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SHIRLEY PIMENTEL RAIMUNDO SILVA

INTRODUÇÃO AO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Questões Propostas:

Orientador prof. Alexandre Varella

Santa Luzia - MG
2020
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QUESTÕES:

Discorrer acerca do conceito de Direito, traçar distinções entre direito


e a moral, direito positivo e direito natural; direito objetivo e direito subjetivo
e, por fim, distinção entre direito público e privado.

1. Conceito de Direito,

O direito está presente na sociedade em todos os momentos de


nossas vidas, da maternidade, nascimento à vida adulta, que são os diretos
humanos básicos, civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais,
direito ambiental, direito do consumidor, inclusão digital além de outros, não
menos importantes, também previsto pela Constituição Federal.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada


pela Organização das Nações Unidas afirma: "Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

Dessa forma, para que estes direitos sejam efetivamente


resguardados, temos diversas áreas do direito Publico e Privado.

De acordo com FULGÊNCIO Paulo, 2007:

“Direito - aquilo que é justo, correto, bem-procedido, reto e


Conforme a lei. Faculdade legal de praticar ou deixar de praticar
um ato. Prerrogativa que alguém possui, de exigir de outrem a
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prática ou a abstenção de certos atos, ou o respeito a situações


que lhe aproveitam. É o conjunto de normas e princípios que
regulam a vida em sociedade. O conjunto de conhecimentos
relativos a ela a esta ciência, ou que tem implicações com ela,
ministrado nas respectivas faculdades. Conjunto das normas
jurídicas vigentes em um país. Complexo de normas não
formuladas que regem o comportamento humano. É o conjunto de
regras de Conduta coativamente impostas pelo estado, ou
princípios de conduta social, tendente a realizar a justiça”.

2. Distinções entre direito e a moral

A nossa conduta individual em sociedade é julgada externamente


pelas nossas decisões e ações, condutas estas próprias ou impróprias às
quais definem nossa moral.

“A moral não só orienta a conduta dos indivíduos em sociedade,


como também a sociedade utiliza-se das regras Morais para julgar
os indivíduos, aprovando ou reprovando suas ações segundo os
seus imperativos morais”. (Dimoulis, 2003:97)

Para JUNIOR Sampaio:

“O direito, em suma, privado de moralidade, perde sentido,


embora necessariamente não perca o império, validade e eficácia.
Como, no entanto, é possível às vezes, ao homem e à sociedade,
cujo sentido de justiça se perdeu, ainda assim sobreviver com o
seu direito, este é um enigma, o enigma da vida humana, que nos
desafia permanentemente e que leva a muitos a um angustiante
ceticismo e até a um despudorado do cinismo.”

3. Diferenças entre Direito natural e o Direito Positivo

Direito natural Direito positivo


O que é É um direito preposto, sendo É definido aplicado pelo Estado.
superior ao estado.
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Habilidade Universal, imutável e É válido determinado e tem base


atemporal. territorial.
Base Nos princípios fundamentais, Se fundamenta na ordem
de ordem abstrata. estabilidade da Sociedade.

Caráter Informal. Formal.


Infrações O sujeito infrator não Sofre Sofre sanção jurídica
sanção jurídica.
Exemplo Direito à liberdade e à A Constituição Federal
igualdade.

AVIZ Rafael diferencia o direito natural, do direito positivo:O direito natural


independe do estado ou de leis, considerado autônomo, próprio à todo ser
humano, possuindo caráter universal, imutável e atemporal. O direito positivo
depende de uma manifestação de vontade, da sociedade ou de autoridades.
Criado por decisões voluntárias, garantido por leis e normas.

