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Mtr 7,62 M971 “MAG” Escola de Material Bélico

ARMAMENTO LEVE
METRALHADORA 7,62 M971 “MAG” - FN 60-20 INFANTARIA

I-APRESENTAÇÃO
Quando se cogita a utilização de uma metralhadora pesada para um carro de combate
ocidental, a escolha recai fatalmente sobre a extraordinária Browning .50.
Contudo, ao se necessitar de uma arma de alta flexibilidade tática para o mesmo carro, capaz de
assumir a função de arma coaxial e até figurar como segunda metralhadora em reparo de torre, a
eleição se faz baseado em vários fatores, como por exemplo, o calibre, a capacidade de
aprovisionamento de munição, habilidade em suportar rajadas prolongadas e pouca necessidade de
manutenção a partir do 3o escalão.
Todos os fatores citados, acrescidos do peso específico do armamento, também são levados em
conta ao se buscar o equivalente para equipar as tropas de infantaria.
Graças a herança da II Guerra Mundial, onde os vencedores procuraram absorver o máximo da
inventiva existente nos territórios conquistados pelos Aliados, surgiram alguns projetos, não tão novos
assim, francamente baseados no que se havia criado “do outro lado da trincheira”.
Dentre os projetos encontrados pelos pesquisadores de material bélico, havia uma, não
propriamente novidade, que havia feito fama no campo de batalha devido a sua enorme capacidade de
destruição, acompanhada por um ruído característico, tamanha era a sua cadência de tiro: a MG 42
alemã, por si, uma evolução da não menos famosa MG 34.
O ruído característico, era o resultado dos seus 1.000 disparos por minuto.
No estudo da metralhadora MAG, que só realiza o tiro automático, temos que atentar para o
cuidado de não aquecer seu cano demasiadamente, o que se consegue com muita facilidade, evitando
rajadas prolongadas. Contudo, a remoção e a troca do cano são facílimas, graças a um sistema que
permite tal operação seja efetuada em pequeno espaço de tempo.
Outro detalhe importante é a regulagem dos gases, feita através de uma válvula que se encontra
sob o cano. Ao fazer uso desta válvula, consegue-se uma variação da cadência de 600 a 1.000 tiros por
minuto. Também devemos ressaltar a fácil desmontagem, tornando operações normais de manutenção
bem simples, além de diminuir o tempo despendido com o treinamento de recrutas.
Esta magnífica arma é utilizada em mais de 60 países, sendo o equipamento de eleição imediata
por qualquer força armada, não só pelo seu desempenho fora do comum, como também, pela
confiabilidade e grande poder de fogo.

II-CARACTERÍSTICAS
A-DESIGNAÇÃO
NEE..........................................................1005-1063-756-0
Indicativo militar ......................................Mtr 7,62 M971 “MAG”
Nomenclatura ...........................................Metralhadora 7,62 Modelo 1971 “MAG”

B-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..........................................Não portátil
Quanto ao emprego ...................................Coletivo
Quanto ao funcionamento ........................Automático
Princípio de funcionamento......................Ação dos gases, por tomada no terço médio do cano
Quanto a refrigeração ...............................A ar
Quanto a espécie de tiro ...........................Tiro direto

1 S/S Armamento Leve


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C-ALIMENTAÇÃO
Carregamento ............................................Retrocarga (mesa de alimentação)
Alimentação ...............................................Fita de elos metálicos articuláveis
Carregador .................................................Tipo caixa ou tipo cofre
Capacidade ................................................Tipo caixa: Com capacidade para 1 fita de alimentação
com 50 cartuchos
Tipo cofre: Com capacidade para 5 fitas de
alimentação totalizando 250 cartuchos
Sentido .......................................................Da esquerda para a direita

D-RAIAMENTO
Números de raias .......................................04 (quatro)
Sentido ......................................................A direita
Passo .........................................................Uma volta em 0,305 m

E-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ..............................................Tipo lâmina basculante com o cursor e visor,
graduada de 100 em 100 m e de 200 a 1800 m
Massa de Mira ...........................................Regulável em altura e direção
Ângulo de ceifa (sobre o bipé)...................± 50o
Ângulo de ceifa (sobre reparo M971 Ter)..Em direção ± 67o
Em altura ± 30o

F-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ........................................................7,62 mm
Peso da metralhadora ..................................10,800 kg
Peso do grupo do cano ................................2,800 kg
Peso do reparo M971 Ter ...........................10,450 kg
Comprimento da Mtr c/ quebra-chamas......1,255 m
Comprimento do cano .................................0,545 m
Velocidade inicial do projetil ......................840 m/s
Velocidade do tiro (regulável) ...................600 a 1000 tiros por minuto
Alcance máximo .........................................3.800 m
Alcance de utilização sobre bipé .................800 m
Alcance de utilização sobre reparo .............1.800 m

Durante a desmontagem da arma, serão mencionadas ferramentas com a nomenclatura OREA,


que vem do francês Outil de Reparation et Entretien Arme; ou seja; Ferramenta para Manutenção
e Reparação da Arma.

III-DESMONTAGEM
A-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
 Abrir a tampa da caixa da culatra, agindo nos ferrolhos de travamento.
 Trazer a alavanca de manejo completamente para a retaguarda.
 Colocar o registro de segurança, na posição de segurança “S”.
 Levantar a mesa de alimentação e verificar se a câmara está vazia.
 Colocar o registro de segurança, na posição de fogo “F”.
 Agindo na tecla do gatilho, levar as peças móveis à frente.

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B-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
1-Retirar o Cano
 Comprimir, com o polegar da mão esquerda, o botão da alavanca de retenção do anel
roscado de fixação do cano e com a mão direita dar um golpe para a esquerda no punho de
transporte.
 Levar o cano à frente liberando-o da arma.

2-Desmontar o Regulador de Gases


 Pressionando a lâmina de fixação do anel regulador de escape de gases, desatarraxá-lo
(mantendo sempre a lâmina pressionada) e retirá-lo.
 Em seguida, retira-se as meias luvas do regulador de gases e o regulador propriamente dito.

3-Retirar a Coronha
 Pressionar o retém do bloco posterior e, simultaneamente, exercer um esforço para cima
sobre a coronha, a fim de separá-la da arma.

4-Retirar o Conjunto Recuperador


 Pressionar o retém do eixo-guia do conjunto recuperador para a frente e para cima até liberá-
lo e retirar o conjunto por trás da caixa da culatra.

5-Retirar o Conjunto Êmbolo-Corrediça-Ferrolho-Culatra Móvel


 Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda e retirar o conjunto de peças por trás da caixa
da culatra.

6-Retirar o Mecanismo da Armação


 Pressionar para a direita o eixo da armação e retirá-lo.
 Girar a armação para baixo e para a frente, retirando-a.

C-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
7-Retirar o Quebra-Chamas
 Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxá-lo e retirá-lo.

8-Separar o Conjunto Êmbolo-Corrediça do Conjunto Ferrolho-Culatra Móvel


 Com um toca-pino, retirar o eixo superior da biela.
 Separar o conjunto êmbolo-corrediça do conjunto ferrolho-culatra móvel.

9-Desmontar o Extrator
 Utilizaremos a chave para desmontagem do extrator (OREA 19). Na falta desta ferramenta,
poderemos trabalhar com o raspador para limpeza do cilindro de gases, combinado com a
chave para desmontagem do extrator (OREA 78).
 Introduzir um dos ganchos da ferramenta, na ranhura existente no impulsor do extrator e o
outro na ranhura do ferrolho.
 Mantendo a ferramenta de desmontagem nesta posição, exercer pressão sobre o ferrolho de
modo a trazê-lo no prolongamento da culatra móvel.
 Retirar o extrator e liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 19), deixando o ferrolho
voltar para cima sob a ação da mola do extrator.
 Retirar o impulsor do extrator e sua mola.

