
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.

c- 3a Ação Imediata
 Se a segunda ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Mudar o cano.
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
6a) Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal após a realização dessas
operações, é necessário determinar a causa do incidente e realizar a sua correção, a menos que
a correção seja operação de um escalão superior, caso em que a arma deve ser enviada para
reparos.

16-REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA


 A arma quando vem de fábrica, geralmente precisa ser regulada, isto é, necessita
que o centro médio dos impactos, deve ser levado para o centro do alvo.
 Para isso, devemos regular em direção e altura.

a-Regulagem em Direção
 A massa de mira possui lateralmente dois parafusos de regulagem, que permite
deslocar os tiros para ambos os lados.
 Cada clique dos parafusos, corresponde, no alvo, a um deslocamento lateral de 1
cm, a uma distância de 100 m.
 Para trazer o centro dos impactos para a direita, desatarraxa-se o parafuso da
esquerda e aperta-se o da direita, tantos cliques forem necessários.
 Para a esquerda, atua-se de modo contrário ao da direita.

Armamento Leve II- Pág 143


b-Regulagem em Altura
 A massa de mira possui uma forma retangular, que é atarraxada no bloco da massa
de mira e permite variar sua altura.
 Cada meia volta na massa de mira, corresponde, no alvo, um deslocamento vertical
de 5,40 cm; a uma distância de 100 m.
 Caso se deseje trazer para baixo o centro dos impactos, devemos, com auxílio da
ferramenta especial para desmontagem e regulagem da massa de mira (OREA 34), levantar o
estribo de retenção da massa de mira e desatarraxar tantas meias voltas sejam necessárias.
 Para subir, faz-se de modo inverso.
 Estas operações devem ser realizadas por pessoal especializado e com a arma pelo
menos sobre o reparo M971 Ter, para melhor fixação.

17-MANUTENÇÃO
 É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma
automática, deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo.
 Quando a manutenção é bem executada, os incidentes de tiro são raros, e o desgaste
da arma decorre de sua utilização normal e ideal. É idéia errada que a arma deve estar sempre
brilhando com excesso de óleo. O óleo tem a função de proteger as partes internas da arma
quando esta não se encontra em uso e de lubrificar as partes móveis durante o tiro. O uso
excessivo de óleo facilita o acúmulo de poeira que passará a agir como abrasivo, aumentando o
desgaste da arma.

a-Manutenção para o Tiro


 Desmonte a arma dentro do escalão permitido.
 Verifique se há rebarbas ou mossas nas superfícies de atrito.
 Lubrifique segundo o quadro abaixo:

PEÇAS COM LEVE PEÇAS QUE DEVEM


CAMADA DE ÓLEO FICAR SECAS
➢ Conjunto ➢ Cano
recuperador
➢ Culatra móvel ➢ Cubeta da
culatra móvel
➢ Corrediça ➢ Êmbolo
➢ Interior da ➢ Regulador do
caixa da culatra escape de gases

Armamento Leve II- Pág 144


➢ Mecanismo de ➢ Cilindro de
alimentação gases
➢ Mecanismo de ➢ Partes
disparo externas

18-QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS
DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDE
NTES
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape
2-Câmara suja. de gases.
FALHA 2-Limpar a câmara.
NA 3-Extrator defeituoso.
4-Munição suja. 3-Substituir o
EXTRA extrator.
ÇÃO 5-Mola do extrator
defeituosa. 4-Limpar a munição.
5-Substituir a mola.
1-Percussor quebrado. 1-Substituir o
FALHA 2-Sujeira no interior do percussor.
NA mecanismo. 2-Limpar o interior
PERCU 3-Orifício de passagem da da arma.
SSÃO ponta do percussor obstruído. 3-Desobstruir o
orifício.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape
2-Caixa da culatra suja. de gases.
FALHA 3-Ejetor quebrado. 2-Limpar a caixa da
NA EJEÇÃO culatra.
4-Mola do ejetor defeituosa.
3-Substituir o ejetor.
4-Substituir a mola.
FALHA 1-Pino do gatilho quebrado. 1-Substituir o pino
NO 2-Braço anterior da do gatilho
DESEN armadilha quebrado. 2-Substituir a
GATI armadilha.
LHAME
NTO

Armamento Leve II- Pág 145


1-Má colocação do cartucho 1-Colocar o
na fita de alimentação. cartucho na posição
2-Defeito em alguma peça correta.
do mecanismo de alimentação 2-Substituir a peça
FALHA (garras ou molas). defeituosa.
NA 3-Conjunto recuperador 3-Substituir o
ALIME defeituoso. conjunto recuperador.
NTAÇÃO 4-Má colocação da fita na 4-Retirar a fita e
via de alimentação. colocá-la corretamente.
5-Elos da fita de 5-Substituir os elos.
alimentação defeituosos. 6-Substituir os
6-Cartuchos defeituosos. cartuchos.
1-Caixa da culatra ou peças 1-Limpar a caixa da
do mecanismo da culatra sujos. culatra.
2-Conjunto recuperador 2-Substituir o
TRANC defeituoso. conjunto recuperador.
AMENTO 3-Cartucho sujo ou 3-Limpar ou
INCOM defeituoso. substituir o cartucho.
PLETO 4-Retirar o estojo da
4-Degola do estojo. câmara.
5-Biela quebrada. 5-Substituir a biela.
6-Eixo da biela quebrado. 6-Substituir o eixo.

1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape


2-Caixa da culatra suja. de gases.
3-Freiamento no movimento 2-Limpar a caixa da
das peças móveis. culatra.
FALHA 3-Verificar
4-Peças móveis avariadas.
NO RECUO manualmente a razão e
eliminar a causa.
4-Examinar
manualmente o fun-
cionamento e eliminar a
causa.

Armamento Leve II- Pág 146


1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape
2-Sujeira no interior da de gases.
caixa da culatra. 2-Limpar a caixa da
FALHA
3-Armadilha quebrada. culatra.
NO
4-Registro de segurança 3-Substituir a
ENGAT
quebrado. armadilha.
ILHA
4-Substituir o
MENTO
registro de segurança.
5-Falta de lubrificação.
5-Lubrificar as
peças móveis.

19-EMPREGO DE CALIBRADORES

A-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-
se suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:

A.1-Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)


➢ Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá
penetrar no interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos,
isto é, da câmara para a boca e da boca para a câmara, Fig.17.

B.1 -Calibrador 7,67 mm - CB 198 - (Diâmetro de Usura)


➢ É o calibrador que vai verificar a usura do cano da arma, Fig.17. O seu emprego
deve ser auxiliado por uma régua milimetrada. É utilizado da seguinte forma:
1o) Introduzir o calibrador pela boca e medir a penetração;
2o) Introduzir o calibrador pela câmara e medir a penetração, incluindo o comprimento
desta;
3o) Somar as penetrações da 1a e 2a medida;
4o) Limites:
➢ Se a soma for menor que 150 mm = BOA;
➢ Se a soma for de 150 até 200 mm = ADVERTÊNCIA;
➢ Se o calibrador passar em todo cano = REFUGADA.

C.1-Calibrador 7,80 mm - CB 199 - (Avanço de Raiamento)


➢ Este calibrador é empregado para confirmação do calibrador 7,67 mm, Fig.17. Se
der refugo com o 7,67 mm ou com o 7,80 mm indistintamente, a arma estará refugada (recolhida

Armamento Leve II- Pág 147


ao 4o escalão para a troca do cano). Este calibrador é introduzido somente pela câmara, incluindo
o comprimento desta e utilizado com os seguintes limites:
➢ Se a penetração for menor que 80 mm = BOA;
➢ Se a penetração for entre 80 a 90 mm = ADVERTÊNCIA;
➢ Se o penetração for maior que 90 mm = REFUGADA.

B-CALIBRADORES DE CÂMARA
É a medida a partir do diâmetro 10,16 cm, do cone de encosto do cartucho na câmara,
até a face anterior do ferrolho (apoio do culote do cartucho), estado este em uma posição de
trancamento, em contato com o seu apoio, na caixa da culatra. É verificada utilizando-se os
seguintes calibradores:

1-Calibrador de folga de carregamento 41,283 mm - G 8749 - (Mínimo)


➢ Este calibrador deve sempre permitir o trancamento de todas as armas, significando
que a mesma está BOA, Fig.18.
2-Calibrador de folga de carregamento 41,483 mm - G 8750 - (Máximo)
➢ Este calibrador não deve permitir o trancamento de uma arma nova, ou de armas
reparadas pelo último escalão. Em armas usadas, quando trancar, significa que a mesma está
BOA, Fig.18.

3-Calibrador de folga de carregamento 41,653 mm - CB 39 - (Advertência)


➢ Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, significa que a
folga de carregamento está próxima do limite máximo, ADVERTÊNCIA, devendo ser utilizada
com cuidado e calibrada com mais freqüência, Fig.18.

Armamento Leve II- Pág 148


4-Calibrador de folga de carregamento 41,703 mm - CB 40 - (Refugada)
➢ Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, deve ser
recolhida para manutenção de 3o ou 4o escalão, significando que a arma está REFUGADA,
Fig.18.

C-CALIBRADOR DE AFLORAMENTO DA PONTA DO PERCUSSOR


É a medida da saliência da ponta do percussor sobre a face anterior da culatra móvel
(apoio do culote do cartucho), na posição de percussão. É verificada pelo calibrador de
afloramento da ponta do percussor CB 189, como na Fig.19, que apresenta as seguintes
dimensões:

➢ MÍNIMA: Saliência de 0,15 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser


maior do que esta dimensão.
➢ MÁXIMA: Saliência de 0,74 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser
menor do que esta dimensão.

D-CALIBRADOR DE FOLGA DO EXTRATOR


É a medida das folgas máxima e mínima, que deve existir entre a face da cubeta da
culatra móvel e a garra do extrator. A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador de
folga do extrator G 9278 Co ou E-8000, como na Fig.20, que colocado como se fosse a virola
de um cartucho, entre a face da cubeta da culatra móvel e a garra do extrator, que deve passar
livremente, sem movimentar o extrator (sem forçar a sua mola). Este calibrador, apresenta as
seguintes dimensões:
➢ MÍNIMA: 1,51 mm: o calibrador deve ser introduzido entre a parede da cubeta e o
extrator.

➢ MÁXIMA: 1,90 mm: o calibrador não deve alojar-se entre a parede da cubeta e o
extrator.

Armamento Leve II- Pág 149


19-RESUMO DO EMPREGO DE CALIBRADORES DA METRALHADORA MAG

CALIBRADO MA OBSERVAÇÕES
RES G

7,57 Deve penetrar em todo o


CB 134
mm comprimento do cano.

7,67 Soma das penetrações pela boca


C B mm + câmara. A penetração pela câmara,
C OM < 150 também inclui o comprimento desta.
B 198
A mm
S
A De Não usar a arma em tiros de
oma das
N DVERTÊN 150 até 200 precisão a mais de 200 m. Recalibrar
penetraç
CIA mm após novos tiros.
ões pela
boca
O + Penet
câmara 4o ra em todo o
R E F U G A D O
ESCALÃO comprimento
do cano

7,80
mm Penetração pela câmara. A
B
penetração pela câmara, também inclui o
OM < 80 comprimento desta.
mm

Armamento Leve II- Pág 150


C A Não usar a arma em tiros de
De 80
B199 DVER- precisão a mais de 200 m. Recalibrar
a 90 mm
P TÊNCIA após novos tiros.
enetraçã
R E F U G A D O
o
p 4o > 90
ela ESCALÃO mm
c
âmara

G B 41,28
Sempre tranca.
8749 OM 3 mm

G B 41,48
Só não tranca em armas novas.
8750
C OM 3 mm
 A Se trancar, é porque a folga está
C 41,65
M DVER- no limite. Recalibrar após novos tiros com
B 39 3 mm
A TÊNCIA o CB 40.
R 41,70
A 3o 3 mm
C OU 4o Se R E F U G A D O
B 40 ES trancar,
CALÃO recolher para
4o escalão

1- CALIBRADORES DE CANO

CB 134 (7,57 mm ) - Diâmetro mínimo - Verifica o cobreamento e a dilatação irregular


do cano.
CB 198 (7,67 mm ) - Diâmetro de usura - Verifica a usura do cano.
CB 199 (7,80 mm ) - Avanço de raiamento - Confirma a usura do cano.

2- CALIBRADORES DE CÂMARA

➢ G 8749 (41,283 mm) - Deve trancar, BOA.


➢ G 8750 (41,483 mm) - Tranca com restrição, BOA.
➢ CB 39 (41,653 mm) - Se trancar, ADVERTÊNCIA.
➢ CB 40 (41,703mm) - Se trancar, REFUGADO.
Armamento Leve II- Pág 151
20-VISTA EXPLODIDA DA METRALHARA MAG

Armamento Leve II- Pág 152


21-LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA METRALHADORA MAG
Armamento Leve II- Pág 153
01-Cano 86-Mola do botão de comando da
03-Bloco da massa de mira alavanca de alimentação
05-Bloco do cilindro de gases 87-Pino de retenção do botão de
comando da alavanca de alimentação
08-Corpo do suporte da massa
de mira 88-Ferrolho
09-Mola de travamento do 89-Biela
parafuso de regulagem do suporte da 90-Semi-eixo maciço da biela
massa de mira 91-Semi-eixo oco da biela
10-Estribo de retenção da 93-Eixo superior da biela
massa de mira
94-Mola do eixo superior da biela
11-Eixo do estribo de retenção
95-Extrator
da massa de mira
96-Impulsor do extrator
12-Parafuso de regulagem do
suporte da massa de mira 97-Mola do extrator
13-Massa de mira 98-Mola secundária do extrator
14-Regulador de gases 99-Percussor
15-Meia-luva do regulador de 100-Pino retentor do percussor
gases 101-Ejetor
16-Parafuso de comando do 102-Pino de travamento do ejetor
anel regulador de escape de gases 103-Mola do ejetor
17-Cavilha do anel regulador de 104-Eixo-guia anterior do
escape de gases recuperador
18-Arruela de regulagem do 106-Mola do recuperador
regulador
107-Eixo-guia interior do recuperador
19-Anel regulador de escape de
gases 108-Guia anterior do recuperador
20-Lâmina de fixação do anel 109-Pino de fixação do guia anterior
regulador de escape de gases do recuperador
23-Chaveta do parafuso de 110-Retém do eixo-guia do
comando do anel regulador de escape recuperador
de gases 111-Botão-engate do recuperador
24-Luva de comando do anel 112-Alavanca de manejo
regulador de escape de gases 113-Botão da alavanca de manejo
25-Porca de fixação do parafuso 114-Pino de fixação do botão da
de comando do anel regulador de alavanca de manejo e de retenção do
escape de gases mergulhador do registro de segurança
26-Arruela de segurança do 115-Botão de travamento da
regulador alavanca de manejo
27-Alavanca de travamento do 116-Mola do botão de travamento da
cano alavanca de manejo

