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Índice
Capa
Página Título
Direitos Autorais Página
Índice
Dedicatória
Prólogo
CAPÍTULO Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Interlúdio
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Interlúdio
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Interlúdio
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Interlúdio
Capítulo VINTE E Um
Capítulo VINTE E Dois
Epílogo
Sobre O Ebook
Agradecimentos
Sobre O Autor
Para Ralph McQuarrie
PRÓLOGO
Anakin tentava fingir que o beijo nunca tinha acontecido, mas a cada
minuto que passava depois daquele instante à beira do lago, a cada
momento com Padmé, ele se sentia mais torturado, como se seu coração
tivesse se tornado uma ferida aberta. Incapaz de repelir seus sentimentos,
ele confrontou Padmé, que lhe lembrou de que os Jedi não tinham
autorização para se casar, e que ela era uma senadora com coisas mais
importantes para fazer do que se apaixonar. Quando Anakin sugeriu que
eles poderiam manter um relacionamento secreto, ela respondeu que se
recusava a viver uma mentira.
Anakin começou a se perguntar sobre seu lugar na Ordem Jedi. Quanto
mais pensava sobre todas as regras que deveria seguir e sobre o tempo
dedicado à meditação e ao treinamento, mais ele questionava a lógica de
tanto sacrifício pessoal. É tão errado que eu goste de Padmé do jeito que eu
gosto? Ou que eu ainda sinta falta da minha mãe e me preocupe com ela?
Pela primeira vez desde que ele se tornara um Jedi, Anakin se viu
considerando seriamente a possibilidade de abandonar o sabre de luz, deixar
a Ordem e se tornar um cidadão da galáxia.
Ele tentava se imaginar em uma outra carreira. Tinha confiança de que
poderia encontrar trabalho como piloto ou como mecânico. Mas será que
esse tipo de trabalho me faria feliz? A resposta veio imediatamente para
Anakin: a única coisa que o faria feliz era estar com Padmé.
Mas e se eu deixasse de ser um Jedi e ela continuasse não enxergando
qualquer chance de um futuro comigo? E então? Era tudo complicado
demais para contemplar.
Se por um lado os momentos de vigília haviam se tornado
emocionalmente dolorosos para Anakin, dormir era ainda pior. Certa
manhã, ele estava na varanda do alojamento, meditando com os olhos
fechados, quando sentiu Padmé se aproximar atrás dele.
– Você teve outro pesadelo ontem à noite – disse ela.
– Os Jedi não têm pesadelos – ele respondeu laconicamente.
– Eu ouvi você.
Anakin não duvidava de que ela ouvira. O pesadelo tinha sido o pior até
o momento. Ele abriu os olhos e disse:
– Eu vi minha mãe. – Virando-se de frente para Padmé, ele fez um
grande esforço para impedir que a voz tremesse. – Ela está sofrendo,
Padmé. Eu a vi como estou vendo você agora. – Ele soltou um longo
suspiro, mas não era suficiente para liberar a pressão que estava ficando
cada vez mais forte dentro do peito. Anakin temia que o sonho da noite
anterior não fosse uma premonição, mas uma visão de eventos que já
houvessem acontecido. – Ela está sentindo dor – continuou. – Eu sei que
estaria desobedecendo minhas ordens de protegê-la, senadora, mas eu tenho
que ir. Eu tenho que ajudar minha mãe!
– Eu vou com você – disse Padmé.
– Desculpe – disse Anakin –, mas não tenho escolha.
Ele não havia esperado a possibilidade de que ela pudesse acompanhá-lo
a Tatooine. Eu posso continuar a vigiá-la. Obi-Wan não aprovaria, mas…
essa decisão não cabe a ele.
Sem informar nem Obi-Wan nem o Conselho Jedi sobre seus planos,
Anakin, Padmé e R2-D2 partiram de Naboo em uma esbelta nave real
Nubiana tipo H. Os aromas perfumados da terra natal exuberante e fértil de
Padmé ainda estavam frescos nas narinas de Anakin quando ele avistou o
planeta de areia ressequido e estéril.
Descendo e atravessando a atmosfera, eles voaram para o espaçoporto de
Mos Espa. Após desembarcarem e garantirem que a nave estivesse segura
em uma das valas abertas e profundas que serviam de baías de aterrissagem,
Anakin contratou um riquexó puxado por droide para levá-lo com Padmé à
loja de sucata de Watto. R2-D2 seguiu atrás deles.
Anakin não sabia bem como reagiria quando visse Watto novamente.
Apesar de seu antigo mestre ter sido mais bondoso do que outros donos de
escravos, Anakin sempre se ressentira do fato de que Watto havia se
recusado a libertar sua mãe. Watto não é o único culpado, Anakin pensou,
perguntando-se o quanto Qui-Gon havia se esforçado na tentativa de libertar
Shmi. Aqui a escravidão é permitida, e Watto é apenas um homem de
negócios.
