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CADERNO DE ATIVIDADES

PROVAS-TIPO DE EXAME – PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO


Prova-tipo de exame nacional n.º 1………… 74

Grupo I

1. Este excerto integra a confirmação do sermão. Depois de o orador ter elencado os louvores de caráter geral dos
peixes (exposição), neste excerto, particulariza, exemplificando as virtudes de um peixe: o Quatro-olhos.

2. O discurso figurativo característico do sermão está presente neste excerto. A alegoria dos peixes e as constantes
metáforas e comparações entre os homens e os peixes percorrem todo o texto: “Dá graças a Deus, lhe disse, e louva a
liberalidade de sua divina providência para contigo; pois às águias, que são os
linces do ar, deu somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra, também dois; e a ti, peixezinho, quatro”
(ll. 8-10)

3. O excerto apresenta uma vertente crítica, assim como todo o sermão, como se verifica na frase: “Oh que bem
informara estes quatro olhos uma alma racional, e que bem empregada fora neles, melhor que em muitos homens!”

4. Os três objetivos da eloquência atravessam todo o sermão. O orador está constantemente a ensinar e a doutrinar o
auditório, recorrendo aos ensinamentos bíblicos e aos exemplos e citações dos Doutores da Igreja. Paralelemente,
através de inúmeros recursos expressivos, deleita quem o ouve. A partir do discurso que profere, o orador pretende
persuadir o auditório e evangelizá-lo.

5. Neste excerto, o orador, de uma forma lúcida e realista, analisa os últimos acontecimentos e incita o auditório a
continuar a obra por ele iniciada: “Já vos disse ontem o que tinha a dizer. Hoje vou limitar-me àquilo que devem fazer
caso eu e os meus companheiros sejam presos. O programa da marcha para Jalalpur deve ser cumprido, tal como
inicialmente estabelecido” (ll. 5-7).

6. .O orador, neste discurso político, informa o auditório da situação em que se encontram e do que podem esperar. Por
outro lado, incita, de uma forma clara e convincente, os ouvintes a prosseguirem com o trabalho realizado até então:
“A minha tarefa deve ser completada se eu sucumbir, assim como os meus camaradas”
(ll. 15-16).

Grupo II
1.1. D; 1.2. D; 1.3. A; 1.4. C; 1.5. B; 1.6. B; 1.7. B.
2.1. Sujeito.
2.2. Oração subordinada substantiva completiva.
2.3. Oração subordinante: “Tudo isto se acha especificado em regras escritas” Oração subordinada adjetiva relativa
restritiva: “que o noviço tem de conhecer

Grupo III
Sugestão: Posição A
Os direitos humanos são respeitados genericamente, na atualidade: Direito à justiça; Direito à vida; Direito à saúde;
Direito à educação; (…).
Posição B
Os direitos humanos são desrespeitados por muitos, na atualidade: Violência; Escravatura; Abuso dos mais fracos;
Fome; (…).

Prova-tipo de exame nacional n.º 2…………78

Grupo I

1. O excerto apresentado integra o final do primeiro ato, no momento em que Manuel decide lançar fogo ao seu
palácio para não receber os governadores castelhanos e comunica à esposa que terão de sair do seu palácio.

2. Manuel e a sua esposa, Madalena, dialogam acerca da mudança de casa que a família terá de realizar. Serão
obrigados a mudar-se para o palácio que foi do primeiro marido de D. Madalena, facto que incomoda profundamente a
personagem feminina: “Mas tu não sabes a violência, o constrangimento de alma, o terror com que eu penso em ter de
entrar naquela casa” (ll. 20-22).
3. D. Madalena está muito nervosa, constrangida e aterrada com o facto de ter de ir viver para a casa que foi do seu
primeiro marido: “Parece-me que é voltar ao poder dele, que é tirar-me dos teus braços, que o vou encontrar ali…” (ll.
22-23).

4. No momento em que Manuel profere esta fala, ainda não sabemos as suas verdadeiras intenções. Esta fala,
metafórica quando é proferida, só é verdadeiramente entendida no momento em que se percebe que Manuel ateou fogo
ao seu próprio palácio e a palavra alumiar perde o sentido simbólico e ganha o sentido literal.

5. Lianor Vaz visita Inês e a mãe para apresentar um pretendente à mão da jovem: “eu vos trago um casamento” (l. 5).
Inicialmente, Lianor certifica-se de que Inês não está comprometida, para, de seguida, lhe apresentar o pretendente
«ideal»: “eu vos trago um bom marido,/ rico, honrado, conhecido”(vv. 14-15).

6. . Inês é uma rapariga jovem e leviana. Valoriza um ideal de marido consentâneo com a sua idade, revelando alguma
ingenuidade e desprendimento material:” inda que pobre e pelado”. Gostaria que o seu futuro marido fosse inteligente,
avisado e discreto no falar.

Grupo II
1.1. B; 1.2. A; 1.3. D; 1.4. D; 1.5. A; 1.6. B; 1.7. B.
2.1. Oração subordinada substantiva completiva.
2.2. “um outro ponto”: sujeito; “essencial”: predicativo do sujeito.
2.3. Oração subordinada adverbial temporal: “À medida que crescemos” Oração subordinante: “cada vez damos menos
importância à afeição, à amizade e à entreajuda”.

