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MATÉRIA - ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO

UD II - METRALHADORA LEVE CALIBRE 7,62 mm

ASSUNTO
01 - Apresentação, Características, Montagem e Desmontagem

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Citar as características principais da Mtr L Cal 7,62 mm
- Identificar as peças da Mtr L Cal 7,62 mm
- Desmontar a Mtr Leve Calibre 7,62 mm
- Montar a Mtr Leve Calibre 7,62 mm.

1. APRESENTAÇÃO

A metralhadora “MAG” é uma arma coletiva, automática e foi concebida com o propósito
de colocar a disposição das tropas uma arma de apoio de Infantaria, utilizando cartucho de 7,62
mm, com grande velocidade de tiro e dispondo de uma grande reserva de potência, sua principal e
excepcional qualidade.

2. CARACTERÍSTICAS

As principais características e dados numéricos da Mtr 7.62 M971 “MAG” são:

a. Designação

Referência numérica. . . . . . . . . . . . . . .NEE 1005 1063 756


Indicativo militar. . . . . . . . . . . . . . . . . Mtr 7,62M971
Nomenclatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Metralhadora 7.62 M971 “ MAG”

b. Classificação

Quanto ao tipo. . . . . . . . . . . . . . . . . . Portátil


Quanto ao emprego. . . . . . . . . . . . . . .Coletiva
Quanto ao funcionamento. . . . . . . . . . Automática
Princípio de funcionamento. . . . . . . . . Ação dos gases por tomada, no terço médio
do cano.
Quanto a refrigeração. . . . . . . . . . . . . A ar
Quanto a espécie de tiro. . . . . . . . . . . Tiro direto

c. Alimentação

Carregamento. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . Retrocarga
Carregador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fita metálica de elos articuláveis
Capacidade. . . . . . . . . . . . . . . 50 cartuchos, por fita, acondicionadas em
cofres com capacidade de 50 ou 250 cartuchos.
Sentido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pela esquerda

d. Raiamento

Números de raias. . . . . . . . . . . . . . . . . 04 (quatro)


Sentido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Da direita para esquerda
Passo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma volta em 0,305 m
e. Aparelho de Pontaria
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Alça de mira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipo lâmina basculante com o cursor e visor,
graduados de 100 em 100 m.
Massa de mira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Regulável em altura e direção
Ângulo ceifa (sobre o bipé). . . . . . . . . . .+ ou - 50º (880 milésimos)
Ângulo de ceifa (sobre reparo
7,62 M971 Ter). . . . . . . . . . . . . . . . . . . Em direção + ou - 67º (1200 milésimos).
Em altura + ou - 30º
f. Dados Numéricos

Calibre. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . 7,62 mm
Peso da metralhadora. . . . . . . . . . . . . . . 10,8 Kg
Peso do grupo do cano. . . . . . . . . . . . . . 2,8 Kg
Peso do reparo 7.62 M971 Ter. . . . . . . . 10,45 Kg
Comprimento da Mtr com quebra chamas...1,255 m
Comprimento do cano. . . . . . . . . . . . . . . 0,545 m
Velocidade inicial do projétil. . . . . . . . . . 840 m/s
Velocidade de tiro (regulável). . . . . . . . . .600 a 1000 t/m
Alcance máximo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.800 m
Alcance/utilização sobre bipé. . . . . . . . . .. 800 m
Alcance de utilização sobre reparo. . . . . . 1800 m

g. Força Viva do Projétil a Diferentes Distâncias

Distância (m) Velocidade (m/s) Energia (Kgm)


0 840 335
100 770 281
200 700 232
500 515 126
1000 310 45
2000 188 16,7

OBS.: A energia necessária para matar um homem é de 10 Kgm.

3. DESMONTAGEM

a. Medidas Preliminares

Antes de iniciar a desmontagem da arma, as seguintes preocupações devem ser


tomadas:
- Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda
- Colocar o registro de segurança em “S”
- Abrir a tampa da caixa da culatra agindo nos ferrolhos de travamento
- Levantar a mesa de alimentação e verificar se a câmara está vazia
- Colocar o registro de segurança em “F”
- Agindo na tecla do gatilho levar as peças móveis à frente.

b. Desmontagem de 1º Escalão

A desmontagem de 1º Escalão consiste em executar as seguintes operações:

1) Retirar o quebra-chamas

- Com o auxílio da chave com bloco, desatarrachar e retirar o quebra-chamas.


2) Retirar o cano

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- Comprimir com a mão esquerda o botão da alavanca de retenção do anel
roscado de fixação do cano e com a mão direita, dar um golpe para cima no punho de transporte;
- Levar o cano à frente, liberando-o da arma.

3) Desmontar o Regulador de Gases

- Pressionando a lâmina de fixação do anel regulador, desatarrachá-lo


(mantendo sempre pressionada a lâmina) e retirá-lo.
- Retirar as meias luvas do regulador de gases;
- Retirar o regulador de gases.

4) Retirar a Coronha

- Agir fortemente sobre o retém do bloco posterior e, simultaneamente,


exercer um esforço para cima sobre a coronha, a fim de separá-la da arma.

5) Retirar o Conjunto Recuperador

- Comprimir a extremidade posterior do eixo guia das molas recuperadoras


para frente e para cima, até liberá-lo a retirar o conjunto recuperador.

6) Retirar o Conjunto Êmbolo-Corrediça-Ferrolho-Culatra Móvel

- Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda e retirar o conjunto das peças


da caixa da culatra.

7) Retirar o Mecanismo da Armação

- Pressionar para a esquerda o eixo da armação e retirá-lo;


- Girar a armação para baixo e para a frente, retirando-a.

ORDEM DAS PEÇAS APÓS A DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO

- Quebra-chamas
- Anel regulador do escape de gases
- Meias luvas do regulador de gases
- Regulador de gases
- Cano
- Coronha
- Conjunto recuperador
- Êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel
- Eixo da armação
- Armação
- Caixa da culatra-cilindro de gases-bipé

c. Desmontagem de 2º Escalão

A desmontagem de 2º Escalão, consiste em executar as seguintes operações:


1) Separar o Conjunto Êmbolo-Corrediça do Conjunto Ferrolho-Culatra Móvel

- Com o auxílio de um toca-pino ou a ponta de um projétil, retirar o eixo


superior da biela;
- Separar o conjunto ferrolho-culatra móvel do conjunto êmbolo-corrediça.

2) Desmontar o Extrator

- Para desmontar o extrator, deve ser usada a ferramenta especial...OREA 78.


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- Introduzir um dos ganchos da ferramenta na ranhura existente no impulsor
do extrator e o outro na ranhura do ferrolho.
- Mantendo a ferramenta de desmontagem nesta posição, exercer pressão
sobre o ferrolho de modo a trazê-lo no prolongamento da culatra móvel.
- Retirar o extrator e deixar o ferrolho voltar para cima sob a ação da mola do
extrator.
- Retirar o impulsor do extrator e sua mola.

3) Retirar as Plaquetas da Armação

- Com a ferramenta de desmontagem no extrator, que dispõe de uma chave de


fenda, retirar os parafusos das plaquetas.
- Retirar as plaquetas.

4) Retirar o Registro de Segurança

- Girar de ¼ de volta no sentido horário e retirá-lo pela esquerda.

5) Retirar a Armadilha

- Retirar o eixo da armadilha


- Girar a armadilha de ¼ de volta para qualquer um dos lados e retirá-la por
cima, liberando-a do gancho da armadilha.

6) Retirar a Mola da Armadilha

- Retirar o eixo da mola da armadilha.


- Retirar a mola da armadilha por cima da armação (observar a posição)

7) Retirar o Gatilho - Gancho da Armadilha

- Retirar o eixo do gatilho


- Retirar o gatilho e o gancho da armadilha (não separar estas peças)

ORDEM DAS PEÇAS APÓS A DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO

- Quebra chamas
- Anel regulador de escape de gases
- Meias luvas do regulador de gases
- Regulador de gases
- Cano
- Coronha
- Conjunto recuperador
- Eixo superior da biela
- Êmbolo - corrediça
- Extrator
- Impulsor do extrator e molas
- Culatra móvel - ferrolho - biela
- Eixo da armação
- Parafusos das plaquetas da armação
- Plaquetas de armação
- Registro de segurança
- Eixo da armadilha
- Armadilha
- Eixo da mola da armadilha
- Mola da armadilha
- Eixo do gatilho
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- Gatilho - gancho da armadilha
- Armação
+ - Caixa da culatra - cilindro de gases - bipé

4) Montagem

A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem observando-se


os seguintes detalhes:

- Montagem da mola da armadilha (posição correta);


- Montagem do extrator, tendo em vista a correta adaptação da ferramenta
especial, e cuidado com a respectiva mola.
- Na colocação do conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel na caixa
da culatra, o gatilho deve ser pressionado, e o dedo deve ser colocado entre o conjunto ferrolho-
culatra móvel e o conjunto êmbolo-corrediça, de modo que todo o conjunto possa ser
completamente introduzido na arma.
- Na montagem da mola do extrator, introduzir o lado com espira mais aberta
no impulsor do extrator e o lado com espira mais fechada no alojamento na culatra móvel.

MATÉRIA - ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


UD II - METRALHADORA LEVE CALIBRE 7,62 mm

ASSUNTO
02- Funcionamento, Incidentes de Tiro, Acessórios e Sobressalentes. Reparo: Apresentação,
Características e Nomenclatura.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar as fases do funcionamento da Mtr L Cal 7,62 mm
- Identificar e solucionar os incidentes de tiro
- Realizar as operações de manejo
- Instalar a Mtr no reparo e identificar as diversas posições.

1. FUNCIONAMENTO

Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado sob os tópicos:

- Avanço das peças móveis;


- Ação dos gases; e
- Recuo das peças móveis.

A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:

- Mecanismo da culatra retido, pela armadilha, na sua posição posterior, e


- Fita de cartucho introduzida na arma, estando fechada a tampa da caixa da culatra.

a. Fases do Funcionamento

1) Durante o avanço das peças móveis:

- desengatilhamento
- carregamento
- extração (1ª fase)
- fechamento
- trancamento
- percussão

2) Durante o recuo das peças móveis:

- destrancamento
- extração primária
- abertura
- extração (2ª fase)
- ejeção
- engatilhamento

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b. Avanço

O conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel, encontra-se retido à


retaguarda, com a extremidade posterior da armadilha no cavado existente em baixo da corrediça. A
armadilha é mantida nesta posição por sua mola.

1) Desengatilhamento

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Ao ser acionado o gatilho, a ação deste provoca a descida da armadilha,
liberando, assim, a corrediça. O mecanismo da culatra avança, então, sob a ação das molas
recuperadoras.

2) Carregamento

O talão da culatra móvel encontra o culote do primeiro cartucho empurrando-


o para a câmara (Fig 1, a). A parte côncava do ferrolho entra, então, em contato com as
extremidades das guias principais anteriores da culatra móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa
da culatra, o que obriga o ferrolho a baixar-se (Fig 1, b). Continuando seu movimento para frente, a
culatra móvel completa a introdução do cartucho na câmara.

3) Extração (1ª fase)

No final da introdução o extrator se afasta e permite ao culote do cartucho se


colocar na cubeta da culatra móvel, por trás da garra do extrator. Quando o cartucho está
completamente na câmara, com seu culote completamente alojado no respectivo alojamento, a
culatra móvel se detém contra a superfície posterior do cano.