Logo eles chegaram à loja, onde encontraram o velho toydariano sentado
na entrada. Não era de surpreender que Watto não reconhecesse o Jedi
jovem e alto que estava diante dele, mas, quando Anakin disse que
procurava por Shmi Skywalker, Watto ligou uma coisa à outra.
– Ani? – ele perguntou com um sobressalto, sem acreditar. – Pequeno
Ani? Nããão! – Seus olhos se arregalaram, então ele bateu as asas e gritou: –
Você é Ani! É você! Você cresceu, hein?
Watto depois informou Anakin de que vendera Shmi anos antes para um
fazendeiro de umidade chamado Lars e que ouvira dizer que Lars tinha
libertado Shmi e se casado com ela. Por sorte, os registros de Watto
proporcionaram a localização da fazenda, que ficava perto de uma pequena
comunidade chamada Anchorhead.
Depois de voltarem à nave e saírem em disparada da baía de
aterrissagem, Anakin, Padmé e R2-D2 voaram alto sobre o Mar das Dunas
setentrional. Foi uma questão de minutos até descerem nos arredores da
fazenda, que consistia de vaporizadores que coletavam umidade, espalhados
ao redor de uma pequena estrutura abobadada. A cúpula era uma entrada
para uma pequena propriedade subterrânea e um pátio adjacente que
repousava em um poço aberto. R2-D2 ficou com a nave, e Anakin e Padmé
caminharam em direção à cúpula. Assim que chegaram lá, foram recebidos
por um droide de protocolo coberto totalmente por placas metálicas.
– Oh! – exclamou o droide quando notou os dois humanos se
aproximando. Ele estivera fazendo um pequeno ajuste em um droide
Treadwell binocular, mas agora tinha se virado de frente para Anakin e
Padmé. – Hum, uh, olá. Como eu poderia ser útil? Sou C…
– 3PO? – disse Anakin, perguntando-se se sua mãe tinha sido responsável
por cobrir o corpo do droide com revestimento metálico.
Confuso, C-3PO inclinou ligeiramente a cabeça.
– Oh, hum… – Em seguida, ele se lembrou. – O criador! Oh, mestre Ani!
Eu sabia que você iria voltar. Eu sabia! E a senhorita Padmé. Minha nossa.
C-3PO os conduziu por um lance de degraus até o pátio, onde um homem
e uma mulher jovens, surpresos, surgiram por uma porta em arco. O casal
usava vestes pardacentas de deserto, comuns no planeta de areia. O homem
tinha porte robusto e mãos fortes de fazendeiro.
– Mestre Owen – disse C-3PO –, permita-me apresentar dois visitantes
muito importantes.
– Sou Anakin Skywalker – disse Anakin.
– Owen Lars – disse o fazendeiro, parecendo um pouco alarmado.
Apontando para a mulher ao seu lado, ele continuou:
– Hum, esta é minha namorada, Beru.
Beru sorriu timidamente e cumprimentou Padmé.
Mantendo os olhos em Anakin, Owen continuou:
– Acho que sou seu meio-irmão. Eu tinha a sensação de que você poderia
aparecer algum dia.
Ansioso e impaciente, Anakin passou os olhos pelo pátio e disse:
– Minha mãe está aqui?
– Não, ela não está – respondeu uma voz profunda vinda de trás. Anakin
e Padmé se viraram e encontraram um homem mais velho cujas
características grisalhas o entregavam obviamente como o pai de Owen. Ele
estava sentado em uma cadeira mecânica flutuante. Seu robe estava puxado
para trás e revelava sua perna direita como um coto enfaixado. – Cliegg
Lars – ele se apresentou enquanto sua cadeira o levava para frente devagar.
– Shmi é minha esposa. Devíamos entrar. Temos muito o que conversar.
Com o vento quente fazendo seu robe chicotear, Anakin cruzou para o
deserto de Jundland, onde se sabia que os tuskens se escondiam e caçavam
entre as formações rochosas imponentes. Ele não parou para pensar por que
os tuskens tinham pegado sua mãe, ou por que não a tinham matado como
fizeram com os outros fazendeiros. Até onde ele sabia, os tuskens poderiam
estar fazendo algum ritual profano. Os motivos não lhe importavam. Ele só
queria sua mãe de volta.
Anakin também a queria de volta sã e salva. Ele pensou sobre o que os
Nômades Tusken tinham feito com Cliegg Lars e aumentou a velocidade da
swoop pelo deserto.
Estava a cerca de 150 quilômetros da propriedade de Lars quando avistou
as silhuetas altas dos rastreadores da areia contra o céu crepuscular. Era um
acampamento jawa. Embora os jawas temessem os Nômades Tusken tanto
quanto quaisquer seres em Tatooine, Anakin sabia que os pequenos
catadores de sucata com seus olhos incandescentes estariam mais dispostos
a fornecer informações se ele desse alguma retribuição. Em troca de uma
ferramenta multifuncional e um scanner portátil que ele encontrou no
alforje do veículo emprestado, os jawas disseram que ele deveria seguir
para o leste e encontraria um acampamento tusken.