Armamento Leve II- Pág 154


28-Braço do punho de 117-Pino de travamento do botão de
transporte travamento da alavanca de manejo
30-Punho de transporte 118-Alavanca de manejo
31-Porca de fixação do punho propriamente dita
de transporte 119-Arruela de fixação da alavanca
33-Ferrolho da alavanca de de manejo propriamente dita
travamento do cano 120-Tampa
34-Mola do ferrolho da alavanca 134-Eixo da tampa
de travamento do cano 135-Mola do eixo da tampa e do eixo
35-Anel roscado de fixação do da armação
cano 136-Impulsor superior de
36-Pino de fixação do anel alimentação
roscado de fixação do cano 137-Garra anterior de alimentação
37-Zarelho anterior 138-Garra posterior de alimentação
41-Cilindro de gases 139-Mola das garras anterior e
42-Pino de travamento do bipé posterior de alimentação
58-Cavilha anterior 140-Eixo das garras anterior e
59-Carretel anterior posterior de alimentação
60-Anel da cavilha anterior 141-Impulsor inferior de alimentação
74-Placa de obturação do bloco 142-Garra central de alimentação
anterior 143-Mola da garra central de
75-Alavanca de retenção do alimentação
anel roscado de fixação do cano 144-Eixo da garra central de
76-Botão da alavanca de alimentação
retenção do anel roscado de fixação do 145-Biela superior de alimentação
cano 146-Biela inferior de alimentação
78-Eixo da alavanca de retenção 147-Ligação curta da biela de
do anel roscado de fixação do cano alimentação
79-Mola da alavanca de
retenção do anel roscado de fixação do
cano
80-Êmbolo
81-Corrediça
83-Culatra móvel
84-Botão de comando da
alavanca de alimentação
148-Ligação longa da biela de 207-Retém do bloco posterior
alimentação 208-Mola do retém do bloco posterior
149-Rodete da biela de 209-Apoio da mola do retém do bloco
alimentação posterior

Armamento Leve II- Pág 155


150-Grampo circular das bielas 210-Eixo do retém do bloco posterior
151-Placa de retenção do 211-Pino do retém do bloco posterior
cartucho 212-Tampão do amortecedor
152-Eixo da placa de retenção 213-Cone da aço do amortecedor
do cartucho
214-Anel-freio do amortecedor
153-Mola do eixo da placa de
215-Arruelas “Belleville”
retenção do cartucho
216-Eixo-guia das arruelas
154-Mola de retenção da placa
“Belleville”
de retenção do cartucho
217-Bucha do bloco posterior
155-Alavanca de alimentação
218-Arruela de fixação da bucha do
159-Mola de retenção da
bloco posterior
alavanca de alimentação
219-Cabeça principal do bipé
160-Ferrolho de travamento da
tampa 220-Cabeça articulada do bipé
161-Mola dos ferrolhos de 221-Eixo oco do bipé
travamento da tampa 222-Mergulhador do bipé
162-Mola-lâmina de retenção da 223-Mola do mergulhador do bipé
alavanca de alimentação 224-Bucha da cabeça do bipé
163-Garra de travamento da 225-Mola das pernas do bipé
tampa
226-Eixo das pernas do bipé
164-Pino de retenção da garra
de travamento da tampa 227-Arruela do eixo das pernas do
bipé
165-Mola da garra de
travamento da tampa 228-Porca do eixo das pernas do bipé
166-Aldabra da janela de ejeção 229-Anel de segurança do eixo das
pernas do bipé
172-Eixo da aldabra da janela de
ejeção 230-Perna esquerda do bipé
173-Mola da aldrrabra da janela 231-Gancho da perna esquerda do
de ejeção bipé
177-Plaqueta esquerda da 232-Perna direita do bipé
armação 233-Gancho da perna direita do bipé
178-Plaqueta direita da armação 236-Rebite dos ganchos das pernas
179-Roseta da plaqueta direita do bipé
da armação 237-Sapatas das pernas do bipé
180-Parafuso das plaquetas da 238-Cavilha de ligação do rebite
armação longo das sapatas das pernas do bipé
181-Gatilho 239-Rebite longo das sapatas das
182-Gancho da armadilha pernas do bipé
183-Mola do gancho da 240-Rebite curto das sapatas do bipé
armadilha 241-Pino de ligação do bipé
184-Pino do gatilho 242-Tecla de retenção do bipé

Armamento Leve II- Pág 156


186-Eixo do gancho da 243-Eixo da tecla de retenção do bipé
armadilha 244-Mola da tecla de retenção do
188-Pino de apoio da mola da bipé
armadilha e do gatilho 245-Coronha
189-Eixo do gatilho 246-Roseta do parafuso de fixação
190-Armadilha da coronha
191-Mola da armadilha e do 247-Parafuso de fixação da coronha
gatilho 248-Anel-mola do parafuso de
192-Eixo da armadilha e da mola fixação da coronha
da armadilha 249-Chapa da soleira
193-Registro de segurança 250-Parafuso da chapa da soleira
196-Eixo da armação 251-Quebra-chamas
197-Lâmina da alça de mira 254-Armação
198-Cursor da alça de mira
199-Parafuso de fixação do
cursor da alça de mira
200-Eixo da lâmina da alça de
mira
201-Impulsor da alça de mira
202-Mola do impulsor da alça de
mira
203-Ferrolho do cursor da alça
de mira
204-Eixo dos ferrolhos do cursor
da alça de mira
205-Mola dos ferrolhos do
cursor da alça de mira
206-Bloco posterior
OBS:
Arruela de regulagem do Anel Regulador de Escape de Gases
No interior do anel regulador de escape de gases, existe uma arruela para o
anel regulador. Esta fica entre o anel regulador e o parafuso de comando deste anel.
A arruela pode ser substituída por 5 (cinco) outras que são:
1ª : Lisa e fina, vem na montada na arma;
2ª : Possui 2 dentes em sua borda tem maior espessura;
3ª : Possui 3 dentes em sua borda tem maior espessura;
4ª : Possui 4 dentes em sua borda tem maior espessura;
5ª : Possui 5 dentes em sua borda tem maior espessura;

Armamento Leve II- Pág 157


Com o uso da arma, os gases ao passarem pelos orifícios de regulagem do
regulador de gases provocam um desgaste com o aumento do seu diâmetro, com isso,
num determinado ponto o anel regulador não vai mais obstruir totalmente o orifício de
regulagem do regulador de gases, ocasionando uma baixa cadência de tiro pela perda
de gases.
Para solucionar este problema desmonta-se o anel regulador, verificando a
arruela existente, e substitui a mesma pela próxima da relação acima. Este processo se
repetirá até o uso da ultima arruela (5ª). Quando não tiver mais regulagem o armamento
deverá ser recolhido para manutenção de 4º escalão, para substituição do bloco do cano
e todo o conjunto de regulagem de gases.

FIM

CAPÍTULO 07
Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING“

N Assunto Pagina
O

Armamento Leve II- Pág 158


0 INTRODUÇÃO
1

0 CARACTERÍSTICAS E DADOS NUMÉRICOS


2

0 DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
3

0 MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
4

0 DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO
5

0 MONTAGEM DE 2º ESCALÃO
6

0 NOMENCLATURA
7

0 FUNCIONAMENTO
8

0 SEGURANÇA
9

1 INCIDENTES DE TIRO
0

1 MANEJO
1

1 PROGRAMA DE VALIDAÇÃO CANOS


2

1 INSPEÇÕES NA MTR .50 M2 HB “Browning”.


3

Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING“

I. INTRODUÇÃO

Armamento Leve II- Pág 159


A Mtr. 50 M2 HB é utilizada por vários países como arma de ataque e defesa. Seu
emprego é o mais variável possível: pode ser empregada como arma coaxial de carro de
combate ou como arma automática deste mesmo veículo, ou ainda, como arma antiaérea,
terrestre e de aeronaves. Um dos principais motivos de sua preferência é a capacidade de efetuar
tiros em profundidade, visando situar o inimigo através de sua resposta ao fogo. Dessa forma,
considerando o seu grande alcance, o soldado pode, confortavelmente, saber onde estão os
focos de resistência sem correr o risco de ser atingido pelo fogo inimigo. No entanto, para realizar
o tiro com segurança esta arma requer certo cuidado que, normalmente, não são necessários
em outras armas. A não observância de tais cuidados pode ocasionar danos à arma e riscos ao
atirador. No Brasil, pesquisa da antiga DAM (Diretoria de Armamento e Munição) revela que 70%
dos acidentes envolvendo esta arma foram provocados por imperícia no seu manejo. Estes
acidentes conferiram à arma a má fama de problemática, sendo evitada pelos combatentes
brasileiros.
Podemos atribuir o alto índice de acidentes a dois fatores principais: um de natureza
técnica e outro de natureza pessoal.
O de natureza técnica reside no fato de que o cano desta arma não é fixado de forma
permanente, à caixa da culatra. Portanto, não possui uma posição previamente estabelecida em
relação às peças móveis, como ocorre normalmente com as outras armas. Desta forma,
dependendo do posicionamento do cano, a distância entre a sua parte posterior e a face anterior
do ferrolho ficará fora daquela requerida para um funcionamento seguro, ou seja, se o cano
estiver demasiadamente atarraxado a distância entre este e o ferrolho será insuficiente (folga
insuficiente) e poderá comprometer o funcionamento da arma. Em contrapartida, se o cano
estiver, insuficientemente, atarraxado à caixeta, a distância entre este e o ferrolho será muito
grande (folga excessiva) e poderá causar danos ao armamento e ao atirador.
O problema de natureza pessoal está relacionado com a perícia do atirador ou
responsável pela preparação da arma para o tiro, pois, é este militar que posicionará o cano
corretamente em relação às peças móveis e, tal posicionamento exige conhecimento técnico e
o emprego de acessórios que acompanham o armamento, sem os quais, não será possível
verificar se o cano está ou não posicionado corretamente.
Se o militar não sabe como posicionar o cano, certamente, sua imperícia irá contribuir
para a ocorrência de incidentes ou acidentes de tiro.
A fim de resgatar a confiança dos usuários desse armamento as OM de manutenção têm
se empenhado, no sentido de minimizar as ocorrências de acidentes por falhas técnicas,
enquanto as OM usuárias convergem esforços para melhorar o adestramento de suas tropas.

1- CARACTERÍSTICAS E DADOS NUMÉRICOS:

A - DESIGNAÇÃO
Referência Numérica.....................................NEE 1005-1 061 100 2

Armamento Leve II- Pág 160


Indicativo Militar..........................................Mtr .50 M2 HB MV “Browning”
Nomenclatura................................................Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING”

B- CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo................................................Não portátil
Quanto ao emprego........................................Coletivo
Quanto ao funcionamento..............................Automático
Quanto ao Princípio de Funcionamento.........Utilização do recuo cano-caixeta (curto
recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar

C - ALIMENTAÇÃO
Carregador .......................................................Tipo fita, de elos metálicos
Capacidade.......................................................Indeterminada
Sentido..............................................................Da esquerda para a direita ou vice-
versa

D - RAIAMENTO
Número de raias.................................................8 (oito)
Sentido...............................................................Da esquerda para a direita

E - APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira........................................................Tipo lâmina, com cursor e visor
Maça de mira.......................................................Seção retangular, com protetor

F - DADOS NUMÉRICOS
Calibre...................................................................0.50 pol ou 12,7 mm
Peso da metralhadora............................................38,140 Kg
Peso do cano.........................................................12,712 Kg
Comprimento da metralhadora.............................1,750 m
Velocidade Inicial.................................................880 m/s.
Velocidade Teórica Automática...........................450 a 550 tpm
Velocidade Teórica Intermitente..........................75 tpm
Alcance Máximo...................................................6900 m
Alcance de Utilização...........................................900 m
Alcance Útil..........................................................2300 m
Vida da arma.........................................................15000 tiros

Armamento Leve II- Pág 161


2. DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO:

A desmontagem de 1º Escalão da Mtr .50 M2 é precedida de 4 (quatro) medidas


preliminares. Considerando a arma sem fita de munição. São elas:

a) Prender a tecla do retém do ferrolho com seu gancho de fixação


Visa facilitar a execução dos golpes de segurança

b) Abrir a tampa da caixa da culatra

c) Executar 2 golpes de segurança


Visam evitar acidentes com munição deixada na câmara por descuido e são executados
puxando-se o sistema à retaguarda, agindo-se simultaneamente na alavanca de manejo e na
alavanca de manejo auxiliar.

d) Inspecionar a câmara
A desmontagem de 1º escalão é executada pela guarnição da Mtr .50 M2, visando a
manutenção de 1º escalão ou seja, limpeza e lubrificação, e se compõe de 07 (sete) operações:

1) Retirada do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação. A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com
o furo existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse
procedimento é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano. Desatarraxar o cano, em
sentido anti-horário e retirá-lo da caixa da culatra.

2) Retirada do bloco de fechamento


Identificar, antes, o retém do trinco do bloco de fechamento e o trinco . Verificar se a tecla
do retém do ferrolho está solta. Puxar para trás o retém do trinco do bloco de fechamento e para
cima o trinco do bloco de fechamento, em seguida, levante o bloco com ambas as mãos pelos
punhos, retirando-o da caixa da culatra.

3) Retirada da mola recuperadora


Com o polegar, forçar a haste-guia da mola para a esquerda e puxá-la para trás.

4) Retirada da alavanca de manejo e seu pino

Armamento Leve II- Pág 162


Para isso, trazer a alavanca de manejo auxiliar e o pino da alavanca de manejo até os
cortes em forma de meia lua, existentes nas corrediças laterais da caixa da culatra. Após coincidi-
los com os cortes, basta puxá-los para fora da arma.

5) Retirada do ferrolho
Apoiar com uma das mãos a parte posterior do ferrolho e empurrá-lo para trás até que
saia da caixa da culatra.

6) Retirada do sistema caixeta-armação


Inicialmente, com o auxílio de um toca pino, forçar para dentro a mola retém da armação,
pelo furo existente na parte posterior direita da caixa da culatra. Simultaneamente, empurrar para
trás o sistema caixeta-armação, retirando-o do interior da caixa da culatra

7) Desfazer o sistema caixeta-armação


Empurrar o acelerador para a frente. Esta ação provocará a separação da caixeta e da
armação.Terminada a desmontagem de 1º escalão, as peças deverão estar dispostas, da
esquerda para direita, na seguinte ordem:
- Cano;
- bloco de fechamento;
- mola recuperadora e haste guia da mola recuperadora;
- alavanca auxiliar de manejo e pino da alavanca de manejo;
- ferrolho;
- caixeta;
- armação.

3. MONTAGEM DE 1º ESCALÃO:

A montagem de 1° escalão é a operação inversa da desmontagem, sendo mais delicada


e mais difícil, começando pelo ponto em que terminou a desmontagem.

1) Refazer o sistema caixeta-armação

a) Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola
retém do cano para a direita. Com a mão direita, segurar a armação (indicador por baixo do
acelerador) de modo que os abaixadores da tranca fiquem para frente . Aproximamos a caixeta
da armação tendo o cuidado de:
- Colocar os ABAIXADORES DA TRANCA em correspondência com seus alojamentos;
- girar o ACELERADOR para cima;
- colocar o "dente" da CAUDA DE LIGAÇÃO por cima do "dente" do PISTÃO DO
AMORTECEDOR.

Armamento Leve II- Pág 163


b) Tomando esses três cuidados, basta empurrar a armação contra a caixeta até que o
acelerador complete o giro para trás e suas garras se prendam na cauda de ligação.

2) Montagem do ferrolho na caixeta-armação


Colocar o ferrolho em suas corrediças, na caixeta, tendo o cuidado de:
- Verificar se a ALAVANCA DE ARMAR está para a frente;
- deitar o TRANSPORTADOR EJETOR para a frente;
- não levar o FERROLHO completamente à frente, para que este não esbarre no
ACELERADOR.

3) Montagem do conjunto caixeta-armação-ferrolho na caixa da culatra


Com o polegar esquerdo, comprimir para cima o retém do ferrolho a fim de dar passagem
ao mesmo; empurrar o conjunto para dentro da caixa da culatra até ouvir o estalido característico
indicando que a mola retém da armação se prendeu à parede direita da caixa da culatra.

