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Gestão em Logística
Formanda: Formadora:
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Indice
1.Introdução.....................................................................................................................................4
1.1.Objectivos:.................................................................................................................................5
1.1.1.Objectivo Geral.......................................................................................................................5
1.2.Metodologia...............................................................................................................................5
2.1.1.Conceitos Gerais.....................................................................................................................6
3.Logística na Construção...............................................................................................................7
9.Conclusão...................................................................................................................................13
10 . Referências Bibliográficas:.....................................................................................................14
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1. Introdução
O estudo da Logística é muito extenso. Por isso, abordar-se-ão apenas os casos de maior
interesse prático:
Ao longo do trabalho, irá se apresentar alguns conceitos, desenvolver o estudo das estruturas.
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1.1. Objectivos:
1.2. Metodologia
Para a concretização do trabalho, foi necessária a consulta de manuais,e nalgumas situações
acesso à internet, centro de pesquisa e exploração do desconhecido, como forma de aprimorar a
pesquisa e enriquecer o conhecimento.
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2. Situação logística nos Principais sectores do País
Com base nos conceitos acima citados, entende-se que Logística é um sistema de planeamento,
execução e controlo de movimentação de produtos, pessoas, e todos os serviços de uma empresa
tanto dentro, quanto fora da mesma, podendo assim ser considerada o ponto fulcral de qualquer
empresa, pois reúne todos os meios ou recursos que fazem com que os serviços oferecidos por
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uma dada empresa corram ou sejam executadas de modo eficiente, estamos a falar de me
recursos humanos, matérias, financeiros entre outros.
3. Logística na Construção
A logística na construção trata-se de um processo multidisciplinar aplicado a determinada obra
que visa garantir o abastecimento, armazenagem, processamento e disponibilização de recursos
materiais nas frentes de trabalho, bem como o dimensionamento das equipes de produção e a
gestão dos fluxos físicos de produção e a gestão dos fluxos físicos de produção. Tal processo se
dá através das actividades de planeamento, organização, direcção e controle, tendo como
principal suporte o fluxo de informações, antes e durante o processo produtivo (Machado, 2014).
Cardoso (1996) “propõe uma subdivisão para a logística aplicável às empresas construtoras,
classificando-as quanto à sua função em: Logística de suprimentos (externa) e logística de
canteiro (interna).
Há ainda logística de distribuição física, que opera de dentro para fora da empresa,
envolvendo tanto as transferências de produtos entre as fábricas e os armazéns próprios
ou de terceiros quanto a distribuição de produtos para o mercado consumidor”. Por
analogia, pode associar-se a logística de distribuição, no âmbito dos canteiros de obras, as
transferências de produtos entre as áreas de produção interna dos canteiros (fábricas). E
as áreas de estocagem de produto junto as frentes de produção.
“A produção pode ser vista como um processo de conversão, cujos inputs são recursos como a
mão-de-obra, os materiais, os equipamentos e os capitais, que ela transforma num produto”
(Rocha & Costa, 2009)
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4. A Importância da Logística na Gestão de Obras
A logística esta relacionada a cadeia de abastecimento, planeando, melhorando e controlando o
fluxo de armazenamento de matéria- prima e produtos, desde a sua origem até o local do seu
consumo, proporcionando ao cliente o melhor atendimento. Elas compõem-se de actividades
principais (gerenciamento de estoque, pedidos e transportes) e secundárias (aquisição,
armazenamento e manuseio de materiais e embalagens; programação de produtos; sistema de
informação). (Annonymous, 2016)
Para o comprimento dos prazos ou mesmo a entrega antes do final do prazo e necessário o
incremento da produtividade, através do uso de equipamentos adequados e modernos da
administração eficiente de engenheiros e mestres-de-obras e da dedicação dos operários me
geral. Nesse ponto, encaixa-se perfeitamente o gerenciamento de estoques (materiais de
construção e equipamentos ou máquinas de trabalho); bem como a adequada utilização dos
meios de transporte, que deve suprir a obra com os materiais, equipamentos e mão-de-obra
sempre a tempo, estando a disposição para eventuais necessidades surgidas durante o decurso do
trabalho (Annonymous,2016).
Ainda na luz dos autores acima citados, para demonstrar a articulação destes sectores no
processo logístico, procurou-se relacionar as principais funções de uma empresa construtora de
organização tradicional com a logística.