Fazia muito tempo que os sóis de Tatooine haviam se posto, e as luas
pairavam baixo no horizonte quando Anakin viu o conjunto de fogueiras
resplandecentes na parte inferior de um vale profundo. Deixando a swoop à
beira de um penhasco alto, ele se manteve nas sombras ao se aventurar para
o vale e se movimentar silenciosamente em direção ao acampamento.
O local consistia de cerca de duas dezenas de barracas feitas de peles e
pedaços de madeira coletados das florestas de Tatooine, mortas havia muito
tempo. Dois tuskens estavam a uma pequena distância de uma tenda,
montando guarda. Anakin estendeu a mão e, com o uso da Força, sentiu que
sua mãe estava ali dentro. Sem chamar atenção para si mesmo, ele deu a
volta na tenda, usou seu sabre de luz para cortar um buraco no revestimento
de pele esticada e entrou.
Anakin encontrou a mãe no centro da tenda, amarrada a uma estrutura
feita de varas finas de madeira. Uma pequena fogueira queimava em uma
tigela próxima e lançava sombras mornas e perversas pelas paredes da
barraca. Shmi não estava se movendo.
Assustado como uma criança, Anakin disse:
– Mãe?
Nenhuma resposta. Ele podia ver pelo sangue seco no rosto e nos braços
que ela tinha sido terrivelmente espancada.
– Mãe? – Ainda nenhuma resposta. Ela estava quase morta. Shmi gemeu
quando ele soltou seus pulsos das tiras de couro que a prendiam à estrutura.
Com cuidado, ele a abaixou até o chão, embalando a parte de cima de seu
corpo nos braços. – Mãe?
As pálpebras feridas de Shmi se abriram, e ela se esforçou para se
concentrar no rosto de Anakin.
– Ani? – murmurou. – É você?
– Estou aqui, mãe – disse ele. – Você está segura.
– Ani? Ani? – Ela parecia confusa, como se estivesse tentando descobrir
se ele estava mesmo ali. Então, incrivelmente, ela conseguiu sorrir. – Oh,
você está tão bonito. – Ela passou a mão de leve no rosto do filho, e ele
beijou-lhe a palma da mão aberta. – Meu filho. Oh, meu filho adulto. Eu
estou tão orgulhosa de você, Ani.
Anakin engoliu em seco e sentiu as lágrimas arderem em seus olhos
quando disse:
– Eu senti sua falta.
– Agora eu estou completa – disse Shmi. – Eu amo v…
Anakin ficou tenso quando a voz dela falhou.
– Fique comigo, mãe. Tudo…
Ele queria dizer que tudo ia ficar bem. E queria dizer muito mais, mas,
antes que pudesse falar qualquer coisa, Shmi disse novamente:
– Eu amo… – Logo em seguida, seus olhos se fecharam e sua cabeça
tombou para trás.
Ela morreu nos braços de Anakin.
Ele ficou sentado num silêncio atordoado, apenas segurando sua mãe. Se
eu tivesse chegado aqui mais cedo, poderia tê-la salvado. Ele passou os
dedos pelo cabelo emaranhado de Shmi. Eu não vou deixá-la aqui. Tenho
de levá-la de volta para a swoop. Mas aqueles guardas tuskens…
Anakin se lembrou do tusken que ele havia encontrado quando era
menino.
Eu salvei a vida dele!
Antes, Anakin não tinha questionado os motivos dos tuskens. Agora,
porém, se perguntava se eles teriam levado sua mãe se soubessem que o
filho dela um dia havia salvado alguém do povo deles. Ou é assim que os
tuskens agradecem? Anakin rapidamente especulou se o tusken que ele
resgatara ainda poderia estar vivo, possivelmente naquele mesmo campo.
Eu deveria tê-lo deixado morrer! Eu deveria!
Anakin pensou em como os tuskens tinham levado sua mãe, imaginou o
que ela havia sofrido durante aquele mês…
Por que eles fariam isso? Como alguém poderia fazer isso?
A resposta veio até ele dos cantos mais escuros de seu próprio coração.
Eles fizeram isso porque quiseram. Eles fizeram isso porque podiam. À
medida que sua tristeza se transformava em raiva, ele soube exatamente
como iria eliminar os guardas tuskens.
Abandonando temporariamente o cadáver de sua mãe, Anakin Skywalker
saiu da tenda e reativou seu sabre de luz.
Ele não se deteve com os guardas.
Quando Anakin chegou à residência dos Lars com o corpo de sua mãe
embrulhado em um cobertor, Cliegg Lars, Owen, Beru, Padmé e C-3PO
apareceram na cúpula de entrada. Eles observaram em silêncio Anakin tirar
a mãe morta da swoop e a levar em direção à porta. Ele não estava com
disposição para falar e tinha reconsiderado sua avaliação de que a família
Lars era composta de “pessoas boas”.
Qual é a vantagem de ser bom se você é fraco?
Sua expressão triste e carrancuda se fixou em Cliegg Lars, que baixou o
olhar.
Talvez você esteja desejando que não tivesse desistido dela tão cedo, não
é?
Sem diminuir o passo, Anakin redirecionou seu olhar para Owen e Beru.