ATENÇÃO
A alavanca de armar deve ser deitada para frente, a fim de evitar o emperramento
do ferrolho no interior da caixa da culatra. É um incidente difícil de ser sanado,
requerendo, via de regra, intervenção de órgão especializado.

4) Montagem da alavanca de manejo e seu pino


Colocar a alavanca de manejo auxiliar em seu alojamento no ferrolho e deslocar o mesmo
até fazer a coincidência deste alojamento com os cortes em "meia lua" existentes nas corrediças
laterais da caixa da culatra . Colocar, então, o pino da alavanca de manejo e a alavanca auxiliar
de manejo, empurrando-os bem ao fundo, a fim de prendê-los corretamente. Em seguida, levar
o ferrolho completamente à frente.

5) Montagem da mola recuperadora


Colocar a mola recuperadora em seu alojamento no ferrolho, encaixando o pino da
cabeça da haste-guia da mola recuperadora na parede direita da caixa da culatra.

6) Montagem do bloco de fechamento


Antes de montar o bloco de fechamento em seu alojamento, verifique se a mola retém
do amortecedor de recuo, existente na parte inferior da armação, não está um pouco para fora
da armação, caso esteja, empurre-a para o interior da armação. Esta medida tem por finalidade
retirar a mola retém do amortecedor de recuo do caminho do bloco de fechamento, permitindo,
desta forma, um fechamento perfeito da caixa da culatra.

Armamento Leve II- Pág 164


Segurar o bloco de fechamento pelos punhos, e introduzi-lo em suas corrediças. Puxar
para trás o retém do trinco do bloco de fechamento e para cima o trinco do bloco de fechamento,
introduzindo o bloco completamente.

7) Montagem do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação. A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o furo
existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse procedimento
é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano. Atarraxar o cano completamente e
retroceder dois cliques. Retirar o elo metálico.
A montagem de 1º Escalão completa-se ao serem executadas as Medidas
Complementares, em número de 03 (três):

a) Fechar a tampa da caixa da culatra


Basta abaixar a tampa da caixa da culatra, forçando-a ao encontro da caixa da culatra,
até que esta fique presa.

b) Engatilhar a arma
Puxar o sistema cano-caixeta-ferrolho à retaguarda, agindo na alavanca de manejo e
alavanca de manejo auxiliar, até que o ferrolho fique preso pelo seu retém. Em seguida, agir na
tecla do retém do ferrolho, liberando-o, para que volte à posição avançada.

c) Desengatilhar a arma
Basta agir na tecla do gatilho.

4. DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO:
Para que se entenda melhor todo funcionamento da arma e a manutenção possa ser
feita dentro do escalão requisitado, faz-se necessário a desmontagem de 2º escalão, que inclui
as seguintes operações:

A- DESMONTAGEM DO FERROLHO

1) Retirada do transportador-ejetor
Colocar a peça na vertical (90º com o ferrolho) e em seguida, puxá-la para a esquerda
retirando-a.

Armamento Leve II- Pág 165


2) Retirar o desvio
Basta levantá-lo, tomando-se o cuidado de, quando da montagem, observar o
sentido de alimentação. O desvio deverá coincidir com a letra "L", se a arma for alimentada pela
esquerda; e com a letra "R", se a arma for alimentada pela direita. Para saber o sentido da
alimentação da arma basta observar o posicionamento dos batentes do cartucho, existentes na
mesa de alimentação. Tais batentes limitam o movimento do cartucho, portanto, se estiverem
montados à direita da mesa de alimentação, a arma está sendo alimentada pela esquerda; e, se
estiverem montados à esquerda a arma está sendo alimentada pela direita.

ATENÇÃO
A montagem incorreta do desvio provocará a quebra do talão da alavanca do
impulsor, indisponibilizando o armamento.

3) Retirar a Alavanca de Armar


Girar a alavanca de armar para a retaguarda e retirar o seu eixo.

4) Retirar o batente da mola do percussor


Inicialmente, devemos liberar o percussor, comprimindo o gatilho intermediário.
Há dois tipos de batentes da mola do percussor, a saber:

a) batente inteiriço: é composto de uma única peça. Para desmontá-lo basta deslocar
sua lâmina para fora de seu encaixe no ferrolho, com o auxílio de um toca-pino ou chave de
fenda, e, em seguida, com um toca-pino, empurrá-lo para fora de seu alojamento pela parte
inferior do ferrolho.

b) batente conjugado: é composto de uma lâmina e um pino batente com ressalto. Para
desmontá-lo desloque a lâmina para fora de seu encaixe no ferrolho com o auxílio de um toca-
pino ou chave de fenda, desencaixe a lâmina do pino batente, retirando-a de seu alojamento, em
seguida, com um toca-pino, empurre o pino batente para baixo, retirando-o de seu alojamento
pela parte inferior do ferrolho.

Durante a montagem deve-se observar o correto posicionamento do ressalto do pino


batente, que deve ocupar toda a extensão do alojamento da tranca no ferrolho. A montagem
incorreta não permitirá o perfeito encaixe da tranca com o ressalto do pino batente,
impossibilitando o trancamento da arma, ou seja, as peças móveis não irão completamente a
frente na hora da montagem na caixa da culatra.

ATENÇÃO
Armamento Leve II- Pág 166
O batente da mola do percussor conjugado admiti apenas, para um perfeito
trancamento, a tranca com entalhe. Essa tranca, no entanto, possibilita o trancamento
com o batente inteiriço, porém, a utilização desse batente com este tipo de tranca não é
recomendável.
O batente inteiriço só deve ser utilizado com a tranca inteiriça.

5) Retirar o retém do gatilho intermediário


Pressionar o gatilho Intermediário para baixo e, em seguida, retirar o retém do gatilho
intermediário, deslocando-o para a esquerda.

6) Retirar o gatilho intermediário e sua mola


Basta puxá-lo para cima e, com o auxílio de um toca-pino, retirar sua mola.

7) Retirar o percussor com extensão


Inclinar o ferrolho e retirar o percussor pela sua parte posterior. Logo após, separar o
percussor de sua extensão.

B- DESMOTAGEM DA ARMAÇÃO

1) Retirar o amortecedor
Empurrar o amortecedor para retaguarda e puxá-lo; o mesmo sairá pela parte posterior
da armação.

ATENÇÃO
Durante a montagem tomar o cuidado de posicionar a seta, existente na parte
posterior do amortecedor, entre as marcações "C" e "O", existentes na parte posterior
direita da armação, próximo à sua mola retém. A montagem da seta fora dessas
marcações, poderá provocar incidentes de tiro, devido ao aumento da resistência
oferecida ao recuo das peças móveis pelo amortecedor de recuo.

2) Retirar o acelerador
Usando um toca-pino, empurrar o eixo do acelerador, retirando-o da armação.

C- DESMONTAGEM DA CAIXETA

1) Retirada da tranca
Usando um toca-pino, empurrar o eixo da tranca, retirando-a de seu alojamento na
caixeta. Na montagem, atentar para que a parte da tranca que possui inscrições fique para
retaguarda da caixeta.

Armamento Leve II- Pág 167


D- DESMONTAGEM DA CAIXA DA CULATRA

Desmontagem da tampa

1) Retirada da alavanca do impulsor, mergulhador e mola


Retirar o contra-pino da alavanca do impulsor, em seguida, posicionar a alavanca no
centro da tampa e retirá-la de seu eixo, tomando o cuidado para não deixar que o mergulhador
salte.
2) Retirar o impulsor;
Uma vez retirada a alavanca do impulsor, basta deslocar o impulsor para a direita ou
esquerda, e retirá-lo de seu alojamento na tampa

3) Retirar a lingüeta, o braço da lingüeta e a mola


Para essa desmontagem basta retirar o eixo da lingüeta

Desmontagem da mesa de alimentação


a) retirar o eixo do retém da fita, o retém e suas molas;
b) retirar o eixo dos batentes do cartucho e os batentes.

Desmontagem da alavanca do gatilho intermediário


Girar o eixo da alavanca do gatilho intermediário até que sua chaveta encontre o rasgo
existente na caixa da culatra. Retirar o eixo de seu alojamento até que a alavanca do gatilho
intermediário caia no interior da caixa da culatra.
Para a montagem recomenda-se que esta alavanca seja a última peça a ser montada na
arma, pois, com o conjunto caixeta-ferrolho-armação já montados na caixa da culatra, a citada
alavanca pode apoiar-se no ferrolho e, com isso, ter a sua montagem facilitada.

ATENÇÃO
A alavanca do gatilho intermediário deve ser montada no centro da placa superior da
caixa da culatra, abaixo da porca de ajustagem e na direção do gatilho intermediário. A
montagem em local diferente não possibilitará o desengatilhamento da arma, indisponibilizando-
a.

5. MONTAGEM DE 2º ESCALÃO:

Armamento Leve II- Pág 168


A montagem é feita no sentido inverso da desmontagem.

6. NOMENCLATURA:
Para estudo da nomenclatura analisaremos a Mtr .50 M2 sob dois aspectos:

Externamente:
a) Caixa da culatra;
b) camisa de refrigeração;
c) cano;
d) bloco de fechamento.

Internamente:
a) Ferrolho;
b) caixeta;
c) armação.

A- Externamente:

a) Caixa da culatra: é uma peça de aço, onde se acha montado o mecanismo da arma.
Divide-se em seis partes:

1) bloco dianteiro;
2) tampa da caixa da culatra;
3) placa de cobertura;
4) placa lateral direita;
5) placa lateral esquerda; e
6) placa inferior.

1) Bloco dianteiro: parte da arma por onde é feito o carregamento. É constituído de:

- Massa de mira com proteção;


- mesa de alimentação;
- batente anterior do cartucho;
- retém da fita;

Armamento Leve II- Pág 169


- guia da fita;
- batente posterior do cartucho com lingüeta-guia do cartucho;
- janela de alimentação (quando a tampa da caixa de culatra estiver fechada).

2) Tampa da caixa da culatra: parte da arma que serve para fechar a caixa da culatra e
auxiliar a alimentação. Nela encontramos:

- Trinco;
- rampa abaixadora;
- mola abaixadora;
- alavanca do impulsor (talão, corpo, ponta e mergulhador com mola );
- impulsor (cursor, lingüeta, braço, eixo e mola ).O impulsor tem por missão arrastar a fita
de munição para o interior da mesa de alimentação.

3) Placa de cobertura

- Alça de mira, compreendendo: base e lâmina graduada, contendo esta última uma
escala de 200 a 2.600 jardas, numerada a cada 100 jardas.
- suporte da luneta telescópica com dedal serrilhado;
- corretor de vento com botão serrilhado e escala;
- alavanca do gatilho intermediário com eixo;
- retém do ferrolho;
- guia da alavanca de armar.

4) Placa lateral direita

- Alavanca de manejo;
- cursor da alavanca de manejo;
- suporte do cursor da alavanca de manejo;
- pino da alavanca de manejo;
- fenda do pino da alavanca de manejo;
- orifício para compressão da mola retém da armação;
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo;
- orifício para ressalto da cabeça da haste-guia da mola recuperadora.

5) Placa lateral esquerda


a) Externamente:
- Alavanca de manejo auxiliar;

Armamento Leve II- Pág 170


- fenda da alavanca de manejo auxiliar;
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo;
- chaveta do eixo da alavanca do gatilho intermediário.

b) Internamente:

- De rotação ressalto de elevação do transportador-ejetor;


- ressalto do transportador-ejetor.

6) Placa inferior

- Janela de ejeção;
- ressalto da tranca com rampa e plataforma .

b) Camisa de refrigeração: consiste em um pequeno tubo oco de ferro com perfurações,


o qual envolve a parte do cano, próxima a câmara, à fim de arrefecê-lo durante o tiro. A camisa
de refrigeração é solidária a caixa da culatra.

c) Cano: peça que recebe o cartucho para ser percutido, resistindo às pressões dos
gases, imprimindo movimento de rotação ao projétil e orientando-o na direção do alvo. É
reforçado para resistir ao aquecimento e possui um pequeno movimento horizontal (avanço-
recuo) solidário ao mecanismo da culatra. É composto de:
- Boca;
- alma (raiada);
- câmara de carregamento;
- entalhes para a mola retém do cano;
- rosca;
- alça de transporte.

d) Bloco de fechamento: é a parte da caixa da culatra contra a qual se chocam, no recuo,


o ferrolho e a armação (amortecedor). Nele encontramos:

- Pára-choque com 22 discos amortecedores (de fibra);


- gatilho com tecla dupla ;
- retém do ferrolho com tecla ;
- luva (sobre o pará-choque), com gancho do retém do ferrolho;

Armamento Leve II- Pág 171


- punho duplo;
- retém do trinco do bloco de fechamento;
- trinco do bloco de fechamento.

B- Internamente:

a) Ferrolho: é provavelmente a peça mais importante da arma. Prende o cartucho na


câmara, no momento do disparo; extrai o estojo vazio e o ejeta; retira um cartucho novo da fita e
coloca-o na câmara; provoca o movimento da fita, alimentando a arma. É constituído por uma
série de peças que nele são montadas, além de orifícios, ranhuras e nervuras, são elas:

- Extrator ou ranhura extratora;


- orifício de passagem da ponta do percussor;
- transportador - ejetor;
- desvio;
- ranhuras-guia do talão da alavanca do impulsor;
- alojamento do desvio;
- gatilho intermediário (com entalhes);
- retém do gatilho intermediário (com entalhes);
- batente da mola do percussor (com lâmina e pino);
- percussor (com ponta e extensão);
- alojamento da mola recuperadora;
- alojamento da tranca;
- talão (com olhal para a alavanca de manejo auxiliar e pino da alavanca de manejo);
- alojamento do transportador-ejetor;
- nervuras-guia do ferrolho;
- olhal para o eixo da alavanca de armar;
- alojamento da alavanca de armar;
- alojamento percussor;
- ranhuras-guia do gatilho intermediário;
- alojamento do retém do gatilho intermediário;
- alojamento da alavanca de armar.

b) Caixeta: é a peça onde se atarraxa o cano, fazendo a ligação deste com o mecanismo
da culatra. É composto das seguintes partes:

- Mola retém do cano;


- rosca para o cano;

Armamento Leve II- Pág 172


- tranca com pino;
- cauda de ligação;
- alojamentos dos abaixadores da tranca;
- ranhuras-guia do ferrolho;
- alojamento da tranca.

c) Armação: é mantida na caixa da culatra pela mola retém da armação e liga-se à caixeta
por intermédio do acelerador e do amortecedor de recuo que se prendem à cauda de ligação.
Nela observamos:

- Acelerador com eixo e garras;


- amortecedor de recuo (com pistão, mola, e corpo);
- mola retém da armação e seu alojamento;
- mola retém do amortecedor de recuo;
- abaixadores da tranca;
- ressaltos guia da armação;
- corrediça do ressalto do amortecedor de recuo.