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10-Retirar as Plaquetas da Armação


 Com o raspador para limpeza do cilindro de gases (OREA 78), que dispõe de uma chave de
fenda, ou com uma chave de fenda (OREA 28), retirar os parafusos das plaquetas e as
plaquetas da armação.

11-Retirar o Registro de Segurança


 Girar o registro de segurança 1/4 de volta no sentido horário e retirá-lo pela esquerda.

12-Retirar a Armadilha
 Com um toca-pino, retirar o eixo da armadilha.
 Girar a armadilha 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-la por cima, liberando-a do gancho
da armadilha.

13-Retirar a Mola da Armadilha e do Gatilho


 Com um toca-pino, retirar o eixo da mola da armadilha e do gatilho.
 Retirar a mola da armadilha e do gatilho, por cima da armação (observar a posição da
mola).

14-Retirar o Conjunto Gatilho - Gancho da Armadilha


 Com um toca-pino, retirar o eixo do gatilho.
 Retirar o gatilho e o gancho da armadilha (não separar estas peças).

D-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
15-Desmontar o Ejetor
 Adaptar a ferramenta especial para desmontagem do ejetor (OREA 15), no conjunto culatra
móvel-ferrolho.
 Comprimir o ejetor por meio da ferramenta (OREA 15), pressionando-a sobre o
ferrolho.
 Com um toca-pino apropriado e um martelo, retirar o pino de travamento do ejetor.
 Liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 15) e retirar do seu alojamento o ejetor e sua
mola.

16-Desmontar a Massa de Mira


 Adaptar a ferramenta especial para desmontagem e regulagem da massa de mira (OREA 34)
e levantar o estribo de retenção da massa de mira.
 Desatarraxar a massa de mira com a ferramenta (OREA 34).
 Desatarraxar um dos parafusos de regulagem do suporte da massa de mira com a ferramenta
(OREA 34).
 Retirar o suporte da massa de mira pelo lado oposto do parafuso retirado.

17-Retirar o Anel Roscado de Fixação do Cano


 Suspender o ferrolho da alavanca de travamento do cano.
 Com um toca-pino, afastar o pino de fixação do anel roscado.
 Desatarraxar o anel e retirá-lo.

18-Retirar a Alavanca de Travamento do Cano


 A alavanca de travamento fica livre com a retirada do anel roscado.
 Ficam livres também o ferrolho da alavanca de travamento e sua mola.

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19-Desmontar o Bipé
 Com um toca-pino, rebater o pino de travamento do bipé.
 Girar o bipé 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-lo pela frente.
 Retirar o anel-grampo do eixo das pernas do bipé.
 Retirar a porca e a arruela do eixo das pernas do bipé.
 Retirar o eixo, ficando livres a mola das pernas e as pernas do bipé.
 Girar a cabeça articulada do bipé, a fim de retirar o pino de ligação do bipé.
 Girar 1/4 de volta para qualquer lado, o eixo oco do bipé, retirando a bucha com o
mergulhador e a mola da cabeça do bipé.
 Ficam livres a cabeça principal, cabeça articulada e o eixo oco do bipé.

20-Retirar o Zarelho Anterior


 Com a retirada do pino de travamento do bipé, fica livre o zarelho anterior, que é retirado
para o lado esquerdo da arma.

21-Desmontar a Alavanca de Retenção do Anel Roscado de Fixação do Cano


 Com um toca-pino, retirar o eixo da alavanca de retenção para frente.
 Retirar a alavanca e a sua mola.

22-Desmontar a Tecla de Retenção do Bipé


 Com um toca-pino, retirar o eixo da tecla de retenção, ficando livres a tecla e a sua
mola.

23-Desmontar a Placa de Obturação do Bloco Anterior


 Introduzir um toca-pino, no furo existente na placa de obturação.
 Deslizar a placa para trás e retirá-la.

24-Desmontar a Tampa da Caixa da Culatra


 Com a tampa da caixa da culatra fechada, retirar o eixo da tampa pelo lado direito.
 Retirar a tampa e a mesa de alimentação.
 Empurrar a placa de retenção do cartucho para trás e para cima.
 Retirar a mola-lâmina de retenção da alavanca de alimentação.
 Prender a mola de retração da alavanca de alimentação e retirar a alavanca.
 Retirar a mola de retração da alavanca de alimentação.
 Retirar a mola dos ferrolhos de travamento da tampa, juntamente com os ferrolhos.
 Retirar o grampo circular das bielas, saindo todo o conjunto (bielas, impulsores e garras).
 Retirar o eixo da placa de retenção do cartucho, ficando livres a placa de retenção e suas
molas.

25-Desmontar a Garra de Travamento da Tampa


 Adaptar a ferramenta para desmontagem da garra de travamento da tampa (OREA 8), na via
de alimentação, de modo que a parte posterior da ferramenta (menor), fique apoiada sobre
as guias principais anteriores; e a parte anterior da ferramenta (maior), fique alojada na garra
de travamento.
 Pressionar a parte posterior da ferramenta (OREA 8), para baixo deixando a mesma na
posição horizontal.
 Com um toca-pino, retirar o pino de retenção da garra de travamento.
 Afrouxar gradativamente a ferramenta e retirá-la da arma.
 Retirar a garra com as suas molas.

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26-Desmontar a Aldraba da Janela de Ejeção


 Com um toca-pino, retirar o eixo da aldraba.
 Ficam livres o corpo da aldraba e a sua mola.

27-Desmontar a Alça de Mira


 Com um toca-pino, retirar o eixo da lâmina da alça de mira.
 Ficam livres o impulsor da alça de mira e sua mola.
 Retirar o parafuso de fixação do cursor da alça de mira.
 Retirar o cursor da alça de mira.

28-Desmontar a Alavanca de Manejo


 Retirar o pino de fixação do botão da alavanca de manejo.
 Retirar o botão da alavanca de manejo.
 Retirar o corpo da alavanca de manejo, puxando-o para trás.
 Retirar o pino de travamento do botão de travamento da alavanca de manejo.
 Ficam livres o botão de travamento e sua mola.

29-Desmontar o Botão de Comando da Alavanca de Alimentação


 Com um toca-pino, retirar o pino de retenção do botão de comando.
 Ficam livres o botão e sua mola.

30-Desmontar o Percussor
 Com um toca-pino, retirar o pino retentor do percussor.
 Retirar o percussor de seu alojamento.

31-Desmontar o Retém do Bloco Posterior


 Com um toca-pino, retirar o pino do retém do bloco posterior.
 Com um toca-pino, retirar o eixo do retém do bloco posterior, ficando livres o retém, a mola
e o apoio da mola.

32-Desmontar a Chapa da Soleira - Zarelho Posterior


 Com uma chave de fenda, retirar os parafusos da chapa da soleira.
 Retirar a chapa da soleira da coronha.

33-Desmontar a Coronha
 Adaptar a ferramenta especial para retirar o anel-mola do parafuso de fixação da coronha
(OREA 64) e retirá-lo.
 Adaptar a ferramenta especial para retirar a roseta do parafuso de fixação da coronha
(OREA 45) e retirá-la.
 Com uma chave de fenda, retirar o parafuso de fixação da coronha.

34-Desmontar o Amortecedor
 Fixar o bloco posterior em um torno de bancada.
 Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxar a bucha do bloco
posterior, tendo o cuidado de levantar as duas extremidades da arruela de fixação da bucha.
 Retirar as arruelas “Belleville”, em número de 11 (onze).
 Retirar o eixo-guia das arruelas.
 Retirar o anel-freio.
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 Retirar o cone de aço e o tampão.