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Departamento Técnico: No departamento técnico coexistem tarefas de projecto e de
planeamento. Ambas, quer na fase de concepção, quer na de apoio à produção, afectam,
directamente, a logística pois trata-se de actividades que definem o produto (o edifício, a
ponte, a estrada, por exemplo), o modo de execução das tarefas e a sua sequência. A nível
da definição do produto, temos actividades como a escolha dos materiais a empregar,
sistemas construtivos, ritmo de produção, equipamentos e ferramentas necessárias, entre
outras. Todos estes aspectos são fundamentais, quer para a logística interna, quer para a
externa (Rocha & Costa, 2009).
Departamento Comercial: O sector comercial dedica-se à elaboração de estudos e
propostas para os clientes. É um sector que conhece bem as solicitações do mercado e
que tem grande influência no projecto e nos sistemas logísticos, uma vez que é através
das estratégias definidas para as empreitadas que se faz a afectação dos recursos
necessários à execução. Se encararmos o sector comercial na vertente de
desenvolvimento de negócios (a empresa construtora também como promotora), a sua
intervenção com interesse para a logística é ainda maior, uma vez que será este sector que
definirá a localização dos investimentos, o que pode condicionar muito fortemente as
operações logísticas (a logística é, também, uma questão geográfica), função de aspectos
culturais, do custo, da disponibilidade de recursos, das acessibilidades ou do meio
ambiente. (Rocha & Costa, 2009)
Departamento das Compras/Subempreitadas: Este departamento está encarregado da
aquisição de materiais e equipamentos e pela contratação e gestão de subempreiteiros.
Para além disto, é o responsável pela avaliação dos fornecedores e subempreiteiros, bem
como, pelo controlo dos stocks e armazém. Genericamente, este sector é responsável por
uma das actividades fundamentais da logística que é fazer a interface entre a empresa e os
seus fornecedores e subempreiteiros. (Rocha e Costa, 2009)
Produção: A produção é a responsável pela conversão de materiais e componentes em
produtos acabados. Para que isto ocorra de forma eficaz, ela recorre a uma série de
tarefas do âmbito da logística: elaboração da planta de estaleiro e sua montagem,
programação da entrega de materiais e componentes, planeamento da entrada de mão-de-
obra, planeamento da entrada em actividade das subempreitadas, etc. Além disto, é a
responsável, também, pelo estabelecimento de critérios para contratação de
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subempreiteiros e orientação de todo o trabalho em obra, bem como pela inspecção do
resultado final da produção, pelo que a sua actividade também será importante em termos
retroactivos de informação para o departamento das compras/subempreitadas, auxiliando
na avaliação para contratações futuras (Rocha & Costa, 2009).
Departamento de Recursos Humanos: Este departamento tem diversas actividades que
interagem com o campo da logística, pois será a partir das informações logísticas que os
recursos humanos correctos serão enviados para a execução das actividades em obra, com
as qualificações necessárias e na quantidade pretendida. Contudo, há actividades que são
mesmo de carácter logístico: garantia de segurança e bem-estar dos trabalhadores no
estaleiro, transporte até à obra, etc. (Rocha & Costa, 2009)
Departamento de Administração Financeira: Esta secção ocupa-se com a gestão dos
capitais da empresa e relaciona-se com a logística na medida em que produz informações,
como os capitais em stock e os custos de instalação, úteis para esta. Um sistema logístico
bem pensado contribui para o controlo financeiro pois evita os imprevistos e ajuda na
previsão de caixa (Rocha & Costa, 2016)
Começando, então, pela Logística externa, e mais especificamente pela gestão do fornecimento
de materiais, as tarefas mais importantes serão:
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Recepção e inspecção dos materiais;
Manutenção do fornecimento dos recursos previsto no planeamento. (Rocha e Costa,
2009)
Recrutamento e selecção;
Formação;
Planeamento das necessidades de recursos humanos;
Obtenção de documentação diversa;
Transporte da mão-de-obra até à obra;
Acolhimento no país de destino (alojamento, alimentação, entre outras). (Rocha e Costa,
2009)
Por fim, no que diz respeito às subempreitadas, as tarefas mais importantes serão:
Por sua vez, (Costa e Rocha 2009) afirmam que” a logística interna está relacionada com o
planeamento e gestão dos fluxos físicos e dos fluxos de informação associados à execução de
actividades no estaleiro da obra”.
