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Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul

Escola Estadual Prof. Brasilina Ferraz Mantero


Rua Tamoio 260 – Jardim Leblon
Campo Grande – Fone: (67) 3314 – 6057

Apostila de Química
QUÍMICA GERAL

Prof. Fábio de Lima

1 Ano A e B

Campo Grande - MS
Agosto de 2020
CAPÍTULO 1

Funções Inorgânicas

Índice

1.1 Ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.1 A história dos ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.2 Ácidos de Arrhenius . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.3 Características e propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.4 Classificação dos ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.5 Nomenclatura dos ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.6 Fórmulas dos ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.7 Exercícios de Sala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2.1 Reações ácido-base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2.2 Propriedades funcionais das bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.3 Características das bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.4 Classificação das Bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.5 Nomenclatura das bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.2.6 Fórmulas das bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.2.7 Principais bases do cotidiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.2.8 Exercícios em Sala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.2.9 Exercícios para serem entregues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.1 Ácidos
Os ácidos são substâncias químicas que, em uma solução
aquosa, liberam íons de hidrogênio. Além disso, são conheci-
dos como “doadores de prótons”, pois liberam, também, cáti-
ons e ânions. Essa substância pode ser observada no dia a dia,
como no suco de laranja e, até mesmo, no organismo dos seres
humanos.
Dentro do organismo, a substância é definida como ácido
clorídrico, presente no suco gástrico, auxiliando no processo
de digestão. Uma das características dos ácidos é a capacidade de formar sais e água na reação com
as bases. Por conta disso, a reação é denominada “reação de neutralização”.
Contudo, os ácidos foram percebidos de diferentes formas durante história. Isso porque, por pos-
suírem propriedades específicas – como o sabor azedo e a reação com metais – deixavam as pessoas
curiosas sobre as propriedades presentes nas substâncias ácidas.

1.1.1 A história dos ácidos


No início, os ácidos eram classificados como substâncias que
apenas liberavam íons de hidrogênio quando dissolvidos em
água. Essa definição foi formulada pelo químico sueco Svante
Arrhenius e, por conta disso, foi nomeada como “Teoria de Ar-
rhenius”.
Entretanto, as definições estabelecidas pelo químico não en-
globavam as propriedades de todos os ácidos. Isso porque,
a composição química de um ácido possuía mais elementos,
além das reações em ácido-base nas soluções aquosas, especificadas por Arrhenius.
Dessa forma, o físico-químico da Dinamarca, Johannes Nicolaus Brönsted (1879-1947), e o inglês
Thomas Martin Lowry (1874-1936), desenvolveram uma nova teoria que incluía outros tipos de bases
nas reações. Por conta disso, criaram a “Teoria Protônica”, também chamada de Teoria ácido-base
de Brönsted-Lowry.
A partir da teoria elaborada pelos físicos, a classificação dos ácidos envolveria agora todas as subs-
tâncias (íon ou moléculas) que possuem a capacidade de doar prótons. Além disso, as bases das
soluções seriam aptas para receber prótons (íons H+).

1.1.2 Ácidos de Arrhenius


Destacamos nessa secção os prinpais pontos a serem discutidos nesse capítulo.

• Um ácido de Arrhenius é qualquer composto que aumenta a concentração do H+ em solução


aquosa.

............................................ 4 ............................................
• Uma base de Arrhenius é qualquer composto que aumenta a concentração do OH em solução
aquosa.

• Em solução aquosa, os íons H+ reagem instantaneamente com a água para formar íons hidrô-
nio, H3O+

• Em uma reação ácido-base, ou neutralização, um ácido e uma base de Arrhenius geralmente


reagem para formar água e um sal.

A teoria de Arrhenius para ácidos e bases foi proposta originalmente pelo químico sueco Svante
Arrhenius em 1884. Ele sugeriu a classificação de certos compostos como ácidos ou bases com base
nos íons formados por eles quando adicionados à agua.
Um ácido de Arrhenius é qualquer espécie que aumenta a concentração dos íons – ou prótons – H+
em solução aquosa1 . Por exemplo, consideremos a dissociação do ácido clorídrico, HCℓ, em água:

+ –
HCℓ(aq) H(aq) + Cℓ(aq)

Quando preparamos uma solução aquosa de ácido clorídrico, HCℓ se dissocia em íons H+ e Cℓ–.
Uma vez que isto resulta em um aumento da concentração dos íons H+ em solução, o ácido clorídrico
é um ácido de Arrhenius.
Na prática, os prótons carregados positivamente reagem com as moléculas de água ao redor para
formar íons hidrônio, H3O+. Essa reação pode ser escrita da seguinte forma:

+ +
H(aq) + H2O(ℓ) H3O(aq)

Apesar de geralmente escrevermos as reações de dissociação de ácidos mostrando a formação de