4) Fechamento

Durante esse tempo, a corrediça continua seu movimento para frente, e por
intermédio da biela, abaixa ainda mais o ferrolho, cuja superfície de fechamento vem se colocar
diante do suporte de trancamento. A arma está assim fechada (Fig 1, c)

5) Trancamento

A corrediça continua seu movimento para a frente ainda numa curta distância,
caracterizando assim o trancamento. O movimento da corrediça para a frente se detém no momento
em que suas projeções anteriores batem na parte posterior do cilindro de gases.

6) Percussão

O movimento final da corrediça provoca a saída do percussor no orifício de


percussão na culatra móvel, o que ocasiona a percussão do cartucho (Fig 1, d).
Desta maneira, o disparo não pode ocorrer senão com a arma completamente
trancada.

c. Ação dos Gases

Após se efetuar o disparo, no momento em que o projétil ultrapasse o orifício do


cano, correspondente à tomada de gases, uma parte dos gases passa por este orifício, para o
regulador e, deste último, para o cilindro de gases. O êmbolo do cilindro e a corrediça, que são
solidários, são lançados, assim, para trás.

d. Recuo

Com a ação dos gases sobre o êmbolo, este passa a recuar, acontecendo o mesmo
com a corrediça, o ferrolho e a culatra móvel, que lhes são solidários.

1) Destrancamento

No princípio deste movimento para trás, a corrediça provoca o retrocesso do


percussor, solidário à corrediça, e arrasta a biela, a qual se liga, por um lado à corrediça e por outro
ao ferrolho.
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A biela, atuando sobre o ferrolho, arrasta-o entre as extremidades, em forma
de ressaltos, das guias principais anteriores da culatra móvel, obrigando o ferrolho a efetuar um
deslocamento para cima, sob a ação da biela, e para trás, sob o efeito do contato entre a parte
côncava do corpo do ferrolho e o ressalto.

2) Extração Primária

Tal ação da biela provoca o arrastamento lento e progressivo do corpo do


ferrolho, o qual, por intermédio do extrator, desloca o estojo da câmara. (Fig 1, e).
É a isto que se convencionou chamar de “extração primária”, que permite, às
armas que a possuem, um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas,
causadoras de incidentes.

3) Abertura

Prosseguindo a corrediça em seu movimento de recuo, a parte posterior do


ferrolho é levantada até desprender-se completamente do suporte de trancamento; a arma está
assim aberta.

4) Extração (2ª fase)

O corpo do ferrolho pode então recuar livremente, arrastando para trás a


culatra móvel, completando, assim, a extração do estojo, preso ao extrator.

5) Ejeção

Completada a extração, o ejetor expulsa, para baixo, o estojo, através da


janela de ejeção (Fig 1, f).

6) Engatilhamento

Durante seu movimento para trás, o mecanismo da culatra provoca a


compressão da mola do conjunto recuperador. No final do movimento, a corrediça se choca contra
o tampão do amortecedor, alojado no bloco posterior, o qual limita o movimento de recuo do
mecanismo.
Nesse momento, se o atirador liberou o gatilho , a corrediça se prende na
parte posterior da armadilha e o mecanismo permanece aberto e engatilhado. Se o atirador mantém
o gatilho acionado, o movimento do mecanismo para frente recomeça, tal como foi descrito.

e. Mecanismo de Alimentação

Conforme fizemos para o funcionamento, vamos iniciar o estudo com a arma


engatilhada e a fita na mesa de alimentação.

1) Posição Inicial

- O mecanismo da culatra se encontra na posição de “armado” , isto é, sua


posição posterior é mantida nessa posição pela retenção da corrediça através da armadilha.
- Uma fita de alimentação M971 está introduzida na arma, estando o primeiro
cartucho sobre a via de alimentação, em frente à rampa de indução da câmara (R, Fig. 1,a); o culote
deste cartucho se encontra, pois, em frente aos dentes de alimentação da culatra móvel, sobre o
caminho que este vai percorrer (Fig 2 e 3).

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Fig 2 Fig 3

1) Primeiro cartucho;
2) Segundo cartucho;
3) Terceiro cartucho;
4) Garra posterior de alimentação;
5) Garra central de alimentação;
6) Placa da corrediça
7) Culatra
2) Alimentação

A alimentação se efetua em duas fases, ocorrendo uma metade no percurso


transversal da fita de alimentação durante o avanço das peças móveis da arma e a outra metade
durante o recuo.

3) Primeira fase - Avanço das peças móveis

No curso do movimento do mecanismo da culatra para diante, ocorrem as


seguintes ações:
- Quando a culatra móvel se movimenta para a frente, o botão de comando de
alavanca de alimentação (A, Fig 2), solidário com a culatra, acompanha esta última em seu
movimento retilíneo.

- Na primeira metade do seu deslocamento para a frente, o botão de comando


da alavanca de alimentação (A) se desloca na parte axial da ranhura da alavanca de alimentação,
não permitindo qualquer movimento às garras de alimentação. Enquanto isso, os dentes da culatra
móvel (B, Fig 3 e 4), trabalham sobre a parte inferior do culote do primeiro cartucho, empurram
este para fora da fita e introduzem o cartucho na câmara, guiado pela rampa de alimentação (Fig 1,
a).

2) Segundo cartucho
3) Terceiro cartucho
4) Garra posterior de
alimentação
5) Garra central de alimentação
6) Placa de retração do cartucho
7) Elo desmuniciado

Fig 4

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- Na segunda metade do seu deslocamento para a frente, o botão de comando
da alavanca de alimentação, movendo-se na ranhura da alavanca de alimentação, trabalha sobre a
sua parte curva e oblíqua (G, Fig 2), obrigando a alavanca a girar em torno de seu eixo (C, Fig 2),
deslocando assim a sua extremidade anterior (D, Fig 2) para a direita.

- O movimento para a direita da extremidade anterior da alavanca de


alimentação se arrasta para as bielas superior e inferior do mecanismo de alimentação, as quais
provocam um deslocamento, para à direita, do impulsor superior das garras de alimentação, o qual
arrasta as garras anterior e posterior, e, para a esquerda, do impulsor inferior, o qual arrasta a garra
central de alimentação.

- Em seu movimento para a direita, o impulsor superior, por intermédio das


garras anterior e posterior, exerce uma pressão sobre o segundo cartucho, obrigando-o a deslocar-se
transversalmente para a direita até que esteja em contato com os planos inclinados da placa de
retenção do cartucho (F, Fig 4).

- Em seu movimento para a esquerda, o impulsor inferior arrasta a garra


central, a qual, comprimindo suas molas, liberta o segundo cartucho (Fig 4 e 5), empurra-o para a
direita pelas garras anterior e posterior, para vir se colocar por detrás desse cartucho.

- Nesse momento, as três garras se encontram por trás do segundo cartucho e


o mecanismo da culatra acaba seu movimento de avanço.

Fig 5

4) Segunda Fase - Recuo das peças móveis

No curso do movimento do mecanismo da culatra para trás, ocorrem as


seguintes ações:
- Após o disparo do primeiro cartucho, a culatra móvel, com o botão de
comando de alavanca de alimentação, é lançada para trás, deslocando-se em um movimento
retilíneo.

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Fig 6

- Na primeira metade do deslocamento para trás, o botão de comando


(A, Fig 6), que corre na ranhura da alavanca de alimentação, atua sobre a parte oblíqua e curva da
alavanca (H, Fig 6), obrigando esta a girar ao redor de seu eixo (C, Fig 6) e deslocando, assim, a sua
extremidade anterior (D, Fig 6) para a esquerda, isto é, em sentido contrário ao indicado na primeira
fase.

- Esse movimento para a esquerda da extremidade anterior da alavanca,


arrasta a biela, a qual provoca um deslocamento para a esquerda do impulsor superior, o qual arrasta
as garras anterior e posterior para a direita do impulsor inferior, o qual arrasta a garra central (Fig
6).

- Em seu movimento para a direita, o impulsor inferior, por intermédio da


garra central, exerce uma pressão sobre o segundo cartucho obrigando-o a deslocar-se
transversalmente para a direita até que se encontre em frente à via de alimentação. Durante seu
deslocamento para a direita, o cartucho obriga a placa de retenção a levantar-se e vem colocar-se
debaixo dela (Fig 7 e 8).

Fig 7

Fig 8

2) Segundo cartucho 5) Garra central de alimentação


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3) Terceiro cartucho 6) Placa de retenção do cartucho
4) Garra posterior de alimentação 7) Culatra móvel

- Em seu movimento para a esquerda, o impulsor superior arrasta as garras


anterior e posterior, as quais, comprimindo suas molas, libertam o terceiro cartucho, o qual é
arrastado para a esquerda em virtude de estar ligado ao segundo cartucho, através dos elos da fita
de alimentação. As garras vêm colocar-se por trás do terceiro cartucho (Fig 8) prontas a recomeçar
o ciclo.
- Na segunda metade do deslocamento da culatra móvel para trás, o botão de
comando se desloca na parte axial da alavanca de alimentação, não transmitindo, portanto, qualquer
movimento às garras de alimentação.

- O recuo total da culatra móvel, provoca a abertura da via de alimentação e


permite que o segundo cartucho venha a colocar-se sobre ela, debaixo da pressão da placa de
retenção, estando pois, em sua posição definitiva, pronto para ser empurrado para a câmara pela
culatra móvel, quando esta novamente avançar (Fig 8).

f. Funcionamento do Regulador de Gases (Fig 9)

O funcionamento do regulador de gases está baseado no escapamento, para o


exterior, do excesso dos gases resultantes da deflagração da pólvora dos cartuchos. Com efeito, uma
parte dos gases (G) segue o projétil em sua saída pelo cano, enquanto que a outra parte penetra nos
orifícios abertos na parede do cano e no bloco de cilindro de gases (a).

Os gases que passam pelos orifícios referidos se introduzem no regulador (b)


propriamente dito, cujo corpo está provido de três pequenos orifícios de escape (c).

Fig 9
Quando se gira a luva de comando (d) do anel regulador do escape de gases, este se
desloca ao longo da parede do bloco do cilindro de gases que abraça o regulador (e) e assim obtura
mais ou menos três orifícios de escape do bloco correspondente aos pequenos orifícios abertos no
regulador. Pode-se, assim, variar a quantidade de gases que trabalha sobre a cabeça do êmbolo.
Quando o anel regulador se encontra na posição em que obtura completamente os três orifícios de
escape (posição MAX), a quantidade de gases que atuam sobre a cabeça do êmbolo, isto é, a
destinada a fazer acionar a arma, é a quantidade máxima. A velocidade de tiro e a força de recuo do
mecanismo são, assim, elevadas ao máximo.
Caso contrário, isto é, caso se folgue a luva de comando, o anel regulador se coloca
de maneira a liberar, progressivamente, os três orifícios de escape já mencionados; a quantidade de
gases que escapa para o exterior aumenta e a que trabalha sobre o êmbolo diminui.
Com orifícios completamente abertos (posição 1), obtém-se velocidade de tiro e
força de recuo mais reduzidas.

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g. Funcionamento dos Mecanismos do Gatilho e do Registro de Segurança

É conhecido para assegurar:

- Uma posição de segurança mecânica quando se empurra o eixo do registro de


segurança para a direita.

- Uma posição de tiro automático quando se empurra o eixo do registro de segurança


para a esquerda.

O registro não pode ocupar a posição “Segurança” quando o mecanismo móvel está
para diante, na posição “não armado”.