IV-MONTAGEM
A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem, observando-se os seguintes
detalhes:
 A posição da mola da armadilha e do gatilho, com o ramo inferior, por trás do pino de apoio,
no gatilho (Veja detalhe na Fig. 10-W).
 Na montagem do extrator, atenção na correta adaptação da ferramenta especial (OREA 78), e
cuidado com a respectiva mola.
 Na montagem da mola do extrator, introduzir o lado com espira mais aberta no impulsor do
extrator e o lado com espira mais fechada no alojamento na culatra móvel.
 Na colocação do conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel na caixa da culatra, o
gatilho deve ser pressionado, e o dedo indicador, deve ser colocado entre os conjuntos, de
modo que os mesmos fiquem na horizontal e possam ser completamente introduzidos na arma.

V-FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
 Avanço das peças móveis;
 Ação dos gases; e
 Recuo das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
 Mecanismo da culatra retido, pela armadilha, na sua posição posterior (engatilhado); e
 Fita de cartuchos introduzida na arma, estando fechada a tampa da caixa da culatra.

A-Fases de Funcionamento
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Avanço das Peças Móveis e o Recuo das Peças
Móveis.
Durante o Avanço das Peças Móveis:
1-Desengatilhamento
2-Carregamento
3-Extração 1a Fase
4-Fechamento
5-Trancamento
6-Confirmação do Trancamento
7-Percussão

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Durante o Recuo das Peças Móveis:


8-Destrancamento
9-Extração Primária
10-Abertura
11-Extração 2a Fase
12-Ejeção
13-Engatilhamento

B-Avanço das Peças móveis


 O conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel encontra-se retido à retaguarda, com a
extremidade posterior da armadilha alojada no cavado existente embaixo da corrediça.
 A armadilha é mantida nesta posição, por ação de sua mola.

1-Desengatilhamento
 Ao ser acionado o gatilho, a ação deste provoca a descida da armadilha, liberando assim, a
corrediça.
 O mecanismo da culatra avança, então, sob a ação do conjunto recuperador.

2-Carregamento
 O talão da culatra móvel, encontra o culote do primeiro cartucho, retirando-o da fita e
direcionando-o para a câmara, através da rampa de alimentação (R-Fig. 1-A).

3-Extração 1a Fase
 Após o cartucho está parcialmente introduzido na câmara, o extrator se afasta e permite ao
culote do cartucho se colocar na cubeta da culatra móvel, por trás da garra do extrator (Fig.
1-B).

4-Fechamento
 No final da introdução do cartucho na câmara, a parte anterior da culatra móvel, encostará
na parte posterior do cano.
 A arma está assim fechada (Fig. 1-C).

5-Trancamento
 Quando a culatra móvel encosta na parte posterior do cano, a parte côncava do ferrolho
entra, então, em contato com as extremidades das guias principais anteriores, fixadas nas
paredes laterais da caixa da culatra, o que obriga o ferrolho a baixar-se.
 Durante este tempo, a corrediça continua seu movimento para frente e, por intermédio da
biela, abaixa ainda mais o ferrolho, cuja superfície de trancamento vem se colocar diante do
suporte de trancamento, que fica no interior da caixa da culatra.
 A arma está assim trancada (Fig. 1-D).

6-Confirmação do Trancamento

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 Após o trancamento, o conjunto êmbolo-corrediça, avança ainda uma curta distância, até a
extremidade anterior da corrediça encostar na parte posterior do cilindro de gases (Fig. 1-E).

7-Percussão
 No momento final do contato do conjunto êmbolo-corrediça com o cilindro de gases, o
percussor, que é solidário à corrediça, aflora em seu orifício de passagem na culatra móvel,
dando assim a percussão (Fig. 1-E).

C-Ação dos Gases


 Após se efetuar o disparo, no momento em que o projetil ultrapassa o orifício do cano,
correspondente à tomada de gases, uma parte dos gases passa por este orifício; para o
regulador e deste último, para o cilindro de gases.
 O êmbolo do cilindro de gases e a corrediça, que são solidários, são lançados, assim, para trás.

D-Recuo das Peças móveis


 Com a ação dos gases sobre o êmbolo, este passa a recuar, acontecendo o mesmo com a
corrediça, o ferrolho e a culatra móvel, que lhes são solidários.

8-Destrancamento
 No princípio deste movimento para trás, o conjunto êmbolo-corrediça, perde contato com a
parte posterior do cilindro de gases, que provoca o retrocesso do percussor, o qual é
solidário à corrediça, e arrasta também a biela, a qual se liga, por um lado, à corrediça e,
por outro, ao ferrolho.
 A biela atuando sobre o ferrolho, arrasta-o contra as extremidades, em forma de ressaltos,
das guias principais anteriores da culatra móvel, obrigando o ferrolho a efetuar um
deslocamento para cima, sob a ação da biela, e para trás, sob o efeito do contato entre a
parte côncava do corpo do ferrolho e os ressaltos (Fig. 1-F).

9-Extração Primária
 Tal ação da biela, provoca o arrastamento lento e progressivo do ferrolho, que, por
intermédio do extrator, “descola” o estojo da câmara (Fig. 1-F).
 É a isto que se convencionou chamar de “extração primária”, o qual permite, às armas
que a possuem, um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas,
causadoras de incidentes, como a degola do estojo.

10-Abertura
 Prosseguindo a corrediça em seu movimento de recuo, a parte posterior do ferrolho é
levantada até desprender-se completamente do suporte de trancamento, ficando
praticamente na horizontal e, a partir daí, começa a recuar também a culatra móvel, a qual
se afasta da câmara e propiciando a abertura (Fig. 1-F).

11-Extração 2a Fase
 Recuando os conjuntos êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel, este último arrasta
consigo o culote do estojo, empolgado pela garra do extrator (Fig. 1-G).

12-Ejeção
 Retirado o estojo, o ejetor situado na parte anterior da culatra móvel, acima do extrator,
pode então atuar por ação de sua mola, que estava comprimida, empurrando o estojo para
baixo, vencendo assim a força da garra do extrator.
 O estojo, é então, ejetado pela janela situada embaixo da caixa da culatra (Fig. 1-G).

9 S/S Armamento Leve


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13-Engatilhamento
 O engatilhamento, será estudado no funcionamento dos mecanismos do gatilho e do
registro de segurança (Letra G, Pág.14).

E- Mecanismo de Alimentação
 Conforme fizemos para as fases do funcionamento, vamos iniciar o estudo, com a arma
engatilhada e a fita na mesa de alimentação.

1- Posição Inicial
 O mecanismo da culatra encontra-se engatilhado, isto é, na sua posição posterior. O
mecanismo é mantido nesta posição, pela retenção da corrediça através da armadilha.
 Uma fita de alimentação M971 está introduzida na arma, estando o primeiro cartucho
colocado sobre a via de alimentação, em frente à rampa de alimentação (R-Fig.1-A); o
culote deste cartucho se encontra, pois, em frente ao talão da culatra móvel, sobre o
caminho que este vai percorrer (Figs. 2 e 3).

2-Alimentação
 A alimentação se efetua em duas fases, ocorrendo uma metade no percurso transversal da
fita de alimentação durante o avanço das peças móveis da arma e a outra metade durante o
recuo.

S/S Armamento Leve 10


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 No curso do movimento do mecanismo da culatra móvel para adiante, ocorrem as


seguintes ações:
 Quando a culatra móvel se movimenta para frente, o botão de comando da alavanca de
alimentação (A-Fig. 2), solidário com a culatra móvel, acompanha esta última em seu
movimento retilíneo.

