Você está na página 1de 33

Ciclo teórico a volume constante sobre-expandido (MILLER)

O ciclo de Miller é baseado no ciclo de Otto, mas a expansão é mais longa


que a compressão, permitindo uma sobreexpansão dos gases queimados
que, de outro modo, seriam perdidos pelo escape. Tal pode ser conseguido
por vários métodos:

- uso de um sistema biela-manivela especial que permite que os tempos de


admissão/compressão sejam menores que os de expansão/escape;

-reduzindo a admissão/compressão
fechando a válvula de admissão muito
antes do PMI, mantendo a extensão da
expansão (EIVC – early intake valve
closure);

-reduzindo a admissão/compressão
fechando a válvula de admissão muito
depois do PMI (parte dos gases admitidos
saem novamente do cilindro, LIVC – late
intake valve closure), mantendo a
extensão da expansão;
Ciclo teórico a volume constante sobre-expandido (MILLER)
Um motor de ciclo “Miller” moderno é fisicamente igual a um de ciclo Otto.
A diferença está no tempo de abertura da válvula de admissão (1). Ao ficar
aberta por mais tempo, ela diminui a fase da compressão (2), que começa
acima do PMI (ponto-morto inferior), e aumenta o curso da de expansão,
permitindo aproveitar melhor a energia da queima do combustível (3).

Q5-1 “Back-flow”
Q4-5 Perda de calor

Diagrama p-V do ciclo Miller


Ciclo teórico a volume constante sobre-expandido (MILLER)
Pode funcionar como ciclo Otto em
momentos de máxima potência ou o novo
ciclo B em condicioções normais de uso.

A mudança do ciclo de trabalho é efetuada


pelo deslocamento axial do eixo de cames,
que possui dois ressaltos para cada
válvula, para alterar os momentos de
ativação de cada válvula de admissão.

Redução de consumo de 8%, potência de


184 cv a 4400 rpm e torque máximo de
300 Nm a 1600 rpm.
Ciclo teórico a volume constante e expansão
total (ATKINSON)
O uso do ciclo Miller serve para aproveitar parte
da entalpia dos gases de escape que, de outro
modo, seriam perdidos pelo escape. O ciclo de
Atkinson aproveita toda a entalpia ao fazer a
expansão até a pressão atmosférica.

• Seria necesário um motor excesivamente


grande para permitir a enorme expansão e
não seria eficiente devido às perdas por atrito.
MOTOR Híbrido: THS II (três motores Motor quatro cilindros de 2,5 L, ciclo
elétricos).Combustão: 2.5 L DOHC 4 Atkinson e um elétrico que combinados
cilindros 16V (VVT-iE)(Atkinson). entregam 218 cv.
Potência combinada de 222 cv.

Motor 4 cil., diant., transv., gas., ciclo


Atkinson, 1.798 cm3; 16V, 98 cv. Elétrico
de 72 cv. Potência combinada de 123 cv
Motores de 2T
CLASSIFICAÇÃO
Diferenças fundamentais entre motores de 2T e 4T.

Diferenças 4T 2T
Tempos x Ciclo Útil 2 voltas manivela 1 volta manivela
Fator de tempos x=2 x=1
Mais simples
Sistema mecânico Mais complexo Ausência de:
Válvulas
Eixo comando
Ruim
Alimentação Boa Perda de mistura no escape
Presença de lubrificante
Lubrificação Boa Ruim
Presença de combustível
Motor Rotativo (WANKEL)

O funcionamento do motor Wankel resume-se a quatro etapas: admissão,


compressão, explosão e escape. No entanto, estas são feitas de maneira
diferente do motor de pistões. O bloco Wankel é formado, essencialmente,
por três peças: o rotor, a caixa do rotor e o veio de excêntricos. Não há
molas, válvulas, árvores de cames e outras coisas móveis.
Motor Rotativo (WANKEL)

Vantagens:

• Não apresenta movimentos alternativos;


• Isento de vibrações;
• Rápida subida de rotação (pouca inercia das peças em movimento);
• Elevada potência (o dobro dos motores convencionais para uma mesma
cilindrada);
• Elevada velocidade máxima de funcionamentoe baixo peso.

Inconvenientes:

• Difícil vedação da câmara de combustão;


• Elevadas perdas por atrito;
• A câmara de combustão não é compacta, o que leva a problemas de
combustão, que obriga ao uso de 2 ou 3 velas e gera grandes perdas de
calor);
• A lubrificação é feita por óleo perdido, o que eleva o seu consumo e
poderá criar problemas de poluição;
• De difícil reparação pela complicada geometria da carcaça e baixo torque.
Exercício 2:

Um motor de 6 cilindros tem cilindrada de 5,2 L. O diâmetro dos cilindros é 10,2


cm o volume morto é 54,2 cm3

Determine:

a)O curso;
b)A taxa de compressão;
c)O volume total do cilindro

Exercício 3:

Um motor de 8 cilindros tem cilindrada de 5 L e taxa de compressão de 9:1.