+
H(aq),não há íons H+ livres na solução. Em vez disso, há principalmente íons H3O+ que se formam
instantaneamente quando um ácido se dissocia em água. A figura a seguir mostra a formação de
íons hidrônio a partir da água e íons hidrogênio utilizando modelos moleculares:

Figura 1.1: Quando um ácido se dissocia em água formando íons H+ imediatamente reagem com
água para formar H3O+. Por isso, os químicos falam nas concentrações de íons hidrogênio
e íons hidrônio como sendo a mesma coisa. Crédito da imagem: UC Davis Chemwiki

1
abreviação de (aq) para dizer que é uma solução aquosa dissociada em água

............................................ 5 ............................................
Na prática, a maioria dos químicos falam nas concentrações de H+ e H3O+ como sendo a mesma
coisa. Quando queremos ser mais exatos — e menos preguiçosos! — podemos escrever a dissociação
do ácido bromídrico de forma a mostrar de maneira explícita a formação de íons hidrônio em vez de
prótons:

+ –
HBr(aq) + H2O(ℓ) H3O(aq) + Br(aq) Mais exata
vs ·
+ –
HBr(aq) H(aq) + Br(aq) Mais curta e f’ácil

1.1.3 Características e propriedades

Uma característica dos ácidos é que eles têm sabor azedo. É extremamente perigoso provar qual-
quer substância química sem saber exatamente o que ela é, mas sabemos que os ácidos são azedos
porque eles estão muito presentes no cotidiano, como o vinagre, que é uma solução diluída de ácido
acético, e o limão e o abacaxi, que apresentam ácidos em sua composição.
Uma solução irá conduzir corrente elétrica se esta for um eletrólito. Os ácidos têm tal propriedade
porque sofrem ionização em água. Outra característica dos ácidos é a capacidade de reação com
vários metais, produzindo hidrogênio, e também com carbonatos, produzindo CO2.

Zn(s) + 2 HCℓ(aq) ZnCℓ2(aq) + H2(g)


2 HCℓ(aq) + Na2CO3(s) 2 NaCℓ(aq) + H2O(ℓ) + CO2(g)

É interessante notar a ação deles sobre indicadores, substâncias que apresentam coloração alte-
rada se o meio em que estiverem for ácido ou básico. Para descobrirmos se um meio é ácido ou básico,
utilizamos uma escala de pH, que vai de 0 a 14, em que 7 é neutro, valores menores que 7 são ácidos
e valores maiores que 7 são básicos.

Entre os indicadores mais utilizados está a solução alcoólica de fenolftaleína, que é incolor em
meio ácido e neutro, e adquire coloração rósea em meio básico.
Outro exemplo é uma tira de papel impregnado com o indicador tornassol, que apresenta colora-
ção vermelha quando imerso em solução ácida e azul quando imerso em solução básica.

............................................ 6 ............................................
1.1.4 Classificação dos ácidos

Existem alguns critérios utilizados para classificar os ácidos:

Quanto à presença ou não de oxigênio

Os hidrácidos são ácidos que não apresentam oxigênio em sua estrutura (HCN, HCℓ , H2S), e os
oxiácidos (H2SO4, H2SO3 e HNO3) são ácidos que têm oxigênio em sua estrutura.

Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis

Nos hidrácidos, todos os átomos de hidrogênio das moléculas podem ser ionizados; já nos oxiá-
cidos, apenas os hidrogênios ligados aos oxigênios são ionizáveis. Sendo assim, ácidos que liberam
um hidrogênio serão denominados monoácidos, os que liberam dois são diácidos, os que liberam
três são triácidos, e assim sucessivamente.
Veja, por exemplo, a estrutura do ácido acético:

H O

H C C

H OH

Figura 1.2: Estrutura do ácido acético, conhecido cormecialmente como vinagre.

Embora apresente em sua fórmula 4 hidrogênios, o ácido acético só tem um hidrogênio ligado ao
oxigênio. Por causa disso, somente esse hidrogênio será considerado como hidrogênio ionizável.

H2O + –
• Monoácido: HCN(g) H(aq) + CN(aq)

H2 O + 2–
• Diácido: H2SO4 2 H(aq) + SO4(aq)

H2O + –3
• Triácido: H3PO4(ℓ) 3 H(aq) + PO4(aq)

Quanto à força

A força dos hidrácidos é dada pelo grau de ionização �, que corresponde à porcentagem de molé-
culas ionizadas no meio em questão.

número de moléculas ionizadas


α=
número de moléculas dissolvidas

............................................ 7 ............................................
Exemplo 1.1.1

HCℓ: a cada 100 moléculas dissolvidas em água, 92 sofrem ionização.