Fig 10

A figura 10 mostra o mecanismo da culatra “armado” com o registro na posição de


segurança (S). Nesta posição, o eixo de registro apresenta uma superfície cheia junto ao ressalto (t)
da armadilha, o que impede que este gire, mantendo assim a sua extremidade posterior (a) alojada
na caixa do mecanismo da culatra, de tal maneira que esta extremidade retém a corrediça na sua
posição recuada, mesmo quando se atua sobre o gatilho. A fig 11 representa o mecanismo da
culatra “armado”, com a corrediça na posição recuada e o registro na posição de “Fogo”. O gancho
(b) da armadilha e a extremidade posterior (a) da armadilha penetram na caixa de culatra.

Fig 11

Quando se comprime o gatilho, este gira ao redor do seu eixo (c); ao começar este
movimento de rotação, o gancho da armadilha baixa, girando em torno do seu eixo (d). Ao mesmo
tempo, o pino (e) do gatilho, o qual comanda a armadilha, se levanta e entra em contato com a face
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inferior do braço anterior (1) da armadilha. O braço anterior é empurrado para cima e,
simultaneamente, a extremidade posterior (a) da armadilha baixa, enquanto o gancho (b) continua
crescendo e é arrastado para trás. Este movimento para trás é determinado pela ação das duas
projeções (f) da armadilha, trabalhando sobre a rampa (g) do gancho.

Fig 12

Depois de ultrapassada a parte superior desta rampa (Fig 12), o gancho é empurrado
para a frente, pelo ressalto do gancho, e o nariz do gancho (i) vem se colocar sob as projeções da
armadilha (f). Enquanto se mantém apertado o gatilho, o gancho permanece em sua posição
inferior, bem como a extremidade posterior (a) da armadilha, esta última em conseqüência da
introdução do ressalto (t) da armadilha no vazado (k) do eixo do registro de segurança; a corrediça
pode, então, mover-se livremente, realizando, assim, o tiro automático (Fig 12).

Fig 13

Quando se liberta o gatilho (Fig 13), sua parte anterior se levanta, arrastando consigo
o gancho (b) e o braço anterior (1) da armadilha, do que resulta uma maior descida da extremidade
posterior (a) da armadilha.

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Fig 14

O gancho (b) sobe, ficando mais elevado que a face posterior (m) da corrediça;
quando esta retrocede(Fig 14), faz, por meio de seu ressalto, girar o gancho para trás. O gancho se
liberta, assim, do braço anterior da armadilha, cujo ressalto empurra a extremidade posterior (a)
para cima, obrigando a armadilha a penetrar novamente na caixa da culatra.

A extremidade posterior (a) da armadilha, prendendo-se no vazado da corrediça,


mantê-lo-á na posição de “armado”, enquanto o gancho, impulsionado por sua mola, volta a tomar
sua posição inicial (Fig 11).

h. Ação da Armadilha

- O gancho da armadilha serve para proteger esta última contra os choques devidos
aos deslocamentos da corrediça e para impossibilitar a colocação do registro de segurança na
posição de segurança quando a metralhadora não está armada.

- Qualquer que seja a ação sobre o gatilho, durante o tiro, o gancho mantém a
extremidade posterior da armadilha em sua posição baixa, evitando assim, a sua avaria por ação da
corrediça.

- Quando o mecanismo da culatra está na sua posição avançada e o gatilho livre, o


gancho mantém ainda a extremidade posterior da armadilha na sua posição baixa, impedindo assim
a colocação do registro na posição de segurança; estando o ressalto da armadilha introduzido no
vazado do corpo do registro, este dispositivo impede a avaria da armadilha se, por inadvertência, se
quiser armar o mecanismo com a arma na posição de segurança.

i. Ação do Amortecedor

- Ao final do seu deslocamento para trás, a corrediça (G) vem se chocar contra o
tampão do amortecedor (A) alojado no bloco posterior e obriga o tampão a retroceder ligeiramente.

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16
- O tampão do amortecedor comunica seu movimento ao cone do amortecedor (B)
que, penetrando no anel-freio do amortecedor (C), provoca uma ligeira compressão da camada de ar
no interior do anel-freio.

Dilatando-se, em função dessa ação, o anel-freio faz contato com a parede do tubo
(E) que contém o dispositivo amortecedor, exercendo, assim, uma ação de freiagem a qual,
juntamente com a compreensão das arruelas “Belleville” (D), amortece consideravelmente o choque
de recuo.

- Depois de comprimidas, sob a ação do choque da corrediça, as arruelas


“Belleville” voltam à sua posição inicial por si mesmas e empurram para avante o anel-freio, o cone
e o tampão do amortecedor, fazendo assim, com que todo o dispositivo se rearme em sua posição
inicial.

2. MANEJO

As operações de manejo aqui apresentadas são apenas aquelas que têm ligações diretas com
a utilização do armamento.

a. Municiar a Fita

Com o auxílio da máquina para carregar elos metálicos, introduzir os cartuchos na


fita.

b. Alimentar

Abrir a tampa da caixa da culatra, colocar a fita sobre a mesa de alimentação, de


modo que o primeiro cartucho esteja em contato com o ressalto retém, à direita da mesa. É
aconselhável deixar o primeiro elo sem cartucho, de modo que este elo seja encaixado na mesa e
não haja deslocamento de fita durante as operações de manejo.
A seguir, fechar a tampa da caixa da culatra.

c. Carregar

Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda.

d. Travar

Pressionar o registro de segurança para a direita, colocando “S”.

e. Destravar

Pressionar o registro de segurança para a esquerda colocando em “F”.

f. Disparar

Pressionar a tecla do gatilho.

g. Escolha da Cadência

Agir no anel regulador de escape de gases de modo a fechar ou abrir os orifícios de


escape, aumentando ou diminuindo a cadência (variável de 600 a 1000 tiros por minuto).

h. Reforçador para o Tiro de Festim

A “MAG” possui o reforçador para o tiro de festim M971. Para adaptá-lo na boca do
cano devemos desatarrachar o quebra chamas, retirá-lo e atarrachar o reforçador.
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i. Manejo do Bipé

1) Preparação do bipé para o tiro.


Estando o bipé rebatido contra a arma, para prepará-lo para o tiro:

- Exercer uma pressão sobre o retém do bipé e, simultaneamente, aproximar


uma da outra as duas pernas do bipé, a fim de desprender seus ganchos dos entalhes abertos na
parede anterior das guardas da caixa da culatra.
Girar o bipé para frente; sob a ação das suas molas, as pernas do bipé se
afastam e, quando atingem a posição vertical com relação à arma, seus reténs entram nas ranhuras
da cabeça do bipé. As pernas ficam assim travadas na posição de tiro.

2) Rebater o bipé
Estando o bipé pronto para o tiro, para rebatê-lo:

- Aproximar, uma da outra, as duas pernas do bipé, o que tem por efeito
desprender os reténs das ranhuras abertas na cabeça do bipé.
- Girar o bipé para trás até que as pernas venham se alinhar contra a arma.
- Introduzir os ganchos das pernas do bipé nos entalhes abertos na parte
anterior das guardas da caixa da culatra.
- O retém do bipé voltará, assim, automaticamente, para o seu alojamento
entre as duas pernas do bipé, travando-o nessa posição.

j. Colocação do Carregador

Cada arma pode ser também alimentada por meio de uma caixa contendo uma fita de
50 cartuchos. O propósito principal deste acessório é permitir ao soldado progredir com sua arma e
abrir fogo sem ter preocupações com uma fita que se possa soltar da arma.

l. Colocação da fita de 50 cartuchos na caixa.

Para colocar a fita na caixa deve-se, inicialmente, enrolar a fita da seguinte


forma:

a) Estende-se a fita com a parte aberta dos elos dirigidos para baixo e a ponta
dos projéteis para frente;
b) Colhe-se, em seguida, o elemento final da parte esquecida da fita, o qual
deve ser colocado sobre o elo seguinte; o processo se repete de modo a enrolar toda a fita.
- Abrir a tampa da caixa, exercendo uma tração para cima, e introduzir a fita
de cartuchos.
- Fechar em seguida a tampa da caixa, fazendo com que o primeiro cartucho
da fita apareça na parte superior da caixa.

2. Colocação da caixa na arma

- A caixa de alimentação é fixada na caixa da culatra, por meio de um trilho e


um retém.
- Para colocá-la na arma, deve-se:
- Introduzir o trilho na ranhura correspondente, existente na
caixa da culatra;
- Guiar a caixa de alimentação até que o retém se enganche
por trás do botão de retenção.

3. Alimentação da arma

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A alimentação da arma se efetua da mesma forma que quando se emprega a
fita sem a caixa, porém é necessário exercer um movimento de tração sobre a fita, de modo a trazer
o primeiro cartucho para a correta posição de alimentação.

l. Recomendações

- Para o transporte, levar o mecanismo da culatra para a frente; para tanto,


comprimir o gatilho para libertar a corrediça. Para evitar um choque inútil ao mecanismo deve-se,
enquanto se comprime o gatilho, freiar o movimento do mecanismo por meio da alavanca de
manejo.
- Não se deve introduzir manualmente um cartucho com a arma aquecida pelo tiro.
- Em caso de nega de fogo, deixar transcorrer pelo menos um minuto antes de abrir o
mecanismo.
- Em caso de incidente de tiro, abrir a tampa da caixa de culatra e retirar a fita da via
de alimentação.
- Quando a arma não está atirando, a tampa protetora da janela de ejeção, deve
permanecer fechada a fim de evitar a introdução de sujeira no mecanismo. Quando se recomeça o
tiro, o atirador não deve se preocupar com a tampa, a qual se abre automaticamente pelo movimento
do mecanismo da culatra.
- Deve-se ter cuidado para que as fitas não se arrastem pelo chão antes da sua
introdução no mecanismo de alimentação.

3. INCIDENTES DE TIRO

Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o
material ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador. Um acidente de tiro é
caracterizado por um dano ao material e/ou ao atirador. No caso de acidentes, as responsabilidades
devem ser apuradas e sancionadas na forma da legislação vigente.

Na maioria dos casos, os incidentes de tiro são sanados por “ações imediatas”.

a. Há três séries de ações imediatas para a MAG:

1) 1ª Ação Imediata
Realizar as seguintes operações:

a) Manter a arma em posição de tiro;


b) Armar o mecanismo e assegurar-se que o mesmo permanece na sua
posição posterior;
c) Colocar o registro de segurança na posição de segurança;
d) Abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita de alimentação;
e) Colocar o registro de segurança na posição de fogo “F” e trabalhar sobre
o gatilho para fechar o mecanismo;
f) Armar novamente o mecanismo;
g) Recolocar a fita de alimentação, assegurando-se que os primeiros
cartuchos estão corretamente colocados;
h) Fechar a tampa da caixa da culatra;
i) Reiniciar o tiro.

2) 2ª Ação Imediata
Se a primeira ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:

a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação


imediata;
b) Fechar o regulador de gases, de um ou dois entalhes (1 ou 2 clics);
c) Recolocar a fita de alimentação;
d) Fechar a tampa da caixa da culatra;
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e) Reiniciar o tiro.

3) 3ª Ação Imediata
Se a segunda ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:

a) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata;


b) Mudar o cano;
c) Recolocar a fita de alimentação;
d) Fechar a tampa da caixa da culatra;
e) Reiniciar o tiro.

Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal após a realização dessas
operações, é necessário determinar a causa do incidente e realizar a sua correção, a menos que a
correção seja operação de um escalão superior, caso em que a arma deve ser enviada para reparos.

b. Quadro de Incidentes de Tiro

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INCIDENTE
DE TIRO CAUSAS CORREÇÃO

1) Insuficiência de gás (falta de 1) Reduzir o escape de gases


potência)
Falha na 2) Câmara suja 2) Limpar a câmara
extração 3) Extrator defeituoso (ou 3) Substituir o extrator
garra partida)
4) Munição suja 4) Limpar a munição
5) Mola do extrator defeituosa 5) Substituir a mola

1) Cartucho defeituoso 1) Extrair e ejetar o cartucho


Falha na 2) Percussor defeituoso 2) Substituir o percussor
percussão ou 3) Defeito no trancamento da 3) Limpar a arma
inflamação arma por sujeira
4) Percussão débil por sujeira 4) Limpar a arma

1) Insuficiência de gás (falta 1) Reduzir o escape de gases


de potência)
Falha na 2)Caixa da culatra suja 2) Limpar a arma
ejeção 3) Ejetor defeituoso 3) Substituir o ejetor
4) Mola do ejetor defeituoso 4) Substituir a mola
5) Extrator ou sua mola 5) Substituir o extrator ou
defeituosa sua mola

1) Má colocação do cartucho 1) Colocar o cartucho na


na fita posição correta e na fita,
e verificar a posição dos
outros
Falha na 2) Defeito em alguma peça do 2) Substituir a peça
alimentação mecanismo de alimentação defeituosa
(garras ou mola)
3) Defeito na mola recuperadora 3) Substituir a mola
recuperadora
4) Má colocação da fita na via de 4) Retirar a fita e colocá-la
alimentação corretamente. Refugar a
fita e recolhê-la para
reparação e substituição
do elo
5) Elos defeituosos 5) Substituir os elos
6) Cartuchos defeituosos 6) Substituir os cartuchos

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CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR

INCIDENTE DE
TIRO CAUSAS CORREÇÃO

1) Regulagem de gases defeituosa 1) Corrigir a regulagem


2) Sujeira na arma 2) Limpara a arma
Falha do 3) Freiamento no movimento das 3)Comprovar,manualmente
recuo peças razão e eliminar a causa
4) Peças avariadas 4)Examinar,manualmente o
funcionamento e eliminar
a causa

Recuo lento ou 1) Insuficiência de gases 1) Reduzir o escape de gases


ausência de 2) Presença de corpo estranho 2) Examinar a arma e eliminar
imobilização do o corpo estranho
mecanismo, na 3) Peça do mecanismo do gatilho e 3) Substituir a peça
posição atrás, segurança defeituosa
quando se parou 4) Insuficiência de lubrificação 4) Lubrificar as peças do
de apertar o gatilho mecanismo móvel

1) Caixa da culatra ou peça do 1) Limpar a arma


mecanismo da culatra suja
Trancamento 2) Mola recuperadora defeituosa 2) Substituir a mola
Incompleto 3) Cartuchos sujos ou defeituosos 3)Substituir os cartuchos
4) Ruptura do estojo o cartucho; 4) a) Se a arma não está
o cartucho seguinte não se aquecida ou está pouco
introduz completamente na aquecida pelo tiro: Armar
câmara o mecanismo a fim de
expulsar o cartucho; em
caso de dificuldades para
armar o mecanismo, dar
pequenas pancadas sobre
a alavanca de manejo
usando um pedaço de
madeira.Se armado o
mecanismo, o estojo
avariado não for extraído
colocar a arma em posição
de segurança retirar o cano
e extrair o estojo por meio
do saca-estojo

CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR

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INCIDENTE DE
TIRO CAUSAS CORREÇÃO

b) Se a arma está fortemente


aquecida pelo tiro. Deixar
transcorrer dois minutos
antes de efetuar a mesma
manobra anteriormente
descrita. Com isto evita-se
a possibilidade de uma
deflação eventual da
cápsula por efeito do calor.

4. MANUTENÇÃO

É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma automática,
deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo. A manutenção de serviço é
função da manutenção orgânica. Quando esta é bem executada, os incidentes de tiro são raros, e o
desgaste da arma decorre de sua utilização normal e ideal. É idéia errada que a arma deve estar
sempre brilhando com excesso de óleo. O óleo tem a função de proteger as partes internas da arma
quando esta não se encontra em uso e de lubrificar as partes móveis durante o tiro. O uso excessivo
de óleo facilita o acúmulo de poeira que passará a agir como abrasivo, aumentando o desgaste da
arma.
a. Manutenção para o Tiro

- Desmonte a arma dentro do escalão permitido


- Verifique se há rebarbas ou mossas nas superfícies de atrito
- Lubrifique segundo o quadro abaixo:

PEÇAS COM LEVE CAMADA DE ÓLEO PEÇAS QUE DEVEM FICAR SECAS

Conjunto recuperador Cano


Culatra móvel Alojamento do culote
Corrediça Êmbolo
Interior da caixa da culatra Regulador do espaço de gases
Mecanismo de alimentação Cilindro de gases
Mecanismo de disparo Partes externas

- Monte a arma.

b. MANUTENÇÃO APÓS O TIRO

- Limpar cuidadosamente o cano com auxílio da escova de polo e querosene.


A vareta de limpeza deve ser introduzida sempre da câmara para a boca da arma.

- Dentro da desmontagem permitida, limpar as peças com querosene.


- A MAG possui como acessório uma bolsa de ferramentas para 1º escalão, contendo
ferramentas de limpeza.

5. ACESSÓRIOS E SOBRESSALENTES

A metralhadora é dotada de acessórios e sobressalentes para aumento de eficiência e


flexibilidade de emprego, bem como para possibilitar a execução correta da manutenção.

- Reparo M971 terrestre


- Máquina para carregar elos metálicos
- Reforçador para o tiro de festim M971
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- Bandoleira M971
- Fita de alimentação M971
- Cofre de Munição
- Carregador M971
- Cano de troca
- Estojo para cano de troca
- Estojo de limpeza e de acessórios, contendo:
* Alicate de dentes para o regulador de gases;
* Raspador para o regulador de gases;
* Combinado raspador-toca-pino para regulador de gases;
* Combinado raspador-chave para desmontagem do extrator;
* Punho para vareta de limpeza;
* Haste prolonga para a vareta de limpeza;
* Jogo de hastes (3 hastes);
* Extremidade porta-pano;
* Escova de limpeza do cano;
* Escova de limpeza do cilindro de gases;
* Almotolia;
* Coifa para o combinado raspador-chave para desmontagem do extrator.

6. REPARO 7,62 M971 TERRESTRE

O reparo compreende:

- Um berço provido de um par de molas recuperadoras (1)


- Uma plataforma (2)
- Um chassis (3), e
- Três pés articulados com o chassis.

Fig 16

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Fig 17

a. Berço

- O berço serve de suporte direto da arma, nela fixada na parte dianteira, através dos
munhões situados na parte inferior da caixa da culatra, e, na parte traseira, por uma cavilha mantida
em posição por um pino. (16-4).
O berço está fixado, avante, à plataforma, por meio de um eixo vertical ao redor
do que pode girar em direção.
A parte posterior do berço é provida de um punho de travamento (16-5), que
permite imobilizá-lo em direção, sobre a plataforma, após ser feita a pontaria, e de um sistema de
regulagem micrométrica de deslocamento lateral.
Este sistema de regulagem está colocado à direita do punho de travamento do berço e
pode ser imobilizado sobre a plataforma por um parafuso de travamento (17-2). Pode-se, pois, por
rotação do volante do micrômetro (17-1) deslocar o berço em direção, desde que a chave não esteja
na posição de travamento.
Tal deslocamento se faz por intermédio de rasgos, correspondendo, cada um, a um
milésimo. O deslocamento total é de 30 milésimos.
Para fazer a pontaria, pode-se proceder de duas maneiras:

- Aproximada - afrouxam-se o parafuso de travamento e o punho de travamento,


orienta-se o berço na direção desejada de tiro e se trava o berço por intermédio do punho.

- Precisa - orienta-se o berço na direção aproximada de tiro e aperta-se o parafuso de


travamento; em seguida, por rotação do volante do micrômetro, orienta-se o berço na direção exata
do tiro, travando-se então o berço por intermédio do punho de travamento. Em princípio, o tiro não
deve ser efetuado senão após o travamento do berço pelo punho. Entretanto, no caso do tiro de
ceifa em direção isto não é aplicável.

O berço é provido ainda de duas molas destinadas a amortecer o recuo e a fazer


voltar a metralhadora em bateria, assegurando uma grande estabilidade de tiro.
Na parte inferior do berço, se encontra um ressalto destinado a limitar o curso da
metralhadora, por meio de seu contato com os batentes limitadores do tiro em ceifa (16-6).

b. Plataforma

A plataforma é provida de uma dupla graduação em milésimos (de 0 a 600 milésimos


para cada lado da plataforma) a qual permite a regulagem do tiro em direção.
Em sua parte superior, encontram-se os dois batentes limitadores do tiro em ceifa,
provido de parafusos de travamento.
A fixação da posição desses batentes ao longo da plataforma, através de seus
parafusos de travamento (16-6), permite materializar o ângulo de ceifa desejado.
A plataforma é articulada, na sua parte anterior, sobre o chassis, e, na sua parte
posterior, é a ela fixada através de duas cremalheiras.
c. Chassis

O chassis (16-8) é feito de tubos de liga leve e leva em seu lado esquerdo o volante
de comando (16-7), que permite deslocar a metralhadora em elevação, graças às duas cremalheiras
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citadas no artigo anterior. Estas cremalheiras são comandadas pelo volante através de duas
engrenagens e um pinhão dentado solidário ao volante.
Do mesmo lado do chassis, no prolongamento do eixo do volante, se encontra o
punho de travamento (16-8) da arma em elevação.
O volante de comando permite o deslocamento da arma em elevação e também serve
para efetuar o tiro de ceifa em profundidade.

Fig 8

d. Pés

Os pés do reparo estão articulados ao chassis, podendo-se regular a sua posição de


maneira a adaptar o reparo corretamente ao terreno.
Chaves de travamento (18-1) garantem a posição dos pés como desejado, impedindo-
os de se deslocar.
Os pés terminam por sapatas de ancoragem sobre o solo.

e. Manejo do Reparo

1) Colocar o reparo em posição de tiro

Estando o reparo em posição de transporte, para colocá-lo em posição de tiro


é necessário:

- Afrouxar as chaves de travamento dos pés


- Colocar os pés na posição desejada e bloqueá-los por meio das chaves de
travamento.
- Retirar o punho móvel do seu alojamento
- Colocar a Mtr sobre o reparo, introduzindo os munhões, situados na parte
inferior da caixa da culatra, sobre os ressaltos da parte anterior do berço, enquanto que os orifícios
abertos na parte inferior posterior da caixa da culatra, à frente da armação, se colocam entre as
orelhas da parte posterior do berço.
- Fixar a Mtr sobre o berço por meio da cavilha
- Colocar a arma na posição de tiro desejada, atuando sobre o volante de
comando.
2) Colocar o reparo em posição de transporte

Estando o reparo em posição de tiro, para colocá-lo em posição de transporte


é necessário:
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- Descarregar a arma;
- Agir sobre o punho móvel, retirando-o de sua posição de fixação da ação da
Mtr;
- Desprender os munhões anteriores da metralhadora;
- Voltar a colocar a cavilha em seu alojamento no berço;
- Levar a plataforma de encontro ao chassis, agindo sobre o volante de
comando;
- Afrouxar os pés, dobrá-los contra o chassis e mantê-los nesta posição
através das chaves de travamento;
- Manter o berço sobre a plataforma por meio da chave de travamento do
berço.

f. Conservação

O reparo, como os demais acessórios, necessita certos cuidados indispensáveis para


manter-se em bom estado de utilização.
As peças não pintadas devem ser limpas e ligeiramente engraxadas.
As articulações, partes móveis e molas devem estar sempre ligeiramente lubrificadas.
As partes pintadas devem ser mantidas sempre limpas por meio de tecido apropriado
e os dentes e as ranhuras da cremalheira devem ser mantidas livres de sujeira, usando-se um
raspador de madeira.