7. FUNCIONAMENTO

Para melhor compreensão do funcionamento partiremos do momento em que houve o


primeiro tiro, observando-se em seguida as seguintes fases do funcionamento:

A- RECUO DAS PEÇAS MÓVEIS

a) Princípio físico utilizado

Armamento Leve II- Pág 173


O princípio físico utilizado no armamento é o da "Ação e Reação", que diz o seguinte:
"A toda ação há uma reação, com mesmo módulo, mesma intensidade, mesma direção,
porém, com sentidos opostos".

b) Ação dos gases


A chama produzida, pela deflagração da cápsula da munição é transmitida à pólvora da
carga de projeção. A queima progressiva da pólvora dá origem à formação de gases cuja força
de expansão age em todos os sentidos. Esta força impele o projétil pelo interior do cano,
enquanto a força de reação tenta jogar o estojo para fora da câmara. Entretanto, esta ação é
impedida, uma vez que o estojo da munição acha-se preso ao ferrolho e este trancado à caixeta,
por intermédio da tranca.

c) curto recuo do cano


O curto recuo do cano é o princípio de funcionamento utilizado por este armamento. Ele
se verifica desde o início do recuo do conjunto cano-caixeta-ferrolho até a abertura da câmara
de carregamento do cano. Sua principal finalidade é retardar essa abertura da câmara, o
suficiente, até que o projetil ultrapasse a boca do cano, de forma a haver uma simultaneidade
entre a passagem do projetil pela boca do cano e a abertura da câmara de carregamento. Esta
simultaneidade é de suma importância para um perfeito funcionamento da arma. Desta forma,
se a abertura da câmara ocorrer após a passagem do projetil pela boca do cano, os gases, que
estão fazendo pressão em todos os sentidos no interior do cano, acompanharão o projetil, em
conseqüência, quando se der a abertura da câmara a pressão dos gases não será suficiente
para fazer com que o ferrolho recue, prejudicando o funcionamento da arma. Caso a abertura da
câmara ocorra antes da passagem do projetil pela boca do cano, haverá uma pressão de gases
sobre o ferrolho muito grande, provocando danos às peças móveis e ao ressalto da tranca.

d) Destrancamento

Peças que interessam:


- Tranca;
- ressalto da tranca;
- abaixadores da tranca e seus alojamentos;
- alojamento da tranca (no ferrolho).

Armamento Leve II- Pág 174


A força de reação, proveniente da expansão dos gases, agindo sobre o fundo do estojo
farão sentir esta ação sobre o ferrolho, obrigando-o a recuar, levando consigo a caixeta, que está
a ele ligada por intermédio da tranca, e, consequentemente o cano. Durante o recuo desse
sistema, a tranca, que deslizava sobre a plataforma do seu ressalto, ao encontrar a rampa do
ressalto é forçada para baixo por intermédio dos abaixadores da tranca, que simultaneamente,
vão penetrando em seus alojamentos na caixeta, forçando o pino da tranca para baixo. Ao
abaixar a tranca sai de seu alojamento no ferrolho, que começa a recuar sozinho por ação dos
gases e pelo impulso que recebeu do acelerador , comprimindo as molas recuperadoras. Neste
momento cessa o recuo do conjunto cano-caixeta, que passa a fazer sistema com a
armação,.ocorre portanto, o destrancamento da arma.

e) Abertura

Peças que interessam:


- Ferrolho;
- câmara de carregamento do cano;
- talão do ferrolho;
- caixeta.

Completando o destrancamento, o ferrolho passa a recuar sozinho por ação dos gases
e pelo impulso do acelerador, que forçado a girar violentamente para retaguarda pela parte
posterior da caixeta, age no talão do ferrolho, acelerando o seu recuo. O ferrolho, então, afasta-
se da câmara de carregamento do cano, dando-se a abertura.

f) Extração
Peças que interessam:
- Ranhura extratora do ferrolho;
- câmara. de carregamento do cano;

Armamento Leve II- Pág 175


- acelerador;
- aresta anterior e superior da tranca;
- caixeta;
- estojo da munição;
- talão do ferrolho.

Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio de sua ranhura
extratora é retirado o estojo da câmara, havendo então a extração. Durante a queima da carga
de projeção, o estojo dilata-se ligeiramente, aderindo às paredes da câmara e, poderá se partir
se for extraído no mesmo instante. Para evitar tal incidente, é necessário uma descolagem do
estojo das paredes da câmara e, também, uma certa progressividade no inicio da extração. A
descolagem do estojo ocorre por ação do acelerador, que pelo seu formato côncavo - convexo e
pelo impulso que levou da caixeta no recuo do sistema cano-caixeta-ferrolho, age no talão do
ferrolho, obrigando este a fazer um pequeno movimento e descolar o estojo antes de se
completar o destrancamento. A progressividade no inicio da extração é conseguida pela aresta
anterior e superior da tranca, que é duplamente biselada. Portanto, a ação conjunta do acelerador
e da aresta anterior e superior da tranca, asseguram um destrancamento progressivo e uma
extração inicial sem violência.

g) Engatilhamento (1ª fase)


Peças que interessam:
- Alavanca de armar;
- guia da alavanca de armar;
- gatilho intermediário com mola;
- percussor com extensão;
- batente da mola do percussor.
Durante o recuo do sistema cano-caixeta-ferrolho, a parte superior da alavanca de armar
choca-se com a parte posterior de sua guia (fig 1); a alavanca é obrigada a girar em torno de seu
eixo, deitando-se para frente. Com esse movimento, a parte inferior da alavanca gira para a
retaguarda, levando a extensão do percussor de encontro ao gatilho intermediário e comprimindo
a mola do percussor de encontro ao seu pino batente (fig 2). Em seu movimento para a
retaguarda, a extensão do percussor obriga o gatilho intermediário a abaixar-se, comprimindo

Armamento Leve II- Pág 176


sua mola. Quando o dente da extensão do percussor ultrapassa o dente do gatilho intermediário,
este sobe, por descompressão de sua mola, ficando em condições de reter a extensão do
percussor, assim que ela seja liberada pela alavanca de armar, pois esta alavanca mantém a
extensão do percussor em uma posição além do gatilho intermediário (fig 3).
Fig 1

Fig 2

Fig 3

h) Apresentação do cartucho (1ª fase)


Peças que interessam:
- Cartucho;
- transportador/ejetor;
- ferrolho;
- ranhura extratora do ferrolho;
- ressalto de rotação e mola;
- rampa abaixadora, existente na tampa.
Com o recuo do ferrolho o transportador-ejetor retira da mesa de carregamento um novo
cartucho, transportando-o sobre o ressalto de rotação. A medida que o ferrolho recua, o

Armamento Leve II- Pág 177


transportador-ejetor vai sendo forçado a abaixar-se pela rampa abaixadora, localizada na tampa.
Ao abaixar-se, o transportador/ejetor força o ressalto de rotação para baixo, comprimindo sua
mola e, ao mesmo tempo, vai colocando o cartucho na ranhura extratora do ferrolho. Quando o
ferrolho chega ao final de seu recuo o transportador/ejetor sai de cima do ressalto de rotação,
que volta a sua posição original por distensão de sua mola e apresenta ao ressalto do
transportador-ejetor sua rampa de ejeção.

i) Alimentação (1ª fase)


Peças que interessam:
- Talão da alavanca do impulsor;
- ranhura-guia do talão (no ferrolho);
- lingueta do impulsor e mola;
- cartucho.

Durante o recuo do ferrolho , a fita permanece parada, enquanto o impulsor é levado


para a esquerda ou direita, dependendo do sentido de alimentação da arma, pela alavanca do
impulsor, cujo talão desliza em sua ranhura-guia existente na parte superior do ferrolho.Com o
movimento do impulsor, a lingueta é obrigada a subir, comprimindo sua mola de encontro à
tampa, pelo cartucho que se encontra na mesa de carregamento. No final do recuo, a lingueta
do impulsor sai de cima do cartucho e, por descompressão de sua mola, volta a sua posição
normal posicionando-se na lateral do cartucho, ficando, desta forma, em condições de arrastá-lo
ao encontro de seus batentes na mesa de carregamento.

B- AVANÇO DAS PEÇAS MÓVEIS


a) Apresentação do cartucho (2ª fase) e ejeção
Peças que interessam:
- Ressalto do transportador-ejetor;

Armamento Leve II- Pág 178


- rampa de ejeção do ressalto de rotação;
- ferrolho;
- ejetor;
- estojo e janela de ejeção.
No início do avanço do ferrolho, por distensão das molas recuperadoras, o ressalto do
transportador-ejetor desliza na rampa de ejeção do ressalto de rotação, obrigando o
transportador/ejetor a abaixar-se (fig 1). Com esse movimento o transportador/ejetor força o
cartucho a deslizar na ranhura extratora colocando-o em coincidência com a câmara, havendo a
apresentação do cartucho. Simultaneamente com a apresentação do cartucho haverá também a
ejeção, pois, o estojo que estava na ranhura extratora é forçado para baixo pelo ejetor, saindo
pela janela de ejeção, existente na parte inferior da caixa da culatra (fig 2).

Fig 1 Fig 2

b) Carregamento
Peças que interessam:
- Transportador/ejetor;
- ressalto de rotação;
- ressalto de elevação;
- ferrolho;
- câmara de carregamento;
- cartucho.
Com a apresentação, o transportador-ejetor passa para baixo do ressalto de rotação,
coincidindo o cartucho com a câmara de carregamento. O ferrolho continuando seu avanço vai
introduzindo o cartucho na câmara de carregamento do cano (fig 1). Quando vai se processar o
carregamento, o transportador-ejetor sobe a rampa do ressalto de elevação e abandona o
cartucho, parcialmente introduzido na câmara. Ao subir a rampa do ressalto de elevação o
transportador-ejetor é forçado pela mola abaixadora a empolgar um novo cartucho que se
encontra na mesa de carregamento. Continuando seu avanço o ferrolho introduz o cartucho na
câmara, caracterizando o carregamento (fig 2).

Armamento Leve II- Pág 179


Fig 1 Fig 2

c) Trancamento
Peças que interessam:
- Sistema cano-caixeta-armação;
- sistema cano-caixeta;
- mola do amortecedor de recuo;
- ferrolho;
- tranca;
- ressalto da tranca.
Durante o avanço do ferrolho, seu talão bate no acelerador, desfazendo o sistema cano-
caixeta-armação Com isso, a mola do amortecedor de recuo se distende e lança o sistema cano-
caixeta à frente, ficando a armação parada. A tranca, acompanhando o avanço da caixeta, sobe
a rampa de seu ressalto alojando-se no ferrolho que, ao desfazer o sistema cano-caixeta-
armação, recebe uma aceleração em seu movimento do acelerador para poder acompanhar o
movimento do sistema cano-caixeta. No momento em que a tranca aloja-se perfeitamente no
ferrolho ocorre o trancamento, passando o ferrolho a fazer parte do sistema cano-caixeta por
intermédio da tranca.

d) Engatilhamento (2ª fase)


Peças que interessam:
Armamento Leve II- Pág 180
- Alavanca de armar;
- guia da alavanca de armar;
- gatilho intermediário com mola e dente;
- percussor com extensão.
Durante o avanço do sistema cano-caixeta-ferrolho, a alavanca de armar é obrigada a
girar para retaguarda pela parte anterior de sua guia (fig 1). Com esse movimento, a parte inferior
da alavanca de armar abandona a extensão do percussor que por descompressão de sua mola,
tenta acompanhar o movimento da alavanca, porém, fica retida pelo dente do gatilho
intermediário, dando-se o engatilhamento (fig 2; 3 e 4).

Fig 1
Fig 2

Fig 3

Armamento Leve II- Pág 181


Fig 4

e) Alimentação (2ª fase)


Peças que interessam:
- Ferrolho;
- talão da alavanca do impulsor;
- ranhura-guia do talão (no ferrolho);
- lingueta do impulsor e mola;
- cartucho e transportador-ejetor.

Durante o avanço do ferrolho a alavanca do impulsor é obrigada a girar em torno de seu


eixo para a esquerda ou direita, dependendo do sentido da alimentação da arma, pelo
deslizamento de seu talão nas ranhuras guias do ferrolho. Com esse movimento a alavanca
obriga o impulsor a deslizar para o interior da tampa. Nesse deslizamento do impulsor, sua
lingueta, que se encontra posicionada na lateral do cartucho, empurra-o de encontro aos seus
batentes, arrastando a fita de munição e deixando o cartucho em condições de ser retirado da
fita pelo transportador/ejetor.

f) Desengatilhamento
Peças que interessam:
- Gatilho;
- alavanca do gatilho intermediário;
- gatilho intermediário;
- extensão do percussor.

O atirador, ao pressionar a tecla do gatilho, transfere o movimento à alavanca do gatilho


intermediário que, obrigada a girar em torno de seu eixo, abaixa a sua parte anterior. Com esse
movimento a parte anterior da alavanca age no talão do gatilho intermediário, obrigando este a
abaixar-se e comprimir sua mola. Ao abaixar, o gatilho intermediário libera a extensão do
percussor, dando-se o desengatilhamento..

Armamento Leve II- Pág 182


g) Disparo
Peças que interessam:
- Extensão do percussor;
- batente da mola do percussor;
- mola do percussor.
Ao ser liberada pelo gatilho intermediário, a extensão do percussor é lançada
violentamente à frente pela descompressão da mola do percussor, que se encontrava
comprimida de encontro ao seu batente.

h) Percussão
Peças que interessam:
- Percussor;
- Espoleta do cartucho.
Indo à frente, o percussor fere a cápsula do cartucho, caracterizando a percussão.

8. SEGURANÇA:

Esta arma não possui dispositivo de segurança. É conveniente, entretanto quando não
estiver atirando, retirar a fita de munição, abrir a tampa da caixa da culatra e prender o ferrolho
à retaguarda, deixando a arma aberta. Para isso não esqueça de liberar a tecla do retém do
ferrolho.

9. INCIDENTES DE TIRO

INCIDENTE C A U S A CORRE
ÇÃO
FALHA NA 1. Virola do estojo quebrada. *
EXTRAÇÃO 2. Ranhura extratora quebrada. Remover.
3. Folga excessiva ou insuficiente. *
Substituir.
*
Regular.
FALHA NA 1. Ejetor quebrado. *
EJEÇÃO 2. Mola do ressalto de rotação Substituir.
quebrada.. *
Substituir.

Armamento Leve II- Pág 183


FALHA 1. Alavanca de armar gasta ou *
NO quebrada. Substituir.
ENGATILHAM 2. Mola do gatilho intermediário *
ENTO quebrada. Substituir.
3. Ressalto da extensão do *
percussor ou ressalto do gatilho Substituir.
intermediário gasto ou quebrado.
FALHA NO 1. Talão do gatilho intermediário *
DESENGATIL gasto ou quebrado. Substituir.
HA 2. Alav. do gat. intermediário gasta *
MENTO ou quebrada. Substituir.
3. Alav. do gat. Intermediário
montada no local errado. *
Montar no
local
correto.
FALHA 1. Pino do batente da mola do *
NO percussor quebrado. Substituir.
DISPARO 2. Mola do percussor quebrada.
*.Substi
tuir.
FALHA NA 1. Ponta do percussor gasta ou *
PERCUSSAO quebrada. Substituir.

FALHA NO 1. Estojo rompido no interior da *


CARREGAME câmara. Remover.
NTO 2. Mola recuperadora quebrada. *
3. Munição defeituosa. Substituir.
*
Substituir.
FALHA NA 1. Mola do ressalto de rotação *
APRESENTA quebrada. Substituir.
ÇÃO 2. Batentes do cartucho trocados. *
Destrocar.
FALHA 1. Posicionamento incorreto fita de *
NA munição. Reposicionar.
ALIMENTAÇÃ 2. Retém da fita quebrado. *
O 3. Molas do retém da fita Substituir.
quebradas *
Substituir.

Armamento Leve II- Pág 184


4. Taão da alav. do impulsor *Substit
quebrado. uir.

NEGA 1. Munição defeituosa. *


Substituir.