92
α=
100
α = 0, 92 ou 92% de moléculas ionizadas

Classificação Grau de Ionização (α) Exemplos

Forte α > 50% HCℓ, HBr, HI


Moderado 5% < α < 50% HF
Fraco α < 5% H2S, HCN e demais ácidos
A força dos oxiácidos é dada pela diferença entre o número de átomos de oxigênio e o de átomos
de hidrogênio ionizáveis. Genericamente, temos:

Cálculo
Para entender a força dos oxiácidos temos que observar a fórmula química e realizar a diferença
dos números de oxigênio da fórmula pelo número de hidrogênio, isto é, y − x.

Hx Ay

onde x representa o número de hidrôgenios da fórmula e y representa o número de oxigênios


da fórmula.

Exemplo 1.1.2

Para a fórmula do ácido sulfúrico temos:


H2SO4: 4 atómos de oxigênio — átomos de hidrogênio na fórmula = 2 (ácido forte)

no Oxigênio – no Hidrogênio Força do ácido Exemplos


0 Fraco HCℓO
1 Moderado HNO3
2 ou 3 Forte HBrO4

Quanto à volatilidade

Indica a facilidade com que as substâncias passam do estado líquido para o gasoso.
– Voláteis (baixas temperaturas de ebulição): (a grande maioria dos ácidos): HCN, HNO3 ,HCℓ,
H2S
Os ácidos orgânicos mais voláteis são o metanoico (CH3OOH), o etanóico (CH3 COOH) e o
propanoico (CH3 CH2 COOH).
– Fixos (altas temperaturas de ebulição): H2SO4, H3PO4 e H3BO3

............................................ 8 ............................................
1.1.5 Nomenclatura dos ácidos

A nomenclatura dos ácidos é dada de maneira diferente para os hidrácidos (ácidos sem oxigênio)
e para os oxiácidos (ácidos com oxigênio).

Hidrácidos

Os hidrácidos são denominados da seguinte maneira:

Hidrácidos
Ácido + nome do elemento + ídrico

Exemplo 1.1.3

• HCℓ: ácido clorídrico

• HBr: ácido bromídrico

• HCN: ácido cianídrico

Oxiácidos

Uma maneira simples de dar a nomenclatura dos oxiácidos considera a fórmula e o nome de al-
guns ácidos ditos como ácidos-padrão pertencentes a cada família da Tabela Periódica. Os ácidos-
padrão são:

ATENÇÃO: Determinar no número de oxidação (NOx) dos elementos


O número de oxidação (NOX) de um elemento é a carga elétrica que ele adquire quando
faz uma ligação iônica ou o caráter parcial (σ) que ele adquire quando faz uma ligação
predominantemente covalente.

Isso significa que corresponde à tendência de um átomo de atrair os elétrons envolvidos nas
ligações que realiza. Por isso, a maioria dos elementos químicos apresenta diversos números
de oxidação, dependendo do composto que ele está formando.

No entanto, existem alguns elementos, que normalmente são os mais eletropositivos ou mais
eletronegativos, que apresentam o mesmo NOX em uma série de compostos diferentes. Esses
elementos estão na tabela abaixo:

............................................ 9 ............................................
Com base nesses valores e nas regras a seguir, é possível determinar qual será o NOX dos
outros elementos presentes em diferentes substâncias:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exemplo 1.1.4

• O NOX de substâncias simples é sempre igual a zero. Exemplos: N2, O2, H2, Na,
Fe, Aℓ.

• O NOX de íons é igual a sua carga. Exemplos:


Na+1 : NOx = +1
O2– : NOX= -2
F1– : NOX= -1

• A soma dos NOx dos elementos de um composto sempre dá igual a zero. Note que
na terceira linha da tabela abaixo multiplicamos o núumero de oxidação pela
quantidade dos elementos presente na fórmula e considerando a somatória dos
Nox igual a zero, iremos determinar o NOx do P, que chamaremos de x.
H3 P O4
+1 x -2
3 · (+1) x 4 · (−2)
+3 x -8

3+x−8=0
x = +8 − 3
x = +5

Assim, o NOx de P neste composto é igual a +5.

• Se o composto for um íon, a soma dos números de oxidação de todos os elementos


do composto tem que dar igual à sua carga. Seguiremos o mesmo padrão dado no
item anterior, com apenas uma diferença: neste caso a somatória dos NOx será
igual à carga do íon composto:

Cr2 O72–
x 7
2·x 7 · (−2)
2x -14

2x − 14 = −2
2x = −2 + 14
x = +12/2
x = +6
Portanto, o NOx de Cr neste íon composto acima é igual a +6.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Oxiácidos
Como vemos na tabela abaixo, todo oxiácido padrão tem terminação íco. Se tivermos um ácido
com:

(a) um oxigênio a mais que o padrão, acrescentamos o prefixo per;

(b) um oxigênio a menos que o padrão, a terminação muda para oso;

(c) dois oxigênios a menos que o padrão, a terminação continua oso e acrescentamos o pre-
fixo hipo.