4. Direito objetivo e direito subjetivo

DONIZETTI e QUINTELLA, esclarece que, o direito subjetivo, se


refere à chamada esfera jurídica do sujeito em decorrência de previsão do
direito objetivo. Atenta-se da faculdade de um sujeito realizar uma conduta
comissiva (ação) ou omissiva (omissão) ou exigi-la de outro sujeito. Do
direito subjetivo dizem os romanistas: ius est facultas agendi (direito é a
faculdade de agir).
Por se tratar de faculdade, o exercício efetivo de um direito
subjetivo depende da vontade do próprio sujeito; ninguém pode forçar
outrem a exercer direito subjetivo.
O art. 1.517 do Código Civil. Trata-se de uma norma, de direito
objetivo. “o homem e a mulher com dezesseis anos podem casar”.
Logo, o casal tem o direito subjetivo de se casar, o qual pode ser
exercido ou não, dependendo da vontade, porquanto se trata de
faculdade.
O art. 5º da Constituição Federal de 1988 prevê o direito objetivo
de propriedade:
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“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Quem compra um veiculo, adquire o direito subjetivo de


propriedade. O direito subjetivo de propriedade confere poderes de
usufruir e dispor do veiculo, bem como de exigir que todas as demais
pessoas omitam-se de usufruir do mencionado bem. Ou seja, o direito de
propriedade confere faculdades de ações e omissões. Porém, se for a
vontade do comprador abandonar o veículo, então estará deixando de
exercer o direito subjetivo de propriedade, e outra pessoa poderá se
apropriar do bem. O direito subjetivo se reveste em uma faculdade, o qual
pode ser exercido ou não.
Aos direitos subjetivos correspondem os chamados deveres.
Desse modo, se um casal de namorados tem o direito subjetivo de se
casar, então o juiz de matrimônio, tem o dever de casá-los; se alguém tem
o direito subjetivo de propriedade, então todas as demais pessoas têm o
dever de não perturbar essa propriedade.

Os direitos subjetivos dividem-se ainda em direitos absolutos e


direitos relativos. Direitos absolutos são direitos que travam uma relação
jurídica entre o sujeito do direito e toda a coletividade, diretamente sobre
um bem. Direitos relativos operam em uma relação entre o sujeito do
direito e o titular do dever correspondente, e incidem diretamente sobre
um fato de um dos sujeitos.

5. Distinção entre o direito público e o direito privado

Conforme o dicionário direito.com, o direito público regulamenta a


forma como deverá ocorrer a atuação do estado e como o mesmo deverá
se portar na sua relação com o particular. Já o direito privado se ocupa
em regulamentar os atos inerentes à vida de cada indivíduo em sua
singularidade. A finalidade do estudo do direito dividido em direito público
e privado é ser mais didático. Mas o que se verifica na prática, é que se
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tornou cada vez mais difícil fazer esta separação, havendo surgimento de
uma zona cinzenta, em que ambos são aplicáveis ao caso concreto.
O direito público é aquele responsável por criar normas que
atribuem as competências do estado, bem Como que dispõe sobre como
deve-se dar a relação entre estado e particular. Busca-se a satisfação de
interesse da coletividade como todo.
Exemplo: leis que regulamentam crimes ou criam impostos.
O direito privado é regulado pelas normas e princípios que
estipulam o formato das relações privadas, ou seja, daquelas
estabelecidas entre particulares.

Ramos do direito público Ramos do direito privado


Direito: Direito:
Administrativo; constitucional; Do consumidor;
Tributário; Civil;
Ambiental; Processual Civil;
Penal; Empresarial.
Processual penal;
Outros.
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BIBLIOGRAFIA

1. AVIZ Rafael – Universidade do Minho (Portugal) – https://


diferença.com/direito-direito-natural-positivo/ - acessado em11/05/2020

2. Book Glossário – Vade Mecum, A Fulgêncio, P.C., 2007, https://


books.google.com.br/books Mauad Editora Ltda.

3. Declaração Universal dos Direitos do Homem. unesdoc.unesco.org,


adaptada e proclamada pela Resolução 217A (III) da Assembleia Geral
das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.

4. Dicionário Direito, direito.com.br/direito-público-e-direito-privado,


acessado em 11/05/2020.

5. DIMOULIS, Dimitri, 2003 – Manual de Introdução ao Estudo do Direito,


revista dos tribunais, 2003.

6. Fontes do Direito -
http://fontesdodireito.wixsite.com/oficial/conteudo/direito-civil/distincao-
entre-o-direito-e-a-moral - acessado em 07/05/2020

7. Introdução Ao Estudo do Direito - 9ª Ed. 2016 – Saraiva.

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