10. MANEJO:
Antes de se executar as operações de manejo, deve-se, com o auxílio de uma das
máquinas de carregar M2 ou M7, organizar a fita, tendo o cuidado de utilizar, sempre, um elo a
mais que o número de cartuchos.

Operações de manejo
1) abrir a tampa da caixa da culatra;
2) colocar a fita sobre a mesa de carregamento de modo que o transportador-ejetor
empolgue o primeiro cartucho;
3) fechar a tampa da caixa da culatra;
4) selecionar o regime de tiro:

a) Tiro intermitente – a tecla do retém do ferrolho deve estar na posição superior. Para
cada disparo, deve-se pressionar primeiro a tecla do retém do ferrolho e, em seguida, o gatilho.

b) Tiro automático - pressionar a tecla do retém do ferrolho para baixo e prendê-la com
o gancho-retém , existente na luva do pára-choque do bloco de fechamento.

5) carregar a metralhadora: se o regime de tiro selecionado for o intermitente basta liberar


o ferrolho, agindo na tecla do retém do ferrolho. Se for o automático, agir nas as alavancas de
manejo e trazer o ferrolho à retaguarda. Em seguida, liberar as alavancas para que o ferrolho vá
à frente apenas por descompressão da mola recuperadora.

ATENÇÃO
Se a metralhadora estiver preparada para o tiro semi-automático o ferrolho
permanecerá na posição recuada. Neste caso, levar a alavanca de manejo para a frente,
depois de soltar o ferrolho com o retém. Se a metralhadora estiver preparada para o tiro
automático a alavanca de manejo irá para a frente com o ferrolho, quando for liberada.

6) Selecionar a alça;
7) disparar a arma, pressionando a tecla do gatilho.

11. PROGRAMA PARA VALIDAÇÃO DE CANOS:

Armamento Leve II- Pág 185


A- ROTINA DE PROCEDIMENTO PARA SELEÇÃO DE CANOS

I. VERIFICAÇÃO DO DESGASTE DO CANO

a) Separar a Mtr com seus respectivos canos;


b) Abrir a tampa, agindo no retém;
c) Agindo nas alavancas de manejo trazer o mecanismo à retaguarda e engatilhar a Mtr,
em seguida, leve o conjunto à frente agindo na tecla do retém do ferrolho;
d) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação. Essa operação tem por finalidade coincidir o ressalto da mola retém do cano
com o orifício existente no lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação e,
com isso, permitir a retirada ou a montagem do cano na arma.

Armamento Leve II- Pág 186


e) Retire o cano da Mtr, desatarraxando-o;

NOTA

A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o
furo existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse
procedimento é necessário para atarraxar ou desatarraxar o cano.

f) Retire o
elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano caixeta-
ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;
g) Limpe e seque a câmara e a alma do cano;
h) Faça a inspeção visual, para verificar danos que possam comprometer à alma do cano.
Caso positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o cano está
aprovado;
i) Faça a inspeção de toque na câmara, para verificar corrosões ou mossas que possam
comprometê-la. Caso positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o
cano está aprovado.
j) Verifique o desgaste do cano, aplicando o calibre de início de raiamento na câmara e
faça a leitura.
l)Verifique se está ainda de .520 ( marca vermelha ). Caso positivo o cano deverá ser
classificado como “destruir”, caso negativo o cano está aprovado.

Armamento Leve II- Pág 187


APLICAÇÃO DO CALIBRE DE INÍCIO DE RAIAMENTO

II.
VERIFICAÇÃO
DA PROFUNDIDADE DA CÂMARA

A) PROFUNDIDADE MÍNIMA: Consiste em se verificar se a câmara está com sua


profundidade dentro da tolerância mínima. Procede-se da seguinte forma:

a) Introduza o calibre D 5845 MIN no interior da câmara;

b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MIN como indicado;

c) Verifique se existe Luz entre a parte posterior do calibre D 5845 MIN e a base do
calibre F 6575 (fig 1). Caso positivo, classifique o cano como “selecionável” e verifique a
profundidade máxima da câmara, caso negativo classifique o cano como “destruir” e retire-o do
processo (fig 2);

APLICAÇÃO DO CALIBRE D 5845 B (MIN) E F 6575, PARA


VERIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE MÍNIMA DA CÂMARA

Fig 1 Fig 2

Armamento Leve II- Pág 188


B) VERIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE MÁXIMA: Consiste em se verificar se a câmara
está com sua profundidade dentro da tolerância máxima. Procede-se da seguinte forma:

a) introduza o calibre D 5845 MÁX no interior da câmara;

b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MÁX como indicado;

c) Verifique se existe luz entre a parte posterior do cano e as abas do calibre F 6575 ( fig
03 ). Caso positivo classifique o cano como “selecionável” , caso negativo classifique o cano
como “ajustável” (fig 04);

APLICAÇÃO DO CALIBRE D 5846 N (MAX) E F 6575, PARA


VERIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE DE CÂMARA

Fig 03 Fig 04

g) Coloque as etiquetas nos canos, de acordo com a sua classificação;

h) Verifique se o cano tem número, caso positivo preencha o campo nº 1 da etiqueta e o


campo nº 2 com o nº da arma. Caso negativo preencha o campo nº 2 com o nº da Mtr;

i) Para facilitar a passagem da luz coloque uma folha de papel em branco sob os
calibres.

III. VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DO CANO

A) CALIBRAGEM DA FOLGA DE CARREGAMENTO

a) Agindo nas alavancas de manejo trazer o mecanismo à retaguarda e engatilhar a Mtr,


em seguida, leve o conjunto à frente agindo na tecla do retém do ferrolho;

Armamento Leve II- Pág 189


b) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e
coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;

c) Monte o cano na arma, atarraxando-o completamente;

d) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto


cano-caixeta- ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;

e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do Cano aflora. Caso positivo vá para o
passo seguinte; caso negativo classifique o cano como “refugado”;

NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque, neste
caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de alimentação.

f) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e


coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;

g) Desatarraxe o cano de um clique;

h) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto


cano-caixeta-ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente e verifique se a caixeta
encosta na mesa de alimentação. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo
desatarraxe mais um clique, no máximo três, até que a caixeta encoste na mesa de alimentação;

i) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e


coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;
j) Levante o transportador.

l) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano e verifique se entra. Caso positivo classifique o cano como “refugado”; caso

Armamento Leve II- Pág 190


negativo retire tantos cliques quantos necessários, no máximo cinco, até que o calibre D6096
"NO GO" passe entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano;

m) Atarraxe o cano de um clique;

n) Coloque o calibre D6096 "GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o


cano e verifique se passa. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe
tantos cliques quantos necessários, no máximo dois, até que o calibre D6096 "GO" passe entre
a ranhura extratora do ferrolho e o cano;

o) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano e verifique se entra. Esse calibre não deverá passar, já que sua espessura é
maior que a do calibre “GO”. Caso passe houve erro na verificação. Certifique-se, verificando
novamente.

p) Retire o elo metálico.

NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do calibre D6096
“GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e o lado do calibre “NO
GO” não passar.

B) REGULAGEM DA FOLGA DE TRANCAMENTO

a) Fazer a regulagem da folga de carregamento;

b) Retirar o bloco de fechamento e a mola recuperadora;

c) Agindo na alavanca de manejo recuar o ferrolho até a metade de seu curso;


d) Colocar o calibrador D5845 B MIN na ranhura extratora do ferrolho;

e) Agindo na alavanca auxiliar de manejo levar o ferrolho à frente e introduzir


completamente o calibrador na câmara;

f) Observar se tranca , verificando se a caixeta encosta na mesa de alimentação. Caso


positivo vá para o passo seguinte; caso negativo classifique o cano como “refugado”;

Armamento Leve II- Pág 191


g) Substitua o calibrador MIN pelo calibrador D5845 N MÁX;

h) Agindo na alavanca auxiliar de manejo levar o ferrolho à frente e introduzir


completamente o calibrador na câmara;

i) Observar se tranca , verificando se a caixeta encosta na mesa de alimentação. Caso


positivo classifique o cano como “refugado”; caso negativo o cano está adequado, classifique-o
como “selecionado”;

j) Recue o ferrolho e retire o calibrador MAX;

l) Monte a mola recuperadora e o bloco de fechamento.

m) Preencha o campo nº 5 com o número da Caixa da Culatra

n) Preencha o campo nº 4 com "SELECIONADO".

o) Marque o número da arma no Cano, Caixeta, Ferrolho e Tranca como indicados no


Padrão do ANEXO D.

OBSERVAÇÃO: As armas que não aceitarem nenhum cano, ainda poderão ser
adequadas, trocando-se o ferrolho ou a caixeta e, em seguida, submetidas novamente ao
processo de adequação com os canos que estiverem sobrando.

12. INSPEÇÕES NA MTR .50 M2 HB “Browning”.

Assunto: Preparação para o tiro.

APRESENTAÇÃO
A Seção de Armamento da Escola de Material Bélico elaborou a presente nota de aula,
buscando uniformizar os procedimentos relativos à preparação da Mtr .50 M2 HB para a
execução do tiro real.
Este trabalho pressupõe que a metralhadora a ser inspecionada e calibrada possua os
seus canos perfeitamente adequados e validados.
A validação e adequação de canos são realizadas pelas OM de manutenção e, em linhas
gerais, são trabalhos executados em cada arma, a fim de se obter o melhor conjunto possível.
Uma arma que não possua os seus canos perfeitamente validados e adequados pode ser objeto
de um grave acidente. Caso haja dúvidas quanto à realização desses trabalhos em uma

Armamento Leve II- Pág 192


determinada arma, não a empregue no tiro real; solicite, antes, uma inspeção específica ao órgão
de apoio de 3° escalão.
Outra observação de suma importância, diz respeito ao intercâmbio de peças entre as
armas. Cada metralhadora deve possuir dois canos a ela adequados. Nunca utilize em uma
arma, um cano pertencente à outra.
Lembre-se de que uma preparação adequada para o tiro evita acidentes e incidentes,
permite o treinamento do combatente e prolonga a vida da arma.

DESENVOLVIMENTO

Antes de ser empregada, a Mtr .50 M2 HB requer uma inspeção e duas calibragens (folga
de carregamento e tempo de percussão ou sincronismo) que são primordiais à segurança da
arma e de sua guarnição.
Os procedimentos a serem desenvolvidos neste trabalho, podem ser sintetizados nos
seguintes tópicos:

➢ Inspeções: Deve-se atentar para as seguintes peças:

1. Retém do ferrolho;
2. ressalto de rotação;
3. ressalto da tranca;
4. desvio e batentes do cartucho;
5. amortecedor de recuo;
6. mola retém do cano;.
7. tranca;
8. alojamento da tranca no ferrolho;
9. gatilho intermediário;
10. extensão do percussor.

➢ Calibragens:

1. folga de carregamento;
2. tempo de percussão ou sincronismo.

Para que se possa realizar as inspeções, deve-se desmontar a arma até o escalão
permitido. Com a arma desmontada , são iniciados os trabalhos afetos à inspeção.

1ª tarefa

Armamento Leve II- Pág 193


A primeira tarefa consiste em verificar se a porca da haste do retém do ferrolho encontra-
se contrapinada.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a haste do retém do ferrolho, a porca da haste do
retém do ferrolho e o contra-pino que imobiliza a citada porca.
Este conjunto de peças está localizado internamente na caixa da culatra, em sua parte
superior.
Esta verificação é importante, tendo em vista que, na ausência do contra-pino, a
constante vibração da arma provocada pelos tiros, pode fazer com que a porca da haste do retém
do ferrolho se desajuste. Caso isto ocorra, o retém do ferrolho sairá da sua posição correta de
funcionamento e provocará falhas na execução do tiro intermitente.
Para realizar esta verificação, você deve:
1. observar, na parte anterior e interna da placa superior da caixa da culatra, se a porca
está contrapinada;
2. caso se verifique a sua ausência do contra-pino, apertar ou afrouxar a porca até que
o seu entalhe coincida com o orifício existente na haste do retém do ferrolho;
3. a seguir, colocar um novo contra-pino com diâmetro proporcional ao do orifício.

2ª tarefa
A segunda tarefa consiste em verificar se a porca do ressalto de rotação encontra-se
contrapinada.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o ressalto de rotação, a porca do ressalto de
rotação e o contra-pino que imobiliza a citada porca.
Este conjunto de peças se localiza na lateral esquerda da caixa da culatra. O ressalto de
rotação está no interior da caixa da culatra na face esquerda; enquanto a sua porca pode ser
vista no lado externo à esquerda.
O ressalto de rotação tem a função de direcionar os movimentos do transportador-ejetor.
Na ausência do contrapino, a trepidação da arma durante o tiro, pode fazer com que a porca se
desajuste. Caso isto ocorra, o ressalto de rotação impedirá o ferrolho de ir à frente, provocando
incidentes de tiro
.
Esta tarefa pode ser realizada da seguinte forma:

1. pela face exterior esquerda, observar se a porca encontra-se contrapinada;


2. caso não esteja, alinhar um dos seus entalhes com o orifício existente na haste do
ressalto de rotação;
3. a seguir, colocar um novo contra-pino com diâmetro proporcional ao do orifício.

3ª tarefa
A terceira tarefa consiste em verificar as condições e a correta fixação do ressalto da
tranca.

Armamento Leve II- Pág 194


As peças envolvidas nesta tarefa são: o ressalto da tranca, a porca do ressalto da tranca
e o contra-pino que imobiliza a citada porca.
O ressalto da tranca está localizado no interior da caixa da culatra e a sua porca pode
ser vista externamente na face inferior da mesma.
O ressalto é uma peça fundamental ao trancamento e destrancamento da arma. Se ele
estiver frouxo no interior da caixa da culatra, certamente será danificado. Se demasiadamente
apertado, ou empenado oferecerá uma grande resistência ao movimento do sistema cano-
caixeta-ferrolho, provocando um retardo na abertura da câmara de carregamento e,
consequentemente, incidentes de tiro provocados por insuficiência de recuo.
Esta tarefa pode ser cumprida por você, da seguinte forma:

1. Observar se a porca do ressalto da tranca encontra-se contrapinada;


2. na ausência do contra-pino, apertar ou afrouxar a porca até que haja a coincidência
entre um dos seus entalhes e o orifício do parafuso do ressalto;
3. colocar um contra-pino com diâmetro proporcional ao do orifício, tendo a preocupação
de prender o contra-pino, também, na mola do ressalto da tranca.
4. observar, pela parte inferior da caixa da culatra, se o ressalto fica perfeitamente
assentado sobre a face interna da caixa da culatra.
5. se, por um acaso, houver um espaço entre as laterais do ressalto e a face interna
da caixa da culatra, é um sinal de que o ressalto está empenado. Nesse caso deve-se
substituí-lo.

4ª tarefa
A quarta tarefa consiste em verificar a correta montagem de algumas peças responsáveis
pela alimentação da arma.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o desvio e os batentes do cartucho.
Cada uma dessas peças, individualmente, será verificada.