Grupo III
Sugestão:
Posição A
Devemos evitar utilizar a palavra “não”: para evitar conflitos; para criar consensos; para estabelecermos laços; para
alcançarmos a paz; (…).
Posição B
A palavra “não” é muitas vezes necessário proferi-la para evitar: a violência; a escravatura; o abuso dos mais fracos; a
fome; (…).

Prova-tipo de exame nacional n.º 3…………82

1. O texto transcrito relata a preparação da viagem de degredo de Simão, a partir da foz do Douro, e a morte de Teresa
no convento de Monchique, no Porto.

2. O texto está organizado internamente em três partes: primeiramente, o narrador mostra-nos como Simão, avistando
Teresa, a viu ser retirada do mirante donde se despedia dele (ll. 1-17); seguidamente, já defronte de Sobreiras, onde a
nau parou, notamos como Simão continuava a observar o miradouro, onde já não havia nenhum sinal de vida (ll. 18-
25); finalmente, assiste-se à conversa do comandante com Simão, informando-o da morte de Teresa e tentando
conformá-lo (ll. 26-41).

3. Teresa ama Simão. Tem uma forte vontade que a faz morrer insubmissa, já que só a morte a quebra fisicamente:
“seria antes um cadáver que subiu da claustra ao mirante” (ll. 11-12). Simão é um homem forte e correto que vive
intensamente os acontecimentos. Mariana é a amante sem esperança, mas não menos generosa. Apesar de amar sem
ser amada, constitui um símbolo de abnegação sem limites: “disse num afogado gemido a generosa criatura” (l. 13).

4. Além de servir de cenário à intriga, a natureza tem igualmente uma função participativa, já que nela são
representadas, simbolicamente, a perturbação que prevalece nas personagens: “Uma nuvem no horizonte da barra” (l.
19), “encapelamento das ondas” (l. 20) e a morte de Teresa ao “escurecer”; e é ela que provoca o retardamento da
ação, ou seja, da viagem de degredo de Simão e da sua morte a bordo da nau.

5. A donzela está em Vigo junto à água e observa as águas agitadas: «Ondas do mar de Vigo», «Ondas do mar
levado».
6. Nesta composição, a donzela interpela as ondas, pois está só e perante um cenário marítimo. A contemplação da
natureza desperta na donzela o sentimento de saudade pela ausência do amado, criando uma relação de cumplicidade e
confidência amorosa com as suas interlocutoras.

Grupo II
1.1. C; 1.2. A; 1.3. B; 1.4. D; 1.5. B; 1.6. A; 1.7. A.
2.1. Modificador apositivo do nome.
2.2. Oração subordinada substantiva completiva.
2.3. Complemento do adjetivo.

Grupo III
Sugestão:
Principais desafios: formação ampla; estabilidade social; exercício da cidadania; emprego; (…).
SOLUÇÕES PROVAS-TIPO
OUTROS RECURSOS
Prova-tipo de exame nacional n.º 4…………86

1. Este excerto do romance insere-se no final da obra no episódio designado como Passeio Final. Neste
episódio, Carlos e Ega passeiam pela avenida a caminho do Ramalhete.

2. A natureza descrita é própria de um clima ameno e suave que convida à contemplação e ociosidade. A
paisagem humana estabelece uma relação de identidade com a paisagem natural. No universo masculino,
domina a elegância requintada, contrastando com a timidez, constrangimento e tristeza, enquanto, no universo
feminino, se evidencia uma mulher doente e humilde e as donas de casa de hóspedes ridiculamente
“aperaltadas”.

3. No excerto, fica evidente a oposição entre o Portugal velho e o Portugal novo. Enquanto o Portugal antigo é
descrito como castiço e autêntico, o Portugal moderno é descaracterizado e artificial, importa tudo
desmesuradamente do estrangeiro.

4. Ao longo do excerto, encontramos várias marcas do estilo queirosiano: a dupla adjetivação, o emprego do
substantivo abstrato em vez do adjetivo, o discurso indireto livre, as comparações, as aliterações, as gradações,
a hipérbole conducente à caricatura.

5. A população envolvida naquela situação de desespero reagia de diferentes maneiras: havia quem resistisse e
ajudasse os outros a resistir: «Esforçavom-se ús por consolar os outros», outros achavam que já não valia a
pena e resignavam- se a esperar a morte: «Assi que rogavom a morte que os levasse».

6. Ao longo do texto, o narrador mostra constantemente a sua compaixão pelo povo de Lisboa, através de:
•vocabulário relativo ao sofrimento: «padeciam», «doo», «triste», «mesquinho», «consolar», «morte».
Realismo na descrição dos pormenores descritivos: presente no primeiro parágrafo do excerto, na descrição do
modo como os habitantes de Lisboa se amparavam, mutuamente; «ús… outros»; utilização da metáfora:
«çarravom suas orelhas do rumor do poboo.»;
utilização da personificação: «toda a cidade era dada a nojo»; recurso à exclamação:
«Ó quantas vezes encomendavom nas missas e preegações que rogassem a Deos devotamente por o estado da
cidade!»; apelos ao leitor de modo a contrariar a sua indiferença: «vede que fariam aqueles que as [cousas
contrarias] continuadamente tam presentes tinham?»