Talvez minha mãe nunca tenha ensinado você a estar preparado para
cuidar das coisas?
Anakin nem sequer olhou para Padmé ou para o droide de protocolo
enquanto descia com sua mãe para a habitação subterrânea.
VINTE E TRÊS ANOS DEPOIS DO FIM DAS GUERRAS CLÔNICAS, Darth Vader não
tinha dificuldade em se lembrar do encontro de Anakin Skywalker com o
Supremo Chanceler Palpatine na Casa de Ópera das Galáxias. Embora, na
ocasião, ele ainda não tivesse se dado conta de que Palpatine era
realmente o Lorde Sith Darth Sidious, foi naquele momento particular que
Anakin Skywalker decidiu que precisava aprender os segredos dos Sith.
Na época, Anakin tinha se convencido de que só queria obter poderes
que o ajudariam a salvar sua esposa. Ele não queria seguir o caminho do
Lado Sombrio. Inclusive, ele continuou a se comportar com nobreza depois
do encontro na Ópera das Galáxias. Quando o Conselho o insultou uma
vez mais ao selecionar Obi-Wan para perseguir o General Grievous em
Utapau, Anakin se desculpou por sua arrogância. E, depois de ficar
sabendo que Palpatine era o Lorde Sith que havia assassinado Darth
Plagueis e de se dar conta de que o Chanceler não tinha intenção de abrir
mão de seu poder mesmo depois da morte do general Grievous, Anakin
relatou sua descoberta a Mace Windu, que liderou um grupo de Mestres
Jedi para capturar Palpatine. Anakin tinha feito a coisa certa.
Porém, como Anakin acreditava que sua única forma de salvar Padmé
era através do conhecimento arcano de Palpatine, ele não conseguiu
permitir que Mace Windu matasse o Lorde Sith. E depois permitiu que
Palpatine liberasse o relâmpago Sith em Mace Windu e escolheu trair todos
os Jedi de Coruscant: ele jurou lealdade a Palpatine.
Como novo aprendiz do Lorde Sith, ele havia recebido o nome de Darth
Vader antes de partir para matar todos os Jedi que permaneceram no
Templo. Agora, tantos anos depois, Vader refletiu sobre todos os Jedi que
ele assassinou naquele dia. Lembrando-se da expressão de espanto no rosto
de Mace Windu ao cair da janela do gabinete de Palpatine e dos gritos dos
Jedi mais jovens e seus professores, ele não sentiu nenhum remorso. Assim
como acreditava que havia feito o seu melhor para ser um Jedi obediente,
ele acreditava que suas ações como aprendiz de Palpatine eram ainda mais
corretas.
A fumaça ainda ondulava do Templo Jedi quando Vader viajou para o
mundo vulcânico de Mustafar para matar os líderes separatistas em seu
esconderijo. Enquanto isso, Palpatine proferiu uma ordem para que os
clone troopers de todos os mundos exteriores matassem seus generais Jedi
e depois informou ao Senado que os separatistas haviam sido derrotados e
que a rebelião Jedi havia sido frustrada. Aplausos jubilosos
acompanharam a declaração de Palpatine de que a República seria
reorganizada no primeiro Império Galáctico.
Depois de matar todos os líderes separatistas, o novo aprendiz de
Palpatine saiu da fortaleza na montanha em Mustafar para observar os
rios de lava incandescente que escorriam lá embaixo. Não lamentaria pelas
vidas que ele havia tirado. Porém, a perda de seu antigo ser, o menino que
sonhara em se tornar um Jedi, o deixou incapaz de segurar as lágrimas que
escorreram por suas faces.
Anakin Skywalker não existia mais. Ou existia? Afinal, Padmé havia se
apaixonado por Anakin, não por Darth Vader.
Ele não havia antecipado que Padmé, viajando com C-3PO, o seguiria
até Mustafar e refutaria a justiça de suas ações. Ele também não havia
previsto que Obi-Wan sobreviveria ao expurgo Jedi e que a traiçoeira
Padmé o levaria consigo. Apesar de seus poderes e dos anos de sintonia
com Obi-Wan, a raiva havia bloqueado sua habilidade de sentir a presença
do ex-Mestre em Mustafar até que ele o visse parado na escotilha da nave
de Padmé.
Ele também nunca tinha imaginado que Obi-Wan possuísse a força para
derrubá-lo tão brutalmente.
CAPÍTULO DOZE
– Darth Vader – Leia se dirigiu ao seu captor. Seus pulsos haviam sido
presos em algemas. Ela ignorou os numerosos Stormtroopers que também
estavam no estreito corredor da Tantive IV. Bravamente olhando direto nas
lentes do capacete do Lorde Sith, Leia continuou: – Só você poderia ser tão
atrevido. O Senado Imperial não vai deixar de tomar providências. Eles vão
ouvir que você atacou uma missão diplomá…
– Não finja estar tão surpresa, alteza – Vader interrompeu. – Sua missão
não tinha nada de caridosa desta vez. Várias transmissões foram enviadas a
esta nave. Quero saber o que aconteceu com os planos que eles enviaram a
você.