A - Desvio
O desvio está localizado na parte superior do ferrolho e é perfeitamente identificado pela
forma circular de sua superfície.
Se estiver montado de maneira inversa ao sentido de alimentação da arma, certamente
haverá danos à alavanca do impulsor. A arma ficará indisponível.
A verificação da sua montagem pode ser feita da seguinte forma:

1. observar o posicionamento da alavanca do impulsor, montada na tampa;


2. se o seu talão estiver do lado esquerdo da tampa, a alimentação da arma está sendo
feita pela esquerda; logo, a ranhura existente no desvio deverá estar coincidindo com a letra “L”
, inscrita na superfície do ferrolho;

Armamento Leve II- Pág 195


3. se o seu talão estiver do lado direito da tampa, a alimentação da arma está sendo feita
por esse sentido; logo, a ranhura existente no desvio deverá estar coincidindo com a letra “R” ,
inscrita na mesma superfície do ferrolho;
4. se houver a necessidade de trocar a posição do desvio, basta retirar o conjunto,
colocar a caixeta- ferrolho armação da caixa da culatra, colocar o transportador-ejetor na posição
vertical, retirá-lo pelo lado esquerdo do ferrolho e, em seguida, levantar o desvio;
5. montar o desvio em sua posição correta.

B - Batente anterior e posterior esquerdo do cartucho


O batente dianteiro do cartucho se posiciona na mesa de carregamento.
Os batentes anterior e posterior esquerdo do cartucho são parecidos entre si e, se forem
montados de forma trocada, haverá uma falha na alimentação.
A maneira mais simples de verificar se a montagem dos batentes está correta é a
seguinte:

1. observar se o batente montado na parte anterior da mesa de carregamento possui, em


seu corpo, a inscrição “FRONT”;
2. caso a inscrição seja “REAR”, será necessário substituí-lo pelo batente correto;
3. a troca do batente pode ser realizada com a retirada do eixo dos batentes. Para isto,
retirar o contra-pino do citado eixo, a seguir, trocar o batente e montar o eixo e seu contra-pino;
4. na hipótese de não haver qualquer inscrição no corpo dos referidos batentes, basta
saber que o batente anterior é o de maior comprimento.

5ª tarefa
A quinta tarefa consiste em verificar a correta montagem do amortecedor de recuo.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a haste do amortecedor de recuo e a armação.
Este conjunto se localiza no interior da caixa da culatra.
O amortecedor de recuo tem dupla função: amortecer o recuo das peças móveis e auxiliar
no movimento de impulsão para a frente (recuperação) dessas mesmas peças. Sua montagem
incorreta prejudicará o funcionamento do armamento.

Esta tarefa pode ser cumprida da seguinte forma:


- verificar se a marcação em forma de seta, existente na superfície posterior do
amortecedor, está posicionada entre as marcações “C” e “O”, existente na parte posterior direita
da armação. Caso não esteja, basta girar o corpo do amortecedor até que a seta se posicione
entre as citadas marcações.

6ª tarefa
A sexta tarefa consiste em verificar se a mola retém do cano cumpre a sua finalidade de
evitar que o cano desatarraxe.

Armamento Leve II- Pág 196


As peças envolvidas nesta tarefa são: a mola retém do cano e os entalhes do cano.
A mola retém do cano se localiza na face anterior direita da caixeta.
Se o cano girar durante o tiro, afastando-se do ferrolho, a necessária distância entre ele
e o ferrolho será afetada. Com isso, a percussão do cartucho realizar-se-á sem que o mesmo
esteja totalmente introduzido na câmara, causando um acidente de proporções consideráveis.
Para executar esta tarefa, é preciso considerar os dois tipos de mola retém:
- com simples ressalto;
- com duplo ressalto.

A mola com simples ressalto é utilizada nas armas de modelos mais antigos. Ela permite
que o cano gire em qualquer situação. Pode ser usada em qualquer tipo de caixa da culatra. Este
tipo de mola oferece pouca segurança para o tiro. Por esta razão, deve-se fazer uma linha de fé
com giz entre o cano e a camisa de refrigeração, para observar se o cano está desatarraxando
e, sempre que possível, verificar a folga de carregamento nos intervalos de tiro.
A mola com duplo ressalto é utilizada nas metralhadoras mais modernas. Nessas armas,
encontramos um pequeno orifício na face anterior direita da caixa da culatra, abaixo da mesa de
carregamento. O cano só deve girar se houver coincidência entre o ressalto externo da mola e o
citado orifício.
A tarefa de verificação para este tipo de mola pode ser efetuada, por você, da seguinte
forma:

1. Com a arma montada e o conjunto cano-caixeta-ferrolho à frente, tentar desatarraxar


o cano com as mãos. Ele não deve girar;
2. se o cano girar, trocá-lo pelo seu sobressalente;
3. tentar girar o novo cano;
4. se novamente o cano girar, significa que a mola não está cumprindo a sua função de
fixá-lo;
5. neste caso, deve-se substituir a mola;
6. se o cano sobressalente não girar, significa que as ranhuras do cano principal estão
gastas;
7. neste caso, deve-se substituir o cano principal.

7ª tarefa
Terminadas as tarefas da inspeção, você deve preparar a arma para as calibragens de
folga de trancamento e de tempo de percussão, executando a montagem completa da arma.

Para a montagem, seguir-se-á a seguinte seqüência:

Armamento Leve II- Pág 197


1. montar o conjunto armação-caixeta;
2. montar o ferrolho no conjunto armação-caixeta;
3. montar o conjunto armação-caixeta-ferrolho na arma;
4. colocar a alavanca de manejo e o pino do ferrolho;
5. colocar a mola recuperadora;
6. colocar o bloco de fechamento;
7. colocar o cano. Para esta operação, é necessário que haja uma coincidência entre o
ressalto externo da mola retém do cano e o orifício existente na caixa da culatra.

Você executará, agora, as calibragens de folga de carregamento e de tempo de


percussão ou sincronismo.

A) CALIBRAGEM DA FOLGA DE CARREGAMENTO

O cano desta arma não é fixado, de forma permanente, à caixa da culatra, nem possui
uma posição previamente estabelecida em relação às peças móveis. Desta forma, dependendo
do posicionamento do cano, a distância entre a sua parte posterior e a face anterior do ferrolho
ficará fora daquela requerida para o funcionamento seguro. Se esta distância for pequena
(insuficiente), significa que o cano está demasiadamente atarraxado, não permitindo o
trancamento completo. Se for grande (excessiva), o cano está demasiadamente desatarraxado,
permitindo a percussão sem que o cartucho esteja totalmente introduzido na câmara. Em ambos
os casos, haverá sérios danos à arma. A finalidade da calibragem de folga de carregamento é
exatamente posicionar o cano corretamente em relação ao ferrolho, permitindo um
funcionamento seguro do armamento.

Para executar a calibragem de folga de trancamento, precisa-se do conjunto de


calibradores com as inscrições “Headspace .202 - GO” e “Headspace . 206 - NO GO” e seguir a
seguinte seqüência:

A) CALIBRAGEM DA FOLGA DE CARREGAMENTO

a) Agindo nas alavancas de manejo trazer o mecanismo à retaguarda e engatilhar a Mtr,


em seguida, leve o conjunto à frente agindo na tecla do retém do ferrolho;

b) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e


coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;

c) Monte o cano na arma, atarraxando-o completamente;

Armamento Leve II- Pág 198


d) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto
cano-caixeta- ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;

e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do cano aflora. Caso positivo vá para o
passo seguinte; caso negativo, o cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro.
A arma deve ser submetida a um programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção.

NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque, neste
caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de alimentação.

f) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e


coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;

g) Desatarraxe o cano de um clique;

h) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto


cano-caixeta-ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente e verifique se a caixeta
encosta na mesa de alimentação. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo
desatarraxe mais um clique, no máximo três, até que a caixeta encoste na mesa de alimentação;

i) Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e


coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida,
leve o conjunto suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa
de alimentação;
j) Levante o transportador

l) Coloque o calibre D6096 "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e
o cano e verifique se entra. Caso negativo retire tantos cliques quantos necessários, no máximo
cinco, até que o calibre D6096 "NO GO" passe entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano;
caso positivo, o cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro. A arma deve ser
submetida a um programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção

m) Atarraxe o cano de um clique;

n) Coloque o calibre D6096 "GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o


cano e verifique se passa. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe
tantos cliques quantos necessários, no máximo dois, até que o calibre D6096 "GO" passe entre
a ranhura extratora do ferrolho e o cano;

Armamento Leve II- Pág 199


o) Coloque o calibre D6096 "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho
e o cano e verifique se entra. Esse calibre não deverá passar, já que sua espessura é maior que
a do calibre “GO”. Caso passe houve erro na verificação. Certifique-se, verificando novamente.
p) Retire o elo metálico.

NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do calibre D6096
“GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e o lado do calibre “NO
GO” não passar.

B) CALIBRAGEM DE TEMPO DE PERCUSSÃO OU SINCRONISMO

A finalidade desta calibragem é, durante o tiro automático, sincronizar o


desengatilhamento com a chegada das peças móveis à frente, de forma a fazer com que a arma
só desengatilhe quando as peças móveis estiverem completamente à frente.
Para isto, você deve usar o conjunto de calibradores com as inscrições “No fire .116” e
“Fire . 020”, e seguir a seguinte seqüência:

1. retirar o bloco de fechamento;

2. retirar a mola recuperadora;

3. com o auxílio de uma chave de fenda, desatarraxar a porca de ajustagem, até que
não mais ocorra o desengatilhamento. Se houver a necessidade de engatilhar a arma durante
esta operação, basta trazer a alavanca de manejo auxiliar até a metade do seu curso e levá-la
novamente à frente.

Obs: caso o ferrolho fique preso à retaguarda, pressione, para cima, a cauda do retém
do ferrolho.

4. a seguir, continuar desatarraxando a porca de ajustagem, até que não mais ocorra o
desengatilhamento;

5. colocar o calibrador com a inscrição “Fire . 020” entre a mesa de carregamento e a


caixeta;

6. atarraxar a porca de ajustagem clique a clique, agindo simultaneamente na alavanca


do gatilho intermediário, até que ocorra o desengatilhamento;

Armamento Leve II- Pág 200


Obs: a verificação do desengatilhamento deve ser feita utilizando-se o bloco de
fechamento.

7. retirar o calibrador;
8. engatilhar a arma novamente e levar o ferrolho à frente;

9. introduzir o calibrador “No fire . 116” no mesmo local, mantendo-o nesta posição;

10. continuar atarraxando a porca de ajustagem, tendo o cuidado em contar o número


de cliques, até que ocorra novamente o desengatilhamento;

11. retirar o calibrador e engatilhar a arma;

12. desatarraxar a porca de ajustagem, considerando a metade dos cliques contados;

13. montar a mola recuperadora;

14. montar o bloco de fechamento;

15. confirmar a calibragem da seguinte forma:


- introduzir o calibrador “No fire .116” . A arma não deve desengatilhar;
- introduzir o calibrador “Fire .020” . A arma deve desengatilhar.
Obs: As metralhadoras de modelos mais antigos não possuem a porca de ajustagem
para esta calibragem. Neste caso, deve-se apenas checar se esta regulagem está correta. Se
não estiver, a arma deve ser recolhida para manutenção de 3° escalão.

Armamento Leve II- Pág 201


CAPÍTULO 08
ARMAS NÃO-CONVENIONAIS

INDICE
NO Assunto Pag

01 Introdução

02 Desmontagem

03 Desmontagem Especial

04 Montagem

05 Manejo

06 Funcionamento

07 Seguranças

08 Incidentes de Tiro

Armamento Leve II- Pág 202


INTRODUÇÃO

A presente nota de aula foi elaborada pela Seção de Armamento da Escola de Material
Bélico, com a finalidade de servir como fonte de informação para o estudo das armas leves não
convencionais, ou seja, armamento leve de não dotação do Exército Brasileiro.
Em termos de armamento individual, a pólvora foi a grande responsável pela substituição
gradual do arco-e-flecha e da balestra pelas armas de fogo curtas (Revólveres e Pistolas) e
longas (Espingardas, Mosquetões, Fuzis, etc.).
“Canhões de mão” como eram conhecidos, começaram a surgir por volta de 1450, os
Mosquetões de mecha e ação de roda já estavam em uso 100 anos depois, gradualmente foram
sendo introduzidos canos raiados, projéteis alongados e espoletas de fulminato de mercúrio,
aumentando a precisão do tiro, nascia o Fuzil. Em meados do Século XIX um grande passo foi
dado com a criação do cartucho metálico.
O crescente avanço tecnológico a partir da Segunda Guerra Mundial, evidenciou uma
grande corrida armamentista, com o desenvolvimento pelas grandes potências de artefatos de
elevado poder de destruição. Apesar dessas considerações, as armas leves não perderam a sua
importância no combate. Elas continuam sendo empregadas em todas as fases de uma guerra,
em todos os tipos de conflitos e em qualquer variedade de terreno. Seja qual for o emprego do
combatente no campo-de-batalha, ele sempre necessitará utilizar um armamento leve para sua
defesa.
Os conhecimentos e informações tratados no presente trabalho foram extraídos das
seguintes fontes de informações:
• Nota de aula “Introdução ao estudo do armamento leve”, EsMB.
• Nota de aula B1-01 “Generalidades do armamento leve”, EsMB.
• Grande enciclopédia de armas de fogo, Editora Século Futuro.
• Armas & Armas, Ronaldo Olive.
• Guia de armas de guerra, Editora Nova Cultural.
• Revistas Magnum, diversos exemplares, Editora Magnum.
• Gun, o mundo da arma ligeira, G&Z Edições Ltda.
• Munições, Editora Fittipaldi.
• Revista do Exército Brasileiro, a evolução do armamento leve, 1° trimestre
1997.
• Artigos e fotos extraídos da “Internet”.

A compreensão dos conceitos aqui transmitidos são de extrema necessidade aos


militares especializados na resolução de panes e incidentes de tiro, bem como torna importante
o aprendizado da correta manutenção a ser realizada, tornando-a uniforme, prática e mais
eficiente no âmbito do Exército Brasileiro.

BOM ESTUDO !

Armamento Leve II- Pág 203


ARMAS LEVES NÃO CONVENCIONAIS

I. GENERALIDADES

A. DEFINIÇÕES:

1. ARMAMENTO LEVE: Antes de iniciar o estudo do armamento leve não convencional,


necessário se torna que expliquemos o que seja um armamento leve.
Compreende-se por armamento leve, aqueles que possuem pesos e volumes
relativamente reduzidos, podendo ser transportados , geralmente, por um homem, ou em fardos
por mais de um, além de possuírem calibre inferior a .50 pol.
Devido a grande variedade do material bélico, existem armas que não se enquadram
perfeitamente dentro da definição. Ex. Lç Rj AT4, Lç Gr 40, espingardas cal 12, etc.
Fig 1 - Lç Gr 40 M79

2. CALIBRE: Quando se fabrica o cano de uma arma, longa ou curta, um cilindro de aço
é furado, alargado e retificado até um determinado diâmetro. Este diâmetro, antes de procedido
o raiamento, é chamado de CALIBRE REAL ou DIÂMETRO ENTRE CHEIOS. Em seguida, o
raiamento, constituído de um certo número de ranhuras de pequena profundidade, será usinado
de forma helicoidal ao longo do cano. A distância entre os fundos opostos do raiamento é
chamada de DIÂMETRO ENTRE FUNDOS e é igual ao DIÂMETRO OU CALIBRE DO
PROJÉTIL que será usado na arma. Conclui-se, portanto, que o calibre do projétil será sempre
maior que o calibre real do cano e essa diferença a mais é que irá fazer com que o projétil seja
forçado contra os cheios, neles se engrazando e passando a acompanhar a hélice segundo o
qual o raiamento foi fabricado e adquirindo, assim, a rotação necessária para sua estabilização
após sair do cano.
B. ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS:
Para fins de estudo, o armamento leve é classificado, segundo suas características
principais, em diferentes grupos.