Grupo II
1.1. A; 1.2. C; 1.3. D; 1.4. B; 1.5. B; 1.6. A; 1.7. B.
2.1. “eles”.
2.2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
2.3. Sujeito.

Grupo III
Sugestão:
Posição A
A juventude do século XXI é individualista e materialista: privilegia o consumismo, é cruel com os mais
fracos, não se rege por valores morais, faz o culto da imagem, (…).
Posição B
A juventude do século XXI não é individualista e materialista, pois posiciona-se altruisticamente face à
violência, à escravatura, ao abuso dos mais fracos, à fome, (…).

Prova-tipo de exame nacional n.º 5…………90


1. O poema pode dividir-se em duas partes. A primeira parte, que corresponde às quadras, articula se com o
sonho, os tercetos referem-se à realidade. Ao sonho o sujeito atribui uma conotação positiva, enquanto a
realidade é relacionada com vocábulos simbolicamente negativos.

2. No segundo terceto, o sujeito constata que “os cantos de luz” e o “amor” só são possíveis no sonho,
evidenciando o seu desencanto com a realidade.

3. O título do poema apresenta um verbo no gerúndio. Com a ação prolongada reforça-se a impossibilidade de
permanência no sonho e expressa-se a força do real. O sujeito não acorda, mas vai acordando para a realidade,
tomando progressivamente consciência da sua força e inevitabilidade.

4. Ao sonho, o poeta atribui uma conotação positiva: o sonho eleva o espírito; no sonho, a alma canta a vida, o
dia, a alegria edificante que tudo transforma. À realidade, atribui uma conotação negativa: o vento que o faz
perder o sonho é “húmido e frio”; a noite é “negra e muda”, o que remete para o medo e solidão; a única
companhia é a dor, que permanece a seu lado.

5. Ao longo do soneto surgem várias expressões eufemísticas que se referem a morte sem a nomear: «Alma
minha gentil, que te partiste/tão cedo desta vida descontente», «repousa lá no Céu eternamente», «Se lá no
assento etéreo, onde subiste».

6. O eufemismo é o recurso expressivo que permite suavizar ou evitar a referência a palavras desagradáveis ou
cruéis.

Grupo II
1.1. C; 1.2. A; 1.3. B; 1.4. B; 1.5. A; 1.6. D; 1.7. B.
2.1. Complemento do nome.
2.2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
2.3. Nulo subentendido (Antero de Quental).

Grupo III
Sugestão O homem vive constantemente a oposição sonho/realidade
SONHO: conotação positiva; forma de elevação do “eu”; vida; alegria; (…)
REALIDADE: conotação negativa, medo; solidão; dor; (…)

Prova-tipo de exame nacional n.º 6…………93

1. O tema deste poema é a evocação do mundo rural por oposição ao mundo industrial, como é evidente nos
versos seguintes: “Opondo às regiões que dão os vinhos/Vossos montes de escórias inda quentes!” (vv. 29-30).

2. . O sujeito poético faz a apologia da vida do campo, onde tudo é “espontâneo, alegre, tosco, facílimo,
evidente, salutar!” (vv. 27-28).

3. No poema estão presentes vários recursos expressivos. O sujeito interpela os povos do norte da Europa,
muito industrializados, e questiona-os sobre a qualidade das frutas, oriunda do sul da Europa que os abastece,
utilizando a interrogação retórica. Utiliza a enumeração para estabelecer o contraste entre a industrialização e
os seus malefícios e o pendor agrícola e saudável do Sul.

4. O poema é constituído por oito quadras, rimadas com versos decassilábicos.

5. Estas estâncias constituem uma das reflexões do poeta que encontramos no final dos Cantos de Os Lusíadas.
Refere-se a traição do falso piloto a Vasco da Gama, na costa africana, e a partir da narração de um episódio da
viagem à Índia, o poeta reflete sobre a fragilidade da vida humana.

6. Os versos iniciais da estrofe 106 refletem a permanente insegurança do homem num mundo adverso: «No
mar, tanta tormenta, e tanto dano,/Tantas vezes a morte apercebida;/Na terra, tanta guerra, tanto engano,/Tanta
necessidade avorrecida!»

Grupo II
1.1. C; 1.2. C; 1.3. D; 1.4. D; 1.5. A; 1.6. A; 1.7. C.
2.1. Vocativo.
2.2. Oração subordinada substantiva completiva.
2.3. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
Grupo III
Sugestão:
Posição A
A popularidade é determinante para a afirmação de um jovem: o grupo de amigos é muito importante na
adolescência; a popularidade estimula a autoconfiança; partilhar é muito importante para o jovem; (…).
Posição B
A popularidade não é determinante para a afirmação de um jovem: o jovem pode afirmar-se pelo seu trabalho;
o jovem pode afirmar-se pelas suas convicções; o jovem pode afirmar-se pelas causas que abraça; (…).

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