 Na primeira metade do seu deslocamento para frente, o botão de comando da alavanca


de alimentação (A-Fig. 2) se desloca na parte axial da ranhura da alavanca de
alimentação, não transmitindo qualquer movimento às garras de alimentação. Enquanto
isso, o talão da culatra móvel (B-Figs. 3 e 4) trabalha na parte inferior do culote do
primeiro cartucho, empurrando este para fora da fita e introduzindo-o na câmara, guiado
pela rampa de alimentação (R-Fig. 1-A).
 Na segunda metade do seu deslocamento para a frente, o botão de comando da alavanca
de alimentação, movendo-se na ranhura da alavanca de alimentação, trabalha sobre a
sua parte curva e oblíqua (G-Fig. 2), obrigando a alavanca a girar em torno de seu eixo
(C-Fig. 2) e deslocando assim sua extremidade anterior (D-Fig. 2) para a direita.
 O movimento para a direita da extremidade anterior da alavanca de alimentação arrasta
as bielas superior e inferior do mecanismo de alimentação (J-Fig. 2), as quais provocam
um deslocamento, para a direita, do impulsor superior das garras de alimentação (M-

11 S/S Armamento Leve


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Fig. 2), o qual arrasta as garras anterior e posterior (4-Fig. 4), e, para a esquerda, o
impulsor inferior (L-Fig. 2), o qual arrasta a garra central de alimentação (5-Fig. 4).
 Em seu movimento para a direita, o impulsor superior, por intermédio das garras
anterior e posterior, exerce uma pressão sobre o segundo cartucho, obrigando-o a
deslocar-se transversalmente para a direita até que esteja em contato com os planos
inclinados da placa de retenção do cartucho (F-Fig. 4).

 Em seu movimento para a esquerda, o impulsor inferior arrasta a garra central (5-Fig.
4), a qual, comprimindo suas molas, liberta o segundo cartucho (Figs. 4 e 5) empurrado
para a direita pelas garras anterior e posterior do impulsor superior, para vir se colocar
por detrás desse cartucho.
 Neste momento, as três garras se encontram por trás do segundo cartucho e o
mecanismo da culatra acaba seu movimento de avanço (Fig. 5).

4-Segunda Fase - Recuo das Peças Móveis


 No curso do movimento do mecanismo da culatra para trás, ocorrem as seguintes ações:
 Após a percussão do primeiro cartucho, a culatra móvel com o botão de comando da
alavanca de alimentação são lançados para trás, deslocando-se em um movimento
retilíneo.
 Na primeira metade do deslocamento da culatra móvel para trás, o botão de comando se
desloca na parte axial da alavanca de alimentação, não transmitindo, portanto, qualquer
movimento às garras de alimentação.
 Na segunda metade do deslocamento para trás, o botão de comando (A-Fig. 6) que
corre na ranhura da alavanca de alimentação, atua sobre a parte oblíqua e curva da
alavanca (H-Fig. 6), obrigando esta a girar ao redor de seu eixo (C-Fig. 6) e
deslocando, assim, a sua extremidade anterior (D-Fig. 6) para a esquerda, isto é, em
sentido contrário ao indicado na primeira fase.

S/S Armamento Leve 12


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 Esse movimento para a esquerda da extremidade anterior da alavanca, arrasta as bielas


(J-Fig. 6), a qual provoca um deslocamento, para a esquerda, do impulsor superior (M-
Fig. 6), o qual arrasta as garras anterior e posterior (4-Fig. 7) e, para a direita, o
impulsor inferior (L-Fig. 6), o qual arrasta a garra central (5-Fig. 7).
 Em seu movimento para a direita, o impulsor inferior, por intermédio da garra central,
exerce uma pressão sobre o segundo cartucho obrigando-o a deslocar-se
transversalmente para a direita até que se encontre em frente à via de alimentação.
Durante seu deslocamento para a direita, o cartucho obriga a placa de retenção a
levantar-se e vem colocar-se debaixo dela (6-Figs. 7 e 8).

 Em seu movimento para a esquerda, o impulsor superior arrasta as garras anterior e


posterior (4-Fig. 7), as quais, comprimindo suas molas, libertam o terceiro cartucho, o
qual é arrastado para a direita em virtude de estar ligado ao segundo cartucho através
dos elos da fita de alimentação. As garras vêm, então, colocar-se por trás do terceiro
cartucho (4-Fig. 8) prontas a recomeçar o ciclo.
 O recuo total da culatra móvel provoca a abertura da via de alimentação e permite, pois,
que o segundo cartucho venha a colocar-se sobre ela, debaixo da pressão da placa de
retenção (6-Fig. 8), estando, pois, em sua posição definitiva, pronto para ser empurrado
para a câmara pela culatra móvel, quando esta novamente avançar (Fig. 8).

F-Funcionamento do Regulador de Gases


 O funcionamento do regulador de gases (Fig. 9), está baseado no escapamento, para o
exterior, do excesso dos gases resultantes da deflagração da pólvora dos cartuchos. Com
efeito, uma parte dos gases (G) segue o projetil em sua saída pelo cano, enquanto que a outra
parte penetra nos orifícios abertos na parede do cano e no bloco de cilindro de gases (a).

13 S/S Armamento Leve


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 Os gases que passam pelos orifícios referidos se introduzem no regulador (B) propriamente
dito, cujo corpo está provido de três pequenos orifícios de escape (C).
 Quando se gira a luva de comando (D) do anel regulador do escape de gases, este desloca o
anel regulador (E) ao longo da parede do bloco do cilindro de gases que abraça o regulador de
gases e assim obtura mais ou menos os três orifícios de escape do bloco, correspondentes aos
pequenos orifícios abertos no regulador. Pode-se, assim, variar a quantidade de gases que
trabalha sobre a cabeça do êmbolo (H).
 Quando o anel regulador (E) se encontra na posição em que obtura completamente os três
orifícios de escape (posição “MAX”), a quantidade de gases que atuam sobre a cabeça do
êmbolo, isto é, a destinada a fazer funcionar a arma, é a quantidade máxima. A velocidade de
tiro e a força de recuo do mecanismo, são assim, elevadas ao máximo.
 Caso contrário, isto é, caso se folgue a luva de comando (D), o anel regulador (E) se desloca
de maneira a liberar, progressivamente, o três orifícios de escape já mencionados; a
quantidade de gases que escapa para o exterior aumenta e a que trabalha sobre o êmbolo
diminui.
 Com os orifícios completamente abertos (posição “1”), obtém-se velocidade de tiro e força de
recuo mais reduzidas.

G-Funcionamento dos Mecanismos do Gatilho e do Registro de Segurança


 É concebido para assegurar:
 Uma posição de segurança mecânica, quando se empurra o eixo do registro de segurança para
a direita.
 Uma posição de tiro automático, quando se empurra o eixo do registro de segurança para a
esquerda.
 O registro não pode ocupar a posição “Segurança”, quando o mecanismo móvel está para
adiante, na posição “desengatilhado”.
 A (Fig. 10), mostra o mecanismo da culatra “engatilhado” com o registro de segurança
(K) na posição de “Segurança” (S). Nesta posição, o eixo do registro apresenta uma
superfície cheia junto ao ressalto (T) da armadilha, o que impede que esta gire, mantendo
assim a sua extremidade posterior (A) alojada na caixa do mecanismo da culatra de tal
maneira que esta extremidade retém a corrediça na sua posição recuada, mesmo quando se
atua sobre o gatilho.
 A (Fig. 11), representa o mecanismo da culatra “engatilhado”, com a corrediça na posição
recuada e o registro na posição de “Fogo” (F). O gancho (B) da armadilha e a extremidade
posterior (A) da armadilha penetram na caixa da culatra.