Prefixo Terminação Nox


per Elemento central íco +7
íco +6, +5,+4
Ácido
oso +3, +2
hipo elemento central oso +1, +2

De qualquer forma para facilitar o NOx representativos para cada família do elemento abaixo
é descrito da seguinte forma.

Família do Elemento
14 15 16 17
+7 (per ... ico)
+4 (ico) +5 (ico) +6 (ico) +6 (ico)
+3 (oso) +4 (oso) +3 (oso)
+ 2 (hipo ... oso) +1 (hipo ... oso)

Perceba que todas as moléculas acima apresentadas possuem Hidrogênio (H) no início da molé-
cula. Todas representam Ácidos de Arrenhius.

Só para refrescar sua memória, deixa eu te lembrar o que é um ácido.

Há 3 tipos de ácidos, Arrenhius, Brownsted-Lowry e Lewis, mas vou focar naquele mais comum
em provas de vestibulares e enem: ácido de Arrenhius.

Exemplo 1.1.5

Vejamos alguns exemplos aplicando a regra do nox para a nomeclatura dos ácidos oxigenados

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Para finalizar vemos a mudança na fórmula do oxigênio e do nome da tabela abaixo acompa-
nha do NOx. E elemento central corresponde a família 17 na tebela periódica.

Fórmula Nome do ácido NOx


HCℓO4 ácido perclórico +7
HCℓO3 ácido clórico +5
HCℓO2 ácido cloroso +3
HCℓO ácido hipocloroso +1

1.1.6 Fórmulas dos ácidos


Para escrever as fórmulas dos ácidos usamos uma tabela de anions com um dica bem simples.
A partir do processo de ionização dos ácidos notamos a formação de ânions, espécies química com
carga negativa. Os ânions individualmente possuem nome e este nome é derivado do ácido que lhe
deu origem.

ídrico eto
Ácido oso Ânion
ito

ico ato

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exemplo 1.1.6

• Os hidrácidos, cuja terminação é idrico, quando geram ânions mudam sua terminação
para eto.
+ –
HCℓ(aq) H(aq) + Cℓ(aq) {1}

O ânion Cℓ– é chamado de cloreto pois é derivado do ácido clorídrico.


Para os oxiácidos temos duas possibilidades:

• Oxiácidos terminados em oso, quando geram ânions mudam sua terminação para ito.

+ 2–
H2SO3(aq) 2 H(aq) + SO3(aq)

O ânion SO32– é chamado de sulfito pois deriva do ácido sulfuroso.

• Oxiácidos terminados em ico, quando geram ânions mudam sua terminação para ato.

+ 2–
H2SO4(aq) 2 H(aq) + SO4(aq)

O ânion SO42– é chamado sulfato (ver Tabela de ânions pag. 25) pois deriva do ácido
sulfúrico.

A montagem da fórmula dos ácidos inorgânicos é realizada com base no nome dessas substâncias,
proposto por um texto ou enunciado, e em três aspectos fundamentais, os quais são:

• Conhecer a fórmula geral padrão de um ácido inorgânico, a qual possui o cátion hidrônio (H+)
associado com um ânion qualquer (X–), conforme representação HX

• Conhecer a regra de nomenclatura de um ácido inorgânic.

• Conhecer os nomes, a fórmula e as cargas dos principais ânions existentes, presentes na se-
guinte tabela de ânions na pg. 25.

Exemplo 1.1.7

Exemplo 1: Ácido sulfídrico

• 1º Passo: o termo sulfídrico está relacionado ao nome do ânion. Ao trocar “ídrico” por
eto, chegamos ao nome do ânion, que é sulfeto;

• 2º Passo: a representação do ânion sulfeto na Tabela de ânions na pg. 25 é S2–;

• 3º Passo: para montar a fórmula do ácido, basta realizar o cruzamento das cargas dos
íons hidrônio (H+1) e sulfeto (S–2), respeitando a fórmula geral:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Montagem da fórmula do ácido sulfídrico

Exemplo 2: Ácido fosfórico

• 1º Passo: o termo fosfórico está relacionado ao nome do ânion. Logo, retirando o “or”
(que é adicionado sempre que o ácido apresenta fósforo), teríamos fosfico. Ao trocar
“ico” por “ato”, chegamos ao nome do ânion: fosfato;

• 2º Passo: a representação do ânion fosfato na abela de ânions na pg. 25 é PO4–3;

• 3º Passo: para montar a fórmula do ácido, basta realizar o cruzamento das cargas dos
íons hidrônio (H+1) e fosfato (PO4–3), respeitando a fórmula geral:

Montagem da fórmula do ácido fosfórico

Exemplo 3: Ácido permangânico

• 1º Passo: o termo permangânico está relacionado ao nome do ânion. Ao trocar “ico” por
“ato”, chegamos ao nome do ânion: permanganato;
2º Passo: a representação do ânion permanganato na abela de ânions na pg. 25 é MnO4–1;
3º Passo: para montar a fórmula do ácido, basta realizar o cruzamento das cargas dos
íons hidrônio (H 1) e permangânico (MnO4–1), respeitando a fórmula geral:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Montagem da fórmula do ácido permangânico

1.1.7 Exercícios de Sala


1.1 Exercícios e) Ácido ortosilicico
3 Escreva as equações de ionização.
a) HNO3
1 Forneça a nomenclatura para os ácidos:
b) H3PO2
a) HCℓO2
c) H2SO4
b) H3PO4
d) HF
c) HCℓO4
e) H4SiO4
d) H2SO3
f) HBrO
e) H4P2O7
g) HIO4
f) HClO3
g) HNO2 4 Classifique os ácidos abaixo.
h) H3PO3 a) HNO3
b) H3PO2
2 Escreva as fórmulas do seguintes ácidos
c) H2SO4
a) Ácido nítrico
d) HF
b) Ácido hipofosforoso
e) H4SiO4
c) Ácido sulfúrico
f) HBrO
d) Ácido fluorídrico
g) HIO4

1.2 Bases
Uma base de Arrhenius é definida como qualquer espécie que aumenta a concentração de íons
hidroxila, OH–, em solução aquosa. Um exemplo de uma base de Arrhenius é o altamente solúvel
hidróxido de sódio, NaOH. O hidróxido de sódio dissocia-se em água da seguinte maneira:

+ –
NaOH(aq) Na(aq) + OH(aq) {2}

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 1.3: Uma solução aquosa de hidróxido de sódio, uma base de Arrhenius, contém íons sódio e
hidroxila dissociados.

Em água, o hidróxido de sódio se dissocia completamente formando os íons OH– e Na+ o que re-
sulta em um aumento da concentração de íons hidroxila. Logo, NaOH é uma base de Arrhenius.
Bases de Arrhenius comuns incluem outros hidróxidos das Famílias 1 e 2 como LiOH e Ba(OH)2.

1.2.1 Reações ácido-base

Quando um ácido de Arrhenius reage com uma base de Arrhenius, os produtos são geralmente
água mais um sal. Estas reações são também às vezes chamadas de reações de neutralização. Por
exemplo, o que acontece quando combinamos soluções aquosas de ácido fluorídrico, HF e hidróxido
de lítio, LiOH?.
Se pensarmos nas soluções de ácido e base separadamente, sabemos o seguinte:

• Um ácido de Arrhenius aumenta a concentração de H+

HF(aq) H+(aq) + F(aq)



• Uma base de Arrhenius aumenta a concentração de OH(aq)

LiOH–(aq) +
Li(aq) + OH–(aq)

Quando o ácido e a base se combinam em solução, H2O é produzida a partir da reação entre os
íons hidrogênio e hidroxila, enquanto os outros íons formam o sal LiF(aq):

H+(aq) + OH–(aq) H2O(ℓ) Formação de água


+ –
Li(aq) + F(aq) LiF(aq) Formação do sal

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.2.2 Propriedades funcionais das bases
As bases apresentam as seguintes propriedades funcionais:

• Contêm o grupo hidroxila (OH–), que é um ânion monovalente;

• Reagindo com ácidos, resultam em sais e água;

• Conduzem corrente elétrica, quando em solução aquosa.

• Tornam vermelha a fenolftaleína incolor, e tornam azul tornassol vermelho

1.2.3 Características das bases


Dentre as suas característica principais, destacamos:
Têm sabor cáustico (= adstringente ou lixívia) Em solução aquosa, dissociam-se em íons OH– (hi-
droxila ou oxidrila) exemplos:

NaOH(aq) Na+(aq) + OH–(aq)


+
KOH(aq) K(aq) + OH–(aq)

• Em solução aquosa, conduzem a corrente elétrica.

• Reagem com os ácidos (neutralizando-os) para formar sal e água.

• Decompõem-se quando aquecidas.

• Mudam a cor dos indicadores (conforme o quadro comparativo da função ácido).

1.2.4 Classificação das Bases


Número de hidroxilas

Monobase: apresenta um único grupo OH–. Exemplo: KOH (hidróxido de potássio).

Dibase: se caracteriza pela presença de dois grupos OH–. Exemplo: Mg(OH)2 (hidróxido de magné-
sio).

Tribase: a presença de três grupos OH– caracteriza essa base. Exemplo: Aℓ(OH)3 (hidróxido de alu-
mínio).