Qual é o volume total do motor?
Motores de Combustão Interna
Motor de Ignição por Faisca
Motores de Combustão Interna
Motor de Ignição por Faisca
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Diferenças entre os Ciclos Otto Real e Teórico

Curvas de expansão e compressão não coincidem devido:

• Perdas por transmissão de calor (politrópica, refrigeração);

• Combustão não instantânea (antes do PMS);

• Tempo de abertura da válvula de escape (antes do PMI);

• Perdas por bombeamento;

• Redução das temperaturas e pressões máximas (fluido não ideal);

• Dissociação (absorve calor).


Motores de Combustão Interna
Comparação do ciclo real com o teórico

60 % perdas de calor
30 % tempo finito de combustão
10 % abertura válvula de escape
Motores de Combustão Interna
CICLOS TEÓRICOS DOS MCI
Finalidades e Hipóteses

Para o estudo dos ciclos ideais estabelece as seguintes hipóteses:

• Fluido operante ar (gás perfeito);


• Sistema fechado;
• Processo cíclico constituído por transformações reversíveis;
• Combustão: entrega de calor ao sistema;
• Escape: retirada da calor do sistema.

O estudo matemático é simples, baseado nas leis dos gases perfeitos,


estabelecendo limites máximos teóricos tais como: temperaturas,
pressões, rendimentos, relação de trabalho, trabalhos máximos e etc.
Motores de Combustão Interna
Ciclo Otto
Modelo de substância Incompressível

Para líquidos e sólidos geralmente assume-se que o volume


específico (massa específica) seja constante e que a energia interna
específica varie somente com a temperatura (substância
incompressível).
Valores aproximados para v, u e h para
estados líquidos podem ser obtidos
utilizando dados de líquido saturado.

Ao longo de intervalos limitados de temperatura a


variação de c com a temperatura é pequena.
REVISÃO DA TERMODINÂMICA
Calor específico a volume constante (cv): é a
variação da energia interna específica somente com a
temperatura num processo a volume constante.

 u   kJ 
cv (T )      ( gás ideal )
  T v cte  kg K 

É a energia necessária para variar a temperatura de


um quilo de substância em um Kelvin.
REVISÃO DA TERMODINÂMICA
Calor específico a pressão constante (cp): é a
variação da entalpia específica somente com a temperatura
em um processo a pressão constante.

 h   kJ 
cp     kg K  ( Incompressível )
  T  p cte  

É a energia necessária para variar a temperatura de


um quilo de substância em um Kelvin.
REVISÃO DA TERMODINÂMICA

Líquidos e Sólidos - Incompressível

c p  cv  c

Ao longo de intervalos limitados c pode ser tratado como constante.


REVISÃO DA TERMODINÂMICA
Gases perfeitos – Observações

cp
k é constante para cada gás
cv
Para o ar k  1,4 e ainda:

kR R
cp  c v  R cp  cv 
k 1 k 1

c p ,ar  1004 [J/kg°C] cv ,ar  717 [J/kg°C] R  287 [J/kg°C]


REVISÃO DA TERMODINÂMICA
CICLOS TEÓRICOS DOS MCI

Rendimento Térmico

wc q q T 1
t    1    1  41  1  1  1  k 1
q q q23 T2 rv

Áreas do p-v e T-s

 W  Q
w   w   q  q
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Ciclo Otto Teórico

1–2 Compressão isentrópica 3–4 Expansão isentrópica


2–3 Adição de calor isocórica 4–1 Rejeição de calor isocórica
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Ciclo Otto Teórico

k = 1,3 (gases de descarga)


k = 1,4 (Ar)
k = 1,667 (Gases nobres, He, Ar..)
REVISÃO DA TERMODINÂMICA
Gases perfeitos - Processo Isentrópico (S = cte)

1
k 1
 T1   V2   V2   T1  k 1

     ou     
p

 T2   V1   V1   T2 
2
p2

1
p1

2 2  PV
V1 V2 V
PV
W 1 1

1 k
REVISÃO DA TERMODINÂMICA
Gases perfeitos - Processo Isocórico (v = cte)

T
p1 T1
T2
3

p 2 T2
T1 2

S1 S2 S Q  m c v T2  T1 
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Ciclo Teórico a pressão limitada (Misto ou Dual)

Aproveita algumas das vantagens dos ciclos Otto e Diesel. É a melhor


aproximação real da máquina de ignição por compressão. Neste, o calor
supõe-se fornecido em duas etapas, uma a volume constante e outra a
pressão constante.

Câmaras de combustão em motores diesel


MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Pressão média do ciclo

Definição: é a pressão constante teórica que, aplicada sobre o pistão durante


seu curso motriz “L”, forneceria o mesmo trabalho, correspondente ao ciclo
completo.
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Potência
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Relações entre as potências


Como o MCI é uma máquina térmica, a produção de potência provém do
fornecimento de calor proveniente da combustão da mistura ar-
combustível.

De modo que (segundo a Segunda Lei):

Eficiência térmica Eficiência global Eficiência mecânica


MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Relações entre as potências

Consumo específico de Combustível


DEFINIÇÕES

Você também pode gostar