S/S Armamento Leve 14


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 Quando se comprime o gatilho, este gira ao redor do seu eixo (H); ao começar este
movimento de rotação, o gancho da armadilha baixa, girando em torno do seu eixo (E). Ao
mesmo tempo, o pino (D) do gatilho, o qual comanda a armadilha, se levanta e entra em
contato com a face inferior do braço anterior (1) da armadilha.
 O braço anterior é empurrado para cima e, simultaneamente, a extremidade posterior (A)
da armadilha baixa, enquanto o gancho (B) continua descendo e é arrastado para trás.
 Este movimento para trás é determinado pela ação das duas projeções (F) da armadilha,
trabalhando sobre a rampa (G) do gancho da armadilha.
 Depois de ultrapassada a parte superior desta rampa (Fig. 12), o gancho é empurrado para
a frente, pela mola do gancho, e o nariz do gancho (I) vem se colocar sob as projeções (F)
da armadilha.
 Enquanto se mantém apertado o gatilho, o gancho permanece em sua posição inferior, bem
como a extremidade posterior (A) da armadilha, esta última em conseqüência da
introdução do ressalto (T) da armadilha no vazado (K) do eixo do registro de segurança; a
corrediça pode então, mover-se livremente realizando assim, o tiro automático (Fig. 12).
 Quando se liberta o gatilho (Fig. 13), a sua parte anterior se levanta, arrastando consigo o
gancho (B) e o braço anterior (1) da armadilha, do que resulta uma maior descida da
extremidade posterior (A) da armadilha.

 O gancho (B) sobe, ficando mais elevado que a face posterior (M) da corrediça; quando
esta retrocede (Fig. 14) faz, por meio de seu ressalto, girar o gancho (B), para trás. O
gancho se liberta assim, do braço anterior (1) da armadilha, cuja mola (Z), empurra a
extremidade posterior (A) para cima, obrigando a armadilha a penetrar novamente na caixa
da culatra.

15 S/S Armamento Leve


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 A extremidade posterior (A) da armadilha, prendendo-se no vazado da corrediça, mantê-lo-


a na posição de “engatilhado”, enquanto o gancho (B), impulsionado por sua mola, volta a
tomar sua posição inicial (Fig. 15).

H-Ação da Armadilha
 O gancho da armadilha, serve para proteger esta última, contra os choques devidos aos
deslocamentos da corrediça, e para impossibilitar a colocação do registro de segurança, na
posição de segurança, quando a arma não está engatilhada.
 Qualquer que seja a ação sobre o gatilho, durante o tiro, o gancho mantém a extremidade
posterior da armadilha em sua posição baixa, evitando assim a sua avaria por ação da
corrediça.
 Quando o mecanismo da culatra está na sua posição avançada e o gatilho livre, o gancho
mantém ainda a extremidade posterior da armadilha na sua posição baixa, impedindo assim a
colocação do registro na posição de segurança; estando o ressalto da armadilha introduzido no
vazado do corpo do registro. Este dispositivo impede a avaria da armadilha se, por
inadvertência, se quiser engatilhar o mecanismo com a arma na posição de segurança.

I-Ação do Amortecedor
 O funcionamento do amortecedor (Fig. 16), dar-se-á da seguinte forma:

 Ao final de seu deslocamento para trás, a corrediça (G) vem se chocar contra o tampão do
amortecedor (A) alojado no bloco posterior e obriga o tampão a retroceder ligeiramente.
 O tampão do amortecedor comunica seu movimento ao cone de aço do amortecedor (B) que,
penetrando no anel-freio do amortecedor (C), provoca uma ligeira compressão da camada de
ar no interior do bloco posterior.
 Dilatando-se, em função dessa ação, o anel-freio faz contato com a parede do tubo (E) que
contém o dispositivo amortecedor, exercendo, assim, uma ação de frenagem a qual,
juntamente com a compressão das arruelas “Belleville” (D), amortece consideravelmente o
choque de recuo.
 Depois de comprimidas, sob a ação do choque da corrediça, as arruelas “Belleville” voltam
à sua posição inicial por si mesmas e empurram para frente o anel-freio, o cone de aço e o
tampão do amortecedor, fazendo assim, com que todo o dispositivo se rearme em sua
posição inicial.

S/S Armamento Leve 16


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Durante a desmontagem e montagem do conjunto amortecedor, deveremos atentar para os


seguintes detalhes:.
 A disposição das arruelas “Belleville”, pois a montagem incorreta das mesmas, implicará em não
amortecer devidamente o recuo da corrediça, cujo choque no tampão do amortecedor é superior a
1.000 Kg. A montagem incorreta, ocasionará a quebra do bloco posterior, ferindo gravemente o
atirador.
 Não esquecer da arruela de fixação da bucha (F-Fig. 16); pois se montarmos a bucha do bloco
posterior (H-Fig. 16) sem esta arruela, o bloco posterior também quebrará em função do recuo
da corrediça.

VI- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações diretas
com a utilização do armamento.

A-Municiar a Fita
 Com o auxílio da máquina para carregar elos metálicos M971, introduzir os cartuchos na fita.
B-Alimentar
 Abrir a tampa da caixa da culatra.
 Colocar a fita de cartuchos sobre a mesa de alimentação, de modo que o primeiro cartucho
esteja em contato com o ressalto-retém do cartucho que se encontra no lado direito da mesa de
alimentação. É aconselhável não colocar qualquer cartucho no primeiro elo da fita. Quando
se coloca a fita na arma é necessário encaixar o primeiro elo nos ressaltos existentes para esse
fim. Assim encaixada, a fita não pode soltar da arma durante as manipulações da tampa da
caixa da culatra.
 Fechar a tampa da caixa da culatra.
C-Engatilhar
 Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda.
D-Travar
 Pressionar o registro de segurança para a direita colocando na posição “S”.
E-Destravar
 Pressionar o registro de segurança para a esquerda colocando na posição “F”.
F-Disparar
 Pressionar a tecla do gatilho.
G-Escolha da Cadência de Tiro
 Agir no anel regulador de escape de gases, de modo a fechar ou abrir os orifícios de escape de
gases, aumentando ou diminuindo a cadência (variável de 600 a 1000 tiros por minuto).

H-Reforçador para o Tiro de Festim


 A metralhadora MAG, possui o reforçador para o tiro de festim M971.
 Para adaptá-lo na boca do cano, devemos desatarraxar o quebra-chamas, com auxílio da chave
de boca especial com massa (OREA 46).
 Retirá-lo e atarraxar o reforçador.

I-Manejo do Bipé
1-Preparação do Bipé para o Tiro
 Estando o bipé rebatido contra a arma, para prepará-lo para o tiro:
 Exercer uma pressão sobre a tecla de retenção do bipé e, simultaneamente, aproximar,
uma da outra, as duas pernas do bipé, a fim de desprender seus ganchos dos entalhes
abertos na parte anterior das guardas da caixa da culatra.
17 S/S Armamento Leve
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 Girar o bipé para frente.


 Sob a ação de sua mola, as pernas do bipé se afastam e, quando atingem a posição
vertical com relação à arma, seu mergulhador entra no seu alojamento, na cabeça do bipé.
 As pernas ficam assim travadas na posição de tiro.

2-Rebater o Bipé
 Estando o bipé pronto para o tiro, para rebatê-lo:
 Aproximar uma da outra, as duas pernas do bipé.
 Girar o bipé para trás até que as pernas venham a se alinhar contra a arma.
 Introduzir os ganchos das pernas do bipé nos entalhes abertos na parte anterior das
guardas da caixa da culatra.
 A tecla de retenção do bipé voltará assim, automaticamente, para o seu alojamento entre
as duas pernas do bipé, travando-o nessa posição.

J-Colocação do Carregador
 Cada arma pode ser também alimentada por meio de uma caixa metálica contendo uma fita de
50 cartuchos.
 O propósito principal deste acessório é permitir ao soldado progredir com sua arma e abrir
fogo sem ter preocupações de que a fita possa soltar da arma.