– Não sei do que você está falando – Leia respondeu bruscamente. – Eu
faço parte do Senado Imperial e estou em uma missão diplomática em nome
de Alderaan…
– Você faz parte da Aliança Rebelde… e é uma traidora – vociferou
Vader. – Levem-na!
Enquanto os Stormtroopers levavam Leia de sua nave para o Destróier
Estelar, um oficial do Império de nariz aquilino e uniforme preto chamado
Daine Jir caminhou ao lado de Vader pelos corredores. O Lorde Sith estava
em busca de algum sinal que pudesse levá-lo até os planos roubados.
– Ficar com ela é perigoso – disse o discreto Jir. – Se essa notícia se
espalhar, poderá gerar simpatia pela Rebelião no Senado.
– Eu segui os espiões rebeldes até aqui – disse Vader, sem preocupação. –
Agora ela é meu único elo para encontrar a base secreta.
Jir devia ter consciência da reputação da princesa, pois acrescentou:
– Ela vai morrer antes de te dizer alguma coisa.
– Deixe isso comigo – respondeu Vader. – Envie um sinal de alerta e
depois informe o Senado de que todos que estavam a bordo foram mortos!
Assim que Vader chegou a uma encruzilhada de corredores, o
comandante Praji o parou e disse:
– Lorde Vader, os planos da estação de batalha não estão a bordo desta
nave! E nenhuma transmissão foi feita. Uma cápsula de segurança foi
ejetada durante a luta, mas não havia nenhuma forma de vida a bordo dela.
Sentindo a raiva aumentar, Vader respondeu:
– Ela deve ter escondido os planos na cápsula de fuga. Envie um
destacamento para recuperá-los. Cuide disso pessoalmente, comandante.
Ninguém vai nos parar desta vez.
– Sim, senhor – respondeu Praji.
– E envie destacamentos para patrulhar os espaçoportos – Vader
acrescentou. – Nenhuma nave deve deixar Tatooine sem autorização
imperial.
Vader caminhou até uma janela e observou o planeta de areia. Parecia tão
estéril quanto ele se lembrava.
E pensar que eu já morei ali um dia… Esse foi meu lar antes que os Jedi
viessem e me levassem. Minha mãe deu seu último suspiro nessa terra e,
por anos, eu senti uma enorme… perda torturante.
Agora não sinto nada. Este mundo significa tanto quanto um grão de
poeira, e todos os seus habitantes poderiam muito bem virar pó.
Quando retornou para o Devastador, Vader considerou o fato de que
Tatooine poderia ser reduzido a pó pela Estrela da Morte. Ele ficou se
perguntando se assistir à obliteração do planeta de areia poderia lhe trazer
algum prazer. Era uma possibilidade que ele não deixaria de cogitar.
CAPÍTULO QUINZE
DEPOIS QUE A PRINCESA FOI LEVADA DE volta à cela, Vader se encontrou com
Tarkin na sala de conferências da Estrela da Morte.
– E quanto à busca pelos planos? – indagou Tarkin.
– Estou convencido de que a princesa os enviou para o planeta Tatooine
junto com uma dupla de droides. Pouco tempo atrás, uma nave fez um
lançamento altamente ilegal do espaçoporto de Mos Eisley, em Tatooine,
após a tripulação trocar tiros com um esquadrão de Stormtroopers. A nave
então entrou no hiperespaço e fugiu da perseguição. Acredita-se que os
droides em questão estejam a bordo.
Tarkin fez uma careta.
– E os nossos Stormtroopers foram derrotados, a nossa frota estelar
evadiu? Como isso é possível? De quem era a nave?
– É difícil dizer – respondeu Vader. – Ela tinha marcas de identificação
falsas e um registro falsificado. Além do mais, era uma nave extremamente
rápida e evasiva, provavelmente de um dos contrabandistas que se reúnem
naquela região.
Um oficial imperial entrou na sala de conferências e relatou que naves
batedoras tinham viajado para Dantooine, mas descobriram apenas vestígios
de uma base rebelde que fora evacuada algum tempo antes. Após a saída do
oficial, Tarkin explodiu de raiva.
– Ela mentiu! – vociferou o grande Moff. – Ela mentiu para nós!
Por mais que Vader respeitasse a indiferença de Tarkin aos assassinatos
em massa, sua exaltação indicava que a princesa Leia claramente tinha
vencido aquela batalha de vontades. Sem poder resistir a uma espetada
adicional na psique demente de Tarkin, Vader disse:
– Eu disse que ela nunca trairia a Rebelião conscientemente.
Tarkin fez uma careta.
– Extermine-a… imediatamente!
Vader atravessou a sala de conferências até um painel de comunicação.
De frente para o comunicador, ele anunciou:
– Segurança da área de detenção. Agendar execução da prisioneira na
célula 3187 para daqui uma hora-padrão.
– Sim, Lorde Vader – respondeu uma voz do comunicador.