MATÉRIA - ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


UD III - METRALHADORA PESADA CALIBRE . 50

ASSUNTO
01 - Apresentação, Características, Desmontagem e Montagem de 1º e 2º Escalões

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Desmontar e montar a arma (1º e 2º Escalões)
- Identificar as peças pela nomenclatura.
- Regular a folga do cano.

1. APRESENTAÇÃO

A metralhadora .50 M2 é uma arma automática, de origem americana e atualmente


produzida na fábrica de Itajubá. Sua missão principal é a DCA dos comboios e estacionamentos.
Decorre daí serem dotadas de reparos terrestres para o tiro terrestre e o tiro anti-aéreo e
outros reparos do tiro pedestal para emprego nos diversos tipos de viaturas. É ainda utilizada como
armamento de aeronave.
Poderá ser a Mtr .50 alimentada pela direita ou pela esquerda, mediante prévia disposição de
algumas peças apropriadas. Apresenta ainda a vantagem de poder ser empregada também contra
viaturas blindadas ou posições sumariamente organizadas, utilizando munição perfurante.

2. CARACTERÍSTICAS

a. Designação
Referência numérica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .NEE 1005-1061 100
Indicativo militar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MTR .50 M2
Nomenclatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Metralhadora .50 M2

b. Classificação
Quanto ao tipo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não portátil
Quanto ao emprego. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coletivo
Quanto ao funcionamento. . . . . . . . . . . . . . . Automático
Quanto ao princípio motor . . . . . . . . . . . . . . Utilização direta dos gases
Quanto ao carregamento. . . . . . . . . . . . . . . . Retrocarga

c. Alimentação
Carregador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . Tipo fita, de elos metálicos
Capacidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Indeterminada (normalmente
100 cartuchos, para o cofre cal .50M2)
Sentido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Da esquerda para direita ou
vice-versa
d. Raiamento
Número de raias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 (oito)
Sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Da esquerda para direita

e. Aparelho de Pontaria
Alça de mira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . Tipo lâmina, com cursor e visor,
graduada de 100 a 2.600 jardas,
com um corretor de vento,
permitindo um desvio máximo
de 5 milésimos para direita e
para esquerda.
Massa de mira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Seção retangular com protetores
Mecanismo de pontaria em direção. . . . . . . Barra graduada (no reparo) de 0
a 400 milésimos para direita e
para esquerda, para a pontaria a
grosso modo. Volante de
pontaria graduado de 0 a 25
milésimos para ajustagem da
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pontaria a grosso modo até 1
milésimo.
Mecanismo de pontaria em alcance. . . . . . . Graduado de 0 a +100
milésimos para ângulos positivos
e de 0 a -250 milésimos para
ângulos negativos. Volante do
mecanismo de elevação,
graduado de 0 a 50 milésimos
para ajustagem da pontaria em
alcance, até 1 milésimo.
f. Dados Numéricos
Velocidade teórica:
- em cadência automática. . . . . . . . . . . .. . . 400 a 600 tiros/min
- em cadência intermitente. . . . . . . . . . . . . . 75 tiros/min
Alcance máximo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.900 m
Alcance de utilização. . . . . . . . . . . . . . . . . . 900 m
Pesos:
- Peça. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Kg
- Cano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Kg
- Reparo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Kg
- Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Kg

g. Munição
A munição é classificada como munição para armas portáteis e é fornecida sob a
forma de cartucho completo. O cartucho consiste no projétil, estojo de cartucho, pólvora de
propulsão e cápsula. Utiliza principalmente, os seguintes tipos de munição:

- car .50 M1 - ponta do projétil na cor natural do metal.


- car .50 Pf M1 - ponta do projétil pintada de preto
- car .50 Tr M1 - ponta do projétil pintada de vermelho
- car .50 Tr M2 - ponta do projétil pintada de alaranjado
- car .50 Pf Inc M1 - ponta do projétil pintada de alumínio
- car .50 Pf Inc Tr M1 - ponta do projétil pintada de vermelho
e alumínio
- car .50 Na - cartucho e projétil cromados, cartucho
perfurado.

3. NOMENCLATURA

A fim de facilitar o entendimento, analisaremos a metralhadora .50 M2 sob dois aspectos:


- Externamente
- Internamente

Externamente encontramos:
- caixa de culatra
- camisa de refrigeração
- cano
- bloco de fechamento

Internamente são notáveis:


- ferrolho
- caixeta
- armação

a. Externamente

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1) Caixa da culatra: é uma peça de aço, onde se acha montado o mecanismo da
arma. Divide-se em seis partes:
- Bloco dianteiro
- Tampa da caixa da culatra
- Placa de cobertura
- Placa lateral direita
- Placa lateral esquerda
- Placa inferior

a) Bloco Dianteiro
Parte da arma por onde é feito o carregamento. Nele encontramos:
- massa de mira com proteção
- mesa de carregamento
- batente dianteiro do cartucho
- retém da fita
- guia da fita
- batente traseiro do cartucho com lingüeta guia do cartucho
- janela de alimentação (quando a tampa da caixa de culatra
estiver fechada).

b) Tampa da Caixa da Culatra


Parte da arma serve para fechar a caixa da culatra e auxiliar a
alimentação. Nela destacamos:
- trinco
- rampa abaixadora
- mola abaixadora
- alavanca do impulsor (talão, corpo, ponta, mergulhador com mola).
- impulsor (cursor, lingüeta, braço, eixo e mola).

O impulsor tem por missão arrastar a fita de munição para o interior


da mesa de carregamento.

c. Placa de Cobertura
Composta pelas seguintes peças:

- alça de mira, compreendendo: base e lâmina graduada


- suporte de luneta telescópica com dedal serrilhado
- corretor de vento com botão serrilhado e escala
- alavanca do gatilho intermediário com eixo
- retém do ferrolho
- guia da alavanca de armar

A lâmina graduada da alça de mira contém uma escala de 200 a 2.600 jardas, de 100
em 100 jardas.

d. Placa Lateral Direita

Nela notamos:
- alavanca de manejo auxiliar
- cursor da alavanca de manejo auxiliar
- suporte do cursor da alavanca de manejo auxiliar
- pino da alavanca de manejo
- fenda do pino da alavanca de manejo
- orifício para compressor da mola retém da armação
- orifícios retangulares para o gatilho de armar AAe
- orifício para o ressalto da cabeça da haste-guia da mola recuperadora(internamente)

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e. Placa Lateral Esquerda

Nela notamos:

Externamente
- alavanca de manejo
- fenda da alavanca de manejo
- orifícios retangulares para o gatilho de armar AAe
- chaveta do eixo da alavanca do gatilho intermediário

Internamente
- ressalto de elevação do transportador-ejetor
- ressalto de rotação do transportador-ejetor

f. Placa Inferior

- janela de ejeção
- ressalto da tranca com rampa e plataforma

2) Camisa de Refrigeração

Consiste em um pequeno tubo oco de ferro com perfurações, o qual envolve a


parte do cano, próximo a câmara, a fim de arrefecê-la durante o tiro. A camisa de refrigeração é
solidária a caixa de culatra.

3) Cano

Peça que recebe o cartucho para ser percutido, resistindo as pressões dos
gases e imprimindo movimento de rotação ao projétil, orientando-o na direção do alvo.
É reforçado para resistir ao super aquecimento e possui um pequeno
movimento horizontal (avanço-recuo) solidário ao mecanismo da culatra.Nele se nota:

- boca
- alma (raiada)
- câmara de carregamento
- entalhes para a mola retém do cano
- rosca
- alça de transporte

4) Bloco de Fechamento

É a parte da caixa da culatra contra a qual se chocam, no recuo, o ferrolho e a


armação (amortecedor). Nele vamos notar:
- pára-choque com 22 discos amortecedores (de fibra)
- gatilho com tecla dupla
- retém do ferrolho com tecla
- luva (sobre o pára-choque), com gancho retém do retém do
ferrolho.
- punho duplo
- retém do bloco de fechamento
- trinco do retém do bloco de fechamento

b. Internamente

1) Ferrolho

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É provavelmente a peça mais importante da arma. Prende o cartucho na
câmara, no momento do disparo; retira o estojo vazio e o ejeta; extrai um cartucho novo da fita e
coloca-o na câmara; provoca o movimento da fita, alimentando a arma. É constituído por uma série
de peças que nele são montadas, ou por orifícios, ranhaduras e nervuras. Nele encontramos:

- extrator
- orifício de passagem da ponta do percussor
- transportador - ejetor
- desvio
- ranhura-guia do talão da alavanca do impulsor (2)
- alojamento do desvio
- gatilho intermediário (com entalhes)
- retém do gatilho intermediário (com entalhes)
- batente da mola do percussor (com lâmina e pino)
- percussor (com ponta e extensão)
- mola recuperadora
- haste guia da mola recuperadora
- ressalto de trancamento
- alojamento da tranca
- talão (com olhal para a alavanca de manejo e pino)
- alojamento do transportador - ejetor
- nervura-guia do ferrolho (2)
- olhal para o eixo da alavanca de armar
- alojamento da alavanca de armar
- alojamento percussor
- alojamento da mola recuperadora
- ranhura guia do gatilho intermediário (2)
- alojamento do retém do gatilho intermediário
- alavanca de armar o eixo da alavanca de armar

2) Caixeta

É a peça onde se atarracha o cano, fazendo a ligação deste com o mecanismo


da culatra. Nela notamos:
- mola retém do cano
- rosca para o cano
- tranca com pino
- cauda de ligação
- alojamento dos abaixadores da tranca (2)
- ranhura guia do ferrolho (2)
- montagem da tranca

3) Armação

É mantida na caixa da culatra pela mola-retém (da armação) e liga-se a


caixeta por intermédio do acelerador que se prende a cauda de ligação, ao fim do recuo. Nela
notamos:
- acelerador com eixo e garras
- amortecedor de recuo (com pistão, discos, amortecedores e mola)
- mola retém da armação e seu alojamento
- mola retém do amortecedor de recuo
- abaixador da tranca
- ressalto guia da armação
- fenda do ressalto do amortecedor de recuo

4. DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO

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Medidas Preliminares

1ª) Prender o retém do ferrolho

2ª) Dar dois golpes de segurança

3ª) Abrir a tampa da caixa da culatra

4ª) Inspecionar a câmara

5ª) Desengatilhar a arma

abrir/fechar a tampa

A desmontagem de 1º escalão é feita pela guarnição da Mtr .50, visando a manutenção de


1º escalão, e se compõe de 07(sete) operações:

1) Desatarraxar o Cano

Desatarraxar e retirar da arma.

2) Retirar o Bloco de Fechamento

Verificar se a tecla do retém do ferrolho está solta, puxar para trás o trinco do retém
do bloco de fechamento e, ao mesmo tempo, levantar o retém do bloco de fechamento.

CUIDADO: Assegurar-se de
que o ferrolho está na posição
avançada quando remover o
bloco de fechamento.

REMOVER: Puxar para o lado


o trinco, puxar para cima o
retém e deslizar o bloco de
fechamento do receptor.
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INSTALAR: Colocar o bloco de
fechamento nas corrediças do
receptor. Puxar para o lado o
trinco, puxar para cima o retém
e deslizá-lo para baixo até que
encaixe no receptor.

remover/instalar o conjunto do bloco de fechamento

3) Retirar a Mola Recuperadora

Afastar para o interior e para a esquerda da caixa da culatra a haste-guia das


molas recuperadoras e em seguida retirar a haste-guia com as molas.