1-Colocação da Fita de 50 cartuchos na Caixa Metálica


 Para colocar a fita na caixa metálica, inicialmente, enrola-se a fita da seguinte forma:
 Estende-se a fita com a parte aberta dos elos dirigidos para baixo e a ponta dos projetis
para a frente.
 Colhe-se, em seguida, o elemento final da parte esquerda da fita, o qual deve ser colocado
sobre o elo seguinte; o processo se repete de modo a enrolar toda a fita.
 Abrir a tampa da caixa metálica, exercendo uma tração para cima, e introduzir a fita de
cartuchos.
 Fechar em seguida a tampa da caixa metálica, fazendo com que o primeiro cartucho da fita
apareça na parte superior da caixa metálica.

2-Colocação da Caixa Metálica na Arma


 A caixa metálica de alimentação é fixada na caixa da culatra, por meio de um trilho e um
retém.
 Para colocá-la na arma, deve-se:
 Introduzir o trilho na ranhura correspondente, existente na caixa da culatra.
 Guiar a caixa metálica de alimentação até que o retém se enganche por trás do botão de
retenção.

3-Alimentação da Arma
 A alimentação da arma se efetua da mesma forma que quando se emprega a fita sem a
caixa metálica, porém, é necessário exercer um movimento de tração sobre a fita, de modo
a trazer o primeiro cartucho para a correta posição de alimentação.

L-Recomendações
 Para o transporte, levar o mecanismo da culatra para a frente; para tanto, comprimir o gatilho
para libertar a corrediça. Para evitar um choque inútil ao mecanismo deve-se, enquanto se

S/S Armamento Leve 18


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comprime o gatilho, freiar com a mão, o movimento do mecanismo por meio da alavanca de
manejo.
 As partes móveis devem ser lubrificadas. Porém, quando se emprega a arma em uma região
arenosa, estas peças devem estar apenas ligeiramente lubrificadas.
 Não se deve introduzir manualmente um cartucho com a arma aquecida pelo tiro.
 Em caso de nega de fogo, deixar transcorrer pelo menos um minuto antes de abrir o
mecanismo.
 Em caso de incidente de tiro, abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita da via de
alimentação.
 Quando a arma não está atirando, a aldraba da janela de ejeção deve permanecer fechada a
fim de evitar a introdução de areia ou poeira no mecanismo. Quando se recomeça o tiro, o
atirador não deve se preocupar com a aldraba, pois a mesma abre automaticamente pelo
movimento do mecanismo da culatra.
 Deve-se ter cuidado para que as fitas não se arrastem pelo chão ou tenha contato com poeira
antes de sua introdução no mecanismo de alimentação.

VII-INCIDENTE DE TIRO
 Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o material
e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
 A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado “ação
imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
VIII-ACIDENTE DE TIRO
 Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de qualquer
natureza, para o material e/ou pessoal.
 As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma da legislação
vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza, que resulte em
inservibilidade, ou não, do material.

IX-AÇÃO IMEDIATA
 Há três séries de ações imediatas para a metralhadora MAG:

1- 1a Ação Imediata
 Realizar as seguintes operações:
1a) Manter a arma em posição de tiro.
2a) Engatilhar o mecanismo e assegurar-se que o mesmo permanece na sua posição
posterior.
3a) Colocar o registro de segurança na posição de segurança “S”.
4a) Abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita de alimentação.
5a) Colocar o registro de segurança na posição de fogo “F” e trabalhar sobre o gatilho para
fechar o mecanismo.
6a) Engatilhar novamente o mecanismo.
7a) Recolocar a fita de alimentação, assegurando-se que os primeiros cartuchos estão
corretamente colocados.
8a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
9a) Reiniciar o tiro.

2- 2a Ação Imediata

19 S/S Armamento Leve


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 Se a primeira ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:


1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Fechar o regulador de gases, de um ou dois entalhes (1 ou 2 “cliques”).
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.

3- 3a Ação Imediata
 Se a segunda ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
1a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Mudar o cano.
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
6a) Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal após a realização dessas operações,
é necessário determinar a causa do incidente e realizar a sua correção, a menos que a
correção seja operação de um escalão superior, caso em que a arma deve ser enviada
para reparos.

X-REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA


 A arma quando vem de fábrica, geralmente precisa ser regulada, isto é, necessita que o centro
médio dos impactos, deve ser levado para o centro do alvo.
 Para isso, devemos regular em direção e altura.
1-Regulagem em Direção
 A massa de mira possui lateralmente dois parafusos de regulagem, que permite deslocar os
tiros para ambos os lados.
 Cada clique dos parafusos, corresponde, no alvo, a um deslocamento lateral de 1 cm, a uma
distância de 100 m.
 Para trazer o centro dos impactos para a direita, desatarraxa-se o parafuso da esquerda e
aperta-se o da direita, tantos cliques forem necessários.
 Para a esquerda, atua-se de modo contrário ao da direita.

2-Regulagem em Altura
 A massa de mira possui uma forma retangular, que é atarraxada no bloco da massa de mira e
permite variar sua altura.
 Cada meia volta na massa de mira, corresponde, no alvo, um deslocamento vertical de 5,40
cm; a uma distância de 100 m.
 Caso se deseje trazer para baixo o centro dos impactos, devemos, com auxílio da ferramenta
especial para desmontagem e regulagem da massa de mira (OREA 34), levantar o estribo de
retenção da massa de mira e desatarraxar tantas meias voltas sejam necessárias.
 Para subir, faz-se de modo inverso.
 Estas operações devem ser realizadas por pessoal especializado e com a arma pelo menos
sobre o reparo M971 Ter, para melhor fixação.

XI-MANUTENÇÃO
 É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma automática,
deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo.

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 Quando a manutenção é bem executada, os incidentes de tiro são raros, e o desgaste da arma
decorre de sua utilização normal e ideal. É idéia errada que a arma deve estar sempre brilhando
com excesso de óleo. O óleo tem a função de proteger as partes internas da arma quando esta não
se encontra em uso e de lubrificar as partes móveis durante o tiro. O uso excessivo de óleo
facilita o acúmulo de poeira que passará a agir como abrasivo, aumentando o desgaste da arma.

A-Manutenção para o Tiro


 Desmonte a arma dentro do escalão permitido.
 Verifique se há rebarbas ou mossas nas superfícies de atrito.
 Lubrifique segundo o quadro abaixo:

PEÇAS COM LEVE CAMADA DE ÓLEO PEÇAS QUE DEVEM FICAR SECAS
 Conjunto recuperador  Cano
 Culatra móvel  Cubeta da culatra móvel
 Corrediça  Êmbolo
 Interior da caixa da culatra  Regulador do escape de gases
 Mecanismo de alimentação  Cilindro de gases
 Mecanismo de disparo  Partes externas

XII-QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
2-Câmara suja. 2-Limpar a câmara.
FALHA NA
3-Extrator defeituoso. 3-Substituir o extrator.
EXTRAÇÃO
4-Munição suja. 4-Limpar a munição.
5-Mola do extrator defeituosa. 5-Substituir a mola.
1-Percussor quebrado. 1-Substituir o percussor.
2-Sujeira no interior do mecanis- 2-Limpar o interior da arma.
FALHA NA
mo.
PERCUSSÃO
3-Orifício de passagem da ponta do 3-Desobstruir o orifício.
percussor obstruído.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
2-Caixa da culatra suja. 2-Limpar a caixa da culatra.
FALHA NA EJEÇÃO
3-Ejetor quebrado. 3-Substituir o ejetor.
4-Mola do ejetor defeituosa. 4-Substituir a mola.
1-Pino do gatilho quebrado. 1-Substituir o pino do gatilho
FALHA NO
2-Braço anterior da armadilha 2-Substituir a armadilha.
DESENGATILHAMENTO
quebrado.
FALHA NA 1-Má colocação do cartucho na fita 1-Colocar o cartucho na
ALIMENTAÇÃO de alimentação. posição correta.
2-Defeito em alguma peça do me- 2-Substituir a peça defeituosa.