Olhando feio para as costas de Vader, Tarkin disse:
– Eu falei imediatamente, Lorde Vader.
Vader estava prestes a responder quando um comunicador zuniu sobre a
mesa diante de Tarkin. Ele apertou um botão e atendeu:
– Sim?
Do comunicador, um oficial imperial anunciou:
– Acabamos de capturar um cargueiro que estava entrando nos
fragmentos restantes do sistema Alderaan. Suas marcações coincidem com
as de uma nave que decolou de Mos Eisley.
Processando a informação, Vader supôs:
– Eles devem estar tentando devolver os planos roubados à princesa. Ela
ainda pode ter alguma utilidade para nós.
Darth Vader passou para a baía 327 do hangar da Estrela da Morte, onde
um raio trator havia depositado a nave capturada. Assim que entrou no
grande hangar, Vader reconheceu a nave avariada como um velho cargueiro
corelliano modelo YT-1300. Ele também observou as características
personalizadas, incluindo canhões ilegais blaster de nível militar e um
sensor côncavo absurdamente grande e de última geração a bombordo.
Definitivamente uma nave de contrabandista, Vader pensou enquanto
passava pelo esquadrão de Stormtroopers que fazia a segurança da nave.
Um capitão imperial de uniforme cinzento e dois Stormtroopers
desceram a rampa de desembarque. O capitão parou diante de Vader e
anunciou:
– Não tem ninguém a bordo, senhor. De acordo com o registro, a
tripulação abandonou a nave logo após a decolagem. Deve ser um
chamariz, senhor. Várias das cápsulas de fuga foram ejetadas.
– Encontrou algum droide?
– Não, senhor – respondeu o capitão. – Se havia algum a bordo, eles
também devem ter sido ejetados.
– Envie um grupo de busca a bordo – ordenou Vader. – Eu quero que
cada parte da nave seja verificada.
– Sim, senhor.
Vader olhou para o casco da nave.
– Eu sinto algo… Uma presença que não sinto desde…
Desde Mustafar.
Em seguida, ele compreendeu.
Obi-Wan Kenobi…
Ele está vivo!
Quase uma hora depois de o cargueiro ter sido capturado, o grande Moff
Tarkin estava em seu lugar habitual na sala de conferência quando Darth
Vader anunciou:
– Ele está aqui.
– Obi-Wan Kenobi! – Tarkin disse com descrença. – O que o faz pensar
assim?
– Um tremor na Força – respondeu Vader. – Da última vez que senti isso,
eu estava na presença do meu antigo Mestre.
– Com certeza agora ele deve estar morto.
– Não subestime o poder da Força.
– Os Jedi foram extintos – Tarkin insistiu. – O fogo deles deixou de
existir no universo. Você, meu amigo, é tudo o que resta daquela religião. –
Um sinal soou no comunicador do painel em frente ao assento de Tarkin. O
grande Moff apertou um botão e atendeu: – Sim?
Do comunicador, uma voz respondeu:
– Temos um alerta de emergência no bloco de detenção AA-23.
– A princesa! – exclamou Tarkin. – Coloque todas as seções em alerta!
– Obi-Wan está aqui – disse Vader. – A Força está com ele.
– Se você estiver certo, não devemos permitir que ele fuja.
– Fugir não está nos planos dele – objetou Vader com conhecimento de
causa. – Eu tenho que enfrentá-lo… sozinho. – Ele se virou para a porta.
Por maior que fosse a Estrela da Morte, Darth Vader sabia que iria
encontrar o esquivo Mestre Jedi.
No entanto, primeiro ele se certificaria de que um dispositivo rastreador
fosse colocado no cargueiro capturado. Embora tivesse confiança de que
Obi-Wan não deixaria a Estrela da Morte, na verdade ele estava contando
com a possibilidade de que a princesa fugisse.
Obi-Wan Kenobi, vestindo um robe de deserto marrom sujo com uma
grande capa, já havia conseguido evitar inúmeros Stormtroopers e sensores
sofisticados de segurança no momento em que Vader o avistou adentrando
um túnel de acesso mal iluminado, de paredes cinzentas, que levava de
volta à baía de ancoragem 327. Vader ficou em plena vista, empunhando o
sabre de luz de lâmina vermelha e bloqueando o caminho de Obi-Wan para
o cargueiro capturado.
Ele parece tão velho, Vader pensou, mas sabia que não deveria supor que
o Obi-Wan de barba branca tinha enfraquecido com a idade. Quando Vader
avançou lentamente em direção ao intruso de capuz, seu antigo Mestre
ativou o sabre de luz de lâmina azul.
– Eu estava esperando por você, Obi-Wan – disse Vader, aproximando-se
do velho Jedi. – Enfim nos encontramos de novo. O círculo agora está
completo.
Obi-Wan assumiu uma postura ofensiva.
– Quando deixei você – Vader continuou –, eu era apenas o aprendiz;
agora sou o mestre.
– Apenas um mestre do mal, Darth – disse Obi-Wan.