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As principais tarefas da logística interna são:
Gestão dos fluxos físicos ligados à execução, ou seja, o conhecimento das datas de início
e fim de serviços, detalhe dos fluxos que serão realizados para execução de cada serviço e
a definição do ritmo e sequência dos serviços e seus mecanismos de controlo;
Gestão da interface entre os agentes que interagem no processo de produção de uma
edificação, ou seja, fornecer as informações necessárias para que exerçam as suas
actividades dentro de padrões preestabelecidos e promover a resolução de interferências
entre os serviços;
Gestão física do estaleiro, incluindo a definição e implantação dos diversos elementos do
estaleiro, tais como sistemas de transporte, zonas de armazém, zonas de pré-fabricação,
mobiliário dos escritórios e equipamentos colectivos de segurança, entre outros;
Recepção de recursos em obra, avaliação e gestão de subempreiteiros, inspecção e
devolução de equipamentos. (Rocha e Costa, 2009)
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básicas na maioria das regiões, como sejam o acesso a redes eléctricas, estradas, fontes de água
salubre, saneamento, telecomunicações e serviços de Internet. A expansão das redes de
infraestruturas constitui uma componente-chave do programa de crescimento e alívio da pobreza
delineado pelo governo (Ross, 2014).
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Segundo Torres & Garmelandia (2011, cit.em Ross, 2014):
Embora a qualidade desta infra-estrutura seja, em geral, suficiente para fazer face à procura
actual, Moçambique terá de reabilitar e melhorar consideravelmente a infra-estrutura existente e
construir outras novas se quiser vir a ser um núcleo de transportes e energia de grande relevância
na região. Os grandes investimentos em infra-estruturas não serão, porém, necessariamente bem-
sucedidos se não forem acompanhados de esforços no sentido de melhorar a infra-estrutura e
material da logística dos transportes. Moçambique continua a mostrar resultados relativamente
fracos em matéria de Índice de Desempenho Logístico (IDL) (Figura 3), e o Memorando
Económico de País relativo a Moçambique identifica uma série de constrangimentos no que se
refere à fiabilidade da logística e dos transportes que impedem o país de se transformar num dos
principais núcleos de transportes da região. Estes constrangimentos incluem o tempo necessário
para a autorização de entrada e saída dos portos, a clara incidência do pagamento de “luvas”, as
elevadas taxas de scanning e a deficiente integração dos serviços de transporte rodoviário no
resto da sub-região. Isto está de acordo com uma série de outras classificações internacionais,
como o Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial, que coloca a
economia de Moçambique em 137° lugar num total de 148 países, com um resultado
particularmente baixo no que se refere à componente “infra-estruturas” deste índice. O relatório
que acompanha o Índice de Competitividade Global assinala que 10% das firmas entrevistadas
para o estudo afirmaram que as infra-estruturas constituem o maior óbice à realização de
negócios em Moçambique (Fórum Económico Mundial, 2013 cit. Ross, 2014).
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Fig.3: Índice de desempenho logístico (IDL) (Classificação)
9. Conclusão
Moçambique está em um momento de mudanças infra-estruturais e económicas. Isso resulta na
realização de muitas obras civis que permitem cada vez mais intercâmbios nacionais e
internacionais. Ao mesmo tempo, grandes investidores estão montando negócios em vários
campos: mineração, gás, construção, etc. Todas essas empresas estão exigindo técnicos
qualificados no campo da logística, seja para construção, serviços (restauração, hotelaria) ou,
simplesmente, transporte de mercadorias como pessoas.
O sector de logística é vasto. Trata-se da organização de qualquer tipo de negócio. A logística
está perto da gestão, requer habilidades de planeamento e análise muito fortes. Em
Moçambique, existem quatro modos principais de transporte: rodoviário, ferroviário, aéreo e
marítimo. Um bom técnico de logística deve conhecer as vantagens e desvantagens dos
diferentes modos de transporte, a fim de atender às necessidades de sua empresa ou de seus
clientes. O crescimento de obras em Moçambique implica um aumento da procura de técnicos
com competências chave em logística. O conhecimento dos quatro principais modos de
transporte do Moçambique, suas redes, seus modos de operação e sua intermodulação estão
entre os elementos visados pelo programa de treinamento.
Conclui-se então que sector público das obras enfrenta vários constrangimentos. Primeiro, a
demanda por certos serviços e materiais é baixa devido à falta de capacidade de pagamento da
maioria da população. Em segundo lugar, o crédito para investimento é severamente limitado.
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Finalmente, a infra-estrutura do país, particularmente em relação à logística, aumenta
consideravelmente os custos de produção e distribuição.
Rocha, J.O & Costa (2009). Logística de Obras de Construção em Angola Contributos para
melhoria.
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Ross, D.C (2014). Moçambique em Ascensão Construir um novo dia
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