Tetrabase: essa base conta com quatro grupos OH– em sua composição. Exemplo: Pb(OH)4 (hidró-
xido de chumbo).

Solubilidade em água

Para classificar as bases usando este critério podemos tomar como princípio a ordem crescente
de basicidade dada aos metais:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEFINIÇÃO: Regra básica

Metais alcalinos > Metais alcalinos terrosos > outros metais


solúveis pouco solúveis insolúveis

As bases compostas por metais alcalinos são solúveis, as de metais alcalino-terrosos são poucos
solúveis e as de outros metais são praticamente insolúveis.
Exemplo 1.2.1

- base solúvel: LiOH - hidróxido de lítio.

- base pouco solúvel: Ca(OH)2 - hidróxido de cálcio.

- base insolúvel: Fe(OH)3 - hidróxido de ferro.

Observação: essa regra é eficiente para a classificação quanto à solubilidade em água, uma
vez que existe apenas uma substância básica que não é formada por metais, o hidróxido de
amônio (NH4OH).

Grau de dissociação

Essa propriedade das bases se relaciona com a sua solubilidade: quanto mais solúvel for uma base
maior será seu grau de dissociação. Esse princípio permite classificar as bases como sendo fortes ou
fracas, veja no esquema a seguir:

DEFINIÇÃO: Regra básica

Base insolúvel → baixo grau de dissociação → base fraca


Base solúvel → alto grau de dissociação → base forte

A força da base determina seu comportamento em meio à eletrólise: bases fortes constituem bons
eletrólitos, já as bases fracas são maus eletrólitos.
Exemplo 1.2.2

• Base fraca: NH4OH - hidróxido de amônio

• Base forte: Ba(OH)2 - hidróxido de bário


NaOH - hidróxido de sódio.

1.2.5 Nomenclatura das bases


A nomenclatura das bases, assim como a nomenclatura das outras funções inorgânicas como áci-
dos, sais e óxidos, segue obrigatoriamente uma regra que, no caso das bases, é dada por:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Hidrácidos
Hidróxido + de + nome do elemento

quando o termo hidróxido proposto na regra de nomenclatura das bases é referente ao grupo hidro-
xila (OH), presente na fórmula dessas substâncias, que é colocado junto ao nome do elemento que
acompanha o grupo OH.
Exemplo 1.2.3

• NaOH - Hidróxido de sódio

• Ca(OH)2 - Hidróxido de cálcio

• Aℓ(OH)3 - Hidróxido de Alumínio

• AgOH - Hidróxido de prata

• NH4OH - Hidróxido de Amônio

• Zn(OH)2 - Hidróxido de zinco

No entanto, essa regra aplica-se somente no caso de bases em que seus cátions só possuem uma
eletrovalência, isto é, uma única carga. Mas existem aqueles casos em que os cátions podem apresen-
tar mais de uma eletrovalência e formar bases diferentes, como é o caso do ferro, que pode perder
dois ou três elétrons, formando, respectivamente, os cátions Fe2+ e Fe3+ e as bases Fe(OH)2 e Fe(OH)3.
Nesse tipo de caso, a nomenclatura pode acontecer de duas formas:

1. Acrescenta-se o algarismo romano que indica o número da carga. Assim, no caso do ferro,
teríamos:

• Fe(OH)2 - Hidróxido de ferro II

• Fe(OH)3 - Hidróxido de ferro III

2. Acrescenta-se o sufixo “oso” para o cátion de menor carga e o sufixo “ico” para o sufixo que
tiver maior carga:

DEFINIÇÃO: Regra básica

Cátion de menor carga hidróxido + de + cátion + oso

Cátion de maior carga hidróxido + de + cátion + ico

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exemplo 1.2.4

Nos caso das bases do ferro temos:

• Fe(OH)2 - Hidróxido ferroso

• Fe(OH)3 - Hidróxido férrico

Outros exemplos:

• Sn(OH)2 - Hidróxido de estanho II ou Hidróxido estanoso

• Sn(OH)4 - Hidróxido de estanho IV ou Hidróxido estânico

• Cu(OH)2 - Hidróxido de cobre II ou Hidróxido cúprico

• CuOH - Hidróxido de cobre I ou Hidróxido cuproso

1.2.6 Fórmulas das bases


Como as bases são formadas por ligação iônica, em virtude da presença de um metal com o grupo
hidróxido, a montagem da fórmula desse composto segue o padrão de construção de um íon-fórmula
(referente aos compostos iônicos).

ATENÇÃO: Regra básica


Para montar um íon-fórmula, devemos fazer o seguinte:

• Sigla do metal ou cátion à esquerda;

• Sigla do ânion à direita.