4) Retirar a Alavanca de Manejo e o Pino do Ferrolho

Recuar a alavanca de manejo até que coincida com um encaixe existente na


sua corrediça. Puxá-la para fora e retirar o pino do ferrolho pelo lado oposto.

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5) Retirar o ferrolho
Apoiar com uma das mãos a parte posterior e empurrar o ferrolho para trás
até que ele saia da caixa da culatra.

CUIDADO NA INSTALAÇÃO:
1- Antes de instalar, certifique-se
de que a alavanca de armar está
para a frente.

2- Empurrar o ferrolho para a


frente no receptor até que o
retém do ferrolho encaixe nos
entalhes do alto do ferrolho.

CUIDADO: quando instalar o


ferrolho, não desarmar o
acelerador.

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remover/instalar o ferrolho

6) Retirar o conjunto caixeta-armação


Com um toca-pino comprimir a mola-retém da armação e empurrá-la para a
retaguarda e ela sairá da caixa da culatra juntamente com a caixeta. Desligar a armação da caixeta
empurrando para frente o acelerador.

7) Desfazer o sistema caixeta-armação


Empurre o acelerador para frente. Esta ação provocará a separação da caixeta
e da armação.

remover o amortecedor e o conjunto instalar o amortecedor e o


da caixeta e armação conjunto da caixeta e armação

Terminada a desmontagem de 1º escalão, as peças deverão estar dispostas da


esquerda para a direita na seguinte ordem:

- cano
- bloco de fechamento
- mola recuperadora e haste guia da mola recuperadora
- alavanca de manejo e pino
- ferrolho
- caixeta
- armação

5. DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO

a. Desmontagem das Peças do Ferrolho

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1) Retirar o transportador-ejetor, levantando-o e retirando-o pela esquerda.
2) Retirar o desvio - Basta levantá-lo (na montagem do desvio observar o sentido de
alimentação).

remover/instalar o desvio do ferrolho e o


transportador-ejetor.

INSTALAR: o desvio e o transportador-


ejetor têm que ter suas ranhuras alinhadas
com o ferrolho para assegurar a alimentação
pela esquerda (L).

3) Retirar a alavanca de armar


- Girar para retaguarda a alavanca de armar e retirar o seu eixo pelo lado
esquerdo. (Na montagem da alavanca de armar, observar que a ponta arredondada - cabeça - fique
voltada para baixo e para trás).

CUIDADO: empurrar a alavanca


de armar para a frente antes de
introduzir na arma.

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soltar o pino da alavanca de armar remover/instalar a alavanca de
armar e o eixo da alavanca de
armar.

Comprimir para baixo o gatilho intermediário e liberar o percussor.

Soltar a mola do percussor

4) Retirar o batente da mola do percussor

- Afastar para o centro do seu alojamento a lâmina do batente da mola do


percussor e, em seguida, empurrar o pino (por baixo) e retirar o batente da mola do percussor.

5) Retirar o retém do gatilho intermediário

- Comprimir o gatilho intermediário para baixo e retirar o retém do gatilho


intermediário (que deve ser montado pelo lado esquerdo).

6) Retirar o gatilho intermediário

- Suspender o gatilho intermediário, retirando-o do seu alojamento com sua


mola.

7) Retirar o percussor

- Retirar o percussor, separando a extensão com a mola do percussor.

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remover/instalar o conjunto do percussor remover/instalar o percussor
e sua extensão

b. Desmontagem da Armação

1) Retirar o eixo do acelerador


2) Retirar o acelerador
3) Retirar o amortecedor
Empurrar para trás o tubo do amortecedor com sua mola, de dentro da
armação.

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c. Desmontagem da Caixeta
1) Retirar o pino da tranca e a tranca, tendo o cuidado de verificar na montagem que
a parte duplamente biselada da tranca fique para cima e para frente.

2) Mola-retém do cano - Colocar a chave de fenda entre o dente da mola e a caixeta e


forçá-la para frente; ela sairá(a mola-retém do cano só deve ser retirada em caso de substituição).

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remover/instalar a caixeta

Terminamos assim a desmontagem de 2º escalão da Mtr .50M2. Ao lado de cada


uma das partes devemos colocar as peças retiradas.

FERROLHO:
a. Transportador-ejetor
b. Desvio e pino
c. Alavanca de armar
d. Batente da mola do percussor
e. Retém do gatilho intermediário
f. Gatilho intermediário
g. Percussor com extensão

ARMAÇÃO:
- Acelerador
- Amortecedor

CAIXETA
- Tranca
- Pino da tranca

6. MONTAGEM DE 2º ESCALÃO

- É a operação inversa da desmontagem, requerendo cuidados especiais na colocação das


peças, pois disto dependerá o perfeito funcionamento da arma.

a. Montagem da Caixeta

1ª Operação: Colocar a tranca


- Segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola do retém do cano para a
direita;
- Segurar a tranca com a parte duplamente biselada para cima e para frente;
- Encaixar a tranca na sua montagem, procurando a coincidência com os orifícios das
partes laterais da caixeta;
- Introduzir o pino da tranca.

b. Montagem da Armação

1ª) Colocar o amortecedor:


- Introduzi-lo na armação, tendo o cuidado de fazer coincidir o ressalto com a fenda
existente no lado direito da Armação.
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2ª) Colocar o acelerador:
- Coloca-se o acelerador com as garras para cima, coincidindo os seus orifícios com
os orifícios da armação;
- Introduzir o eixo do acelerador.

c. Montagem do Ferrolho

1ª) Colocar o Percursor:


- Colocar o percussor na sua extensão, coincidindo seus dentes;
- Inclinar o ferrolho de modo que o extrator fique mais baixo que a parte posterior do
ferrolho;
- Introduzir o percussor com extensão em seu alojamento, tendo o cuidado de deixar
o dente da extensão para baixo.

2ª) Colocar o Gatilho Intermediário:


- Primeiramente coloca-se a mola do gatilho intermediário em seu descanso,
utilizando a alavanca de armar introduzida entre duas espirais centrais.
- Após colocada a mola, encaixa-se o gatilho intermediário em suas corrediças com o
talão para frente.

3ª) Colocar o Retém do Gatilho Intermediário:


- Segurar o retém do gatilho intermediário com seu entalhe para baixo;
- Comprimir o gatilho intermediário sobre sua mola, com pressão sempre na vertical,
a fim de não cansar a mola;
- Nesta situação, coloca-se o retém do gatilho intermediário em seu alojamento, pela
esquerda do ferrolho, até que seu entalhe fique em condições de se engrenar no talão do gatilho
intermediário, ao cessar a pressão sobre esta peça.

4ª) Colocar o Batente da Mola do Percursor:


- Colocar o batente da mola do percussor em seu Alojamento, de modo que o pino
atravesse o percussor;
- Com auxílio da alavanca de armar, encaixar a lâmina do batente da mola do
percussor convenientemente no ferrolho.

5ª) Colocar a Alavanca de Armar:


- Colocar a alavanca de armar em seu alojamento, com a cavidade voltada para
baixo e a ponta para trás;
- Procurar a coincidência entre seu olhal e os orifícios do ferrolho;
- Introduzir o eixo da alavanca de armar pela esquerda do ferrolho. Levar a alavanca
de armar à frente.

6ª) Colocar o Desvio e Pino:


- Colocar o pino em seu alojamento (junto à palavra “L”).
- Colocar o desvio em seu alojamento encaixando-o no seu pino;
- Ao colocar o desvio, fazê-lo de maneira a abrir caminho para a direita ou esquerda
(de acordo com as ranhuras-guias do talão da alavanca do impulsor), conforme o sentido de
alimentação da arma.

7ª) Colocar o Transportador-Ejetor:


- Introduzir o eixo do transportador-ejetor no alojamento existente no ferrolho (lado
esquerdo), estando o transportador-ejetor na vertical.

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7. MONTAGEM DE 1º ESCALÃO

A montagem é a operação inversa da desmontagem, sendo mais delicada e mais difícil,


começando pelo ponto em que terminou a desmontagem.

1ª) Refazer o Sistema Caixeta-Armação

- Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola
retém do cano, para a direita.

- Com a mão direita, segurar a armação (indicador por baixo do acelerador) de modo
que os abaixadores da tranca fiquem para frente e para cima.

- Aproximamos a caixeta da armação tendo o cuidado de:


- Colocar os abaixadores da tranca em correspondência com seus
alojamentos.
- girar o Acelerador para cima.
- Colocar o “dente” de cauda de ligação por cima do “dente” do pistão do
amortecedor.
- Tomamos esses três cuidados, empurramos a armação contra a caixeta até que o
acelerador tenha completado o giro para trás e suas garras se prendam na cauda de ligação.

2ª) Colocação do Ferrolho na Caixeta-Armação

Colocar o ferrolho em suas corrediças na caixeta, tendo o cuidado de:


- verificar se a alavanca de armar está para a frente;
- deitar o transportador ejetor para a frente;
Não levar o ferrolho completamente à frente, para que este não esbarre no acelerador.

3ª) Colocação do CONJUNTO-CAIXETA-ARMAÇÃO, na CAIXA DA CULATRA.

- Com o polegar esquerdo, comprimir para cima o Retém do Ferrolho, a fim de dar
passagem ao mesmo;
- Empurrar o Conjunto para dentro da Caixa da Culatra sem tocar no Amortecedor,
isto é, empurrar a Armação pela parte posterior, circunvizinha ao Amortecedor, até ouvir o estalido
característico indicando que a Mola do Retém da Armação se prendeu à parede direita da Caixa de
Culatra.

ATENÇÃO

A ALAVANCA DE ARMAR deve ser deitada para frente, a fim de evitar o empurramento do
FERROLHO no interior da CAIXA DE CULATRA. É um incidente difícil de ser sanado,
requerendo via de regra, intervenção de órgão especializado.

4ª) Colocação da Alavanca de Manejo e seu Pino

- Colocar a ALAVANCA DE MANEJO em seu ALOJAMENTO e deslocar o


FERROLHO até fazer coincidência destes ALOJAMENTOS com os ENTALHES em “meia lua”
existentes nas FENDAS destas ALAVANCAS.
- Colocar, então, o pino da alavanca de manejo, empurrando-o juntamente com a
alavanca de manejo bem ao fundo, a fim de prendê-los corretamente.
- Em seguida, levar o ferrolho completamente a frente.

5ª) Colocação da Mola Recuperadora

- Colocar a mola recuperadora em seu alojamento, no ferrolho, encaixando-se o pino


da cabeça da haste guia da mola recuperadora na parede direita da caixa da culatra.
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6ª) Colocação do Bloco de Fechamento

- Segurar o bloco de fechamento, pelos punhos, com a tecla do gatilho para cima,
introduzindo-o em suas corrediças;
- Puxar para trás o trinco do retém do bloco de fechamento e para cima o retém do
bloco de fechamento e introduzir o bloco de fechamento completamente.

7ª) Colocar o Cano

- Atarrachar o cano completamente e retroceder dois ou três cliques.

Medidas Complementares
A montagem de 1º escalão completa-se com a execução das seguintes medidas complementares:

- Fechar a tampa da caixa da culatra;


- Engatilhar a arma;
- Desengatilhar a arma.

8. REGULAGEM DA FOLGA E AJUSTAGEM DO TEMPO OU PERCUSSÃO

a. Regulagem da Folga (1º Escalão)


- Executada pela guarnição da arma
- Folga: distância entre a parte posterior da câmara e a parte anterior do ferrolho,
estando a arma fechada e sem munição.
- Folga excessiva: incidente na extração.
- Folga insuficiente: incidente no trancamento e extração.