21 S/S Armamento Leve


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canismo de alimentação (garras


ou molas).
3-Conjunto recuperador defeituoso. 3-Substituir o conjunto
recuperador.
4-Má colocação da fita na via de 4-Retirar a fita e colocá-la
alimentação. corretamente.
5-Elos da fita de alimentação 5-Substituir os elos.
defeituosos.
6-Cartuchos defeituosos. 6-Substituir os cartuchos.
1-Caixa da culatra ou peças do me- 1-Limpar a caixa da culatra.
canismo da culatra sujos.
2-Conjunto recuperador defeituoso. 2-Substituir o conjunto
recuperador.
TRANCAMENTO
3-Cartucho sujo ou defeituoso. 3-Limpar ou substituir o cartu-
INCOMPLETO
cho.
4-Degola do estojo. 4-Retirar o estojo da câmara.
5-Biela quebrada. 5-Substituir a biela.
6-Eixo da biela quebrado. 6-Substituir o eixo.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
2-Caixa da culatra suja. 2-Limpar a caixa da culatra.
3-Freiamento no movimento das 3-Verificar manualmente a
FALHA NO
peças móveis. razão e eliminar a causa.
RECUO
4-Peças móveis avariadas. 4-Examinar manualmente o
funcionamento e eliminar a
causa.

CONTINUAÇÃO DO QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
2-Sujeira no interior da caixa da 2-Limpar a caixa da culatra.
culatra.
FALHA NO
3-Armadilha quebrada. 3-Substituir a armadilha.
ENGATILHAMENTO
4-Registro de segurança 4-Substituir o registro de segu-
quebrado. rança.
5-Falta de lubrificação. 5-Lubrificar as peças móveis.

XIII-EMPREGO DE CALIBRADORES

1-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-se
suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:

A-Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)


 Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá penetrar no
interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos, isto é, da
câmara para a boca e da boca para a câmara, Fig.17.

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B-Calibrador 7,67 mm - CB 198 - (Diâmetro de Usura)


 É o calibrador que vai verificar a usura do cano da arma, Fig.17. O seu emprego deve ser
auxiliado por uma régua milimetrada. É utilizado da seguinte forma:
1o) Introduzir o calibrador pela boca e medir a penetração;
2o) Introduzir o calibrador pela câmara e medir a penetração, incluindo o comprimento
desta;
3o) Somar as penetrações da 1a e 2a medida;
4o) Limites:
 Se a soma for menor que 150 mm = BOA;
 Se a soma for de 150 até 200 mm = ADVERTÊNCIA;
 Se o calibrador passar em todo cano = REFUGADA.

C-Calibrador 7,80 mm - CB 199 - (Avanço de Raiamento)


 Este calibrador é empregado para confirmação do calibrador 7,67 mm, Fig.17. Se der refugo
com o 7,67 mm ou com o 7,80 mm indistintamente, a arma estará refugada (recolhida ao 4 o
escalão para a troca do cano). Este calibrador é introduzido somente pela câmara, incluindo o
comprimento desta e utilizado com os seguintes limites:
 Se a penetração for menor que 80 mm = BOA;
 Se a penetração for entre 80 a 90 mm = ADVERTÊNCIA;
 Se o penetração for maior que 90 mm = REFUGADA.

2-CALIBRADORES DE CÂMARA
É a medida a partir do diâmetro 10,16 cm, do cone de encosto do cartucho na câmara, até a face
anterior do ferrolho (apoio do culote do cartucho), estado este em uma posição de trancamento, em
contato com o seu apoio, na caixa da culatra. É verificada utilizando-se os seguintes calibradores:

A-Calibrador de folga de carregamento 41,283 mm - G 8749 - (Mínimo)

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 Este calibrador deve sempre permitir o trancamento de todas as armas, significando que a
mesma está BOA, Fig.18.

B-Calibrador de folga de carregamento 41,483 mm - G 8750 - (Máximo)


 Este calibrador não deve permitir o trancamento de uma arma nova, ou de armas reparadas
pelo último escalão. Em armas usadas, quando trancar, significa que a mesma está BOA,
Fig.18.

C-Calibrador de folga de carregamento 41,653 mm - CB 39 - (Advertência)


 Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, significa que a folga de
carregamento está próxima do limite máximo, ADVERTÊNCIA, devendo ser utilizada com
cuidado e calibrada com mais freqüência, Fig.18.

D-Calibrador de folga de carregamento 41,703 mm - CB 40 - (Refugada)


 Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, deve ser recolhida para
manutenção de 3o ou 4o escalão, significando que a arma está REFUGADA, Fig.18.

3-CALIBRADOR DE AFLORAMENTO DA PONTA DO PERCUSSOR


É a medida da saliência da ponta do percussor sobre a face anterior da culatra móvel (apoio
do culote do cartucho), na posição de percussão. É verificada pelo calibrador de afloramento da
ponta do percussor CB 189, como na Fig.19, que apresenta as seguintes dimensões:
 MÍNIMA: Saliência de 0,15 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser maior do que
esta dimensão.
 MÁXIMA: Saliência de 0,74 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser menor do que
esta dimensão.

4-CALIBRADOR DE FOLGA DO EXTRATOR


É a medida das folgas máxima e mínima, que deve existir entre a face da cubeta da culatra
móvel e a garra do extrator. A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador de folga do
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extrator G 9278 Co ou E-8000, como na Fig.20, que colocado como se fosse a virola de um
cartucho, entre a face da cubeta da culatra móvel e a garra do extrator, que deve passar livremente,
sem movimentar o extrator (sem forçar a sua mola). Este calibrador, apresenta as seguintes
dimensões:
 MÍNIMA: 1,51 mm: o calibrador deve ser introduzido entre a parede da cubeta e o extrator.

 MÁXIMA: 1,90 mm: o calibrador não deve alojar-se entre a parede da cubeta e o extrator.

XIV-RESUMO DO EMPREGO DE CALIBRADORES DA METRALHADORA MAG

CALIBRADORES MAG OBSERVAÇÕES


Deve penetrar em todo o comprimento do
CB 134 7,57 mm
cano.
Soma das penetrações pela boca + câmara.
C 7,67 mm
BOM A penetração pela câmara, também inclui o
CB 198 < 150 mm
comprimento desta.
A Soma das
Não usar a arma em tiros de precisão a mais
penetrações ADVERTÊNCIA De 150 até 200 mm
de 200 m. Recalibrar após novos tiros.
N pela boca +
câmara Penetra em todo o
O 4o ESCALÃO comprimento do R E F U G A D O
cano
7,80 mm Penetração pela câmara. A penetração pela
CB199 BOM
< 80 mm câmara, também inclui o comprimento desta.
Penetração
Não usar a arma em tiros de precisão a mais
pela ADVERTÊNCIA De 80 a 90 mm
de 200 m. Recalibrar após novos tiros.
câmara o
4 ESCALÃO > 90 mm R E F U G A D O
C G 8749 BOM 41,283 mm Sempre tranca.
 G 8750 BOM 41,483 mm Só não tranca em armas novas.
M Se trancar, é porque a folga está no limite.
A CB 39 ADVERTÊNCIA 41,653 mm
Recalibrar após novos tiros com o CB 40.

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41,703 mm
3o OU 4o
CB 40 Se trancar, recolher R E F U G A D O
R ESCALÃO
para 4o escalão
A
1- CALIBRADORES DE CANO
 CB 134 (7,57 mm ) - Diâmetro mínimo - Verifica o cobreamento e a dilatação irregular do
cano.
 CB 198 (7,67 mm ) - Diâmetro de usura - Verifica a usura do cano.
 CB 199 (7,80 mm ) - Avanço de raiamento - Confirma a usura do cano.

