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Aula 3.5 - Materiais para Pavimentacão - CAMADAS DE DESGASTE DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS 28-09-18
Aula 3.5 - Materiais para Pavimentacão - CAMADAS DE DESGASTE DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS 28-09-18
As camadas de desgaste dos pavimentos flexíveis que se usam com mais frequência são os Tapetes
de Betão Betuminoso e os Revestimentos Superficiais Betuminosos. Sendo os primeiros mais
resistentes e mais caros, usam-se nas estradas em que o tráfego é significativo e praticamente na
maioria das estradas nacionais.
Usam-se nas estradas com pouco tráfego ou no caso de construção por fases, em que numa primeira
fase se faz um pavimento mais leve para durar um certo tempo e depois, quando se justifica (por
razões de o tráfego ter aumentado, ou por haver financiamento que não havia anteriormente),
constrói-se em cima do revestimento superficial um tapete betuminoso.
Em casos em que se queira um acabemento cuidado e não se justifique um pavimento tão espesso
como o de betão betuminoso, pode fazer-se um tapete de argamassa betuminosa que usa agregado
mais fino e permite camadas de espessura reduzida (3 a 4 cm), enquanto os betões se empregam em
camadas de 4 a 8 cm em geral.
As argamassas usam-se também para melhorear as características superficiais (rugosidade,
aderência) dos pavimentos que desse ponto de vista estão defeituosos, mas que no aspecto estrutural
estão ainda bem (não têm deformações, nem fendas nem desagregações).
Os betões betuminosos têm função estrutural importante, as outras camadas de desgaste não.
Os materiais usados são os mesmos (britas, areias, filler e betume) mas aqui a granulometria é mais
fina, sendo a dimensão máxima dos betões betuminosos em geral não superior a 19 mm. Nas
argamassas betuminosas só entram areia, filler e o betume.
As composições são estudadas em cada caso, em função das especificações do Caderno de Encargos
e dos agregados de que se dispõem na obra.
Um aumento no volume de vazios implica menor resistência e permite circulação de água e lavagem
do betume;
O volume de vazios não pode também ser muito baixo porque pode haver expulsão do betume na
compactação;
Para cada mistura de ensaio (um teor em betume) fabricam-se pelo menos três provetes iguais:
mistura e compactação por apiloamento normalizado. A seguir submete-se o provete ao ensaio de
compressão Marshall, a 60ºC, medindo a força de rotura e a deformação até a rotura. (ver as figs
seguintes).
No caso de tapetes em betão betuminoso em geral há duas camadas. Uma inferior, de regularização e
uma superior de desgaste. Ambas têm função estrutural mas a de baixo é em geral ligeiramente
menos resistente, mais pobre em betume e na qualidade do agregado, e destina-se a disfarsar
Vias de Comunicação II Engº. Célio Rapieque
A’P OLITÉCNICA Engenharia Civil
eventuais irregularidades da base, formando uma superfície resistente, desempenada e regular para
assentar a camada de desgaste.
Quando o tapete é aplicado sobre uma base não betuminosa é usual procurar melhorar a ligação entre
elas, fazendo na base uma rega de impregnação que pretende criar na parte superior da base uma
zona em que um aglutinante betuminoso penetra um pouco (até não mais de 1 cm) aflorando também
na superfície da camada para se ligar bem à camada betuminosa sobrejacente, em geral a camada de
regularização.
Os aglutinantes usados nas regas de impregnação são fluidos à temperatura de aplicação que em
geral é baixa. Usam-se betumes fluidificados de cura média MC-30 ou MC-70, nos casos mais
frequentes ou então emulsões lentas. Isto é para eles serem fluidos durante tempo suficiente para
penetrar por gravidade.
A taxa de aglutinante anda por 1,2 kg/m 2 mas tanto ela como o tipo de aglutinante devem ser
ajustados na obra para obter boa impregnação.
Entre camadas betuminosas, para facilitar a sua ligação é usual fazer-se uma rega de colagem em
que se pode usar um betume 180/200, betumes fluidificados de cura rápida ou emulsões de rotura
rápida, estas em geral diluidas em água a 50% e aplicada a taxa de cerca de 1 kg/m2.