1) Regulagem da Folga com Calibrador Nacional

- Este calibrador é uma lâmina de aço, gravadas com as inscrições 5,13 numa
das pontas e 5,23 na outra(neste com uma marca em vermelho).

- Regulagem:

a) Trazer o ferrolho a retaguarda (retrair o percussor)


b) Levar o ferrolho à frente
c) Puxar o ferrolho para trás, diminuindo a pressão da mola recuperadora
entre o ferrolho e a parte posterior do cano, conservando a arma trancada.
d) Introduzir o lado bom (5,13) do calibrador no extrator
e) Atarrachar ou desatarrachar o cano, até que o calibrador possa ser retirado
sem folga e nenhum esforço
f) O lado do refugo (5,23) não deverá penetrar no extrator.

2) Regulagem da Folga com Calibrador Americano

- Este calibrador é uma lâmina com as seguintes inscrições: “NO GO.206”


numa das pontas e “GO .202” na outra.
- Regulagem:

a) Engatilhar a arma;
b) Atarrachar o cano completamente;
c) Desatarrachar o cano, clique a clique, tentando introduzir no extrator o lado
do calibrador “GO”, sem forçar e sem folga.
d) O lado “NO GO” não deverá penetrar no extrator.

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b. Ajustagem do Tempo ou Percussão

Ajustagem do tempo (nomenclatura americana) ou ajustagem da percussão


(nomenclatura brasileira) é regular a distância entre a caixeta e a mesa de carregamento.

1) Ajustagem de percussão usando calibrador de percussão


- Calibrador: numeração DOO 96, tipo lâmina, com as pontas em forma de
meia-lua, com os diâmetros 0,508 e 2,946(esta com marca vermelha).

- Ajustagem:

a) Regular a folga;
b) Engatilhar a arma;
c) Retrair o ferrolho e introduzir o lado bom (0,508) entre a caixeta e a
mesa de carregamento;
d) Acionar a tecla dupla do gatilho.

- Folga regulada: ocorrerá percussão.

- Havendo percussão, repete-se as letras “b” e “c” acima, e introduz-se o lado


refugo do calibrador; não haverá percussão.

2) Ajustagem do tempo usando o calibrador de tempo

- Calibrador: duas lâminas de aço em espessuras diferentes e com as seguintes


inscrições “NO FIRE .116” numa e na outra “FIRE .020”.
- Este calibrador é usado nas Mtr .50 M2 de fabricação mais recente, que
apresentam no interior da parte posterior da caixa da culatra, um dispositivo ("porca") para permitir
a regulagem.

- Ajustagem:

a) Regular a folga
b) Abrir a tampa da caixa da culatra
c) Retirar o bloco de fechamento
d) Colocar a lâmina “FIRE .020” entre a mesa de carregamento e a
caixeta.
e) Atarrachar ou desatarrachar a porca de ajustagem completamente.
f) Desatarrachar ou atarrachar a porca de ajustagem clique a clique, e
ao mesmo tempo, agir na alavanca do gatilho intermediário, até a percussão
g) Engatilhar a arma novamente;
h) Introduzir a lâmina “NO FIRE .116” no mesmo local;
i) Tentar o disparo;
j) Estando o tempo bem regulado, não deverá haver a percussão.

- Para as armas sem a porca de ajustagem, pode-se fazer a ajustagem com o mesmo
calibrador, mas de maneira mais rústica:

a) Regular a folga
b) Engatilhar a arma
c) Retrair ligeiramente o ferrolho
d) Colocar a lâmina “NO FIRE .116”, entre a mesa de carregamento e a
caixeta.
e) Tentar a percussão
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- Se a folga estiver bem regulada, não deverá ocorrer a percussão e o tempo estará
ajustado.
- Havendo a percussão, a arma deverá ser recolhida para que o desgaste das peças
seja verificada e o problema sanado.

c. Regulagem prática da folga

1) Atarrachar o cano até sua parte posterior entrar em contato com o ferrolho, sem
forçá-lo à retaguarda.
2) Desatarrachar o cano clique a clique.
3) Após cada clique, levar o ferrolho à retaguarda.
- A folga estará regulada, quando ao levar o ferrolho à retaguarda, o conjunto
cano-caixeta recuar solidário a ela.

MATÉRIA - ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


UD III - METRALHADORA PESADA CALIBRE . 50

ASSUNTO
02 - Funcionamento; Incidentes de Tiro, Acessórios, Sobressalentes. Reparo: Apresentação,
Características, Nomenclatura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Explicar as fases do funcionamento da arma.
- Sanar incidentes de Tiro
- Instalar a arma sobre reparo
- Executar as operações essenciais para o tiro.

1. FUNCIONAMENTO

a. Posição Inicial

- O estudo do funcionamento da Mtr .50 M2 começa por uma posição inicial definida
por três aspectos fundamentais:
- arma trancada
- um cartucho na câmara
- dá-se a percussão

b. Ciclo de Funcionamento

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A chama produzida pela deflagração da cápsula é transmitida a pólvora da carga de
projeção. A queima progressiva da pólvora dá origem à formação de gases, cuja força de expansão
se exerce em todos os sentidos. Esta força impele o projétil através do cano, enquanto tenta,
também, jogar para fora da câmara o estojo. Entretanto, esta ação é impedida, uma vez que o
ferrolho se acha trancado à caixeta.
Quando o projétil ultrapassa a boca do cano, o impulso de retrocesso leva o sistema
cano-caixeta-ferrolho a recuar, dando início, assim, ao ciclo de funcionamento que começa pelo
recuo do sistema.

c. Recuo do Sistema

O recuo do sistema cano-caixeta-ferrolho, que é produzido pelo impulso de


retrocesso, tem um curso com cerca de 3 cm e é chamado de curto recuo do cano. Com este recuo,
une-se a caixeta à armação, comprimindo a mola do amortecedor (na armação). Ao iniciar este
recuo, inicia-se também a compressão da mola recuperadora.
Durante o sistema, realizam-se sete operações, que são:

Observação: as "figuras" encontram-se ao final do manual.

1) Destrancamento (figura 01)

Peças que interessam:


- Tranca
- Ressalto da tranca
- Abaixadores da tranca e seus alojamentos
- Alojamento da tranca (no ferrolho)

Durante o recuo do sistema, a tranca vai saindo de cima do ressalto da tranca


e, simultaneamente, os abaixadores da tranca vão também penetrando em seus alojamentos, indo
forçar o pino da tranca para baixo. Ao fim do curto recuo do cano, a tranca sai completamente e sua
parte superior sai do alojamento da tranca (no ferrolho).
2) Abertura (figura 02)

Peças que interessam:


- Acelerador
- Ferrolho (talão)
- Câmara
- Caixeta

Completando o destrancamento, o ferrolho passa a recuar sozinho, por ação


dos gases e pelo impulso do acelerador (agindo no seu talão) que girava para trás, deslizando na
face posterior externa da caixeta. Este afastamento da parte anterior do ferrolho, da parte posterior
da câmara, caracteriza a abertura.

3) Extração (2ª fase)

Peças que interessam:


- Extrator
- Câmara

Recuando o ferrolho, o extrator retira o estojo da câmara.

4) Alimentação (1ª fase)

Peças que interessam:


- Talão da alavanca do impulsor
- Ranhura-guia do talão (no ferrolho)
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- Cursor

O talão da alavanca do impulsor, obrigado pela ranhura-guia, desloca-se da


esquerda para a direita, enquanto o cursor desloca-se da direita para a esquerda, em busca de outro
cartucho.

5) Transporte (figuras 04, 05 e 06)

Peças que interessam:


- Transportador-ejetor
- Ressalto de rotação

O transportador-ejetor, retira da fita o segundo cartucho e o transporta para


trás. Neste movimento, ele passa por cima do ressalto de rotação.

6) Extração - 1ª Fase (figura 06)

Peças que interessam:


- Rampa abaixadora
- Transportador-ejetor
- Extrator

Durante o recuo do ferrolho, o transportador-ejetor, que transporta o segundo


cartucho, sofre ação da rampa abaixadora, estando entre esta e o ressalto.
Ao final do recuo, o transportador-ejetor, tendo ultrapassado o ressalto de
retenção e forçado pela rampa abaixadora, introduz o culote do cartucho no extrator.

7) Engatilhamento - 1ª Fase (figuras 07 e 08)

Peças que interessam:


- Alavanca de armar
- Guia da alavanca de armar
- Alavanca do gatilho intermediário
- Gatilho intermediário com mola
- Percussor com extensão
- Batente da mola do percussor

Quando o ferrolho recua a parte superior da alavanca de armar, entra em seu


guia e gira em torno de seu eixo, deitando-se para frente. Enquanto isso, a parte superior do gatilho
sai debaixo da alavanca, sendo levantado por sua mola. Quando a alavanca de armar gira para
frente, sua parte inferior assalta o percussor para trás, comprimindo sua mola de encontro ao batente
da mola do percussor. Com este movimento, o dente da extensão do percussor se engrasa no dente
do gatilho intermediário.

d. Limite de Recuo (figura 9)

O recuo do sistema é limitado pelo encontro do ferrolho com o bloco de fechamento.


O choque produzido por este é amortecido pelos 22 discos de fibras de pára-choques. Ao final do
recuo do ferrolho, a mola recuperadora encontra-se totalmente comprimida.

e. Avanço do Sistema (figuras 10 e 11)

O ferrolho é impulsionado para frente pela distensão da mola recuperadora. Isso


obriga o acelerador a girar para a frente, soltando-se da cauda de ligação. Em conseqüência,
distende-se a mola do amortecedor, impulsionando o cano-caixeta para a frente.
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Durante o avanço do sistema, realizam-se onze operações que são:

1) Engatilhamento - 2ª Fase (figura 12)

Peças que interessam:


- Alavanca de armar
- Guia da alavanca de armar
- Alavanca do gatilho-intermediário
- Gatilho intermediário com mola e dente
- Percussor com extensão
- Batente da mola do percussor

Ao avançar o ferrolho, a parte superior da alavanca de armar novamente entra


no guia, sendo obrigado a girar para trás. Desse modo, ela abandonará a extensão do percussor que
ficará presa pelo gatilho intermediário.

2) Ejeção

Peças que interessam:


- Transportador-ejetor
- Rampa abaixadora
- Ressalto de rotação

Logo no início do avanço, o transportador-ejetor que está sendo forçado pela


rampa abaixadora, passa por baixo do ressalto de rotação. Nesse momento, o estojo que está no
extrator, é empurrado pelo novo cartucho, terminando por sair fora da arma.

3) Apresentação (figura 13)

Peças que interessam:


- Transportador-ejetor
- Ressalto de rotação
- Extrator

O transportador-ejetor no início do avanço, deslocando-se sob a a parte


inferior do ressalto de rotação, faz com que o cartucho deslize no interior do extrator colocando-o
em condições de ser introduzido.

4) Alimentação 2ª fase (figuras 14 e 15)

Peças que interessam:


- Talão da alavanca do impulsor
- Ranhura-guia (ferrolho)
- Cursor
- Retém da fita

O talão da alavanca do impulsor, ainda obrigado pela ranhura-guia, desloca-


se da direita para a esquerda. O impulsor desloca-se da esquerda para a direita, arrastando consigo o
quarto cartucho da fita de munição.

Obs.: Situação dos cartuchos, neste momento:

1º) Já percutido, seu estojo ejetando


2º) Apresentado, em condições de ser introduzido
3º) Na mesa de carregamento, esperando para ser transportado no recuo
seguinte.
4º) Preso ao cursor na mesa de carregamento
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5) Introdução (figura 13)

A entrada principal do cartucho na câmara caracteriza a Introdução.