Embora Vader não esperasse que Obi-Wan se dirigisse a ele pelo nome
obsoleto de Anakin Skywalker, era muito incomum que alguém o chamasse
apenas pelo seu título de Lorde Sith. Ele está tentando me confundir!,
pensou Vader.
Obi-Wan se movimentava com rapidez brandindo o sabre contra Vader,
mas o Lorde Sombrio bloqueou o ataque com facilidade. Houve um estalo
elétrico alto quanto os sabres de luz se tocaram. Implacável, Obi-Wan fez
uma série rápida de golpes, mas todos foram defendidos por Vader.
– Seus poderes estão fracos, velho – disse Vader.
– Você não pode vencer, Darth – respondeu Obi-Wan, o que fez Vader se
perguntar se talvez Obi-Wan estaria zombando, recusando-se a se dirigir a
ele do jeito certo. Com incrível autoconfiança, Obi-Wan acrescentou: – Se
me derrotar, eu vou me tornar mais poderoso do que você jamais poderia
imaginar.
– Você não deveria ter voltado – disse Vader.
Os sabres de luz entraram em confronto de novo e de novo, e o duelo
continuou até que Obi-Wan e Vader estivessem próximos à entrada da baía
de ancoragem 327. Enquanto se moviam em direção à porta que dava
diretamente para o hangar onde estava o cargueiro capturado, Vader ouviu
passos de Stormtroopers se aproximarem correndo. A arma de Vader
cruzou-se com a de Obi-Wan quando este desviou o olhar para o hangar.
Vader manteve os olhos cravados no Jedi. Desta vez você não me escapa!
Inesperadamente, Obi-Wan ergueu o sabre de luz diante dele e fechou os
olhos. Sua expressão era serena.
Vader mal podia acreditar. Ele está se rendendo! Sem piedade, o Lorde
Sith brandiu firme o sabre de luz e cortou a forma de Obi-Wan. Ele
francamente esperava ouvir o som satisfatório do corpo devastado
desabando no chão polido, mas ficou surpreso ao ver apenas o robe e o
sabre de luz do Jedi a seus pés. O corpo de Obi-Wan tinha desaparecido
completamente.
– Não! – gritou uma voz do hangar. De repente, o ancoradouro foi
preenchido pelo ruído de muitos blasters disparando ao mesmo tempo.
Vader ouviu o grito e os disparos, mas não deu atenção. Atônito, ele
olhou para arma e para o robe vazio de Obi-Wan; em seguida, chutou as
roupas com a bota. Onde ele está? Como ele poderia desaparecer? Que
tipo de truque é esse?
Do hangar, acima do barulho da luta de blasters, Vader ouviu a princesa
Leia gritar:
– Vamos! Vamos! Luke, é tarde demais!
Vader não tinha interesse em deter a princesa Leia, nem quis saber quem
viria a ser “Luke”, mas não podia deixá-los fugir com tanta facilidade.
Afastando-se do robe e do sabre de luz caídos de Obi-Wan, ele se dirigiu ao
hangar. Porém, antes que pudesse chegar à porta, uma voz de homem gritou
lá de dentro:
– Atire na porta, garoto!
Houve uma pequena explosão do outro lado, e as duas portas de
segurança deslizaram das paredes para vedar o hangar. Momentos mais
tarde, Vader ouviu os motores do cargueiro rugirem e ganharem vida,
levando a nave para fora do hangar e para longe da Estrela da Morte.
Tinha sido ideia de Vader plantar o dispositivo rastreador no cargueiro e
permitir que a princesa escapasse; assim, inadvertidamente, ela levaria o
Império até a base rebelde secreta. Vader estivera confiante de que seu
plano iria funcionar. E, no entanto, ao pegar o sabre de Kenobi, percebeu
que já não tinha tanta certeza do que o futuro reservava.
Foi determinado que o cargueiro viajara para Yavin 4, a mesma lua onde
Anakin Skywalker havia duelado contra Asajj Ventress durante as Guerras
Clônicas. Primeiro Tatooine, agora Yavin 4, Vader pensou. Apesar de sua
devoção ao poder do Lado Sombrio da Força, ele tinha a sensação
incômoda de que seu passado estava voltando para assombrá-lo.
Assim que a Estrela da Morte chegou ao sistema Yavin e ficou a uma
distância de trinta minutos de onde poderia destruir a lua com a base
rebelde, a confiança de Vader retornou.
– O dia de hoje será lembrado por muito tempo – ele disse a Tarkin na
sala de controle da Estrela da Morte. – Ele assistiu ao fim de Kenobi. Logo
verá o fim da Rebelião.
INTERLÚDIO
LUKE SKYWALKER.
De acordo com registros municipais obtidos no povoado de Anchorhead,
em Tatooine, esse era o nome no registro de um skyhopper T-16 de
propriedade de um piloto humano do sexo masculino que tinha vivido na
propriedade Lars e tinha cerca de dezenove anos-padrão.
Luke Skywalker.
De acordo com um espião temporário Kubaz em Mos Eisley, esse era o
nome no registro de uma loja chamada Corredores do Espaçoporto,
referente a um solodeslizador comprado de um jovem que, mais tarde,
partira na Millennium Falcon, o cargueiro corelliano que também
transportara Obi-Wan Kenobi até a Estrela da Morte.