Por fim, basta cruzar as cargas de cada um dos componentes para que elas se transformem na
quantidade de átomos de cada um.
A fórmula da base que apresenta o cátion alumínio (Aℓ+3) e o ânion hidróxido (OH–1), por exem-
plo, é:

A partir do nome podemos escrever a fórmula das bases, por exemplo o hidróxido de titânio
II, por exemplo, apresenta fórmula Ti(OH)2, já que:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• Ti é a sigla do elemento titânio;

• OH é o ânion de toda base;

• 2 é a carga do cátion titânio indicada no nome.

1.2.7 Principais bases do cotidiano


Hidróxido de sódio (NaOH)

Essa base é conhecida comercialmente como soda cáustica,


pois pode corroer e destruir os tecidos vivos, causando queima-
duras graves na pele. Por isso, é muito utilizada em limpezas
pesadas e em produtos para desentupir pias e ralos, mas seu
uso deve ser feito com luvas apropriadas.
É sólida à temperatura ambiente, branca, cristalina, de
ponto de fusão 318 °C, bastante solúvel em água e é uma subs-
tância deliquescente, o que significa que ela é higroscópica,
pois absorve água do meio ambiente e com o tempo pode se
tornar um líquido incolor.
Ela reage lentamente com o vidro, sendo guardada em frascos de plástico. Sua principal aplicação
é na produção de sabões – conseguida a partir de sua reação com gorduras e óleos, como o sebo
animal.
O hidróxido de sódio também é usado pela indústria petroquímica em uma das etapas da fabrica-
ção de papel, celulose, tecidos, corantes e produtos de uso doméstico.
Sua fonte de obtenção é a reação de eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio (NaCℓ),
conforme mostrado na reação a seguir:

2 NaCℓ + 2 H2O 2 NaOH + H2 + Cℓ2

Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)

Sólido branco, pouco solúvel em água, também chamado de


cal hidratada, cal extinta ou cal apagada, porque sua prepara-
ção se dá pela hidratação do óxido de cálcio (CaO), que é conhe-
cido como cal virgem ou cal viva.
Quando essa substância é misturada com água, ela é cha-
mada de leite de cal ou água de cal.
A cal é aplicada principalmente em construções, na prepara-
ção de argamassa para assentar tijolos, para recobrir paredes
e na pintura de paredes (caiação). Outros usos são em inseticidas, fungicidas e no tratamento de
águas e esgotos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Hidróxido de magnésio (Mg(OH)2)

O hidróxido de magnésio também é um sólido branco, pouco solúvel em água.


A sua principal aplicação se dá na forma de leite de magnésia, que é usado como
laxante e antiácido e é conseguido misturando-se o hidróxido de cálcio em água
numa proporção de 7% em massa.

Hidróxido de amônio (NH4OH)

É obtido ao se borbulhar amônia (NH3) em água, conforme a reação


abaixo:
+ –
NH3(aq) + H2O(ℓ) NH4(aq) + OH(aq)

Assim, não existe uma substância hidróxido de amônio, mas sim solu-
ções aquosas de amônia interagindo com a água, originando os íons amô-
nio (NH4+) e hidróxido (OH–).
O hidróxido de amônio é conhecido comercialmente por amoníaco, sendo muito utilizado na pro-
dução de ácido nítrico para a produção de fertilizantes e explosivos.
Ele também é usado em limpeza doméstica, na produção de compostos orgânicos e como gás de
refrigeração.

1.2.8 Exercícios em Sala


1.2 Exercícios a) Hidróxido Estanhoso
b) Hidróxido de estanho IV
c) Hidróxido férrico
1 Use a tabela de cátions (pag. 25) para dar no-
d) Hidróxido de titânio II
mes às bases:
e) Hidróxido de cromo III
a) Co(OH)2
f) Hidróxido pumbloso
b) Bi(OH)3
3 Classifique as bases de acordo com os crité-
c) Fe(OH)2
rios estudados.
d) Mg(OH)2
a) A]ell(OH)3
e) KOH
b) Ba(OH)2
f) LiOH
c) Be(OH)2
g) CsOH
d) Cu(OH)2
h) Ba(OH)2
i) Cu(OH) 4 Escreva a dissociação das bases a seguir:
j) Ni(OH)2 a) Al(OH)3
k) Ba(OH)2 b) Ba(OH)2
l) NaOH c) Be(OH)2
d) Fe(OH)3
2 Escreva a fórmula molecular da seguintes ba-
e) LiOH
ses.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CÁTIONS ÂNIONS
+1 Monovalentes MONOVALENTES