6) Trancamento (figura 16)

Ao avançar o ferrolho, seu talão bate no acelerador, desfazendo o sistema


cano-caixeta-armação, provocando o avanço do cano-caixeta. Com a separação, os abaixadores da
tranca saem de seus alojamentos, permitindo que a tranca suba no seu ressalto e se introduza no seu
alojamento (no ferrolho). Daí para frente, está refeito o sistema cano-caixeta-ferrolho.

7) Carregamento (figura 17)

A concretização da introdução, caracteriza o carregamento.

8) Fechamento ( figura 17)

Ao se processar o carregamento, a face anterior do ferrolho entra em contato


com a câmara, caracterizando o fechamento. O transportador ejetor sobe o ressalto de elevação,
indo empolgar um novo cartucho, sofrendo a ação da mola abaixadora.

9) Desengatilhamento (figura 18 e 19)

Ao ser pressionada a tecla do gatilho, este faz com que a ponta da alavanca do
gatilho intermediário, agindo no talão do gatilho intermediário, o abaixe, liberando o dente da
extensão do percussor.

10) Disparo ( figuras 18 e 19)

Ao ser liberado o dente da extensão do percussor, a mola do percussor se


descomprime, levando-o à frente, o que caracteriza o disparo.

11) Percussão (figuras 18 e 19)

Indo à frente, o percussor fere a cápsula do cartucho, caracterizando a


percussão.

12) Segurança

Esta arma não possui dispositivo de segurança. É conveniente, entretanto,


quando não estiver atirando, tirar a fita de munição, dar dois golpes de segurança, abrir a tampa e
prender o ferrolho à retaguarda (libera a tecla do retém do ferrolho).

2. MUDANÇA DO SENTIDO DE ALIMENTAÇÃO

A alimentação da Mtr .50 M2 é feita normalmente, pela esquerda. Entretanto, devido ao seu
emprego em aviões, em viaturas de combate ou em certos tipos de reparo, tal operação fica
impossibilitada pela esquerda, sendo necessário introduzir a fita pela direita. Essa troca de lado da
alimentação é possível de ser feita, bastando que se inverta a posição ou troque certas peças da
arma.
Para realizar a mudança do sentido de alimentação da Mtr .50, trabalha-se em peças
situadas:
- na tampa
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50
- na mesa de carregamento
- no ferrolho

a. Tampa

Nela vamos trocar o sentido de movimentação do impulsor, pois é ele o responsável


por trazer a munição da fita para o interior da arma. Para isto, execute-se as seguintes operações:

1) Retirar o contra-pino da alavanca do impulsor.


2) Retirar a alavanca do impulsor tendo o cuidado de não deixar saltar fora o
mergulhador com mola.
3) Retirar então o mergulhador com mola, colocando-os em seguida, no orifício
inferior da alavanca do impulsor.
4) Retirar o cursor.
5) Retirar com um toca-pino o eixo da lingüeta, soltando a lingüeta e sua mola.
6) Retirar o braço do impulsor, colocando-o, em seguida, na outra face da lingüeta.
7 ) Prender a lingüeta com sua mola novamente no cursor, por intermédio do eixo.
8) Recolocar o cursor pelo lado direito da tampa, de modo que o braço do impulsor
fique para cima.
9) Colocar a alavanca do impulsor em seu eixo, encaixando, também, sua
extremidade inferior no entalhe existente no cursor.
10) Calçar bem a alavanca do impulsor, prendendo-a pelo contra-pino.

b. Na mesa de Carregamento

1) Do lado esquerdo, retirar a haste do retém da fita, liberando, assim, o retém da fita
com sua mola.
2) Do lado direito, ao retirar a haste semelhante à anterior, sairá o:
a) batente dianteiro do cartucho;
b) batente traseiro do cartucho com a lingüeta do cartucho.
3) Colocar o retém da fita do lado direito, simetricamente ao seu lugar à esquerda, e
prender o retém da fita com mola, com a haste.
4) Do lado esquerdo, simetricamente à direita e prendendo-as pela haste:
a) batente dianteira do cartucho
b) guia da fita (substituído pelo esquerdo)

c. No Ferrolho

Sendo a peça que imprime movimento ao impulsor, uma vez que o talão da alavanca
do impulsor trabalha na ranhura-guia do ferrolho, basta trocar o sentido desta ranhura-guia,
executando as seguintes operações:

1) Retirar o transportador-ejetor.
2) Retirar o desvio.
3) Recolocar o desvio, invertendo-o de modo a abrir caminho para a direita.
4) Recolocar o transportador-ejetor.

3. MANEJO

a. Organizar o Carregador de Elos Metálicos - Com o auxílio de uma das máquinas de


carregar (M2 ou M7), organizar a fita, tendo-se o cuidado de utilizar sempre um a mais elo do que o
número de cartuchos.

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b. Alimentar a Arma - Com a tampa aberta, colocar a fita sobre a mesa de carregamento de
modo que o primeiro cartucho fique empolgado pelo transportador-ejetor. Com a tampa fechada,
colocar a fita de modo que o primeiro cartucho ultrapasse o retém do carregador.

c. Carregar e Engatilhar - Agir simultaneamente nas alavancas de manejo, trazendo-as a


retaguarda caso a alimentação tenha sido feita com a tampa aberta, e duas vezes caso tenha sido
feita com a tampa fechada.

d. Disparar - Acionar simultaneamente com os polegares a tecla do gatilho.

Observação:
A Mtr .50 M2, executa os tiros automático e semi-automático. Para o tiro automático,
devemos prender o retém do ferrolho com tecla. Para o tiro semi-automático, devemos liberar o
retém do ferrolho.

4. I N C I D E N T E S DE TIRO

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TIPO DE
INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES

1) Cartucho defeituoso - Esperar trinta(30)seg


Há percussão, mas - Remover o cartucho
não há disparo 2) Percussão incompleta - Participar com urgência
ao superior imediato
nos casos de avaria ou
dano.
- Substituí-lo

1) Percussor deformado, - Verificar o ocorrido


gasto ou quebrado. - Dar um golpe de
segurança
2) Ferrolho não avançado - Participar com urgência
Não há percussão completamente ao superior imediato
3) Recuo insuficiente do nos casos de avaria ou
ferrolho, que deixou dano
de levar, por isso, um - Substituí-lo
novo cartucho à câmara

1) Má apresentação do - Verificar o ocorrido,


cartucho tentando saná-lo dentro
Não há fechamento 2)Má introdução do dos limites permitidos
ou (e) trancamento cartucho na câmara ao atirador.
3) Tranca defeituosa - Remover o cartucho
4) Folga insuficiente do - Participar com urgência
cano ao superior imediato nos
casos de avaria ou dano
- Substituí-lo

1) Extrator deformado, ou - Participar com urgência


fraco ao superior imediato
nos casos de avaria ou
Não há extração 2)Garra do extrator, gasta ou dano.
quebrada. - Remover o estojo com
3) Gola do estojo partida. cuidado após retirar a
4) Câmara (ou munição) munição de metralhadora
extremamente suja - Substituí-lo
5) Estojo preso na câmara
por excesso de dilatação

5. ACESSÓRIOS E SOBRESSALENTES

a. Acessórios de Manutenção: os acessórios que permitem a execução da manutenção de 1º


e 2ª escalão da Mtr .50 M2, são:

- alicate de 6" corte lateral e mordentes separados;


- chave combinada MG;
- chave de fenda, cabo isolado, de 3" de lâmina e 3/16" de ponta
- escova de limpeza M4
- estojo M15 de vareta de limpeza (bolsa de lona com 05 divisões onde se
acondicionam as 5 seções da vareta de limpeza M7 e a escova de limpeza para a .50);

b. Acessórios de Transporte: a Mtr .50 M2, normalmente, é transportada em viaturas e


quando desembarcada é transportada pela guarnição sem auxílio de acessórios. Neste caso, os
serventes da peça seguram no cano e pernas traseiras do reparo .50 M3 terrestre.
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c. Acessórios de Tiro. Os acessórios que permitem a perfeita execução do tiro com a Mtr
.50 M2 são:
- calibrador de folga (existe um tipo brasileiro e um tipo americano ainda em uso).
- máquina de articular elos, M2;
- máquina de articular e desarticular elos, M7;
- cofre de munição M17, para 120 cartuchos .50;
- coletor M1 de elos metálicos;
- refletor de cano .50;
- reforçador para o tiro de festim;
- removedor M5 de estojo;
- removedor .50 de estojo rompido;
- saco coletor de elos metálicos.

d. Acessórios Especiais. Como acessório especial encontramos:

- Caixa M5 para acessórios (caixa de aço, medindo 7" x 7" x 16"), onde estão os
acessórios, as peças sobressalentes e 40 tiros na fita de elos metálicos;
- Capa para o cano sobressalente M13 (jogo);
- Envelope de lona M1, para sobressalentes de 4"x3" ;
- Envelope M14 para sobressalentes.

5. REPAROS

A Mtr .50 M2, utiliza vários tipos de reparos, quer em viaturas de combate, quer quando em
emprego terrestre.
Reparo .50 M3 Ter: para obter objetivos terrestres.
Reparo .50 M63 AAe: para objetivos terrestres e aéreos, podendo ser usado no
interior da organização.
Reparo de elevação M1: utilizado com auxílio do Reparo .50 M3 Ter., para bater
objetivos aéreos.
Reparo Tripé M1: para bater objetivos aéreos.

a. Reparo .50 M3 Terrestre

Usado para o tiro da Mtr .50 M2, quando fora de viaturas. Divide-se basicamente em:
- Tripé
- Mecanismo de elevação e direção

1) Tripé

Compõe-se de 6 partes, a saber:


- suporte-pião
- corpo do tripé
- perna dianteira com extensão
- perna direita com extensão
- perna esquerda com extensão
- travessa de pontaria

a) Suporte-Pião
É a peça que serve para fixar a Mtr ao reparo, compreende o garfo e
espigão, cavilha com porca e contra-pino.

b) Corpo do Tripé
É a parte superior do reparo. Nele notamos:
- Alojamento do suporte-pião
- Trava do suporte-pião
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- Encaixe das pernas traseiras com parafusos de fixação

- Encaixe da perna dianteira com discos entalhados

- Dispositivo de fixação da perna dianteira.

c) Pernas

Todas as três pernas do reparo possuem uma extensão que permite


colocá-las em posições mais altas. Nela encontramos:

- Sapata e garra

- Trava da extensão

- Retém da extensão

d) Travessa de Pontaria

É a união que existe entre as duas pernas traseiras, graduadas de 0 a


400 milésimos para cada lado, onde trabalha o mecanismo de elevação e direção.

2. MECANISMO DE ELEVAÇÃO E DIREÇÃO

Ligado à caixa da culatra por meio de uma cavilha e assentado na travessa de pontaria,
destina-se a apoiar a arma no reparo e a apontá-la. Compõe-se de:

- Suporte do mecanismo de elevação e direção com trava do suporte

-Garfo

- Parafuso de elevação

- Indicador de elevação

- Volante de elevação

a. Garfo

Possui uma cavilha e corrente para fixar o mecanismo da elevação e direção à caixa
da culatra. Possui, também, um micrômetro de direção que permite deslocar 20 milésimos para cada
lado de milésimo em milésimo, acionado por um botão de comando.

b. Volante de elevação

Peça que aciona o parafuso de elevação, permitindo baixar 100 milésimos e elevar
250 milésimos.

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