Armamento Leve II- Pág 204


1. QUANTO AO TIPO:
a- DE PORTE: conduzidas em coldre
b- PORTÁTIL: conduzidas por um só homem, geralmente dotadas de bandoleira.
c- NÃO PORTÁTIL: conduzidas por viaturas ou divididas em fardos para dois ou mais
homens.
2. QUANTO AO EMPREGO:
a- INDIVIDUAL: quando se destina à proteção daquele que o conduz.
b- COLETIVO: quando é utilizado em benefício de um grupo de homens ou fração de
tropa.
3. QUANTO AO FUNCIONAMENTO:
a- REPETIÇÃO: funcionam pelo princípio da força muscular do atirador, que através de
suas ações desencadeará cada fase do funcionamento.
b- SEMI-AUTOMÁTICO: funcionam pelo princípio do aproveitamento dos gases
resultantes da queima da carga de projeção, o qual realiza quase todas as fases do
funcionamento, exceto o desengatilhamento.
c- AUTOMÁTICO: funcionam pelo princípio de aproveitamento dos gases da carga de
projeção, que realiza todas as fases do funcionamento.
4. QUANTO AO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
a- FORÇA MUSCULAR DO ATIRADOR: Ação sobre o gatilho.

Fig 2 – Rv Colt Python .357 Magnum

Armamento Leve II- Pág 205


• Sistema de alavanca ou “lever action” .

Fig 3 - Carabina Puma .38 SPL


• Sistema de bomba ou “pump”.

Fig 4 – Espingarda Winchester 1917 Cal 12


• Sistema de ferrolho.

Fig 5 – Fuzil de Repetição Krag-Jorgensen .30-30

b- UTILIZAÇÃO DOS GASES:


• Ação direta sobre o ferrolho ( ex. Submtr Ingram, Uru, Pst de pequeno calibre, etc.
).
• Curto recuo do cano ( Pst 9x19 parabellum, .45 ACP, etc. ).
• Tomada de gases em um ponto do cano ( ex. Fz Steyr AUG A1, Colt M 16, etc.).

5. QUANTO À AÇÃO:

Armamento Leve II- Pág 206


a- SIMPLES: a ação do atirador sobre o gatilho, só realiza o desengatilhamento ( ex. Pst
9
M973, etc. ).
b- DUPLA: estando a massa percutente em repouso, a ação do atirador sobre o gatilho,
pode realizar várias fases do funcionamento, culminando com o desengatilhamento.
c- SIMPLES E DUPLA: as duas características são reunidas em uma só arma. (ex. Pst
TAURUS PT 92 ).

6. QUANTO AO TRANCAMENTO:
a- CULATRA DESAFERROLHADA OU DESTRANCADA ( blowback ): utiliza-se do
princípio da massa ( peso do ferrolho, com auxílio das molas recuperadoras ), para retardar a
abertura.
b- CULATRA AFERROLHADA OU TRANCADA: utiliza-se do princípio de sistemas de
trancamento. ( basculante, rotativo, roletes, etc. ).

7. QUANTO À ALIMENTAÇÃO:
a- MANUAL: a munição é colocada uma de cada vez na arma.

b- COM CARREGADOR:
• Tipo lâmina ( Mosquetões ).

Fig 6 – carregador tipo lâmina

• Tipo cofre metálico ou de polímeros: - retangular ( Mtr Uzi, Fz Steyr AUG A1, etc.
).-( tambor ( Mtr Thompson, etc. ).

Armamento Leve II- Pág 207


Fig 7 – carregador tipo cofre retangular Fig 8 – carregador tipo cofre tambor

• Tipo fita de pano ( Mtr .30 ).


Fig 9 – carregador tipo fita de pano
• Tipo fita metálica de elos destacáveis ( Mtr .50, etc.). ou não destacáveis ( Mtr MAG,
etc. ).
Fig 10 – Carregador tipo fita metálica

• Tipo tubular ( Carabina Puma .38, Espingarda de Repetição Cal 12, etc. ).
Fig 11 – Carregador tipo tubular
• Tipo especial: - lâmina de adaptação da mun .45 ACP P/ Rv .45 M917 S&W

Armamento Leve II- Pág 208


-“Speed loader”: dispositivo que permite o carregamento rápido e
simultâneo de todas as câmaras de um Revólver.
Fig 12 – “Speed Loader”

8. QUANTO AO RAIAMENTO:
a- ALMA LISA:
• Cilíndrica
• Tronco-cônica
b- ALMA RAIADA:
• Sentido horário ou anti-horário
• Passo constante ou progressivo
c- ALMA POLIGONAL:

• Geralmente hexágono ou octógono retorcido

Armamento Leve II- Pág 209


Fig 13 – Alma poligonal

C. NOMENCLATURA APLICADA AO FUNCIONAMENTO:


1. ALÇA DE MIRA:
Regulável ou não, é a limitação oferecida ao olho do atirador.
2. ARMADILHA, EXTENSÃO DO GATILHO OU GATILHO INTERMEDIÁRIO:
Realiza o engatilhamento ao segurar a massa percutente.
3. CANO:
Divide-se em:
a- CÂMARA: recebe a munição e suporta a pressão inicial dos gases.
b- RAIAS: quando existentes, são sulcos internos em formato helicoidal, destinados a

imprimir rotação ao projétil.


c- CHEIOS: diametralmente opostos nos dão a dimensão do calibre.
4. CÃO, MARTELO OU MASSA PERCUTENTE:
Ao ser desengatilhado, dispara, por ação da sua mola, de encontro ao percussor.
5. CARREGADOR:
Alojamento da munição para os tiros subsequentes.
6. CORONHA:
Suporte destinado à estabilização da pontaria por apoio no ombro do atirador,
podendo ser fixa, rebatível, articulada, retrátil, destacável, etc.
Armamento Leve II- Pág 210
7. CAIXA DA CULATRA:
Invólucro metálico, disposto na parte média de uma arma longa, no interior do qual se
movimenta o ferrolho, ligando ao mesmo tempo o cano e a coronha.
8. EJETOR:
Lança para fora da arma o estojo ou cartucho.
9. EXTRATOR:
Retira o estojo ou cartucho da câmara.
10. FERROLHO:
Geralmente aloja o percussor e realiza o trancamento da arma.
11. GATILHO:
Tecla destinada ao acionamento da arma.
12. GUARDA-MÃO OU TELHA:
Em armas que necessitam o uso de duas mãos, é o apoio para a mão que não estará
acionando o gatilho. Necessário para proteger a mão do calor dissipado pelo cano da arma.
13. GUARDA-MATO:
Proteção que envolve o gatilho.
14. IMPULSOR DO FERROLHO:
Aloja o ferrolho e obriga-o a trancar ou destrancar a culatra.
15. MASSA DE MIRA:
Enquadra o alvo na visão já limitada pela alça de mira.
16. MOLA RECUPERADORA:
Atua sobre o ferrolho ou seu impulsor, (peças móveis), retardando a abertura (
principalmente em culatras desaferrolhadas), e após o término do recuo, armazena energia
suficiente para fazer as peças móveis retornarem à posição inicial.
17. PERCUSSOR:
Recebe a pancada da massa percutente e fere a cápsula do cartucho.
18. PUNHO:
Apoio para a mão que irá acionar o gatilho.
19. REGISTRO DE SEGURANÇA:
Oferece a segurança por travamento do sistema.
20. REGISTRO DE TIRO OU CHAVE SELETORA:
Permite ao atirador selecionar o regime de tiro a ser realizado:
a- SEMI-AUTOMÁTICO
b- AUTOMÁTICO
c- RAJADA CONTROLADA

21. SOLEIRA:
Torna cômodo o apoio da coronha ao ombro do atirador.

Armamento Leve II- Pág 211


D. FASES DO FUNCIONAMENTO:
1. ABERTURA:
Perda do contato entre o ferrolho e a câmara.
2. ALIMENTAÇÃO:
Ato de colocar a munição no tambor ou colocar o carregador municiado na arma.

3. APRESENTAÇÃO:
Estando a câmara vazia, é o ato realizado pelo carregador de colocar um cartucho pronto
para ser levado à câmara. No revólver, é o alinhamento do cartucho com o percussor, realizado
pelo giro do tambor.
4. CARREGAMENTO:
Realizado pelo ferrolho, é a retirada do cartucho do carregador e a introdução do mesmo
na câmara.
5. DESENGATILHAMENTO:
Perda de contato entre a massa percutente e o gatilho ou sua extensão.
6. DESTRANCAMENTO:
Operação que permite que o ferrolho possa se separar da câmara.
7. DISPARO:
Avanço da massa percutente resultado da distensão da sua mola.
8. EJEÇÃO:
Ato de expulsar o estojo deflagrado do armt, depois que o mesmo foi extraído da câmara.
9. ENGATILHAMENTO:
Massa percutente presa somente pelo gatilho ou sua extensão.
10. EXTRAÇÃO:
Divide-se em duas fases: na primeira o extrator empolga a virola do cartucho e na
segunda
o extrator retira o estojo da câmara.
11. FECHAMENTO:
O ferrolho entra em contato com a câmara.
12. PERCUSSÃO:
O percussor fere a cápsula do cartucho.
1. TRANCAMENTO:
Ligação rígida realizada entre o ferrolho e a câmara.

II. REVÓLVERES

Armamento Leve II- Pág 212


A. DEFINIÇÃO:
Arma de porte, de repetição, na qual os cartuchos são colocados num tambor atrás do
cano,
podendo o mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.

B. HISTÓRICO:
1836- Patenteado pelo Cel Samuel Colt nos EUA. Tinha uma configuração rígida e seu
carregamento era feito câmara por câmara, com os componentes individuais ( PN, PROJÉTIL,
ESPOLETA ) e o funcionamento era por ação simples.

Fig 14 – Rv Colt
1851- Robert Adams, inglês, cria o revólver de ação dupla.
1857- Expira a patente da Colt e surgem os revólveres S&W nos EUA.
1858- Surge o cartucho metálico.
1870- É criada pela S&W a ejeção automática dos estojos pelo basculamento do cano.

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Fig 15 – Rv S&W
1899- A S&W cria o basculamento lateral do tambor.

O desenvolvimento do revólver estava praticamente completo no fim do século XIX. A


partir de então, os aperfeiçoamentos estiveram mais ligados ao uso dos metais leves e cartuchos
mais poderosos, como o magnum.

C. CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS:

1. VANTAGENS:
• Grande versatilidade balística, permitindo a variação de cargas,
pois sua carga de projeção só trabalha no lançamento do projétil.
• Muito boa rusticidade e segurança, tanto em porte quanto em uso
de pronto emprego.
• Grande variedade de modelos, comprimento de canos e
empunhadura.
• Intercambiabilidade de munições.
• Manuseio simples e prático, não requerendo altos níveis de
treinamento.

2. DESVANTAGENS:
• Dificuldade de porte dissimulado.
• Pouca capacidade de munição.
• Demanda muito tempo de recarregamento.
• Não admite tiros “silenciados”.
D. MUNIÇÕES:
Munições mais utilizadas em revólveres e suas respectivas Vo :
.22………………..SHORT...............319 m/s
.22………………..LONG.RIFLE......332 m/s
.32………………..S&W............ .......215 m/s
.32………………..S&W.LONG........238 m/s
.38……..................S&W....................209 m/s
.38 …...................S&WSPECAL..….230 m/s
.357...............MAGNUM.....................376 m/s
.44...REMINGTON.MAGNUM..........411 m/s
.45 AR.ou.45ACP.comadaptdor..........253
m/s

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OBS: Estas informações são meramente comparativas. Na prática, os valores
costumam ariar consideravelmente, de fabricante para fabricante e, até mesmo, entre lotes
diversos de um mesmo fabricante. Quando possível, a velocidade inicial do projétil foi dada
com base num cano de arma típica daquele cartucho.

III. PISTOLAS
A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, de porte, que utiliza a pressão dos gases resultante da queima da carga
de projeção para seu funcionamento, podendo realizar tiros semi-automáticos ou automáticos.
Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.
B. HISTÓRICO:
1883- Andres Scharzlose, belga, propôs a utilização dos gases para uma pistola
que funcionasse pelo movimento do cano.
1891- Hugo Bochardt, norte-americano radicado na Alemanha, cria a primeira pistola e
põe
o carregador no punho.
1896- Peter Paul Mauser, alemão, amplia a capacidade de tiros e introduz o sistema de
segurança.
1898- George Luger, alemão, cria a empunhadura anatômica.
1899- John Moses Browning, norte-americano, radicado na Bélgica, reduz drasticamente
o
número de peças componentes e viabiliza a rusticidade.
1911- Browning, sugere a munição de grande impacto por ampliação de massa.( .45 ACP
).
1929- Carl Walther, alemão, introduz o sistema de dupla ação.

Fig 16 – Pst Walther P 38

1935- Browning, amplia a capacidade do carregador.

Armamento Leve II- Pág 215


Poucos foram os desenvolvimentos de alguma importância, a partir da segunda guerra
mundial. Os novos modelos são significativos por utilizarem novas técnicas (fundição de
precisão, ligas leves, utilização de polímeros, métodos e processos de fabricação), mas os
princípios de funcionamento continuam, em essência, os mesmos.
Fig 17 – Pst Glock

C. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os princípios de funcionamento mais comuns são:
• Ação direta dos gases sobre o ferrolho: ( para pequenos calibres. Ex. .22 LR -
6,35 BROWNING - 7,65 BROWNING - .380 ACP – etc. ).
• Curto recuo do cano: ( para calibres mais potentes. Ex. 9 x 19 - .40 S&W – .45
ACP ).

MUNIÇÕES:
Munições mais utilizadas e suas respectivas Vo:
• .22 SHORT...................................................319 m/s
• .22 LONG RIFLE.........................................332 m/s
• .25 ACP / 6,35 BROWNING........................232 m/s
• .32 ACP / 7,65 BROWNING.......................275 m/s
• .380 ACP / 9mm CURTO............................302 m/s
• 9x19 parabellum / 9mm LUGER.................346 m/s
• .40 S&W......................................................302 m/s
• .38 SUPER AUTO.......................................370 m/s
• 10mm AUTO...............................................370 m/s
• .45 ACP.......................................................253 m/s

IV. METRALHADORAS DE MÃO

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A. DEFINIÇÃO:
São armas de funcionamento automático, leves e simples o suficiente para serem
operadas por um único soldado e sem a necessidade de acessórios de apoio.

B. HISTÓRICO:
Utilizadas pela primeira vez em combate durante a primeira guerra mundial, para suprir
as necessidades de um grande volume de fogo a curta distância, era a única opção para tiros
contínuos, uma vez que os fuzis da época eram de repetição e tinham pouca capacidade de tiros
no carregador.
A Villar-Perosa, introduzida pelos italianos em 1915, poderia ser considerada a primeira
arma desse tipo.
Fig 18 – Mtr Villar-Perosa

C. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GERAÇÃO:


1aGERAÇÃO: pesadas, primorosamente produzidas e com material de primeira linha,
onde denota-se o emprego de usinagens e utilização de madeiras nobres. ( ex. Mtr Thompson ).
Fig 19 – Mtr .45 M928 Thompson

2a GERAÇÃO: nascidas durante a II grande guerra, utilizavam-se de materiais menos


nobres, e seu processo fabril era, invariavelmente, estampadas e as coronhas passaram a ser
articuladas. ( ex. INA, Uru, etc. ).