2- CALIBRADORES DE CÂMARA
 G 8749 (41,283 mm) - Deve trancar, BOA.
 G 8750 (41,483 mm) - Tranca com restrição, BOA.
 CB 39 (41,653 mm) - Se trancar, ADVERTÊNCIA.
 CB 40 (41,703mm) - Se trancar, REFUGADO.

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XV-VISTA EXPLODIDA DA METRALHARA MAG

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XVI-LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA METRALHADORA MAG


01-Cano 86-Mola do botão de comando da alavanca de
03-Bloco da massa de mira alimentação
05-Bloco do cilindro de gases 87-Pino de retenção do botão de comando da alavanca
08-Corpo do suporte da massa de mira de alimentação
09-Mola de travamento do parafuso de regulagem do 88-Ferrolho
suporte da massa de mira 89-Biela
10-Estribo de retenção da massa de mira 90-Semi-eixo maciço da biela
11-Eixo do estribo de retenção da massa de mira 91-Semi-eixo oco da biela
12-Parafuso de regulagem do suporte da massa de 93-Eixo superior da biela
mira 94-Mola do eixo superior da biela
13-Massa de mira 95-Extrator
14-Regulador de gases 96-Impulsor do extrator
15-Meia-luva do regulador de gases 97-Mola do extrator
16-Parafuso de comando do anel regulador de escape 98-Mola secundária do extrator
de gases 99-Percussor
17-Cavilha do anel regulador de escape de gases 100-Pino retentor do percussor
18-Arruela de regulagem do regulador 101-Ejetor
19-Anel regulador de escape de gases 102-Pino de travamento do ejetor
20-Lâmina de fixação do anel regulador de escape de 103-Mola do ejetor
gases 104-Eixo-guia anterior do recuperador
23-Chaveta do parafuso de comando do anel regulador 106-Mola do recuperador
de escape de gases 107-Eixo-guia interior do recuperador
24-Luva de comando do anel regulador de escape de 108-Guia anterior do recuperador
gases 109-Pino de fixação do guia anterior do recuperador
25-Porca de fixação do parafuso de comando do anel 110-Retém do eixo-guia do recuperador
regulador de escape de gases 111-Botão-engate do recuperador
26-Arruela de segurança do regulador 112-Alavanca de manejo
27-Alavanca de travamento do cano 113-Botão da alavanca de manejo
28-Braço do punho de transporte 114-Pino de fixação do botão da alavanca de manejo e
30-Punho de transporte de retenção do mergulhador do registro de
31-Porca de fixação do punho de transporte segurança
33-Ferrolho da alavanca de travamento do cano 115-Botão de travamento da alavanca de manejo
34-Mola do ferrolho da alavanca de travamento do 116-Mola do botão de travamento da alavanca de
cano manejo
35-Anel roscado de fixação do cano 117-Pino de travamento do botão de travamento da
36-Pino de fixação do anel roscado de fixação do cano alavanca de manejo
37-Zarelho anterior 118-Alavanca de manejo propriamente dita
41-Cilindro de gases 119-Arruela de fixação da alavanca de manejo
42-Pino de travamento do bipé propriamente dita
58-Cavilha anterior 120-Tampa
59-Carretel anterior 134-Eixo da tampa
60-Anel da cavilha anterior 135-Mola do eixo da tampa e do eixo da armação
74-Placa de obturação do bloco anterior 136-Impulsor superior de alimentação
75-Alavanca de retenção do anel roscado de fixação 137-Garra anterior de alimentação
do cano 138-Garra posterior de alimentação
76-Botão da alavanca de retenção do anel roscado de 139-Mola das garras anterior e posterior de
fixação do cano alimentação
78-Eixo da alavanca de retenção do anel roscado de 140-Eixo das garras anterior e posterior de
fixação do cano alimentação
79-Mola da alavanca de retenção do anel roscado de 141-Impulsor inferior de alimentação
fixação do cano 142-Garra central de alimentação
80-Êmbolo 143-Mola da garra central de alimentação
81-Corrediça 144-Eixo da garra central de alimentação
83-Culatra móvel 145-Biela superior de alimentação
84-Botão de comando da alavanca de alimentação 146-Biela inferior de alimentação
147-Ligação curta da biela de alimentação
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CONTINUAÇÃO DA LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA METRALHADORA MAG


148-Ligação longa da biela de alimentação 207-Retém do bloco posterior
149-Rodete da biela de alimentação 208-Mola do retém do bloco posterior
150-Grampo circular das bielas 209-Apoio da mola do retém do bloco posterior
151-Placa de retenção do cartucho 210-Eixo do retém do bloco posterior
152-Eixo da placa de retenção do cartucho 211-Pino do retém do bloco posterior
153-Mola do eixo da placa de retenção do cartucho 212-Tampão do amortecedor
154-Mola de retenção da placa de retenção do 213-Cone da aço do amortecedor
cartucho 214-Anel-freio do amortecedor
155-Alavanca de alimentação 215-Arruelas “Belleville”
159-Mola de retenção da alavanca de alimentação 216-Eixo-guia das arruelas “Belleville”
160-Ferrolho de travamento da tampa 217-Bucha do bloco posterior
161-Mola dos ferrolhos de travamento da tampa 218-Arruela de fixação da bucha do bloco posterior
162-Mola-lâmina de retenção da alavanca de 219-Cabeça principal do bipé
alimentação 220-Cabeça articulada do bipé
163-Garra de travamento da tampa 221-Eixo oco do bipé
164-Pino de retenção da garra de travamento da tampa 222-Mergulhador do bipé
165-Mola da garra de travamento da tampa 223-Mola do mergulhador do bipé
166-Aldraba da janela de ejeção 224-Bucha da cabeça do bipé
172-Eixo da aldraba da janela de ejeção 225-Mola das pernas do bipé
173-Mola da aldraba da janela de ejeção 226-Eixo das pernas do bipé
177-Plaqueta esquerda da armação 227-Arruela do eixo das pernas do bipé
178-Plaqueta direita da armação 228-Porca do eixo das pernas do bipé
179-Roseta da plaqueta direita da armação 229-Anel de segurança do eixo das pernas do bipé
180-Parafuso das plaquetas da armação 230-Perna esquerda do bipé
181-Gatilho 231-Gancho da perna esquerda do bipé
182-Gancho da armadilha 232-Perna direita do bipé
183-Mola do gancho da armadilha 233-Gancho da perna direita do bipé
184-Pino do gatilho 236-Rebite dos ganchos das pernas do bipé
186-Eixo do gancho da armadilha 237-Sapatas das pernas do bipé
188-Pino de apoio da mola da armadilha e do gatilho 238-Cavilha de ligação do rebite longo das sapatas das
189-Eixo do gatilho pernas do bipé
190-Armadilha 239-Rebite longo das sapatas das pernas do bipé
191-Mola da armadilha e do gatilho 240-Rebite curto das sapatas do bipé
192-Eixo da armadilha e da mola da armadilha 241-Pino de ligação do bipé
193-Registro de segurança 242-Tecla de retenção do bipé
196-Eixo da armação 243-Eixo da tecla de retenção do bipé
197-Lâmina da alça de mira 244-Mola da tecla de retenção do bipé
198-Cursor da alça de mira 245-Coronha
199-Parafuso de fixação do cursor da alça de mira 246-Roseta do parafuso de fixação da coronha
200-Eixo da lâmina da alça de mira 247-Parafuso de fixação da coronha
201-Impulsor da alça de mira 248-Anel-mola do parafuso de fixação da coronha
202-Mola do impulsor da alça de mira 249-Chapa da soleira
203-Ferrolho do cursor da alça de mira 250-Parafuso da chapa da soleira
204-Eixo dos ferrolhos do cursor da alça de mira 251-Quebra-chamas
205-Mola dos ferrolhos do cursor da alça de mira 254-Armação
206-Bloco posterior

FIM

29 S/S Armamento Leve

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