Luke Skywalker.
De acordo com um rebelde capturado interrogado por Darth Vader no
planeta Centares, esse era o nome do piloto de X-Wing que havia destruído
a Estrela da Morte.
Luke Skywalker.
Mesmo inspecionando sua nave capitânia quase concluída, o Super
Destróier Estelar Executor, nos Estaleiros Espaciais de Fondor, Vader não
conseguia tirar Luke Skywalker da cabeça. Em silêncio, ele ruminava o
nome e considerava o fato de que o garoto havia nascido três anos depois da
morte de Shmi Skywalker. Até onde ele sabia, Anakin Skywalker era o
único parente vivo de sua mãe.
Poderia haver outros Skywalker em Tatooine? Vader aceitava a
possibilidade. Afinal, não era um nome totalmente incomum na galáxia.
Mas, dezenove anos atrás, Anakin e Padmé Amidala estavam esperando
um bebê.
Dezenove anos-padrão.
Não é possível, pensou Vader. Eu matei Padmé. O bebê morreu com ela.
Não pela primeira vez, ele se perguntou se o imperador havia lhe contado
toda a verdade sobre a morte de Padmé. Mas eu me lembro de sufocá-la…
de vê-la cair em Mustafar. Eu estava tão zangado. E, mesmo assim…
Luke Skywalker existe.
Vader se recusava a acreditar que o sobrenome do famoso rebelde fosse
apenas uma coincidência bizarra. Se fosse dono de qualquer outro nome,
Vader não teria hesitado em relatar ao imperador o que tinha descoberto.
Mas, por razões puramente egoístas, ele manteve o nome do rebelde em
segredo. Para ele, Luke Skywalker era mais do que um mistério a ser
resolvido.
Ele é… uma oportunidade. Por mais poderosa que a Força seja nele,
Luke é uma oportunidade… uma oportunidade para um poder ainda maior.
Mas quem é ele? Quem eram seus pais? Ele poderia ser o filho de Obi-
Wan? Mas, então, por que ele recebeu o nome Skywalker e foi criado pela
família Lars? Ou simplesmente estava sendo treinado por Obi-Wan?
Como Obi-Wan Kenobi, Shmi Skywalker, Owen e Beru Lars e Padmé
Amidala estavam todos mortos, só havia uma maneira de Vader conseguir
descobrir a verdade. Ele mesmo teria que perguntar a Luke Skywalker. Só
precisava encontrá-lo.
Depois de recrutar um ator para personificar Obi-Wan Kenobi, Vader
teceu uma nova armadilha especificamente para Luke no mundo desértico
de Aridus. Infelizmente, Luke enxergou o ardil e escapou. Vader ficara
ainda mais frustrado pelas ações de seu oficial superior, o extremamente
incompetente almirante Griff, que permitiu que a Aliança Rebelde fugisse
do bloqueio imperial em Yavin 4 e evacuasse para uma nova base secreta.
Vader não desistiu: procurava e esperava por qualquer informação que o
levasse a Luke Skywalker e a seus aliados. Ele levou o sabre de luz de Obi-
Wan Kenobi de volta para o Castelo Bast, onde também estudava um antigo
holocron Sith que havia obtido. Supervisionou vários projetos secretos,
incluindo o desenvolvimento do pacifog capaz de alterar mentes; em Kadril,
a construção de troopers sombrios imperiais robóticos; e a preparação de
uma nova superarma no sistema Endor. A uma agente da Inteligência
Imperial chamada Shira Brie, sensitiva à Força, ele deu a incumbência de se
infiltrar na Aliança Rebelde, mas sua missão de desacreditar Luke
Skywalker foi um fracasso e a deixou horrivelmente ferida. Como ainda
considerava Brie valiosa, Vader ordenou que médicos imperiais
substituíssem os seus membros quebrados por próteses de ciborgue e a
ofereceu a Palpatine para servir como uma agente secreta de elite.
Luke Skywalker também não ficou parado. À medida que notícias de
suas ações se espalhavam, muitos integrantes do Império se familiarizaram
com o nome do jovem piloto, que era uma figura proeminente na Aliança
Rebelde.
A ASCENSÃO E A QUEDA DE DARTH VADER É UM LIVRO DE FICÇÃO. TODOS OS PERSONAGENS, LUGARES E ACONTECIMENTOS SÃO FICCIONAIS.
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
Angélica Ilacqua CRB-8/7057
K28s Windham, Ryder
THE RISE AND FALL OF DARTH VADER [recurso eletrônico] / Ryder Windham ; traduzido por Felipe CF Vieira. - São
Paulo : Universo dos Livros, 2020-1618
208 p. : 2.0 MB.
Tradução de: The Rise and Fall of Darth Vader
ISBN: 978-85-7930-983-0 (Ebook)
1. Literatura norte-americana. 2. Ficção científica. I.Summa, Guilherme CF. II. Título.
20.1618