Armamento Leve II- Pág 217


Fig 20 – Mtr Uru
3a GERAÇÃO: foram compactadas, o ferrolho agora passou a revestir o cano, e o
carregador passou a ter seu alojamento no interior do punho, e ainda, a sua estabilidade durante
o tiro contínuo passou a ser a primeira fase do seu desenvolvimento. ( ex. Mtr Uzi, Ingram, etc.
).

Fig 21 – Mtr Uzi

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4a GERAÇÃO: (existente somente para alguns autores). O uso de polímeros especiais
tem substituído o trabalho de estamparia, (ex. Mtr Steyr Mpi 69 / MPi 81). O percussor deixa de
ser usinado ou cravado no ferrolho e passa a utilizá-lo como alojamento e apoio, permitindo
assim que o armamento funcione com a culatra fechada.

Fig 23 – Mtr Steyr MPi 81

D. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Ainda que as metralhadoras de mão tenham aparecido, ao longo dos seus mais de 80
anos de existência, em grande variedades de formatos e calibres, o seu princípio de
funcionamento permaneceu virtualmente inalterado. A quase totalidade das submetralhadoras,
tem o seu princípio de funcionamento baseado na ação direta dos gases sobre o ferrolho,
conhecido também como “blowback”.

MUNIÇÕES:
As metralhadoras de mão utilizam munições iguais as de pistola, porém as mais comuns
são: .380 ACP - .45 ACP e 9x19 PARABELLUM, sendo esta última a mais usada militarmente
em todo o mundo.
V. ESPINGARDAS

A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, comprida, portátil, com cano de alma lisa, geralmente empregada para
caçar.

B. HISTÓRICO:
Desde a sua invenção as espingardas fizeram parte das dotações armamentistas de
vários exércitos. Porém um largo passo, para tornar-se um armamento militar, foi dado na I
guerra mundial, onde as características daquele combate ( as trincheiras ), consagrou a
WINCHESTER 1897, em calibre 12 e com ação de bomba.
Já na II grande guerra, sua utilização sofreu grande declínio, as trincheiras quase não
existiam e os blindados tornariam as espingardas quase inúteis, se não fosse a utilização destas
para a guarda de instalações e campos de prisioneiros de guerra.
Armamento Leve II- Pág 219
Prestes a cair em desuso, foi extremamente reaquecida nas florestas da Corea e do
Vietnã. E hoje sofre um grande reaquecimento, devido a adoção de 2 “espingardeiros” no GC
Mariner’s dos EUA.

C. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GERAÇÃO:


1a GERAÇÃO: repetição de um ou dois canos. (paralelos ou sobrepostos ).
2a GERAÇÃO: repetição, sistema de bomba, carregador tubular.
Fig 24 – Espingarda Cal 12 de 2a geração

3a GERAÇÃO: semi-automática, carregador tubular ou cofre.

4a GERAÇÃO: reúne as características da 2a e 3a geração.

Armamento Leve II- Pág 220


D. MUNIÇÕES:
Embora já tenha existido muitos outros, atualmente os calibres mais em uso são os
seguintes:
CALIBRE DIÂMETRO INTERNO NOMINAL EM mm
12........................................................................................18,50
16........................................................................................17,00
20........................................................................................15,70
24........................................................................................14,80
28........................................................................................14,00
32........................................................................................12,80
36 ( .410 )...........................................................................10,50

OBS.: O número que indica o calibre de uma espingarda é expresso pela quantidade de
projéteis esféricos de chumbo de diâmetro igual ao do cano, necessário para formar 1 libra de
peso, ou seja, 0,454 Kg. Exemplificando: o calibre 12 tem um diâmetro interno nominal
correspondente a uma esfera de chumbo que pesa 1/12 lb, são necessárias, portanto, 12 esferas
para se atingir 1 lb.
O calibre 36 é uma exceção pois, segundo o critério acima, deveria ser calibre 67. Tendo
um diâmetro nominal de 0,410 pol, esse calibre é também designado por.410, especialmente
fora do Brasil.

VI. FUZIS DE ASSALTO

A. DEFINIÇÃO:
O fuzil de assalto é uma evolução natural e obrigatória dos “fuzis” que já na II guerra
mundial possuíam um sistema de automatismo.

B. CARACTERÍSTICAS:

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Selecionar seus tiros em intermitentes e contínuos. Possuir grande capacidade de
munição no carregador e utilizar munição de grande potência e longo alcance.

C. HISTÓRICO:
Após a II guerra mundial, os fuzis de repetição foram relegados ao segundo plano e as
pesquisas recaíram para o desenvolvimento dos novos fuzis de assalto.

EVOLUÇÃO DOS FUZIS


FUZIL DE MECHA
Dá–se ciência que em 1400, utilizava-se armas de fogo de cano longo, onde o atirador
fazia uso de um ferro incandescente para ascender o estopim, seu dispositivo de disparo
consistia no acionamento de um ferro no formato de um (S) onde se colocava o estopim, este
quando acionado girava em torno de seu eixo e introduzia a parte incandescente do estopim
dentro da caçoleta local onde era armazenada a pólvora realizando assim o tiro.
FUZIL DE RODA
Em 1630, surgiu na Alemanha, um fuzil de roda de pedra de silício como iniciador do
processo de queima da pólvora, onde esta roda de pedra era acionada a girar sobre um metal
criando centelhas que iriam acionar a carga. (Registrado num esboço de Leonardo da Vinci, na
biblioteca Ambrosiana de Milão).
FUZIL DE PEDERNEIRA
Em 1700, Ingleses e Franceses, utilizaram-se de lâminas de pedra sílex como
acionador, esta lâmina chocava-se sobre uma chapa metálica produzindo a centelha.

CARTUCHO DE PAPEL / METÁLICO


Em 1830 - já se tem ciência de armas que usavam cartucho de papel e em 1840
começam a ser produzidos os primeiros cartuchos metálicos que passam a ser utilizados por
todos os projetistas e armeiros da época, o que logicamente alimentou a idéia dos armeiros de
todo o mundo, com o grande problema que era: capacidade de tiro e o uso da arma com uma
repetição mais rápida.

SISTEMA DE ALAVANCA
Nos anos de 1860 a 1880 vários fuzis com sistema de alavanca que foram criados com
vários calibres, (50/70, 45/70,.50, .54) dentre as mais famosas está a MARLIN 1895 SS
Americana, conhecida pelo emblema de um cavaleiro a galope, está arma utilizava munição
calibre 45/70, mais no final do século XIX, começaria a fabricação das carabinas como são
conhecidas hoje pela COLT e uma das primeiras foi a COLT .44, hoje seu modelo é produzido
por vários países inclusive o BRASIL que é fabricado pela ROSSI.

Armamento Leve II- Pág 222


PROJETIL OGIVAL PONTIAGUDO
Com objetivo de alcançar maiores distâncias e manter a trajetória constante do projétil
foi desenvolvido no inicio do século XX a munição ogival pontiagudo com um universo de calibres
e Fuzis de diversas nacionalidades que foram amplamente utilizados na Primeira Grande Guerra.

FUZIS DE REPETIÇÃO ( FERROLHO )

Ainda no final do século XIX começou a aparecer os fuzis de repetição por ação de
ferrolho, onde modelos foram fabricados em vários países do mundo, principalmente na Europa
e Ásia, na Europa um dos mais renomados foi o MAUSER por parte dos alemães que utilizava
munição 7mm. Sendo utilizado na Primeira Guerra Mundial.
Já no continente norte americano foi empregado pelos Estados Unidos o fuzil KRAG-
JORGENSEN calibre 30/40 modelo 1896.
Após a primeira Grande Guerra, viu-se a necessidade de aumentar o poder de fogo das
armas portáteis, ou seja, de emprego individual, começando assim a busca de um fuzil que
aumentasse o poder de fogo em relação a capacidades tiros e a velocidade de seus disparos.

FUZIL DE CARREGAMENTO AUTOMÁTICO

Armamento Leve II- Pág 223


Sendo que em 1936 foi utilizado pela primeira vez por um Exército um fuzil com
carregamento automático o M1 GARAND .30, com capacidade de oito de tiros no carregador, já
neste fuzil nota-se a preocupação do remuniciamento, pois uma vez dado o ultimo tiro o
carregador era ejetado e o ferrolho ficava aberto, facilitando sua alimentação.
Obs: Este foi o único fuzil automático utilizado na segunda Grande Guerra.

Durante o decorrer da Segunda Grande Guerra Mundial viu-se que o volume de fogo de
armas portáteis tornou-se fundamental para conquista de objetivos, tipos localidades e área
estratégicas, tendo em vista que os combates iam tornando-se mais móveis ou seja o combate
saía das trincheiras, o que custou muito caro aos Alemães, já que a fabricação bélica germânica
só desenvolveu um fuzil automático em 1944 o MP 44, que após ser analisado por Adolf Hitler
teria dito o termo STUM-GEWEHR ou seja fuzil de assalto.
Após este pequeno prefácio, estudaremos a evolução dos fuzis de assalto, quanto ao
seu principio de funcionamento seu trancamento e a classificação por gerações destes fuzis.

FUZIS DE ASSALTO

DEFINIÇÃO:
Fuzil de assalto é o que possui capacidade de selecionar seus tiros em intermitente e
contínuos, possui grande capacidade de munição no seu carregador e sua munição tem
capacidade de abater alvos a grandes distâncias.

CARACTERISTICAS:
Os fuzis de assalto possuem varias características que os diferem dos antigos fuzis
dentre elas a principal é o aumento da capacidade de tiros, diminuição de seu comprimento,
assim como seu peso, e principalmente o aumento de polímeros na construção dessas armas.

SISTEMA DE TRANCAMENTO:

Armamento Leve II- Pág 224


Dentro do estudo da cinemática dos armamentos o que sempre denotou curiosidade e
preocupação é o tipo de trancamento utilizado por diversos fuzis, pois do trancamento vem a
segurança para o usuário.
Os tipos de trancamento mais utilizados são:
-Basculante utilizado no FAL. MD2 IMBEL
-Roletes utilizado nos fuzis HK33, HKG3
-Rotativos utilizado nos COLT, STYER AUG, AK 47

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GERAÇÃO


É importante salientar que a classificação quanto a geração dos fuzis de assalto é
utilizada de modo a auxiliar o entendimento do estudo dos fuzis, uma vez que uma fabrica
Bélica para manter o marketing de seu nome cria varias versões com diferenças na
construção de uma arma utilizando o mesmo nome sendo acrescentado

apenas um sufixo para diferencia-la do modelo anterior, assim sendo muitas


empresas utilizam o termo geração para diferenciar os variados tipos de armas.

PRIMEIRA GERAÇÃO

Podemos enquadrar como de primeira geração os fuzis que surgiram até a metade
do século XX, onde eram feitos de metais com bastante resistência, o que acarretava em
um maior peso, tais armamentos são constituídos na sua maioria por peças de aço,
utilizam como placas de guarda mão, telha e coronha madeira ou polímero, sendo este
ultimo em pequena proporção, pois a principal idéia é a rusticidade do armamento,
caracterizado ainda por um comprimento demasiado mesmo aqueles com coronha
retráteis
O principio de funcionamento destes fuzis é por tomada de gases na extensão do
cano, e este atuando sobre um êmbolo; os fuzis de primeira geração são classificados
pelo calibre que são os seguintes: 7,62x39 – 7,62x51

SEGUNDA GERAÇÃO

Caracterizamos como de segunda geração todos os fuzis de assalto com calibre


5,56 x 45, o que ocasionou um aumento considerável na capacidade de tiros por
carregador. Constituídos de ligas metálicas leves como alumínio endurecido e com
emprego amplo de polímero no seu formato.
Os fuzis de segunda geração tem seu princípio de funcionamento por tomada de gases
em um ponto do cano, e o que difere dos de primeira geração é a ausência de um êmbolo para
acionar o impulsor do ferrolho, geralmente estes fuzis recebem a ação dos gases diretamente

Armamento Leve II- Pág 225


em um estojo no impulsor como por exemplo o M 16 – AR 15, ou por ação de choque em um
pistão, proveniente da força dos gases no caso do fuzil STYER AUG.
Seu sistema de trancamento é feito na maioria das armas deste calibre por ferrolho
rotativo, com exceção do fuzil HK 33, que possui trancamento por meio de roletes.

A GERAÇÃO 7,62 x 51

O apoio mútuo ao remuniciamento, por parte dos aliados, criou seríssimos problemas
logísticos, e forçosamente passou-se a pesquisar o desenvolvimento para aquele que haveria
de tornar-se a munição dos futuros campos de batalha.

PAÍS FUZIL ANO


EUA M14 1945
BÉLGICA FAL 1948
ALEMANHA HK-G3 1959

OBS.: O FAL é adotado por mais de 90 países e produzido, sob licença por mais de 10
e o Brasil é o único país no mundo que produz o FAL em clone perfeito do belga.

Fig 25 – Fz HK G3

Por outro lado, os soviéticos desenvolveram em 1947 a munição 7,62x39 e o Fz AK 47


que viria a ser o fuzil de maior produção mundial.

Fig 26 – Fz AK 47

1. A GERAÇÃO 5,56 x 45

Armamento Leve II- Pág 226


Os EUA , baseados nas teorias do efeito hidráulico, que se produz no choque de
pequenos projéteis a velocidades muito altas, criaram a munição 5,56x45.
PAÍS FUZIL ANO
EUA M16 1959
ALEMANHA HK-G33
1963
ISRAEL GALIL-AR 1969
ITÁLIA BERETTA-AR70 1970
EUA RUGER MINI 14 1973
AUSTRIA STEYR AUG A1 1978
BÉLGICA FNC 1984
Fig 27 – Fz Steyr AUG A1

A RESPOSTA SOVIÉTICA: em contrapartida à movimentação ocidental, em torno dos


novos sistemas armamento/munição, a URSS cria em 1974 a versão atualizada do seu AK 47,
o AK 74 e uma nova, e polêmica munição, a 5,45x39 que devido a sua ponta oca e base de aço,
tem um efeito altamente traumatizante, contrariando assim a convenção de Genebra.

D. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os fuzis de assalto já produzidos no mundo, utilizam os mais diversos princípios de
funcionamento, porém os mais comuns são:
• TOMADA DE GASES EM UM PONTO DO CANO:
- Com sistema de trancamento rotativo ( ex.Fz M 16 – AR 15 – STEYR AUG A1 – etc. ).
• AÇÃO DIRETA DOS GASES SOBRE O FERROLHO:

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- Abertura retardada por roletes ( ex. Fz HK G91 ).
Fig 28 – Trancamento por roletes dos Fz HK

MUNIÇÕES :
Munições mais comuns e suas respectivas Vo.
• 5,45x39.....................................................................900 m/s
• 5,56x45 / .223 REMINGTON..................................988 m/s
• 7,62X39 / 7,62 KALASHNIKOV............................710 m/s
• 7,62x51 / 7,62 NATO / .308 WIN............................840 m/s

E. A NOVA GERAÇÃO:
Se considerarmos as armas de desenho curto, o “bullpup” ( carregador à retaguarda do
punho, ex. Fz Steyr AUG A1 ), como os últimos vestígios dentro de um desenho clássico, a
próxima geração de fuzis de assalto será constituída por armas de aspecto semelhante, que irão
disparar munição sem estojo.

Fig 29 – Fz HK G 11

O primeiro desta nova série é o Fz alemão HK G11 com sua munição 4,7x21 sem
estojo, que por si só obriga os exércitos de todo o mundo repensar no armt individual do soldado
do terceiro milênio.

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FIM

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