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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS

DCEEng - Departamento De Ciências Exatas E Engenharias


EGE/EGC/EGM Disciplina – Administração e Empreendedorismo
Professor - José Valdemir Muenchen

ORÇAMENTO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS

1. ORÇAMENTO DO PROJETO

1.1. CONCEITO

ORÇAMENTO: É o detalhamento preciso de todos os itens previstos para a


implementação do futuro empreendimento e tem como objetivo estimar o valor do
INVESTIMENTO, dos CUSTOS e da RECEITA do Projeto. Trata-se de um levantamento
físico e monetário dos meios de produção (terrenos, prédios, máquinas, equipamentos,
veículos) do consumo intermediário (insumos, matéria-prima, produtos, energia e
serviços), além da necessidade de mão-de-obra, do pagamento de impostos, taxas e de
juros de financiamentos. Com essas informações sistematizadas é possível passar para a
avaliação do Projeto.

2. MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS

2.1 – AVALIAÇÃO ECONÔMICA

- RECEITA BRUTA (RB): É o valor anual referente a produção a ser comercializada


no Projeto.

PROCEDIMENTO: RB = quantidade vendida x preço

- MARGEM BRUTA (MB): Representa a sobra operacional do Projeto a qual é obtida


subtraído-se do valor das receitas o valor dos custos variáveis. A MB além de ser uma
técnica de análise que mostra a eficiência econômica do empreendimento indica o
grau de intensificação de um sistema de produção. Serve também para comparar o
desempenho econômico de diferentes atividades produtivas.

PROCEDIMENTO

MB Global do Projeto = RB total – CV total


MB de cada Atividade = RB da atividade – CV da atividade

- RENDA LÍQUIDA (RL): Representa o resultado econômico líquido do Projeto,


sendo, portanto, a parte do valor bruto a ser gerado no projeto que sobrará para
remunerar o empresário proponente.

PROCEDIMENTO: RL = RB – CPT OU MB – CF

- FLUXO ECONÔMICO DO PROJETO (Flec): Representa a contribuição anual do


projeto em termos de disponibilidade monetária (saldo de caixa) sendo representado
pelo valor da Renda Líquida anual acrescida do valor anual da depreciação do capital
fixo.

PROCEDIMENTO: Flec = RL + Depreciação

2. 2 - AVALIAÇÃO DA RENTABILIDADE DE PROJETOS

V P L - Valor Presente Líquido:

- Trata-se da atualização dos valores projetados no futuro para os dias atuais. Sobre o
Fluxo Econômico anual projetado aplica-se uma taxa de atualização (desconto)
equivalente a remuneração do capital investido. Esta taxa de atualização deve
corresponder ao custo de oportunidade do capital.

PROCEDIMENTO: VPL=FLec/(1+txremk)^n

T I R – TAXA INTERNA DE RETORNO

- A TIR representa a rentabilidade do capital investido evidenciando, portanto, o ganho


anual (taxa de juro) com a aplicação do capital no projeto. Serve para comparar
diferentes projetos entre si e compara-los com a rentabilidade geral possível na
economia (custo de oportunidade do capital)

- A TIR evidencia também a taxa máxima de juros de um financiamento que o projeto


suportaria Quanto maior a TIR mais atraente será o projeto e para ser aceitável nunca
deverá ser inferior ao custo de oportunidade do capital.
- Ao contrário do VPL que já possui uma taxa de juros pré-determinada, na TIR o que
procuramos determinar é a taxa de retorno (juros) do projeto a qual será encontrada
quando zerar o Fluxo Econômico atualizado (VPL total=0)

PROCEDIMENTO: Para encontrar a TIR utilizamos a mesma Fórmula do cálculo do


VPL, alterando-se apenas a taxa, ou seja, quando o VPL apresentar um saldo positivo
deve-se utilizar taxas crescentes na Fórmula até que este saldo fique igual a zero. Quando
o saldo do VPL for negativo deve-se empregar taxas decrescentes até o momento em que
este for igual a zero.

P R K – PERÍODO DE RETORNO DO CAPITAL (PAYBACK)

- Representa o tempo (nº de anos) necessário para a recuperação do Capital investido,


isto é, quanto tempo levará para retornar o dinheiro investido no projeto.

PROCECIMENTO: A forma mais simples de se obter o PRK, aproximado, é ir


acumulando o valor do Fluxo Econômico do Projeto, isto é, adiciona-se a contribuição
anual ao valor inicial (negativo) sendo que no ano em que este se tornar positivo o Capital
estará recuperado.

R/I – RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (R/I)

- Representa o retorno que se obtém para cada unidade de capital investido.

PROCEDIMENTO: R/I = Fluxo Econômico Médio/ Investimento

2.3 – FINANCIAMENTO E FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA DO PROJETO

AMORTIZAÇÃO DO CAPITAL (AM)

- Trata-se da devolução do montante de dinheiro financiado ao banco credor conforme


as condições de pagamento pré-estabelecidas como: sistema de amortização (valor
constante ou não) prazos, carência, número de parcelas.

PROCEDIMENTO: Valor Financiado / nº de anos ou parcelas


JUROS

- É o custo financeiro cobrado pelo agente credor referente à remuneração do dinheiro


tomado emprestado segundo uma taxa pré estabelecida.

PROCEDIMENTO: Juros = Valor do débito (capital) x taxa de juro do período

PRESTAÇÂO

- É o montante e cada parcela a ser pago ao agente credor, incluindo o valor do capital e
os acréscimos correspondentes ao juro.

PROCEDIMENTO: Prestação = Amortização + Juros

SALDO DEVEDOR (SD)

- É o valor da dívida que resta pagar após cada amortização do capital.

PROCEDIMENTO: Saldo Devedor = Capital – Amortização

FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA (Flx Liq Cx)

- Representa o saldo final de caixa do projeto, ou seja, o valor anual disponível em caixa
após efetuar pagamento de todos os encargos previstos na execução do orçamento do
projeto.

PROCEDIMENTO: Flx Liq Cx = Renda Líquida + Depreciação anual – Prestação Ou


Fluxo Econômico – Prestação

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