Li+ Lítio Cℓ – Cloreto


Na+ Sódio Br – Brometo
K+ Potássio I– Iodeto
Rb+ Rubídio F– Fluoreto
Cs+ Césio CℓO – Hipoclorito
Ag+ Prata CℓO2 – Clorito
NH4+ Amônio CℓO3 – Clorato
CℓO4 – Perclorato
+2 Divalentes
BrO – Hipobromito
Be2+ Berílio BrO2 – Bromito
Mg2+ Magnésio BrO3 – Bromato
Ca2+ Cálcio IO – Hipoiodito
Sr2+ Estrôncio IO2 – Iodoso
Ba2+ Bário IO3 – Iodato
Ra2+ Rádio IO4 – Periodato
Zn2+ Zinco NO2 – Nitrito
+3 Trivalentes NO3 – Nitrato
N3 – Azoteto
Al3+ Alumínio
NH2 – Amideto
Ga3+ Gálio
CN – Cianeto
+1 e +2 (Mono e Divalentes) NC – Isocianeto
OCN – Cianato
Cu+ Cobre I ou cuproso
NCO – Isocianato
Cu2+ Cobre II ou cúprico
ONC – Fulminato
Hg+ Mercúrio I ou mercuroso
SCN – Tiocianato
Hg2+ Mercúrio II ou mercurico
PO3 – Metafosfato
+2 e +4 (Di e Tetravalentes) H2 PO2 – Hipofosfito
Sn2+ Estanho II ou estanoso MnO4 – Permanganato
Sn4+ Estanho IV ou estanico CH3 COO – Etanoato (acetato)
Pb2+ Chumbo II ou plumboso OH – Hidróxido
Pb4+ Chumbo IV ou plumbico [Al(OH)4 ] – Tetraidroxialuminato
Pt2+ Platina II ou platinoso H– Hidreto
Pt4+ Platina IV ou platinico O2 – Superóxido
Mn2+ Manganês II ou manganoso HS – Hidrogenossulfeto
Mn4+ Manganês IV ou manganico HSO3 – Hidrogenossulfito
HSO4 – Hidrogenossulfato
HCO3 – Hidrogenocarbonato
H2 PO4 – Diidrogenofosfato

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DIVALENTES TRIVALENTES

S2 – Sulfeto N3 – Nitreto
SO32 – Sulfito PO43 – Ortofosfato (fosfato)
SO42 – Sulfato AsO43 – Arsenato
CO32 – Carbonato [Fe(CN)6 ]3 – Ferricianeto
S2 O72 – Pirossulfato
TETRAVALENTES
HPO32 – Fosfito
SiO32 – Metassilicato P2 O74 – Pirofosfato
CrO42 – Cromato SiO44 – Ortossilicato
Cr2 O72 – Dicromato [Fe(CN)6 ]4 – Ferrocianeto
O2 – Óxido
O2 2 – Peróxido
[Zn(OH)4 ]2 – Tetraidroxizincato
[PtCl6 ]2 – Hexacloroplatinato
HPO42 – Hidrogenofosfato

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.2.9 Exercícios para serem entregues
Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul
Escola Estadual Prof. Brasilina Ferraz Mantero
Rua Tamoio 260 – Jardim Leblon
Campo Grande – Fone: (67) 3314 – 6057

Professor Aluno:.�...................................................................... No ................. Química

Fábio Lima Série:.�...................................... Data .........../............/................ Nota: ...........

1.3 Exercícios
1 De o nome dos seguintes ácidos
a) HBr
b) HI
c) HF
d) HNO2
e) HCN
f) HCℓO4
g) H2SO3
h) H2CrO4
i) HMnO4
j) HCℓO3
2 Escreva a fórmula dos seguintes ácidos
a) Ácido Telúrico
b) Ácido Hipobromoso
c) Ácido Selenioso
d) Ácido Arsênico
e) Ácido Hiponitroso
f) Ácido Bórico
g) Ácido Carbônico
3 Equacione a ionização do:
a) HBr
b) HCℓO4
c) H2SO3
d) H2SO4
4 Classifique os ácidos quanto: ao número de hidrogênios ionizáveis; quanto a presença de oxigê-
nio na fórmula; e quanto a força do ácido.
a) HCN
b) HCℓO4

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) H2SO3
d) H2SO4
5 Escreva o nome da seguintes compostos:
a) Co(OH)2
b) LiOH
c) CsOH
d) RbOH
e) V(OH)2
f) Fe(OH)2
6 Escreva a fórmula molecular da seguintes bases.
a) Hidróxido de mânganes II
b) Hidróxido de cádmio II
c) Hidróxido de cádmio III
d) Hidróxido de amônio
e) Hidróxido de zinco
f) Hidróxido de lítio
g) Hidróxido de berílio
7 Classifique as bases de acordo com os critérios estudados.
a) LiOH
b) CsOH
c) RbOH
d) Fe(OH)2
8 Escreva a dissociação das bases a seguir:
a) Be(OH)2
b) Fe(OH)3
c) LiOH

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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